UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Curso de Especialização em Coordenação Pedagógica DORGIVAL DOS SANTOS BILIO COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES. 1 1-Relatório analítico apresentado como exigência parcial para conclusão do curso sob a orientação das professoras Msc Ana Carmen Souza Santana e Magda Pereira Suely. ARRAIAS- 2011 INTRODUÇÃO Educação de qualidade é uma busca constante das instituições de ensino, para que isso se torne realidades são necessárias ações que sustentem um trabalho em equipe e uma gestão que priorize a formação docente contribuído para um processo escolar de qualidade. Assim o trabalho em Coordenação Pedagógica é imprescindível, para que se atinja boa qualidade na educação, devido à importância de suas intervenções na formação continuada do professor, elaboração do projeto político pedagógico bem como no cotidiano escolar. Segundo Silvana Augusto no texto Desafios do coordenador pedagógico, este profissional, na atualidade, é responsável por uma produção específica, própria e necessária ao desenvolvimento do processo ensino – aprendizagem, uma vez que sua função é a de complementar e suplementar a ação do professor, e não a de substituir ou alienar o trabalho do docente. A autora ainda afirma que a dinâmica no espaço escolar deve dispor de métodos e ações que colaboram para o fortalecimento das relações entre cultura e escola, organizando o produto da reflexão dos professores, do planejamento, dos planos de ensino e da avaliação da prática. Tendo como pressuposto a realidade acima diagnosticada, propôs-se um projeto de intervenção na escola pública Estadual Diolindo dos Santos Freire em Novo Alegre, Tocantins objetivando contribuir na formação dos professores subsidiando-lhes nas suas dificuldades e no aprimoramento do seu trabalho em sala de aula, de acordo com as professoras o maior problema está em trabalhar com alguns conteúdos de Matemática em sala de aula, O Projeto de Intervenção “A formação do professor de Matemática e as contribuições do Coordenador Pedagógico nesse processo” foi desenvolvido na Escola Estadual Diolindo dos Santos Freire em Novo Alegre- Tocantins, criada sob a Lei nº 862/86 com a autorização de funcionamento nº 348/96, atualmente funciona com a renovação e reconhecimento da portaria da SEDUC – TO nº 6215 de 30/05/2001. A escola atende a modalidade da 1ª fase do Ensino Fundamental (2º ao 5º ano nos turnos matutino e vespertino, sendo oito turmas no ensino regular e duas turmas Ensino Especial com o total de 196(cento e noventa e seis) educandos e dez professoras. Nesta abordagem foram realizadas reuniões com todas as professoras que trabalham do 2º ao 5º ano da primeira fase do ensino fundamental e equipe pedagógica administrativa, para levantamento dos problemas e preparação do projeto, em um segundo momento foi apresentado o projeto e como este seria realizado enfatizando ações como palestras, oficinas pedagógicas de matemática com a finalidade de amenizar freqüentes dúvidas de professores em alguns conteúdos matemáticos. A voluntária distribuiu um bloco de atividades com conteúdos que as professoras apresentavam dificuldades, onde a mesma adotou várias estratégias, entre elas, a de representar as operações através de materiais pedagógicos concretos. Esta problemática originou-se de algumas indagações como: Como auxiliar o professor tendo em vista a função assumida pela coordenação pedagógica nas instituições escolares? Que tipo de relação tem-se estabelecido entre coordenação pedagógica, Assim, este artigo apresenta os resultados e conclusões obtidos a partir do desenvolvimento deste trabalho, apontando a importância do coordenador pedagógico para viabilizar o planejamento do professor e auxiliá-lo na sua formação docente e processo ensino – aprendizagem. 2- Coordenador pedagógico: Viabilizador do processo ensino aprendizagem. Um trabalho de pesquisa vinculado à educação, por vezes torna-se difícil, isto ocorre porque ao estudarmos determinados conceitos percebemos a real dimensão do trabalho de algumas funções dentro do espaço escolar principalmente no que diz respeito à coordenação pedagógica. Assim depois de adquirir conhecimento suficiente sobre o que é realmente a função do coordenador propomo-nos intervir em auxilio ao professor, apontando novos caminhos para que o mesmo possa realizar o seu trabalho em sala de aula. Deste modo o objetivo principal do projeto foi o de analisar a implicação, no contexto escolar atual, do trabalho do Coordenador Pedagógico no processo de formação continuada para professores contribuindo para o ensino-aprendizagem dos alunos. Tendo este objetivo como pressuposto, algumas categorias de análise emergiram e estas, posteriormente, nos auxiliaram a compreender e analisar