Assistente Social

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Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no
espaço reservado.
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Este Caderno contém 40 questões de múltipla escolha, assim distribuídas: 1 a 10
Portuguesa, 11 a 40
Conhecimentos Específicos.
3
Quando o Fiscal autorizar, verifique se o Caderno está completo e sem imperfeições gráficas que
impeçam a leitura. Detectado algum problema, comunique-o imediatamente ao Fiscal.
4
Interpretar as questões faz parte da avaliação; portanto, não adianta pedir esclarecimentos aos
Língua
Fiscais.
5
Os rascunhos e as marcações feitas neste Caderno não serão considerados para efeito de avaliação.
6
Cada questão apresenta apenas uma opção de resposta correta.
7
Utilize qualquer espaço em branco deste Caderno para rascunhos e não destaque nenhuma folha.
8
Você dispõe de, no máximo, três horas para responder às questões e preencher a Folha de
Respostas.
9
O preenchimento da Folha de Respostas é de sua inteira responsabilidade.
10
Antes de retirar-se definitivamente da sala, devolva ao Fiscal este Caderno e a Folha de Respostas.
Assinatura do Candidato: ______________________________________________________________
Língua Portuguesa
01 a 10
O texto reproduzido a seguir servirá de base para as questões desta prova.
Voo solo
O inferno são os outros! A conhecida frase de Jean-Paul Sartre agora dá sentido a um
fenômeno de massa. Se o inferno são os outros, então nossos contemporâneos parecem estar
se movimentando para fugir das catacumbas sulfurosas. Segundo Eric Klinenberg, professor de
Sociologia da Universidade de Nova York e autor do livro Going Solo: The extraordinary rise
and surprising appeal of living alone (editora Penguin), cada vez mais pessoas optam por viver
sozinhas.
O autor carrega nas tintas, embalado por um mercado editorial viciado em títulos de impacto,
argumentos surpreendentes e fatos irrefutáveis, mas o livro tem méritos. Segundo Klinenberg,
estamos presenciando uma inflexão histórica. Cultivamos, durante milênios, uma repulsa
existencial e filosófica à solidão. “O homem que vive isolado, que é incapaz de partilhar os
benefícios da associação política ou não precisa partilhar porque já é autossuficiente, não faz
parte da pólis, e deve, portanto, ser ou uma besta ou um deus”, escreveu Aristóteles (apud
Klinenberg).
As sociedades humanas se estruturaram em torno do desejo fundamental de os indivíduos
viverem na companhia uns dos outros. O isolamento é frequentemente associado à punição.
Uma criança mal comportada é separada de seus pares e colocada sozinha. Um prisioneiro
malcomportado é trancafiado na solitária.
Entretanto, segundo Klinenberg, tudo isso está mudando. Nas últimas décadas, houve um
aumento expressivo do número de homens e mulheres que passaram a viver voluntariamente
sozinhos. O fenômeno é consequência do desenvolvimento econômico, que permite maior
autonomia; da superação da lógica econômica do casamento, que dá maior liberdade às
pessoas para buscar arranjos alternativos; da urbanização, que adensa as comunidades
humanas; e da evolução das tecnologias de informação e de comunicação, que facilitam a
interação entre as pessoas. Resultado: estamos casando mais tarde, prolongando o período
entre o divórcio e o novo casamento, ou evitando um novo casamento, e escapando o quanto
possível da possibilidade de viver com outra pessoa. É o novo solteirismo!
Nas grandes cidades norte-americanas, 40% das moradias têm um único ocupante. Em
Washington e Manhattan, casos extremos, são 50%. E o fenômeno não se restringe aos
Estados Unidos. Paris apresenta números superiores a 50% e, em Estocolmo, a taxa chega a
60%. China, Índia e Brasil, países em desenvolvimento, caminham no mesmo sentido.
