Tratamento anti-homotóxico da artrose IAH AC: Tratamento anti-homotóxico da artrose © IAH 2009 Na sociedade moderna, o envelhecimento tem invertido na maioria dos países ocidentais a pirâmide populacional. Em conseqüência, as doenças degenerativas passaram a representar uma grande parte das afecções que se vê na medicina generalista. Uma das principais afecções que se observa na população de idade avançada é a artrose, uma doença degenerativa da cartilagem que, em fases tardias, afeta também o osso, produzindo disfunções de diferentes graus nas articulações afetadas. 1 Doenças reumáticas: classificação • Reumatismo inflamatório: artrite • Reumatismo degenerativo: artrose • Reumatismo de partes moles: p. ex., tendinite • Reumatismo ósseo: osteoporose • Doenças pararreumáticas: gota © IAH 2009 2 “Reumatismo é um termo genérico que se refere a qualquer transtorno doloroso das articulações, músculos ou tecidos conjuntivos. Os transtornos reumatológicos compreendem também os processos que afetam aos tecidos conjuntivos de distintos órgãos, como o coração, os pulmões, os ossos, os rins e a pele. Um transtorno reumático se caracteriza por: - inflamação - degeneração - alterações metabólicas Dos tecidos conjuntivos do organismo, especialmente das articulações e as estruturas relacionadas com elas, como são os músculos, as bulsas, os tendões e o tecido fibroso. Assim, o termo reumatismo serve como apelido para um grande número de doenças que afetam sobretudo o aparelho locomotor. Normalmente se distinguem cinco tipos: Reumatismo inflamatório: doenças reumáticas onde predomina a inflamação, como a artrite reumatóide (doenças auto-imune); Reumatismo degenerativo: transtornos degenerativos do aparelho locomotor, como a artrose (objeto desta apresentação). A morte celular e a perda de estruturas e tecidos são produzidas a nível articular, mais precisamente da cartilagem no ´rinciípio, para depois estender-se até as estruturas ósseas. Reumatismo de partes moles: são exemplos de reumatismo de partes moles afecções como a síndrome do túnel carpiano, a periartrite do ombro, a polimialgia reumática e a fibromialgia. Reumatismo ósseo: afecções degenerativas do próprio osso. O principal exemplo é a osteoporose. Doenças para-reumáticas: é um grupo de afecções locomotoras que não podem ser lassificadas em nenhum dos outros 4 grupos citados (´. Ex. a gota). 2 • O que é a artrose? © IAH 2009 3 A artrose é um desgaste prematuro e excessivo das camadas de cartilagem que cobrem o osso, as quais podem inclusive desaparecer completamente. Nos casos simples, esta perda de cartilagem pode ser detectada com raio X, eu mostra a degeneração da cápsula articular. A ressonância magnética (RM) é melhor e mais precisa. As fases finais da artrose são acompanhadas de deformações articulares visíveis, por isso algumas formas se denominam artrose deformante. Ademais, devido ao estreitamento do espaço articular e a aparição de osso nas bordas, a mobilidade é cada vez mais limitada, o que pode chegar a provocar uma imobilidade quase completa da articulação. A artrose apresenta exacerbações e remissões. Durante a fase inativa, a articulação não está nem inchada, nem dolorida, embora pareça muito menos resistente. As lesões adicionais e os esforços excessivos podem então desencadear a curto prazo um processo ativo ou inflamatório no qual predominam a tumefação e a dor, às vezes, até em repouso. 