Determinação do Portfolio de Investimentos através de Programação Linear Edilson Paulo Carlos Pedrosa Júnior Marcelo A. Moret José Roberto A. Fontoura Brasil Fundacao Visconde de Cairu Salvador – Bahia e-mail: [email protected] Palavras chaves: portfolio; modelo de decisão; programação linear Tema: Aplicaciones Matemáticas a la Contabilidad de Gestión Recursos Audiovisuales: projetor multimidia ( data – show) Determinação do Portfolio de Investimentos através de Programação Linear Palavras chaves: portfolio; modelo de decisão; programação linear Tema: Aplicaciones Matemáticas a la Contabilidad de Gestión Resumo Um elevado de opções de investimentos é oferecidos, atualmente, no mercado de capitais, mas o investidor ainda decide a sua tomada de decisão com base na dicotomia risco-retorno. Uma destas novas opções de investimentos são os títulos do tipo ADR, que são negociadas nas bolsas fora do país, e que podem se torna uma ótima opção de investimentos para aqueles que possui tal possibilidade Porém, o investidor espera que o risco de seu portfolio de investimentos seja minimizado pela diversificação, e que não comprometa a retorno esperado. A diversificação perfeita é aquela em que o risco é minimizado, sem prejuízo ao retorno, e pode ser bem dimensionado através da programação linear, que além de determinada o investimento otimizado, também possibilita a análise da sensibilidade de variáveis restritivas, que através desta análise o investidor pode determinar o seu portfolio baseado nos seus critérios de risco e de retorno esperado. 1 – Introdução Uma crescente quantidade de pessoas e empresas aplicam seus recursos em investimentos, na qual esperando agregar um maior valor aos seus investimentos, ou pelo menos protegê-lo dos riscos de perda do poder aquisitivo, ampliando-se nos últimos tempos a número de opções de investimentos, sendo que o investimento no mercado de ações tornou-se uma boa opção de investimento. Paralelamente, nos últimos anos houve um ampliação nos estudos sobre o comportamento do mercado de capitais, com a finalidade de prever quais seriam as melhores opções de investimentos em ações. A fim de auxiliar este estudo observa-se uma ampliação de estudos quantitativos baseado na teoria econômica e financeira, a fim de elaborara modelos para tomada de decisão dos investidores. Nosso trabalho demonstra como o elaborar uma carteira de portfolio pode ser elaborada, partindo da teoria de Markowitz, a com objetivo de minimizar o risco do conjunto de investimento, mediante um retorno esperado, utilizando a programação linear. O modelo de programação linear usado para determinar o percentual a ser investido em cada uma das alternativas de investimentos em ações ou outros ativos. 2 – Base Teórica Para desenvolver melhor entendimento, iremos desenvolver as fórmulas necessárias para atingir os objetivos deste trabalho. Seja , o retorno médio esperado i durante um ano do investimento i. Assume-se que n investimentos estão disponíveis, então xi , a fração de participação do investimento i, então assume-se que x1 + x2 + x3 + ...+ xn = 1, se todo o recurso for investido. O retorno esperado de um conjunto de investimentos pode ser definido como: E ( R) x1 x2 x3 ... xn 1 2 3 n ou n R xi i 1 i onde: R é o retorno total da carteira de investimento xi é o percentual de participação do investimento i na carteira de investimentos i é a retorno do investimento i. O investidor baseando-se em algumas ferramentas quantitativas, podem ter confiança no sua carteira de investimento, chamado também de portfolio, que busca o melhor método para maximizar retorno e minimizar risco, dependente na tolerância de risco do cliente. As ferramentas estatísticas que são os freqüentemente utilizaram para medir risco são desvio-padrão, variância, o coeficiente de correlação, o coeficiente de beta e o coeficiente de determinação. Normalmente, uma ação com um maior retorno tende a ser um investimento arriscado, do que uma ação com um menor retorno. Por exemplo, duas ações “A” e “B” tiverem o mesmo retorno, o investidor observando somente esta variável para sua decisão, ele iria ficar indiferente em escolher a opção pela ação “A” ou “B”, mas posteriormente analisando a estabilidade do retorno observou-se que a ação “A” tem uma maior estabilidade de retorno em relação ao retorno da ação “B”; ou seja, duas ações com retornos iguais podem não ter o mesmo grau de risco. Segundo Levine et. al.