Viver sozinho deixou de ser fonte de medo e causa de isolamento social. As vantagens são
notáveis: controle sobre a própria vida, liberdade de ação e melhores condições para perseguir
atividades voltadas para a autorrealização. No imaginário social, vai surgindo um novo modelo
ideal: o neossolteiro, um ou uma profissional de sucesso, socialmente atuante e mestre de sua
existência.
O fenômeno do novo solteirismo relaciona-se a outro fenômeno, maior, de enfraquecimento dos
vínculos e das relações, que se manifesta na vida social e na vida profissional. Richard Sennet
registrou a tendência no livro A Corrosão do Caráter (editora Record), no fim da década de
1990. De fato, o comprometimento dos indivíduos com instituições e organizações vem se
fragilizando há algumas décadas. Hoje, transitamos por inúmeros grupos, empresas e
comunidades, porém estabelecemos relacionamentos apenas tênues e temporários.
Nas empresas, depois de seguidas ondas de reestruturações, enxugamentos e terceirizações,
os empregos “para toda a vida” estão quase extintos. Paradoxalmente, empresários e
executivos continuam esperando alto grau de envolvimento e comprometimento de seus
funcionários, e frustram-se quando não os conseguem. Com a ajuda de asseclas de recursos
humanos, tentam tapar o sol com a peneira, programando palestras motivacionais, abraçando
árvores e promovendo interlúdios culturais. Pouco adianta.
As novas gerações representam para as empresas um considerável desafio: os mais jovens
são individualistas, inquietos e despudoradamente ambiciosos. Saltam de galho em galho
corporativo sem olhar para trás. Habitam redes fluidas, sejam elas comunidades reais ou
virtuais. São impacientes com o presente e ansiosos pelo futuro.
Neste admirável mundo novo, perde espaço o que é estável e profundo, ganha espaço o que é
efêmero e superficial. Afirmam os profetas do mundo plano que terão vantagens os mais
dinâmicos, os mais extrovertidos, aqueles com mais iniciativa e sem medo de errar, aqueles
capazes de usar diligentemente seu capital social em prol da própria marca. E os incomodados
que se mudem… de planeta?
Fonte: cartacapital, 11 de abril de 2012.
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01. No primeiro parágrafo, o texto faz referência a um livro, com o objetivo de, nos parágrafos
seguintes,
A) externar uma visão totalmente positiva sobre a obra.
B) ratificar a essência do pensamento do autor da obra.
C) polemizar com a essência do pensamento do autor da obra.
D) revelar uma visão totalmente negativa sobre a obra.
02. O texto discute o fenômeno do novo solteirismo
A) restringindo-o à questão comportamental.
B) atendo-se à esfera da vida privada.
C) ampliando-o para o campo profissional.
D) circunscrevendo-o à realidade empresarial.
03. De acordo com o texto, a nova realidade, pautada pela instabilidade e pela superficialidade
A) é de abrangência mundial.
B) restringe-se às grandes cidades americanas.
C) restringe-se a países europeus.
D) é típica de países em desenvolvimento.
04. O uso da palavra “entretanto”, no primeiro período do quarto parágrafo, expressa uma
relação
A) conclusiva com as informações do período posterior.
B) adversativa com as informações do período posterior.
C) conclusiva com as informações do parágrafo anterior.
D) adversativa com as informações do parágrafo anterior.
As questões 05, 06 e 07 referem-se ao período reproduzido a seguir.
O fenômeno é consequência do desenvolvimento econômico, que permite maior
economia; da superação da lógica econômica do casamento, que dá maior
liberdade às pessoas para buscar arranjos alternativos; da urbanização, que
adensa as comunidades humanas; e da evolução das tecnologias de informação
e de comunicação, que facilitam a interação entre as pessoas.
05. O uso do ponto e vírgula, nesse trecho, justifica-se porque há, no período,
A) orações adjetivas de valor restritivo.
B) orações adjetivas de valor explicativo.
C) várias orações divididas por vírgulas.
D) várias orações intercaladas.
06. Sobre as vírgulas empregadas no trecho, é correto afirmar que,
A) se retiradas, alteram as informações veiculadas.