3 • A artrose representa 70% de todas as doenças reumáticas © IAH 2009 4 Dentro do grupo das doenças reumáticas, a prevalência da artrose nos países ocidentais é ao redor de 70%. Esta elevada prevalência, supõe uma pesada carga sanitária para a sociedade. Os tratamentos habituais da artrose são principalmente sintomáticos e se centram em amenizar a dor e a inflamação. Com exceção de uns poucos condroprotetores (p. ex. as injeções de ácido hialurônico) e algumas intervenções cirúrgicas (p. ex. próteses), o tratamento habitual da artrose não é eficaz a longo prazo 4 Características e sintomas • Rigidez • Dor de arranque • Dor ao mover-se, sobretudo se há carga • Inflamação com períodos de latência • Degeneração da cartilagem • Deformação óssea a nível articular © IAH 2009 5 Os sintomas da artrose incluem a sensação de rigidez articular, sobretudo ao iniciar o movimento (p. ex. ao caminhar depois de estar deitado). Também é freqüente a chamada “dor de arranque” ao começar o movimento. Esta dor diminui alguns minutos depois, já o próprio movimento parece “lubrificar” a articulação. O movimento com carga de peso é mais doloroso que o normal (p. ex. ao levar uma bolsa com peso ou subir escadas). Na artrose reativada são evidentes os processos inflamatórios. Além dos aspectos degenerativos, na artrose frequentemente há ao mesmo tempo uma reação aguda de tipo artrítico. 5 • A artrose é um desequilibrio entre a degeneração da cartilagem e sua regeneração pelas células sinoviais e os condrócitos. O desequilíbrio se inclina à degeneração © IAH 2009 A artrose pode ser considerada uma situação de desequilíbrio entre a quantidade de cartilagem nova gerada pela colaboração das células sinoviais (ácido hialurônico) com os condrócitos (colágeno e proteoglucanos ou glucosaminoglucanos), e a degeneração cartilaginosa (a causa do desgaste) e vários tipos de processos enzimáticos. Quando a pessoa é jovem, este equilíbrio está a favor da geração de cartilagem; este é o motivo pelo qual não vemos normalmente artrose nas pessoas jovens. No adulto, este equilíbrio se move pouco a pouco à degeneração da cartilagem, produzindo afecções do tipo da artrose. Nas etapas finais, quando a cartilagem foi toda destruída e o osso subcondral entra em contato com outro osso subcondral, aparecem deformações das extremidades ósseas. 6 Se distinguem 4 estágios clínico-radiológicos na artrose (1): • Estágio I: Aparecem sintomas leves. Pode-se ver uma ligeira esclerose nas radiografías da articulação afetada; o espaço articular e o condilo permanecem intactos. • Estágio II: A mobilidade articular diminue devido a dor ao iniciar o movimiento e a rigidez da articulação. Nas radiografías pode haver cistos e osteófitos pequenos. © IAH 2009 7 Radiologicamente, a artrose pode ser classificada em 4 estágios sucessivos. No estágio 1 é o começo da artrose. Além de uma esclerose discreta, não se vê muito mais nas radiografias. Os sintomas clínicos são leves e aparecem e desaparecem em função das maiores ou menores cargas dos movimentos e da atividade. É importante o fato de que os sintomas clínicos variam muito segundo o uso da articulação, já que, ao contrário do que poderia se esperar, os movimentos sem carga (caminhar, nadar, etc.) são curativos e melhoram o estado da articulação. No estágio 2 aparecem os sinais iniciais de certo deterioramento da mobilidade. A rigidez posterior ao repouso, ao iniciar o movimento, piora. Também há dor ao começar o movimento e perda de força (escadas, levantar estando de joelhos, etc). Nas radiografias aparecem os primeiros osteófitos finos e podem ser observados pequenos cistos subcondrais. . 7 Se distinguem 4 estágios clínico-radiológicos na artrose (2): • Estágio III: A mobilidade articular se reduz significativamente. Pode haver inflamação aguda secundária. Em ocasiões observam-se cistos subcondrais nas radiografias. O espaço articular se estreita de forma irregular. • Estágio IV: Deformação articular grave: degeneração cística, osteófitos, espaço articular muito estreito. Osso sobre osso. © IAH 2009 8 No estágio 3 há sinais de intensa inibição da mobilidade, em parte pela rigidez e dor de arranque e em parte por alterações físicas, tais como o estreitamento do espaço sinovial e o início da deformação articular. A força aparece limitada e pode haver inflamação, o que complica ainda mais o quadro. Normalmente se observam osteófitos e cistos nas radiografias. O estágio 4 é a etapa final, na que desaparece a flexibilidade articular. O paciente se esforça para compensar a imobilidade articular. Há inflamação recorrente e descompensação muscular. Na radiografia aparecem osteófitos e cistos, e o espaço sinovial está muito estreito ou totalmente ocupado (contato entre ossos subcondrais). 