(2000, p.133), “dois conjuntos de dados podem ter as mesmas medidas de da tendência central, porém divergir bastante e, termos de variação”, podendo ser avaliada por algumas das medidas de dispersão. A dispersão considera como todos possíveis retornos se afastam do retorno médio; uma dispersão maior ao redor do retorno médio implica que uma ação leva mais risco, sendo que está dispersão é medida através da variância ou do desviopadrão. A variância “é aproximadamente (ou quase) a média das diferenças ao quadrado entre cada uma das observações de um conjunto de dados e a média aritmética do conjunto” Levine et. al.(2000, p.133). O desvio-padrão mede como valores atuais diferem dos valores esperados para uma determinada série de valores, e é a raiz quadrada da variância. Às vezes é desejável determinar como um retorno de um investimento varia de outros retornos de outros investimentos, sendo que esta variabilidade é analisada através da covariância ou coeficiente de correlação. Uma covariância positiva indica que variáveis se mudam para a mesma direção, e uma covariância negativa indica eles se mudam para direções opostas. Quando a covariância assume valores maiores (positivo ou negativo) indica que existe uma relação mais forte e, quando são valores menores (mais próximo de zero) indica que, a relação entre as duas variáveis é mais fraca. Porém, covariância, semelhante ao desvio-padrão, é um número absoluto e pode ser difícil de interpretar a sua magnitude por si só. Então, é convertido freqüentemente no coeficiente de correlação que é mais fácil interpretar que covariância. Os valores numéricos do alcance de coeficiente de correlação de +1 a -1. Se duas variáveis movem precisamente junto, o valor do coeficiente de correlação é +1. Isto indica correlação positiva perfeita. Se duas variáveis movem precisamente oposto a um ao outro, então o valor do coeficiente de correlação é -1. Baixos valores numéricos indicam pequena relação entre as duas variáveis, como -0.10 ou +0.15. Segundo Rattiner (2001, p.1), a diversificação requer que os investimentos não sejam altamente correlacionados, sendo que o risco é reduzido por uma mais baixa correlação positiva ou uma maior correlação negativa entre os retornos, porém, a eliminação de risco não elimina lucros positivos. Um conceito importante para analisar o portfolio é que o retorno de investimento individual e seu risco são importantes, mas o impacto do investimento no portfolio é mais importante, pois é muito possível que um investimento altamente positivo reduzirá o risco em um determinado portfolio, porque o investimento tem um retorno que é negativamente correlacionado com os lucros oferecido pelos outros investimentos. Então, o sucesso do portfolio se dará pela melhor composição possível do mesmo, de tal forma que minimize o risco e aumento o retorno esperado, ou seja, o investidor pode reduzir o risco, sem necessariamente reduzir o seu retorno Markowitz com a finalidade de precificar ativos, demonstrou um modelo que conduzia à inversão de uma matriz de covâriancias (Toledo Filho, 1999, p.20). Uma matriz de covariâncias é uma matriz que apresenta as covariâncias dos títulos formadores de uma carteira, tomados dois a dois, ou seja, apresenta o relacionamento dos títulos entre si. Esta matriz serve para poder calcular o risco da carteira, pois os riscos dos títulos podem se anular (quando tem covariância negativa) e diminuir o risco total da carteira. Assim a partir desta matriz também pode-se determinar quais mudanças na carteira poderiam trazer diminuições no seu risco total. A covariância entre os títulos A e B corresponde ao produto das diferenças entre os retornos de cada título e suas respectivas médias, quando se tomam dois ou mais títulos conjuntamente, torna-se necessário determinar o grau de associação entre os retornos dos títulos tomados dois a dois, dada pela probabilidade conjunta de retornos, isto é, pela probabilidade