B) podem, sem prejuízo ao sentido, ser retiradas.
C) podem, sem prejuízo ao sentido, ser substituídas por ponto e vírgula.
D) se retiradas, fazem surgir uma estrutura sintática agramatical.
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07. O uso do acento indicativo da crase se justifica, no trecho em destaque,
A) pela regência do nome e pelo número do substantivo.
B) pela regência do verbo e pelo gênero e o número do substantivo.
C) apenas pela regência do verbo.
D) apenas pela regência do nome.
08. No penúltimo parágrafo do texto, os elos coesivos são estabelecidos, principalmente, por
A) elipse.
B) substiuição lexical.
C) conectores.
D) reiteração.
09. No período “As sociedades humanas se estruturaram em torno do desejo fundamental de os
indivíduos viverem na companhia uns dos outros.”, não há combinação do artigo com a
preposição, no trecho em destaque, porque ele está
A) posposto a uma preposição.
B) integrando um sintagma verbal.
C) integrando um sintagma nominal.
D) posposto a um adjetivo.
10. No trecho “No imaginário social, vai surgindo um novo modelo ideal: o neossolteiro, um ou
uma profissional de sucesso, socialmente atuante e mestre de sua existência.”, a flexão do
verbo em destaque se justifica porque ele, nesse caso,
A) constitui uma locução adverbial.
B) concorda com “no imaginário social”.
C) constitui uma locução verbal.
D) concorda com “um novo modelo”.
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11 a 40
11. São elementos essenciais na análise das políticas sociais numa perspectiva dialética:
A) a natureza do capitalismo; o papel do Estado na regulamentação de políticas sociais; a
constituição da autoridade e legitimidade do poder.
B) a desorganização do capitalismo; a anomia; o papel do Estado na regulamentação e
implementação de políticas sociais; a busca das causas dos fenômenos sociais.
C) a natureza do capitalismo; o papel do Estado na regulamentação e implementação de
políticas sociais; o papel das classes sociais.
D) a racionalidade legal contemporânea; os tipos de autoridade; o papel das classes sociais;
a construção de tipos ideais.
12. Na seguridade social brasileira, os princípios que garantem que a política de saúde seja um
direito de todos; que a assistência social seja para quem dela necessitar e que na
previdência social, tenham sido unificados os regimes urbanos e rurais são,
respectivamente,
A) a universalidade, a irredutibilidade e a equivalência.
B) a seletividade, a uniformidade e a distributividade.
C) a diversidade de financiamento, a uniformidade e aequivalência.
D) a universalidade, a uniformidade e a equivalência.
13. Numa perspectiva crítica de abordagem da política social, o gradual e permanente desmonte
da Seguridade Social brasileira tem sido realizado por três caminhos:
A) pela desvinculação dos benefícios previdenciários do salário mínimo; pela gestão da
escassez; pela ampliação do tempo de trabalho e de contribuição para se conseguir obter
a aposentadoria.
B) pela desvinculação de receitas dos municípios; pelo predomínio da arrecadação sobre
folha de salários; pela baixa participação do orçamento fiscal no financiamento das
políticas de seguridade.
C) pela extinção do Conselho Nacional de Seguridade Social; pela extinção dos Conselhos
Locais de Previdência; pelo movimento de institucionalização dos fóruns e conselhos
como um setor do Estado.
D) pela desconfiguração dos direitos previstos constitucionalmente; pela fragilização dos
espaços de participação e controle democrático; pelo orçamento, com o predomínio da
arrecadação sobre folha de salários.
14. A Constituição de 1988, em seu artigo 201, determina que, para os servidores que ocupam,
exclusivamente, cargos em comissão, declarados em lei de livre nomeação e exoneração,
bem como cargos temporários ou de emprego público, aplica-se:
A) o Regime Previdenciário dos Servidores Públicos.
B) o Regime Geral de Previdência Social.
C) a previdência complementar através dos fundos de pensão.
D) qualquer um dos Regimes de Previdência.