8 artrose © IAH 2009 9 Como a artrose é uma afecção degenarativa, caracterizada principalmente pela perda de tecido e pela morte celular (condrócitos), se situaria à direita da divisão regulação/compensação, na 5ª fase da Tabela de Evolução da Doença (TED): a fase de degeneração. Como os ossos e as articulações derivam da camada mesodérmica embrionária, a artrose pode encontrar-se no nível cavodérmico mesodérmico da tabela. Assim, do ponto de vista homotoxicológico, a artrose é uma afecção degenerativa cavodérmica. Como é típico das afecções da fase inflamatória, caracteriza-se por inflamação e processos de reparação exagerados. (osteófitos). 9 Consequências • Sem tratamento, a afecção tende a deteriorar-se • O padrão inflamatório deve ser considerado como uma intenção de vicariação regresiva. O organismo trata de eliminar as homotoxinas endógenas mediante a inflamação (artrite sobre artrose) • O tratamento supressor fomentará a cronicidade © IAH 2009 10 O fato de que a artrose se situe na 5ª fase da TED tem conseqüências clínicas e terapêuticas especiais. O tempo vai contra a artrose, já que a situação do paciente piora com o tempo. Não há regeneração espontânea da articulação e o curso da degeneração pode ser acelerado com as cargas de peso e o esforço articular em geral. Pode haver remissões espontâneas temporais e limitadas, mas a evolução é progressiva. Na artrose reativada podemos ver processos inflamatórios que, diferentemente da medicina acadêmica, devem ser considerados como esforços do organismo para eliminar algum tipo de fator irritante ou toxina (homotoxina) do espaço sinovial através do processo da inflamação. Embora a inflamação danifique ainda mais a cartilagem devido aos processos enzimáticos, em curto prazo elimina os fatores perturbadores, como os fragmentos de cartilagem e outras homotoxinas. A supressão destes processos inflamatórios, ao invés de sua regulação (imunomodulação), não é, por conseguinte a melhor estratégia em longo prazo. O tratamento supressor conduzirá finalmente o paciente a um processo degenerativo de rebote, crônico e acelerado. 10 Fisiopatología © IAH 2009 Qual é o processo fisiopatológico da artrose? Veremos que a interpretação deste processo é diferente nas medicinas acadêmica e anti-homotóxica. 11 • A cartilagem é matriz densa • sem vasos sanguíneos • sem terminações nervosas • sem vasos linfáticos © IAH 2009 12 A cartilagem se parece muito com uma matriz “comprimida”, os componentes principais da matriz são o colágeno, os glucosaminoglucanos e o ácido hialurônico. Os condrócitos geram a estrutura da matriz a partir das moléculas de ácido hialurônico que lhes aportam as células sinoviais. Apertando e soltando, graças à pressão e ao movimento articular, o chamado “efeito esponja”, a estrutura cartilaginosa absorve os nutrientes e outros elementos necessários; ao soltar se expulsam os produtos intermediários do metabolismo e as homotoxinas. Por isso, o movimento e o exercício são tão importantes para prevenir ou reduzir o início dos processos degenerativos, sobretudo nas pessoas predispostas a esta doença, a quem deveria se ajudar mediante programas precoces de desintoxicação. A cartilagem não contém vasos sanguíneos nem linfáticos. Na estrutura cartilaginosa não há terminações nervosas. Todos os nutrientes, células de defesa e demais substâncias que se necessite chegam à membrana sinovial através do líquido sinovial. As substâncias tóxicas capazes de chegar à matriz ou abandoná-la também tem que seguir as mesmas rotas, como os medicamentos. . 12 • Como um peixe num aquário, a qualidade da nutrição da cartilagem depende diretamente da qualidade do líquido sinovial que o rodeia © IAH 2009 13 A cartilagem poderia ser comparada a um peixe dourado de aquário. Sua qualidade de vida depende totalmente da pureza da água em que nada. A cartilagem depende totalmente dos componentes que contém o líquido sinovial que a banha. 