de que dois eventos de retornos dos títulos em consideração ocorram simultaneamente. O risco do título então pode ser medido pela variância, calculada através da equação abaixo (Winston & Albrigton, 2000, p.376): p x1 1 x2 2 .... xn n xi x j ij i j 2 2 2 2 2 2 i j onde: i i ij 2 é variância dos retornos no investimento i, é desvio-padrão dos retornos no investimento i, é correlação entre retornos passados no investimento i e j. Diversificação ingênua é aquela que diz que o investidor deve investir em mais de uma ação afim de reduzir o risco de prejuízo. Presumivelmente, o conselho implica, também, que quanto maior for o número de ações na carteira, tanto menor será o risco de prejuízo. Diversificação eficiente exige a combinação dos títulos em carteira de modo a reduzir o risco da carteira sem sacrificar o seu retorno esperado. 3 – Aplicação da Programação Linear para Portfolio de Diversificação Eficiente Para atender nos objetivos, os dados utilizados forma coletados do software Economatica versão 1999Dec04W, e forma selecionados utilizando os seguintes critérios para a seleção de dados dos investimentos a serem analisados: a. serem títulos ADR, e negociadas na NYSE – New York Stock Exchange; b. foram utilizados a cotação entre de 17 de novembo de 1998 a 05 de junho de 2000, período em que todos investimentos tinha a sua cotação listada diariamente; c. retorno médio positivo no período. Com base nestes critérios, forma selecionada os seguintes investimentos: Ação 1 – Telesp Operac ADR Ação 2 – Telesp Cel Part ADR Ação 3 – Tele Centroeste Cel ADR Ação 4 – Unibanco ADR Ação 5 – Pão de Acucar ADR Ação 6 – Brahma ADR Ação 7 – Tele Sudeste Celula ADR Ação 8 – Tele Celular Sul ADR Ação 9 – Tele Nordeste Celul ADR Ação 10 – Tele Norte Celular ADR Ação 11 – Tele Leste Celular ADR Ação 12 – Telemig Celul Part ADR Suas cotações estão listados no anexo 01, e os retornos diários estão listado no anexo 02. Na tabela 01 estão listados os retornos médios e os desvios-padrões dos investimentos, enquanto que na tabela 02 estão os coeficientes de correlação entre os títulos. Tabela 01 Títulos Media Telesp Operac ADR Telesp Cel Part ADR Tele Centroeste Cel ADR Unibanco ADR Pao de Acucar ADR Brahma ADR Tele Sudeste Celula ADR Tele Celular Sul ADR Tele Nordeste Celular ADR Tele Norte Celular ADR Tele Leste Celular ADR Telemig Celul Part ADR 0,0020 0,0018 0,0083 0,0001 0,0005 0,0017 0,0026 0,0046 0,0044 0,0024 0,0018 0,0058 Desvio Padrão 0,0387 0,0451 0,0654 0,0386 0,0359 0,0341 0,0606 0,0531 0,0602 0,0614 0,0533 0,0525 Tabela 02 Ação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1 1,0000 0,1544 0,2665 0,7211 0,2219 0,1156 0,3391 0,4192 0,3344 0,2088 0,3296 0,4732 2 0,1544 1,0000 -0,1235 0,3077 0,5551 0,2842 0,6146 0,2255 -0,0029 0,1009 -0,0457 0,0402 3 0,2665 -0,1235 1,0000 0,2576 0,1509 0,1554 0,2030 0,7749 0,8197 0,8245 0,8627 0,7902 4 0,7211 0,3077 0,2576 1,0000 0,6051 0,4302 0,6527 0,3750 0,4870 0,3735 0,3377 0,4813 5 0,2219 0,5551 0,1509 0,6051 1,0000 0,5284 0,6665 0,4208 0,2462 0,1409 0,1711 0,2704 6 0,1156 0,2842 0,1554 0,4302 0,5284 1,0000 0,3621 0,1906 0,3402 0,2973 0,2637 0,1012 7 0,3391 0,6146 0,2030 0,6527 0,6665 0,3621 1,0000 0,4590 0,4600 0,2157 0,2207 0,3922 8 0,4192 0,2255 0,7749 0,3750 0,4208 0,1906 0,4590 1,0000 0,6842 0,5679 0,6503 0,7726 9 0,3344 -0,0029 0,8197 0,4870 0,2462 0,3402 0,4600 0,6842 1,0000 0,9259 0,8406 0,8271 10 0,2088 -0,1009 0,8245 0,3735 0,1409 0,2973 0,2157 0,5679 0,9259 1,0000 0,8713 0,8108 11 0,3296 -0,0457 0,8627 0,3377 0,1711 0,2637 0,2207 0,6503 0,8406 0,8713 1,0000 0,8289 12 0,4732 0,0402 0,7902 0,4813 0,2704 0,1012 0,3922 0,7726 0,8271 0,8108 0,8289 1,0000 Utilizaremos a planilha eletrônica Microsoft Excel® para dar maior agilidade ao nosso trabalho. Inicialmente, com os dados das tabelas 01 e 02, conforme figura 01. Pode-se calcular a matriz de correlação das ações através da função CORELL do próprio Microsoft Excell. Uma das grandes dificuldades da abordagem dada por Markowitz na época, era a dificuldade do cálculo matriz de Covariância, mas com a utilização das planilhas eletrônicas está dificuldade foi eliminada. Como estamos trabalhando com 12 (doze) tipos de ações, então a