ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS APRESENTAÇÃO ORAL GINECOLOGIA GERAL TL-01 - USO DE ANÁLOGO DE GNRH PARA TRATAMENTO CLÍNICO DE LEIOMIOMATOSE UTERINA. MARCOS TAKIMURA; JESSICA MARIA CAMARGO BORBA; GLEYSE MARIA RUBIO DE OLIVEIRA; BRUNO JAGHER FOGAÇA. HOSPITAL DE CLÍNICAS. Objetivos: Avaliar a redução do volume uterino total e dos miomas individualmente após administração de Gosserelina 10,8 mg subcutâneo eredução das queixas de dor e sangramento e efeitos adversos ao medicamento. Metodologia: Após procura direta das pacientes ao Pronto Atendimento de Ginecologia ou encaminhamento pela rede municipal para o ambulatório de Ginecologia Geral do serviço, avaliar através de uma ficha individual com dados referentes ao nível socioeconômico, raça, idade, queixas, historico pregresso e gineco-obstétrico, exame físico. Critérios de inclusão: maiores de 18 anos, miomatose uterina sintomática e assintomáticas com volume uterino superior a 500 cm³. Realizados ultrassonografia transvaginal (pelo mesmo examinador) e exames laboratoriais (FSH, Hemograma, Fibrinogênio, TAP, TTPA) previamente a aplicação da medicação. Aplicação de 2 doses da medicação com intervalos de 3 meses e reavaliação de laboratoriais e imagens, além das queixas da paciente trimestralmente. Resultados parciais: 26 pacientes incluídas desde outubro de 2015, sendo que em torno de 70% destas apresentavam queixa de dor e 89% de sangramento antes da aplicação. Após reavaliação da primeira aplicação, nenhuma queixava de dor, 12% ainda apresentavam sangramento e 88% não apresentaram mais sangramento. Os principais efeitos adversos observados após primeira aplicação foram cefaleia (35%), fogachos leves (35%), astenia (20%), constipação (10%). 45% das pacientes não apresentaram nenhum efeito colateral. A média do volume uterino antes da medicação era de 291 ccm (variando de 62 a 980 ccm) e maior diâmetro dos miomas era de 65 mm (variando de 20-98 mm). Após aplicação, ocorreu uma redução média de 31,7% no volume uterino e 40% no diâmetro dos miomas. Conclusões: Os resultados parciais obtidos estão de acordo com a literatura. Esse estudo visa ao acompanhamento das pacientes por dois anos após a segunda aplicação da medicação para avaliar a duração dos resultados alcançados. O término está previsto previsto para o ano de 2018. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ANTICONCEPÇÃO TL-02 - AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA ACNE EM USUÁRIA DE IMPLANTE CONTRACEPTIVO DE ETONOGESTREL COMPARADO AO DIU DE COBRE. MAIARA CONZATTI; CAROLINA LEÃO ODERICH; JAQUELINE NEVES LUBIANCA; MARIA CELESTE OSÓRIO WENDER. HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE/UFRGS Objetivo: Comparar a influência do implante liberador de etonogestrel e do dispositivo intrauterino (DIU) Tcu 380A na piora ou melhora da acne. Materiais e métodos: Estudo aberto, não randomizado, controlado e prospectivo. Critérios de inclusão: idade entre 18 e 40 anos, ciclos menstruais regulares , índice de massa corporal (IMC) menor do que 30 kg/m2, estar sexualmente ativa e ausência de contra-indicações para o uso de algum dos métodos contraceptivos. As participantes do estudo foram convidadas a escolher entre o implante (20 pacientes) e o DIU Tcu 380A (19 pacientes). A acne foi avaliada de forma subjetiva pela paciente no momento do início do método contraceptivo e após 12 meses de uso. Avaliação clínica dos graus de acne foi realizada pela equipe médica nos mesmos tempos. Resultados: Em relação à média de idade e ao IMC os grupos eram homogêneos. No início do estudo, conforme avaliação médica, 47% das pacientes do grupo do DIU Tcu 380A (n=9) apresentavam acne grau 1, 21% (n=4) acne grau 2 e 10% (n=2) não apresentavam acne. No grupo do implante de ETG, 70% (n=12) tinham acne grau 1 e 30% acne grau 2 (n=5) no início do tratamento Não houve diferença significativa na avaliação médica em relação ao grau de piora da acne em pacientes que utilizaram implante de ETG X DIU Tcu 380A (p=0,17). Em relação à acne após 12 meses, apenas duas pacientes em cada grupo, observaram piora na severidade das lesões acneiformes. Houve efeito isolado de tempo na variável “sente a pele oleosa”, com diferença significativa no grupo Implante (p=0,048) em relação à redução desse parâmetro após 12 meses. Conclusões: O implante não favoreceu o surgimento de acne ou piorou a acne préexistente em mulheres usuárias de implante de ETG após 12 meses. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OUTROS TEMAS TL-03 - MORTALIDADE FETAL SEGUNDO VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS MATERNAS E RELACIONADAS A GESTAÇÃO NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA – PR. JULIANA FERREIRA LEAL; CAROLINY STOCCO; JOELMA BARSZCZ; POLLYANNA KÁSSIA OLIVEIRA BORGES. UEPG; PREFEITURA MUNICIPAL DA PONTA GROSSA. Introdução: A mortalidade perinatal, da qual o óbito fetal é uma subdivisão, é um bom indicador das condições de vida de uma população, permitindo uma análise detalhada da qualidade de assistência prestada à mulher no pré-natal. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da natimortalidade de mães residentes no município de Ponta Grossa – PR, em um período de 5 anos, segundo variáveis sociodemográficas maternas e relacionadas a gestação. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, com análise de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, sobre os óbitos fetais de mães residentes no município de Ponta Grossa – PR, entre os anos de 2011 a 2015. As variáveis selecionadas foram: faixa etária, escolaridade, ocupação, número de filhos mortos, tipo de gravidez, tipo de parto, duração da gestação, peso ao nascer e causa básica do óbito. Resultados: A amostra foi composta por 254 óbitos fetais, sendo que 40,16% (n=102) das mães tinham entre 20 e 29 anos, 43,70% (n=111) tinham de 8 à 11 anos de escolaridade, 59,84% (n=152) eram donas de casa, 77,17% (n=196) não tinham histórico de perdas fetais/abortos, 94,09% (n=239) tiveram gravidez do tipo única, 65,73% (n=167) realizaram parto vaginal, 26,77% (n=68) com duração da gravidez entre 32 a 36 semanas, 29,53% (n=75) com peso do concepto entre 1,5 kg a 2,4 kg. A principal causa básica de mortalidade de acordo com o CID 10 foi “Feto e recém-nascido afetados por complicações da placenta, cordão umbilical e membros” com 24,02% (n=61), seguida por “Feto e recém-nascido afetados por afecções, não obrigatoriamente relacionados à gravidez atual” com 18,90% (n=48). Conclusão: conhecer o perfil epidemiológico do óbito fetal no município poderá auxiliar os gestores de saúde a priorizar mulheres mais vulneráveis, socialmente ou em relação à história reprodutiva e morbidades, para assim diminuir a taxa de mortalidade fetal. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS MASTOLOGIA TL-04 - ASSOCIAÇAO ENTRE IDADE E RESULTADOS EST[ETICOS OBTIDOS APÓS UM ANO DE CIRURGIA DE RECONSTRUÇÕES MAMÁRIAS PÓS-CÂNCER DE MAMA EM ARACAJU-SE. AMANDA BASÍLIO BASTOS DOS SANTOS SILVA; JOSÉ GILMAR; FERNANDA RAMOS MONTEIRO; LUIZA NEVES DE SANTANA TELES; JÚLIA MARIA GONÇALVES DIAS; THAYANA SANTOS DE FARIAS; THIERS DÉDA GONÇALVES; MILENA MAURÍCIO MAIA; DANILO BARRETO SILVA; RAFAELA GOMES DOS SANTOS. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE. Objetivo: avaliar a relação existente entre a idade das pacientes e os resultados estéticos obtidos após um ano de cirurgia de recontruçao mamaria pos câncer de mama em dois serviços de mastologia em Aracaju-SE. Metodologia: estudo observacional, descritivo, contendo dados de pacientes tratadas de câncer de mama e submetidas a procedimentos de reconstrução. As variáveis analisadas foram: idade e resultado estético final. Foram utilizados testes estatísticos de associações de variáveis (QuiQuadrado) e testes de variância paramétrica e não paramétrica a fim de comparar o efeito das variáveis. O banco de dados foi composto por 376 pacientes, destas 116 foram submetidas a procedimentos de reconstrução. Resultados: 54,46% das pacientes tinham menos de 50 anos, apenas 6,25% das mulheres eram idosas (mais de 65 anos). A idade mínima foi 25 e a máxima 77 anos (média etária = 49,94). O tempo de seguimento médio foi 3,98 anos; a maioria das pacientes tinha tumores T1 (tamanho tumoral médio de 2,36 cm); houve discreta predominância da mama esquerda (52,59%). Sessenta e três por cento dos tumores localizavam-se nas regiões laterais ou central da mama (retroareolar). Carcinoma ductal invasivo foi o tipo histológico mais comum (82,24%). Quimioterapia foi utilizada em 83 % dos casos; 56% das pacientes fizeram radioterapia; 40% das mulheres tinham axila positiva. A média de idade das pacientes que consideraram ótimo o resultado estético obtido foi de 53,34 anos, as que disseram ter sido bom foi de 47,21 anos, as que opinaram como regular apresentaram média de 47,33 e as que acharam ruim o resultado estético alcançado tiveram média de 48,94 anos. Aplicados os testes estatísticos, houve diferença significativa na comparação dos grupos (p = 0,04). Conclusão: assim, neste trabalho, as pacientes com idades maiores obtiveram melhores resultados estéticos, após um ano da realização da cirurgia, quando comparadas às pacientes mais jovens. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA GERAL TL-05 - DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL: COMPARAÇÃO DE DOIS INSTRUMENTOS - REGISTRO DIÁRIO DA INTENSIDADE DOS PROBLEMAS (DRSP) E INSTRUMENTO DE RASTREAMENTO DE SINTOMAS PRÉMENSTRUAIS (PSST). ALINE HENZ; CAROLINA LEÃO ODERICH; MAIARA CONZATI; CARINA WEIRICH GALLON; JULIANA CASTRO; MARIA CELESTE OSÓRIO WENDER. HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE/UFRGS. Objetivo: Comparar dois intrumentos diagnósticos de Síndrome Pré-Menstrual (SPM), o PSST(questionário retrospectivo e de rápida aplicação, ainda não validado) e o DRSP (questionário prospectivo, 2 meses de aplicação, internacionalmente validado). Método: Estudo transversal com 127 mulheres, de 20 a 45 anos com queixas de SPM. As mulheres foram avaliadas quanto ao peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC). Após exclusão de casos de depressão através do Prime-MD, as pacientes completaram o PSST e foram orientadas a preencherem o DRSP durante dois meses. A concordância entre os dois questionários foi avaliado pelo cálculo de Kappa (k) e valores do coeficiente PABAK. Resultados: Do total de mulheres que atenderam ao chamado, 282 (74%) preencheram os critérios de elegibilidade e responderam o PSST. Entre estas 282 mulheres, somente 127 (45%) completaram o questionário diário (DRSP) por dois ciclos. O percentual das mulheres com diagnóstico de SPM através do DRSP foi de 74,8%, e pelo PSST foi 41,7%. O percentual das mulheres com diagnóstico de PMDD pelo DRSP foi de 3,9% , e pelo PSST foi de 34,6%. Verificou-se uma maior prevalência de SPM com o DRSP do que com o PSST. De outra parte a TDPM (transtorno disfórico pré-menstrual) foi mais dignosticada pelo PSST do que com o DRSP. O número de pacientes consideradas “normais” foi semelhante com os dois instrumentos. Na avaliação entre os dois instrumentos verificou-se não haver nenhuma concordância (Kappa = 0,12) nos resultados do diagnóstico de SPM e TDPM (Coeficiente Pabak resultou = 0,39). Para o diagnóstico de SPM/TDPM o PSST tem uma sensibilidade de 79% e especificidade de 33,3%. Conclusão: O PSST deve ser considerado como uma ferramenta de triagem diagnóstica e os casos SPM/TDPM diagnósticados pelo PSST devem ser sempre melhor avaliados pelo DRSP. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS MORTALIDADE MATERNA TL-06 - ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA DA MORTALIDADE MATERNA NO ESTADO DO PARANÁ. ACÁCIA MARIA LOURENÇO FRANCISCO NASR; GILCIANE RIBEIRO GONÇALVES; LUIZ RICARDO MEYER; VIVIANE SERRA MELANDA; JOSEANA CARDOSO DE SOUZA E SILVA; JÚLIA VALÉRIA FERREIRA CORDELLINI. UFPR; SESA. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico da mortalidade materna no Estado do Paraná, no período de 2011 a 2015. Estabelecer a relação entre o número de óbitos maternos e o número de nascidos vivos nas regionais de saúde, e a relação entre o tipo de óbito prevalente com a razão de mortalidade materna (RMM). Metodologia: Estudo quantitativo descritivo com utilização de dados secundários das bases do Sistema de Informação de Mortalidade e Sistema de Informação de Nascidos Vivos, e revisão de literatura. Resultados: No período de 2011 a 2015 foram constatados 349 óbitos maternos no Estado do Paraná. As quatro regionais de saúde com maior número de nascidos vivos apresentaram maior número absoluto de óbitos maternos. A RMM revelou queda de 4% no período entre 2011 e 2015 no Estado e oscilou nas regionais de saúde no mesmo período. As causas obstétricas diretas são predominantes e representaram 219 casos, seguidas das obstétricas indiretas 112 casos e das não especificadas: 18 casos. As causas de morte obstétricas diretas mais incidentes foram as hemorragias: 61 casos e as causas obstétricas indiretas se relacionam as doenças do aparelho circulatório: 44 casos. A frequência de óbitos maternos foi maior na raça/cor branca e na faixa etária de 30 a 39 anos. Conclusões: Nos últimos anos, houve uma redução da mortalidade materna no Estado do Paraná que não foi homogênea em todas as regiões de saúde com predominância das causas obstétricas diretas e em mulheres brancas de 30 a 39 anos. A maior concentração de óbitos maternos coincide com as regiões de maior natalidade. O panorama descrito pela epidemiologia da saúde da mulher permite monitorar as tendências da mortalidade materna, rastrear o sucesso das medidas implementadas, identificar eventos sentinelas e planejar medidas de promoção a saúde. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS CLIMATÉRIO TL-07 - ESTUDO COMPARATIVO PLACEBO CONTROLADO, DA TERAPIA HORMONAL VAGINAL E SUA CORRESPONDÊNCIA NA MATURAÇÃO CELULAR E SINTOMAS CLIMATÉRICOS LOCAIS E SISTÊMICOS. NEWTON SÉRGIO DE CARVALHO; ELISA CHICARELI PINHAT. HC-UFPR Objetivos: Definir qual droga entre os preparados hormonais para uso vaginal apresenta melhor ação nas queixas climatéricas em correlação ao índice de maturação celular vaginal, comparativamente com hidratante vaginal não hormonal. Metodologia: 69 pacientes menopausadas, em estudo observacional cegado, foram randomizadas, para promestrieno, estriol, estrogênios conjugados e hidratante vaginal não hormonal e avaliadas antes e após o uso dos cremes para graduação de sintomas climatéricos locais e sistêmicos e coleta de citologia hormonal. A sintomatologia foi pontuada pelas pacientes de 0 a 10 e o esfregaço vaginal por contagem percentual das células profundas, intermediárias e superficiais. A média de idade foi de 64 anos e de menopausa, 49 anos. O intervalo entre as análises foi de 48,16 dias. A avaliação comparativa entre os tempos foi realizada pelo teste de Wilcoxon. Resultados: Os estrogênios conjugados melhoraram os sintomas locais (p=0,002), mas não os sistêmicos. Apesar da elevação na contagem de células intermediárias e superficiais, não houve impacto no índice final de maturação celular. No grupo promestrieno, houve melhora no índice de maturação (p=0,005), com queda de células profundas e elevação das superficiais, o que trouxe correspondência na melhora dos sintomas locais e sistêmicos (p<0,001). Apesar da elevação da maturação celular às custas da redução da contagem de células profundas, no grupo estriol, apenas os sintomas sistêmicos melhoraram. No grupo placebo, houve melhora das queixas sistêmicas e locais, mas sem alteração do índice de maturação. Conclusões: O promestrieno apresentou melhor correspondência entre elevação da maturação celular e melhora de queixas locais e sistêmicas. O estriol, apesar da melhora da maturação, não trouxe reflexo clínico nas queixas locais. Os estrogênios conjugados mostraram melhora dos sintomas locais, mas sem representatividade no índice de maturação. A melhora dos sintomas locais e sistêmicos, sem correspondência na maturação celular do grupo hidratante vaginal não hormonal, pode estar relacionado a efeito placebo. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS REPRODUÇÃO HUMANA TL-08 - QUALIDADE OOCITÁRIA E RESULTADOS DE FERTILIZAÇÃO: ESTUDO ANALÍTICO ENTRE MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE RESERVA OVARIANA EM MULHERES JOVENS. VIVIANE MARGARETH SCANTAMBURLO NIEHUES; KAHISA NATIELE FONTANA DAL TOSO; LIDIO JAIR RIBAS CENTA; JAIME KULAK JR. PG TOCO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; ANDROLAB. Introdução: Reserva ovariana representa o pool de oócitos da mulher em um determinado momento da sua vida. Sua avaliação é importante para predizer a chance que uma mulher tem de engravidar e também preparar o melhor tratamento de reprodução assistida em casos de infertilidade. Objetivo: Analisar os métodos de avaliação de reserva ovariana quanto à qualidade oocitária e taxa de fertilização. Metodologia: Foram analisados parâmetros de reserva ovariana de 50 mulheres entre 18 e 35 anos submetidas à ICSI através de contagem de folículos antrais (CFA) e dosagens hormonais: hormônio anti-mulleriano (AMH), FSH, LH e estradiol basal. A qualidade de 259 oócitos foi classificada de acordo com alterações ou não na forma, zona pelúcida, espaço perivitelínico / corpúsculo polar e citoplasma, bem como o resultado da fertilização. Resultados: Para CFA houve diferença significativa na forma, espaço perivitelínico/corpúsculo polar e citoplasma. Quanto ao AMH só não teve diferença para forma dos oócitos. O FSH mostrou diferença para citoplasma e zona pelúcida, já o LH somente para a zona pelúcida. O estradiol mostrou diferença apenas para o citoplasma dos oócitos. Pela curva ROC, o ponto de corte para estabelecer reserva ovariana normal e baixa através dos marcadores foi de 9 para CFA, AMH=1,2, FSH= 6, LH=4, estradiol=46. Quanto à taxa de fertilização, apesar de haver uma tendência a ser maior nos oócitos com melhor reserva ovariana, não foi observado diferença estatística significativa. Conclusão: A utilização de CFA e AMH para avaliação de reserva ovariana são os melhores marcadores de qualidade oocitária no grupo estudado. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS MASTOLOGIA TL-09 - CÂNCER DE MAMA EM MULHERES JOVENS: PERFIL IMUNOHISTOQUÍMICO E HISTOPATOLÓGICO DE PACIENTES COM 35 ANOS OU MENOS, ATENDIDAS NO SETOR DE ONCOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO SANTA TEREZINHA (HUST). MÁRCIO TOMASI; CAROLINA DE ANDRADE; ANA CLÁUDIA CAZZUNI. UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA. O presente trabalho analisa pacientes com 35 anos ou menos, atendidas no setor de oncologia do Hospital Universitário Santa Terezinha em Joaçaba, Santa Catarina, de janeiro de 2009 a janeiro de 2015, diagnosticadas com câncer de mama neste período. O objetivo principal foi analisar o perfil imunohistoquímico e histopatológico das pacientes atendidas em nosso serviço. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e retrospectiva, com amostra de 24 mulheres, sendo o levantamento dos dados obtido através dos registros nos prontuários. Para análise e tabulação das variáveis foram utilizados o programa BioEstat 5.0 e a ferramenta Excel do pacote Microsoft Office Professional 2010. A idade média foi 30,6 anos, 70,83% tiveram menarca entre 12 e 16 anos, 18 pacientes usavam anticoncepcional oral, sendo que 41,67% por mais de dez anos, metade das pacientes da amostra tinha um ou dois filhos, seguida de 29,17% nulíparas. O histórico familiar esteve presente em 25,00%. Dezenove pacientes (79,16%) perceberam sintomatologia durante autoexame, 87,50% queixaram-se de nódulo na primeira consulta. A mama direita foi acometida em 58,30% e a esquerda 41,70%, o quadrante superior externo predominou em 62,50% dos casos. A categoria BIRADS 4 isolada e seus subgrupos apareceu com maior frequência tanto na mamografia (37,50%) quanto na ultrassonografia (41,67%). O carcinoma ductal invasivo predominou na amostra (95,83%). O grau histológico II foi observado em 58,33%. O perfil imunohistoquímico Luminal B foi observado em 50% das pacientes. Estadiamento pós-operatório maior ou igual à IIB esteve presente em 58,33%. Concluiu-se que as pacientes jovens de nosso estudo apresentaram como variáveis predominantes o perfil imunohistoquímico Luminal B, estadiamento maior ou igual a IIB e grau histológico II, dados esses concordantes aos já apresentados pela literatura, onde observa-se comportamento tumoral mais agressivo e perfil imunohistoquímico desfavorável em mulheres mais jovens. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS PATOLOGIA DO TRATO GENITAL INFERIOR TL-10 - ESTUDO COMPARATIVO E DE PREVALÊNCIA DAS ALTERAÇÕES NAS CITOLOGIAS ONCÓTICAS NA ADOLESCÊNCIA E NO MENACME. RITA MAIRA ZANINE; BEATRIZ DOS SANTOS; SUELEN MARIA PARIZOTTO FURLAN. HC UFPR; PROGRAMA DE POS GRADUACAO EM TOCOGINECOLOGIA UFPR; UFPR. Objetivos: Determinar a prevalência das alterações citológicas; analisar os fatores de risco; a concordância citológica, colposcópica e biópsia. Metodologia: Estudo retrospectivo, observacional, comparativo e transversal envolvendo adolescentes (13-21 anos) e mulheres no menacme, com alteração na colpocitologia, de 2011 a 2015. Foi utilizado o Teste Não Paramétrico de Mann-Whitney (p<0,005) para as variáveis contínuas (idade, sexarca e número de parceiros sexuais) e o Teste Q Quadrado ou Teste Exato de Fischer (p< 0,005) para as variáveis categóricas. O pareamento entre os grupos, os tornou semelhantes e propiciou a avaliação do comportamento das lesões baseada em seus fatores de risco. Resultados: Foram avaliadas 687 mulheres. Destas, 85 (12,4%) tinham entre 13 e 21 anos de idade e 602 (87,6%) eram adultas. A sexarca precoce obteve significância estatística (p< 0,001) e foi mais relevante que o número de parceiros sexuais (p= 0,234); Uso de contraceptivo é fator de risco para lesões cervicais e, dentre eles, o anticoncepcional combinado teve maior relevância. 83,5% das jovens e 73,3% adultas usavam anticoncepcional (p= 0,042) e o método combinado foi o mais utilizado nos dois grupos. A alteração citológica mais prevalente entre as adolescentes foi a LSIL, com 54,2% e no menacme, foi ASCH com 29,7% seguida pela HSIL, 27,2%. Dentre os achados colposcópicos, os maiores (42,9%) seguidos pelos menores (41,7%) foram os mais prevalentes no grupo das adolescentes e nas adultas, foram os maiores, com 56,2%. Os achados histológicos, obtidos por biópsia, mostraram que entre as jovens, a NIC 1 (25%) foi a mais prevalente, seguida pela biópsia negativa com 22,9% e nas adultas, NIC 3 com 22,9%. Conclusões: As lesões citológicas mais prevalentes nas adolescentes foram as de baixo grau. Os principais fatores de risco foram: sexarca precoce e uso de anticoncepcional combinado. A concordância citológica, colposcópica e histológica foi mais fidedigna no menacme. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ENDOMETRIOSE TL-11 - TRATAMENTO EXPERIMENTAL DA ENDOMETRIOSE COM PLASMA RICO EM PLAQUETAS. CAROLINA ANTUNES SAVARI; JOÃO FELIPE DITZEL WESTPHALEN; ISADORA CRISTINA BENVENUTTI KALINOWSKI; VIVIAN FERREIRA DO AMARAL; THAYANA FERREIRA DO AMARAL; CAROLINE BUSATTA VAZ DE PAULA. SANTA CASA DE CURITIBA. A endometriose é uma patologia benigna que acomete mulheres em idade reprodutiva, nulíparas, de cor branca, altas e magras. Os sintomas são dor pélvica crônica, dispaurenia, dismenorréia, infertilidade, hematoquezia e hematúria. Por ser uma doença de etiopatogenia complexa e por apresentar tratamento ainda incerto e não curativo, busca-se novas opções terapêuticas para a doença. O PRP (plasma rico em plaquetas) é um produto terapêutico autólogo com substâncias responsáveis pelo crescimento, regeneração e cicatrização celular. Estudos mostraram que o PRP apresenta ação anti-inflamatória potente, proporcionando melhora significativa da dor. Ainda não há estudos concluídos sobre seu uso no tratamento da endometriose. Objetivos: avaliar o PRP como opção terapêutica para a endometriose retrocervical e peritoneal em ratas Wistar. Metodologia: foram utilizadas 40 ratas Wistar, sendo que em 20 animais foi realizado procedimento para indução de endometriose retrocervical e em 20 ratas induziu-se endometriose peritoneal. Após 21 dias cada grupo foi redividido em 2 grupos para realização do tratamento: Grupo Retrocervical - controle (cloreto de sódio à 0,9%: n=10), e PRP (n=10) e Grupo Peritoneal - controle (cloreto de sódio à 0,9%: n=10) e PRP (n=10). As ratas foram sacrificadas após 60 dias para a avaliação do tamanho dos implantes e realização da análise histopatológica. Foram incluídas ao trabalho 9 ratas retrocervicais soro, manipuladas sob as mesmas condições. Resultados: em relação ao tamanho do implante, todos os grupos apresentaram crescimento com 30 dias. No grupo retrocervical tratado com PRP houve diminuição significativa do implante em comparação ao tratado com soro fisiológico (p <0, 001) sugerindo efetividade do tratamento. Já no modelo peritoneal, tanto o grupo tratado com PRP quanto o tratado com soro fisiológico apresentaram diminuição do implante. Conclusões: o uso do PRP se mostrou eficaz na diminuição da área do implante no grupo retrocervical em comparação ao seu controle. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS MASTOLOGIA TL-12 - VALIDAÇÃO DE UMA FERRAMENTA PARA IDENTIFICAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA CÂNCER DE MAMA. SOLENA ZIEMER KUSMA; JOÃO ESTEVAM ABELHA JANUÁRIO; LUIZ AUGUSTO FANHANI CRACCO; ISABELA BUSTO SILVA; MILITZA CAROLINE CORDEIRO MACHADO; JOÃO ANTONIO GUERREIRO; NATÁLIA DALMOLIN; BETÂNIA MACHADO DA SILVA; CAMILA PERLI PINTO. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ. Em relação às neoplasias que acometem as brasileiras, o câncer de mama protagoniza a patologia de maior mortalidade, representando grande problema de saúde pública, e o principal fator para isso é o seu diagnóstico em estágios avançados. Assim, ferramentas que identifiquem fatores de risco pré-estabelecidos para essa neoplasia podem auxiliar no rastreio de pacientes com risco potencial ao seu desenvolvimento. O reconhecimento dos principais fatores de risco, portanto, é fundamental para planejar estratégias de prevenção. Diante disso, o presente trabalho objetivou elaboração e validação de um instrumento piloto que possibilite identificar, com mais facilidade e precisão, os fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama em mulheres brasileiras. O instrumento foi definido por meio de estudo descritivo e revisão de literatura em diferentes bases de dados e a aplicação do questionário foi realizada tanto em ambiente hospitalar como por telefone, ao longo de um ano. Ao todo, 260 mulheres previamente diagnosticadas foram abrangidas a fim de tecer um perfil epidemiológico local. Foram interrogadas pacientes com idade média de 50,5 anos e, destas, 45 apresentaram doença antes dos quarenta anos. A raça predominante foi a branca e 76,5% não apresentaram história familiar da doença. Apenas 16,9% tiveram a menarca antes dos 12 anos, 13,9% eram nuligestas, 76,2% das pacientes amamentaram e somente 17,3% das pacientes realizaram terapia de reposição hormonal. Um número expressivo de mulheres, ao diagnóstico, encontravam-se com sobrepeso (39,6%) e 18,4% possuíam o índice de massa corporal (IMC) superior a 30. Verificou-se que menos da metade (41,9%) da amostra mencionou praticar exercício regularmente. O instrumento se mostrou útil para o reconhecimento dos fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama, configurando um instrumento de rastreio, a fim de diagnosticar mais precocemente mulheres com maior predisposição a desenvolver essa doença. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS PERINATOLOGIA TL-13 - PREVALÊNCIA DA MORTALIDADE PERINATAL EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA NO SUL DO BRASIL. CARLA BEATRIZ PIMENTEL CESAR HOFFMANN; JEAN CARL SILVA; CAROLINE GADOTTI JOÃO; DAYANA CAROLINE BORGES; CARLA GISELE VAICHULONIS. MATERNIDADE DARCY VARGAS; UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE. O estudo tem por objetivo avaliar o coeficiente de mortalidade perinatal. Trata-se de um estudo retrospectivo descritivo, no período de 01/01/11 à 31/12/2015 realizado em uma maternidade no sul do Brasil. Foram avaliados o número de mortes perinatais, as características materno-fetais, as causas da mortalidade segundo a Classificação de Wigglesworth Expandida e a evitabilidade, segundo a classificação das causas evitáveis pela CID-10. Os dados foram avaliados em números absolutos e porcentagens, a prevalência foi calculada através da fórmula de coeficiente de mortalidade perinatal. De um total de 26632 nascidos no período, foram estudados os prontuários de 352 pacientes, dentre os quais foram excluídos 18 prontuários (5,11%), por estarem incompletos. Analisou-se, desta forma, 334 prontuários e a prevalência de mortalidade perinatal foi de 13,2/1000 nascidos vivos. Os resultados mais prevalentes foram: idade materna entre 21-30 anos, com 171 pacientes (51,2%); raça/cor branca em 280 pacientes (83,8%); escolaridade até o médio completo em 106 casos (31,7%); gestação única em 304 casos (91%); idade gestacional entre 22-30 semanas em 151 prontuários (42,2%); óbito intrauterino em 234 casos (70%); dos 30% de óbito neonatal, 73% tiveram um dia de vida; via de parto vaginal em 59,6% dos casos; as causas de mortalidade foram morte fetal anteparto em 182 casos (54,5%), seguida de imaturidade/prematuridade em 57 casos (17,1%); a evitabilidade mais prevalente foi a redutível por adequado controle na gravidez, em 234 casos (70%); as mortes evitáveis foram 89% e não evitáveis 11%. Conclui-se que o coeficiente de mortalidade perinatal foi 13,2/1000 nascidos vivos. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GESTAÇÃO DE ALTO RISCO TL-14 - HIPOVITAMINOSE D DURANTE A GESTAÇÃO EM HOSPITAIS TERCIÁRIOS DE CURITIBA; KADIJA RAHAL CHRISOSTOMO; JAIME KULAK JUNIOR; ALMIR ANTONIO URBANETZ; RENATO MITSUNORI NISIHARA; CAROLINE VIEIRA DE SOUZA; EDUARDO RAHAL CHRISOSTOMO; JESSICA FUJIE. UFPR; FEPAR. Objetivos: avaliar a prevalência de Vitamina D (Vit.D) em gestantes do SUS, atendidas em hospitais terciários de Curitiba. Metodologia: realizou-se um estudo observacional transversal prospectivo, em 256 gestantes atendidas no ambulatório de prénatal do Hospital de Clínicas e Hospital Evangélico de Curitiba no período de verão. O grupo estudado foi dividido em 51 pacientes sem patologias (grupo normal) e 205 pacientes com Doença Hipertensiva Específica da Gestação (DHEG) ou Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) ou HIV positivo (grupo patológico). As gestantes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido, responderam a um questionário direcionado à pesquisa. Considerando-se deficiência de Vit.D < 20 ng/ml, insuficiência entre 20 < 30 ng/ml e suficiência ≥ 30 ng/ml, conforme critérios da Endocrine Society. Os dados foram analisados estatisticamente pelo programa computacional Stata v.13.1. Resultados: o grupo normal apresentou deficiência de Vit.D: 17,65%, insuficiência: 47,06% e suficiência: 35,29%. O grupo patológico apresentou deficiência de Vit.D: 19,51%, insuficiência: 51,71% e suficiência: 28,78%. O subgrupo com DMG apresentou deficiência de Vit.D: 21,05%, insuficiência: 48,58% e suficiência: 30,26%. O subgrupo com DHEG apresentou deficiência de Vit.D: 20,35%, insuficiência: 57,52% e suficiência: 22,12%. Conclusão: constatamos em nosso estudo que em Curitiba e região metropolitana há importante hipovitaminose D tanto no grupo patológico (71,22%) quanto no grupo normal (64,71%). ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS PÔSTERES ALEITAMENTO P-001 - PERFIL DE PUÉRPERAS ATENDIDAS EM UMA MATERNIDADE ESCOLA FRENTE À PRÁTICA DO ALEITAMENTO MATERNO. JULIANA FERREIRA LEAL; SUELLEN VIENSCOSKI SKUPIEN; ANA PAULA XAVIER RAVELLI. UEPG. Introdução: O aleitamento materno depende de fatores que podem influir positiva ou negativamente no seu sucesso. Muitos são os medos, angústias, ansiedades, dúvidas, sobre como será o momento da amamentação. Para amenizar todos esses sentimentos que envolvem o ciclo gravídico-puerperal, estruturou-se e implementou-se o Projeto Extensão Consulta Puerperal de Enfermagem. Metodologia: a pesquisa é quantitativa do tipo descritiva utilizando na coleta de dados entrevista estruturada e semi-estruturada. O local do estudo foi o Hospital de referência para o parto da rede pública de saúde de Ponta Grossa no segundo dia de internação pós-parto, de forma individualizada e coletiva. A pesquisa aconteceu no período de outubro a dezembro de 2006. As participantes foram mulheres que vivenciaram o período de pós-parto nos referidos meses, e que pertencem à rede pública de saúde. Objetivo: revelar a amostragem de 2015 referentes aos fatores que influenciam o aleitamento materno, advindos do Projeto Consulta Puerperal de Enfermagem. Resultados: os dados revelaram que, a 26,7% das mulheres atendidas pertencem a faixa etária ≤ 20 anos, prevalecendo um maior número de mães adolescentes, dentre elas percebe-se que 50 (40,7%) possuíam o Ensino fundamental, 55(44,2%) possuía Ensino Médio, e 6 (5,1%) o Nível Superior. A realização do pré-natal por todas as puérperas entrevistadas apresenta um aspecto positivo, sendo que 39,4% das mulheres realizaram menos que 6 consultas, enquanto que 60,6% realizaram 6 ou mais consultas. Conclusão: os fatores culturais permeiam o momento em que a mulher opta em aleitar ou não, seja por meio das vivências de amigos e familiares, ou por meio de vivências anteriores. Portanto, a pesquisa revelou a importância de assistir a mulher que vivencia a amamentação, valorizando além da dimensão biológica, os fatores culturais que influenciam diretamente no ato de amamentar. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ALEITAMENTO P-002 - HISTÓRICO DA AMAMENTAÇÃO EM PUÉRPERAS MULTIPARAS. GLEICY LAIS RIBEIRO; EVA APARECIDA DE ALMEIDA; ANA PAULA XAVIER RAVELLI. UEPG. Introdução: Sabe se que é incontestável os inúmeros benefícios que o aleitamento materno geram a puérpera e ao recém nascido. Muitos fatores contribuem para que a amamentação tenha um tempo menor do que o preconizado. Os primeiros dias após o parto são fundamentais para o sucesso da amamentação. Objetivo: Objetivou, conhecer o histórico de amamentação das puérperas atendidas no Projeto Consulta de Enfermagem no Pré-Natal e Pós-Parto (CEPP) no ano de 2013 e 2014. Metodologia: Estudo de caráter quantitativo-descritivo, com entrevista estruturada e análise por percentuais, realizado com a puérperas na cidade de Ponta Grossa, no qual participaram 252 puérperas. Resultados: Das 252 (100%) puérperas 137 (54,36%) eram multigestas, destas apenas 35,7% (52) amamentaram um período igual o superior a 6 meses e em relação a amamentação na gestação anterior 17% (23) relataram não amamentar. Conclusão: Dessa forma, conclui-se que, o período de amamentação mínimo até 6 meses esta abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para tentar evitar o desmame precoce, ações educativas durante a gravidez e puerpério são fundamentais. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ALEITAMENTO P-003 - AVALIANDO A OCORRÊNCIA DE FISSURA MAMÁRIA EM MULHERES ATENDIDAS NO PROJETO CEPP. GLEICY LAIS RIBEIRO; EVA APARECIDA DE ALMEIDA. UEPG. Introdução: Os primeiros dias após o parto são decisivos para a mulher continuar ou não amamentando. É neste período que ocorre com maior frequência a fissura mamária. O trauma mamilar é definido como uma lesão do tecido mamilar que, geralmente, são resultantes do manejo inadequado ou de erro na técnica da amamentação. Portanto, observamos a importância de identificar a ocorrência de fissura mamária em mulheres no puerpério, visando estabelecer métodos de intervenção. Objetivo: Analisar a ocorrência de fissura mamária no ano de 2013 e 2014, em puérperas. Metodologia: pesquisa quantitativa, descritiva, realizada no Hospital de referência à gestação de risco habitual na cidade de Ponta Grossa. A coleta aconteceu com entrevista estruturada, totalizando 252 mulheres no período puerperal entre os meses de Março de 2013 e Novembro de 2014. Resultados: 29% tem menos de 21 anos de idade, 47,3% idades entre 21 a 30 anos, e 23,7% acima de 30 anos; 45,8% primigestas e 54,2% multigesta; 28,6% apresentou fissura em mama esquerda e 26,3% fissura em mama direita. Conclusão: Evidenciou-se uma considerável porcentagem de puérperas acometidas por fissuras mamárias nas primeiras 48 horas por uma possível falha de intervenção da equipe de enfermagem quanto a educação em saúde. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ANTICONCEPÇÃO P-004 - O CONHECIMENTO E A ADESÃO DO DISPOSITIVO INTRAUTERINO POR MULHERES DE FORTALEZA. AMANDA ZÉLIA DE SOUSA TAVARES; CAMILA SAMPAIO NOGUEIRA; GABRIELE SANTANA SÁ LIMA; GIZELLE MARIA MOISÉS MONTEIRO; SIMONE JACQUELINE BARRETO SEMEDO; JAMILE MENEZES RIBEIRO; LUANA IBIAPINA MACHADO; TAMIRES FERREIRA DO CARMO; ANA CAROLINA MONTES RIBEIRO; RAQUEL AUTRAN COELHO. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Objetivos: Objetiva-se analisar o conhecimento da população fortalezense, principalmente mulheres, acerca do dispositivo intrauterino, sua aplicabilidade e suas recomendações. De forma específica, buscou-se explorar diferentes percepções do DIU, tais como os tipos existentes, a sua relação com prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e dificuldades para engravidar após a utilização do DIU, além de noções básicas sobre o dispositivo. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo e transversal. Utilizou-se, para obtenção dos dados, um questionário composto de 6 perguntas fechadas, e posterior análise desses dados. Essa pesquisa envolveu 34 pessoas, sendo 27 mulheres e 7 homens, com idade entre 12 e 60 anos. Resultados: Constatou-se que 88,23% dos entrevistados conhecem o dispositivo intrauterino, entre os quais somente uma pessoa fazia uso desse método contraceptivo. Nesse contexto, 44,11% dos participantes consideraram que existe apenas um tipo de DIU, enquanto que 14,70% consideraram 2 e 20,58% julgaram a existência de 3. Com relação à prevenção contra DSTs, 70,58% acreditaram que o DIU previne as DSTs, 23,54% não souberam e apenas 5,88% tiveram opinião contrária, o que indica significante taxa de desconhecimento da funcionalidade do método. Sobre a dificuldade para engravidar após o uso do DIU, 38,24% das pessoas julgaram ser verdadeira, enquanto 61,76% afirmaram ser possível engravidar sem dificuldades. Conclusões: A pesquisa demonstrou a importância de levar ao público um maior conhecimento sobre o DIU. Quanto à possibilidade de engravidar novamente, após a retirada do dispositivo, a maioria dos participantes mostrou-se informada, contudo, ainda se pode observar uma porcentagem considerável de falsas ideias de infertilidade após uso do método. O dispositivo intrauterino é um método contraceptivo com alta taxa de sucesso, comodidade e duração de efeito. Por isso, a procura por este método pode aumentar progressivamente. Portanto, é necessário difundir informações importantes ao público-alvo, abordando a forma de implantação, os tipos e suas ações. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ANTICONCEPÇÃO P-005 - CONSULTA PUERPERAL DE ENFERMAGEM: MÉTODOS CONTRACEPTIVOS E ALEITAMENTO MATERNO. GLEICY LAIS RIBEIRO; ANA PAULA XAVIER RAVELLI; SUELLEN VIENSCOSKI SKUPIEN. UEPG. Introdução: O planejamento familiar constitui-se no ato de planejar o nascimento dos filhos. Para contribuir com esse planejamento, a assistência da enfermagem busca esclarecer os casais quanto à importância dos métodos de contracepção, bem como a opção pelo que oferece maior proteção contra a gravidez sem riscos à saúde materna. Objetivo: Diante do exposto, objetivou-se conhecer e orientar as puérperas atendidas no Projeto Consulta de Enfermagem no Pré-Natal e Pós-Parto (CEPP) sobre o uso de métodos contraceptivos, no ano de 2013 e 2014. Metodologia: Trata-se de um estudo de caráter quantitativodescritivo, com entrevistas estruturadas e análise por percentuais, realizadas com a puérperas na cidade de Ponta Grossa. Participaram dessas entrevistas 252 puérperas. Os resultados obtidos mostram: quanto ao aleitamento materno, 97,8% das puérperas estão amamentando no período puerperal tardio e apenas 2,2% não estão. Em relação ao inicio da atividade sexual, 73,1% das puérperas iniciaram após 40 dias do pós-parto, o que é indicado como período adequado. Porém, 26,9% das pesquisadas iniciaram entre 20 e 40 dias, o que não é indicado, pois a mulher não voltou totalmente ao seu estado prégravídico normal. Conclusão: Dessa forma, conclui-se que o projeto teve uma ação educativa na tentativa de afastar o risco de desajustes nos planejamentos familiares das puéperes, visando orientá-las quanto a práticas sexuais seguras, evitando gestações indesejadas. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ANTICONCEPÇÃO P-006 - TROMBOSE VENOSA PROFUNDA E EMPREGO DE ANTICONCEPCIONAIS. JOÃO CARLOS PEDRO FILHO; JOÃO BATISTA VIEIRA DE CARVALHO; KAROLINE PEREIRA REIS VIEIRA DE CARVALHO; CAMILA VIEIRA DE CARVALHO PEREIRA REIS; AMANDA ATERJE PELLOSO. UNIVERSIDADE JOSE DO ROSARIO VELLANO; GRUPO DE TRANSPLANTE E REPERFUSÃO DE ÓRGÃOS; ANGIOLIGA; DEPARTAMENTO DE CIRURGIA CARDIOVASCULAR E AN. Objetivos: A trombose venosa constitui uma doença muito freqüente e sabe-se que diversos fatores associam-se com sua ocorrência. Um dos fatores relacionados é o emprego de anticoncepcionais. Com o objetivo de verificar a relação entre o emprego de anticoncepcionais e a ocorrência de TVP, foram avaliados 1000 pacientes do sexo feminino utilizando anticoncepcionais estrogênicos durante um período de 12 meses no ambulatório de Cirurgia Vascular do Hospital Universitário em Alfenas, MG. Metodologia: Realizou-se um estudo prospectivo em 1000 pacientes do sexo feminino entre 18 e 45 anos em uso de anticoncepcionais estrogênicos durante um período de 12 meses. Outros fatores de risco foram afastados como profissão, imobilidade, presença de neoplasias, quimioterapia, ocorrência de trombofilia, tromboembolismo prévio, doenças hematológicas e a ocorrência de varizes. Resultados: Obtivemos a freqüência de 28 casos de TVP nos 1000 pacientes estudados (2,6%). Os casos de TVP registrados ocorreram entre o 3º e 4º mês de emprego dos anticoncepcionais. A TVP ocorreu predominantemente no setor do plexo solear (panturrilha) e foi mais frequentem à esquerda. Após a suspensão do emprego do anticoncepcional não se verificou recorrência. Conclusões: Corroborando com os dados da literatura os resultados sugerem uma relação importante entre o uso de anticoncepcionais e a ocorrência de TVP neste segmento de população submetido a estudo. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ASSISTÊNCIA PRÉ NATAL P-007 - 'PRINCIPAIS QUEIXAS DE GESTANTES NO PRONTO ATENDIMENTO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE CURITIBA - PR'. NATHALIA CRISTINA ALBERTON; ISADORA ANTUNES; LUARA LETÍCIA GRANDE; MÁRCIA REGINA ZANELLO PUNDEK; TATIANA FRANCINNE REGIS NAVARRO; THATIANE LITENSKI. UNIVERSIDADE POSITIVO. Objetivo: O objetivo do trabalho “Principais queixas de gestantes no pronto atendimento de um Hospital Universitário de Curitiba – PR” é traçar o perfil das gestantes atendidas no serviço desse hospital e identificar as principais queixas que as levam a procurar o pronto atendimento. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo em abordagem quantitativa tendo como objeto os prontuários das gestantes que procuraram o pronto atendimento de um Hospital Universitário de Curitiba – PR, no período compreendido entre 01/04/2016 e 30/04/2016. A amostra analisada totalizou 875 gestantes e os dados coletados foram padronizados em: Idade da gestante, Idade Gestacional, Número de Gestações, Histórico de aborto ou gravidez ectópica anteriores, Queixa Principal e Diagnósticos, permitindo assim o cálculo estatístico. Resultados: A análise dos resultados evidenciou que o perfil das gestantes estudadas está na faixa etária entre 21-25 anos (30,9%), no terceiro trimestre de gestação (57,5%), não primigesta (60%) e sem histórico de aborto ou gravidez ectópica (80,3%). As principais queixas foram dor tipo cólica em baixo ventre (26,8%), para realização de cardiotocografia, para realização de ultrassom, pela idade gestacional ou apenas para tirar dúvidas (17%), sangramento vaginal (10,4%) e dor lombar (7,5%). O diagnóstico mais prevalente foi de supervisão de gestação normal (40,9%), seguido por dor pélvica e perineal (10,2%), falso trabalho de parto (7,4%) e ameaça de aborto (7,3%). Conclusões: Correlacionando as queixas mais prevalentes com os diagnósticos encontrados, concluímos que os resultados estão de acordo com o perfil do serviço de obstetrícia do hospital analisado, que é uma das referências no atendimento de gestantes de baixo e médio risco. O presente estudo evidenciou que a maioria dessas gestantes referiam queixas compatíveis com as alterações normais da gestação e que muitas vezes procuravam o atendimento por insegurança ou falta de orientação prévia. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ASSISTÊNCIA PRÉ NATAL P-008 - ANÁLISE DOS CASOS DE SEPSE COM FOCO URINÁRIO EM GESTANTES DE UMA MATERNIDADE PÚBLICA EM CURITIBA. AMANDA SEIKA; KAREN AOKI; MARCIA REGINA PUNDEK; MARIANA LUISA MAFRA TURRA; RHUANNA MARGARETH MALANCHE; SOMAIA REDA. UNIVERSIDADE POSITIVO. Objetivo: Analisar os dados das gestantes internadas em uma maternidade de Curitiba-PR, por Infecção do Trato Urinário (ITU) alto, pielonefrite. E correlacionar os dados dos prontuários com a idade da paciente, idade gestacional, tipo de tratamento, evolução para cura, sepse ou óbito. Metodologia: Estudo transversal, observacional, descritivo analítico com coleta retrospectiva dos dados. Foi realizado revisão de prontuários, no período de 1 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2014. Os dados coletados foram organizados em planilha Excel (Microsoft®). A análise estatística teve como base porcentagens, média, máximo e desvio padrão organizada em tabelas e gráficos com auxílio de um estatístico. Resultado: No total, analisaram-se 113 prontuários de gestantes com pielonefrite. A média de idade foi 21 anos (DP ± 5,86), com idade gestacional média de 24 semanas (DP ± 7,44). A urocultura foi negativa em 23 pacientes (20,3%), porém, dessas o parcial de urina apontou Bacilo Gram Negativo em 21. Das 90 uroculturas positivas, 69 (76,7%) foram colonizadas por Escherichia coli, 8 (8,9%) por Klebsiella pneumoniae e 13 (14,4%) por outros agentes. O antibiótico empírico mais utilizado no internamento foi a ceftriaxona, sendo necessário troca ou associação em apenas 10 pacientes. 34 (30,1%) gestantes apresentaram ITU de repetição, dessas apenas 13 (38,2%) necessitaram de antibioticoprofilaxia. Nas 98 pacientes que completaram o tratamento de forma ambulatorial, o antibiótico de escolha foi a cefalexina em 44 (44,8%) pacientes e cefuroxima em 37 (37,7%). Apenas 9 (7,9%) pacientes progrediram para sepse de foco urinário, nenhuma evoluiu a óbito. Conclusão: A maior incidência da ITU ocorre no segundo trimestre da gestação, além do quadro típico deve-se atentar ao rastreio e tratamento efetivo da bacteriúria assintomática. Assim, complicações graves como: trabalho de parto prematuro, choque séptico, insuficiência respiratória e até mesmo óbito poderão ser evitadas. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ASSISTÊNCIA PRÉ NATAL P-009 - DADOS SÓCIO ECONÔMICOS, GESTACIONAIS E DO PRÉ- NATAL EM GESTANTES ATENDIDAS EM SERVIÇOS DE PRÉ-NATAL PÚBLICO E PRIVADO NA CIDADE DE ARACAJU/SE. RENATA SOUZA DE SANTANA SILVA; JOSÉ GILMAR COSTA SANTOS; FERNANDA RAMOS MONTEIRO; LUIZA NEVES DE SANTANA TELES; JÚLIA MARIA GONÇALVES DIAS; THAYANA SANTOS DE FARIAS; BRUNA KAROLINE SANTOS MELO MONTEIRO. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE. Objetivo: Caracterizar amostralmente as gestantes atendidas em serviços de pré-natal público e privado de Aracaju/SE. Metodologia: Estudo transversal e prospectivo. Foram entrevistadas gestantes atendidas no serviço de pré-natal do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe e em um serviço particular de Aracaju/SE no período de Fevereiro a Junho de 2016. As análises estatísticas foram realizadas no software Excel versão 2010. Resultados: A amostra foi de 100 pacientes do serviço particular e 50 do público. No particular, a média da idade foi de 29,9 anos, 84% eram casadas ou em união estável, 77% estudaram além do ensino médio, 72% possuíam renda financeira, 95% iniciou o pré-natal no 1° trimestre, 63% tinham realizado mais de 6 consultas de pré-natal com um número médio de 5,86 consultas/gestante, 99% estava realizando o pré-natal com um profissional médico e com relação aos antecedentes obstétricos 22% estavam além da terceira gestação, 2% tinham tido mais de 3 partos e 2% tinham tido mais de 3 abortos. No serviço público, a média da idade foi de 27,38 anos, 82% eram casadas ou em união estável, 14% estudaram além do ensino médio, 50% possuíam renda financeira, 72% iniciou o pré-natal no 1° trimestre, 32% tinham realizado mais de 6 consultas de pré-natal com um número médio de 4,34 consultas/gestante, 96% estava realizando o pré-natal com um profissional médico e com relação aos antecedentes obstétricos 46% estavam além da terceira gestação, 8% tinham tido mais de 3 partos e 2% tinham tido mais de 3 abortos. Conclusão: Prevaleceram mulheres jovens, não solteiras, com renda própria, que iniciaram o pré-natal no 1° trimestre com o médico, que estavam antes da terceira gestação e tinham tido menos de três abortos. No serviço particular predominaram pacientes com maior escolaridade e maior número de consultas de pré-natal. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ASSISTÊNCIA PRÉ NATAL P-010 - AUTOMEDICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS UTILIZADOS POR GESTANTES ATENDIDAS EM SERVIÇO DE PRÉ NATAL PÚBLICO E PRIVADO EM ARACAJU/SE. RENATA SOUZA DE SANTANA SILVA; JOSÉ GILMAR COSTA SANTOS; FERNANDA RAMOS MONTEIRO; LUIZA NEVES DE SANTANA TELES; JÚLIA MARIA GONÇALVES DIAS; THAYANA SANTOS DE FARIAS; BRUNA KAROLINE SANTOS MELO MONTEIRO; ZILDETE CIBELE GRANJA AMORIN; VIVIAN ROBERTA LIMA SANTOS. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE. Objetivo: Conhecer os medicamentos utilizados por gestantes atendidas em serviço de pré-natal público e privado de Aracaju/SE. Metodologia: Estudo transversal e prospectivo. Foram entrevistadas gestantes atendidas no serviço de pré-natal do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe e em um serviço particular de Aracaju/SE no período de Fevereiro a Junho de 2016. As análises estatísticas foram realizadas no software Excel 2010. Resultados: No serviço particular, N=100, 22% declararam automedicação, 89% receberam informações sobre os riscos da automedicação, 95% utilizou mais de três medicamentos com uma média de 5,73 medicamentos/gestante. Pela classificação de risco do FDA (Food and drug administration) 46,87% foram categoria A, 28,09% categoria B, 17,64% categoria C, 7,40% categoria D e nenhuma categoria X. No público, N=50, 24% declararam automedicação, 64% receberam informações sobre os riscos da automedicação, 56% utilizou mais de três medicamentos com uma média de 3,28 medicamentos/gestante. Pela classificação de risco do FDA 50,93% foram categoria A, 32,92% categoria B, 13,67% categoria C, 2,48% categoria D e nenhuma categoria X. Conclusão: A automedicação foi mais expressiva no serviço público. A maioria das pacientes receberam informações sobre o risco de automedicação. As gestantes do serviço particular utilizaram mais drogas que as do serviço público. Predominaram drogas da categoria A, os medicamentos da categoria C foram mais predominantes no serviço particular. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS CIRURGIAS EM GINECOLOGIA P-011 - EPISIOTOMIA: UMA PRATICA, AINDA, EM DEMASIA. GLEICY LAIS RIBEIRO; LARYSSA DE COL DALAZOANA BAIER; ANA PAULA XAVIER RAVELLI. UEPG. Introdução: Sabe-se que a violência obstétrica é realizada de diferentes formas às puérperas, uma dela é a episiotomia muitas vezes desnecessária que gera dor e desconforto visto que a região já esta sensível devido ao próprio trabalho de parto e parto. Objetivo: Objetivou-sea prevalência de episiotomia das puérperas atendidas no Projeto Consulta de Enfermagem no Pré-Natal e Pós-Parto (CEPP) no ano de 2015. Metodologia: Estudo de caráter quantitativodescritivo, com entrevista estruturada e análise por percentuais, realizado com a puérperas na cidade de Ponta Grossa, no qual participaram 124 puérperas. Resultados: Dos resultados obtidos: 92 (74,2%) das mulheres tiveram parto vaginal e 32 (25,8%) realizaram cesariana. Das 92 que realizaram parto normal, 36 (39,1%) foram submetidas a episiotomia e episiorrafia. Conclusão: Foram observados na pesquisa que a grande maioria das mulheres em suas falas não sabiam identificar se foram avisadas do procedimento e se estavam em consentimento com o mesmo. Do total de episiotomia 36 (39,1%) tivemos 6 (16,6%) com inflamação do processo de cicatrização observada em exame físico e 30 (84,4%) em processo de cicatrização. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS CIRURGIAS EM GINECOLOGIA P-012 - ASSOCIAÇAO ENTRE PESO MAMÁRIO E RESULTADOS ESTÉTICOS OBTIDOS APÓS UM ANO DE CIRURGIA DE RECONSTRUÇÕES MAMÁRIAS PÓS-CÂNCER DE MAMA EM ARACAJU-SE. AMANDA BASÍLIO BASTOS DOS SANTOS SILVA; BRUNA KAROLINE SANTOS MELO MONTEIRO; ZILDETE CIBELE GRANJA AMORIM; THIERS DEDA GONÇALVES; RAFAELA GOMES DOS SANTOS; DANILO BARRETO SILVA; VIVIAN ROBERTA LIMA SANTOS; MILENA MAURÍCIO MAIA; JOSÉ GILMAR COSTA SANTOS; JULIA MARIA GONÇALVES DIAS. UFS. Objetivo: avaliar a relação existente entre o peso das mamas e resultados estéticos obtidos após um ano de cirurgia de reconstrução mamaria pós câncer de mama em dois serviços de mastologia em Aracaju-SE. Metodologia: estudo observacional, descritivo, contendo dados de pacientes tratadas de câncer de mama e submetidas a procedimentos de reconstrução. As variáveis analisadas foram: peso das mamas e resultado estético final. Foram utilizados testes estatísticos de associações de variáveis (Qui-Quadrado) e testes de variância paramétrica e não paramétrica a fim de comparar o efeito das variáveis. O banco de dados foi composto por 376 pacientes, destas 116 foram submetidas a procedimentos de reconstrução. Resultados: as mamas que foram submetidas às mastectomias apresentaram peso médio de 430,46g, ao passo que as mamas submetidas às quadrantectomias tiveram peso médio de 212,54g. Setenta e quatro mamas tiveram peso até 500g (75,51%) e 24 apresentaram peso superior a 500g (24,49%). O resultado estético foi considerado satisfatório (ótimo, bom ou regular) em 82,8% das vezes, percentual que se elevou a 85,18% após cinco anos (n: 27). Diante dos resultados podemos afirmar que no presente estudo houve diferença estatisticamente significativa (p = 0,04). Conclusão: destarte podemos concluir que pacientes com mamas mais volumosas (maiores que 500g), tiveram resultados estéticos menos favoráveis que as menos volumosas (mais leves), na média, após um ano da cirurgia. Provavelmente pelo maior uso de próteses também nesses casos. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS CIRURGIAS EM GINECOLOGIA P-013 - TUMOR OVARIANO CÍSTICO MUCINOSO BORDERLINE COM NÓDULOS MURAIS (CARCINOSSARCOMA): RELATO DE CASO. LILIAM CRISTINI GERVASI; RAQUEL RONCONI TOMAZ; CLARISSE SALETE FONTANA; FLAVIA CRISTINA DE NOVAES. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO POLYDORO ERNANI DE SÃO THIAGO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Introdução: Tumores ovarianos císticos com nódulos murais são extremamente raros. Dividem-se entre tumores mucinosos e serosos e os nódulos podem possuir componentes benignos ou malignos de diferentes tipos histológicos. Relato: Paciente parda, 26 anos, nulípara, com ciclos menstruais regulares e déficit cognitivo moderado referida ao Serviço de Ginecologia do HU/UFSC devido a volumosa massa abdominal com aumento importante nos meses que antecederam a consulta, causando prejuízo à respiração. A tomografia computadorizada de abdome revelava lesão cística complexa estendendo-se da região hipogástrica até a região epigástrica, medindo 34,0x30,0x19,0cm, com conteúdo líquido e nódulos murais, impondo importante efeito de massa sobre as estruturas adjacentes, sem possibilidade de determinar sua origem. A investigação laboratorial identificou CA 125 e CA 19-9 discretamente aumentados e demais marcadores tumorais normais. A laparotomia por meio de incisão xifo-púbica identificou a lesão como proveniente do ovário direito, procedeu-se a salpingooforectomia e congelação, que apontou positividade para malignidade. A cirurgia foi finalizada com a execução de salpingooforectomia contralateral, histerectomia total, linfadenectomia pélvica e paraórtica e exérese do omento maior. O tumor ovariano ressecado íntegro apresentou 37,0x30,0x18,0cm e peso de 11.200g, possuía aspecto cístico e quando seccionado para análise identificaram-se múltiplos nódulos sólidos medindo entre 1,0 e 13,0cm no maior eixo. A avaliação histológica acusou neoplasia maligna mista, com componente mesenquimal e epitelial tipo mucinoso borderline e componente mural raro, tipo carcinossarcoma. Não foram encontrados resíduos de doença nos outros tecidos e linfonodos ressecados. No mês seguinte ao procedimento, a paciente retornou para avaliação, encontrando-se em boa recuperação pós-operatória, com significativa melhora da qualidade de vida. Comentários: A literatura pesquisada apresenta escassos relatos com tal configuração histopatológica. A documentação e estudo de lesão tão infrequente auxilia a compreensão de tumores ovarianos, bem como a definição do melhor tratamento. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS CLIMATÉRIO P-014 - PREVALÊNCIA DE SINTOMAS CLIMATÉRICOS E FATORES ASSOCIADOS EM MULHERES RESIDENTES EM CHAPECÓ-SC. PATRICIA PEREIRA DE OLIVEIRA; MARIANA MARTINS DE MORAIS. UNOCHAPECÓ. Objetivos: Este trabalho buscou verificar a prevalência, analisar a intensidade dos sintomas característicos da Síndrome do Climatério em mulheres na pós-menopausa residentes em Chapecó - SC e correlacionar a intensidade destes sintomas com fatores da história clínica e sociodemográfica das mulheres entrevistadas. Metodologia: Foram entrevistadas 31 mulheres residentes em Chapecó – SC, com mais de 60 anos, em amenorreia por no mínimo um ano e que não fazem uso de terapia de reposição hormonal (TRH). A coleta de dados foi realizada através de questionário e a avaliação dos sintomas climatéricos foi realizada através do Índice Menopausal de Kupperman (IMK). Resultados: A prevalência dos sintomas climatéricos foi de 96,8% (n=31). Quanto a intensidade dos sintomas 45,2% (n=31) das mulheres relataram apresentar sintomas de intensidade leve e 6,5% (n=31) intensos. Artralgia/mialgia foi o principal sintoma, estando presente em 80,6 % (n=31) das mulheres entrevistadas, sendo 54,8% (n=31) em intensidade grave. Dentre os fatores correlacionados com a intensidade dos sintomas, a prática de atividade física foi o fator mais importante, demonstrando correlação com sintomas vasomotores e cefaléia, sendo que 73,9% (n=23) das mulheres que relataram praticar atividade física não apresentaram sintomas vasomotores (p=0,032) e 47,8% (n=23) não apresentaram cefaleia (p=0,048). A hipertensão arterial sistêmica (HAS), também apresentou correlção com sintomas climatéricos, sendo que, dentre as mulheres que relataram ter diagnóstico de HAS, 31,8% (n=22) apresentaram insônia de intensidade grave (p=0,012) e 55,6% (n=9) das mulheres que não apresentaram HAS não apresentaram insônia (p=0,012). Conclusões: A prevalência dos sintomas climatéricos em mulheres com mais de 60 anos é alta, sendo que as dores articulares e musculares são os sintomas que mais afligem essas mulheres. A prática de atividade física pode trazer algum alivio. Além disso, doenças crônicas como a HAS podem agravar esses sintomas, sendo importante a prevenção de tais doenças nessa população. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS DIAGNÓSTICO POR IMAGEM EM MASTOLOGIA P-015 - RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DE MAMA, O SOLUCIONADOR EM CASOS INCONCLUSIVOS DE MAMOGRAFIA E ULTRASSONOGRAFIA? MICHEL ROBERTO MANDOTTI; ALINE KRAMPE PERES; FRANCILAYNE MORETTO DOS SANTOS; GISIELLI JOVENILIA POLIDÓRIO ALIEVI; FABIANO TAKAAKI EMORI; CARLOS HENRIQUE CASTRO MACHADO. CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ. Objetivo: Analisar a resolubilidade da Ressonância Magnética (RM) frente aos casos que ainda persistem inconclusivos ou dúbios após realização de mamografia e ultrassonografia. Metodologia: Estudo tipo ensaio pictórico. Utilizamos o banco de imagens de nossa instituição composto por exames de ressonância magnética de mamas. Mostraremos casos onde a indicação da RM foi decorrente de resultados de mamografia e ultrassonografia inconclusivos ou dúbios. Adquirimos sequências de pulsos sensíveis a gordura e líquido e sequências obtidas após a infusão do contraste endovenoso (gadolínio), por meio de injetora automática o que permitiu análise da curva dinâmica da passagem do contraste pela mama. Todos os casos foram analisados em conjunto com imagens e laudos de mamografia e ultrassonografia prévias. Dois radiologistas com 3 anos de experiência na área e que também realizam mamografia e ultrassonografia fizeram a leitura das imagens. Muitos casos necessitaram de nova ultrassonografia (second-look) para confirmação dos achados. Resultados: Assimetria focal: representou a maioria das indicações, principalmente em pacientes de alto risco. A ressonância possui alto valor preditivo negativo para detecção de lesões invasoras. Nódulo vs cisto de conteúdo espesso: facilmente diferenciadas nas sequências sensíveis à líquido e póscontraste. Nódulo vs lóbulo de gordura: facilmente diferenciado pelas sequências sensíveis à gordura e pós-contraste. Microcalcificações: a RM permite avaliar melhor a extensão da doença nos casos onde há neoplasia invasora, mas sem microcalcificações à mamografia. Conclusão: A maioria dos achados inconclusivos ou dúbios à mamografia e ultrassonografia são resolvidos pela ressonância magnética desde que avaliada em conjunto com todos os métodos e por radiologistas com experiência e atuação em todos os métodos. A leitura isolada da RM sem outros exames não traz resolutibilidade e ao contrário, pode ser fonte de uma terceira informação inconclusiva ou dúbia. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA P-016 - TRANSMISSÃO VERTICAL DO VÍRUS HIV EM CRIANÇAS EXPOSTAS A INFECÇÃO NASCIDAS EM UM SERVIÇO DE ALTO RISCO EM CURITIBA. MANOELA MULLER BARBIERI; EDSON GOMES TRISTAO; CAMILA CRISTI VIEIRA BERTI; JORDANA RAUEN; RENATO LUIZ SBALQUEIRO. HC/UFPR. Objetivos: determinar a taxa de transmissão vertical entre pacientes atendidas na Maternidade do Hospital de Clínicas da UFPT e identificar os fatores de riscos durante o pré-natal, trabalho de parto e parto que possam justificar essa taxa. Metodologia: Estudo retrospectivo e tipo caso-controle que analisou prontuários de 411 gestantes HIV positivo de janeiro de 2007 a dezembro de 2012. Essas gestantes foram divididas entre casos de TV e casos sem TV, e foram analisados fatores de riscos como idade materna, paridade, momento do diagnóstico de HIV, se estavam ou não vinculadas ao pré-natal de alto risco, valor da carga viral, uso da terapia antirretroviral na gestação, coinfecções e uso de drogas. Resultados: em 21 casos (5,12%) houve transmissão vertical do HIV. Nesses casos 76,19% tinham a carga viral desconhecida após a 34 semana de gestação (p= 0,002) e 58,82% iniciaram a terapia somente no último trimestre da gestação. Foi encontrado uma associação positiva entre tabagismo, etilismo, drogadição e a presença da transmissão vertical do HIV (p=0,017; p=0,001; p=0,043). Conclusões: Uma série de fatores foram indicados como contribuintes para a transmissão vertical do vírus HIV, como o diagnóstico e início do tratamento tardios e fatores sociais. Diante dos resultados, torna-se clara a importância da realização de pré-natal com qualidade, com captação precoce das pacientes na rede básica, melhora na abordagem social e conscientização da população quanto aos riscos da transmissão vertical ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA P-017 - INFECÇÃO PELO HIV EM ASSOCIAÇÃO AO USO DE CRACK: IMPACTO NA TRANSMISSÃO PEPRINATAL EM 890 GESTANTES NO BRASIL. EDSON GOMES TRISTÃO; CAMILA CRISTI VIEIRA BERTI; JORDANA RAUEN; ADELI REGINA PRIZYBICIEN MEDEIROS; CIBELE FEROLDI MAFFINI; RENATO LUIZ SBALQUEIRO; NEWTON SERGIO DE CARVALHO. HC/UFPR. Objetivos: Propõe-se avaliar se o uso de crack aumenta a transmissão vertical do HIV e caso isso ocorra, quais seriam os fatores que explicariam este aumento. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo, realizado na Maternidade do Hospital de Clínicas da UFPR, com análise de prontuários da obstetrícia (pré-natal), do atendimento ao parto, ficha de avaliação do RN e prontuário de evolução do recém-nato. Gestantes HIV positivo usuárias de crack (n=64) foram comparadas com não usuárias de crack (n=826) no período de 2005 a 2013. Resultados: A transmissão vertical de HIV foi de 9,37% em usuárias de crack e 3,5% em não usuárias, com alta significância estatística (p=0,009744). Ao longo dos anos de análise do estudo, houve uma redução da taxa de transmissão vertical em não usuárias, enquanto no grupo de usuárias este número manteve-se constante. Nos casos de transmissão vertical, 83,34% das pacientes tiveram pré-natal inadequado e em 100% o tratamento para HIV na gestação foi inadequado em comparação com o grupo em que não ocorreu transmissão vertical, em que o pré-natal inadequado foi de 65,52% e o tratamento inadequado foi de 70,86%. O uso de adequada profilaxia antirretroviral intraparto se mostrou como sendo um dos principais fatores diretamente associados com a proteção contra a transmissão vertical (p= 0,065). Conclusão: A transmissão vertical de HIV é maior em usuárias de crack e não reduziu ao longo dos anos de estudo em comparação com as não usuárias. Tendências que explicam este aumento foram a não- adesão ao pré-natal adequado, o diagnóstico do HIV durante a gravidez, tratamento irregular, ausência de profilaxia antirretroviral intraparto e via de parto vaginal. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA P-018 - AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE CANDIDÍASE VULVOVAGINAL EM MULHERES COM HIV/AIDS EM FUNÇÃO DO ESTADO IMUNOLÓGICO COMPARATIVAMENTE AO GRUPO HIV NEGATIVO. SOMAIA REDA; ANA CECILIA PEDRIALI GUIMARAES SPAUTZ; ISABELLA GIL; VICTORIA FUGI KATO; NEWTON SERGIO CARVALHO; MARIANA HIROMI AZUMA; ELIZABETH SOUZA FRADE COLTRO. PROGRAMA DE POS GRADUAÇAO DE TOCOGINECOLOGIA DA UFPR; UNIVERSIDADE POSITIVO; HOSPITAL DO TRABALHADOR. Objetivos: Avaliar a prevalência de candidíase vulvo-vaginal(VVC) em relação ao estado imunológico das pacientes com HIV/AIDS de hospitais de Curitiba, somado à avaliação da espécie de fungo presente na microbiota vaginal dessas mulheres. Metodologia: Estudo transversal, de janeiro de 2015 a janeiro de 2016, incluindo 97 mulheres com HIV/AIDS. Realizada aplicação de questionários nos ambulatórios do Hospital das Clínicas e do Hospital Osvaldo Cruz em Curitiba. Foram realizados também medida do pH vaginal, dosagem de CD4 e carga viral e coleta de secreção vaginal que foi enviada para o Laboratório de Microbiologia do Hospital do Trabalhador onde foi realizada cultura para fungo em meio Sabouraud. Para comparação dos achados foi utilizado grupo controle contendo 113 mulheres soronegativas. Resultados e Discussão: De acordo com outros estudos, Candida albicans foi a mais prevalente, estando presente em 48,71% das mulheres com HIV/AIDS e CVV. O 2º fungo mais prevalente foi a C. parapsilosis (23%), enquanto que, na literatura, os resultados apontam para a C. glabrata. Em relação a presença da CVV é o pH do ambiente vaginal, no grupo de estudo apresentou média 5,2, enquanto no grupo controle, média 4,6.Cerca de 38,46% das pacientes portadoras de cândida apresentaram a carga viral maior que 10000 cópias/mL; 12,82% até 10000cópias/mL; 30,77% até 1000cópias/mL; e as que tinha carga viral não detectável 17,94% (p:0,108) Das 39 mulheres com cândida, 48,71% apresentaram CD4 abaixo de 200/mm3 comparativamente com 58 mulheres sem cândida, em que 74,13% apresentaram CD4 maior que 200/mm3(p:0,052)e entre as mulheres pesquisadas com cândida; 25,64% apresentam o hábito tabagico. Conclusões: Pacientes HIV positivo apresentaram prevalência maior de VVC que o controle e, entre aquelas, CD4<200/mm3 e carga viral >10000cópias/ml mostrou maior propensão de apresentar VVC. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA P-019 - TRANSMISSÃO VERTICAL DE SÍFILIS NA 10ª REGIONAL DE SAÚDE DO PARANÁ: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA. ALINE KRAMPE PERES; CARLOS EDUARDO CASTILHO LEAL; MICHEL ROBERTO MANDOTTI; FRANCILAYNE MORETTO DO SANTOS. CENTRO UNIVERSITÁRIO FAG; PREFEITURA MUNICIPAL DE CASCAVEL – PR. Objetivos: O presente trabalho tem por objetivo analisar os dados epidemiológicos referentes à incidência de sífilis congênita na 10ª Regional de Saúde do Paraná entre os anos de 2006 e 2015. Metodologia: Este é um estudo retrospectivo cronológico realizado de forma transversal. Foram avaliados os dados oficiais divulgados pela 10ª Regional de Saúde do Paraná sobre a incidência de Sífilis Congênita, Sífilis Gestacional e Mortalidade entre os anos de 2006 e 2015. Resultados: Como resultado observa-se oscilação importante no controle da sífilis no período. Os dados apresentados pela 10ª Regional de Saúde do Paraná tem inicio em 2006, demonstrando bons resultados até 2010, mas evoluindo com piora na atual década. Em 2012 apresenta aumento considerável de casos com mortalidade muito elevada, apresenta ainda dados alarmantes relacionados à incidência de sífilis congênita no ano de 2015 com dados parciais em 2016 mantendo tendência de elevação. Conclusões: A observação dos resultados regionais permite avaliar os esforços da saúde pública local e compreender aspectos importantes para que sejam traçadas novas metas e perspectivas para o controle da sífilis e consequentemente de outras infecções sexualmente transmissíveis. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA P-020 - PREVALÊNCIA DOS DIFERENTES SOROTIPOS DE ESTREPTOCOCO DO GRUPO B AVALIADAS ATRAVÉS DE BIOLOGIA MOLECULAR EM UMA AMOSTRA DO SUL DO BRASIL. OTTO HENRIQUE FEUERSCHUETTE; SHEILA KOETTKER SILVEIRA; LÉO MAX FEUERSCHUETTE NETO; OTTO FEUERSCHUETTE; EDUARDO ALVES; JEFERSON RICARDO PEREIRA. HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - UFSC; UNISUL; MATERNIDADE CARMELA DUTRA; UFSC. Introdução: O Estreptococo do grupo B (EGB) é o principal responsável pela sepse neonatal precoce, maior causa de mortalidade infecciosa em recém-nascidos. Atualmente são conhecidos 10 sorotipos diferentes cuja prevalência varia conforme a população estudada. A agressividade de cada sorotipo é variável, sendo o sorotipo III considerado o mais agressivo devido ao tropismo pelo sistema nervoso central. A vacina para os sorotipos Ia, Ib, II, III e V encontra-se em estudos de fase 2. O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência dos diferentes sorotipos de EGB para avaliar a cobertura da vacina. Metodologia: Foram coletadas amostras do trato anogenital de 169 gestantes entre a 35º e a 37º semana de gestação atendidas em um ambulatório de Tubarão-SC, e avaliadas através de PCR-multiplex utilizando-se os genes cps1aH, cps1bJ/K, cps2K, cps1a/2/3I , cps4N, cps5O , cps6I, cps7M, cps8J e cpsI7-9 para os respectivos sorotipos Ia, Ib, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX. Resultados: O EGB foi isolado em 63 gestantes configurando uma prevalência de 37,3%. Dentre as amostras positivas, foram encontrados 71 isolados bacterianos. Os sorotipos encontrados foram assim distribuídos: Ia: 25 (35,2%), V 18: (25,2%), II: 14 (19,7%), III: 5 (7,0%), IV: 4 (5,6%), Ib: 1 (1,4%). Duas amostras foram colonizadas pelos sorotipos Ia e V, uma pelo sorotipo II e V, e outra pelo sorotipo Ib e V. Não houve insucesso na tipagem de nenhuma das amostras através do método utilizado. Conclusão: Os sorotipos mais encontrados foram Ia e V. O sorotipo III foi encontrado em 7% das nossas amostras. A distribuição dos sorotipos está de acordo com a literatura, o que torna essa população beneficiária da vacina em desenvolvimento. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA P-021 - INVESTIGAÇÃO DA INFECÇÃO POR HTLV-I POR BIOLOGIA MOLECULAR EM GESTANTES DE ALTO RISCO EM UMA REGIÃO DE BAIXA ENDEMICIDADE. ANA CRISTINA MATHEUS MEDEIROS; LUINE ROSELE RENAUD VIDAL; SERGIO MONTEIRO DE ALMEIDA; SONIA MARA RABONI; ALINE NAIARA FERIN; TALITA BESSANI STRAPASSON; NEWTON SERGIO DE CARVALHO; MERI BORDIGNON NOGUEIRA. HOSPITAL DE CLÍNICAS –UFPR; FARMÁCIA –UFPR. Objetivo: Avaliar a prevalência da infecção pelo HTLV e o perfil epidemiológico das gestantes atendidas no ambulatório de prénatal do Serviço de Tocoginecologia do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR), no período de agosto de 2015 a julho de 2016. Métodos: Estudo descritivo de corte transversal, que incluiu pacientes de gravidez de alto risco com realização do teste laboratorial, de acordo com o fluxograma do Ministério da Saúde. O teste confirmatório para o HTLV-I foi realizado por PCR, para os genes tax e pol. Resultado: Analisou-se um total de 631 pacientes, destas quatro (0,6%) apresentaram-se positivas na QMIA para HTLV, das quais uma foi confirmada por PCR (0,15%). Nenhuma delas apresentou manifestações clínicas neurológicas ou hematológicas. A faixa de idade das gestantes variou entre 22 e 35 anos (392/62%) e prevaleceu a raça branca. Do total das pacientes, 390 (62%) possuíam ensino médio completo. Foram analisados o uso de drogas (22/3,5%), piercing (187/29,6%) e tatuagem (175/28%). Do total das pacientes, 248 (39%) iniciaram a atividade sexual entre 12 e 16 anos. Em relação ao número de parceiros 345 (54%) tiveram de um a cinco parceiros e 22 (3,5%), receberam transfusão sanguínea. Além do HTLV foram analisados outros dados sorológicos: HBsAg 491 (78%) não reagentes e sete (1,1%) reagentes; anti-HCV 531 (84,%) não reagentes e quatro (0,63%) reagentes; HIV-I/II 477 (75,6%) não reagentes e 19 (3%) reagentes; toxoplasmose IgG 291 (46,11%) não reagentes e 189 reagentes (29,95%); toxoplasmose IgM 477 (75,6%) não reagentes e sete (1,1%) reagentes; sífilis 533 (84,5%) não reagentes e 23 (3,6%) reagentes. Conclusão: O fluxo de diagnóstico laboratorial foi válido para confirmar a baixa prevalência de anticorpos HTLV em região de baixa endemicidade e reforça e necessidade da confirmação com métodos moleculares. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA P-022 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA PROFILAXIA ANTIRRETROVIRAL PÓS-EXPOSIÇÃO SEXUAL DE RISCO À INFECÇÃO PELO HIV EM UNIDADE DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO EM DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS NO OESTE DO PARANÁ. VANIA ORLANDI; DOUGLAS SOLTAU GOMES; JOSANA APARECIDA DRANKA HORVATH; WINNY HIROME TAKAHASHI YONEGURA. CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ; PREFEITURA MUNICIPAL DE CASCAVEL. Introdução: A Profilaxia Pós Exposição (PEP) sexual faz parte das estratégias da Política de Prevenção contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), e é uma forma de prevenir a infecção de pessoas expostas ao contato sexual com risco de contágio pelo vírus. É baseada na utilização de antirretrovirais por 28 dias, iniciada em até 72 horas após o contato. A identificação do perfil epidemiológico de pacientes atendidos para PEP visa subsidiar o planejamento de políticas locais voltadas à prevenção da transmissão do HIV. Objetivos: Identificar o perfil epidemiológico de pacientes que buscam Profilaxia PósExposição sexual em risco de infecção pelo HIV atendidas no Centro Especializado de Doenças Infecto-Parasitárias (CEDIP), em Cascavel – PR. Métodos: Trata-se de estudo de coorte retrospectivo com 153 atendimentos ocorridos entre os anos de 2011 e 2016. A coleta de dados baseou-se na revisão de prontuários, criação de banco de dados e análise estatística dos mesmos. Resultados: Dos pacientes atendidos, 22,88% eram do sexo feminino e 77,12% do sexo masculino. A idade média das mulheres atendidas foi de 30,05 anos, e dos homens de 29,06 anos. Quando avaliado o estado civil, observou-se que 58,82% eram solteiros, 26,80% casados e 8,97% separados, divorciados ou viúvos. Do total 96,73% buscaram atendimento antes de 72 horas decorridas do contato e apenas 3,27% excederam esse prazo. A PEP foi indicada em 85,62% e desaconselhada para 14,38% dos casos, que não preencheram os requisitos de recomendação. Observou-se que 35,95% tinham conhecimento do estado sorológico positivo do parceiro para o HIV, os demais 64,05% não sabiam ou não informaram. Discussão e conclusão: Com base nos resultados percebeu-se uma maior procura de PEP pelo sexo masculino. Observou-se também grande desconhecimento acerca dos parceiros eventuais, além de que a grande maioria buscou atendimento dentro do prazo preconizado. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS DOR PÉLVICA - ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR P-024 - ASSOCIAÇÃO ENTRE MELHORA DO ESTADO EMOCIONAL E PRESENÇA DO ORGASMO EM PACIENTES COM DOR PÉLVICA CRÔNICA. ZILDETE CIBELE GRANJA AMORIM; BRUNA KAROLINE SANTOS MELO MONTEIRO; MILENA MAURÍCIO MAIA; ELIZABETH BRASIL MATOS OLIVEIRA; VIVIAN ROBERTA LIMA SANTOS; JOSÉ RODRIGO SANTANA SILVEIRA; AMANDA BASÍLIO BASTOS DOS SANTOS SILVA; FERNANDA RAMOS MONTEIRO; THAYANA SANTOS DE FARIAS; JULIA MARIA GONÇALVES DIAS. UFS. Objetivos: determinar a associação entre a melhora emocional e comportamental e a presença de orgasmo em pacientes com dor pélvica crônica. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo com pacientes portadoras de dor pélvica crônica atendidas do Ambulatório de Ginecologia e Patologia Cervical do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe, no período de agosto de 2015 a maio de 2016. Foram entrevistadas 45 mulheres com dor pélvica crônica. Estas responderam a um questionário estruturado com dados gestacionais, ginecológicos e sócios demográficos. Foram avaliadas com relação ao estado emocional através de uma escala de otimismo de um questionário validado transculturalmente , o TOV-R (teste de orientação de vida). Estas pacientes foram avaliadas no momento zero e mais 3 vezes após o início do tratamento. Foram feitas quatro avaliações no total e a repetição da aplicação da escala de otimismo em cada uma destas revisões. Os dados coletados foram armazenados em planilha do Excel e foi confeccionada uma máscara para o software Epi- Info 7. Para a análise estatística utilizou-se frequências absolutas (n) e relativas (%) para a descrição do perfil da amostra. Para avaliar a associação entre as variáveis de interesse neste estudo, foi utilizado o Teste Exato de Fischer. Resultados: houve associação significativa entre a variável orgasmo e os resultados do TOV-R p=0,005, 7 (58,33%) das pacientes apresentaram orgasmo e melhora do grau de otimismo. Conclusão: Trata-se de um estudo piloto parte de um projeto de PIBIC que está em andamento, mas podemos perceber que houve associação da melhora do estado emocional propiciando a melhora do estado sexual. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS DOR PÉLVICA - ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR P-025 - AVALIAÇÃO DOS DADOS COMPORTAMENTAIS DE PACIENTES COM DOR PÉLVICA CRÔNICA. MILENA MAURÍCIO MAIA; BRUNA KAROLINE SANTOS MELO MONTEIRO; ZILDETE CIBELE GRANJA AMORIM; AMANDA BASÍLIO BASTOS DOS SANTOS SILVA; LUÍS FABIANO PASSOS BISPO; LUIZA NEVES DE SANTANA TELES; ELIZABETH BRASIL MATOS OLIVEIRA; FERNANDA RAMOS MONTEIRO; THAYANA SANTOS DE FARIAS; JULIA MARIA GONÇALVES DIAS. UFS. Objetivos: caracterizar o perfil comportamental de mulheres portadoras de dor pélvica crônica no serviço público na cidade de Aracaju, Sergipe. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo com pacientes portadoras de dor pélvica crônica do Ambulatório de Ginecologia e Patologia Cervical do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe, no período de agosto de 2015 a maio de 2016. Foram entrevistadas 45 mulheres com dor pélvica crônica. Estas responderam a um questionário estruturado com dados de comportamento sexual e hábitos e vícios. Os dados coletados foram armazenados em planilha do Excel e foi confeccionada uma máscara para o software Epi- Info 7. Para a análise estatística utilizou-se frequências absolutas (n) e relativas (%) para a descrição do perfil da amostra. Resultados: 16 (35,5%) das pacientes disseram ter tido uma primeira relação sexual de regular satisfação, 35(77,8%) afirmam ter libido e orgasmo, 13 (28,7%) praticam a masturbação e 8 (17,8%) relataram abuso sexual, 3 (6,7%) foram vítimas de estupro, 22(48,9%) sofrem de distúrbios psiquiátricos e 24 (53,4%) tinham má qualidade do sono. Quanto aos hábitos 3 (6,7%) costumavam fumar, 17 (37,8%) consumiam bebidas alcoólicas. Conclusão: a maioria das pacientes referiam libido e orgasmos, a maioria delas sofria de distúrbios psiquiátricos e tinham má qualidade do sono; uma parcela significativa das pacientes se masturba e refere uma má primeira experiência sexual. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS DOR PÉLVICA - ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR P-026 - CARACTERIZAÇÃO AMOSTRAL E DADOS TOCO GINECOLÓGICOS DE PACIENTES COM DOR PÉLVICA CRÔNICA. ELIZABETH BRASIL MATOS OLIVEIRA; BRUNA KAROLINE SANTOS MELO MONTEIRO; MILENA MAURÍCIO MAIA; ZILDETE CIBELE GRANJA AMORIM; AMANDA BASÍLIO BASTOS DOS SANTOS SILVA; LUÍS FABIANO PASSOS BISPO; LUIZA NEVES DE SANTANA TELES; FERNANDA RAMOS MONTEIRO; THAYANA SANTOS DE FARIAS; JULIA MARIA GONÇALVES DIAS. UFS. Objetivos: caracterizar o perfil sócio demográfico, gestacional e ginecológico de mulheres portadoras de dor pélvica crônica no serviço público na cidade de Aracaju, Sergipe. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo com pacientes portadoras de dor pélvica crônica do Ambulatório de Ginecologia e Patologia Cervical do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe, no período de agosto de 2015 a maio de 2016. Foram entrevistadas 45 mulheres com dor pélvica crônica. Estas responderam a um questionário estruturado com dados gestacionais, ginecológicos e sócios demográficos. Os dados coletados foram armazenados em planilha do Excel e foi confeccionada uma máscara para o software Epi- Info 7. Para a análise estatística utilizou-se frequências absolutas (n) e relativas (%) para a descrição do perfil da amostra. Resultados: das pacientes entrevistadas, 15(33,3%) tinham idade média de 21 a 30 anos, e 13(28,9%) tinham menos de 8 anos de estudo; eram procedentes da capital Aracaju 25 (55,6%) e 29 (64,4%) eram de baixa renda, (< dois salários mínimos); Em relação aos dados toco ginecológicos, 16 (35,6 %) das pacientes haviam tido até duas gestações, 31 (68,9%) haviam abortado. 27(60%) não sabiam o que era menstruar quando do momento da menarca, 16 (35,6%) das pacientes tinham o ciclo irregular, 45 (100%) apresentavam dismenorreia e 22 (48,9%) tinham dispareunia. A historia de dor pélvica na família ocorreu em 29 (64,4%) das pacientes. A anticoncepção hormonal foi relatada por 15 (33,3%) delas. Conclusões: a maioria das mulheres com dor pélvica crônica era da capital, tinham baixa renda e tinham média de idade entre 21-30 anos. Além disso, um número expressivo delas tinha baixa escolaridade; a maioria delas havia abortado e não sabiam o que era menstruação quando ocorreu a menarca, todas apresentavam dismenorreia. A história familiar de dor pélvica esteve presente em ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ENDOMETRIOSE P-027 - UTILIZAÇÃO DO SIU-MIRENA NAS PACIENTES COM ENDOMETRIOSE NO CRSM. BEATRIZ GALVÃO; LUIS CARLOS SAKAMOTO; LUCIANO GIBRAN; ANDRE MALAVASI; LUIZ HENRIQUE GEBRIM. CENTRO DE REFERENCIA DA SAÚDE DA MULHER-HOSPITAL PÉROLA BYNGTON. Estudo com 170 pacientes com endometriose que utilizaram SIU-MIRENA e foram avaliadas quanto a evolução da patologia através do USG TV com preparo intestinal e exames laboratoriais e avaliadas quanto a dor por uma escala visual da dor e a melhora ou piora quanto os sintomas de dispaurenia, hipermenorragia, dismenorréia secundária, dores crônicas e também avaliadas quanto aos efeitos colaterais. Chegamos a conclusão que o SIU- MIRENA é um ótimo método de tratamento da endometriose e as lesões não evoluíram durante o estudo de 24 meses e houve melhora da qualidade de vida das pacientes quanto à dor e sangramento, principalmente. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ENDOMETRIOSE P-028 - RESSONÂNCIA MAGNÉTICA, O GRANDE ALIADO PRÉ-OPERATÓRIO NA ENDOMETRIOSE PROFUNDA. FRANCILAYNE MORETTO DOS SANTOS; MICHEL ROBERTO MANDOTTI; ALINE KRAMPE PERES; FABIANO TAKAAKI EMORI; CARLOS HENRIQUE MACHADO. CENTRO UNIVERSITÁRIO FAG; HOSPITAL SÃO LUCAS. Objetivos: O aprimoramento da técnica de ressonância magnética de pelve para diagnóstico e estadiamento da endometriose profunda permite hoje um planejamento preciso e confiável antes de realizar a laparoscopia. Metodologia: Estudo tipo ensaio pictórico. Utilizamos o banco de dados de imagens de nossa instituição composto por exames de ressonância magnética de pelve. Como protocolo do exame orientamos o preparo intestinal, utilização de gel vaginal e soro retal, antiespasmódico em todos os casos e contraste endovenoso (gadolínio) em alguns casos selecionados. Adquirimos sequências de pulsos sensíveis à gordura, sangue e líquido nos planos axial, sagital, coronal e oblíquos aos ligamentos útero-sacros. O estudo foi lido por dois radiologistas com 3 anos de experiência no método. Resultados: Os sítios mais frequentes de acometimento da endometriose profunda são os ovários, ligamento largo, fundo de saco anterior e posterior e ligamentos útero-sacrais. O envolvimento da região retrocervical foi predominante com frequente associação de doença no reto e sigmoide. O estadiamento da profundidade e extensão longitudinal e circunferencial da lesão intestinal foi possível com a metologia utilizada. A identificação de endometrioma é facilmente identificada nas sequências sensíveis à sangue e gordura. Conclusões: O tratamento da endometriose profunda demanda de uma equipe multidisciplinar, tendo o ginecologista como maestro do time. Em casos avançados o tratamento além de difícil, pode trazer sequelas à paciente, como aquelas decorrentes de uma retosigmoidectomia por exemplo. Torna-se, portanto, imprescindível que a paciente seja estudada por imagem antes da laparoscopia. A ressonância magnética de pelve possui alta acurácia para este fim somente quando for realizada com preparo da paciente e com protocolo que mostre alta resolução espacial. Além disso é fundamental, assim como em outros métodos de interpretação radiológica que o médico leitor tenha experiência no assunto. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ENDOSCOPIA GINECOLÓGICA P-029 - TUMOR OVARIANO BORDERLINE BILATERAL EM NULIGESTA – RELATO DE CASO. MARCELA TASCA BARROS; AMANDA MILANEZI RAMON; CARLOS HENRIQUES DA SILVA PAES. HOSPITAL ESCOLA ÁLVARO ALVIM. Introdução: O tumor borderline de ovário representa de 10 a 15% das neoplasias ovarianas. Frequentemente acomete mulheres na fase reprodutiva, sendo mais comum por volta dos 40 anos de idade. A bilateralidade ocorre em cerca de 5% dos casos. Histologicamente apresenta características intermediárias entre tumores claramente benignos e carcinomas francamente invasivos, o que dificulta o seu diagnóstico. Relato: Paciente C.M.P., sexo feminino, 26 anos, nuligesta, assintomática,foi encaminhada ao ambulatório de endoscopia ginecológica com resultados de exames solicitados no ambulatório de ginecologia geral:USG endovaginal evidenciando útero em AVF, 69x50x27mm, ovário direito medindo, 85x53mm com formação cística de 67x37mm, ovário esquerdo com 67x35mm e formação cística 50x34m; marcadores tumorais: CA:125 29,3 e CEA: 1,4 e HCG: 3,4.Sendo indicado videolaparoscopia ginecológica. Durante o procedimento cirúrgico laparoscópico, foi diagnosticado lesão cistica volumosa cerca de 10 cm de diâmetro, em topografia de ovário esquerdo e outra lesão semelhante com 6 cm em ovário direito, ambos com vegetações em seu interior. Não evidenciado implantes peritoneais, ou outras lesões em omentoe outros órgãos abdominais. Realizado ooforoplastia bilateral com exérese completa das lesões descritas em ambos os ovários e enviado para anatomo-patólogico. O resultado anatomo-patológico sugeriu o diagnóstico de tumor seroso boderline ou tumor seroso boderline com microinvasão, sendo necessário a realização da imunohistoquímica, para definição diagnóstica. Realizado imunohistoquimica, que confirmou o diagnóstico tumor seroso boderline sem microinvação. Após discussão do caso, foi optado acompanhar a paciente, com exames físicos e complementares, pois é nuligesta, com desejo de gestar e a imunohistoquímica não evidenciou microinvasão. Com a possibilidade de nova intervenção cirúrgica para complementação do tratamento com ooferectomia bilateral após prole constituída ou quando necessário. Comentários: Os tumores borderline de ovário representam uma entidade complexa, de difícil diagnóstico, pois possuem diferenças histológicas sutis em relação aos tumores benignos e malignos invasores.Por a maioria ser pacientes jovens com futuro reprodutivo, não realizar terapêuticas radicais desnecessárias. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GESTAÇÃO DE ALTO RISCO P-030 - MORTALIDADE NEONATAL: ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO NO COMPLEXO HOSPITAL DE CLÍNICAS-UFPR NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2014. JACQUELINE OJEDA TOLOTTI; NARCIZO LEOPOLDO EDUARDO DA CUNHA SOBIERAY. UFPR. Objetivos: Este estudo tem por objetivo estudar a associação entre mortalidade neonatal e variáveis neonatais, obstétricas e maternas, na população de nascidos vivos na Maternidade do complexo Hospital de Clínicas-UFPR e na Maternidade Victor Ferreira do Amaral e que evoluíram para óbito neonatal em 2014, a fim de analisar prováveis associações entre si. Metodologia: Todos os dados foram obtidos pelo pesquisador através da análise de prontuários médicos e relatórios do Comitê de Mortalidade infantil-HC sobre pacientes nascidos no Hospital de Clínicas e na Maternidade Victor Ferreira do Amaral em 2014, e que foram a óbito até o 28º dia de vida nos respectivos hospitais. Resultados: Forte associação dos seguintes fatores em relação a mortalidade neonatal: idade materna, escolaridade. número de gestações, partos e abortos anteriores, tipo de gestação (única ou múltipla), comorbidades maternas, idade gestacional, peso ao nascimento, índice de Apgar ao 1º e 5º minuto de vida, número de consultas durante o pré-natal, tipo de parto (vaginal ou cesário). Conclusão: Devido a grande desigualdade social presente no nosso país e a alta variabilidade quanto a disponibilidade de acesso, em tempo oportuno, a serviços de saúde resolutivos e qualificados, fica evidente a necessidade de maiores trabalhos e pesquisas focados em cada região, identificando os fatores que mais contribuem para o aumento da taxa de mortalidade individualmente. Portanto, esse projeto estará focado em estudar os fatores de riscos para a mortalidade neonatal presentes em dois dos principais serviços de maternidade de Curitiba, o complexo Hospital de Clínicas-UFPR e a Maternidade Victor Ferreira do Amaral, a fim de contribuir com uma possível sensibilização dos profissionais dos serviços de saúde quanto a importância da atenção contínua a respeito deste assunto. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GESTAÇÃO DE ALTO RISCO P-032 - PREVALÊNCIA DO NÍVEL SÉRICO DE CÁLCIO E DO PARATORMÔNIO DURANTE A GESTAÇÃO EM HOSPITAIS TERCIÁRIOS DE CURITIBA. KADIJA RAHAL CHRISOSTOMO; JAIME KULAK JUNIOR; ALMIR ANTONIO URBANETZ; RENATO MITSUNORI NISIHARA; CAROLINE VIEIRA DE SOUZA; EDUARDO RAHAL CHRISOSTOMO; JESSICA FUJIE. UFPR - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TOCOGINECOLOGIA; UFPR; FEPAR. Objetivos: avaliar a prevalência de Cálcio (Ca) e Paratormônio (PTH) em gestantes do SUS, atendidas em hospitais terciários de Curitiba. Metodologia: realizou-se um estudo observacional transversal prospectivo, em 256 gestantes atendidas no ambulatório de pré-natal do Hospital de Clínicas e Hospital Evangélico de Curitiba no período de verão. O grupo estudado foi dividido em 51 pacientes sem patologias (grupo normal) e 205 pacientes com Doença Hipertensiva Específica da Gestação(DHEG) ou Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) ou HIV positivo (grupo patológico). As gestantes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido, responderam a um questionário direcionado à pesquisa. Considerando-se para Ca normal: entre 8,3 a 10,6 mg/dL, diminuído: < 8,3 mg/dL e aumentado: > 10,6 mg/dL. Para o PTH normal: entre 15,0 a 65,0 pg/mL, diminuído: < 15,0 pg/mL e aumentado: > 65,0 pg/mL. Os dados foram analisados estatisticamente pelo programa computacional Stata v.13.1. Resultados: Referente prevalência do Ca, o grupo com pacientes normais apresentou 74,51% dentro da normalidade e 25,49% diminuído. O grupo patológico apresentou 83,90% dentro da normalidade e 16,10% diminuído. Referente prevalência do PTH, o grupo com pacientes normais apresentou 82,35% dentro da normalidade, 15,69% diminuído e 1,96% aumentado. O grupo patológico apresentou 78,54% dentro da normalidade, 19,51% diminuído e 1,95% aumentado. Conclusão: constatamos em nosso estudo que tanto no grupo normal e patológico o Ca encontra-se dentro da normalidade em aproximadamente 80% e diminuído em aproximadamente 20%. Referente ao PTH, 80% dos grupos estudados encontram-se dentro da normalidade, 18% níveis diminuídos e 2% com níveis aumentados. Conclui-se que não houve variação entre os grupos normal e patológico. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GESTAÇÃO DE ALTO RISCO P-033 - COMPARAÇÃO ENTRE TRABALHO DE PARTO PREMATURO ELETIVO E ESPONTÂNEO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E RESULTADO PERINATAL. VIVIANI HELENA SOUNIS COSTA; JEAN CARL SILVA; IZABELA KAROLINNE MICHELS WILLEMANN; LARISSA ANDRADE CORRÊA DA SILVA; KAROLINE PRADO DARRODA. MATERNIDADE DARCY VARGAS; UNIVILLE. Introdução: Parto prematuro é definido quando este ocorre entre 20 e 37 semanas de gestação, e pode ser classificado em duas categorias, espontâneo ou eletivo. A imaturidade desses recém-nascidos pode acarretar em disfunção de qualquer órgão ou sistema, levando ao comprometimento ou intercorrências ao longo de seu desenvolvimento. Objetivo: Comparar os desfechos neonatais do trabalho de parto prematuro espontâneo com o eletivo. Material e Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, no qual foram incluídas gestantes que tiveram parto prematuro, espontâneo ou eletivo, no período de janeiro de 2012 a março de 2014, em uma maternidade pública. Comparamos os dois grupos, considerando o perfil epidemiológico e desfechos neonatais. Os desfechos primários avaliados foram necessidade de UTI neonatal, reanimação e óbito neonatal, avaliados pela razão de chance, os fatores de ajuste utilizados foram a idade gestacional, peso do recém-nascido, uso de antibiótico, corticóide e sulfato de magnésio. Resultados: Foram incluídas 536 gestantes que tiveram parto prematuro, 173 (32,2%) parto eletivo e 363 (67,7%) parto espontâneo. Nas características maternas foram encontradas diferenças na idade, no estado civil, nas que receberam antibiótico, corticóide e sulfato de magnésio pré-parto. Nas características dos recém-nascidos foram encontradas diferenças no peso (1719g vs 2045g p=0,000), Apgar desfavorável no 1º e no 5 º minuto (29,4%vs15,4% p=0,000; 10,9%vs6,06% p=0,045), necessidade de reanimação (34,10%vs16,53% p=0,000), complicações respiratórias (58,3%vs31,1% p=0,000), infecciosas (21,9vs33,3 p=0,007), óbito (6,9%vs2,7% p=0,023), necessidade de internação na UTI (78,6%vs48,4% p=0,000) e dias de internação na UTI (25,5vs21,2 p=0,010), no grupo parto eletivo e espontâneo respectivamente. A razão de chance para um recém-nascido de parto prematuro eletivo necessitar de internação na UTI neonatal foi 0,289 vezes (IC95% 0,189-0,471) e ajustado 0,346 vezes (IC95% 0,196-0,610). Conclusão: A chance de um recém-nascido de parto prematuro eletivo necessitar de internação na UTI neonatal foi menor do que de um recém-nascido de parto prematuro espontâneo. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GESTAÇÃO DE ALTO RISCO P-034 - TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EM GESTANTE DE 29 SEMANAS: RELATO DE CASO. RODRIGO DIAS NUNES; ANA GABRIELA DE OLIVEIRA PUEL; MARIANA DIAS BELTRAME. HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ. O tromboembolismo pulmonar (TEP) é uma manifestação aguda que ocorre após o desprendimento do trombo previamente formado que atinge a artéria pulmonar. Gravidez e puerpério são fatores de risco bem estabelecidos para trombose venosa profunda (TVP) e TEP. Isto ocorre, principalmente, devido à estase venosa proveniente do crescimento uterino e alterações hormonais esperadas no período. O diagnóstico se da através dos achados clínicos associados a ultrassonografia com doppler de membros inferiores e angiotomografia. O tratamento consiste no uso de heparina não fracionada, devendo ser cessada 24 horas antes do início do trabalho de parto. Relato de caso: paciente feminina, 28 anos, G1 (29 semanas), história prévia de trombose venosa profunda (TVP), drogadição e insuficiência cardíaca. Deu entrada no serviço de emergência, apresentando dor torácica anterior e mal estar geral. Solicitado angiotomografia, a qual mostrou achados indiretos de hipertensão pulmonar e TEP crônico sendo, então, iniciada anticoagulação com enoxaparina. No nono dia de internação foi optado pela interrupção da gestação com parto realizado via abdominal, pelo risco iminente de óbito materno devido a instabilidade clínica. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GESTAÇÃO DE ALTO RISCO P-035 - AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE MOLA HIDATIFORME EM UMA AMOSTRA DE LAUDOS ANATOMOPATOLÓGICOS DE CURETADOS UTERINOS OBTIDOS EM UM LABORATÓRIO DE REFERÊNCIA DO SUL DE SANTA CATARINA. FRANCISCO HENRIQUE MARCONATO; OTTO HENRIQUE FEUERSCHUETTE; SHEILA SILVEIRA. UNISUL; HOSPITAL UNIVERSITÁRIO- UFSC; MATERNIDADE CARMELA DUTRA. A mola hidatiforme (MH), doença de origem placentária, é uma complicação da gravidez com potencial de evolução maligna e de recorrência que pode gerar sérios riscos à gestante. Divide-se em mola completa e incompleta. O quadro clínico é variável e as alterações ultrassonográficas específicas nem sempre estão presentes. A dosagem do bhCG está mais elevada. O diagnóstico é realizado através da análise histológica do material curetado. A prevalência varia conforme a região geográfica investigada. Objetivo: Avaliar a prevalência de MH na região da Amurel - SC. Metodologia: Estudo analítico, observacional e transversal onde foram incluídos todos os laudos anatomopatológicos provenientes de material de curetagem uterina por aborto analisados em um mesmo laboratório de patologia no período de janeiro de 2000 a julho de 2015. Resultados: No período do estudo, houveram 3.506 laudos de curetagem por aborto. Destes, 81 foram de MH (10 MH incompleta e 71 MH completa). A prevalência encontrada de MH foi de 2,36%. Não foi observado associação estatisticamente significativa entre idade, aborto prévio e mola prévia e o tipo de mola hidatiforme. Conclusão: A prevalência de MH em nossa região é semelhante àquelas encontradas em outras regiões. As variáveis epidemiológicas analisadas não influenciaram no tipo de mola. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GESTAÇÃO DE ALTO RISCO P-036 - SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ ÁTIPICA EM GESTANTE. RUBIA KARINE DE MARCO BARASUOL; TAMARA WAHIP MOHANA; ALINE SANTANA BORTOLUZZI; ANTONIO CARLOS DE ANDRADE SOARES; RUBENS GRIEP. FACULDADE ASSIS GURGACZ. Introdução: A Síndrome de Guillain Barré (SGB) é uma polirradiculopatia mista associada frequentemente com evidência clínica ou sorológica de infecção aguda, por Campylobacter jejuni, citomegalovírus e vírus Epstein-Barr. A clínica inclui paralisia arreflexa com distúrbios sensoriais e disfunção autonômica. Na gestação existem poucos casos de SGB descritos e o curso clínico de início insidioso caracterizado por paresia e a paralisia ascendentes podem estar associadas a insuficiência respiratória, determinando índice de mortalidade global de 13%. O tratamento da SGB na gravidez é feito com altas doses de imunoglobulina ou plasmaférese. Descrição do Caso: E.C.M.E., 25 anos, residente em Cascavel – Pr, realizou pré natal na UBS Floresta com história vacinal recente para H1N1. Na 14ª semana de gestação, apresentou quadro infeccioso acompanhado de febre, sudorese, calafrios, dores na cabeça e corpo. Após uma semana evoluiu com fraqueza de membros inferiores e êmese, sendo internada no Hospital Universitário. Na 3ª semana de evolução do quadro e sem diagnóstico, apresentou tetraplegia flácida, arreflexia de membros inferiores, comprometimento da musculatura respiratória e da deglutição, com exame laboratorial de líquido cefalorraquidiano e tomografia de crânio normais e eletroneuromiografia não característica, sendo atribuída a polineuropatia de MMII difusa compatível com SGB atípica. Instituído tratamento com imunoglobulina intravenosa em altas doses. Na 36ª semana de gestação realizou-se cesária, com recém-nato pesando 2.140 gramas e APGAR 07 e 09, vinculado para acompanhamento em ambulatório de seguimento para prematuros. E.C.M.E. apresentou melhora motora e sensitiva com manutenção de paresia nos pés. Comentários: Apesar da severidade do caso, a paciente evoluiu satisfatoriamente com retorno parcial dos movimentos, além de não necessitar suporte ventilatório. Embora com interrupção precoce da gestação, RN sem intercorrências neonatais graves e com bom desenvolvimento neuropsicomotor. Há probabilidade de resposta imune vacinal para o desenvolvimento de SGB atípica com alteração ENMG. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GESTAÇÃO DE ALTO RISCO P-037 - ACIDENTE LOXOSCÉLICO EM GESTANTE COM USO DE ENOXAPARINA. JANAINA DE ALMEIDA FURLAN; DANILO MARTINS RAHAL; NEWTON SERGIO DE CARVALHO. HC-UFPR. Introdução: O loxocelismo é a forma mais grave de araneísmo no Brasil, sendo a aranha de hábitos noturnos, domésticos, encontrada em roupas e calçados, sua picada geralmente ocorre quando é comprimida contra o corpo da vítima. O veneno tem como principal componente a esfingomielinase D que pode ocasionar lesão tecidual e hemólise. A apresentação cutânea é a mais comum com sintomas locais e sistêmicos, enquanto que a cutânea-sistêmica ou hemolítica afeta apenas 1 a 13% com alterações clínico-laboratoriais e hemólise. As principais complicações são necrose local, insuficiência renal aguda e coagulação intravascular disseminada. Descrição do Caso: LPU, 30 anos, gestante - GIIICII, pré-natal de alto risco por trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar prévio, em uso de enoxaparina 40mg/dia, procura Pronto-Atendimento de obstetrícia em 18/01/2016, idade gestacional de 20 semanas, logo após acidente por Loxosceles em face interna do braço esquerdo. Queixando-se de dor local, recebendo prednisona 40mg/dia e analgesia. Evoluiu com exantema difuso, oferecido soro antiloxoscélico poliespecífico, mas negou-se a utilizar. A lesão evoluiu com necrose local e infecção secundária, tratada com cefalexina. Realizados dois debridamentos (01/03/16 e 07/03/16) e enxerto dermo-epidérmico (15/03/16), com boa evolução, sem déficit motor ou sensitivo. A gestação evoluiu normalmente, realizado cesareana em 25/05/2016 por iteratividade, sem intercorrências. Recém nascido feminino, com 3355g, Apgar 6/9. Placenta sem alterações anatomopatológicas. Comentários: Apesar do acidente loxoscélico, a paciente continuou o uso de enoxaparina, sem episódio de sangramento. O acidente, bem como a infecção secundária, não culminaram em trabalho de parto prematuro ou alteração no resultado obstétrico maternofetal. Até onde pesquisada esta descrição não foi encontrada semelhante na literatura e objetiva descrever caso potencialmente grave sobretudo na gestação com resultado evolutivo satisfatório, bem como chamar a atenção para potencial deste tipo de acidente ocorrer na gestação. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE P-038 - CARDIOMIOPATIA PERIPARTUM: RELATO DE CASO ASSISTIDO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA SAÚDE. PATRÍCIA ROBERTA BERITHE PEDROSA DE OLIVEIRA; JOÃO CARLOS PEDRO FILHO; ISADORA RIBEIRO VIANA BRITO; LAURA DE LIMA CARVALHO; ISABELA DE MELLO OLIVEIRA. UNIVERSIDADE JOSE DO ROSARIO VELLANO. Introdução: A Cardiomiopatia peripartum é uma causa rara de cardiomiopatia dilatada que afeta mulheres no último mês de gestação ou nos primeiros cinco meses de puerpério. O diagnóstico é difícil, pois os sintomas são similares aos encontrados no final do período gestacional e no pós-parto e um atraso no diagnóstico pode mudar o prognóstico de maneira dramática, já que esta patologia tem uma alta mortalidade. Descrição do Caso: Paciente,37 anos, sexo feminino, que durante sua gestação fez acompanhamento Pre-Natal na Unidade de Saúde da Família, submetida a parto cesárea, que apresentou dispnéia progressiva após o parto, evoluindo com edema de membros inferiores. Na avaliação, a radiografia de tórax, eletrocardiograma e o ecodopplercardiograma revelaram cardiomegalia e fração de ejeção reduzida. Foi realizado diagnóstico de Cardiomiopatia peripartum e a paciente foi tratada adequadamente. Comentários: Como a Cardiomiopatia Peripartum trata-se de diagnóstico de exclusão e é uma entidade que atinge mulheres previamente hígidas, que potencialmente podem realizar o Pré-Natal nas Unidades de Saúde da Família, este relato é importante para o compartilhamento da experiência. Na literatura, há poucos relatos desta patologia e a paciente em questão apresentou evolução favorável ao ser precocemente diagnosticada e medicada para a compensação da insuficiência cardíaca. É importante salientar que, tanto pela proximidade de sua casa quanto pelo vínculo que já possuía com a equipe, procurou o serviço de ESF ao apresentar piora dos sintomas, sendo evitada nova internação hospitalar ao ser realizado o acompanhamento ambulatorial da paciente, a qual apenas em seguimento posterior foi encaminhada ao cardiologista. Este relato de caso contribui para a divulgação desta patologia e, por meio da troca de experiências, auxilia outros médicos ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE P-039 - ANÁLISE DE HÁBITOS RELACIONADOS À SAÚDE DA MULHER. TAMIRES FERREIRA DO CARMO; AMANDA ZÉLIA DE SOUSA TAVARES; GIZELLE MARIA MOISÉS MONTEIRO; CAMILA SAMPAIO NOGUEIRA; SIMONE JACQUELINE BARRETO SEMEDO; JAMILE MENEZES RIBEIRO; ANA CAROLINA MONTES RIBEIRO; SILVANA LÍCIA NOGUEIRA MACHADO; GABRIELE SANTANA DE SÁ LIMA; RAQUEL AUTRAN COELHO. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Objetivos: Objetiva-se analisar os principais hábitos relacionados à saúde das mulheres. De forma específica, deseja-se explorar a frequência, bem como as principais razões relacionadas, às quais as mulheres entrevistadas costumam ir a consultas ginecológicas, descrever os hábitos de tabagismo, etilismo, alimentação e a utilização dos principais métodos contraceptivos entre tais mulheres. Metodologia: Estudo transversal e descritivo. Dados obtidos por meio de um questionário contendo questões fechadas, com posterior análise desses dados. Tal pesquisa envolveu 80 mulheres e abordou frequência de ida ao ginecologista, métodos contraceptivos utilizados e hábitos alimentares. Resultados: Dentre os dados coletados, identificou-se que 76,25% das entrevistadas frequentam o ginecologista anualmente, enquanto 10% vão somente quando percebem alguma alteração e 13,75% comparecem numa frequência maior que 2 anos. Quanto aos motivos que as levam à consulta, mais de 50% relaciona à prevenção para câncer de colo uterino e de mama. Em relação aos hábitos de vida, 36,25% são etilistas e 7,5% são tabagistas. Sobre os métodos anticoncepcionais utilizados, 38,75% afirmam usar preservativo; 25% pílula; 6,25% DIU ou tabelinha e 32,5% não utilizam métodos anticoncepcionais. Conclusão: A constatação que a maior parte das entrevistadas consulta o ginecologista regularmente é um dado importante e favorável para a saúde feminina. Sabendo que o ginecologista realiza tanto as consultas ligadas à especialidade como as consultas de caráter clínico geral, a regularidade na visita ao médico ginecologista traz vantagens em diversas áreas da saúde e de bem-estar da mulher. Convém destacar a importância de uma alimentação equilibrada para a saúde feminina, frente a 68,75% das mulheres entrevistadas que consideram a sua alimentação regular, e 21,25% afirmam ter maus hábitos alimentares. Observou-se também, que a maioria das entrevistadas com vida sexual ativa utiliza métodos anticoncepcionais, sendo o preservativo o mais utilizado dentre os métodos, o que é positivo, diante da proteção contra DSTs. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA ENDÓCRINA P-040 - ASPECTOS QUE ENVOLVEM O HIPOTIREOIDISMO DURANTE A GESTAÇÃO: CONSEQUÊNCIAS PARA AS MULHERS E SEUS FILHOS EM UMA ABORDAGEM TEÓRICA. GISIELLI JOVENILIA POLIDÓRIO ALIEVI; EVERTON PAULO ROMAN ROMAN; MARISE VILAS BOAS PESCADOR. FAG. Este estudo descritivo tem por objetivo descrever as alterações e complicações fisiológicas que o hipotireoidismo induz na gestante e no desenvolvimento do feto. No hipotireoidismo o metabolismo está mais lento que o normal, pela diminuição nos níveis dos hormônios da tireóide. A gestação também pode afetar a função tireoidiana materna e, além disso, uma doença autoimune e deficiência de iodo no organismo podem alterar a função tireoidiana e resultar em um hipotireoidismo gestacional. Os textos enfatizam a relação entre THS elevado e o aumento do risco de abortamento. A metodologia foi desenvolvida com revisão, a partir da literatura, e pesquisa bibliográfica realizada em artigos científicos. Os resultados encontrados atestam que hipotiroidismo primário é caracterizado por um T4 livre diminuído e um TSH aumentado. Quando o T4 livre está normal e o TSH aumentado, configura-se hipotireoidismo subclínico que está relacionado ao aumento do risco de complicações na gestação e déficit neurocognitivo. Os valores de TSH variam de acordo com a idade gestacional, e recomenda-se utilizar como referências: primeiro trimestre entre 0,1-2,5 mUI/L; segundo trimestre entre 0,2-3,0 mUI/L e terceiro trimestre entre 0,3-3,0 mUI/L. Conclusão: o acompanhamento deve ser feito em gestantes com fatores de risco para disfunção tireoidiana, e ainda constata-se em pesquisas que o diagnóstico e o tratamento precoce de mulheres com hipotireiodismo, resulta na redução de abortamentos e do número de crianças que nascem portadoras de deficiência mental. Portanto, é importante manter o TSH sérico dentro da faixa de normalidade conforme o trimestre específico, e dessa forma diminuir os riscos de complicações. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA ENDÓCRINA P-041 - MONITORIZAÇÃO DA GLICEMIA NO DIABETES GESTACIONAL. ALINE SANTANA BORTOLUZZI; TAMARA WAHIP MOHANA; RUBIA KARINE DE MARCO BARASUOL. FAG - FACULDADE ASSIS GURGACZ. Introdução: Segundo os novos critérios adotados pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o diabetes gestacional é definido pela presença de glicemia maior ou igual a 92, 180 ou 153 mg/dL em jejum, 1 ou 2 horas após sobrecarga com 75 gramas de glicose, respectivamente, em exame realizado entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação. A manutenção da glicemia em faixas restritas durante toda gestação é importante para prevenção de riscos maternos e fetais. A monitorização contínua das glicemias pode ser um recurso auxiliar no controle metabólico nesse período. Descrição do Caso: paciente com 36 anos, segunda gestação, apresentou glicemia de 156 mg/dL duas horas após sobrecarga oral de glicose em exame realizado na 26ª semana de gestação, confirmando o diagnóstico de diabetes gestacional. Apresentava erros alimentares com ingesta excessiva de carboidratos, sendo orientado cuidados alimentares com realização de recordatório alimentar e instalação de monitorização contínua de glicemias por um período de 7 dias para auxiliar na conduta terapêutica. Foram registrados um total de 1715 resultados de glicemias, os quais variaram entre 50 a 141 mg/dL, com os maiores valores nos períodos pós prandiais após ingesta de alimentos ricos em carboidratos e durante o final de semana. Os gráficos possibilitaram maior avaliação das incursões glicêmicas apresentadas pela paciente durante as 24 horas de cada dia do teste, bem como avaliar a relação dos picos glicêmicos com as refeições e o tipo de alimento utilizado, permitindo maior aderência da gestante a terapia instituída com melhora das glicemias. Comentários: Novas tecnologias têm sido desenvolvidas para controle do diabetes, como o uso da monitorização contínua das glicemias. O uso desse exame em portadoras de diabetes gestacional pode auxiliar em uma avaliação mais precisa das oscilações glicêmicas e servir como recurso para ajustes terapêuticos, prevenindo as complicações maternas e fetais decorrentes do diabetes. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA ENDÓCRINA P-042 - TERAPÊUTICA DE INFUSÃO DE INSULINA SUBCUTÂNEA CONTÍNUA EM GESTANTE GEMELAR COM DIABETES TIPO 1. GRAZIELA LEAL CARDOSO; JANAINA CARLA PARIZOTTO DA ROSA; RENATA DINARDI BORGES LIBONI; CLAUDIA NASCIMENTO MONTEMOR. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ – LONDRINA. Introdução: O diabetes mellitus tipo 1 está associado com aumento no risco para morbimortalidade materna e fetal, sendo a principal meta do tratamento da gestante diabética a manutenção dos níveis glicêmicos dentro da normalidade, especialmente no primeiro trimestre, buscando sempre a melhora desse controle. Descrição do caso: MMM, com 29 anos de idade, diabética tipo 1 desde os 14 anos, de difícil controle glicêmico, com episódios de hipoglicemia. Fazia uso de insulina Glargina (1 dose/dia) e de insulina Lispro (4 refeições/dia). Quando em gestação de 11 semanas de gravidez gemelar, optou-se por terapia com infusão de insulina subcutânea contínua com insulina Lispro. A paciente evolui com grande melhora no perfil glicêmico, sem episódios de hipoglicemia, e evolução nos exames laboratoriais (HbA1c e flutosamina). Fazia monitorização de glicemia 8x/dia durante o período gestacional. Entrou em trabalho de parto com 37 semanas de gestação, submetida a parto normal, sem intercorrências, sem relatos de hipoglicemia neonatal, com feto dentro dos percentis da normalidade, sem malformações. Voltou a apresentar aumento da glicemia quando diminui a lactação, melhorando após ajuste de doses. Optamos por manutenção do sistema de infusão contínuo no pós-parto, pois a paciente teve ótima resposta à terapêutica e controle glicêmico satisfatório. Comentários: Muito se discute sobre os riscos materno-fetais para portadoras de diabetes tipo 1, porém, com os avanços em terapias insulínicas e o melhor manejo da doença no período pré-gestacional e gestacional, tornou-se mais seguro. A terapia com infusão de insulina, ainda pouco indicada, constitui opção terapêutica adicional na tentativa de alcançar metas glicêmicas durante a gestação, em casos selecionados. Portanto, a terapia com bomba de insulina deve ser considerada no acompanhamento de gestantes com diabetes tipo 1, nos casos de difícil controle, que coloque em risco o sucesso da gestação, mostrando-se segura mesmo quando iniciada durante este período. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA GERAL P-043 - MUDANDO PARADIGMAS NO EXAME PÉLVICO PARA UMA MELHOR EXPERIÊNCIA DO PACIENTE EM GINECOLOGIA. TALINE ALISSON ARTEMIS LAZZARIN SILVA; EMANUELLE BIANCHI DA SILVA; RODRIGO MANIERI ROCHA. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ. Objetivos: verificar, por meio de revisão bibliográfica, qual o consenso atual acerca da indicação do exame pélvico (EP) em mulheres assintomáticas não-grávidas. Metodologia: o estudo consiste em pesquisa bibliográfica nas bases de dados SCIELO,PUBMED e LILACS. Os descritores utilizados foram: ‘’screening pelvic examination’’. Os artigos selecionados deveriam ser originais, estarem disponíveis na íntegra, abordar o tema analisado e terem sido publicados nos últimos 5 anos. Resultados: foram encontrados 2.139 artigos no total. 2.121 foram excluídos por abordarem outros temas, 6 por apresentarem-se fora dos critérios de inclusão, 2 por não estarem disponíveis na íntegra e 1 por ser arquivo repetido, restando 10 artigos para análise. Destes, 4 foram revisões sistematizadas, 4 revisões não sistematizadas e 2 ensaios prospectivos. 7 dos artigos selecionados não recomendam EP anual em mulheres assintomáticas não-grávidas, sendo o principal motivo a ausência de evidência científica que justifique o benefício da prática. 1 estudo recomenda a realização do exame anualmente e 1 defende que o médico deve decidir a necessidade do screening considerando particularidades de cada paciente. Os efeitos colaterais mais relatados foram: desconforto (50%), constrangimento e dor (40%), ansiedade (30%), submissão a procedimentos desnecessários (20%), falsa confiança em relação à ausência de malignidade (20%) e medo (10%). O exame bimanual foi o componente do EP mais relacionado a esses efeitos. Conclusões: EP inclui visualização da genitália externa, exame especular e toque bimanual (1). É frequentemente realizado em mulheres assintomáticas como rastreamento (2), porém, é associado a resultados falsos positivos e malefícios (desconforto, medo, ansiedade, procedimentos diagnósticos invasivos desnecessários) (3). Assim, embora ainda praticado por muitos médicos, têm-se discutido a indicação do EP em assintomáticas (4). A maioria dos estudos não recomenda a realização do EP anual nessas situações e relata efeitos colaterais que podem se sobrepor aos benefícios da prática, contribuindo para o não retorno ao médico das mulheres que os experimentam. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA GERAL P-044 - ANTICOLINÉRGICOS VERSUS ELETROESTIMULAÇÃO PERIFÉRICA OU TERAPIA COMBINADA PARA BEXIGA HIPERATIVA IDIOPÁTICA EM MULHERES: REVISÃO SISTEMATIZADA. EMANUELLE BIANCHI DA SILVA; TALINE ALISSON ARTEMIS LAZZARIN SILVA; NILTON DE ARAUJO SILVA JUNIOR; RAFAEL MENDES MORONI. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE). Objetivos: agregar dados de ensaios clínicos controlados (ECRs) que compararam anticolinérgicos (AC) com diferentes modos de eletroestimulação periféricano tratamento da síndrome da bexiga hiperativa (SBH). Metodologia: revisão sistematizada da literatura utilizando os bancos eletrônicos MEDLINE, CENTRAL e Web of Science. Aestratégia de buscautilizouosseguintestermos, adaptados a cada um dos bancos: ('overactive bladder' OR 'detrusor hyperactivity') AND(PTNS OR tibial OR electrostimulation OR stimulation OR intracavitary OR TENS) AND(medical OR anticholinergic OR oxybutynin OR tolterodine OR solifenacin OR darifenacin OR trospium OR mirabegron) AND(randomized OR random* OR trial OR RCT). Os resultados foram triados de forma independente por dois autores e os estudos analisados de acordo com as intervenções utilizadas. O protocolo da revisão está disponível no banco de dados PROSPERO, sob o código CRD42014015470. Resultados: Foram encontrados 411 resultados. Após exclusão de referências duplicadas e estudos não elegíveis, foram incluídos 16 estudos. Foram estudados os ACsoxibutinina, tolterodina, tróspio e solifenacina, de forma comparativa à eletroestimulação funcional periférica (EF) - utilizando eletrodos pélvicos ou sondas vaginais - e à eletroestimulação do nervo tibial posterior (PTNS). A EF demonstrou eficácia equivalente aos fármacos, com maior tolerabilidade (6 estudos). A PTNS teve eficácia equivalente (5 estudos) ou superior (4 estudos) aos fármacos, com menos efeitos adversos e maior durabilidade da melhora nos desfechos estudados - houve manutenção da melhora após suspensão da PTNS, diferentemente do que se observou após uso de fármacos. Conclusão: a eletroestimulação perfiérica, em suas diferentes modalidades, é uma alternativa eficaz para o manejo da SBH, tanto de forma primária quanto para casos refratários à farmacoterapia. Observa-se que sua eficácia é equivalente, ou até mesmo superior aos fármacos (como observado para a PTNS), e que os benefícios dotratamento parecem se manter por períodos mais prolongados. Considerando que os efeitos adversos relacionados aos anticolinérgicos são causa frequente de abandono de tratamento, o uso de EF e PTNS ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA GERAL P-045 - RELAÇÃO ENTRE SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL E ALTERAÇÕES DO CONSUMO ALIMENTAR NAS FASES LÚTEA E FOLICULAR DO CICLO MENSTRUAL. CARIN WEIRICH GALLON; ALINE HENZ; CAROLINA LEÃO ODERICH; MAIARA CONZATTI; JULIANA R. S. DE CASTRO; CRISTIANE DE AGUIAR; MARIA CELESTE OSÓRIO WENDER. HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE/UFRGS. Introdução: o Ciclo Menstrual (CM) é caracterizado por mudanças rítmicas mensais nas taxas de secreção dos hormônios.Quando os sintomas são intensos, podem caracterizar a Síndrome pré - menstrual (SPM). Estas alterações hormonais podem induzir mudanças no consumo alimentar (CA). Objetivos: avaliar alterações do CA na fase lútea (FL) e fase folicular (FF) em mulheres com SPM. Métodos: idade entre 20 e 45 anos, saudáveis e com CM regular. Foram entrevistadas para a coleta de informações sobre variáveis demográficas e história reprodutiva. Foi aplicado o Prime MD (Avaliação de Distúrbios Mentais), para diagnóstico de depressão. Responderam o DRSP (Daily Record of Severity of Problems), por dois meses, para diagnóstico de SPM. Foram avaliados peso, estatura,CA (calorias, triptofano e macronutrientes) por meio de registros alimentares, três na FL e três na FF. O cálculo dos nutrientes foi feito com o Software Nutwin. Foram excluídas as que utilizassem anticoncepção hormonal, com IMC maior que 30kg/m² e com depressão. Para análise estatística das variáveis paramétricas foi utilizado o teste t pareado e as não paramétricas Wilcoxon. Resultados: Até o momento, foram avaliadas 37 mulheres. A média de idade foi de 36,33 ± 5,74 anos e de IMC foi de 23,39kg/m² ± 2,56. Houve uma diferença de ingestão calórica de 11,16% a mais na FL(p=0,08), assim como de todos os macronutrientes (CHO, PTN e LIP),com aumento de 6,94%, 8% e 14,14% respectivamente.Houve maior consumo de Triptofano nesta fase(p=0,056). O consumo máximo na FL foi de 4.915kcal, enquanto na FF o máximo chegou a 2.975kcal. Conclusões: Houve maior consumo de calorias,macronutrientes e Triptofano na FL.Evidências indicam que o balanço entre a ingestão e o gasto de energia é controlado por um complexo sistema biológico, comandado pelo sistema nervoso central, com alterações ligadas a reguladores da homeostase energética. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA GERAL P-046 - RELAÇÃO ENTRE SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL E ÁGUA CORPORAL TOTAL NAS FASES LÚTEA E FOLICULAR DO CICLO MENSTRUAL. CARIN WEIRICH GALLON; ALINE HENZ; CAROLINA ODERICH; MAIARA CONZATTI; JULIANA R. S. DE CASTRO; MARIA CELESTE OSÓRIO WENDER. HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE/UFRGS. Introdução: Cerca de 70% das mulheres possuem sintomas físicos e emocionais relacionados à Síndrome Pré-menstrual (SPM). Alguns fatores são descritos na etiopatogenia da SPM: hormonais, nutricionais, psicossociais e distúrbios afetivos. Além disso, uma queixa comum se refere ao edema. Objetivos: avaliar alterações da água corporal total (ACT) nas fases lútea (FL) e fase folicular (FF) do ciclo menstrual (CM) em mulheres com SPM. Métodos: mulheres entre 20 e 45 anos, saudáveis e com CM regular. Foram entrevistadas para a caracterização ecoleta de informações sobre variáveis demográficas e história reprodutiva. Aplicou-se inicialmente o Prime MD (Avaliação de Distúrbios Mentais para Atenção Primária), para excluir pacientes com depressão, também excluídas pacientes com anticoncepção hormonal contínua e com IMC ≥ 30kg/m². Responderam por dois meses o DRSP (Daily Recordof Severity of Problems), para diagnóstico de SPM. Foram avaliados dados antropométricos, para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Para avaliação dos fluídos corporais foi utilizada a Bioimpedância. A antropometria e Bioimpedância, foram realizados na FL e FF. Resultados: Foram avaliadas até o momento 40 mulheres. A idade média foi de 36,33 ± 5,74 anos. A média do IMC, foi 23,39kg/m² ± 2,56. Nos resultados da bioimpedância observou-se que a quantidade de ACT média foi de 52,06 % ± 3,57 na FL enquanto na FF foi de 50,64% ± 3,03. A maior variação foi de 3,8l entre as fases pré e pós menstrual. A ACT foi maior na FL em 70% dos casos. Conclusões: A quantidade de água corporal total foi maior na FL em relação a FF. Apesar de ser uma queixa comum, este sintoma muitas vezes é subestimado pelos profissionais de saúde. A causa ainda é controversa e as hipóteses variam desde alterações no metabolismo de eletrólitos e água, a ação mineralocorticóide da progesterona, alterações do estrogênio entre outros. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA GERAL P-047 - COLETOR MENSTRUAL: O CONHECIMENTO E A ADESÃO ENTRE ACADÊMICAS DA SAÚDE. ANA CAROLINA MONTES RIBEIRO; JAMILE MENEZES RIBEIRO; JOÃO VICTOR FURTADO PEIXOTO DE ALENCAR; CAMILA SAMPAIO NOGUEIRA; LUANA IBIAPINA MACHADO; AMANDA ZÉLIA DE SOUSA TAVARES; TAMIRES FERREIRA DO CARMO; MARIANA CIDADE AMANCIO; SIMONE JACQUELINE BARRETO SEMEDO; RAQUEL AUTRAN COELHO. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Objetivos: Avaliar a percepção e o conhecimento de uma população em relação ao uso do coletor menstrual. Metodologia: Esta é uma pesquisa transversal e descritiva. Os dados foram obtidos por questionário, com questões de múltipla escolha ou descritivas, aplicado em 50 mulheres, sendo a maioria entre 18 e 25 anos. Resultados: A taxa de conhecimento do coletor menstrual foi de 90%, entretanto 27,9% dessas referem conhecer mas faltar aprofundamento sobre o assunto. A maioria das informações que essas mulheres dizem ter advém de redes sociais (58%) e de amigos (24%). 92% das entrevistadas relatam nunca ter recebido orientações sobre o método pelo seu ginecologista. Quase 70% das entrevistadas referem não acreditar haver malefícios com o uso dos coletores. Já em relação aos benefícios, foram citados aspectos como sustentabilidade ambiental, praticidade, economia e autoconhecimento. Apenas 11,6% das mulheres relataram usar o referido método. Dessas, 60% dizem esvaziar o coletor 3 ou mais vezes por dia. Das entrevistadas, 31% relataram ter medo de vazamentos e 28%, de se machucar durante o uso dos coletores. Das usuárias, 60% definem o método como excelente. Do total de entrevistados 93,8% afirmam que gostariam de obter mais informações sobre o assunto para considerar o uso. Conclusão: Pode-se perceber que, apesar do grande grau de satisfação entre as usuárias, há pouca adesão ao uso dos coletores, o que se relaciona ao pouco conhecimento e pouca experiência das mulheres sobre esse método. Além disso, pode-se notar que os profissionais de saúde ainda não estão habituados a indicar ou contraindicar os coletores como opção no período menstrual às suas pacientes. Dessa forma, conclui-se que ainda há necessidade de maior esclarecimento das mulheres sobre o uso correto e as vantagens e desvantagens do referido método. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA GERAL P-048 - ANÁLISE DOS HÁBITOS DE HIGIENE ÍNTIMA NA ROTINA DE ESTUDANTES DE MEDICINA. GIZELLE MARIA MOISÉS MONTEIRO; TAMIRES FERREIRA DO CARMO; JOÃO VICTOR FURTADO PEIXOTO DE ALENCAR; ANA CAROLINA MONTES RIBEIRO; LUANA IBIAPINA MACHADO; AMANDA ZÉLIA DE SOUSA TAVARES; SILVANA LÍCIA NOGUEIRA MACHADO; CAMILA SAMPAIO NOGUEIRA; MARIANA CIDADE AMANCIO; RAQUEL AUTRAN COELHO. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Objetivos: Analisaros hábitos femininos em relação à higiene íntima.Identificar os diferentes aspectos da rotina das mulheres e relacioná-los com a frequência comque elas vão ao banheiro, que trocam os métodos usados no período da menstruação, entre outras questões. Metodologia: Estudo analítico descritivo, que analisou os hábitos e costumes de 54 estudantes de Medicinaquanto aos hábitos de higiene íntima diários tanto em casa como em outros ambientes. Formado por um questionário com 11 perguntas de múltipla escolha, sendo as respostas tabuladas em planilha Microsoft® Excel 2007. Resultados: Das 54 alunas questionadas, 85% responderam que passam mais de 12 horas fora de casa na maioria dos dias úteis; 74% responderam que vão ao banheiro três ou mais vezes ao dia; 90% responderam que a frequência que vão ao banheiro é maior quando estão em casa; 74% responderam que não trocam a roupa íntima sem antes tomar banho; Das que trocam a roupa íntima sem antes tomar banho, 53% trocam duas vezes por dia; 66% responderam que seus hábitos de higiene íntima mudam quando estão em casa; 75% responderam que trocam o método que usam quando estão menstruadas três vezes ao dia; 44% responderam que não usam papel higiênico após urinar.Das alunas que usam papel higiênico, 68% passam o papel na direção de frente para trás; 96% responderam que seus hábitos de higiene mudam no período da menstruação; 88% responderamque utilizam como método o absorvente externo. Conclusões: A genitália feminina possui aspectos singulares de flora, pH e anatomia que, somados aos hábitos atuais da mulher moderna, dificultam a manutenção adequada da sua homeostase. Logo,percebeu-se que as estudantes passam muitas horas fora de suas casas e essa atitude tem modificado os seus hábitos de higiene íntima. Contudo, muitas respostas mostraram que não existe uma compreensão geral sobre as maneiras corretas de manter essa higiene. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA GERAL P-049 - SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL COMO FATOR PREDITOR DE PÓLIPOS ENDOMETRIAIS HIPERPLÁSICOS NA PRÉ E PÓS-MENOPAUSA. ABDALLA DIB CHACUR; AMANDA MILANEZI RAMON; MARCELA TASCA BARROS. HOSPITAL ESCOLA ÁLVARO ALVIM. Objetivos: O objetivo deste estudo é avaliar se o sangramento uterino anormal (SUA) pode ser utilizado como critério de triagem para a indicação da ressecção de pólipos endometriais. Metodologia: Foram avaliadas 149 mulheres submetidas à ressecção histeroscópica de pólipos endometriais, tanto na pré e quanto na pós-menopausa. Considerou-se SUA no menacme a ocorrência de hipermenorréia ou metrorragia e na pós-menopausa, qualquer perda sanguínea após os 45 anos e um ano de amenorréia espontânea. Para efeito deste estudo, os resultados histopatológicos foram agrupados em pólipos sem hiperplasia e pólipos com alterações hiperplásicas, típicas ou atípicas. Foram verificados os valores preditivos positivos (VPP) e negativos (VPN) de SUA para pólipos com hiperplasias, tanto na pré quanto na pós-menopausa. Resultados: Do total dos casos analisados, 64 pacientes estavam na pré e 85 na pós-menopausa. O VPN de SUA para pólipos com hiperplasias foi respectivamente de 94,13% e 66,20%, enquanto o VPP foi de 8,51% e 50%. Conclusão: Na triagem para diferenciar pacientes que devem ser submetidas à ressecção histeroscópica daquelas para as quais esse procedimento cirúrgico pode ser prescindido, a ausência de SUA é critério clínico mais fidedigno no menacme, enquanto na pós-menopausa a presença de SUA prediz mais fortemente a ocorrência de pólipos hiperplásicos. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA GERAL P-050 - LEIOMIOMA UTERINO EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE DOIS CASOS. ISABELLA NAOMI FURUIE; ISABELA BOTELHO MACIEL BUENO; ADHARA THAÍS MORAES; CLEVERTON SPAUTZ; JAIME KULAK. UFPR. Introdução: Os leiomiomas uterinos são os tumores benignos mais frequentes no sistema reprodutor feminino, presente em até 80% das mulheres em idade reprodutiva. Geralmente são detectados entre os 30 e 40 anos, relativamente raros em mulheres jovens e na pós-menopausa. De acordo com dados da literatura, a paciente mais jovem com lesão miomatosa apresentava 19 anos, e a mais idosa, 71 anos. A modificação sarcomatosa é rara, ocorrendo em menos de 0,1% dos casos. Cerca de 30 a 50% dos casos são assintomáticos. Nos demais casos, os sintomas mais comuns são as alterações menstruais, dor abdominal e os sintomas de compressão, e ainda, pode apresentar sintomas urinários ou constipação. Quanto à etiologia acredita-se na origem clonal decorrente de uma mutação somática. Alguns fatores de risco já identificados incluem menarca precoce, obesidade, nuliparidade e raça negra. Relato de caso 1: LM, 27 anos, feminino, solteira, nulípara. Interna em fevereiro/2014, aos 25 anos, por quadro de sangramento via vaginal importante e dismenorreia, necessitando de transfusão. Apresentava ultrassonografia externa com vários nódulos miomatosos e vol. uterino de 364cm cúbicos. Durante acompanhamento fez uso de anticoncepcionais combinados, isolados, análogo do GnRh, sem sucesso. Realizou miomectomia via histeroscopia em ago/2014, abril/2016 e maio/2016. Relato caso 2: RB, 17 anos, feminino, solteira, nulípara. Encaminhada ao serviço aos 15 anos (março/2014), por queixa de dor pélvica crônica e dismenorreia, com ultrassonografia de novembro/2013 apresentando mioma intramural volumoso. Paciente manteve acompanhamento clínico ambulatorial, com ecografias seriadas, sendo optado pelo tratamento medicamentoso com desogestrel, sem abordagem cirúrgica. Em USTV apresenta volume uterino de 963 cm cúbicos. Comentários: Este trabalho aborda dois casos raros de miomatose em pacientes jovens e nulíparas, com grande volume uterino, múltiplas lesões e diversos sintomas de difícil controle com tratamento medicamentoso. Em virtude ao desejo de gestação, foi elegido uma conduta conservadora nos casos. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA GERAL P-051 - RELATO DE CASO: SARCOMA DO ESTROMA ENDOMETRIAL DE BAIXO GRAU: UM ACHADO OCASIONAL. AMANDA CLAUDIA PITUCO; MARCELINO ESPIRITO HOFMEISTER POLI; ROCHELLE AFFONSO MARQUETTO. HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUC. Introdução: O sarcoma do estroma endometrial de baixo grau (SEE) é raro, correspondendo a 2% de todas as neoplasias malignas uterinas. Em geral são tumores de crescimento lento, com curso clínico indolente, mas com altas taxas de recidivas, muitas vezes tardias. Suspeita-se clinicamente de sarcoma em casos de crescimento rápido, sangramento e invasão de estruturas adjacentes. Um caso com diagnóstico ocasional de SEE após histerectomia subtotal realizada por miomatose e sangramento uterino anormal é apresentdo. Relato de Caso: Mulher, 45 anos, iniciou acompanhamento no serviço de ginecologia, no ano de 2012, devido a menometrorragia e presença de pólipos uterinos. Foi realizada histeroscopia cirúrgica, com exérese do pólipo. O exame anatomopatológico mostrou pólipo hiperplásico. A paciente procurou novamente o serviço, em 2016, com menometrorragia. A ecografia mostrou: útero de volume 428 cm3, miométrio de aspecto heterogêneo, mioma intramural, em parede posterior, medindo 6,2 x 5,63cm, que provoca pequeno deslocamento do eco endometrial. Em ecografia 04/04/16: útero de volume 674cm3, miométrio de aspecto heterogêneo, mioma intramural em parede posterior com 95mm de diâmetro. A amostra endométrial, por meio de cureta de Novak, revelou endometrio secretor. Realizada histerectomia abdominal subtotal. O exame da peça mostrou: Neoplasia mesenquimal atípica com bordas irregulares do corpo uterino, medindo 6,2cm no maior eixo, com margens livres. Imunohistoquímica compatível com sarcoma do estroma endometrial de baixo grau. Discussão: A revisão da literatura, com base em Pubmed, Medline e Uptodate revela ser comum o achado ocasional em exame de peças de histerectomia por miomatose. O tratamento padrão descrito é a histerectomia total com anexectomia bilateral. O SEE tem receptores hormonais e são sensíveis à ação de estrogênio e progesterona. O benefício da linfadenectomia pélvica continua controverso, assim como o tratamento complementar com quimioterapia e radioterapia. A preservação ovariana pode ser discutida em casos reservados, com intuito de preservação da função endocrina dessas pacientes. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA INFANTO-PUBERAL P-052 - SANGRAMENTO VAGINAL EM LACTENTE DEVIDO A TUMOR DE SEIO ENDODÉRMICO METASTÁTICO: RELATO DE CASO. NOADJA TAVARES DE FRANÇA; LILIANE DIEFENTHAELER HERTER; SONIA MARIA FIOR; LUCIANA TOMKOWSKI CANCIAN. ISCMPA; UFCSPA. Introdução: Tumores do seio endodérmico são neoplasias malignas de células germinativas pouco frequentes. Descrição do Caso: Criança de 11 meses levada em consulta ginecológica devido a sangramento vaginal desde os 6 meses de vida. Trazia ecografia pélvica abdominal com útero 35,7 cm3 e conteúdo endometrial heterogêneo a esclarecer. Ao exame físico apresentava sangramento vaginal ativo em moderada quantidade. Vaginoscopia identificou lesão expansiva que atingia terço médio da vagina. A biópsia revelou ser um tumor de seio endodérmico. Alfa fetoproteína (AFP) = 28.053 ng/ml. A tomografia demonstrou metástases pulmonares e hepáticas. Iniciado protocolo brasileiro de quimioterapia para tumores de células germinativas (5 ciclos de ifosfamida + cisplatina + etoposídeo). Houve redução progressiva do sangramento vaginal e redução importante da AFP. A tomografia após 2 meses de tratamento demonstrou regressão completa das metástases pulmonares e hepáticas e importante redução da lesão expansiva vaginal. Observou-se, no entanto, linfonodomegalia isquio-retal. Exames inalterados após 6 meses. Atualmente em acompanhamento com marcadores tumorais semanais. O plano é realizar videolaparoscopia para abordagem de linfonodomegalia e discutir necessidade de mudança de esquema quimioterápico. Comentários: Tumores do seio endodérmico são raros (3% de todos os cânceres pediátricos). Acometem preferencialmente crianças menores de 2 anos e adolescentes maiores de 14. A AFP é um marcador pouco sensível, porém bastante específico no diagnóstico. É útil também no segmento e detecção de recidiva. Imunoistoquímica pode ser útil no diagnóstico diferencial. Em crianças, cerca de dois terços dos tumores germinativos são extragonadais e a região mais acometida é a sacrococcígea. As regiões menos afetadas incluem mediastino, retroperitônio, vagina e sela túrcica. Apresentam alta quimiossensibilidade e melhora na sobrevida após introdução dos novos regimes a base de de derivados da platina. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA INFANTO-PUBERAL P-053 - RELATO DE CASO – FENÓTIPO E CARIÓTIPO DISCORDANTE - UM CASO DE AMENORREIA PRIMÁRIA. VIVIANE CRISTINE PISSETTI; DJULIE ANNE DE LEMOS ZANATTA; JÚLIA DE MELO KONESKI; ANDRESSA CAROLINE CARDOSO DE CAMPOS; GISELE ROZONE DE LUCA; RODRIGO DIAS NUNES. HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ – HMG; UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA; HOSPITAL INFANTIL JOANA DE GUSMÃO. Introdução: A amenorreia primária deve ser investigada a partir dos 14 anos na ausência de caracteres sexuais secundários e a partir dos 16 anos na presença destes. Entre as causas de amenorreia primária existem condições onde há alterações cromossômicas, que embora raras, podem-se evidenciar genótipo e fenótipo discordantes. Relato do caso: Relato de paciente feminina, 19 anos, nulípara, que buscou ambulatório com quadro de amenorreia primária. Não apresenta história familiar de alterações genéticas, mas seus pais são consanguíneos. Ao exame físico 1,87m de altura, calçando sapato número 44, ausência de caracteres sexuais secundários, estágio de Tanner M1P1, vagina com 8cm de comprimento e hímen íntegro. As dosagens hormonais apresentaram FSH elevado e progesterona no limite inferior da normalidade. O USG de abdome total evidenciou discreto aumento da suprarrenal esquerda, e USG pélvico suprapúbico evidenciou genitália interna feminina e ausência de gônadas; a TC de pelve obteve os mesmo achados. Posteriormente, teste genético demonstrou cariótipo 46XY. O próximo passo para elucidação diagnóstica foi a realização de novo cariótipo estendido para 100 células, SRY por PCR e FISH - cujos resultados ainda não foram disponibilizados, além de programação de possível procedimento cirúrgico para ressecção das gônadas. Comentários: Para investigação de amenorreia, o exame físico é de suma importância para o diagnóstico diferencial; atraso puberal, altura acima ou abaixo do esperado, comprimento vaginal, presença de massas inguinais palpáveis entre outros, podem orientar a investigação. Na ausência de outras causas evidenciadas nos exames iniciais, deve-se considerar a realização de cariótipo. Na evidência de cariótipo XY, a procura ativa de testículos deve ser realizada devido a necessidade de ressecção por chance aumentada de malignidade, e um exame com laudo negativo não deve cessar a busca. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS GINECOLOGIA INFANTO-PUBERAL P-054 - SÍNDROME DE HERLYN-WERNER-WUNDERLICH – DIAGNÓSTICO APÓS MENARCA. UM RELATO DE CASO. MAYARA CAPUCHO RIBEIRO; ALESSANDRO KENJI YASSUE; CLAUDIA SANTOS OLIVEIRA; DAYANNE PATRICIA VICENTIN; IONARA DINIZ EVANGELISTA SANTOS BARCELOS; LUIZA HAYAKO HIRATA TAKIZAWA; MAIARA HELEN MITSUE INABA; RODRIGO MANIERI ROCHA. HUOP; UNIOESTE. Introdução: Variante rara entre as malformações Mullerianas, a Síndrome de Herlen – Werner – Wunderlich (SHWW), caracteriza-se por agenesia renal unilateral, útero didelfo e septo hemivaginal. O diagnóstico ocorre durante a menarca, sendo uma patologia silenciosa na infância. São comuns queixas menstruais - como amenorreia primária, dor pélvica e abdominal cíclicas. O quadro álgico ocorre por represamento sanguíneo durante o ciclo menstrual, formando hematocolpos e hematométrios. Em alguns casos a presença de um colo pérvio retarda o diagnóstico, pois a paciente menstrua normalmente. Descrição do caso: O.E.N.G., 13 anos, virgem, menarca aos 12 anos de idade. Deu entrada no pronto-socorro com queixa de dor pélvica cíclica, localizada em fossa ilíaca e flanco esquerdos, associada à disúria, de início há 3 meses. Ao exame físico: dor à palpação profunda em fossa ilíaca e flanco esquerdo, sem massas palpáveis e sem sinais de peritonite. À inspeção vaginal: ausência de anormalidades morfológicas, hímen íntegro. Ecografia abdominal demonstrou sinais sugestivos de hematocolpo e salpingite esquerda, com visualização de útero didelfo. Tomografia computadorizada da pelve evidenciou hidrometrocolpo, hidrossalpinge à esquerda, ureterocele à esquerda e rim único direito. A paciente foi submetida à videolaparoscopia diagnóstica, com ooforectomia e salpingectomia esquerda, por presença de abcesso tubo ovariano. No mesmo momento operatório foi realizada intervenção cirúrgica vaginal (com consentimento da paciente e responsável) - traqueloplastia em colo uterino posterior, produzindo conduto cervical. Evidenciado colo uterino anterior pérvio. Todo material foi encaminhado para exame anatomopatológico. A paciente segue em acompanhamento em nosso ambulatório, no momento com ciclos menstruais regulares, sem necessidade de outras intervenções. Comentários: O diagnóstico tardio pode acarretar complicações irreparáveis para mulheres portadoras da SHWW, incluindo coexistência de endometriose (por sangramento volumoso retrógrado) e infertilidade. O tratamento cirúrgico visa proporcionar vida comum às portadoras da SHWW, com diminuição dos quadros álgicos e infecciosos, e preservação da fertilidade. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS MASTOLOGIA P-055 - HEPATECTOMIA PARA METÁSTASES HEPÁTICAS DE CÂNCER DE MAMA: RELATO DE CASO. MARIA EDUARDA CRISTINA TEIXEIRA JORDÃO; INDIRA BARCOS BALBINO; DOUGLAS JUN KAMEI; AMANDA KOZESINSKI; FELIPE NAKATANI; PAULA HITOMI SAKIYAMA; RICARDO AUGUSTO EINECK AURICHIO; DANILA PINHEIRO HUBIE. HOSPITAL SANTA CASA DE CURITIBA; PUC-PR. Introdução: No Brasil, estimam-se para o ano de 2016 58 mil novos casos de câncer de mama e 14 mil mortes pela doença. Aproximadamente 50% das mulheres diagnosticadas desenvolvem metastática hepática de câncer de mama (MHCM). Descrição do Caso: Mulher, 45 anos, apresentava em mama direita lesão palpável de 10mm em junção dos quadrantes externos com linfonodomegalias palpáveis em cadeias linfáticas. A mamografia apresentava lesão em mama direita e a ultrassonografia indicava nódulo de margens anguladas com calcificações internas e sombra acústica posterior, associado à linfonodomegalia axilar, ambas compatíveis com BI-RADS 4. No core biopsy verificou-se a presença de carcinoma ductal invasivo. Foi iniciado tratamento quimioterápico neoadjuvante com Paclitaxel. Com a diminuição do tamanho tumoral, realizou-se a mastectomia radical com esvaziamento axilar. O anatomopatológico confirmou o diagnóstico, com margens cirúrgicas livres de comprometimento neoplásico, assim como o produto do esvaziamento axilar. Durante acompanhamento, verificou-se metástase à tomografia, que demonstrou múltiplas imagens nodulares hepáticas em ambos os lobos. Foi optado pela hepatectomia parcial esquerda com ressecção dos implantes metastáticos presentes em segmentos 2 e 3. O caráter neoplásico foi confirmado pelo estudo anatomopatológico, sendo compatível com o sítio primário mamário do tumor. Comentários: Atualmente os tratamentos disponíveis para pacientes com MHCM têm se limitado à quimioterapia e hormonioterapia com finalidades paliativas e baixas taxas de sobrevida. Como tratamento alternativo está a abordagem cirúrgica das MHCM. A ressecção pode ser considerada como tratamento adjuvante à terapêutica sistêmica em pacientes selecionadas, com possibilidade da ressecção completa da lesão, sem metástases extrahepáticas, com baixo risco cirúrgico e sem falha quimioterápica. Os benefícios clínicos da abordagem cirúrgica ainda não são amplamente reconhecidos. Por outro lado, o tratamento não cirúrgico não apresentou resultados favoráveis e acrescentou sobrevida apenas em alguns meses. Dessa maneira, faz-se necessário o estabelecimento do impacto positivo da hepatectomia na sobrevida dessas pacientes. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS MASTOLOGIA P-056 - RELATO DE CASO – NEOPLASIA PRIMÁRIA DE MAMA E PULMÃO. VIVIANE CRISTINE PISSETTI; DJULIE ANNE DE LEMOS ZANATTA; JÚLIA DE MELO KONESKI; RODRIGO DIAS NUNES; ADRIANA MAGALHÃES DE OLIVEIRA FREITAS. HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ – HMG; UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA. Introdução: O diagnóstico de câncer pulmonar concomitante ao câncer em outro órgão, como a mama, nem sempre é metastático. Descrição do caso: Relato de paciente feminina, 35 anos, branca, G1P1, diagnosticada com câncer primário de mama e, posteriormente, câncer primário de pulmão, sem história familiar positiva. Investigação inicial com exame físico, ultrassonografia e mamografia apresentaram resultados benignos (BI-RADS: 2). Novo ultrassom evidenciou dois nódulos sólidos em mama direita, em quadrante inferior externo e inferior interno medindo 0,7x0,5x0,6 cm e 0,6x0,2x0,5 cm, respectivamente (BI-RADS: 3). Foi realizada biópsia aspirativa por agulha fina guiada por ultrassonografia em três nódulos no quadrante inferior externo da mama direita, com resultado de carcinoma ductal invasivo (CDI). A ressonância magnética evidenciou extensa lesão no quadrante inferior externo da mama direita, prolongando-se até a linha média, com sinais de acometimento intraductal areolar. Foi realizada mastectomia total bilateral; com confirmação anatomopatológica de carcinoma ductal invasivo micropapilar e imunohistoquímica com HER-2 positivo. Após a cirurgia, a paciente foi submetida à radioterapia e realizada tomografia computadorizada, demonstrando pequeno nódulo sólido de 0,9 cm em segmento superior do lobo inferior do pulmão direito; a mesma foi encaminhada para segmentectomia pulmonar, evidenciando-se, ao exame anatomopatológivo, uma hiperplasia adenomatosa atípica e imunohistoquímica com positividade de CK7 e TTF-1, firmando o diagnóstico de adenocarcinoma primário de pulmão. Comentários: O câncer de mama é a principal causa de mortalidade em mulheres e de acordo com estatísticas do INCA, no Brasil, a taxa de mortalidade é 12,3 por 100.000 mulheres. De acordo com o College of American Pathologists, o CDI representa 65-85% das neoplasias invasivas de mama. Há estudos mostrando aumento do risco de câncer pulmonar em mulheres que receberam radioterapia pós-operatória para o câncer de mama; portanto nódulos no pulmão encontrados em pacientes submetidas à mastectomia nem sempre são metástases do carcinoma mamário. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS MASTOLOGIA P-057 - CARCINOMA DUCTAL INVASIVO DE MAMA COM RÁPIDA EVOLUÇÃO: RELATO DE CASO. MARIA EDUARDA CRISTINA TEIXEIRA JORDÃO; DANILA PINHEIRO HUBIE; WESLEY JOSE TIMANA YOVERA; PAULA HITOMI SAKIYAMA; INDIRA BARCOS BALBINO; DOUGLAS JUN KAMEI. HOSPITAL SANTA CASA DE CURITIBA; PUC-PR. Introdução: Os carcinomas ductais in situ são precursores da maioria dos tipos de câncer de mama, porém são heterogêneos em relação à morfologia e risco de invasão. Descrição do Caso: Mulher, 61 anos, relatou nodulações em mama direita e axilar, com dois meses de evolução e crescimento progressivo. Apresentava nódulo de 1,5cm em mama direita, pouco móvel, endurecido, com hiperemia periareolar em quadrante súpero-lateral associado à linfonodomegalia. Antecedentes de menarca aos 11 e menopausa aos 45 anos, uso de pílula e tabagismo. Durante investigação, ao Core Biopsy verificou-se carcinoma ductal invasivo grau 3 nuclear. À mamografia observou-se nódulo de 1,5cm, espiculado, linfonodos axilares densos, compatível com BIRADS 5. Estadiamento clínico 3C (T4d, N3, MX). Foi iniciada quimioterapia neoadjuvante, porém houve ulceração sangrante de 7cm no centro da tumoração. Considerando-se a evolução clínica desfavorável e a não responsividade à quimioterapia optou-se pela abordagem cirúrgica. O tempo de evolução entre a primeira consulta e a cirurgia foi de apenas 4 meses. A paciente foi submetida à mastectomia radical com linfadenectomia axilar direita higiênica e retalho cutâneo abdominal. No pós-operatório apresentou má evolução com sepse de foco cutâneo, necrose no enxerto e óbito no décimo dia. O estudo histopatológico mostrou neoplasia maligna pouco diferenciada pleomórfica com diferenciação escamosa medindo 16cm. O painel imunohistoquímico indicou RP, RE e C-ERB-B2 negativos. Comentários: O carcinoma ductal in situ apresenta variável risco de invasão, além disso, metade das recidivas já ocorre na forma invasiva. O grau nuclear é o principal parâmetro para classificação do carcinoma in situ, associado ao tamanho e margens tumorais, porém não é considerado bom indicador do potencial invasivo tumoral. O caso mostrou-se relevante pela rápida evolução e agressividade do tumor. Uma das causas para o diagnóstico tardio é a ausência de assistência de saúde consistente com diagnóstico precoce pela mamografia de rastreamento. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS MASTOLOGIA P-058 - RELATO DE CASO DE MASTITE GRANULOMATOSA. HELIO RUBENS DE OLIVEIRA; LUCIANA MAESTRI KAROLESKI; ICARO MARCEL LOPES DE SOUZA; PATRICIA PACHECO CUNHA PEREIRA; LUIZA SVIESK SPRUNG. HOSPITAL SANTA CASA DE CURITIBA. Introdução: A mastite granulomatosa é uma doença inflamatória crônica benigna da mama, rara, de etiologia desconhecida, acometendo principalmente mulheres jovens com lactação recente. Caracteriza-se por area endurecida da mama, fixa, dolorosa, com espessamento cutâneo associado, fazendo diagnostico diferencial com carcinoma inflamatório. O diagnostico é de exclusao, através de exames de imagem (mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética), com confirmação com anatomopatológico O tratamento recomendado é a biópsia excisional e em casos de lesões extensas, o corticosteroide tem sido eficaz para controlar e prevenir recorrências. Descrição de caso: M.B.R., feminino, 35 anos, G2C1 (há 6 anos, amamentou 3 anos), proveniente de consultório ginecológico, apresentou mastalgia bilateral ha 8 meses com hiperemia recorrente e área endurecida extensa em quadrantes laterais da mama direita, com resposta parcial a antibioticoterapia. Na ressonância magnética em janeiro de 2016, realce segmentar nos quadrantes laterais da mama direita com ductos ectasiados (BIRADS 4B). Realizou então biopsia guiada por ultrassonografia, mostrando mastite crônica granulomatosa e aguda neutrofilica. Com diversas coleções compatíveis com abscessos a ultrassonografia em maio, foi submetida a fistulectomia com drenagem de abscesso, confirmando diagnostico de mastite crônica granulomatosa e aguda supurativa com pesquisa de fungos e BAAR negativas. Hoje em tratamento com corticoide 60mg/dia, com melhora do quadro clinico. Comentários: A mastite granulomatosa ainda constitui desafio para os mastologistas devido a sua recorrência e resolução lenta, com poucos casos descritos na literatura. A realização da biopsia para diagnostico diferencial com carcinoma inflamatório de mama é fundamental. Os estudos recentes orientam excisão cirúrgica completa da area afetada, porem, a corticoterapia está indicada nos casos de grande extensão, como encontrado nesta paciente. Em terapia com prednisona 60mg/dia, com plano de permanecer 60 dias com desmame, a paciente possui ainda a opção de tratamento com imunosupressores (metotrexate e azatioprina) no caso de resistência ao corticoide como descrito na literatura. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS MASTOLOGIA P-059 - RELATO DE CASO: CARCINOMA PAPILÍFERO ENCAPSULADO DE MAMA. HÉLIO RUBENS DE OLIVEIRA; LUIZA SVIESK SPRUNG; LUCIANA MAESTRI KAROLESKI; FERNANDA GABRIELA MENDES; JOÃO ABELHA ESTEVAM; CAROLINE POPIA FRANÇA. SANTA CASA DE CURITIBA. Introdução: O carcinoma papilífero encapsulado apresenta estrutura papilar, perfil tipicamente luminal e aspecto celular maligno. O diagnóstico é feito com mamografia (MMG) e ultrassonografia (USG) de mamas, associado à punção aspirativa (PAAF). Apesar de raro, a terapêutica deve ser baseada no comportamento biológico e inclui ressecção cirúrgica e radioterapia e/ou quimioterapia adjuvante. O prognóstico é excelente, com exceção das lesões com maior grau de atipia celular. Descrição de caso: M.I.E., 44 anos, casada, GIIPICI, comparece em ambulatório de mastologia (maio/2015) com queixa de nódulo na mama esquerda há 8 anos, 3 cm e, há 6 meses, fluxo papilar espontâneo escuro. Em agosto/2006, apresentou laudo de exame citopatológico de secreção de mama esquerda negativo para malignidade e, em 2011, MMG, USG e PAAF de mama esquerda, sendo BIRADS 0 (nódulo de 22mm), BIRADS IV (cisto septado com conteúdo sólido) e negativo para malignidade, respectivamente. Em 2014, MMG e USG de mama esquerda BIRADS IV, por nódulo suspeito para papilloma. Ao exame físico, nódulo palpável na mama esquerda, com 2cm, na união dos quadrantes mediais, superfície irregular, consistência fibroelástica, móvel e não aderido, indolor, fluxo papilar amarronado, líquido e espontâneo. Indicou-se setorectomia de mama esquerda em junho/2015. O anatomopatológico e estudo imunoistoquímico evidenciaram carcinoma papilífero encapsulado com expressão de receptores hormonais, ki67 8% e sem sinais de invasão estromal. Realizou radioterapia e, atualmente, encontra-se em uso de tamoxifeno. Comentários: O carcinoma papilífero encapsulado é raro e pode ser assintomático ou manifestar-se como massa palpável ou fluxo papilar sanguinolento. À mamografia é visto como nódulo e ao USG cisto com massa papilífera projetando para o lúmen. Esse tipo de carcinoma possui crescimento lento e excelente prognóstico. A setorectomia seguida por radioterapia e terapia hormonal é o padrão de tratamento. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS MEDICINA FETAL P-060 - RCIU EM GESTANTE COM HIPOTIREOIDISMO PÓS RADIAÇÃO: UM RELATO DE CASO. FERNANDA SCHIER; ALINE OKIPNEY; FERNANDA SPAGNUOLO; IGOR KOS; INGRID THIEL; JOAO VICTOR ASSEF; JULIA LEITAO; LENIRA SENESI. UFPR. Introdução: A restrição do crescimento intra-uterino (RCIU) é uma alteração do crescimento fetal que resulta em baixo peso ao nascer e está relacionada a altos índices de morbi-mortalidade no período perinatal e na infância. Dentre as principais causas, destacam-se as fetais (síndromes genéticas e cromossomopatias), placentárias, maternas (síndromes hipertensivas, desnutrição) e ambientais (drogadição). O relato a seguir apresenta um caso de RCIU na ausência dos fatores de risco clássicos. Descrição: K.R, primigesta, 20 anos. Encaminhada ao pré-natal de alto risco por hipotireoidismo (uso de levotiroxina 175mcg) após radiação com iodo em 2014 por Doença de Graves (DG). A ultrassonografia morfológica realizada em 16/06 indicava gestação de 23semanas+2dias, estimando 9º percentil de peso (442g). Na rotina pré-natal, nova ecografia (28/07) mostrou feto no p3 de peso (903g) com dopplerfluxometria normal. Realizou-se internamento para monitorização e investigação após nova ecografia demonstrar índice de resistência umbilical/cerebral de 0,94. A paciente se manteve estável, apresentando boa movimentação fetal e cardiotocografias diárias categoria1. Ecografia de controle do dia 08/08 demonstrou um feto com 1035g (<p1) e centralização hemodinâmica (IRAU 0,86/ diástole positiva), mas foi optado por conduta expectante dado a boa movimentação fetal. No dia 13/08 (31+3semanas) foi detectada piora nos parâmetros cardiotocográficos (categoria3 – taquicardia fetal sustentada, padrão comprimido não reativo), indicando parto cesariana. O feto nasceu vivo, masculino, apgar 3/7, 1180g, sem indícios de alterações genéticas e seguiu sob cuidados da neonatologia. A placenta foi dequitada completamente, com aparência macroscópica normal, enviada para anatomia patológica. Comentários: A grande maioria dos fatores de risco clássicos para RCIU foram descartados pela rotina clínica. Dentre outras hipóteses aventadas, não podem ser descartadas infecções menos comuns, outros fatores placentários, ou ainda condições de curso subclínico, como doenças auto-imunes (histórico DG), restando ainda a indagação sobre a influência da radiação prévia na etiologia da RCIU. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS MORTALIDADE MATERNA P-061 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE MATERNA E TARDIA NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA – PR. JULIANA FERREIRA LEAL; CAROLINY STOCCO; JOELMA BARSZCZ. UEPG; PREFEITURA MUNICIPAL DA PONTA GROSSA. Introdução: A mortalidade materna está diretamente ligada ao nível de desenvolvimento de um país, atingindo fundamentalmente as mulheres de baixo poder aquisitivo e baixa escolaridade, sendo ela um indicador da realidade social da população. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico da mortalidade materna e tardia no município de Ponta Grossa - PR em um período de 10 anos. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, com análise de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, sobre os óbitos maternos e tardios ocorridos em mulheres residentes no município de Ponta Grossa – PR, entre os anos de 2006 a 2015. As variáveis selecionadas foram: faixa etária, raça/cor, estado civil, escolaridade, ocupação e causa básica do óbito. Resultados: A amostra foi composta por 40 óbitos, sendo 27,50% (n=11) óbitos ocorrido durante o período de gestação, parto ou aborto, 52,50% (n=21) no puerpério até 42 dias após o parto e 20% (n=8) de óbitos maternos tardios, entre 42 dias a 1 ano após o parto. A faixa etária predominante foi entre 20 e 29 anos e 30 e 39 anos, atingindo 40% (n=16) em cada faixa, seguida da faixa de 15 a 19 anos com 10% (n=4) dos óbitos. Quanto às demais variáveis, 85% (n=34) eram brancas, 50% (n=20) eram solteiras, 37,50% (n=15) com escolaridade entre 8 a 11 anos e 62,50% (n=25) eram donas de casa. A principal causa básica de mortalidade foi “Outras doenças da mãe, classificadas em outra parte, mas que complicam a gravidez o parto e o puerpério” com 17,50% (n=7), seguida por “Hemorragia pós-parto” com 12,50% (n=5). Conclusão: conhecer o cenário que permeia o óbito materno no município poderá servir de auxílio para ações mais efetivas na atenção a essa parcela da população e fundamentar estratégias que venham ao encontro da política preconizada pelo Ministério da Saúde. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS MORTALIDADE MATERNA P-062 - CESARIANAS E MORTALIDADE MATERNA EM UMA MATERNIDADE DE ALTO RISCO. CARLOS ROBERTO DE RESENDE MIRANDA; INACIO TERUO INOUE; DOUGLAS MANUEL CARRAPEIRO PRINA; JOÃO PAULO MAXIMIANO FAVORETO; KLEBER RODRIGUES E SILVA. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. Objetivos: A partir da hipótese de que um maior número de cesarianas levaria a uma menor mortalidade materna, analisamos a taxa de cesarianas correlacionando com a mortalidade no ambiente da maternidade de alto risco do Hospital Universitário do Norte do Paraná (HURNP). Metodologia: Revisão de 22.013 prontuários de mulheres que deram à luz entre 1995 e 2015 no HURNP. Foi analisada a variação da taxa das vias de parto e a mortalidade materna. Resultados: Houve um aumento significativo nas taxas de cesariana, que saltaram de 33,5% em 1995 para 69% em 2015. Nestes 21 anos 46 mulheres morreram, ou seja, 20,8 mulheres a cada 10.000. No entanto, a mortalidade não diminuiu e de fato aumentou no período estudado. Conclusões: O expressivo aumento das taxas de cesarianas não resultaram na diminuição da mortalidade materna, pelo contrário. Não podemos no entanto, atribuir à prática da cesariana o aumento na mortalidade materna. O desafio agora é diminuir a taxa de cesarianas e mortalidade materna simultaneamente. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS MORTALIDADE MATERNA P-063 - A MORTALIDADE MATERNA E O TIPO DE PARTO – UMA ANÁLISE SOCIAL E EPIDEMIOLÓGICA. JULIANA PONTES AMARAL; LARA COSTA KEVORKIAN; MARIANNA DE AZEVEDO DE YPARRAGUIRRE SPÍNOLA; ANA CRISTINA DE LIMA PIMENTEL. FACULDADE DE MEDICINA DE PETRÓPOLIS. Objetivo: Verificar a relação entre mortalidade materna, tipo de parto realizado e rede de assistência à saúde, no Brasil e Unidades da Federação, em 2013. Metodologia: Quantitativa através do recolhimento de dados na plataforma DATASUS e sua posterior análise qualitativa. Resultados: Verificou-se que os estados com as menores taxas de mortalidade materna possuíam maiores taxas de cesáreas e menores taxas de parto vaginal. Já nos estados com as maiores taxas de mortalidade materna, pode-se perceber uma maior variação na quantidade de partos vaginais e de cesarianas, não sendo observado portanto um padrão. Também foi constatado que os estados com as maiores taxas de mortalidade materna, em geral, possuíam uma cobertura insuficiente das equipes de atenção básica e, também, uma deficitária assistência ao pré-natal. Conclusão: No Brasil, ao contrário do que estudos indicam, altas taxas de mortalidade materna não estão necessariamente ligadas a maiores taxas de cesáreas, indicando que outros fatores estão relacionados aos índices encontrados, como escolaridade, raça e qualidade de serviços de saúde locais, evidenciando, dessa forma, a complexidade desse indicador, cujas variáveis estão profundamente ligadas à gestação e à forma de nascer. Ainda assim, isso não significa que a mortalidade materna não esteja relacionada ao tipo de parto, apenas que estudos qualitativos a respeito da prática de cada um deles devem ser considerados nessa análise. Sendo assim, ao contrário do que se esperava, não é suficiente analisar apenas quantitativamente o tipo de parto para uma discussão a respeito da mortalidade materna no Brasil. Precisamos esclarecer as práticas relacionadas a cada um deles para compreender suas relações com a mortalidade materna. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS NEOPLASIAS NO CICLO GRAVÍDICO-PUERPERAL P-064 - GESTAÇÃO MOLAR ECTÓPICA: RELATO DE CASO. DANILO MARTINS RAHAL; CARLA REGINA BATIUK SCHAMNE; LEONARDO PAESE NISSEN; JESSICA MARIA CAMARGO BORBA; FERNANDA AGUIAR GONÇALVES. HC – UFPR. Introdução: gestação molar ectópica é uma situação rara. Entre todas as gestações, 1% a 2% são ectópicas enquanto a gestação molar (seja parcial ou completa) atinge entre 1/500 e 1/1.000. A incidência das duas situações simultâneas fica entre 1/10.000 e 1/200.000. Descrição do caso: paciente feminina, 27 anos, G2A1, idade gestacional de 13 semanas e 6 dias, previamente hígida, encaminhada por dor abdominal intensa há um dia, associada à atraso menstrual e sangramento vaginal em pequena quantidade, com Beta-HCG positivo (1.088) e ultrassonografia demonstrando imagem de formação heterogênea, irregular, medindo 67x33x67mm (80cm³) em topografia retroureina a esquerda. Ao exame, sem sintomas de instabilidade hemodinâmica, ausência de sinais de peritonite e pequena quantidade de sangue coletado em cavidade vaginal. Submetida a laparotomia exploradora com moderada quantidade de sangue em cavidade e tuba esquerda íntegra, sendo realizado salpingectomia. A avaliação anátomo-patológica complementada com imunohistoquímica diagnosticou pelo quadro histológico e perfil imunohistoquímico doença trofoblástica gestacional, não sendo possível diferenciar sítio de implantação gestacional exuberante de coriocarcinoma precoce. Paciente apresentou boa recuperação cirúrgica, sendo então acompanhada via ambulatorial clinicamente e com exames laboratoriais sem alterações e beta-HCG negativo dois meses após a cirurgia. Comentários: gestações ectópicas molares são combinações raras, tendo em torno de apenas 132 casos relatados. O seguimento ambulatorial de gestação molar é imperativo para o adequado seguimento e avaliação de necessidade quimioterápica. Esse caso demonstra a importância de análise histopatológica de gestações ectópicas para o adequado seguimento afim de evitar a doença trofoblástica invasora. Além de salientar a possibilidade de gestação molar em sítios extra uterinos. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OBSTETRÍCIA GERAL P-065 - ANÁLISE DOS DESFECHOS DE SOBREPESO E OBESIDADE PRÉ-GESTACIONAIS EM PACIENTES DE UM HOSPITAL DO SUL DE SANTA CATARINA. ALINE GOETTEN; MARCELO DEXHEIMER; DANIELA QUEDI WILLIG. UNISUL-TUBARÃO, SC. Objetivo: analisar os desfechos obstétricos de mulheres com sobrepeso e obesidade pré-gestacionais atendidas em um hospital no Sul de Santa Catarina. Métodos: Estudo observacional com delineamento transversal, que incluiu 833 puérperas internadas no alojamento conjunto (maternidade) de um hospital no Sul de Santa Catarina. As informações foram coletadas em prontuários, carteira de pré-natal e entrevista através de um questionário formado por questões relacionadas aos dados sócio demográficos, estado antropométrico materno (IMC pré-gestacional, ganho de peso gestacional) história obstétricas (tipo de parto, idade gestacional, ocorrência de doenças durante a gestação) e peso do recém-nascido. Resultados: 360 (43,44%) puérperas encontravam-se em sobrepeso/obesidade pré- gestacional. Houve associação do ganho de peso inadequado e sobrepeso/obesidade (RP 1,20; IC95%;1,08-1,34; p=0,001). Observou-se que quanto maior o IMC maior chance de parto cesáreo (RP 1,17; IC95%; 1,06-1,30; p=0,002). Houve associação de sobrepeso/obesidade com Doença hipertensiva específica da gestação (RP 2,67; IC95%; 1,71-4,190; p=0,000), Diabete gestacional (RP 2,56; IC95%; 1,54-4,26; p=0,000), anemia (RP 1,65; IC95%; 1,23-2,20; p=0,001) e macrossomia (RP:2,37; IC95% 1,28-4,38; p=0,005). Quando comparado IMC pré-gestacional com parto prematuro não ocorreu diferença significativa. Conclusões: A prevalência de sobrepeso/obesidade pré-gestacional foi elevada e suas implicações são diretas sobre os desfechos maternos (Doença hipertensiva específica da gestação, Diabete gestacional, anemia, cesárea, ganho de peso inadequado) e do recém-nascido (macrossomia). Com isso, sugere-se maior atenção no acompanhamento do ganho de peso nas consultas de pré-natal. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OBSTETRÍCIA GERAL P-066 - PREMATURIDADE GESTACIONAL E INTERCORRENCIAS CLINICAS NAS PARTURIENTES ADMITIDAS NO HOSPITAL REGIONAL DO OESTE EM CHAPECÓ-SC. RODRIGO DA COSTA TORRES VILARINHO; CARLOS ALBERTO GOLLO. UNOCHAPECO. O estudo da prematuridade gestacional é tema relevante em medicina, na medida em que permite identificar necessidades e problemas gestacionais para direcionar ações de saúde que visem à melhoria na qualidade do atendimento e da comunidade envolvida. Identificar a prematuridade gestacional, e as intercorrências clínicas das parturientes do Centro Obstétrico do Hospital Regional do Oeste em Chapecó-SC, atendidas entre os anos de 2014 a 2015. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo do tipo transversal, em que foram analisados os cadernos de registro de partos do Centro Obstétrico do Hospital Regional do Oeste, em Chapecó – SC. Foram coletados os dados de 5447 parturientes, no período de 2014 a 2015, avaliando-se idade materna, número de consultas no pré-natal e intercorrências clinicas que levaram a um parto pré-maturo. Do total das 5447 gestantes, observou-se que 1042 (19,1%) foram partos prematuros. Prevaleceu às idades de 20 a 28 anos (43,1%), a média de consultas no pré-natal foi de 6,68 consultas e a intercorrência mais frequente foi a Hipertensão Arterial. A idade das parturientes prevaleceu entre 20 a 28 anos que tiveram parto prematuro, com o número adequado consultas realizadas no prénatal, e predomínio de Hipertensão Gestacional como principal intercorrência clinica de parto pré-maturo. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OBSTETRÍCIA GERAL P-067 - RELATO DE CASO – HEMORRAGIA NO TRANS-OPERATÓRIO DE PLACENTA PERCRETA COM INVASÃO DE BEXIGA. VIVIANE CRISTINE PISSETTI; DJULIE ANNE DE LEMOS ZANATTA; NATALIA VIDAL LUCENA; JULIA DE MELO KONESKI; RODRIGO DIAS NUNES. HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ – HMG; UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA. Introdução: A implantação anormal da placenta (IAP) no miométrio pode ser uma condição com alta morbimortalidade. A invasão da placenta em órgãos adjacentes é denominada Placenta Percreta (PP) e a detecção precoce é fator essencial para assegurar manejo adequado. Relato do caso: Relato de paciente feminina, 35 anos, G3P2 IG 32+1, que buscou a emergência obstétrica devido a perda líquida. Ao exame físico apresentava-se normotensa, afebril, sem sangramento vaginal e batimento cardíaco fetal (BCF) normal. Ultrassom (US) realizado na ocasião demonstrou placenta prévia e índice de líquido amniótico (ILA) de 2cm. Posteriormente apresentou sangramento vaginal, sendo então encaminhada à cirurgia e evidenciado PP com invasão vesical. Por incisão transversal uterina foi retirado o feto. A equipe cirúrgica tentou desfazer as aderências, mas evidenciou-se grande sangramento. Devido a dificuldade de hemostasia, foi realizada histerectomia subtotal, com permanência de segmentos placentários aderidos à bexiga, e fechamento com Bolsa de Bogotá (BB). No trans-operatório foi necessária transfusão sanguínea, e após, a paciente foi encaminhada a UTI. Dois dias depois, foi realizada nova laparotomia para remoção da BB e no pós-operatório iniciado 100mg de metotrexato em dias alternados. Comentários: A incidência de IAP tem aumentado ao longo dos anos, e parece ter relação com o aumento de cesareanas. DAntonio et al. observaram que o US tem sensibilidade de 90,72% e especificidade de 96,94%, concluindo-se que apresenta alta precisão para o diagnóstico.Devido à grande possibilidade de sangramento e alto risco cirúrgico, nos casos graves é geralmente necessário ressecção seguida por histerectomia. Uma revisão por Michael C et al. sobre inovações em atendimento cirúrgico discutiu o fato da BB ser um método eficiente de fechamento temporário do abdome. Em nossa paciente, a BB realizada estabilizou a hemorragia. Nos casos de IAP é necessária equipe bem treinada e assistência adequada para possíveis complicações. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OBSTETRÍCIA GERAL P-068 - MIOCARDIOPATIA PERIPARTO: RELATO DE CASO. CAMILA MARTINS DOS SANTOS; ALEXANDRE LUAN SILVA MORAIS; MARYANA ALCANTARA GONÇALVES MARTINS; CECÍLLIA FERREIRA PRADO AZEREDO; CELSO VIEIRA DE MELLO. HOSPITAL MATERNIDADE FERNANDO MAGALHÃES. Introdução: A Miocardiopatia Periparto é uma doença rara, de etiologia desconhecida, com provável componente autoimune e maior incidência em negras, multíparas, com idade superior a 30 anos e história de pré-eclâmpsia. Caracteriza-se pela presença de ICC materna, com disfunção sistólica do VE com fração de ejeção (FE) inferior a 45%, na ausência de outras causas que justifique. Geralmente ocorre a partir do 3º trimestre até 5 meses pós-parto, e apesar de definições anteriores excluirem quadros precoces, hoje sabe-se que o processo da doença é o mesmo. Descrição do caso: KCVM, 40 anos, feminino, negra, gestante GVPIIIAI (3PN habituais), 31 semanas e 3 dias, hígida, pré-natal sem alterações. Relatando cansaço há 1 mês e dispnéia progressiva há 1 semana. Ao exame: sudoréica, taquidispnéica, taquicárdica, saturação em queda, PA160x88mmHg, presença de B3, ictus deslocado, estertores bilaterais e membros edemaciados. Ecocardiograma evidenciou miocardiopatia dilatada caracterizada por hipocinesia difusa com disfunção sistólica global grave do VE e disfunção diastólica do VE grau III, insuficiência mitral e tricúspide grave, PSAP 68mmHg e FE 15%. Instituído tratamento com melhora clínica e avaliação obstétrica, constatando boa vitalidade fetal, permitindo manutenção da gravidez por 7 dias, realizando cesariana e LT após corticoterapia. Novo ecocardiograma 13 dias pós-parto evidenciando melhora global com PSAP 35mmHg e FE 31%, instituindo-se seguimento cardiológico. Comentários: O prognóstico depende do grau de disfunção miocárdica, do tempo de evolução e da resposta ao tratamento, que é similar as outras IC, podendo levar, em casos extremos, ao transplante cardíaco. A recuperação parcial ou total da função do VE é comum, sendo fatores desfavoráveis: FE ≤30%, VED ≥6, troponina aumentada, negros e diagnóstico gestacional. Cerca de 40-80% dos casos evoluem para cronicidade permanecendo com uma FE ≤50%. Todas as pacientes acometidas devem evitar uma nova gestação pelo alto risco de evolução da IC e/ou recidiva em gestação posterior. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OBSTETRÍCIA GERAL P-069 - ATIVIDADE DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA SOBRE NUTRIÇÃO DA MULHER EM TRABALHO DEPARTO E NO PUERPÉRIO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. ANA CAROLINA MONTES RIBEIRO; CLARA ARAÚJO DINIZ; LUANA IBIAPINA MACHADO; MARIANA CIDADE AMANCIO; GABRIELE SANTANA DE SÁ LIMA; JOÃO VICTOR FURTADO PEIXOTO DE ALENCAR; JAMILE MENEZES RIBEIRO; SILVANA LÍCIA NOGUEIRA MACHADO; GIZELLE MARIA MOISÉS MONTEIRO; FRANCISCO EDSON LUCENA FEITOSA. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Introdução: A gestação e os eventos a ela relacionados, como o trabalho de parto e o puerpério, são marcados por mudanças que interferem no cotidiano da mulher. Modificações relacionadas ao corpo, sua fisiologia e seu metabolismo são as mais abordadas no período gestacional. Logo, uma correta nutrição feminina pode proporcionar uma qualidade de vida que contribuirá para a boa execução dos diferentes eventos da gestação. Contudo, muitas pessoas ainda possuem dúvidas sobre como deve ser feita essa nutrição e quais tipos de alimentos podem ou não ser ingeridos. Descrição da Experiência: A Liga de Estudos em Ginecologia e Obstetrícia - LEGO, realizou uma atividade de Extensão Universitária em razão do Dia Mundial da Saúde em um ambiente público de grande circulação de pessoas na cidade de Fortaleza, Ceará. Durante a atividade, informou-se ao público circulante sobre nutrição feminina durante o trabalho de parto e no puerpério e aplicou-se um questionário de múltipla escolha sobre o mesmo tema aos indivíduos abordados. Foram entrevistadas 55 pessoas entre 16 e 82 anos de idade. Durante a manhã, apresentou-se também um banner informativo sobre nutrição e mostrou-se alimentos que podem ser ingeridos no puerpério além da aferição de pressão. Comentários: A atividade foi de extrema importância para informar a população a respeito de um tema aparentemente bastante conhecido pela mesma, mas ainda vinculado a alguns mitos populares, logo, além de contribuir para o enriquecimento dos conhecimentos dos consultados, a atividade contribuiu para confirmar ou desmistificar mitos. Além disso, a ação representou, para os universitários participantes, uma experiência ímpar, visto que possibilitou um contato mais próximo com a população, contribuindo para o aprimoramento das habilidades de comunicação dos estudantes em relação aos entrevistados e também ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OBSTETRÍCIA GERAL P-070 - GESTÃO DE CASO COM A GESTANTE: EXPERIÊNCIA DE UMA ESTRATÉGIA PARA REDUÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL NO PARANÁ. VIVIANE SERRA MELANDA; LILIANA MULLER LAROCCA; JÚLIA VALÉRIA FERREIRA CORDELLINI; ACÁCIA MARIA LOURENÇO FRANCISCO NASR; CLEIDE APARECIDA DE OLIVEIRA; JOSEANA CARDOSO DE SOUZA E SILVA; DÉBORA MARA BILOVUS SOUZA; MONIQUE COSTA BUDK; LUIZ RICARDO MEYER; GILCIANE RIBEIRO GONÇALVES. SESA; UFPR. Objetivo: Esta pesquisa objetiva analisar o impacto do método Gestão de Caso com a gestante de risco intermediário e alto risco, como estratégia de enfrentamento à mortalidade infantil no serviço público de cuidado à saúde da criança no estado do Paraná. Método: Foi realizado um estudo transversal descritivo de base populacional do período de 2014 a 2015, com dados obtidos das bases estaduais do Sistema de Informação de Nascidos Vivos e do Sistema de Informação de Mortalidade. A inclusão das Regiões de Saúde considerou os índices de mortalidade acima nível estadual e viabilidade técnica local para o desenvolvimento da estratégia. Para organização e análises descritivas dos dados, foram utilizados os softwares: Tabwin®32, versão 3.0 e Microsoft Excel® 2013. Resultados: Foram avaliadas as 22 Regiões de Saúde do Paraná, quanto a Taxa de Mortalidade Infantil, tipo de parto e idade gestacional do nativivo. Das 22 Regiões de Saúde, oito, implantaram a Gestão de Caso em gestantes no período entre 2014 e 2015. Houve uma redução de aproximadamente 3% na mortalidade infantil. Os partos pela via vaginal, aumentaram 1,66%. Nativivos com idade gestacional acima de 36 semanas de gestação, tiveram aumento de 0,6%. Conclusão: A Gestão de Caso em gestantes demonstrou impacto positivo como estratégia para redução da mortalidade infantil e contribuiu para melhoria nas condições de saúde de nativivos, no entanto, houve variações nos desempenhos entre as Regiões de Saúde sob esta estratégia. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OBSTETRÍCIA GERAL P-071 - CONHECIMENTO ACERCA DO PARTO HUMANIZADO PELOS VISITANTES DO MUSEU DO PARTO. MARIANA CIDADE AMANCIO; JAMILE MENEZES RIBEIRO; SILVANA LÍCIA NOGUEIRA MACHADO; TAMIRES FERREIRA DO CARMO; GABRIELE SANTANA SÁ LIMA; JOÃO VICTOR FURTADO PEIXOTO DE ALENCAR; AMANDA ZÉLIA DE SOUSA TAVARES; SIMONE JACQUELINE BARRETO SEMEDO; GIZELLE MARIA MOISÉS MONTEIRO; FRANCISCO EDSON LUCENA FEITOSA. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Objetivos: Pretende-se analisar os conhecimentos acerca do parto humanizado e do Museu do Parto. De forma específica, busca-se identificar a quantidade de pessoas que sabem definir parto humanizado bem como as diferenças de parto normal, descrever a percepção dos benefícios do parto humanizado e a aceitação dele pelas pessoas e traçar um perfil do conhecimento do Museu do Parto, traçando a opinião das pessoas sobre a sua importância na difusão do conhecimento sobre o parto humanizado. Metodologia: Estudo transversal realizado através da aplicação de questionários sobre Parto Humanizado a 40 visitantes do Museu do Parto, ambiente pertencente a uma renomada maternidade de Fortaleza, Ceará. Resultados: Dos 40 entrevistados, 26 (65%) pertencem ao sexo feminino e 14 (35%) ao masculino, sendo 33 (82,5%) acadêmicos da área da saúde e 7 (17,5%) não acadêmicos. 34 (85%) relataram saber definir parto humanizado, enquanto 6 (15%) não; 26 (65%) relataram saber a diferença entre parto humanizado e parto normal, enquanto 14 (35%) negaram. Apenas 1 pessoa (2,5%) negou ser a favor do parto humanizado. 32 (80%) entrevistados afirmaram conhecer os benefícios oferecidos pelo parto humanizado à mãe e ao bebê. Para 34 (85%) dos entrevistados, os procedimentos do parto humanizado ocorrem desde o pré-natal. Vale ressaltar que houve unanimidade na afirmação de que o Museu do Parto é um difusor de conhecimento sobre o parto humanizado. Conclusões: Uma alta porcentagem dos entrevistados mostrou conhecer o conceito de parto humanizado e o intervalo de tempo onde a definição se aplica, que é desde o pré-natal até o momento do parto. Além disso, muitos mostraram conhecimento sobre autonomia da mulher durante gestação e parto, reconhecendo a sua importância. Percebe-se que a maioria dos entrevistados reconhece a importância do parto humanizado e a contribuição significante do Museu do Parto para a transmissão desse conhecimento. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OBSTETRÍCIA GERAL P-072 - CONHECIMENTO DE UMA POPULAÇÃO SOBRE NUTRIÇÃO DAS GESTANTES. AMANDA ZÉLIA DE SOUSA TAVARES; LUANA IBIAPINA MACHADO; CLARA ARAÚJO DINIZ; TAMIRES FERREIRA DO CARMO; JOÃO VICTOR FURTADO PEIXOTO DE ALENCAR; MARIANA CIDADE AMANCIO; CAMILA SAMPAIO NOGUEIRA; SILVANA LÍCIA NOGUEIRA MACHADO; GABRIELE SANTANA SÁ LIMA; FRANCISCO EDSON LUCENA FEITOSA. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. Objetivos: Avaliar o nível de conhecimento de uma população sobre as mudanças necessárias na nutrição de uma gestante. Métodos: Os dados foram coletados através de questionários de múltipla escolha, respondidos por 55 transeuntes de uma praça pública em Fortaleza-CE, durante uma ação de extensão em saúde. Os participantes tinham idade entre 16 e 82 anos, com média de 37,2 anos, e com variados graus de escolaridade. Resultados: Quando perguntados se deveria haver maior ingestão de água durante a gestação, 94% dos entrevistados responderam que sim, sendo que a maioria afirmou que essa ingesta hídrica deve aumentar cerca de 2 a 3 litros por dia durante esse período. Em relação à quantidade de peso que uma gestante deve ganhar até o fim da gravidez, cerca de 49% afirmou que esse ganho deva ser entre 7 e 11 Kg e 29% que deva ser menor que 7 Kg. Já quando questionados se ficar sem se alimentar melhoraria as êmeses gravídicas, 54,4% responderam que sim. Conclusões: A pesquisa demonstra que a maioria dos entrevistados está ciente da necessidade do aumento do consumo hídrico, o que é importante, já que a água é a principal fonte de hidratação para a saúde da mãe e do feto. Com relação ao ganho de peso durante a gestação, grande parte dos entrevistados têm uma boa ideia de qual deve ser esse valor, apesar de que o cálculo do peso que a mulher deverá ganhar está muito relacionado ao seu IMC e a outras variáveis. Com relação aos efeitos do jejum na melhora dos enjoos, nota-se uma grande falta de informação da população, já que, ao contrário do que foi respondido pelos entrevistados, a alimentação com frequência ajuda a diminuir os sintomas de enjoo. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OBSTETRÍCIA GERAL P-073 - GESTAÇÃO ECTÓPICA BILATERAL: RELATO DE CASO. RODRIGO DIAS NUNES; ANA GABRIELA DE OLIVEIRA PUEL; MARIANA DIAS BELTRAME; JULIANA RODRIGUES DA ROSA; PAULA LOCATELLI. HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ. Gravidez ectópica é uma das principais causas de morbimortalidade relacionadas ao primeiro trimestre de gestação e sua ocorrência de forma bilateral é uma situação raríssima tendo menos de 250 casos relatados na literatura. O diagnóstico se dá através da associação da dosagem sérica do betaHCG com ultrassonografia endovaginal. O diagnóstico precoce permite manutenção de tratamento conservador e diminui as intercorrências clínicas. Relato de caso: paciente feminina, GIII AI EII, dá entrada ao serviço de emergência assintomática com USG TV evidenciando gestação ectópica bilateral, sem movimentos fetais e cardíacos e pequena quantidade de líquido livre na pelve. Admitida com sinais vitais estáveis e realizado primeira dose de metotrexate após dosagem de betaHCG, evoluiu com piora do quadro. No oitavo dia de internação foi submetida a salpingectomia à direita e salpingoplastia à esquerda, sem intercorrências. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ONCOLOGIA GENITAL P-074 - TUMOR DE BRENNER MALIGNO: RELATO DE CASO. GISELE KLEINE NEVES; BÁRBARA FIORENTIN GIORDANI GAMBA; GUILHERME GAMBA. HOSPITAL E MATERNIDADE MARIETA KONDER BORNHAUSEN. Introdução: Os tumores de Brenner são neoplasias derivadas do epitélio da superfície do ovário. Pouco frequentes, correspondendo a 1,5-2,5% de todas as neoplasias de ovário. São classificado em benigno, borderline e malignos, sendo que apenas 2-5% apresentam comportamento maligno. Aparecem principalmente em mulheres com idade entre 50 e 70 anos. A raridade do tumor de Brenner maligno justifica a descrição desse caso clínico. Descrição do caso: M.J.P, 62 anos, sexo feminino, G4P4, menopausa aos 48 anos, encaminhada ao serviço de Oncoginecologia para investigação de massa ovariana, com queixa de episódio único de sangramento vaginal pós menopausa. Ao exame físico apresentava massa abdominal palpável em fossa ilíaca direita e hipograstro, com aproximadamente 10cm; toque vaginal com colo móvel e abaulamento em fundo de saco vaginal anterior e à direita. Citologia Oncótica normal. Tomografia de pelve evidenciou formação expansiva heterogênea, com septações em ovário direito e dimensões de 11,9x9,4cm, sem linfonodomegalia. A paciente foi submetida a Histerectomia total com Salpingooforectomia bilateral e todo material foi enviado para analise anatomopatológica, que evidenciou tumor de Brenner maligno em produto de ooforectomia direita, com ausência de extensão para túnica albugínea e invasão angiolinfática não detectada. A paciente vem mantendo acompanhamento há 4 anos na Unidade Oncológica, sem sinais de recidiva tumoral. Comentários: Descrito pela primeira vez em 1907 por Fritz Brenner, classicamente são benignos e endocrinologicamente inertes. Nas últimas décadas tem aumentado a sua versão maligna e associação com hiperplasia endometrial. As formas malignas são frequentemente sólidas, ou ainda cístico/sólidas, podendo apresentar diferenciação escamosa. A investigação inicial é realizada através da ultrassonografia; a tomografia fica reservada para avaliar a disseminação tumoral e programar o tratamento cirúrgico. Seu diagnóstico é confirmado após anatomopatológico e a sobrevida de 5 anos em pacientes com a variante maligna é de 65% no estagio I e 35% no estagio II. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ONCOLOGIA GENITAL P-075 - EMBOLIZAÇÃO DAS ARTÉRIS UTERINAS COMO CONTROLE DE HEMORRAGIA EM CANCER DE COLO DE ÚTERO. JULIA DE MELO KONESKI; VIVIANE CRISTINE PISSETTI; RODRIGO DIAS NUNES. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA; HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ – HMG. Introdução: O câncer de colo de útero é o 3º câncer mais comum entre as mulheres, apresentando sucesso de tratamento nos casos de diagnóstico precoce. Geralmente é assintomático, com manifestações clínicas em casos mais avançados. A hemorragia vaginal é causa imediata de morte em 6% dos pacientes com câncer de colo uterino. Relato do caso: Paciente feminina, 28 anos, G3P3, chega a emergência obstétrica, levada pelo SAMU, devido a sangramento vaginal em moderada quantidade associado a dor em baixo ventre. Inicialmente, suspeitou-se de abortamento como principal hipótese. Referia ter coletado última colpocitologia oncótica há 5 anos. Ao exame físico, apresentava-se hipocorada, com sinais vitais estáveis; o exame especular evidenciou lesão em colo uterino e sangramento ativo, ao toque vaginal o colo era endurecido, fixo, com paramétrios acometidos. Foram realizados exames laboratoriais, evidenciando anemia normocrômica e normocítica grave, sem alterações de plaquetometria ou função plaquetária. O USG realizado na admissão não visualizou conteúdo intrauterino. Foi então realizada biópsia de colo uterino, instituído tampão vaginal e posteriormente ácido tranexâmico. Devido a permanência do sangramento associado a sintomas de fraqueza e lipotimia, foi encaminhada ao centro cirúrgico para sutura do colo e cauterização química com acetona, sem melhora significativa. Após 17hs de internação, foi encaminhada para procedimento hemodinâmico de embolização das artérias uterinas, com melhora da hemorragia no pós-operatório. O anatomopatológico evidenciou carcinoma de células escamosas invasor; a paciente foi encaminhada ao Centro de Pesquisas Oncológicas para tratamento. Comentários: Para controle da hemorragia nas pacientes com câncer de colo de útero pode-se utilizar, inicialmente, métodos como cauterização, tampão vaginal e ácido tranexâmico. A embolização das artérias uterinas é procedimento que pode ser usado, se disponível, em substituição à laparotomia com ligadura das artérias uterinas, em pacientes com manifestações sistêmicas decorrentes da hemorragia refratária, como anemia grave e sintomática. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ONCOLOGIA GENITAL P-076 - NEOPLASIA MALIGNA DE COLO UTERINO COM DISSEMINAÇÃO LINFONODAL SEM METÁSTASE VISCERAL. ISADORA CRISTINA BENVENUTTI KALINOWSKI; CAROLINA ANTUNES SAVARI; GEISA PICKSIUS ZARDO; PATRICIA PACHECO CUNHA PEREIRA; GUILHERME CIDADE CRIPPA. SANTA CASA DE CURITIBA. Introdução: O câncer de colo uterino é uma doença evitável e de evolução lenta, com longo período desde o desenvolvimento das lesões precursoras ao aparecimento do câncer, sendo o segundo tipo mais frequente entre as mulheres. Entre os fatores de risco estão o início precoce da atividade sexual, infecção pelo vírus HPV, tabagismo, múltiplos parceiros sexuais, multiparidade e baixo nível socioeconômico. A sua prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para o sucesso no tratamento. Descrição do caso: M.G.S., 58 anos, sexo feminino, tabagista e hipertensa. Encaminhada da ortopedia, a qual estava investigando lombalgia, devido a alteração de ressonância magnética de coluna lombo-sacra com linfonodomegalia retroperitoneal. Queixava de dor hipogástrica associada à leucorréia purulenta por 3 meses. Apresentava citologia oncótica de 2014: células atípicas de significado indeterminado (ASC-H). Conforme protocolo, realizou-se colposcopia diagnóstica: colo amputado em terço inferior (histórico de duas exéreses da zona de transformação por cirurgia de alta frequência), com lesão exofitica ulcerada, área acetobranca densa em lábio anterior e canal cervical residual e atipias vasculares compatível com lesão de alto grau. Ao exame físico apresentava múltiplos linfonodos palpáveis (cervical, supraclavicular, axilar e inguinal), e ao toque vaginal, massa endurecida em colo de útero e reto com comprometimento de paramétrios. Encaminhada para biópsia de linfonodo axilar e inguinal esquerdo e colo uterino que evidenciou carcinoma epidermóide moderadamente difereciado, invasor e metastático em linfonodos. Realizou estadiamento clinico-cirúrgico, apresentando disseminação linfonodal sistêmica sem comprometimento visceral e pelos critérios da FIGO enquadrou-se no estadio IVb. Atualmente em acompanhamento com a oncologia clínica em tratamento quimioterápico com cisplatina e fluorouracil. Comentários: O carcinoma epidermóide é o tipo histológico mais comum de câncer de colo uterino, sendo este o apresentado pela paciente. Entretanto a particularidade deste caso é a disseminação linfonodal sistêmica de colo uterino sem metástase visceral. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ONCOLOGIA GENITAL P-077 - TUMOR PÉLVICO COM EXPRESSÃO IMUNO-HISTOQUÍMICA C-KIT: TUMOR ESTROMAL EXTRAGASTROINTESTINAL. MARIA EDUARDA CRISTINA TEIXEIRA JORDÃO; PAULA HITOMI SAKIYAMA; DOUGLAS JUN KAMEI; TAYNAH BASTOS LIMA DA SILVA; INDIRA BARCOS BALBINO; IVAILDO RODRIGUES; ANDRE LUIZ SIERACKI FERRER. HOSPITAL SANTA CASA DE CURITIBA; PUC-PR. Introdução: Os tumores do estroma gastrointestinal (GIST) são lesões neoplásicas mesenquimatosas raras. A maioria apresenta mutação do gene Kit (85-88%). Podem acometer qualquer parte do trato gastrointestinal, assim como outras localizações em cerca de apenas 5-7% dos casos, sendo denominados tumor estromal extra-gastrointestinal (E-GIST). Descrição do Caso: Paciente feminina, 49 anos, encaminhada por queixa de retenção urinária e disúria. Na investigação, a ultrassonografia transvaginal mostrou volumosa lesão expansiva heterogênea, com componentes sólidos císticos de 118x92x119mm e a tomografia computadorizada evidenciou massa cística pélvica complexa, comprimindo e deslocando bexiga e útero. Foi realizada cirurgia, com panhisterectomia, linfadenectomia inguinal e obturatória, vaginectomia de terço superior, protectomia superior e colostomia terminal. O anatomopatológico revelou neoplasia fusocelular mesenquimal, com celularidade alta, pleomorfismo e atipias celulares discretas, necrose focal em menos de 10% da extensão tumoral, menos de 4 mitoses por 50 campos, linfonodos pélvicos livres de neoplasia e demais órgãos retirados sem evidência de neoplasia. O painel imunohistoquímico revelou positividade para Anticorpo CD34, CD117 (c-kit) e DOG1, confirmando o diagnóstico de GIST. Comentários: Os E-GIST são mais comumente encontrados no omento e no mesentério, sendo estes responsáveis por aproximadamente 80% dos casos. Apesar dos casos extra-gastrointestinais mostrarem características histológicas e imunofenotípicas similares ao GIST, o seu grau de malignidade é maior, acometendo três vezes mais o sexo feminino. A sintomatologia é inespecífica, variando de acordo com a localização do tumor. O diagnostico se baseia na morfologia celular e imunofenotipagem. O tamanho tumoral (>5cm) e o índice mitótico (>5mitoses/CGA) são os principais indicadores de mau prognóstico. O E-GIST é uma entidade rara com condutas terapêuticas semelhantes ao GIST. A ressecção cirúrgica com margem adequada permanece como primeira escolha no estágio inicial da doença. A realização de terapia adjuvante com agentes biológicos (Imatinib) após a cirurgia é recomentada em casos de elevado risco de malignidade. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ONCOLOGIA GENITAL P-078 - ESPESSAMENTO ENDOMETRIAL PÓS-MENOPAUSA: AVALIAÇÃO DA SIGNIFICÂNCIA DOS FATORES DE RISCO PARA CÂNCER DE ENDOMÉTRIO EM UMA POPULAÇÃO DO PARANÁ. BRUNA BALESTRIN; EDUARDO SCHUNEMAN JUNIOR; CLEVERTON CÉSAR SPAUTZ; ALMIR ANTÔNIO URBANETZ; VINÍCIUS MILANI BUDEL; PLÍNIO GASPERIN JUNIOR. HOSPITAL DE CLÍNICAS DO PARANÁ. Objetivo: O câncer de endométrio tem aumentado a sua incidência no mundo. Seu principal sintoma é o sangramento pós menopausa, porém existe uma ânsia pelo rastreio em paciente assintomáticas. Assim nosso estudo tem por objetivo avaliar, em nossa população, qual associação entre a presença ou ausência de sintomas e de fatores de risco conhecidos com o diagnóstico de câncer de endométrio. Métodos: Estudo retrospectivo que avaliou prontuários das pacientes submetidas à curetagem uterina de prova no período de Janeiro de 2012 a Dezembro de 2014. Foram coletados dados a respeito de comorbidades, sintomas, ecografia, anatomopatológico e analisados estatisticamente através dos aplicativos Microsoft Excel e EpiInfo 6.04 e utilizando teste do Qui-Quadrado de Pearson. Foi considerado valor de p ≤ 0,05. Resultados: Foram revisados 203 prontuários, excluídas 46 pacientes na menacme. A idade média foi de 62 anos e a idade média da menopausa foi de 49 anos (37 - 59 anos). A espessura média do endométrio foi de 15,07 mm (4 a 50 mm). Todas as pacientes apresentavam ao menos uma comorbidade, porém não houve associação significativa com patologia específica. Enquanto 30,3% das pacientes que apresentavam sangramento vaginal foram diagnosticadas com câncer de endométrio, apenas 2,2% dos espessamentos assintomáticos tiveram esse diagnóstico (p<0,001). Não houve associação com a duração do sangramento e/ou espessamento, porém quanto maior o tempo pós menopausa maior a chance de câncer de endométrio (p<0,001). A persistência do sangramento vaginal pós curetagem também demonstrou associação estatisticamente significativa (p<0,001) com câncer de endométrio. Conclusões: Nosso estudo demonstrou que pacientes com sangramento vaginal e com menopausa há mais de 10 anos estão mais expostas ao risco de câncer de endométrio, necessitando de melhor atenção na avaliação do endométrio. Assim como as pacientes que persistem com sangramento vaginal após amostra do endométrio. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ONCOLOGIA GENITAL P-079 - MELANOMA MALIGNO DE COLO UTERINO – RELATO DE CASO. EDUARDO SCHUNEMANN; CLEVERTON CÉSAR SPAUTZ; MARIA ISABEL LAVORANTI; LILIAN YUKARI MIURA; DANILO MARTINS RAHAL; ADHARA THAÍS MORAES COELHO. UFPR. Introdução: O melanoma maligno (MM) mucoso representa uma neoplasia extremamente rara. Ao todo, respondem por 0,03% de todos os cânceres diagnosticados, sendo que no aparelho genital feminino representam menos de 2%, destes somente 3-9% estão localizados no colo uterino. O prognóstico é reservado, com sobrevivência que varia de alguns dias a 14 anos. Relato: JFF, 45 anos, parda, encaminhada por quadro de “bola na vagina” e sangramento via vaginal vermelho-vivo, intermitente, com evolução de 15 dias, associado a dor local. Ao exame, paciente em bom estado geral, presença de massa volumosa, friável, sangrante, necrótica, exteriorizando-se pela vulva. Realizado estadiamento clínico sob sedação. Ao exame, útero prolapsado, grau 3, com tumoração ulcerada, pigmentada, cerca de 8 cm, friável e sangrante, com paredes vaginais e paramétrios livres. Diagnóstico histológico de Melanoma Maligno de colo uterino, confirmado com imunohistoquímica. Estadio clínico FIGO (2009) IIA2. A paciente foi submetida a cirurgia de Wertheim Meigs. Comentários: Apesar da origem celular comum, o MM cutâneo atinge predominantemente a população jovem, já os MM mucosos geralmente ocorrem em pacientes idosos, caucasianos e asiáticos. A patogênese do MM colo uterino ainda não foi completamente elucidada. Clinicamente apresenta-se com sangramento genital anormal e, muitas vezes, há uma massa cervical exofítica, pigmentada ou amelanótica. A comprovação diagnóstica é feita por avaliação histológica e coloração imunohistoquímica. À semelhança do melanoma cutâneo, o melanoma mucoso é geralmente negativo para citoqueratina, mas frequentemente positivo para HMB45, S100, vimentina, MELAN-A, MART. Apesar de poucos estudos, o tratamento do MM primário de colo uterino inclui cirurgia radical, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia. A importância do relato reside na raridade da patologia e no fornecimento de subsídios para a conduta adequada nesses casos. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ONCOLOGIA GENITAL P-080 - RELATO DE CASO DE SINDROME CARCINOIDE EM TUMOR NEUROENDOCRINO BEM DIFERENCIADO COM METASTASE OVARIANA E SITIO PRIMARIO DESCONHECIDO. SILMAR CUNHA DA SILVA; MAIKOL KURAHASHI; LUCIANA MAESTRI KAROLESKI; LUIZA SVIESK SPRUNG; MARIA EDUARDA CRISTINA TEIXEIRA JORDAO; INDIRA BARCOS BALBINO; ESTEFANIE RAFAELLA NEVES SANCHES BERTOLDI. HOSPITAL SANTA CASA DE CURITIBA. Introdução: O tumor neuroendócrino é raro e de crescimento lento, mais frequente no tubo digestivo (60%) e conhecido como tumor carcinoide (OMS). A maioria é esporádica, em mulheres, entre 50 e 70 anos e assintomática, porém 10% apresenta síndrome carcinoide, que se caracteriza por flushing, diarreia, dor abdominal e doença cardíaca carcinoide - insuficiência tricúspide. A classificação mais importante é com o grau de diferenciação, predizendo prognostico e tratamento. 75% desenvolvem metástase hepática. O diagnostico envolve anatomopatológico e estudo imunoistoquimico do tumor, exames de imagem e marcadores moleculares. Descrição de Caso: T.M.F.D., feminino, 53 anos, G2P2, proveniente de consultório ginecológico em março de 2016, apresentando dor abdominopélvica e flushing ha 20 anos e valvoplastia ha 8 anos (homoenxerto pulmonar e prótese biológica tricúspide), com massa palpável em hipogástrio. À ultrassonografia transvaginal e tomografia computadorizada de abdome (TAC), útero aumentado (368cm3) às custas de leiomioma subseroso em parede lateral esquerda. Com plano de histerectomia total abdominal em abril, o procedimento foi acrescido de anexectomia bilateral pela massa corresponder ao anexo esquerdo. O anatomopatológico demonstrou tumor ovariano, sem mitoses, e ao imunoistoquímico, tumor neuroendócrino bem diferenciado metastático (NET G1) correspondendo a sítio primário de tubo digestivo, especialmente intestino delgado. TAC de tórax, octreoscan, enteroscopia e endoscopia digestiva alta e baixa normais e cromogranina A com elevação sustentada. Aguarda a realização de enteroscopia baixa. Em tratamento com ocreotide, e, um mês após a operação, apresentou insuficiência cardíaca direita. Comentários: Diferentemente do encontrado na literatura, a metástase ovariana do NET G1 (índice mitótico <2% e/ou KI67% <2%) é rara. A remoção do tumor primário é o padrão de tratamento, porem como esse não foi identificado no caso (estadiamento clinico 4), a paciente encontra-se em tratamento paliativo com somatostatina como preconizado. Este caso é desafiador pelo tumor não apresentar sitio primário definido e suas manifestações serem contraditórias à revisão bibliográfica. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ONCOLOGIA GENITAL P-081 - ABORDAGEM DIAGNÓSTICA DE UM CASO DE CARCINOMATOSE PERITONEAL EM MULHER JOVEM. CARINA ANDRESSA DICK; RAOLI SHEIDEMANTEL WAGNER; RENATA GUERRA CASARIN; HEBERTON NASCIMENTO PACHECO; JAIRO JOSÉ CAOVILLA. UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL. Introdução: A apresentação clínica das neoplasias ginecológicas pode representar um imenso desafio diagnóstico. Descrição do Caso: L.M, feminina, 48 anos, admitida por quadro de dor e aumento do volume abdominal há 1 mês. Na anamnese, paciente nega alteração do habito urinário e intestinal, perda de sangue pelas fezes, emagrecimento, perda de apetite ou outras queixas constitucionais. Refere ciclos menstruais normais, com acentuação da metrorragia nos últimos 2 meses com dismenorreia. Ao exame físico, abdome globoso com sinais indicativos de ascite e dor a palpação em quadrante inferior esquerdo, sem sinais de irritação peritoneal, com presença de odor fétido em região genital e ausência de secreções. Em ultrassonografia de abdome evidencia-se grande volume de líquido livre na escavação retouterina, com presença de massa inespecífica de 30,4cm³. Exames laboratoriais não evidenciaram alterações inflamatórias/infecciosas. Analisando o quadro clínico, sendo a ascite norteadora do raciocínio diagnóstico, classificamos as causas etiológicas cardíaca, hepática, renal ou tuberculose peritoneal como pouco prováveis. A elevação do marcador tumoral CA125 3.250U/ml sugere carcinomatose peritoneal como hipótese mais provável, relacionável a neoplasia primária ginecológica. Iniciou-se a pesquisa do local de tumor primário com IRM de pelve, TC de abdome e tórax que evidenciaram espessamento nodular das superfícies peritoneais e omentais, com linfonodomegalias nas cadeias ilíacas internas, retroperitoneais, mesentéricas e cervicais, formações nodulares expansivas dispersas pela cavidade abdominal, nódulo hepático relacionável a neoplasia peritoneal e opacidades nodulares com densidade de partes moles dispersos pelo parênquima pulmonar. Analisando os resultados das imagens diagnósticas, não foi elucidado o sitio primário, sendo iniciada avaliação da luz do aparelho digestório por endoscopia, que não demonstrou alterações. Comentários: Usando as ferramentas diagnósticas não invasivas não encontrou-se a origem do tumor primário. Optou-se pela rediscussão das imagens com a radiologia que identificou massa envolvendo ovário esquerdo, com realce por contraste como possível origem primária da neoplasia, confirmada pela histopatologia. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OSTEOPOROSE P-082 - ESTIMATIVA DA INGESTA ALIMENTAR DE CÁLCIO EM MULHERES ACIMA DE 60 ANOS DE IDADE NO MUNICÍPIO DE CHAPECÓ, SANTA CATARINA. PATRICIA PEREIRA DE OLIVEIRA; MABIANE GONÇALVES; MÔNICA BOHRER CÔVOLO. UNOCHAPECÓ. O cálcio é um dos componentes dietéticos de grande importância para o tecido ósseo. A necessidade de uma dieta rica neste nutriente persiste mesmo depois que o crescimento tenha cessado, isso porque ele é perdido diariamente pelo corpo em quantidades consideráveis. Somado a isso, sua absorção diminui com a idade e a falta de estrogênio na pós-menopausa contribui para diminuir sua disponibilidade. O objetivo deste estudo foi estimar a ingesta de cálcio dietético e correlaciona-lo a variáveis comportamentais, fatores clínicos e sociodemográficos em uma população brasileira. O estudo observacional descritivo foi baseado em uma amostra de 93 mulheres idosas que vivem em Chapecó, Santa Catarina, Brasil. A amostra foi composta por 93 mulheres idosas na pós-menopausa, auto-referidas brancas com mais de 60 anos de idade que foram abordadas na Cidade do Idoso, centro de convivência de referência do município. Todas as participantes estavam de acordo com o estudo e assinaram o do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). As mulheres foram caracterizadas quanto aos hábitos de vida, as variáveis sócio demográficas e variáveis clínicas. O foco foi a ingestão alimentar de cálcio, avaliados a partir de questionário de frequência alimentar, que serviu para avaliação dietética do micronutriente. Esse questionário é semiquantitativo e os dados coletados foram analisados com o auxílio do software de análise nutricional Virtual Nutri Plus®, versão 2012. Foi realizada a comparação com os padrões estabelecidos segundo a Dietary Reference Intakes (DRI) 2002. Das pesquisadas, 95,69% ingerem quantidades insuficientes de cálcio diário. Das 4 pacientes que ingerem a quantidade adequada, a principal fonte alimentar é o leite de vaca integral. A maioria delas reside em zona urbana, possui ensino fundamental completo e renda familiar de um a dois salários mínimos. A doença prevalente encontrada nessa amostra é a hipertensão arterial e 87% realiza atividade física. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OSTEOPOROSE P-083 - OSTEOPOROSE: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO EM MULHERES DE CLÍNICA PRIVADA SUBMETIDAS À DENSITOMETRIA ÓSSEA. BRUNA ROSSATO; ANDRESSA JANAINA FERRANDIN; GREICY KIEL; ISABELLE CAROLINA GAIÃO DA COSTA; ANTONIO JAIR SARTURI CRESTANI. UNIOESTE. Objetivos: Avaliar a prevalência e os fatores de risco associados à osteoporose em mulheres submetidas ao exame de densitometria óssea em uma clínica privada. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com análise de perfil epidemiológico de mulheres submetidas à densitometria óssea, as quais foram realizadas em uma clínica de imagem em Cascavel/PR, durante o período de 01/01/2015 a 31/12/2015. Utilizou-se um questionário abordando fatores de risco sócio-demográficos e relacionados ao estilo de vida, antes da realização do exame. As variáveis analisadas foram idade, uso de cálcio e terapia de reposição hormonal (TRH). Resultados: Foram analisados 1433 questionários, sendo a idade média das mulheres de 59,38 anos (±9,60) e a faixa etária média de menopausa de 48,98 anos (±5,23). A prevalência de osteoporose foi de 17%, com média de idade de 63,83 anos (±10) e a prevalência de densidade óssea baixa para a idade foi de 1,8%, com média de 45,38 anos (±3,8). Dentre as mulheres com osteoporose, 40% faziam uso de cálcio e 10% faziam uso de TRH, e, com relação as que apresentaram densidade óssea baixa para idade, 22% faziam uso de cálcio e 3,8% faziam uso de TRH. Conclusão: A densitometria óssea é utilizada para estudo seriado, com intuito de determinar a extensão da perda óssea e verificar a eficácia da prevenção ou tratamento nestes casos. O conhecimento dos fatores de risco para baixa massa óssea identificados neste estudo traz uma análise do perfil de mulheres de uma clínica privada, em período estabelecido, identificando pacientes de risco para osteoporose, uma vez que as evidências demonstram que a associação de dados da história clínica, exame físico e de exames complementares específicos é essencial para a prevenção de fraturas osteoporóticas e, consequentemente, de agravos relacionadas a estas. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OSTEOPOROSE P-084 - AVALIAÇÃO DA DENSIDADE MINERAL ÓSSEA EM MULHERES NA PÓS MENOPAUSA COM E SEM ANTECEDENTE DE HISTERECTOMIA. BRUNA ROSSATO; ANDRESSA JANAINA FERRANDIN; GREICY KIEL; ISABELLE CAROLINA GAIÃO DA COSTA; ANTONIO JAIR SARTURI CRESTANI. UNIOESTE. Objetivos: Avaliar a densidade mineral óssea de mulheres na pós-menopausa com o antecedente cirúrgico de histerectomia comparadas a um grupo de mulheres com menopausa natural, não-histerectomizadas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, que avalia os exames de densitometria óssea de 1430 mulheres realizados no período de 01/01/2015 a 31/12/2015 em uma determinada clínica de imagem privada na cidade de Cascavel/PR. Previamente ao exame, realizou-se um questionário que incluía como item o antecedente de histerectomia cirúrgica. Os resultados foram classificados em normal, abaixo para idade, osteopenia e osteoporose. Posteriormente os resultados foram relacionados com a presença ou não de histerectomia. Resultados: Avaliaram-se 1430 exames, dos quais 366 (25,6%) eram pacientes histerectomizadas e 1064 (74,4%) eram pacientes não histerectomizadas. Foi identificado, por meio de exame de densitometria óssea, as seguintes prevalências de laudos entre as mulheres submetidas à histerectomia: normal em 44,8% (média de idade 59,45 ± 6,66), abaixo para idade em 16,4% (média de idade 47,25 ± 1,92), osteopenia em 37,7% (média de idade 63,93 ± 6,01) e osteoporose em 1% (média de idade 60,83 ± 7,74). Já dentre aquelas com menopausa natural, não submetidas à histerectomia, as prevalências encontradas foram: normal em 42,2% (média de idade 55,77 ± 9,28), abaixo para idade em 17,4% (média de idade 45,36 ± 4,48), osteopenia em 38,3% (média de idade 61,88 ± 9,03) e osteoporose em 2,1% (média de idade 64,79 ± 10,4). Conclusão: Desse modo, os resultados sugerem que a histerectomia cirúrgica realizada em mulheres no menacme não parece ocasionar redução adicional da massa óssea, quando comparadas com mulheres não histerectomizadas. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OSTEOPOROSE P-085 - RELAÇÃO ENTRE TABAGISMO, IDADE E PERDA ÓSSEA EM MULHERES SUBMETIDAS À DENSITOMETRIA ÓSSEA EM UMA CLÍNICA PRIVADA EM CASCAVEL/PR NO ANO DE 2015. ANDRESSA JANAINA FERRANDIN; BRUNA ROSSATO; ISABELLE CAROLINA GAIÃO DA COSTA; GREICY KIEL; ANTÔNIO JAIR CRESTANI. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ. Objetivos: Analisar a presença ou a ausência de relação direta entre o tabagismo e a perda óssea baseando-se em realização de exame de densitometria óssea em uma determinada clínica de imagem privada, além de avaliar possível correlação entre a idade de perda óssea e o hábito tabagista. Métodos: Foram selecionadas todas as mulheres que realizaram densitometria óssea durante o período de 01/01/2015 à 31/12/2015, e questionado a elas sobre a sua idade e sobre o hábito de tabagismo. Após a realização do exame, os resultados foram analisados por Correlação de Pearson com 95% de significância. Resultados: Avaliaram-se 1433 exames, dos quais apenas 4,5% das mulheres eram tabagistas. No entanto, percebeu-se que dentre as tabagistas, 60% apresentaram alguma perda óssea, sendo 41,5% caracterizadas com osteopenia e 18,5% caracterizadas por osteoporose. Quando usado o coeficiente de Pearson, verificou-se que há correlação entre os índices de osteoporose, sendo esta uma correlação intermediária (0,44). O mesmo não aconteceu em relação a osteopenia, uma vez que esta apresentou uma correlação fraca. Além disso, percebeu-se que as tabagistas com osteopenia (média de idade 56,25±5,7) e osteoporose (média de idade 59,58 anos) tinham idade inferior aquelas não tabagistas com osteopenia (média de idade 61,43±8,71) e com osteoporose (média de idade 64,05±9,99). Conclusão: O tabagismo tem uma correlação intermediária com o desenvolvimento de osteoporose, sendo assim um importante fator de risco e que deve ser combatido por meio de ações de promoção de saúde. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OSTEOPOROSE P-086 - CORRELAÇÃO ENTRE IDADE E DENSIDADE ÓSSEA DE MULHERES SUBMETIDAS À DENSITOMETRIA ÓSSEA EM UMA CLÍNICA PRIVADA NA CIDADE DE CASCAVEL/PR. ANDRESSA JANAINA FERRANDIN; BRUNA ROSSATO; ISABELLE CAROLINA GAIÃO DA COSTA; GREICY KIEL; ANTÔNIO JAIR CRESTANI. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ. Objetivos: Analisar presença ou ausência de relação direta entre a idade e a perda óssea baseado em exame de densitometria óssea. Métodos: Todas as mulheres submetidas à densitometria óssea no período de 01/01/2015 a 31/12/2015 numa determinada clínica de imagem foram selecionadas e delas questionada a idade previamente ao exame. Posteriormente, os dados pessoais coletados foram relacionados aos resultados dos exames. Resultados: Foram analisados 1433 exames, nos quais foi possível perceber que idade média das mulheres foi de 59,38±9,6 anos. Destas, 1,8% apresentaram densidade óssea baixa para a idade (idade média de 45,38±3,8 anos); 38,5% apresentaram densidade óssea normal (idade média de 56,01±8,89 anos); 42,7% apresentaram osteopenia (idade média de 61,20±8,66 anos) e 17% apresentaram osteoporose (idade média de 63,83±10 anos). Conclusão: Percebe-se deste modo que a densidade óssea reduz com a idade, mas que há grande variação entre a faixa de idade em que isto ocorre. Após os 60 anos, a osteopenia e a osteoporose estão mais prevalentes, atingindo quase 60% das mulheres que realizaram o exame no período, gerando risco maior de fraturas, especialmente de colo de fêmur, sendo de grande prejuízo para a qualidade de vida e saúde desta mulher. É preciso que as mulheres sejam orientadas quanto à necessidade de cuidados prévios, especialmente na fase da menopausa, uma vez que após esta há maior incidência de perda óssea. A alimentação, a suplementação de cálcio e a atividade física podem ser fatores profiláticos de grande valia neste caso. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OUTROS TEMAS P-087 - DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL: COMPARAÇÃO DE DOIS INSTRUMENTOS - REGISTRO DIÁRIO DA INTENSIDADE DOS PROBLEMAS (DRSP) E INSTRUMENTO DE RASTREAMENTO DE SINTOMAS PRÉMENSTRUAIS (PSST). ALINE HENZ; CAROLINA LEÃO ODERICH; CARIN WEIRICH GALON; JULIANA R.S. DE CASTRO; MAIA CONZATI; MARCELO P. FLECK; MARIA CELESTE OSÓRIO WENDER. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Introdução: O diagnóstico da Síndrome Pré-menstrual (SPM) é um desafio. O uso de questionários estruturados está bem estabelecido, e a ferramenta mais aceita é o DRSP, um questionário prospectivo auto preenchido por ao menos dois meses. O PSST é um questionário retrospectivo de autoaplicação, preenchido em um único momento. Objetivo: comparar estes dois instrumentos (PSST e DRSP) para o diagnóstico da SPM. Método: Um estudo transversal com 127 mulheres entre 20 a 45 anos com queixas de SPM. As mulheres foram avaliadas quanto ao peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC). Após exclusão de casos de depressão através do Prime-MD, as pacientes completaram o PSST e foram orientadas a preencherem o DRSP durante dois meses. A concordância entre os dois questionários foi avaliado pelo cálculo de Kappa (k) e valores do coeficiente PABAK. Resultados: Do total de mulheres que atenderam ao chamado, 282 (74%) preencheram os critérios de elegibilidade e responderam o PSST. Entre estas 282 mulheres, somente 127 (45%) completaram o questionário diário (DRSP) por dois ciclos. O percentual das mulheres com diagnóstico de SPM através do DRSP foi de 74,8%, e pelo PSST foi 41,7%. O percentual das mulheres com diagnóstico de TDPM pelo DRSP foi de 3,9% , e pelo PSST foi de 34,6%. Assim, verificou-se uma maior prevalência de SPM com o DRSP do que com o PSST. De outra parte a TDPM foi mais dignosticada pelo PSST do que com o DRSP. O número de pacientes consideradas “normais” foi semelhante com os dois instrumentos. Na avaliação entre os dois instrumentos verificou-se não haver nenhuma concordância (Kappa = 0,12) nos resultados do diagnóstico de SPM e TDPM (Coeficiente Pabak resultou = 0,39). Para a trigem de SPM/TDPM o PSST tem uma sensibilidade de 79% e especificidade de 33,3%. Conclusão: O PSST deve ser considerado como uma ferramenta ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OUTROS TEMAS P-088 - ESTUDO IMUNOISTOQUÍMICO DA CONCENTRAÇÃO DO RECEPTOR DE PROGESTERONA NO LEIOMIOMA UTERINO E MIOMÉTRIO ADJACENTE CONSIDERANDO A FASE DO CICLO MENSTRUAL. ANA CLÁUDIA KUTAX BUIAR; SHELDON RODRIGO BOTOGOSKI; ISABELA CAROLINE BELLANDA GARCIA; MARIA EDUARDA INOCENTE ALVES DA ROCHA LOURES; MARIANE ADELLE DE SOUZA. PUC-PR. Objetivo: Verificar e comparar a concentração de receptores de progesterona entre leiomioma e miométrio normal adjacente, considerando a fase do ciclo menstrual, em mulheres com leiomiomatose uterina. Metodologia: Foram analisadas 59 amostras de mioma e miométrio normal adjacente de mulheres submetidas a histerectomia por leiomiomatose uterina. Foram divididos 2 grupos, sendo o grupo I sem identificação da fase do ciclo menstrual (n=29) e o grupo II (n=30), subdividido em fase proliferativa (subgrupo A, n=18) e fase secretora (subgrupo B, n=12) do ciclo menstrual. Nas amostras foram pesquisados os receptores de progesterona presentes nos dois tecidos, através de método imunoistoquímico e foi realizada a análise estatística. Resultado: Houve diferença significante na concentração dos receptores de progesterona (RP) entre mioma e miométrio normal adjacente, com predomínio de RP no tumor (p<0,001). Quando analisada a relação de RP entre as diferentes fases do ciclo menstrual, não houve diferença significante entre os subgrupos A e B (p=0,709), nem entre os grupos I e II (p=0,267). Conclusão: Houve predomínio de RP no mioma em relação ao miométrio normal, porém sem modificação quanto a fase do ciclo menstrual. Esse dado coloca em evidência o papel da progesterona no desenvolvimento da leiomiomatose uterina e ressalta a possibilidade de tratamentos alternativos aos cirúrgicos, que regridam o tumor de maneira eficaz, sem o comprometimento da fertilidade, visando, paralelamente, a diminuição dos gastos nos sistemas de saúde. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OUTROS TEMAS P-089 - TRANSTORNO DE ANSIEDADE EM PACIENTES PRÉ-OPERATÓRIO DA CIRURGIA GINECOLÓGICA. GISIELLI JOVENILIA POLIDÓRIO ALIEVI; ODIRLEI ANTONIO MAGNAGNAGNO; ISABELLE CRISTINA KRASNIAK; THAUANA BRAGANHOLI; POLYANA KLOMFASS PIATI; MICHEL ROBERTO MANDOTTI; ALINE KRAMPE PERES; THAÍS SCHULTZ CIESIELSKI; PRISCILA MARTINS; JOÃO PEDRO TROMBETTA. CENTRO UNIVERSITÁRIO FAG. Este estudo descritivo tem por objetivo investigar as implicações médicas, geradas pela ansiedade em pacientes que necessitam de intervenções cirúrgicas ginecológicas. E o propósito de investigar quais as implicações médicas geradas pela ansiedade, em pacientes que necessitam de intervenções cirúrgicas ginecológicas. Algumas pesquisas têm mostrado, que os pacientes são submetidos a forte angústia no período pré-operatório. A metodologia foi desenvolvida com revisão bibliográfica realizada em artigos científicos. O paciente geralmente apresenta sintomas de ansiedade, mesmo a cirurgia sendo considerada um procedimento simples. Dessa forma, deve-se levar em conta que a manifestação do transtorno pode interferir no comportamento do paciente, causar sofrimento e eventuais complicações clínicas. É importante salientar, que uma avaliação clínica apurada e a aplicação da escala HAD, pode melhorar os parâmetros das condições emocionais do paciente. A ansiedade descrita em pacientes em pré-operatório imediato de cirurgias ginecológicas eletivas em forma percentual, que foram os seguintes resultados: apreensão (95,8%), e relato verbal de ansiedade respectivamente, verbalização e angústia (93,7%) respectivamente, excitação e inquietação (91,6%) respectivamente, boca seca (87,5%), nervosismo e medo da morte (70,0%) respectivamente. Dentre as especialidades cirúrgicas mais frequentes mencionadas no estudo: 25,0% de histerectomia total abdominal, 21,0% de histerectomia vaginal, 16,7% de videolaparoscopia e 16,4% histeroscopia cirúrgica, 12,5% de laparotomia exploratória, e, 4,2% conização cirúrgica e 4,2% salpingooforectomia. Conclusão: o transtorno de ansiedade pré-operatório está intimamente relacionado ao surgimento de infecções e influência à resposta do sistema imunológico. Os dados demonstrados no presente trabalho, reiteram os achados de outras pesquisas, de que a ansiedade causada pela necessidade de intervenção cirúrgica provoca alterações fisiológicas e emocionais, que interferem no prognóstico clínico do paciente. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OUTROS TEMAS P-090 - LESÕES HPV INDUZIDAS NO COLO UTERINO E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS. ANGELICA DE FREITAS FIORIO. UNISUL. Introdução: Lesões HPV induzidas do colo uterino são alterações celulares que afetam as células da cérvice. São categorizadas como neoplasia intraepiteliais (NICs tipo I, II e III) e carcinoma in situ. Nos casos que a infecção pelo HPV permanece pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras, que se não rastreadas precocemente, evoluem para câncer. Objetivo: Identificar fatores de risco para o desenvolvimento de lesões HPV induzidas no colo uterino em pacientes atendidas na Policlínica UNISUL. Métodos: Estudo caso controle (117 casos e 235 controles) sendo mulheres atendidas na Policlinica UNISUL em Palhoça, de 1 de julho de 2012 a 1 de julho de 2015. Um instrumento de coleta foi elaborado pelo autor, utilizando quiquadrado, p≤0,05, Odds Ratio com IC 95% como medida de associação. A coleta de dados foi realizada em prontuários. Este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética da UNISUL. Resultados: Entre as mulheres do grupo caso 65% possuíam NIC I e 63% encontram-se na faixa etária acima de 30 anos(p=0,02). As lesões HPV induzidas estão associadas ao uso de anticoncepcional (OR 2,44, p<0,001), assim como sexarca antes dos 16 anos (OR 1,69 , p=0,01). Ter menos de 10 parceiros mostrou ser um fator de proteção no estudo (OR 0,45 e p=0,005). Conclusão: Os fatores de risco evidenciados neste estudo são o uso de anticoncepcional oral, sexarca antes dos 16 anos e número de parceiros superior a 10. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OUTROS TEMAS P-091 - PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA. MARÍLIA SIMON ECCO; NATÁLIA BRENDLER CHINAZZO; PATRICIA PEREIRA DE OLIVEIRA. UNOCHAPECÓ. Objetivos: Verificar a prevalência de síndrome metabólica em mulheres na pós-menopausa no município de Chapecó (SC), definir o perfil clínico-epidemiológico dessas mulheres e avaliar a frequência dos critérios diagnósticos da síndrome. Métodos: Foi realizado um estudo transversal descritivo com amostra de 364 mulheres, com idade igual ou superior a 60 anos, na pósmenopausa, atendidas pela rede pública de Chapecó (SC). Foram aplicados questionários sobre os dados clínicos e sóciodemográficos, e hábitos de vida. Além disso, foi realizada a medida da circunferência abdominal e a coleta dos prontuários das participantes, para avaliação dos critérios diagnósticos da síndrome metabólica, de acordo com os valores da National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III). Resultados: A média de idade das mulheres analisadas foi de 68,49 ± 6,05 anos. Quanto à idade de ocorrência da menopausa, a média foi de 48,08 ± 5,38 anos, e 85,16% das mulheres tiveram menopausa natural. A prevalência encontrada para a síndrome metabólica foi de 59,07%, sendo que 10,44% das mulheres apresentaram todos os critérios diagnósticos. O critério diagnóstico da síndrome metabólica mais frequentemente encontrado foi o da circunferência abdominal (78,85%), seguido de hipertensão arterial (69,78%), hipertrigliceridemia, (56,87%), HDL colesterol baixo (51,37%), e diabetes (23,08%). Não houve correlação entre uso prévio de TRH e síndrome metabólica (p>0,0,5). Já o tabagismo apresentou correlação. Quanto ao IMC, a maioria das mulheres encaixou-se em sobrepeso ou obesidade. Conclusões: A prevalência de síndrome metabólica foi alta, e grande parte das mulheres apresentou pelo menos quatro dos cinco critérios diagnósticos, sugerindo predisposição para manifestações cardiovasculares em mulheres pósmenopausadas. O fato de o critério da circunferência abdominal ter sido o mais prevalente pode estar relacionado a tendência a obesidade central encontrada em mulheres na pós-menopausa devido às mudanças corporais causadas pelo hipoestrogenismo ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OUTROS TEMAS P-092 - CISTOADENOCARCINOMA MUCINOSO GIGANTE DE OVARIO EM PACIENTE MENOPAUSADA. NATHAM SOUZA DE ANDRADE; NIMIO RAFAEL GARCETE BALBUENA; JOAO CARLOS PEDRO FILHO; AMANDA ATERJE PELLOSO; ISADORA RIBEIRO VIANA BRITO; LAURA DE LIMA CARVALHO; PATRICIA ROBERTA BERITHE PEDROSA DE OLIVEIRA; ISABELA DE MELLO OLIVEIRA; JOSE SERGIO TAVELA JUNIOR. IRMANDADE SANTA CASA MISERICÓRDIA POÇOS DE CALDAS; UNIVERSIDADE JOSE DO ROSÁRIO VELLANO. Introdução: A Organização Mundial de Saúde classifica os tumores epiteliais ovarianos em nove subtipos e também de acordo com o padrão de crescimento, quantidade de estroma fibroso, comportamento biológico, grau de atipias e invasibilidade, em benignos, malignos e borderlines. Epidemiologicamente estão entre os três mais comuns em mulheres, sendo alta a incidência no período do climatério .Sua evolução silenciosa dificulta o diagnóstico precoce, o que faz com que a maioria seja diagnosticado em estágio avançado. Descrição do caso: Paciente, sexo feminino, 50 anos, obesa, nulípara, menopausada, procurou o serviço por aumento do volume abdominal que piorou há treze meses. Ao exame admissional abdômen globoso e massa abdominal palpável, não sendo possível a realização de exame ginecológico. Foi feito ultrassom abdominal que revelou formação cística, com aspecto de lesão ovariana volumosa e seus exames laboratoriais apresentaram somente CA-125 bastante aumentado. Submetida à laparotomia exploradora, que evidenciou útero aumentado de volume e ovário com volumosa formação cística. Subsequentemente, foi realizada salpingooforectomia esquerda para retirada do tumor. A peça cirúrgica foi analisada e teve como resultado tumor cístico mucinoso borderline volumoso em ovário esquerdo pesando 32,500 kg e medindo 68 x 64 cm, com extensa área de necrose e ausência de invasão estromal com superfície externa ovariana livre. A paciente permaneceu internada no serviço por cinco dias, recebeu alta hospitalar e posteriormente foi acompanhada ambulatorialmente. Comentários: O cistoadenocarcinoma tem incidência epidemiológica alta, diferentemente dos tumores de característica borderline. Esta ligado a alguns fatores de risco como raça branca, nuliparidade, infertilidade entre outros. A paciente do caso descrito apresentou alguns fatores de risco relacionados ao aparecimento de tal tumor, assim como a analise anatomopatológica apresentou um tumor mucinoso borderline gigante. No tratamento desses tumores, a conduta conservadora (salpingooforectomia unilateral) é segura, já que mostra sobrevida alta aos pacientes submetidos. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OUTROS TEMAS P-093 - AVALIAÇÃO ESTÁTICA E DINÂMICA DO ASSOALHO PÉLVICO POR DEFECORRESSONÂNCIA MAGNÉTICA. FRANCILAYNE MORETTO DOS SANTOS; MICHEL ROBERTO MANDOTTI; ALINE KRAMPE PERES; FABIANO TAKAAKI EMORI; OLAVO KYOSEN NAKAMURA. CENTRO UNIVERSITÁRIO FAG; HOSPITAL SÃO LUCAS. Objetivos: Mostrar quais informações podem ser extraídas de um estudo de imagem pélvica por ressonância através da defecoressonância e importância para o planejamento cirúrgico. Metodologia: Estudo pictórico. Utilizamos o banco de imagens de nossa instituição e selecionamos os exames de defecorressonância magnética. Como protocolo do exame orientamos um preparo intestinal com esvaziamento do conteúdo retal por meio de um fleet enema na véspera do exame. Dieta pré-exame sem restrições. Após a injeção de gel endoretal adquirimos sequências de alta resolução espacial ponderadas em T2 nos planos axial, sagital e coronal para avaliação estática da musculatura pélvica. Através de sequências de pulsos sequencias sobre a mesma região, obtivemos uma imagem tipo “cine” documentando o esforço evacuatório. Não utilizamos contraste endovenoso. Resultados: Os casos ilustram de maneira muito amigável todas as estruturas osteo-musculares do assoalho pélvico, vistas nos planos axial, sagital e coronal. Foram medidos o ângulo ano-retal (em repouso, em evacuação), o grau de descenso da junção ano-retal em repouso, o diâmetro ântero-posterior do hiato do elevador do ânus e o descenso vertical do hiato do levantador do ânus. No estudo dinâmico foi possível avaliar a presença ou ausência de cistocele, uretrocele, colpocele, enterocele ou retocele anterior. Conclusões: A defecografia por ressonância magnética representa nada mais do que uma alternativa à defocografia convencional antes realizada por raiox. Porém a ressonância tem a vantagem de avaliar com melhor resolução a anatomia do assolho pélvico. Uma desvantagem em relação ao método feito por raiox é a posição da evacuação não anatômica (decúbito dorsal). Entretanto, assim como observamos nos estudos contrastados de outros segmentos intestinais, há uma demanda crescente e imutável da utilização deste método que deve fazer parte do arsenal de exames do dia a dia do ginecologista e proctologista principalmente. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OUTROS TEMAS P-094 - PROJETO DEPILADORA AMIGA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. TATIANE HERRERA TRIGUEIRO; ISABELLA GIL; ISABELA ROT SANS; ISABELA MORAES REGO PEREIRA; ANA PAULA PERIN MAIA DA SILVA. UNIVERSIDADE POSITIVO. Objetivo: Realizar promoção e prevenção da Saúde da Mulher através da capacitação de depiladoras do Distrito sanitário da Cidade Industrial de Curitiba, Paraná. Metodologia: Trata-se de relato de experiência do curso “Depiladora amiga” organizado, elaborado e implantado por alunas e professores de Medicina e Enfermagem da Universidade Positivo. O curso foi desenvolvido da seguinte forma: as alunas, em setembro de 2015, procuraram pessoalmente as Unidades de Saúde do Distrito Sanitário da Cidade Industrial de Curitiba com autorização da diretora do distrito. As alunas e as agentes comunitárias visitaram todos os salões de beleza e de depilação íntima para convidar as depiladoras para o evento. Foi elaborado aula referente a promoção da saúde e prevenção de agravos referentes à mulher e qual a participação das depiladoras nesse processo de prevenção e auxílio aos serviços de saúde do local. No dia 26 de outubro de 2015 foi realizado o curso com duração de 4 horas, sendo ministrado pela equipe organizadora do projeto em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba. Houve palestras, sorteio de brindes, coffe break, e sessão de fotos. Resultados: O número de depiladoras presentes no curso totalizou 85. O curso agradou muitas depiladoras, que permaneceram fielmente do início até o encerramento, mostrando-se interessadas e fazendo perguntas. Coordenações de outros distritos sanitários de Curitiba entraram em contato com as organizadoras do projeto para que haja uma expansão do mesmo para toda a cidade, visto repercussão na imprensa local e nacional. Conclusão: Acredita-se que os objetivos foram alcançados e perceberam a importância da prevenção de doenças relacionadas à mulher. Notou-se o interesse coletivo e principalmente a busca por informações sobre DSTs, cuidados de higiene íntima e depilação. Também foi possível observar a satisfação das depiladoras por serem empoderadas e darem importância à saúde das suas clientes. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OUTROS TEMAS P-095 - IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO “DEPILADORA AMIGA” E SUA REPERCUSSÃO NA COMUNIDADE. ANDRESSA SEIXAS GULIN; ISABELLA GIL; ISABELA ROT SANS; ISABELA MORAES REGO PEREIRA; ANA PAULA PERIN MAIA DA SILVA; LAIS NICOLE GONÇALVES PANIZZI; MARIANA MARANHO CHYLA; ANA LUIZA REICHMANN MOREIRA PINTO; AMANDA CAROLINA SEIKA. UNIVERSIDADE POSITIVO. Objetivos: Descrever a experiência do projeto “Depiladora Amiga” na Unidade de Saúde Augusta (Curitiba, PR) e sua intervenção benéfica na região, aumentando o número de exames preventivos realizados após 30 dias da intervenção. Metodologia: O cenário da experiência é a Unidade de Saúde Augusta, pertencente ao Distrito Sanitário da Cidade Industrial no município de Curitiba, Paraná. A metodologia aplicada foi Relato de Experiência, tendo como método Pesquisa-Ação. Estudantes de medicina aplicaram questionários às profissionais de depilação pertencentes à região da Unidade de Saúde Augusta para avaliar como era a sua conduta dessas diante de uma lesão na região vulvar e anal. Posteriormente, foi realizado um curso de capacitação para orientar as depiladoras de como devem agir e encaminhar suas clientes a Unidade de Saúde. Resultados: O curso ocorreu no dia 06/07/2015. Nos meses anteriores ao curso, o número de preventivos coletados na Unidade de Saúde foi: abril/2015: 51; maio/2015: 58; junho/2015: 28. Após a intervenção do “Depiladora Amiga”, foram colhidos 73 preventivos. Conclusões: Houve um aumento de aproximadamente 60% comparado à média dos 3 meses anteriores à intervenção. Porém, o projeto teve grande repercussão nas redes sociais, o que ainda não nos permite afirmar que o aumento do número de preventivos ocorreu por conta da iniciativa apenas. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OUTROS TEMAS P-096 - GRAU DE SATISFAÇÃO COM O CURSO ENTRE DISCENTES DE MEDICINA EM CAMPI COM MODELOS EDUCACIONAIS DIFERENTES. JOSE GILMAR COSTA SANTOS; VIVIAN ROBERTA LIMA SANTOS; JULIA MARIA GONÇALVES DIAS; JOSE RODRIGO SANTANA SILVEIRA; BRUNA KAROLINE SANTOS MELO MONTEIRO; RAFAELA GOMES DOS SANTOS; RENATA SOUSA DE SANTANA SILVA; LUIS FABIANO PASSOS BISPO; CARLOS JIVAGO SANTOS DE JESUS. UFS. Objetivos: Correlacionar o grau de satisfação com o curso dos estudantes de Medicina de um campus de uma Universidade Federal que adota o método tradicional de ensino e um campus da mesma Universidade que adota o método PBL (Problem Based Learning). Metodologia: Estudo observacional e descritivo, com coleta de dados feita a partir da aplicação de um questionário previamente elaborado onde se avaliou expectativas com relação ao curso, satisfação ou não com relação ao ensino aplicado e qualidade do aprendizado. Resultados: No campus cujo método de ensino é o tradicional, 129 (60%) estudantes mostraram-se insatisfeitos com o curso. 127 (57,5%) alunos alegaram entusiasmo no período inicial do curso, porém, 180 (81,4%) relataram querer mudança quanto a didática utilizada no ensino. Quanto ao campus em que foi adotado PBL, a insatisfação foi de 54 (77,1%) alunos. 39 (55,7%) alunos relataram entusiasmo ao ingressar na universidade; porém 56 (80%) alunos hoje querem mudança na didática utilizada. Conclusões: A insatisfação do discente com o novo método PBL mostrou-se expressivamente maior do que com o método tradicional. Apesar de o entusiasmo ter sido um sentimento presente nos discentes dos dois campi no início do curso,o desejo de mudança da didática utilizada que apareceu ao longo do curso, tanto no tradicional como no PBL, foi ainda maior. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OUTROS TEMAS P-097 - DIFICULDADES RELACIONADAS AOS DISCENTES QUANTO AO MÉTODO DE ENSINO E A UNIVERSIDADE. JOSE GILMAR COSTA SANTOS; VIVIAN ROBERTA LIMA SANTOS; JULIA MARIA GONÇALVES DIAS; JOSE RODRIGO SANTANA SILVEIRA; BRUNA KAROLINE SANTOS MELO MONTEIRO; RAFAELA GOMES DOS SANTOS; RENATA SOUSA DE SANTANA SILVA; LUIS FABIANO PASSOS BISPO; CARLOS JIVAGO SANTOS DE JESUS. UFS. Objetivos: Analisar dificuldades mais frequentes enfrentadas pelos discentes de uma mesma instituição, porém de campus diferentes com metodologias de ensino distintas entre si, ao longo do curso de Medicina. Metodologia: Estudo observacional e descritivo, com coleta de dados feita a partir da aplicação de um questionário previamente elaborado avaliando as expectativas com relação ao curso. Resultados: 110 (49,7%) discentes do campus de método educacional tradicional informaram que a maior dificuldade com relação a universidade é a falta de espaço prático no curso, seguida da falta de estrutura física, com 109 (49,3%). 50 (22,9%) informaram que acostumar-se ao novo ritmo foi sua maior dificuldade como discente. Já 17 (24,3%) discentes do campus cujo método adotado é o PBL (Problem Based Learning) informaram que a maior dificuldade enfrentada com relação a universidade são as greves longas, seguida da dificuldade de acompanhar o curso 16 (22,9%). 36 (51,4%) informaram que o método PBL era a sua maior dificuldade como discente. Conclusões: os discentes de modelos educacionais informaram dificuldades diferentes relacionadas ao curso, sendo a principal dificuldade no modelo tradicional a falta de espaço prático e estrutura física, como também adaptação ao novo ritmo de estudo. No modelo PBL as greves longas e a adaptação ao próprio método. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OUTROS TEMAS P-098 - CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DOS ALUNOS DOS DOIS CAMPI COM MODELOS EDUCACIONAIS DIFERENTES DA UNIVERSIDADE FEDERALDE SERGIPE. VIVIAN ROBERTA LIMA SANTOS; BRUNA KAROLINE SANTOS MELO MONTEIRO; JOSÉ RODRIGO SANTANA SILVEIRA; LUIS FABIANO PASSOS BISPO; JULIA MARIA GONÇALVES DIAS; RENATA SOUSA DE SANTANA SILVA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE. Objetivos: Analisar comparativamente caracterização socioeconômica dos alunos docampus com método educacional tradicional com relação a alunos do campus com novométodo PBL (Problem Basic Learn). Metodologia: Estudo observacional e descritivo,com coleta de dados feita a partir da aplicação de um questionário previamenteelaborado avaliando o status socioeconômico do aluno, com relação ao ensino aplicadoe qualidade do aprendizado. Resultados: Foram entrevistados 221 alunos do campus demodelo tradicional e 70 alunos do modelo PBL. Os estudantes do campus com métodotradicional de ensino são majoritariamente jovens (21-25 anos), do sexo masculino, procedem do interior do estado, solteiros, moram com os pais, não tem filhos, têm rendamensal média de 2 a 5 salários mínimos e têm o carro próprio como principal meio detransporte para a universidade. Os estudantes do campus com método PBL têm comoperfil serem majoritariamente jovens adultos (26-30 anos), do sexo feminino, procedemdo interior do estado, solteiros, moram com os pais, não tem filhos, têm renda mensal de2 a 5 salarios mínimos, e têm o carro próprio como principal meio de transporte para auniversidade. Conclusões: Quanto ao perfil socioeconômico comparativo dos doiscampi, as diferenças significativas estão na faixa etária, e no sexo predominante. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS OUTROS TEMAS P-099 - SUPORTES DE ATENÇÃO A FAMILIARES SOB LUTO DE MENORES DE UM ANO. BEATRIZ GONÇALVES LOPES; JULIANA FERREIRA LEAL; POLLYANNA KÁSSIA DE OLIVEIRA BORGES; CAROLINY STOCCO. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA (UEPG). Introdução: A dor da perda de um filho compromete laços de vínculo e acarreta em perdas de sonhos e idealizações dos pais e familiares. Objetivo: Este estudo foi proposto para conhecer e descrever os suportes de atenção e cuidado recebidos, segundo o relato materno, em núcleos familiares que sofreram perdas de crianças menores de um ano. Método: Realizou-se um estudo transversal com abordagem qualitativa, com a utilização do Discurso do Sujeito Coletivo como método de análise de dados. Os sujeitos pesquisados foram 09 mães que perderam filhos <1 ano, no período de 2006 a 2014, num território específico do município de Ponta Grossa-PR. Foram realizadas visitas domiciliares para as entrevistas. Nestas, questionou-se sobre o apoio ao enfrentamento do luto com a pergunta: “Alguém lhe apoiou no enfrentamento do luto? Resultados: As mães citaram o apoio espiritual e a família como apoiadores: “Assim, foi só a fé em Deus que aliviou o nosso coração da dor. Puxei muito pro lado religioso, que era vontade de Deus. Porque, se não, talvez não agüentasse! Minha família me ajudou bastante, me aconselhava, falava pra mim não ficar daquele jeito, que era o melhor, que se ficasse seria pior né, que era melhor Deus ter levado”. Mas, os serviços de saúde e apoio psicológico foram sentidos ausentes, como descritos a seguir: “O que eu sinto falta é desse apoio psicológico, pois as mães que perdem seus filhos precisam de um apoio, a gente não tem, muitas mães não tem. A Unidade só dizia Sinto muito! Sentir todo mundo sente, né?”. Conclusões: Supõe-se fragilidade no cuidado familiar, pós-morte infantil, dado que quando a criança entra em óbito, finaliza-se o cuidado da equipe de saúde. Mas, é esperado o começo de outro ciclo de cuidados, com a recuperação da mãe e seus familiares ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS PATOLOGIA DO TRATO GENITAL INFERIOR P-100 - ESTUDO COMPARATIVO E DE PREVALÊNCIA DAS ALTERAÇÕES NAS CITOLOGIAS ONCÓTICAS NA ADOLESCÊNCIA E NO MENACME. RITA MAIRA ZANINE; BEATRIZ DOS SANTOS; SUELEN MARIA PARIZOTTO FURLAN. HC UFPR; PROGRAMA DE POS GRADUACAO EM TOCOGINECOLOGIA UFPR; UFPR. Objetivos: Determinar a prevalência das alterações citológicas; analisar os fatores de risco; a concordância citológica, colposcópica e biópsia. Metodologia: Estudo retrospectivo, observacional, comparativo e transversal envolvendo adolescentes (13-21 anos) e mulheres no menacme, com alteração na colpocitologia, de 2011 a 2015. Foi utilizado o Teste Não Paramétrico de Mann-Whitney (p<0,005) para as variáveis contínuas (idade, sexarca e número de parceiros sexuais) e o Teste Q Quadrado ou Teste Exato de Fischer (p< 0,005) para as variáveis categóricas. O pareamento entre os grupos, os tornou semelhantes e propiciou a avaliação do comportamento das lesões baseada em seus fatores de risco. Resultados: Foram avaliadas 687 mulheres. Destas, 85 (12,4%) tinham entre 13 e 21 anos de idade e 602 (87,6%) eram adultas. A sexarca precoce obteve significância estatística (p< 0,001) e foi mais relevante que o número de parceiros sexuais (p= 0,234); Uso de contraceptivo é fator de risco para lesões cervicais e, dentre eles, o anticoncepcional combinado teve maior relevância. 83,5% das jovens e 73,3% adultas usavam anticoncepcional (p= 0,042) e o método combinado foi o mais utilizado nos dois grupos. A alteração citológica mais prevalente entre as adolescentes foi a LSIL, com 54,2% e no menacme, foi ASCH com 29,7% seguida pela HSIL, 27,2%. Dentre os achados colposcópicos, os maiores (42,9%) seguidos pelos menores (41,7%) foram os mais prevalentes no grupo das adolescentes e nas adultas, foram os maiores, com 56,2%. Os achados histológicos, obtidos por biópsia, mostraram que entre as jovens, a NIC 1 (25%) foi a mais prevalente, seguida pela biópsia negativa com 22,9% e nas adultas, NIC 3 com 22,9%. Conclusões: As lesões citológicas mais prevalentes nas adolescentes foram as de baixo grau. Os principais fatores de risco foram: sexarca precoce e uso de anticoncepcional combinado. A concordância citológica, colposcópica e histológica foi mais fidedigna no menacme. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS PATOLOGIA DO TRATO GENITAL INFERIOR P-101 - ADENOCARCINOMA VILOGLANDULAR DE COLO UTERINO: RELATO DE CASO. RITA MAIRA ZANINE; NATHALIA SCHNEIDER; MANOELA MÜLLER BARBIERI; MARIA ISABEL LAVORANTI; BEATRIZ DOS SANTOS. UFPR. Introdução: O adenocarcinoma viloglandular (AVG) de colo uterino é considerado um tipo raro de adenocarcinoma cervical. Sua maior prevalência é entre mulheres jovens e apresenta bom prognóstico. A seguir, apresentamos um relato de caso da nossa instituição e uma breve discussão sobre o tema. Relato de Caso: Paciente, 39 anos, assintomática, exames citopatológicos realizados no ano de 2014 e 2016, ambos negativos. Primípara, planejava nova gestação (sem uso de contraceptivo há 3 anos). Encaminhada ao ambulatório de Patologia Cervical após identificação de lesão no colo uterino durante exame ginecológico na primeira consulta no ambulatório especializado em Reprodução Humana. Ao exame colposcópico; lesão ulcero-vegetante, de contornos irregulares, sangrante em lábio anterior do colo uterino. Realizado biópsia da lesão e evidenciado adenocarcinoma bem diferenciado, endocervical. A paciente foi, então, submetida a conização à frio e identificado padrão viloglandular. Comentários: O AVG é um subtipo raro de adenocarcinoma do colo uterino, apresenta uma incidência em torno de 2 a 5% de todos os casos de adenocarcinoma do colo uterino e sua prevalência é maior na menacme (37 à 45 anos). Apresenta-se como uma lesão vegetante no colo uterino e seu principal sintoma está relacionado com sangramentos anormais e sinusorragia. Histologicamente é uma variante bem diferenciada de adenocarcinoma do colo uterino; com infiltração superficial, poucas mitoses, graus leves a moderados de atipias celulares e, geralmente, não apresenta invasão linfovascular. Os principais fatores de risco associados ao AVG são o uso de anticoncepcionais orais (ACO) e a infecção pelo vírus HPV. O prognóstico da paciente com AVG é bom, especialmente se não houver invasão linfovascular. Na maioria das vezes, a doença é diagnostica ainda em estádios iniciais possibilitando um tratamento cirúrgico conservador, como conização, objetivando a preservação da fertilidade da mulher, caso a mesma ainda se encontre no menacme e sem prole constituída. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS PERINATOLOGIA P-102 - ABORDAGEM NÃO HUMANIZADA DE PARTO PREMATURO EXTREMO POR EQUIPE DE SAÚDE TERCIÁRIA. TAINÁ JURITI FEIJÓ PINTO; ALINE BRANCALEONE ROCHEMBACH; SABRINA FLORIANI. UNIVILLE. Introdução: Os principais fatores de risco para a mortalidade neonatal e perinatal são os ligados à saúde da mãe e à qualidade da assistência à gestação¹. Apresentamos o caso de um parto prematuro extremo em uma paciente hipertensa prévia em que houve desenvolvimento normal da criança. Discute-se nesse relato questões éticas e impactos relacionados a abordagem da equipe de saúde terciária na tentativa de romper o vínculo entre a mãe e bebê. Relato de Caso: Paciente P.S., 23 anos, primigesta. Foi encaminhada para acompanhamento no ambulatório de alto risco de uma maternidade no norte de Santa Catarina devido à complicadores como o sobrepeso e a hipertensão não controlada prévia à gestação. Índice de líquido amniótico diminuído, achados de insuficiência placentária e ausência de movimentação fetal foram fatores decisivos para realização do parto cesáreo. A idade gestacional era de 25 semanas e 6 dias. A equipe de atenção terciária desacreditou a puérpera de que sua filha sobreviveria. O bebê nasceu com 27 cm, 400 g e com Índice de Apgar de 7/8, demonstrando bom estado perinatal. Discussão: Prematuros extremos despertam maior preocupação quanto ao seu prognóstico e o seu cuidado abrange dilemas éticos. Entretanto, a probabilidade de sobrevivência com suporte intensivo para recém-nascidos de 25 semanas de idade gestacional e com 401 a 1000g é estimada em 75%². Apesar desses dados epidemiológicos, a equipe obteve uma conduta divergente aos princípios da humanização ao desencorajar a mãe que I.S. sobreviveria. A postura assumida pela equipe contradiz as metas do Programa de Humanização do Pré-Natal e do Nascimento³ e impacta no binômio materno-fetal. Nos diferentes limites de viabilidade, os índices de morbidade têm substituído os de mortalidade em bebês prematuros⁴. O que sugere alterar condutas não humanizadas e incentivar o vínculo materno-fetal nos diferentes âmbitos da atenção a saúde. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS PSICOSSOMÁTICA EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA P-103 - GINECOLOGIA COMPORTAMENTAL - AVALIAÇÃO DO OTIMISMO DURANTE O TRATAMENTO DE PACIENTES COM DOR PÉLVICA CRÔNICA. BRUNA KAROLINE SANTOS MELO MONTEIRO; MILEMA MAURÍCIO MAIA; VIVIAN ROBERTA LIMA SANTOS; ZILDETE CIBELE GRANJA AMORIM; AMANDA BASÍLIO BASTOS DOS SANTOS SILVA; JOSÉ RODRIGO SANTANA SILVEIRA; ELIZABETH BRASIL MATOS OLIVEIRA; FERNANDA RAMOS MONTEIRO; THAYANA SANTOS SANTOS DE FARIAS; JULIA MARIA GONÇALVES DIAS. UFS. Objetivos: avaliar o grau de otimismo como resposta ao tratamento e a condição de humor durante o tratamento de mulheres portadoras de dor pélvica crônica no serviço público na cidade de Aracaju, Sergipe. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo com pacientes portadoras de dor pélvica crônica do Ambulatório de Ginecologia e Patologia Cervical do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe, no período de agosto de 2015 a maio de 2016. Foram entrevistadas 45 mulheres com dor pélvica crônica. Estas responderam as perguntas de uma escala de otimismo validada transculturalmente, o TOV-R (teste de orientação de vida). Estas pacientes foram avaliadas no momento zero e mais três vezes após com relação à resposta ao tratamento. Foram feitas quatro avaliações no total e a repetição da aplicação da escala de otimismo em cada uma destas revisões. Os dados coletados foram armazenados em planilha do Excel e foi confeccionada uma máscara para o software Epi- Info 7. Para a análise estatística utilizou-se frequências absolutas (n) e relativas (%) para a descrição do perfil da amostra. Resultados: das 45 pacientes, 24 (53,3%) fizeram as quatro avaliações, as outras 21 (46,6%) pacientes estão com o processo de avaliação em andamento. Das 24 pacientes 18 (75%) obtiveram melhora do estado emocional e comportamental. Apenas 6 (25%) não apresentaram melhora segundo o TOV-R. Conclusão: houve melhora do estado emocional e comportamental da grande maioria das mulheres, mostrando eficácia de tratamento. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS REPRODUÇÃO HUMANA P-104 - TRATAMENTO CLÍNICO DA AZOOSPERMIA DECORRENTE DE HIPOGONADISMO HIPOGANODOTRÓFICO CENTRAL APÓS ACIDENTE COM VIVAX®: RELATO DE CASO. MARINA ZEDU ALLIPRANDINI; CRISTIANE G. GOBO; FERNANDO RODRIGUES DOS SANTOS; DEBORA TAGLIARI; THAMARA PIAZZA. UNIOESTE; GINO FERTY. Introdução: O hipogonadismo hipogonadotrófico central caracteriza-se pela falta completa ou parcial de desenvolvimento puberal em decorrência de defeitos na migração, síntese, secreção ou ação do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH). Baixas concentrações de esteroides sexuais e valores reduzidos de gonadotrofinas hipofisárias (LH e FSH) definem, do ponto de vista laboratorial, essa condição clínica. A secreção dos demais hormônios hipofisários encontra-se normal, bem como a ressonância magnética de região hipotalâmica-hipofisária, demonstrando a ausência de uma causa anatômica. Descrição do Caso: H.S.F., masculino, 22 anos, técnico agropecuário, trabalha com VIVAX® (vacina para castração imunológica de suínos) com a qual aplicou-se acidentalmente. Cinco meses após, procurou atendimento clínico com queixas de diminuição da libido, da barba e do volume testicular. Os exames laboratoriais revelaram hipogonadismo hipoganodotrófico central com LH/FSH suprimidos e, consequentemente, ausência de testosterona e azoospermia, confirmada por pelo menos 02 espermogramas. A ressonância e a dosagem dos demais hormônios hipofisários estavam normais, afastando outras condições patológicas. Foi prescrito menotropina para a indução de LH/FSH e reposição de testosterona. Após 3 meses de tratamento, o paciente apresentou produção espermática normal, confirmada por espermogramas, e dosagem de LH/FSH adequada. Comentários: O antígeno imunizante VIVAX® é um análogo de GnRF acoplado à proteína carreadora que inibe a produção de LH/FSH hipofisários, utilizado para castração imunológica de suínos. O tratamento clínico da azoospermia relacionada à disfunção hormonal requer compreensão da base hormonal da espermatogênese. Nesse relato, foram descartadas outras causas de hipogonadismo como obesidade, tumores hipofisários, traumas, infecções testiculares, hipogonadismo congênito, pois o paciente apresentava desenvolvimento puberal normal anterior ao acidente, a sintomatologia ocorreu após o acidente e a ressonância da hipófise e dosagem de seus demais hormônios estavam normais. Assim, o tratamento com gonadotrofinas e, talvez, a degradação biológica do VIVAX®, foram fundamentais para a reversão do quadro clínico e a recuperação da produção espermática normal. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS REPRODUÇÃO HUMANA P-105 - GRAVIDEZ ECTÓPICA PÓS FERTILIZAÇAO IN VITRO TRATADA COM METOTREXATE. DEBORA TAGLIARI; FERNANDO RODRIGUES DOS SANTOS; THAMARA PIAZZA; MARINA ZEDU ALLIPRANDINI; CRISTIANE GISSELDA GOBO. UNIOESTE. Introdução: A incidência de gravidez ectópica é de 2,1 - 8,6% das mulheres submetidas à fertilização assistida, situação intrigante, visto que o embrião é transferido para uma área específica do útero (1). Endometriose, cirurgias prévias, idade e tabagismo são alguns fatores de risco. Acredita-se que a migração retrógrada em tubas debilitadas ou efeitos do tratamento sejam as principais causas de GE pós FIV (1.2). Diagnóstico e tratamentos precoces são essenciais para reduzir a morbidade e mortalidade maternas e para indicação do tratamento clínico (1,2,5,8). O Metotrexate é um dos tratamentos de escolha, considerado seguro e efetivo em casos selecionados, além de não afetar a permeabilidade tubária e a reserva ovariana (3,4,5,6,7). Descrição do caso: S.D.A.S., feminina, 29 anos, infertilidade primária há 8 anos por fator masculino grave de etiologia por criptorquidia corrigida com 6 anos de idade. Realizado fertilização in vitro, com injeção intracitoplasmática de espermatozoides – ICSI, confirmada gravidez com 10 dias , houve aumento gradativo do -hCG até 2500 mUI/ml, porém não foi visualizado saco gestacional intra útero pela USG na 5ª semana, apenas imagem para ovariana à esquerda, sugestivo de GE. Após confirmado o diagnóstico, foi realizado tratamento clínico com Metotrexate 50 MG dose única intramuscular e houve regressão dos níveis de -hCG em 07 dias 1400 mUI/ml, confirmando redução da imagem para ovariana ao ultrassom e após 14 dia BHCG 400 mUI/ml. Comentários: O caso relatado aborda vários assuntos interessantes na medicina reprodutiva. Primeiramente, um paciente com oligospermia severa, obtendo resultado na FIV por meio da técnica de ICSI. Além disso, apresenta um caso de gravidez ectópica pós FIV, que se encaixava no protocolo de tratamento não cirúrgico, a qual foi tratada clinicamente com Metotrexate, obtendo sucesso no tratamento. Confirmando, assim, a efetividade desse tratamento, como relatado na literatura. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS REPRODUÇÃO HUMANA P-106 - GRAVIDEZ HETEROTÓPICA ROTA PÓS FERTILIZAÇÃO IN VITRO. THAMARA PIAZZA; FERNANDO RODRIGUES DOS SANTOS; DEBORA TAGLIARI; MARINA ZEDU ALLIPRANDINI. UNIOESTE; GINO FERTY. Introdução: Gestação heterotópica é uma condição rara na qual se encontra gestação ectópica simultaneamente a uma gestação intra-uterina (1). A incidência relatada é 0.6-2.5 casos a cada 10.000 gestações. Há um aumento significativo na incidência quando se usa técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (2). A localização mais prevalente do componente ectópico é na tuba uterina. O diagnóstico precoce é difícil, geralmente, só é possível após a rotura da prenhez ectópica (4). Relato de Caso: MBZ, infertilidade primaria há seis anos.