melhor as informações obtidas. Assim, a seguir indicaremos as percepções advindas da literatura que nos auxiliaram a compreender o fenômeno em estudo. Santos (1989) em um artigo intitulado Organização do Processo de Trabalho Docente: Uma Análise Crítica desenvolve a seguinte argumentação no sentido de negar a necessidade da existência do Pedagogo/Coordenador e aponta que a Coordenação Pedagógica tem sido o reflexo, na área educacional, da forma pela qual a atual sociedade capitalista tem se organizado. Ainda de acordo com este autor, as relações de trabalho estabelecidas pelo sistema capitalista de produção têm determinado, dentro da escola, a organização e as relações do trabalho docente. Sobre esta questão, Santos (1989) afirma: É a estrutura organizacional - nos seus aspectos de divisão de tarefas, de distribuição hierárquica de poder, de seleção, organização e distribuição de conteúdos, de distribuição de períodos e horários escolares, de processo de exame e avaliação, ou de diferentes procedimentos didático - pedagógico – que condiciona e determina a prática docente. Santos (1989, p.1) Em contrapartida, existem autores que rebatem esta perspectiva de análise, quando argumentam que as relações de trabalho que ocorrem dentro de uma fábrica, não podem ser simplesmente transpostas para dentro da escola. Segundo estes teóricos, é preciso considerar a especificidade da dinâmica da instituição escolar. Abordando as peculiaridades que interferem diretamente no processo ensino-aprendizagem, Falcão Filho no artigo Supervisor uma análise crítica das críticas, (1994) revela: Problemas ligados às características de vida do aluno, a seu ambiente familiar, às suas relações com os pais, às suas condições de saúde e nutrição; igualmente aspectos ligados à sua história escolar, seu aproveitamento em outras séries e outras matérias, suas relações com outros professores e com colegas; todos esses aspectos, ligados à vida do discente fora da sala de aula, interferem no seu aproveitamento e, consequentemente no trabalho do professor. Falcão Filho (1994, p.42) A problemática citada acima é bem visível na realidade da nossa escola, pois deparamos com muitos fatores que interferem na aprendizagem do aluno e no trabalho do professor, principalmente aqueles relacionados à família. E Falcão Filho (1994) ainda ressalta sobre a necessidade do Coordenador Pedagógico, quando diz que a produção específica deste profissional advém, entre outras coisas, da sua contribuição ao processo ensino – aprendizagem, uma vez que este é responsável por assessorar o professor na investigação das variáveis, psicossociais e político, administrativos que interferem na relação professor - aluno. E dentro desta abordagem podemos perceber através da intervenção de como o coordenador pode contribuir para construir novos meios para que o professor possa estar inovando suas metodologias. A formação do aluno requer um conjunto de ações que apenas um docente não pode realizar; portanto o processo de ensino – aprendizagem não se alimenta exclusivamente da contribuição individualizada de cada conteúdo ou professor isoladamente; pelo contrário, além dessas contribuições individuais, há aquelas provenientes do trabalho conjunto de todos os docentes e destes com os demais profissionais da educação lotados na escola (FILHO, 1994, p.46). Assim, em termos gerais, a literatura da área tem indicado como função específica do Coordenador Pedagógico, no que tange ao processo ensinoaprendizagem, o assessoramento do trabalho docente. Nesta perspectiva, a Coordenação Pedagógica propicia a melhoria do processo ensino-aprendizagem, uma vez que se configura como instância facilitadora da relação professor-aluno. Para Freire (1982) o trabalho do coordenador deve partir também da coletividade, O coordenador pedagógico é, primeiramente, um educador e como tal deve estar atento ao caráter pedagógico das relações de aprendizagem no interior da escola. Ele deve levar os professores a ressignificarem suas práticas, resgatando a autonomia sobre o seu trabalho sem, no entanto, se distanciar do trabalho coletivo da escola. (FREIRE, p.96) É dessa forma, agindo como um parceiro do professor que o coordenador pedagógico vai construindo sua prática, com vistas a melhorar a qualidade de ensino ofertada pela instituição de ensino na qual atua. De acordo com Luiza Helena da Silva Christov sua atuação comporta várias dimensões, mas a principal delas deve partir da reflexão e intervenção a mesma citando Kemmis aponta: A reflexão não é um processo mecânico, nem simplesmente um exercício criativo de construção de novas ideias, antes é uma prática que exprime o nosso poder para reconstruir a vida social, ao participar na comunicação, na tomado de decisões e na ação social (CHRISTOV, 