matriz de covariância terá o seu tamanho 12 X 12. A covariância das alternativas ij é o produto da multiplicação do desvio-padrão da alternativa i pelo desvio-padrão da alternativa j, e multiplicado pela correlação entre os títulos ij. Construindo uma matriz para calcular a matriz de covariância, na célula B24 da planilha entre com a seguinte fórmula: = PROCH($A24;$B$4:$M$6;3)*B9*PROCH(B$23;$B$4:$M$6;3) Utilizando o recurso PROCH, o Excel procura o termo que está na célula $A24, na tabela contida nas células $B$4:$M$6, e captura o valor contido na terceira linha. Agora copie a fórmula para o restante da matriz de covariância, conforme figura 02. Figura 01 – Entrada de dados das ações Logo a seguir, criaremos um campo para saída de dados da decisão de investimento, ou seja, aonde será calculada a participação de cada ação no portfolio que minimize o risco, estes dados estão nas células B41 a M41i. A soma das frações de participação será calculada na célula N41 é deve ser igual a 1 (célula P41). (figura 03) Figura 02 – Cálculo da Matriz de Covariância Figura 03 – Decisão de Investimento Na célula B46, calcularemos o retorno do portfolio atual, ou seja, quando o Microsoft Excel® definir as participações em cada alternativa de investimento, automaticamente o retorno diário esperado deste portfolio será apresentado na célula. Porém, como o objetivo é minimizar o risco do portfolio, o retorno esperado terá como restrição um retorno diário mínimo exigido, na qual utilizamos o índice da poupança no mês de dezembro de 1999, que foi em 0,72% a.m., ou seja, 0,024% a.d. apresentada na célula D46. O retorno esperado do portfolio é o produto da matriz de participação no portfolio e a matriz do retorno médio das alternativas de investimentos, podemos calcular o retorno na célula B46 pela seguinte fórmula: (figura 04) =SOMARPRODUTO($B$5:$M$5;$B$41:$M$41) Figura 04 – Cálculo do retorno esperado do portfolio Par que a planilha eletrônica esteja completa, falta o calculo do risco, que pode ser efetuado pela variância ou pelo desvio-padrão do portfolio. A variância é calculada pelo produto da matriz da covariância pela matriz-transportada da matriz de participação de cada investimento, sendo o resultado multiplicada pela matriz de participação de cada investimento. O desvio-padrão do portfolio é a raiz quadrada da variância do portfolio. Entraremos nas células D50 e D51 (figura 05), como as seguintes fórmulas para calculo da variância e do desvio-padrão, respectivamente: =MATRIZ.MULT($B$41:$M$41;MATRIZ.MULT($B$24:$M$35;TRANSPOR($B$41:$M$41)))ii =RAIZ($D$50) Figura 05 – Cálculo da variância e do desvio-padrão do portfolio Apesar de alguns analistas financeiros preferirem o desvio-padrão, será indiferente minimizar a variância ou o desvio–padrão do portfolio. Usando a ferramenta Solver da barra de Ferramentas no Excel (figura 06), está abrirá uma caixa de diálogo para informar os parâmetros do Solver (figura 07). Inicialmente pede-se a célula que se quer otimizar, no nosso estudo é a célula da variância do portfolio, (célula D50), digite na caixa de na primeira linha da caixa $D$50 e marque em “min” para minimizar a célula. Digite na na Segunda linha da caixa as células a serem alteradas pela solução do Solver a fim de atender as restrições e minimizar o risco (figura 07). Figura 06 – Solver Figura 07 – Entrada dos parâmetros do Solver Figura 08 – Entrada de restrições nos parâmetros do Solver Na figura 08, entra-se com as restrições do modelo matemático, que a soma das participações (célula N1) deve ser igual 1 (célula P41); e que o retorno esperado do portfolio (célula B46) deve ser maior que o retorno mínimo exigido (célula D46), conforme figuras 08 e 09. Após a completa definição pode se clicar o campo “Solve” da caixa de diálogo. Figura 09 –Parâmetros do Solver A solução do Solver determinará, as células de saída do Solver (B41:M41), que deve ser investido na ação 1, 23,82% do total dos recursos disponíveis; 16,98% na ação 2; 9,20% na ação 5; 23,72% na ação 6; 26,28% na ação 10; perfazendo o total de 100% de investimento. Com base nesta participação, o porfolio tem um retorno esperado de 0,18% ao dia, com uma variância e desvio-padrão de 0,0005 e 0,0234; respectivamente, demonstradas nas células B46, D50 e D51 (figura 10). 