13 • À cartilagem chegam como nutrientes os componentes do líquido sinovial que, graças à compressão e descompressão que gera o movimiento articular, empurra o líquido para dentro e fora de sua estrutura © IAH 2009 14 O movimento sem carga é bom para a articulação artrósica, pois os mecanismos de pressão e liberação ativam o efeito “esponja”, mantendo a homeostase local. 14 Estrutura de colágeno da cartilagem • Zona basal: zona esclerosada que se insere no osso subcondral • Zona vertical: as fibras de colágeno se distanciam (verticalmente) do osso subcondral • Zona flexível: a zona vertical se horizontaliza e dá passagem • Zona horizontal: paralela à superfície © IAH 2009 15 As fibras de colágeno da cartilagem não estão dispostas de forma caótica, mas estão muito bem estruturadas e constituem uma camada basal sobre a qual se dispõe as estruturas mais finas de proteoglucanos. Para poder formar uma superfície cartilaginosa lisa por um lado e uma estrutura interposta de caráter elástico e amortecedor por outro, e finalmente uma inserção firme sobre o osso subcondral, o colágeno se estrutura em 4 fases. 15 Estrutura da cartilagem © IAH 2009 16 Na imagem esquerda vemos as 4 zonas da estrutura do colágeno. A amortecedor de impactos e pressões é possível no sentido tanto horizontal como vertical. Entre as fibras de colágeno há uma rede fina de proteoglucanos que garante a estrutura hidrófila necessária para manter a umidade e flexibilidade da cartilagem. A cartilagem dessecada se rompe com a mínima pressão. A cartilagem bem lubrificada é extremamente flexível. Imagem esquerda Espaço sinovial Cartilagem Colágeno Proteoglucanos Moléculas de ácido hialurônico Moléculas de água Células sinoviais Condrócito Imagem direita Molécula de ácido hialurônico Condroitinsulfato Proteína conectiva Proteína “nuclear” 16 Artrite, degeneração da cartilagem e dor Strain > Strain limit O desequilíbrio de forças produz dor muscular Abrasividade da cartilagem: partículas livres Inflamação da membrana sinovial interna Inflamação articular; deterioramento funcional A dor leva a aplicar as cargas de forma desequilibrada © IAH 2009 17 A certa idade, o esforço articular poderia produzir abrasividades na cartilagem, com desprendimento de fragmentos de sua superfície que acabariam “flutuando” no líquido sinovial. O movimento empurraria os fragmentos até o exterior da articulação, onde irritariam a membrana sinovial. Esta irritação freqüentemente desencadeia um processo inflamatório que se associa à liberação de enzimas características dirigidas a dissolver o fragmento. Como a superfície cartilaginosa tem os mesmos componentes que os fragmentos da cartilagem, as enzimas que atuarão sobre tais fragmentos, danificam também a superfície. Se não se dá tempo para que a cartilagem danificada se regenere, os esforços recorrentes originarão um círculo vicioso, com uma degeneração cada vez maior da estrutura cartilaginosa. O esforço, a inflamação e a recidiva são os 3 fatores principais que tendem a perpetuar a evolução da artrose. 17 Os pedaços de cartilagem soltos na articulação são homotoxinas endógenas Os processos fisiológicos para eliminar os pedaços desprendidos deven contemplar-se como uma defesa intencional © IAH 2009 Do ponto de vista da homotoxicologia, os fragmentos de cartilagem que se encontram no espaço sinovial são consideradas homotoxinas endógenas. Embora trate-se de um material de “fabricação própria”, perturba o funcionamento normal da articulação. A eliminação dos fragmentos por processos enzimáticos que se somam à inflamação é um mecanismo de defesa biológico intencionado que deve-se respeitar, e inclusive, fomentar-se ou controlar-se, por todos os meios. Portanto, a estratégia deveria consistir em aportar imuno-modulação e suporte orgânico para melhorar a qualidade de vida do paciente sem bloquear o processo de eliminação e apoiar os mecanismos de regeneração disponíveis em todo possível (melhora da função das células sinoviais e dos condrócitos). 