JOHN STUART MILL

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JOHN STUART MILL
TEORIA DO VALOR
A produção consistia simplesmente no trabalho transformando os recursos
naturais
Requisitos da produção
- Trabalho
- Objetos naturais apropriados
Embora o trabalho fosse o mais importante determinante do valor, não era o
único.
Teoria do valor-trabalho
 Só era válida quando as razões entre o capital e o trabalho fossem as mesmas
em todas as indústrias, neste caso:
 Os custos de produção seriam proporcionais ao trabalho incorporado às várias
mercadorias ( o que não acontecia com a maioria)
vinho e tecido = trabalho, porém valores diferentes porque o
primeiro demorava em dar lucro
TEORIA DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO

Mill voltaria a teoria dos custos de produção “ pela soma”
“ O preço de mercado era determinado pela oferta e pela procura”

O preço de mercado se aproximaria do preço natural que era = à somatória
dos 3 componentes de custo:
- preço da terra
- preço do trabalho
- preço de capital

Antitese da teoria do trabalho, supunha que o lucro fosse o preço natural do
capital e não um excedente.
Abandono da noção de que o trabalho estava por detrás da troca de uma
mercadoria

1

Existiam duas exceções à regra de que os custos de produção determinam os
preços :
- os preços internacionais
- o preço do trabalho ou salário
PREÇOS INTERNACIONAIS
RICARDO:
Vantagens relativas dependendo da razão internacional de trocas, porém , não
explica como os preços internacionais eram determinados
MILL:
 Os preços eram iguais aos custos de produção porque a concorrência tendia a
igualar a taxa de lucro.
 Os fatores de produção não podiam movimentar-se livremente entre os
países.
Portanto:
 A concorrência não igualava os salários e os lucros em países diferentes
 os preços internos não seriam iguais aos preços internacionais, dependeriam
exclusivamente da oferta e da procura e não dos custos de produção
 A oferta e a procura internacionais poderiam ser analisados via equilíbrio da
balança internacional de pagamentos.
MILL E OS SALÁRIOS


Senior, a teoria dos fundos – os capitalistas criavam um fundo para os
salários.
Os salários dependem da oferta de trabalho ou do número de trabalhadores
que dividissem esse fundo.
“Os salários não eram delimitados pela quantia previamente determinada pelos
capitalistas para o pagamento do trabalho”
Malthus:
 os trabalhadores que não podiam praticar a abstinência sexual eram
condenados ao vicio e à miséria
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Mill:
 Achava os salários poderiam aumentar devido à educação,
onde as pessoas
passariam a usar metodos de controle para diminuir o tamanho das familias.
“Os salários determinados por uma luta de concorrência entre trabalhadores e
capitalistas”
“as greves trabalhistas não só eram educacionais, eram
importantes na distribuição de renda dos lucros e os salários”


Mill simpatizava com os trabalhadores, negação da doutrina dos fundos
influenciou a classe operária
Os salários eram determinados mais por fatores sociais e políticos do que por
fatores econômicos estritamente definidos.
Tendência decrescente da taxa de lucros
Mill discípulo de Ricardo,
 diminuição da taxa de lucro no longo prazo.
Acumulação
renda
população
preço dos alimentos
lucros
Duas formas poderiam contradizer esta relação
 A exportação de capital (colônias, alimentos, roupas baratas)
 Crises comerciais periódicas
- Desperdício de capital nas épocas de expansão dos negócios
- Exagerada especulação na época de reviravolta comercial
“crises periódicas destruíam o capital, alimentando a diminuição da taxa de lucro”
MILL DEFENDIA A LEI DE SAY
 Superprodução de mercadorias: excesso de mercadorias em relação à procura
de moeda
 No longo prazo o capitalismo de mercado automaticamente sairia das
depressões e acabaria atingindo o pleno emprego.
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SOCIALISMO


Não defendia a propriedade privada dos meios de produção
Condenava a concentração da propriedade dos meios de produção (criava uma
classe parasita e diminuta)
“Uma sociedade dividida em duas classes hereditárias não poderia manter-se
para sempre”

Riqueza e pobreza – não daria certo esta bipolarização
“Uma sociedade comunista seria socialmente superior à sociedade capitalista”


Estimulava a criação de pequenas cooperativas
A relação dos patrões com os trabalhadores seria gradativamente substituída
por uma sociedade que poderia ser de duas formas:
- associação dos trabalhadores com os capitalistas
- associação dos próprios trabalhadores
O REFORMISMO INTERVENCIONISTA
Apesar de suas idéias socialistas o verdadeiro objetivo de Mill era promover a
reforma do capitalismo
“A sociedade tem tudo o direito de modificar qualquer direito de propriedade
que pudesse ser prejudicial ao bem comúm”
Apesar do Laissez-Faire o governo deveria intervir em três áreas:
1. Em decorrência do capitalismo de livre-mercado – A maioria das pessoas eram
condenadas desde seu nascimento a uma precária subsistência
2. Na Pobreza- Uma pequena minoria nascia para gozar de todas as vantagens
sem ter direito por mérito próprio.
3. Empreendimentos que precisavam de muito capital – Os capitalistas obtinham
taxa de lucro acima do nível normal
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POBREZA
“Os pobres não estavam em condições de julgar adequadamente o que melhor
promoveria seus interesses”
Para modificar os hábitos e seu pensamento devia existir uma dupla ação:
1. Educação nacional – Para beneficiar as crianças da classe trabalhadora
2. Medidas para acabar com a pobreza de toda uma geração:
 Orçamento suficiente para estabelecer nas colônias, uma parcela
significante de população agrária jovem
 Uso de todas as terras comuns cultivadas em beneficio dos pobres
Principais Reformas
 Imposto sobre as heranças
 Defendia leis que protegessem os direitos dos operários formarem sindicatos
 Leis que impedissem o abuso ou o excesso de trabalho de crianças em
qualquer emprego
 Leis que limitassem o número de horas que um empregado poderia trabalhar
 O governo deveria oferecer um mínimo de subsistência a todos os incapazes
de trabalhar
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