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15. Considerando-se a Constituição Federal de 1988, afirma-se que são objetivos da Assistência
Social:
I
Garantir um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao
idoso que comprovem não possuir meios para prover à própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família, conforme dispuser a lei.
II
Inserir as famílias carentes em programas de transferência de renda, a exemplo do
bolsa família.
III
Amparar as crianças e adolescentes carentes e promover a integração ao mercado de
trabalho.
IV
Garantir a intersetorialidade das Políticas Sociais.
Estão corretas as afirmativas
A) II e IV.
C) II, III e IV.
B) I e III.
D) I, II e III.
16. Os usuários da Assistência Social são definidos na Lei Orgânica da Assistência Social
(LOAS) e na Política Nacional de Assistência Social (PNAS) como “aqueles que dela
necessitarem”. Isso significa, para a maioria dos autores do Serviço Social, que essa política
deve atender:
A) a todos os cidadãos que se encontram fora dos canais correntes de proteção pública.
B) a todas as pessoas mais necessitadas, de modo particular os idosos e as crianças.
C) as famílias que recebem o bolsa família e não têm garantia de renda permanente.
D) as famílias comprovadamente pobres e que se encontram fora dos canais de proteção.
17. A Política Nacional de Assistência Social incorporou os conceitos de “vulnerabilidade” e “risco
social”. A necessária problematização desses conceitos no contexto da sociedade capitalista
exige compreendê-los como
A) estratégia da política de assistência social que aponta para equipar os sujeitos e
descobrir suas potencialidades.
B) adjetivos que caracterizam a condição do usuário da política de assistência social,
resultante de sua inserção na sociedade capitalista.
C) parte do processo de produção das desigualdades sociais inerentes a esta sociedade e
não como adjetivos da condição do usuário.
D) parte da caracterização e da condição do usuário da política de assistência social como
portador de vicissitudes produzidas pelo capitalismo.
18. Com base na Constituição Federal de 1988 e na legislação relativa à política de saúde em
vigor no Brasil, são considerados direitos dos usuários de ações e serviços de saúde:
A) ter acesso ao conjunto de ações e serviços necessários para a promoção, a proteção e a
recuperação da saúde; ser identificado e tratado pelo nome ou sobrenome e não por
números, códigos ou de modo genérico, desrespeitoso ou preconceituoso.
B) ser acompanhado por pessoa indicada pelo serviço de saúde, se assim desejar, nas
consultas e exames, durante trabalho de parto e no parto; receber atendimento médico,
mesmo que tenha manifestado por escrito sua vontade de aceitar ou recusar este
tratamento.
C) receber informações sobre seu estado de saúde em linguagem técnico-científica, assim
como sobre os benefícios, os riscos e a duração do tratamento, não sendo obrigatório o
serviço apresentar as alternativas de solução, nem os efeitos colaterais de medicamentos.
D) participar de tratamento experimental aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP);
Encontrar os meios necessários para identificar as pessoas responsáveis direta e
indiretamente por sua assistência, tais como o nome completo, a profissão e o cargo do
profissional.
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19. A Constituição de 1988 assumiu uma concepção abrangente de saúde, que sinaliza para
práticas que respondem não às relações de mercado, mas a direitos humanos. Nesta
concepção, o atendimento a necessidades de saúde, remete
A) à consideração dos condicionantes biológicos de idade, sexo e características genéticas
no acesso aos serviços de saúde.
B) ao acesso da população ao atendimento médico-hospitalar e a medicamentos, sempre
que precisar.
C) ao acesso da população à habitação, à água potável, a cuidados primários de saúde e
educação.
D) ao reconhecimento da insuficiência do paradigma biológico e de que as necessidades de
saúde residem unicamente em não estar doente.
20. A política de assistência social carrega um histórico de aprisionamento à filantropia que
contribui para a sua difícil realização como política pública. Com o SUAS e com a Lei nº
12.101/2009, foram dados passos no sentido de romper com as formas de acesso ao fundo
público praticadas por entidades de assistência social, as quais nem sempre foram
transparentes. Contribui para esse rompimento:
A) a definição de novas regras para o fornecimento de certificado de filantropia e a
regulamentação da LOAS.