18 Destruição enzimática da cartilagem: metaloproteinases • Mucopolisacaridase: separa os mucopolisacárideos (GAG) de suas proteínas transportadoras • Protease: empalma as proteínas transportadoras e de união • Hialuronidase: dissolve as moléculas de ácido hialurônico. Como estas moléculas servem de anclaje aos distintos proteoglucanos, a estrutura se debilita consideravelmente. As bactérias são capazes de danificar a matriz mediante a hialuronidase. Para isso produzen uma enzima que dissolve o ácido hialurônico • Colagenase: danifica as pontes que constroem as fibras de colágeno © IAH 2009 19 Os 4 componentes principais da cartilagem (seus componentes) podem induzir a liberação de 4 enzimas correspondentes. Estas enzimas são denominadas metaloproteinasas da matriz. Um dos fatores que estimulam as MMP são as citocinas proinflamatórias. Mucopolisacaridasa: catalisa a hidrólise dos glucosaminoglucanos (também denominados mucopolissacarídeos). Proteasa: catalisa a ruptura das estruturas protéicas para das péptidos menores e aminoácidos. Colagenasa: hidrolisa as fibras de colágeno. Hialunoridasa: degrada o ácido hialurônico (um aminoglucano parecido com a gelatina). A cartilagem hialina articular contém principalmente colágeno, enquanto que a cartilagem elástica se encontra no ouvido e na glote. 19 cartilagem velha cartilagem normal Condroitinsulfato cartilagem artrósica Proteína nuclear Queratansulfato Região de união do hialuronato Lago da regiãp de união ao AH Tamanho do normal monômero de PG pequeno normal (-) Tamanho do SC normal Normal normal Conteúdo de SC normal Baixo normal (+) Conteúdo de SQ normal Alto normal (+) Conteúdo protéico normal Alto baixo + - Capacidade + de agregação • Mudanças na proporção de proteoglucanos ao envelhecer nos processos degenerativos © IAH 2009 20 Existem grandes diferenças ente a composição da cartilagem velha (pessoas idosas) e da cartilagem artrósica. A diferença principal reside na conteúdo de proteínas e condroitinsulfato. Componentes: antrósica: Condroitinsulfato Cartilagem velha: Baixo conteúdo Cartilagem Conteúdo normal Proteoglucanos (tamanho) Pequenos Tamanho normal Conteúdo protéico Alto Baixo O condroitinsulfato (glucosaminoglucano ou GAG) está baixo na cartilagem velha e normal na cartilagem artrósica. O tamanho dos proteoglucanos é bem pequenos na cartilagem velha, enquanto que segue sendo normal na artrósica. O conteúdo protéico da cartilagem velha é elevado e da artrósica baixo. Tudo isso em comparação com a cartilagem normal. Embora existam algumas alterações que são características da cartilagem artrósica, o dano é produzido sobretudo pelas enzimas que acompanham os processos inflamatórios com os esforços recorrentes da articulação. 20 Tratamento convencional da artrose © IAH 2009 Antes de descrever a estratégia terapêutica anti-homotóxica esclarecemos algumas das formas habituais de pensar e de planejar o tratamento da artrose. 21 Estratégia convencional • Os AINE foram desenvolvidos para curar a inflamação aguda. O objetivo de sua aplicação era a curto plazo. O grau em que aparecem os efeitos secundários está em função e é proporcional à duração do tratamento © IAH 2009 22 Os principais medicamentos que se usam na artrose ativa são os antiinflamatórios não esteroidais ou AINE. É um grupo de moléculas diversas (salicilatos, ibuprofeno, paracetamol, oxicanos, inibidores da COX-2, etc.) que atuam primordialmente como inibidores não seletivos da enzima ciclooxigenase, inibindo a produção de prostaglandinas pro inflamatórias. Os AINE foram desenvolvidos para tratar os transtornos inflamatórios agudos e não, as afecções degenerativas crônicas, embora sejam acompanhadas de inflamação. Os diversos efeitos secundários que aparecem com o uso prolongado dos AINE são aceitos geralmente como normais. Como ocorre com a maioria dos fármacos convencionais, a prevalência de efeitos secundários tem relação direta com a dose empregada e a duração do tratamento. A artrose é uma doença degenerativa CRÔNICA e os AINE habitualmente tem que ser usados por longo prazo, o que alonga a supressão dos mecanismos de regulação e aumenta o risco de efeitos secundários graves. Esta crítica vale tanto para a primeira geração de AINE (inibidores da síntese de prostaglandinas) como para a segunda (dos inibidores da COX-II). 