! POTENCIAL ANTI-Helicobacter pylori E ANTIOXIDANTE DE FRAÇÕES DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Baccharis trimera Less. (DC) OTALIBIO CASTIGLIONI NUNES 1 ; CLAUDIA MASROUAH JAMAL 1 ; RODRIGO REZENDE KITAGAWA1; RITA DE CÁSSIA RIBEIRO GONÇALVES1; 1 Universidade Federal do Espírito Santo Introdução: O uso de plantas medicinais no tratamento e cura de enfermidades é um recurso terapêutico antigo e talvez o único em muitas comunidades. Entre a população brasileira é comum o uso de espécies vegetais como a Baccharis trimera (Less) DC (Asteraceae), popularmente conhecida como carqueja e utilizada pela medicina tradicional no tratamento de distúrbios digestivos. Objetivos: Avaliar o potencial anti-Helicobacter pylori e antioxidante do extrato hidroalcoólico (HI) e de suas frações aquosa (AQ), acetonitrila (AC) e hexânica (HE). Métodos: Foi realizado a fitoquímica preliminar e a dosagem de polifenóis totais. Na atividade anti-H. pylori usou-se a técnica de microdiluição em caldo e na atividade antioxidante os ensaios espectrofotométricos de inibição dos radicais DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazil) e ABTS [2, 2'-azino-bis (ácido 3-etilbenzotiazolina-6-sulfónico)], e dos oxidantes biológicos ânion superóxido (O2•-) e ácido hipocloroso (HOCl). Resultados: Após a realização dos testes preliminares, o HI obteve os melhores resultados, comparado com os extratos etanólico e aquoso, sendo então fracionado. Na fitoquímica preliminar, HI, AQ e AC apresentaram flavonóides, polifenóis, triterpenos e taninos, e o percentual de polifenóis foi, 16,91, 13,84 e 10,85, respectivamente. Os resultados do ensaio do DPPH e ABTS foram expressos em valores de CE50, em µg/ml. O HI obteve os seguintes CE50: DPPH, 17,40±0,52 e ABTS, 9,99±1,21. Para as frações os melhores CE50 foram: DPPH fração AQ, 27,41±1,65 e ABTS fração AQ, 10,80±1,90. Na atividade anti H.pylori o HI obteve CIM de 512 µg/mL enquanto que para as frações AC e AQ o CIM foi de 1024 e > 1024 µg/ml, respectivamente. Nos ensaios de oxidantes biológicos, HI e AC inibiram acima de 50% do HOCl em 25 µg/ml, e HI, AQ e AC inibiram acima de 50% o ânion superóxido em 12,5, 6,25 e 100 µg/ml, respectivamente. Conclusões: Os resultados mostram que o extrato HI e as frações AQ e AC são promissoras na prevenção e tratamento de doenças causadas por H. pylori, e estes são reforçados pela relação existente entre a presença de compostos fenólicos e a inibição de oxidantes biológicos. Palavras-chave: Helicobacter pylori; Estresse oxidativo; Úlcera. Apoio Financeiro: FAPES; CNPq. ! EVIDÊNCIA DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DE FRAÇÃO ISOLADA DE EXTRATO HEXÂNICO OBTIDO DE Pterodon polygalaeflorus, AVALIADA EM MODELO DE INFLAMAÇÃO AGUDA MARIANA VIEIRA VIGLIANO1; LEOSVALDO SALAZAR MARQUES VELOZO1; GIRLAINE PEREIRA DA SILVA1; SHIRLEY VÂNIA MOURA SANTOS1; NATHÁLIA REGINA FELIZARDO LEAL1; CARLOS ROBERTO MACHADO GAYER 1 ; PAULO ROBERTO MARQUES 1 ; MARSEN GARCIA PINTO COELHO1 1 UERJ, IBRAG–DBq–LIA-BPPN Introdução: O gênero Pterodon compreende espécies amplamente distribuídas pela região central do Brasil. Os seus frutos estão disponíveis no mercado da flora medicinal, sendo amplamente utilizados por suas propriedades farmacológicas