Reposição volêmica no paciente vitima de queimaduras

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Trata-se de uma revisão integrativa com o objetivo de simplificar o tema:
Reposição volêmica no paciente vitima de queimaduras. E para isso foi feito
um levantamento bibliográfico, analisados artigos publicados de 1998 a 2012
em português. É um estudo descritivo explicativo que evidencia a importância
da reposição correta de fluidos nas primeiras horas e nas horas subsequentes,
evitando que a infusão excessiva ou insuficiente possa causar mais danos ao
paciente
queimado.
Além
dos
ferimentos
evidentes
causados
pela
desintegração da pele submetida à queimadura, o doente pode ficar
comprometido a nível sistêmico e desenvolver complicações como: O choque
hipovolêmico,
insuficiência
renal,
edema
pulmonar,
hiperpotassemia,
hiponatremia e acidose. A reposição de fluidos restaura a volemia, mantem a
perfusão tissular, os débitos cardíaco e urinário. Palavras-chave: queimadura.
hipovolemia. edema. hiperpotassemia.
REPOSIÇÃO VOLEMICA NO PACIENTE VITIMA DE QUEIMADURAS.
Autores: Itiane Batista Hora1; Daniele Martins de Lima2.
Introdução:
Após um trauma como uma colisão, a resposta fisiológica da vítima inclui um
desvio de sangue a órgãos vitais, o aumento do débito cardíaco e o aumento
da produção de diversas proteínas séricas protetoras. Na queimadura, o corpo
do doente tenta se desligar e entrar em choque, podendo levar a morte.
(ALFARO; MATTOS, 2011). Os efeitos locais de uma queimadura são muito
evidentes, porém os efeitos sistêmicos comprometem um maior risco de vida
ao paciente. (SMELTZER; BARE, 2002). O objetivo da reposição volêmica é
manter a função vital adequada evitando complicações de uma reposição
hídrica excessiva ou insuficiente, e choque hipovolêmico.
1 Discente do curso de Enfermagem da Universidade Tiradentes, Aracaju, Sergipe, Brasil.
2Enfermeira. Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Sergipe. Professora
da disciplina Enfermagem na Saúde do Adulto II da Universidade Tiradentes.
Objetivo:
Revisar, através de levantamento bibliográfico, a terapia de reposição volêmica
em pacientes vítimas de queimaduras. A partir dos descritores: queimadura,
reposição volêmica e edema.
Metodologia:
Revisão integrativa da literatura com coletas de dados em fontes secundárias
(livros, artigos e banco de dados), a fim de resumir e simplificar o tema em
questão. Utilizando caráter descritivo explicativo, foram considerados artigos
que tiveram publicações no período de 1998 a 2012 em português.
Resultados, Discussão/Conclusão:
Após estabelecer a permeabilidade da via aérea, instalar acessos venosos
periféricos calibrosos em área não queimada, deve ser iniciado a reposição
volêmica com Ringer Lactato (2000 ml em bolus para adultos e 20ml/kg
crianças). Para saber o percentual da área corporal queimada, um dos artigos
citou, além da regra dos nove, referida em todas as bibliografias, o método de
Lund-Browder e a regra da palma da mão. Dos artigos revisados, todos citaram
a formula de Parkland como parâmetro para fazer a avaliação da quantidade
de fluidos nas primeiras 24h que deve ser feita dessa maneira: Adultos: Ringer
Lactato 4 ml x peso Kg x percentual da queimadura, Crianças: Ringer Lactato
3-4 ml x peso Kg x percentual da queimadura, o resultado do cálculo divide-se
por dois e a primeira metade deverá ser administrada nas primeiras 8horas, a
oura metade nas 16 horas subsequentes.
É importante ressaltar, que a primeira metade do fluido é administrada nas
primeiras 8horas que aconteceu o incidente, sendo assim se já tiver 2horas que
ocorreu a queimadura, a administração da primeira metade será feita nas
primeiras 6 horas. Nas primeiras 24 h após o acidente é utilizada soluções
cristaloides. Nas segundas 24h utiliza-se albumina ou plasma, quando não há
albumina. O controle do fluxo infundido deverá ser feito de acordo com o débito
urinário entre 30 e 50 ml / h (no adulto), que servirá de parâmetro para saber o
estado volêmico do paciente, já que a Frequência cardíaca e a pressão arterial
não são ideais para essa avaliação.
No caso da rabdomiólise que é causada geralmente por queimaduras de alta
voltagem, caracterizada pela alta concentração de mioglobina e hemoglobina
na urina e pode causar insuficiência renal, é recomendado adicionar 12,5g do
diurético Manitol a cada 1L de liquido de reposição, e bicarbonato de sódio
para tornar a urina mais alcalina. A ressuscitação hídrica adequada resulta em
níveis discretamente diminuídos de volume sanguíneo nas primeiras 24 horas
pós-queimadura, e resultarão os níveis plasmáticos para normalidade no final
de 48 horas. A hipovolemia pode prolongar o estado de choque, exacerbar a
acidose metabólica e induzir insuficiência renal. Sendo assim é necessário
administrar a quantidade de fluidos ideal evitando edema pulmonar causado
pela alteração da permeabilidade capilar, acidose causada pelos níveis
elevados de acido láctico, a hiperpotassemia e hiponatremia.
Referencias:
OLIVEIRA,Beatriz Ferreira Monteiro.Trauma :atendimento pré hospitalar. São
Paulo.Editora Atheneu, 2004.
ALFARO, D.; MATTOS, H. Atendimento Pré-Hospitalar ao Traumatizado Básico
e Avançado PHTLS. Tradução. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
Gathas, A.Z, Djaleta, D.G, Noviello, D.S.1, Thomaz, M.C.A.2, Arçari, D.P.
Atendimend
do
enfermeiro
ao
paciente
queimado.
Disponível
em:<
http://unifia.edu.br/revista_eletronica> Acesso em: 25 de abril de 2014.
ROSSI, Lídia Aparecida et al. Déficit de volume de líquidos: perfil de
características definidoras no paciente portador de queimadura. Ribeirão Preto:
1998. Disponível via URL em <www.scielo.org> Acesso em: 25 de abril de
2014.
SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Brunner & Suddarth: Tratado de
enfermagem médico-cirúrgica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
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