B) a definição do que são entidades de assistência social e a extinção do certificado de
filantropia.
C) uma melhor definição do papel dos conselhos e novas regras para o cadastro de
entidades de assistência social.
D) uma melhor definição das regras para o atendimento à proteção social no âmbito da
política de assistência social.
21. Em relação às diretrizes da Lei Orgânica da Assistência Social (Lei Federal nº 8.742/93) no
que diz respeito à sua organização política, enumeram-se as seguintes:
I
descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo.
II
participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação
das políticas e no controle das ações em todos os níveis.
III
primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social
em cada esfera de governo.
IV
universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial
alcançável pelas demais políticas públicas.
Estão corretas as diretrizes presente em
A) I, II, III e IV.
B) I, II e III.
C) apenas II e IV.
D) apenas I e III.
22. Os Conselhos Gestores de Políticas Públicas no Brasil são institucionalizados a partir da
promulgação da Constituição Federal de 1988 e são regulamentados a partir da legislação
específica de cada área. Em relação ao caráter desses Conselhos, é correto afirmar que são
órgãos
A) de caráter consultivo sobre
responsabilidade do Estado.
as
políticas
públicas,
uma
vez
que
a
gestão
é
B) para exercer o controle democrático sobre o Estado já que eles deliberam sobre a gestão
executiva das políticas públicas.
C) públicos de controle social, tendo em vista o caráter deliberativo e/ou consultivo,
fiscalizador e de composição paritária entre sociedade civil e Estado.
D) de caráter fiscalizador das políticas públicas, respeitando a responsabilidade de gestão
executiva pelo Estado.
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23. A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) assegura a qualquer cidadão, desde que
comprove carência, benefícios:
A) assistenciais e previdenciários.
B) de prestação continuada e previdenciários.
C) de prestação continuada e eventuais.
D) previdenciários e eventuais.
24. No âmbito da política de assistência social, o equipamento estatal de base territorial,
localizado em áreas de vulnerabilidade social, com a finalidade de organizar, coordenar e
executar os serviços de proteção social básica é
A) a rede prestadora de serviços de assistência social no território.
B) a instituição contratada integrante da Rede de Assistência Social.
C) o Centro de Referência Especializada em Assistência Social.
D) o Centro de Referência de Assistência Social.
25. A Lei nº 10.741/93 dispõe sobre o Estatuto do Idoso. No que diz respeito ao acesso à justiça,
é correto afirmar que
A) o poder público poderá criar varas especializadas e exclusivas de idosos.
B) o poder público tem obrigação de criar varas especializadas de idosos.
C) o poder público poderá criar varas especializadas, desde que haja demanda para esse
segmento.
D) o poder público municipal deverá consultar o Ministério Público quanto à instituição de
vara especializada para idosos.
26. Leia a seguir um conceito de Raquel Raichelis (2006) sobre a gestão de políticas públicas:
“[...] um processo construído por sujeitos sociais que passam a disputar lugares de
reconhecimento social e político e adquire assim um caráter de estratégia política. ”
Esse é o conceito de
A) publicização.
B) democratização.
C) esfera pública.
D) cultura publica.
27. Sobre o processo de planejamento no âmbito das políticas sociais, o instrumento técnicooperativo que corresponde à menor unidade desse processo é o
A) plano.
B) diagnóstico.
C) programa.
D) projeto.
28. No planejamento estratégico, alguns exercícios são essenciais, dentre os quais pode-se
destacar
A) o diagnóstico para conhecimento das forças e dos sujeitos envolvidos na ação.
B) a identificação do cenário onde a ação será desenvolvida e das forças em confronto.
C) a identificação das oportunidades e o rompimento com o patrimonialismo.
D) o diagnóstico das oportunidades e o incentivo à participação.