2009, p.11). Assim ele auxilia na compreensão dos processos de aprendizagem existentes no interior da escola, e quando organiza ações articula o trabalho dos diversos setores escolares, pois possibilita elos não só entre os professores, mas também entre esses e a direção da escola e entre pais e alunos e com os demais profissionais da educação. Quanto à dimensão interventiva esta acontece quando o coordenador ajuda a modificar algumas práticas arraigadas que não traduzem um ideal de escola pensado pela comunidade escolar e por fim, assume um caráter avaliativo, pois exige que o processo educativo seja sempre repensado, buscando sua melhoria como o ocorrido durante as ações realizadas durante o projeto de intervenção. 3- Processo de pesquisa-ação e metodologia. Para tanto foi apresentado o projeto de intervenção para os professores com auxilio de slides elaborado de acordo com a dificuldade apresentada, demonstrando sugestões de melhorias, posteriormente foi realizado uma palestra com uma profissional, formada em matemática. Seguidamente a palestrante ministrou a oficina “como trabalhar matemática em sala de aula” ensinando novas metodologias e elaboração de material pedagógico. Assim, este artigo tem como finalidade apresentar os resultados e conclusões obtidos a partir do desenvolvimento deste trabalho e apontar a importância do coordenador pedagógico para viabilizar o planejamento do professor e auxiliá-lo na sua formação. Partindo dessa discussão teórica, sentimo-nos motivados a discutir sobre o papel do Coordenador Pedagógico, no atual contexto escolar, considerando a implicação desta função no processo ensino-aprendizagem. O interesse em desenvolver o estudo foi singular, uma vez que este se configurou como oportunidade de pensarmos sistematicamente a respeito da profissão que pretendemos exercer. Finalizando, ressaltamos que os resultados obtidos nos permitem construir apenas um olhar inicial e delimitado da realidade, uma vez que este estudo configura-se como um exercício acadêmico e não como um trabalho de pesquisa 4- Discussão e resultados. A partir do contato que estabelecemos com a escola, foi possível fazer algumas reflexões sobre a questão que nos propomos a investigar que situam a prática do Coordenador Pedagógico numa perspectiva reflexiva. O estudo nos indicou que o cargo de Coordenação Pedagógica encontra-se em processo de contradição, pois além dele auxiliar o professor em seu planejamento, também deve desenvolver outras funções que lhe são atribuídas enquanto este é coordenador deixando de lado por vezes, o docente. Pelas palestras realizadas e por já ter atuado com coordenação pedagógica às concepções que situam a prática do Coordenador Pedagógico numa perspectiva reflexiva, foi possível concluir que o Coordenador Pedagógico enquanto interventor é de grande valia isto porque proporciona melhor desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem e segundo o relato da coordenadora pedagógica, após a oficina de matemática que realizamos “algumas professoras apresentaram mais facilidades e segurança para trabalhar os conteúdos com números racionais”. Porém, o trabalho em questão também permitiu visualizar duas maneiras diferenciadas de concretizar a prática cotidiana de um coordenador pedagógico; e mais, apontou que as condições materiais para desenvolvimento do trabalho deste profissional configuram-se como uma das instâncias, entre muitas, que interferem no êxito ou no fracasso deste trabalho. A partir do exposto, é possível inferir que na escola, a figura do coordenador pedagógico é essencial. Porem, a prática inadequada deste deixa lacunas no processo de ensino-aprendizagem que pode e deve ser preenchida com uma prática mais consciente. Apesar de não estar mais trabalhando na coordenação pedagógica o contato com a prática permitiu redimensionar a visão tradicional que outrora era totalmente distorcida, pois depois dos estudos realizados nos fóruns permite-se compreender que o coordenador deve ser o principal mediador de mudanças frente à formação continuada dos professores. Entende-se por formação continuada segundo José Carlos Libâneo (2011) como o aprimoramento profissional do pessoal docente, técnico e administrativo no próprio contexto de trabalho e esta formação ainda de acordo com o teórico pode ser feita na própria escola, entende-se que quem pode e deve promover essa formação é o coordenador. A idéia é que a própria escola é lugar de formação profissional, por ser, sobretudo nela, no contexto de trabalho, que os professores e demais funcionários podem reconstruir suas práticas, o que resulta em mudanças pessoais e profissionais (LIBÂNEO, 2011, p. 375). Nesta perspectiva faz-se necessário mencionar o artigo Educação continuada: função essencial do coordenador pedagógico