4 – Análise da Sensibilidade A utilização de planilhas eletrônicas na definição da composição do portfolio de investimentos podem auxiliar também na análise da sensibilidade dos dados. Por exemplo, e se investidor deixar um retorno mínimo diferente do colocado inicialmente no problema. Para que se possa fazer tal analise deve alterar unicamente a célula que contem a informação do retorno mínimo exigido (célula D46) e calcular novamente o Solver (pois o mesmo nã calcula automaticamente). Porém existem alguns software Addins para a planilha Microsoft Excel®, para calcularmos a sensibilidade da variável restritiva que é o retorno mínimo esperado pelo portfolio, utilizaremos um Add-In denominado SolverTableiii. Figura 10 –Resultados do Solver Vá ao item “Dados” no menu principal, e clique o item “SolverTable” da lista, abrirá uma caixa de diálogo perguntando se deseja criar uma ou duas tabelas baseados em alteração de uma ou duas variáveis de entrada, marque a opção “oneway Table” que é para alterar somente uma variável de entrada (figura 11). Abrirá uma caixa de diálogo, que na primeira linha deverá ser informado a célula de entrada que se deseja variar, no nosso caso a variável é o retorno mínimo exigido, então digite $D$46 no campo “Input Cell”. Depois a caixa de diálogo pede a base de valores da células de entrada, valor mínimo, valor máximo e o incremento. Digite nos campos “Minimum value”, “Maximum value” e “Increment”, respectivamente os seguintes valores 0,0010; 0,0105; e 0,0005. Abaixo tem o campo “Output cell(s)” que deve ser informado quais as células de saídas a serem analisadas pelo SolverTable, digite as células que contem a participação de cada alternativa de investimento, o retorno esperado e desvio-padrão, conforme a figura 12. Deve-se se indicar no último campo a célula aonde o SolverTable inicie a construção da tabela de sensibilidade (célula $A$58), após a interação dos cálculos com as variáveis a ser analisado, o Excel plotar uma tabela de sensibilidade (figura 13). Figura 11 – SolverTable Figura 12 – Parâmetros do SolverTable Figura 13 – Análise de Sensibilidade do Retorno Mínimo Exigido Através da análise de sensibilidade do retorno mínimo exigido, observa-se que: a. a partir de uma exigência de retorno acima de 0,85% não existe uma solução viável para o problema; b. comprovando a teoria econômica, quando maior o retorno, maior o risco (medido pelo desvio padrão); e c. os retornos mínimos otimizados de 0,024%, 0,10%, 0,15% e 0,18 tem o mesmo desvio-padrão, ou seja, o mesmo Risco; d. a diversificação perfeita dos títulos do tipo ADR, tem um retorno mínimo esperado de 7,6 vezes maior do que o retorno médio da poupança (0,18% / 0,024%) considerado com um investimento sem risco. Com base nesta tabela de sensibilidade pode decidir a composição do seu portfolio, diversificando os seus investimentos, baseado no seu nível de risco assumido e retorno esperado pela solução otimizada pela programação linear. 5 – Conclusão Os atuais investimentos que são realizados deve ser devidamente efetuados à luz da teoria econômica, a diversificação perfeita dos investimentos minimiza o risco, sem prejudicar o retorno esperado. A programação linear torna-se um instrumento muito útil ao investidor, na tentativa de compor a carteira ótima de investimento, além de abrir a possibilidade analisar a sensibilidades da variáveis restritivas do mercado. A diversificação perfeita dos títulos do tipo ADR, negociados na Bolsa de Nova York (NYSE), trazem um retorno esperado mínimo bem maior do que investimento na poupança, considerada sem risco, o demonstra uma boa opção de investimento para aqueles que possui a possibilidade de tal oportunidade de investimento. 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Pacific Grove: Duxbury, 2000. i Para facilitar a montagem do modelo de programação linear é aconselhável que se coloque valores aleatórios nas células de saída. ii Após digitar a fórmula deve-se pressionar CtrlShift-Enter para que o Excell reconheça a fórmula de multiplicação de matrizes. iii Desenvolvido pela DecisionTools® Suite