22 Estratégia convencional • A observação confirma o erro: • Na artrose se usa medicação para a artrite © IAH 2009 23 Os AINE foram desenvolvidos para tratar a inflamação aguda e aplicar-se, portanto, unicamente para combater as artrites agudas (que são reações inflamatórias agudas); podemos assim facilmente confirmar o erro que supõe usar esta medicação na artrose (que não é um processo inflamatório agudo, mas degenerativo crônico, embora às vezes haja algum sinal de inflamação aguda). Do ponto de vista da homotoxicologia, isso é difícil de aceitar, já que a artrite está na fase de inflamação cavodérmica (segunda fase da TED) e a artrose na fase de degeneração (quinta fase da TED). Esta discrepância demonstra em si mesma a utilidade e a importância da TED. 23 Estratégia convencional • Como a artrose afeta principalmente a pessoas de idade avançada, o tratamento convencional por si só tem certos riscos em virtude de seus efeitos secundários. • Menor agregação plaquetária • Retenção de água • Problemas digestivos • Problemas hepáticos e renais © IAH 2009 24 Os efeitos secundários não são leves, como se pensa normalmente ao usar os AINE de forma prolongada. Em particular, nas pessoas de idade avançada, o maior risco de complicações por efeitos secundários é real, já que pode haver algum problema cardíaco, hepático ou renal de base. A alteração da agregação plaquetária (hemoragias mais fáceis e prolongadas), a retenção de água (insuficiência cardíaca), os problemas digestivos (gastrite com queimação, formação de úlceras) e os transtornos hepáticos ou renais colocam estes pacientes idosos em situação de alto risco. 24 AINE e efeitos secundários • 20% de todas as reações farmacológicas adversas alegadas que são comunicadas ao FDA tem relação com os AINE • 400.000 acontecimientos adversos graves e • 20.000 mortes por AINE em pacientes hospitalizados em 1994 nos EUA. © IAH 2009 25 O Food and Drug Administration (FDA) dos EUA, um dos observadores mais severos e críticos do mercado farmacêutico no relativo à proteção do paciente, já alertou repetidas vezes sobre o mau uso dos AINE. Segundo seus cálculos, 20% de todas as alegadas reações adversas por medicamentos tem relação com os AINE. Em 1994 se notificaram 400.000 acontecimentos adversos graves, e se calcula que, só nos EUA, ao redor de 20.000 pessoas morreram em 1994 por causa dos AINE. Neste grupo, a hemorragia digestiva foi a principal causa de morte depois de haver tomado AINE ou abusado deles. 25 Tratamento homotoxicológico da artrose © IAH 2009 Enquanto à homotoxicologia, o enfoque terapêutico da artrose é muito diferente do convencional. Como se trata de uma afecção degenerativa crônica, deve-se empregar todas as estratégias dos 3 pilares do tratamento anti-homotóxico. 26 Tratamento anti-homotóxico • Limpar o terreno do paciente • Regular o processo de inflamação ao início da cadeia inflamatória (sem supressão) • Dar apoio ao tecido afetado • Regenerá-lo no possível • Melhorar a qualidade de vida do paciente © IAH 2009 27 A abordagem combinada da artrose com a estratégia anti-homotóxica dos 3 pilares criará: •Uma “limpeza do terreno”. Se limpará o meio extra-celular para melhorar o transporte de nutrientes, mediadores, etc., mas também para facilitar a eliminação dos produtos metabólicos finais e outras possíveis toxinas. •O processo inflamatório estará regulado de tal forma que se conservam as características fisiológicas ao tempo que os