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29. A partir da década de 90 (sec. XX) a economia e o Estado brasileiro avançam com medidas
para atender à crise do capital. É (são) medida(s) desse processo:
A) a redução da função social do Estado, tendo em vista que a crise do Estado de Bem-Estar
Social foi a principal razão do desemprego em escalas mundiais.
B) a flexibilização do trabalho, que possibilitou maior empregabilidade à população, e a
redução da interferência do Estado nas decisões da política econômica, como defende o
neoliberalismo.
C) a globalização da economia, que resultou na maior inserção do Brasil no mercado
internacional, porém com dificuldades de competição em função da baixa qualificação da
força de trabalho.
D) a reestruturação produtiva, que articula mudanças na produção e organização do trabalho
e a privatização do Estado, em especial das políticas sociais, defendida pela perspectiva
neoliberal.
30. A Questão Social é matéria de intervenção do Serviço Social e seu aprofundamento está
relacionado
A) ao período da Guerra Fria, especialmente em função do crescimento do movimento
operário no mundo, que abala o Capitalismo.
B) às consequências das contradições entre capital e trabalho, em particular a partir do
período de ascensão monopolista do capital.
C) ao período da emergência do Capitalismo em sua fase monopólica, portanto já exaurida
na contemporaneidade.
D) às conquistas dos trabalhadores no que diz respeito à efetivação dos direitos sociais, em
particular os trabalhistas.
31. No que diz respeito aos direitos e deveres do(a) Assistente Social, estabelecidos no Código
de Ética Profissional (Resolução CFESS 273/93), é vedado
A) emprestar seu nome e registro profissional a firmas, organizações ou empresas para
simulação do exercício efetivo do Serviço Social.
B) dispor de condições de trabalho condignas, seja em entidade pública ou privada, de forma
a garantir a qualidade do exercício profissional.
C) programar, administrar,
institucionalmente.
executar
e
repassar
os
serviços
sociais
assegurados
D) contribuir para a alteração da correlação de forças institucionais apoiando as legítimas
demandas de interesse da população usuária.
32. Sobre a Lei de Regulamentação Profissional (Lei Federal nº 8.662/93), que dispõe sobre o
exercício profissional e dá outras providências, é correto afirmar que
A) estabelece os requisitos básicos para o exercício profissional, especialmente no que diz
respeito à inserção profissional nas organizações públicas e privadas, lócus privilegiado
de atuação profissional.
B) fixa os requisitos básicos para o exercício profissional, as competências e atribuições
privativas, a jornada de trabalho e dispõe sobre os direitos e deveres, destacando o que é
vedado ao assistente social.
C) estabelece os requisitos básicos e princípios que fundamentam o Serviço Social como
profissão interventiva na realidade social por meio dos direitos e deveres, jornada de
trabalho e remuneração.
D) fixa os requisitos básicos para o exercício profissional, as competências e atribuições
privativas, a jornada de trabalho e dispõe sobre o órgão que disciplina e defende o
exercício profissional.
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33. O processo de renovação do Serviço Social, iniciado em meados da década de 60 (séc. XX),
tem por base
A) a laicização do Serviço Social, influenciada pela diferenciação crescente de profissionais
e pela disputa da hegemonia na formação e exercício profissional.
B) o crescimento da qualificação profissional, que irá determinar a necessidade de
racionalizar a formação e o exercício profissional.
C) as determinações da autocracia burguesa que criou a necessidade de o Serviço Social
responder a suas necessidades.
D) a politização da categoria profissional que efetivou a ruptura com o conservadorismo,
negando assim, os interesses do capital.
34. No processo de reconceituação do Serviço Social, considerando seus fundamentos
históricos, teóricos e metodológicos, é correto afirmar que
A) o conservadorismo é resultado do período desenvolvimentista, que aprofunda as relações
de dependência entre Estado e economia.
B) as premissas do desenvolvimento de comunidade emergem no período do governo de
Juscelino Kubitschek, quando há transformações na relação entre o Estado e a economia.