À histerossalpingografia mostrava obstrução tubária à direita e tuba esquerda dilatada com dificuldade de esvaziamento do contraste, realizado vídeolaparoscópia confirmando obstrução tubária proximal à direita e tuba esquerda cromotubagem positiva. Prova terapêutica de coito programado três vezes sem sucesso, indicado fertilização in vitro (FIVET) pelo fator tubo peritoneal e falha de tratamento de baixa complexidade. Como tratamento foi realizado FIVET e superovulação com FSHr, dois embriões criopreservado foram transferidos. Dez dias após BCHG 120 mUl/ml. Ao ultrassom transvaginal com seis semanas evidenciado um saco gestacional intra útero e embrião com BCF positivo e várias imagens compatíveis com corpos lúteos e cistos tecaluteinicos bilaterais. A paciente apresentou quadro álgico abdominal e ao ultrassom foi diagnosticada gravidez ectópica rota, realizado a laparotomia de urgência com salpingectomia esquerda e hemotransfusão. A paciente evoluiu com a gestação intra uterina ao termo e RN saudável. Comentários: A taxa de detecção da gravidez heterotópica pode variar de 41 a 84%, com ultra-sonografia transvaginal (5). Gravidezes heterotópica podem representar um dilema diagnóstico, porque um ultrassom transvaginal precoce a presença de um saco gestacional intra útero não pode excluir a presença de outro ectópico em todos os casos (4). Diagnósticos precoces de gravidez ectópica viáveis antes de mortalidade e morbidade abole ruptura e oferece a possibilidade de seleção de pacientes para tratamento conservador (6). ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS REPRODUÇÃO HUMANA P-107 - GESTAÇÃO APÓS FERTILIZAÇÃO IN VITRO EM PACIENTE INFÉRTIL SUBMETIDA A TRATAMENTO CONSERVADOR DE HIPERPLASIA ENDOMETRIAL ATÍPICA COMPLEXA. TALINE ALISSON ARTEMIS LAZZARIN SILVA; EMANUELLE BIANCHI DA SILVA; CRISTIANE GISSELDA GOBO; FERNANDO RODRIGUES DOS SANTOS. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ; GINOFERTY - CLÍNICA DE MEDICINA REPRODUTIVA. Introdução: hiperplasia endometrial atípica complexa (HEAP) compreende espessamento endometrial com alterações arquiteturais e atipia citológica (1). Sua incidencia é inferior a 1% (2), contudo sua importancia refere-se ao fato de ser precursora do cancêr de endométrio com maior risco estimado de progressão (3). O tratamento padrão desta patologia consiste na histerectomia total e salpingo-ooforectomia bilateral (4). Entretanto, progestrona oral é uma alternativa para mulheres que desejam a preservação da fertilidade (5). Descrição do caso: paciente feminina, 42 anos, infertilidade primária, história prévia de sindrome dos ovários policisticos, histerossalpingografia com leve estreitamento em uma das tubas uterinas, hipotireoidismo em tratamento, obesidade, episódio de trombose há 2 anos e trombofilia. Durante investigação pré fertilização in vitro (FIV), apresentou endométrio espessado à ultra-sonografia, cuja histeroscopia evidenciou extensas áreas endometriais irregulares com estudo anatomopatológico de HEAP. Apesar dos protocolos de indicação cirurgica, terapia com progesterona oral foi recomendada, em virtude do desejo de gestar. Paciente fazia também uso de enoxaparina profilática. Após cinco meses de tratamento clinico e acompanhamento com ultra-sonografias e biópsias endometriais periódicas, foi realizada a FIV com injeção intracitoplasmática de espermatozóides, 09 oócitos recuperados, transferidos 03 embriões e, consequente gestação tópica única, com recém-nascida a termo. Comentários: A hiperplasia endometrial atípica complexa é lesão pré-maligna e a terapêutica de escolha é cirurgica(4). Um dos mais interessantes avanços no tratamento das hiperplasias é a possibilidade de reversão das alterações hiperplásicas com o uso de agentes progestacionais (6). Porém a decisão de tratar de forma conservadora é difícil, pois não existem diretrizes claras para a escolha de uma correta terapia hormonal, incluindo o tipo de progestina, a dose, e a duração (7). Apesar dessas dificuldades, este relato apresenta um caso de sucesso do tratamento clinico em paciente com infertilidade e idade mais avançada. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS REPRODUÇÃO HUMANA P-108 - AZOOSPERMIA REVERTIDA COM TRATAMENTO CLÍNICO E INJEÇÃO INTRACITOPLASMÁTICA DE ESPERMATOZÓIDES BEM SUCEDIDA. EMANUELLE BIANCHI DA SILVA; TALINE ALISSON ARTEMIS LAZZARIN SILVA; CRISTIANE GISSELDA GOBO; FERNANDO RODRIGUES DOS SANTOS. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE); GINOFERTY - CLÍNICA DE MEDICINA REPRODUTIVA. Introdução: azoospermia incide em 1% da população masculina e 10-15% dos homens inférteis. É classificada em obstrutiva e não obstrutiva (ANO), esta corresponde a 60% de todos os casos. A melhora da espermatogênese pode permitir o aparecimento de espermatozóides com melhora dos resultados em fertilização in vitro (FIV) por injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI), podendo ocorrer em 50% dos casos de ANO. Descrição do caso: A.A.G., 33 anos, infertilidade conjugal há 3 anos. Ausência de doenças prévias e nega uso de medicamentos. Apresentava espermograma com 5 milhões/ml, que baixou para 0,4 milhões de espermatozóides/ml 2 anos após varicocelectomia, e 3 meses depois constatou-se azoospermia. Exames (testosterona, FSH, LH, prolactina, TSH, cariótipo e microdeleção do Y) normais. Protocolo para o esposo foi Menotropina (FSH 75UI + LH 75 UI urinários) 01 ampola segundas e terças feiras + Gonadrotofina Coriônica 5.000 UI (hCG urinário) intervalos de 15 dias, ambos por 12 semanas. Na última semana foi programado FIV por ICSI, plano coleta de sêmen por masturbação e analisado o material, se ausência de espermatozóides realizar PESA ou TESA (punção epididimária ou testicular) e reserva de sêmen heterólogo caso necessário. Foram encontrados na coleta 1,5 milhões de espermatozóides com espermatozóides móveis, realizada ICSI obtendo 04 embriões, transferidos 02 e criopreservados 02, obteve-se sucesso com gestação única e com RN saudável. Comentários: A ANO tem como causa a espermatogênese anormal. FIV por ICSI é a modalidade de tratamento padrão nesses casos, contudo, a recuperação da espermatogênese ainda constitui um desafio. Gonadotropinas melhoram a espermatogênese e androgenização e aumentam as taxas de sucesso na FIV com base na redução da secreção de gonadotrofina endógena a partir da administração de gonadotrofina exógena, lembrando ainda que oligospermias severas podem evoluir para azoospermias, devendo os pacientes serem orientados sobre criopreservação de sêmen profilática. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS REPRODUÇÃO HUMANA P-109 - SCREENING GENÉTICO PRÉ-IMPLANTACIONAL: IMPORTÂNCIA PARA O ACONSELHAMENTO GENÉTICO REPRODUTIVO. LILIAN OKADA; MARIA TERESA SANSEVERINO; DAVID KVITKO; RICARDO AZAMBUJA; MARIANGELA BADALOTTI; ALVARO PETRACCO. FERTILITAT - CENTRO DE MEDICINA REPRODUTIVA. Objetivo: Analisar os resultados de PGS (Screening Genético Pré-implantacional) de casais que se submeteram a fertilização in vitro e optaram por realizar a análise genética dos embriões, estratificados pela idade materna. Metodologia: Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo, revisando os ciclos de PGS a partir de 2012 até Junho de 2016. Os embriões gerados por fertilização in vitro foram biopsiados no terceiro, quinto ou sexto dia de cultivo embrionário. As análises genéticas foram realizadas pelas técnicas de hibridização genômica comparativa por array (aCGH) ou Next Generation Sequencing (NGS). Resultados: Desde 2012, foram realizados um total de 226 ciclos com PGS. Um total de 883 embriões foram biopsiados, destes apenas 183 foram classificados como euplóides (20,72%). Houve uma forte correlação entre aneuploidia e idade materna avançada; visto que quando estratificados pelas idades maternas (< 35 anos, 35-39 anos e ≥ 40 anos) observou-se taxas de euploidias de 39,6%, 27,3% e 9,5%, respectivamente. Conclusões: Nossos resultados corroboram a elevada taxa de aneuploidia em concepções humanas em relação à idade materna avançada. Estes resultados reforçam a importância do PGS para o aconselhamento genético reprodutivo, permitindo explicar as falhas prévias de gestação, prevenir abortos e potenciais gestações de aneuploidias viáveis. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS REPRODUÇÃO HUMANA P-110 - SUCESSO DE GESTAÇÃO APÓS CONGELAMENTO DE EMBRIÃO PELO MÉTODO LENTO POR 12ANOS E RECONGELAMENTO POR CRIOPRESERVAÇÃO – RELATO DE CASO. VIVIANE MARGARETH SCANTAMBURLO NIEHUES; KAHISA NATIELE FONTANA DAL TOSO; ROSANA BUENO DE MORAES; LIDIO JAIR RIBAS CENTA; JAIME KULAK JUNIOR. PG TOCO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; ANDROLAB. Introdução: O congelamento de embriões iniciou em 1983 objetivando reduzir o número de gestações múltiplas. Existe preocupação em relação à possibilidade do processo de congelamento danificar o embrião apesar da literatura ter mostrado que não há impacto negativo neles, no período perinatal, nem tampouco no desenvolvimento infantil precoce. Os embriões podem ser congelados pelos métodos lento e vitrificação. O tempo que um embrião permanece congelado parece não apresentar grande interferência. No Brasil, conforme Normativa do CFM, é permitido a doação ne recepção de embriões doados desde que se mantenha o anonimato entre as partes. Descrição: V.C.H. de 44 anos casada com P. H. H. de 46 anos com infertilidade primária há 10 anos. Feito diagnóstico de falência ovariana e casal optou por transferência de embriões doados. Haviam 5 embriões no estadio de células (dia 3) compatíveis com o casal que haviam sido congelados pelo método lento há 12anos. O preparo endometrial da paciente foi feito com uso de estradiol 6mg/dia à partir do 3º dia do ciclo menstrual e no 15º dia apresentava endométrio trilaminar medindo 9mm. Iniciado a progesterona vaginal (600mg/dia) e no 3º dia de uso foram então descongelados os embriões e deixados em cultura sendo que 3 chegaram ao estadio de blastocisto. A transferência de embriões teve que ser cancelada devido sangramento pela paciente e os 3 blastocistos foram recongelados mas agora pela técnica de vitrificação. No ciclo seguinte realizado novo preparo de endométrio (mesmo protocolo) com boa resposta e desvitrificados 2 blastos com transferência para o útero sem intercorrências. Teste de gravidez positivo após 12dias, sendo confirmado gestação única com ecografia transvaginal posteriomente. A gestação transcorreu sem intercorrências, resultando em recém-nascido a termo com boas condições de saúde e ausência de malformações. Comentários: é possível o sucesso na obtenção da gravidez com segurança após anos de congelamento de embriões. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS REPRODUÇÃO HUMANA P-111 - INCIDÊNCIA DE ZIKA VÍRUS EM PACIENTES CANDIDATOS A TRATAMENTO DE REPRODUÇÃO ASSISTIDA EM CURITIBA- PR. VIVIANE MARGARETH SCANTAMBURLO NIEHUES; KAHISA NATIELE FONTANA DAL TOSO; LIDIO JAIR RIBAS CENTA; JAIME KULAK JR. PG TOCO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; ANDROLAB. Introdução: Segundo dados do Ministério da Saúde o Zika vírus encontra-se amplamente distribuído pelo país, com casos confirmados por meio de testes laboratoriais. Em Curitiba, raros casos foram reportados. A investigação laboratorial para os suspeitos de infecção pelo Zika vírus inclui o diagnóstico inespecífico (por meio da realização de exames hematológicos, análise de marcadores séricos, exames de imagem e oftalmológicos) e o diagnóstico específico pela detecção in vitro de material genético - RNA viral, por técnica de biologia molecular ou de anticorpos circulantes contra o vírus. O principal modo de transmissão do Zika vírus é picada de mosquitos Aedes aegypti. No entanto, evidências indicam que o vírus também é transmitido por via sexual e por meio de transfusão de sangue. A ANVISA emitiu a nota técnica orientando sobre a RDC nº 72, de 30 de março de 2016 acerca de critérios técnicos para o gerenciamento do risco sanitário de células, tecidos germinativos e embriões humanos para uso terapêutico frente aos casos de infecção por Zika vírus no Brasil. A partir de então, todos os candidatos a tratamento de reprodução assistida devem ser submetidos a testes sorológicos para verificar infecção atual por Zika vírus. Objetivo: descrever a incidência de teste positivo para Zika vírus em pacientes candidatos a tratamento de reprodução assistida em uma clínica privada de Curitiba - PR. Metodologia: estudo retrospectivo dos resultados de exames laboratoriais (sorologia IGM ou molecular) entre 30/03/16 e 02/08/16 de pacientes a serem submetidos a tratamento de reprodução assistida. Resultado: 110 pacientes realizaram o exame sérico sendo positiva a sorologia IGM em apenas 2 pacientes e indeterminado em 1. Foi realizado teste molecular nos 3, conforme orientação da RDC e não foi detectado RNA do Zika vírus em nenhum dos 3 pacientes. Conclusão: Não foram confirmados pacientes infectados pelo Zika vírus no grupo estudado. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS REPRODUÇÃO HUMANA P-112 - REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA HOMÓLOGA POST-MORTEM E BIOÉTICA. LUIZ ANTONIO BENTO; MOACIR RAFAEL RADAELLI; BRUNO MASCHIO NETO; MAYARA PLOCHARSKI; EDUARDO HOFFMANN; GISIELLI JOVENILIA POLIDÓRIO ALIEVI. UNINGÁ; UEM; FAG. Este estudo tem por objetivo analisar evolutivamente a inseminação humana assistida post mortem e seus efeitos jurídicos. Com a análise evolutiva do instituto, constata-se que a fertilização artificial levanta sérios questionamentos éticos sobre sua utilização, manejo e condução, clínica e laboratorial, uma vez que implica na manipulação de genes de seres humanos após sua morte; tal questionamento exsurge exatamente pelo fato de que juridicamente se leva em consideração que uma vez encerrada a vida não existiria biologicamente a possibilidade do desenvolvimento de um filho do falecido; no entanto, a ciência médica propicia esta possibilidade. A metodologia foi desenvolvida com revisão, a partir da literatura, e pesquisa bibliográfica realizada em artigos científicos, legislação pátria, doutrina e notícias. E os resultados acerca do aludido tema proposto, considerada a inseminação artificial post mortem, como alternativa para casais que optarem pela técnica. É fato que no Brasil, houve um aumento expressivo do número de clínicas especializadas nas técnicas de reprodução humana assistida. Por esse motivo faz-se necessário o estudo da existência de concomitante legislação que proteja a saúde e os direitos de todos os envolvidos, determinando critérios e responsabilidades dos profissionais que a praticam, especialmente pelo surgimento de herdeiro após a morte. Conclui-se que a questão é controversa e encontra posicionamentos diversos na doutrina. Hodiernamente, os vários ramos das ciências requerem maior entrosamento para um estudo interdisciplinar e aplicação em consonância. Dessa forma, em função das técnicas de reprodução assistida terem evoluído no Brasil, deve-se observar além da legislação pátria, também o Código de Ética Médica e a resolução específica do Conselho Federal de medicina (CFM) sobre esta questão, para harmonizar os direitos de herdar na condição de filho post mortem, com a finalidade de evitar que os avanços na medicina culminem em problemas que afetem a sociedade e os indivíduos envolvidos. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS REPRODUÇÃO HUMANA P-113 - PREVALÊNCIA DE HEPATITES VIRAIS E DST’S EM MULHERES COM INDICAÇÃO DE FERTILIZAÇÃO IN VITRO EM UM GRANDE CENTRO DE CURITIBA – PR. JOAO GUILHERME GRASSI DOS ANJOS; JAIME KULAK JUNIOR. UFPR. O avanço na prevalência de hepatites virais e doenças sexualmente transmissíveis tem sido foco de grande preocupação em saúde pública. Políticas públicas foram estabelecidas buscando prevenir sua transmissão. População de especial interesse nesta abordagem são os indivíduos em idade reprodutiva, entre outros motivos também pelos riscos de transmissão vertical e contaminação de parceiros. Pessoas que necessitam de tratamentos de reprodução assistida para obtenção de gestação não estão livres destas preocupações. Desde 2011 são obrigatórios exames de triagem para todas as pacientes que se submeterão a tratamentos de reprodução assistida, entre eles exames para sífilis, hepatites B e C, HTLV e HIV. Apesar da obrigatoriedade dos exames pouco se sabe a respeito da prevalência destas doenças nesta população específica. Neste trabalho buscamos através de revisão retrospectiva de prontuários em um grande centro de reprodução assistida de Curitiba-PR estas prevalências. O estudo foi avaliado e liberado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e está sendo realizado como trabalho de mestrado na pós-graduação em tocoginecologia da Universidade Federal do Paraná. No período de setembro a dezembro de 2015 um total de 121 mulheres foram tratadas pela técnica de fertilização in vitro, realizando todas elas as sorologias obrigatórias. Constatou-se que apenas 43% delas apresentaram-se imunizadas contra o vírus da hepatite B. Nenhuma paciente apresentou infecção pelo HIV nem por HTLV ou hepatite C. Nenhuma delas apresentou infecção por hepatite B e 3% (4) delas demonstraram contato prévio com o vírus da hepatite B. Apenas 0,8% (1) apresentou reação de VDRL positiva. Trata-se de pesquisa em andamento com ativa expansão do banco de dados, que será atualizado para a apresentação. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ULTRASSONOGRAFIA EM GO P-114 - SÍNDROME DE BODY STALK: RELATO DE CASO. PEDRO CARLOS TEIXEIRA COSTA; LÍVIA PEREIRA VIEIRA; CARLA CRISTIANE OLIVEIRA PINHEIRO; ROSAMARIA RIBEIRO CARACAS; NAIARA FERNANDES COSTA; JULIANA DOS SANTOS GENELHU PEREIRA; RENIVALDO LAPA SANTOS; ALTINO CÂNDIDO MENDONÇA BITTENCOURT. FUNDAÇÃO DE SAÚDE DE VITÓRIA DA CONQUISTA - HOSPITAL ESAÚ MATOS. Introdução: A Síndrome de Body Stalk é uma condição rara associada à alta taxa de abortamentos espontâneos. É caracterizada por extenso defeito da parede abdominal, com herniação de seu conteúdo, cifoescoliose acentuada e cordão umbilical rudimentar ou ausente, podendo ou não coexistir alterações de membros, anomalias craniofaciais e aumento da translucência nucal. Descrição do caso: Paciente VSPL, 24 anos, parda, solteira, tercigesta, admitida no serviço hospitalar em trabalho de parto prematuro, queixando-se de disúria e hipertermia, sem exames laboratoriais de pré-natal e ultrassonografia obstétrica compatível com idade gestacional de 27 semanas e 5 dias com alterações sugestivas de gastrosquise. Paciente sem comorbidades prévias e sem antecedentes familiares patológicos, informou tabagismo e uso de cannabis sativa fora do período gestacional. Durante a internação hospitalar foi realizada nova ultrassonografia obstétrica que evidenciou: biometria fetal compatível com 27 semanas, polidrâmnio acentuado (ILA: 40 cm), feto contendo múltiplas malformações, com ausência completa de parede abdominal e órgãos abdominais expostos no líquido amniótico, sem membrana em seu entorno, associado a presença de meningomielocele e cifoescoliose acentuada. Concluiu tratar-se da Síndrome de Body Stalk. A paciente evoluiu, após dois dias, com rotura prematura de membranas ovulares, sendo realizado parto cesáreo, devido órgãos abdominais fetais em canal cervical, inviabilizando parto vaginal, sendo recém-nascido natimorto, apresentando todas as alterações evidenciadas em ultrassonografia, além de malformações articulares e cordão umbilical rudimentar. Comentários: Dentre os defeitos de fechamento da parede abdominal, a síndrome de Limb Body Wall, também conhecida por complexo membros-parede corporal ou Body Stalk, é uma das menos prevalentes, ocorrendo em 1/42.000 nascimentos. Não há defeitos cromossômicos específicos, possuindo cem por cento de letalidade. Destaca-se ainda a necessidade de realizar diagnóstico diferencial com outros defeitos de fechamento da parede abdominal (onfalocele, gastrosquise, extrofia vesical e extrofia da cloaca), bem como com a Síndrome da Banda Amniótica. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS ULTRASSONOGRAFIA EM GO P-115 - AVALIAÇÃO DAS MAL FORMAÇÕES E DESVIOS DO NORMALIDADE DE CRESCIMENTO FETAL DIAGNOSTICADOS AO ULTRASSOM EM UMA AMOSTRA DA POPULAÇÃO RESIDENTE NA TRÍPLICE FRONTEIRA. GLÁUCIA APARECIDA DE MENEZES; JHONATHAN L. DE GOUVEIA; MATHEUS L. MENDES. UNILA; CLIMMEF. Introdução: O ultrassom é o principal método de imagem utilizado para avaliação da morfologia e crescimento fetal. O diagnóstico preciso das condições maternas e fetais depende da capacidade do ultrassonografista de detectar os desvios da normalidade. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar se existe a preponderância de alguma mal formações e/ou desvio de crescimento fetal na população estudada. Metodologia: Foi realizado em estudo retrospectivo, e a amostra composta de 1014 exames de pacientes com idade gestacional entre 12 e 39 semanas, que realizaram o exame em uma clínica privada (CLIMMEF) da cidade de Foz do Iguaçu. Todas os exames foram realizados por um único examinador com especialidade em Medicina Fetal utilizando 2 modelos de aparelhos de ultrassonografia. Resultados: Nós encontramos 5 casos de mal formações do SNC, 5 casos de mal formações múltiplas, 4 casos de cardiopatia, 4 mal formações de parede e/ou conteúdo abdominal, 4 casos de Pieloectasia isolada, 1 caso de lábio leporino, 1 caso de hérnia diafragmática, 1 caso de hidropsia fetal não imunitária, 02 casos de linfangioma, 01 caso de Síndrome de Pena Shokeir, 01 caso de Síndrome do Complexo Membro-corpo, totalizando 29 casos. Foram encontrados 03 casos de anormalidades de implantação placentária, 12 casos com desvios da normalidade do crescimento fetal (6 casos de macrossomia fetal e 6 casos de CIUR). O doppler mostrou-se alterado em 6 casos. Estes resultados representam 4,93 exames com alguma particularidade, a cada 100 exames realizados na clínica. Conclusões: Os resultados mostraram uma diversidade de anormalidades ultrassonográficas o que demonstra a necessidade de um bom treinamento em ultrassom e conhecimento da morfologia e crescimento fetal para que se possa detectar os desvios da normalidade. Este achado é de suma importância quando se pretende formar profissionais para atuar na área. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS P-116 - CRISE MIASTÊNICA E GRAVIDEZ: RELATO DE CASO SOBRE O MANEJO DURANTE A GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉRIO. FLAVIO COSTA LEITE; MARINA NUNES MACHADO; RICARDO GUSTAVO ZILL RISSON; VIVIAN RAMOS GREGORCZYK; JAINARA APARECIDA MORARI; CAROLINE SASSAKI DOS SANTOS; MARIANA ULIANO CORDEIRO; CAROLINE NABACK DUCLOU. HOSPITAL DO ROCIO. A Miastenia Gravis é distúrbio autoimune na transmissão neuromuscular. A astenia e fadiga muscular são características desta doença. A evolução na gestação é imprevisível. O parto e o puerpério são os pontos críticos na gravidez. Os autores relatam o caso de uma gestante , 24 semanas, crise miastênica, admitida no Hospital do Rocio em abril16. Necessitou de assistência ventilatória mecânica em UTI e suporte alimentar por sondagem nasoenteral. Em julho/16, 36 semanas e três dias, RUPREME, liquido com traços meconiais, colo impérvio, BCF 150 bpm. Interrupção gestacional por cesariana, sob anestesia geral. Laparotomia a Pfannenstiel. Extração de feto vivo, com circulares de cordão frouxas e um nó verdadeiro frouxo, cordão umbilical fino com pouca massa de constituição, placenta pequena e calcificada. Recem-nato hipotônico e apnéico. Puérpera reencaminhada para UTI. A crise miastênica é ponto crítico da MG podendo ser fatal subitamente. As exacerbações clínicas podem ser precipitadas pela gravidez, por infecções e distúrbios emocionais. O parto é fator agravante, apesar da MG não alterar o parto em si. Durante o trabalho de parto, mãe e feto devem ser monitorados continuamente. Na assistencia o objetivo é evitar a fadiga materna e o esforço muscular comuns no período expulsivo. A via de parto é critério obstétrico. O trabalho de parto pode ser induzido e evoluir pela via vaginal através do uso profilático do fórcipe, sob anestesia peridural contínua. O recém-nato apresenta MG neonatal que regride espontaneamente. No puerpério a exacerbação da crise miastênica é comum, sendo importante o manejo multidisciplinar e manutenção da terapia anticolinesterásica. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS P-117 - MANEJO CONSERVADOR DE PERCRETISMO PLACENTARIO COM INVASÃO DE BEXIGA E RETO: RELATO DE CASO COM USO DE METOTREXATO. FLAVIO COSTA LEITE; MARINA NUNES MACHADO; JAINARA APARECIDA MORARI; VIVIAN RAMOS GREGORCZYK; CAROLINE SASSAKI DOS SANTOS; MARIANA ULIANO CORDEIRO; CAROLINE NABACK DUCLOU. HOSPITAL DO ROCIO. O percretismo placentário é a invasão trofoblástica que pode comprometer bexiga e reto, com sério risco de complicações maternas e fetais, principalmente, após as 35 semanas. Os principais fatores de risco são as cicatrizes uterinas previas e a grande relação com placenta prévia. A prevalência do acretismo tem aumentado nos últimos anos pelo abuso de cesarianas, incidindo em 1:1900 gestantes. O diagnóstico é firmado através de ultrassom com Doppler e ressonância nuclear magnética. Na cesariana o objetivo principal é provocar o mínimo sangramento possível, a histerotomia deve ser longitudinal, fora da área placentária , com extração fetal fúndica, deixando a placenta in situ. Reintervenção após estabilização clínica da paciente. Aceita-se que a histerectomia subtotal abdominal seja o tratamento ideal para os casos de acretismo placentário. Entretanto, na paciente jovem ou com desejo de mais filhos, podemos oferecer condutas conservadoras: oclusão das artérias hipogástricas ou uterinas e a quimioterapia com metotrexato, que terão como objetivo a preservação uterina e a fertilidade. O metotrexate é o fármaco de eleição para o tratamento conservador. Durante o tratamento, fazer controle clinico- laboratorial para avaliação de efeitos colaterais de mielodepressão, nefrotóxicos e hepatotóxicos. No caso de instabilidade clinica ou se não houver melhora com o tratamento, a histerectomia deverá ser considerada. Os autores relatam caso de gestante, nigeriana, 33 anos, 39 semanas 1 dia, Gesta 4 Cesárea 1 Aborto 2, encaminhada por placenta prévia total e suspeita de acretismo em outubro/15, no Hospital do Rocio. Portadora de hepatite B cronica. Pré-natal irregular. Confirmado percretismo placentário em ressonância nuclear magnética. Realizada incisão mediana, histerotomia corporal longitudinal com extração fetal através do fundo uterino. Observada invasão de bexiga, reto e anexos. Ligadura do cordão umbilical baixa e a placenta mantida in situ. Realizado tratamento conservador com metotrexato e acompanhamento com exames de imagem e laboratoriais. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS P-118 - RELATO DE CASO: MIOCARDIOPATIA PERIPARTO. MAYARA CAPUCHO RIBEIRO; ALESSANDRO KENJI YASSUE; CLAUDIA SANTOS OLIVEIRA; DAYANNE PATRICIA VICENTIN; LUIZA HAYAKO HIRATA TAKIZAWA; MAIARA HELEN MITSUE INABA; MARCELO PONTUAL CARDOSO. HUOP; UNIOESTE. Introdução: A Cardiomiopatia Periparto é uma síndrome rara, com incidência estimada entre 1/1.300 a 1/15.000 nascidos vivos. É uma forma específica de cardiomiopatia dilatada, que se caracteriza pelo desenvolvimento de insuficiência cardíaca entre o último mês da gestação e os cinco meses de puerpério. Descrição do caso: J.C, 29 anos, branca, auxiliar de produção, puerpéra pós parto normal ocorrido no dia 19 de Abril de 2016. Gestação e parto sem intercorrências. No quinto dia de puerpério, apresentou dispnéia intensa e súbita, com piora progressiva, ortopnéia, associada a quadro de tosse, com secreção mucóide, e sensação de desconforto torácico. No exame físico murmúrio vesicular simétrico, com estertores crepitantes em dois terços inferiores de ambos os hemitórax e intenso desconforto respiratório. Paciente foi encaminhada para a Sala de Emergência para observação clínica e monitorização. Durante o dia, evoluiu para insuficiência respiratória, sendo necessária intubação orotraqueal. No eletrocardiograma, taquicardia sinusal, com sobrecarga de ventrículo esquerdo e alteração difusa da repolarização ventricular, na radiografia de tórax sinais de congestão bilateral. Realizado tratamento clínico com medidas de suporte e transferência para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na ecocardiografia transtorácica, ventrículo esquerdo com diâmetro no limite superior e hipocinesia difusa e função sistólica global diminuída com fração de ejeção de 35%. Paciente permaneceu três dias na UTI, com extubação no segundo dia e melhora clínica importante. Encaminhada para a enfermaria, de onde recebeu alta no dia 29 de Abril com anti-hipertensivo, diurético, digitálico, e beta bloqueador. Retornou em 01 de junho no ambulatório, assintomática. Comentários: Puérpera no quinto dia pós parto normal, iniciou com sintomas congestivos súbitos, não apresentava cardiopatia prévia, etiologia do quadro não conhecido e disfunção sistólica documentada por ecocardiografia. Após o diagnóstico de Miocardiopatia Periparto, institui tratamento para a morbidade, com melhora clínica importante. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS P-119 - CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA COMO ABORDAGEM TERAPÊUTICA DE URGÊNCIA OBSTÉTRICA (SEGUNDO TRIMESTRE) COM BOM PROGNÓSTICO MATERNO-FETAL - RELATO DE CASO. GRAZIELA LEAL CARDOSO; LUIS FERNANDO MANGIERI; FERNANDO MANGIERI SOBRINHO; RICARDO MENDES ALVES PEREIRA; LAURIANE SCHMIDT DE ABREU. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ; HOSPITAL EVANGÉLICO DE LONDRINA. Introdução: A cirurgia minimamente invasiva representa uma modalidade terapêutica ainda pouco utilizada para abordagem das urgências obstétricas, com poucos casos relatados na literatura. Os riscos da anestesia geral e do pneumoperitônio ao binômio materno-fetal muitas vezes se sobrepõem às conhecidas vantagens da abordagem minimamente invasiva o que limita a escolha dessa técnica. Descrição do caso: EAA, 42 anos, 4 abortos prévios, gestação de 26 semanas, apresentou-se ao pronto socorro com quadro de dor abdominal intensa. Hábitos urinários e intestinais normais. Ao exame apresentava propedêutica obstétrica normal, batimentos cardio-fetais presentes e normais, temperatura subfebril, com dor intensa à palpação superficial do abdome, mas descompressão brusca negativa. À ultrassonografia apresentou um leiomioma subseroso uterino de 7 cm de diâmetro médio, com sinais de degeneração por necrose. Anexos sem alterações. Doppler normal. Devido ao histórico obstétrico da paciente, optou-se pela técnica minimamente invasiva, sendo submetida a uma miomectomia laparoscópica com uso de sutura miometrial por fio absorvível e agulha não traumática, e lise de aderências do epíplon à parede abdominal com uso de cautério bipolar. (Fotos e Vídeo à disposição). Feita administração de progesterona no pós-operatório e alta no segundo dia após a cirurgia, com melhora da dor abdominal. Propedêutica obstétrica e vitalidade fetal normais. O ánatomo patológico confirmou os achados intra-operatórios. A paciente apresenta-se atualmente com 34 semanas de gestação sem intercorrências. Comentários: O uso das técnicas de cirurgia minimamente invasiva indubitavelmente tem sua indicação em obstetrícia em situações selecionadas, mesmo no segundo trimestre de gestação, se realizada por cirurgiões habilitados. A presença de leiomiomas subserosos degenerados (necrose) que, portanto, necessitam de intervenção por quadro de dor, e pelo menor risco de atingir a cavidade uterina, além das vantagens pós-operatórias, parece ser uma indicação adequada a esse tipo de abordagem cirúrgica (videolaparoscopia). ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS UROGINECOLOGIA P-120 - LEIOMIOMA URETRAL - UMA APRESENTAÇÃO ATÍPICA. MARIA EDUARDA CRISTINA TEIXEIRA JORDAO; SILMAR CUNHA DA SILVA; MILTON SCARAMUZZA; DOUGLAS JUN KAMEI; LUIZA SVIESK SPRUNG; LUCIANA MAESTRI KAROLESKI; INDIRA BARCOS BALBINO; GUSTAVO YOSHIKAWA; ROMULO DE TONI. HOSPITAL SANTA CASA DE CURITIBA; PUC-PR. Introdução: O leiomioma é um tumor benigno, constituído por fibras musculares lisas e por estroma conjuntivo–vascular, frequentemente encontrado no trato genital feminino e raramente na região uretral, com cerca de 100 casos registrados na literatura. Geralmente é assintomático, mas pode vir acompanhado de disúria, hematúria, dispareunia, incontinência urinária de esforço, a depender da localização e dimensão. Este pode ser hormônio-dependente e acomete mulheres em idade fértil. O tratamento consiste em excisão cirúrgica, podendo haver recidivas. Descrição do Caso: Sexo feminino, 21 anos, G0P0A0, encaminhada ao serviço de urologia por tumoração parauretral de aproximadamente 3 cm. Inicialmente apresentava-se assintomática , mas evoluiu com sinusorragia, dispareunia e disúria. Esteve em acompanhamento em outros serviços porém com perda do seguimento, sem definição terapêutica. A primeira biópsia apresentou anatomopatológico compatível com Lesão Intraepitelial de Baixo Grau Condilomatosa (NIVA 1). Após a mesma, o tumor apresentou crescimento significativo de tamanho e em nova biópsia apresentou inflamação crônica inespecífica de urotélio e extensa área de metaplasia escamosa sem atipias. Em nosso serviço a paciente foi submetida à cirurgia para remoção do tumor. Foi realizada identificação do meato uretral, seguido da exérese da lesão que apresentava aspecto friável, de difícil manipulação. A paciente apresentou boa evolução pósoperatória, com seguimento ambulatorial. A peça cirúrgica foi encaminhada para estudo anatomopatológico que apresentou laudo de proliferação fusiforme e, em Estudo Imunohistoquímico apresentou laudo de leiomioma com expressão de receptores para estrogênio e progesterona. Comentários: O caso em questão mostrou-se de difícil diagnóstico por apresentar diversas biópsias incompatíveis com os laudos anatomopatológicos e exame clínico que demonstrava uma forma atípica do tumor. O fato de o diagnóstico ter sido apenas pós-operatório atribui-se às diversas consultas e manipulações prévias do tumor em diferentes serviços nos quais a paciente foi atendida. ANAIS TRABALHOS CIENTÍFICOS VACINAÇÃO NA MULHER P-121 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE EM MULHERES EM IDADE FÉRTIL NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA – PR. CAROLINY STOCCO; JULIANA FERREIRA LEAL; JOELMA BARSZCZ; CARLOS EDUARDO CORADASSI. PREFEITURA MUNICIPAL DE PONTA GROSSA; UEPG; SECRETARIA DE SAÚDE DE PONTA GROSSA. Introdução: Atualmente, a vigilância universal da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é realizada através dos casos hospitalizados e óbitos. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico das hospitalizações por síndrome respiratória aguda grave em mulheres em idade fértil residentes no município de Ponta Grossa - PR, em um período de três anos. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, com dados do SINAN Influenza Web sobre os casos de SRAG em mulheres em idade fértil residentes no município de Ponta Grossa – PR, entre os anos de 2013 a 2015. Considerou-se mulher em idade fértil aquelas entre 10 e 49 anos. As variáveis selecionadas foram: gestante, faixa etária, raça/cor, escolaridade, fatores de risco, vacinação contra gripe nos últimos 12 meses, diagnóstico etiológico, classificação final e evolução clínica. Resultados: A amostra foi composta por 66 casos de SRAG em mulheres em idade fértil, correspondendo a 25,38% do total de casos de SRAG (n=260). Dentre os casos em mulheres em idade fértil (n=66), 93,94% (n=62) não eram gestantes, 30,30% (n=20) tinham entre 40 e 49 anos, 89,39% (n=59) eram brancas e 39,39% (n=26) tinham escolaridade entre 1 e 9 anos; 40,91% (n=27) apresentavam fatores de risco e destas, 35,48% (n=11) apresentavam pneumopatias, 79,17% (n=19) das mulheres consideradas como grupo de risco não tomaram a vacina contra a gripe. O diagnóstico etiológico predominante foi Rinovírus com 32,14% (n=9), seguido de 25% (n=7) por Influenza A/H3 sazonal. Quanto à conclusão, 59,09% (n=39) dos casos tiveram classificação final como SRAG não especificada, 21,21% (n=14) como SRAG por Influenza e 19,70% como SRAG por vírus respiratórios; 93,94% receberam alta por cura. Dentre os óbitos, 100% (n=4) foram por SRAG não especificada. Conclusão: Assim, evidenciou-se que é necessário incentivar a adesão a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe para contribuir com a redução das hospitalizações por SRAG.