aspectos negativos e destrutivos se reduzem ao mínimo. Mediante esta regulação eliminamos as homotoxinas causadoras e inibimos os sintomas. •Se dá apoio ao tecido que sofre o dano. Criam-se condições em que se sustentam as funções fisiológicas das células sinoviais e os condrócitos. A melhor função regeneradora da cartilagem tenderá a inibir os efeitos degenerativos do processo da artrose e freará ou reduzirá o dano. 27 ZEEL © IAH 2009 28 Embora em princípio seja impossível uma correlação direta entre as coordenadas da TED e uma medicação, isso tem se demonstrado com Zeel. As doenças degenerativas das articulações só aparecem na tabela na fase de degeneração cavodérmica, e Zeel se emprega especificamente nestas indicações. Mas Zeel sozinho não basta para resolver a artrose. 28 Os 3 pilares do tratamento antihomotóxico da artrose 1. Drenagem e desintoxicação: Detox-Kit 2. Imuno-modulação: Traumeel 3. Suporte celular e orgânico específico: Zeel © IAH 2009 Deveríamos começar por um limpeza geral da MEC e não só na articulação afetada. Para isso, o Detox-kit é o tratamento mais apropriado (ver IAH AC: Drenagem e Desintoxicação). Na artrose ativada, a imuno-modulação se consegue com Traumeel. Muitos dos efeitos corretores de Traumeel são conhecidos, como: inibição dos mediadores proinflamatórios IL-1, TNF-alfa e IL-8 para mencionar uns poucos. Traumeel aumentará também a liberação de TGF-beta pelas células Treg (células TH-3), inibindo mediante este mediador as células proinflamatórias TH-1 e TH-2. Zeel T contém também uma série de extratos vegetais reguladores da inflamação, assim como organopreparados “suis” relativos à articulação. Ademais, os catalisadores essenciais que contém o medicamentos potenciarão a oxigenação das células sinoviais e os condrócitos. Nos países que não se comercialize Zeel T poderá usar-se Zeel comp complementando com Coenzyme compositum para o suporte celular e orgânico, já que contém os principais catalisaodres do ciclo de Krebs para estimular as funções metabólicas das células sinoviais e dos condrócitos. 29 Resumo • Primeras 2 semanas: injeção de Traumeel + injeção de Zeel T (*) + comprimidos orais de Traumeel. Segue a inflamação • Iniciar drenagem e desintoxicação desde o primeiro dia de tratamento (Detox-Kit) • Desde a 3a semana: injeção de Zeel T + comprimidos orais de Zeel T • Aplicação local de pomada de Traumeel nas 2 primeiras semanas, depois pomada de Zeel (*) Se Zeel T não for comercializado em sua zona, use Zeel comp. e adicione Coenzyme compositum © IAH 2009 30 O resumo de um plano de tratamento para a artrose deveria parecer-se ao slide acima. Zeel T não se comercializa em todos os países. Ademais, devemos assinalar que deve-se injeta-lo de forma peri-articular, IM ou SC, pois a via IA foi retirada do mercado tanto para Zeel T como para Zeel comp. N. 30 Outros medicamentos que deve-se levar em conta • Coenzyme compositum • Ubichinon compositum • Dulcamara-Homaccord • Colocynthis-Homaccord • Ferrum-Homaccord • Gelsemium-Homaccord •… • A especificidade do paciente prevalece © IAH 2009 31 Naturalmente, em função da afecção acompanhante e dos sintomas do paciente, também pode-se acrescentar outros medicamentos segundo o caso. Coenzyme compositum e Ubichinon compositum facilitarão a energia celular. A medicação contém, respectivamente, os catalisadores e quinonas que se precisam para este propósito. Dulcamara Homaccord se administra quando a piora da afecção reumática tem relação com o clima (pior com o tempo frio e úmido, como se vê na artrose). Os seguintes Homaccord tem características topográficas ou tropismos específicos: Colocynthis-Homaccord na região lombar, a dor lombar ou a espondilose lombar Ferrum-Homaccord na periartrite do ombro e na síndrome do ombro-braço. Gelsemium-Homaccord na dor cervical e na cefaléia occipital, Podem acrescentar-se outros medicamentos em função da apresentação de cada paciente, os quais se documentam em outras apresentações do curso. 31