de Luiza Helena da Silva Christov presente no livro o Coordenador Pedagógico e a Educação Continuada que revela: A atribuição essencial do coordenador pedagógico está, sem duvida alguma, associada ao processo de formação em serviço dos professores. Esse processo tem sido denominado de educação continuada, tanto nos textos oficiais de secretarias municipais e estaduais de educação como na literatura recente sobre formação em serviço (CHRISTOV, 2009, p. 9). Assim quando foi proposto trabalhar com professores da Escola Estadual Diolindo dos Santos Freire foi possível perceber que os mesmos precisava de uma direção necessária para orientá-los nos problemas que surgem porque “a realidade muda e o saber que construímos sobre ela precisa ser revisto e ampliado sempre (Christov,p.10).” As ações desenvolvidas permitiram uma compreensão melhor do papel do coordenador porque na prática foi possível realizar o verdadeiro papel desse profissional que é de mobilizar os diferentes saberes para auxiliar os profissionais que atuam na escola levando em conta sua própria atuação docente. Pode ser compreendida como um processo em que um professor, em princípio mais experiente e mais informado, orienta outro professor no seu desenvolvimento profissional. Na pratica foi possível perceber como o coordenador se relacionavam com o grupo de professores, encontrando como resposta o fato de terem uma relação baseada na parceria durante as ações tanto com os colegas professores, quanto com a direção. Percebe-se que houve uma integração entre gestão escolar, coordenação pedagógica e grupo de professores que se auxiliaram mutuamente, demonstrando compartilhar o mesmo propósito: a aprendizagem dos alunos. Observou também que ao desenvolver tal ação foi incentivado o aparecimento de práticas pedagógicas inovadoras, o que antes ainda não havia acontecido. Destacando nessa discussão que o principal segmento escolar que o coordenador pedagógico atua diretamente é com os professores, pois é mobilizando o professor, que pode realizar mudanças na escola, no sentido de garantir condições para que a aprendizagem aconteça. Sendo ele o responsável pelo elo entre os envolvidos na comunidade educacional. Vanessa dos Santos Nogueira Colunista da revista Brasil Escola, enfatiza que: O coordenador precisa estar sempre atento ao cenário que se apresenta a sua volta valorizando os profissionais da sua equipe e acompanhando os resultados, essa caminhada nem sempre é feita com segurança, pois as diversas informações e responsabilidades o medo e a insegurança também fazem parte dessa trajetória (BRASIL ESCOLA). A responsabilidade formadora do coordenador pedagógico está pautada na formação continuada dos profissionais da escola, devendo ainda estar aberta ao saber adquirido no dia-a-dia, que deve ser refletido e incorporado ao desenvolvimento pedagógico dos educadores abordando valores sociais e os desenvolvendo, tais como: autonomia, liberdade, respeito e solidariedade uma vez que esses são importantes de serem vivenciados, ampliados e reconstruídos na escola. Nesse sentido recorremos ao texto de Paulo Gomes Lima, Os Desafios e Perspectivas do Coordenador Pedagógico onde o mesmo remonta que o coordenador muitas das vezes não é conhecedor dos seus afazeres. Nessa dimensão sua afirmação torna-se verdadeira visto que exerci a função durante algum tempo e não havia clareza sobre o papel desse profissional nas escolas. Ele muitas vezes é tratado como substituto em caso de falta do professor, como fiscal de professor, como pombo correio entre professores e direção, dentre outras atribuições. E somente agora percebi que minha atuação estava equivocada quanto ao meu desempenho na coordenação. Conforme Chiavenato (1997, p.101), “não se trata mais de administrar pessoas, mas de administrar com as pessoas.” E a escola precisa ter na sua gestão e em seu quadro funcional o coordenador para ajudar o professor, e através de projetos o coordenador desenvolve habilidades nos professores como foi visto durante o projeto de intervenção, que apesar de não resolver totalmente a dificuldade do professor, mas contribuiu de forma significativa. Assim é imprescindível destacar que o trabalho deveria ser feito mais vezes, visto que o passo inicial já foi dado e que o coordenador em atuação proporcione continuidade em seu papel principal que é ajudar orientar, ir além do conhecimento teórico, pois para acompanhar o trabalho pedagógico e estimular os professores é preciso percepção e sensibilidade para identificar as necessidades dos professores, tendo que se manter sempre atualizado, buscando fontes de informação e refletindo sobre sua prática como nos fala Novoa (2001), “a experiência não é nem formadora nem produtora. É a reflexão sobre a experiência que pode provocar a