C) a legislação social cunhada pelo Governo Militar (1964/1985) constitui a base para o
reconhecimento profissional do Assistente Social.
D) o tecnicismo está vinculado ao período do Governo de Getúlio Vargas, particularmente no
Estado Novo, quando se institucionaliza o Serviço Social como profissão no Brasil.
35. Na perspectiva da teoria crítica, a categoria “mediação” é
A) a habilidade em mediar conflitos no cotidiano profissional, a qual especifica a função do
Serviço Social nas organizações.
B) o conjunto de instrumentais técnico-operativos utilizados para o exercício profissional,
apreendidos no processo de formação profissional.
C) a função do assistente social no exercício profissional que compatibiliza os interesses
entre as organizações que trabalha e as demandas.
D) a categoria ontológica que é explicada pela processualidade concreta e sócio-histórica da
humanidade.
36. A instrumentalidade em Serviço Social
A) tanto podem representar técnicas como instrumentos e depende dos programas e projetos
que serão desenvolvidos.
B) refere-se aos instrumentos técnico-operativos que são utilizados na prática profissional, a
partir dos requisitos institucionais.
C) diz respeito ao arcabouço ético-político,
construído pela categoria profissional.
teórico-metodológico
D) constitui-se de visitas domiciliares, estudo socioeconômico,
entrevistas no decorrer do atendimento à população usuária.
e
técnico-operativo
relatórios
sociais
e
37. IAMAMOTO (2008) manifesta a tensão histórica entre o trabalho assalariado, as demandas
dos sujeitos de direitos e a autonomia do profissional. Essa afirmação é explicada pela
A) necessidade do Serviço Social na sociedade capitalista, que atende aos interesses da
burguesia em contraposição aos dos trabalhadores.
B) apropriação do trabalho concreto e abstrato que caracteriza o Serviço Social, que impõe
possibilidades, mas também limites decorrentes da condição de assalariamento.
C) submissão do Serviço Social às demandas institucionais que nem sempre correspondem
ao projeto ético-político profissional.
D) persistência de uma cultura atrelada ao conservadorismo e ao clientelismo em relação à
prática profissional do assistente social.
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38. Quanto às práticas de terapias associadas ao título e/ou ao exercício profissional do
Assistente Social, vedadas pela Resolução CFESS nº 569/2010, listam-se as seguintes:
I
Intervenção que visa a tratar problemas somáticos, psíquicos e psicossomáticos, suas
causas e sintomas.
II
Atividades profissionais e/ou clínicas com fins medicinais, curativos, psicológicos e/ou
psicanalíticos que atuem sobre a psique.
III
Encaminhamento de providências e orientação social a indivíduos, grupos e à
população.
IV
Assessoria aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais.
Estão corretas as práticas referidas em
A) I e II.
B) III e IV
C) I, II e IV.
D) I, III e IV.
39. A supervisão direta de estágio em Serviço Social
A) é uma opção do Assistente Social tendo em vista a Resolução nº 533/2008, do Conselho
Federal de Serviço Social.
B) é competência profissional regulamentada pelo Código de Ética Profissional.
C) é atribuição privativa do Assistente Social prevista pela Lei de Regulamentação
Profissional.
D) é uma atividade
institucional.
profissional
a
ser
desempenhada
de
acordo
com
autorização
40. Sobre o trabalho do Assistente Social em equipes interprofissionais, afirma-se:
I
A equipe cria uma identidade, a qual, com frequência, leva a diluição das
particularidades profissionais.
II
A equipe condensa uma unidade, mas cada profissional observa e interpreta, de forma
distinta, os processos sociais.
III
O trabalho em equipe exige do Assistente Social clareza no trato das competências e
atribuições profissionais.
IV
Pelas suas características, não requer do Assistente Social o respeito às prescrições
da Lei de regulamentação da profissão.
Estão corretas as afirmativas
A) III e IV.
B) I e IV.
C) I e II.
D) II e III.
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