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MBA EM ECONOMIA E AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIAS EM SAÚDE
DISCIPLINA: ANÁLISE DE IMPACTO ORÇAMENTÁRIO
PROFESSOR: IVAN RICARDO ZIMMERMANN
QUIZ PÓS-ENCONTRO (4º ENCONTRO/NOVEMBRO/SEMANA DE IMERSÃO)
Entregar impresso no próximo encontro
1) Apesar de compartilharem alguns aspectos, a Análise de Impacto Orçamentário (AIO) e a Análise de
Custo-Efetividade (ACE) possuem diferenças substanciais em seu escopo, delineamento, resultados
etc. Cite e discuta 3 importantes diferenças entre essas duas análises econômicas.
2) A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica desmielinizante com evolução progressiva da
incapacidade funcional. Abaixo, é apresentado um quadro com um levantamento de custos anuais
com o tratamento de um paciente em uso do medicamento injetável natalizumabe.
Quadro 1. Estimativa dos custos anuais de um paciente com esclerose múltipla em tratamento com o
medicamento natalizumabe.
Componente
Consultas médicas
Transporte particular até o centro de infusão
Observação do paciente durante a administração do medicamento
Natalizumabe injetável (frasco-ampola)
Exames de imagem (ressonância magnética)
Hemograma
Função Hepática
Função renal
Atendimento domiciliar
Tratamento de crises agudas (surtos)
Internações
Absenteísmo
Auxílio-doença (Previdência social)
Cuidador
Custo anual
R$ 90,59
R$ 120,00
R$ 149,64
R$ 25.636,68
R$ 535,50
R$ 16,44
R$ 46,20
R$ 3,70
R$ 67,95
R$ 303,80
R$ 530,00
R$ 3.333,20
R$ 2.666,56
R$ 905,92
Fonte: Adaptado de Conitec, 2016 [2]
Com base nos dados do Quadro 1 e adotando a perspectiva do Sistema Único de Saúde
recomendada pelas diretrizes brasileiras de AIO [1], qual seria o custo total por paciente ao delinear
uma AIO? Que componentes de custos deveriam ser considerados? Justifique.
3) No Quadro 2, é apresentado o extrato de uma proposta de AIO para a incorporação do medicamento
omalizumabe como uma alternativa à terapia padrão com corticoides para o tratamento da asma
grave no Sistema Único de Saúde. De acordo com os dados, haveria um impacto anual de R$ 36 mil
a R$ 40 mil aproximadamente nos primeiros 5 anos de incorporação.
Quadro 2. Estimativa de impacto orçamentário anual e total da incorporação do medicamento
omalizumabe em pacientes com idade maior ou igual a 12 anos.
Nota: TP: terapia padrão; OMA: Omalizumabe.
Fonte: Conitec, 2016 [3]
Com base no método de cálculo de impacto orçamentário recomendado pelas Diretrizes
brasileiras de AIO [1], qual a sua opinião sobre o resultado descrito? Assumindo a terapia padrão
isolada como cenário de referência1, de que outra forma esses valores de impacto anuais poderiam ser
obtidos?
Referências
1. Ferreira-Da-Silva et al. Diretriz para análises de impacto orçamentário de tecnologias em saúde
no Brasil. Cad Saude Publica. 2012 Jul;28(7):1223-38.
2. Conitec. Fingolimode no tratamento da esclerose múltipla remitente recorrente após falha
terapêutica com betainterferona ou glatirâmer. Relatório de Recomendação, Consulta pública nº
26, Setembro, 2016
3. Conitec. Omalizumabe para o tratamento da asma alérgica grave. Relatório de Recomendação nº
219, Julho, 2016
1
DICA: Em muitas discussões e análises econômicas, é comum assumir a premissa coeteris
paribus. Podendo ser traduzida como "tudo o mais constante", a expressão reflete uma condição
hipotética onde as demais variáveis com influência nos resultados são mantidas inalteradas.
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