produção do saber e a formação“ com esse pensamento ainda é necessário destacar que o trabalho desenvolvido na escola só aconteceu devido à colaboração de todos, assim o coordenador além de promover mudanças ainda deve estar preparado para mudanças e sempre pronto a motivar sua equipe. Conclusão Depois do estudo realizado no curso especialização em Coordenação Pedagógica e posteriormente com o projeto de intervenção pode se dizer que na prática pedagógica requer que se repense o papel que o coordenador está realizando dentro do espaço escolar,pois depende da sua atuação o bom trabalho do professor. E de acordo com o relato das professoras o “trabalho que foi realizado deveria ser feito mais vezes visto que, o pouco momento do projeto de intervenção contribuiu sobremaneira para a atuação em sala de aula.” Considerando a função formadora, viabilizada pelo projeto de intervenção é essencial destacar que o coordenador que programa ações, que viabilizem a formação do grupo para qualificação continuada desses profissionais, consequentemente, conduzirá a mudanças dentro da sala de aula e na dinâmica da escola, pois as ações programadas foram bastante produtivas e atingiram as necessidades dos presentes. Dessa forma, o conhecimento e a análise crítica do contexto no qual os problemas estão inseridos foram muito importantes para identificar suas causas, e proporcionou perceber as bases dos problemas e, a partir delas, buscar as suas causas, tendo em vista as suas superações, que muitas das vezes poderá ser encontradas no interior da própria escola, e o coordenador na maioria das vezes desconhece os problemas. E mais algumas professoras demonstraram satisfação e sugeriram que outros momentos fossem realizados, daí a necessidade de o coordenador conhecer sua equipe e as dificuldades que ela apresenta. Pessoalmente foi percebida durante todo o curso e depois dos teóricos estudados uma nova dimensão do trabalho com coordenação pedagógica e este é totalmente diferenciado. Assim o ideal seria que todos que estão à frente de coordenação buscassem na literatura disponível subsídios para sua atuação ainda que, através de diferentes meios e em diferentes espaços sociais, expandindo a sua função educativa para diversos outros contextos, abrangendo diferentes tipos de formação necessária ao exercício pleno da cidadania, e não permeada por especificidades. Na prática da coordenação pedagógica, almeja-se que este se configure como o que auxilia e contribui para a melhoria do processo ensino-aprendizagem, objetivando uma educação de qualidade. É nesta perspectiva, portanto, que pode afirmar que através do conhecimento adquirido e na reflexão da ação, nós idealizadores do projeto de intervenção adquirimos momentos riquíssimos para a formação. Isso só foi possivel acontecer depois que professores e estudantes a coordenador agiram conjuntamente, observando, discutindo e planejando, vencendo as dificuldades, expectativas e necessidades, requerendo momentos individuais e coletivos entre os membros do grupo, atingindo aos objetivos desejados. No entanto, o contato percebido com a realidade indicou que, para se alcançar o papel a que se propõe o coordenador pedagógico, hoje em dia, existe um longo caminho a ser trilhado, uma vez que o almejável depende de compromisso social e condições materiais favoráveis para o desenvolvimento do trabalho e de compromisso pessoal, comprometimento dos profissionais da área com a sua profissão para ser concretizado. Espera-se, pois, que o coordenador pedagógico conheça plenamente o seu espaço de trabalho, compartilhe idéias e conhecimentos, construa o seu papel na escola, tornando-se assim, a ligação fundamental, traçando o seu caminho transformador, formador e articulador. A reflexão sobre o trabalho do coordenador escolar deve ser constante, pois ele precisa erguer pontes para superar obstáculos. Por isso, seus objetivos educacionais sempre devem estar pautados na melhoria do processo educativo, através de um trabalho cooperativo, onde as tarefas são divididas a fim de somar esforços e multiplicar o resultado final. BIBLIOGRAFIA AUGUSTO, Silvana. Desafios do coordenador pedagógico. Nova Escola. São Paulo, n.192. Maio 2006. BRUNO, Eliane Bambini Gorgueira; CHRISTOV, Luiza Helena da Silva (org.) O Coordenador Pedagógico e a Educação continuada. São Paulo: Edições Loyola, 2009. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral. São Paulo: Makron, 1997. FALCÃO Filho, José Leão M. Supervisão: Uma análise crítica das críticas. Coletânea vida na escola: os caminhos e o saber coletivo. Belo Horizonte, p 4249, maio, 1994. FREIRE, Madalena. Avaliação e Planejamento – a prática educativa em questão. São Paulo: Espaço Pedagógico, 1a Edição, 1982. 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