como antipirética, anti-inflamatória e analgésica. Objetivos: Biomonitorar o fracionamento do extrato hexânico de Pterodon polygalaeflorus Benth., utilizando modelo de inflamação aguda. Métodos: O extrato foi fracionado em coluna de sílica e as frações (Fr1Ppg-Fr4Ppg) foram analisadas por CG-EM e CCD. A atividade anti-inflamatória foi avaliada no modelo de edema de patas induzido por injeção (i.pl) de carragenina 0,6%, em camundongos SW tratados 1 h antes (i.p) com as frações. A fração mais ativa foi testada no modelo de bolha de ar, cuja cavidade foi desenvolvida no dorso dos animais através de injeção de ar estéril (s.c.). A inflamação foi induzida por inoculação local de carragenina 1%, 1 h após tratamento (p.o.) com veículo, indometacina ou fração ativa. Após 4 h, o exsudato da bolha foi coletado para contagem total e diferencial de leucócitos, dosagem de proteínas, e os tecidos das bolhas removidos para análise microscópica e histologia. A citotoxicicidade foi avaliada em macrófagos RAW 264.7 (0,001 a 80 µg/mL) pelo ensaio com MTT. Todos os procedimentos foram aprovados pelo comitê CEA-IBRAG protocolo 07/2013. Resultados: A Fr1Ppg, mais ativa, inibiu o edema de patas em 81% (0,02 mg/kg) e 91% (0,2 mg/kg). O tratamento com Fr1Ppg 0,02 mg/kg reduziu em 73,3% o número total de leucócitos, em 72,3% o número de neutrófilos e em 56,8% o teor proteico no exsudato em relação ao grupo controle. Não houve diferença significativa no tratamento com 0,2 mg/kg. A análise macroscópica/histológica dos tecidos mostrou importante redução de vasodilatação/infiltrado inflamatório pelo tratamento com Fr1Ppg (0,02 mg/kg). A Fr1Ppg mostrou-se citotóxica a partir da concentração de 20 µg/mL. A análise por CG-EM mostrou predominância de terpenos na Fr1Ppg. Conclusões: Este trabalho mostra um potencial anti-inflamatório da fração Fr1Ppg rica em terpeno isolada da espécie P. polygalaeflorus. Palavras-chave: Pterodon polygalaeflorus; Inflamação; Bolha de ar. Apoio financeiro: FAPERJ; CNPq; UERJ. ! E F E I TO D O E X T R ATO E TA N Ó L I C O D A F O L H A D E S a l v e r t i a convallariodora SOBRE O MUCO E A SECREÇÃO ÁCIDA DO ESTÔMAGO DE RATOS ANDERSON MENDES GARCEZ1; PAULO HUMBERTO MOREIRA NUNES1; NAIRA MOURA ALVES1; MANOELA CARINE LIMA DE FREITAS1; JAMES FREDERICO ROCHA PAHECO1; HELDEMYS DA COSTA MEDINA1; RAILSON DE SOUSA SANTOS1; LAIO SANTANA PASSOS1; MARIA DO CARMO DE CARVALHO E MARTINS1 1 Universidade Federal do Piauí (UFPI) Introdução: Salvertia convallariodora (Vochysiaceae), encontrada nos cerrados brasileiros e conhecida como chapéu de couro ou bananeira é usada popularmente no tratamento de gastrites e hemorroidas. Espécies do gênero Qualea apresentam atividade antiulcerogênica associada à estimulação da síntese de muco na mucosa gástrica. Testes preliminares detectaram atividade antiulcerogênica no extrato etanólico da folha de S. convallariodora (EESc) em modelo de úlcera gástrica por etanol em ratos, sem indicação do mecanismo de ação envolvido. Objetivo: Estudar o efeito do EESc sobre o conteúdo de muco e secreção gástrica do estômago de ratos. Método: A pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética em Uso de Animais/UFPI (Nº 008/12). Ratos machos (266±4g) foram distribuídos em grupos (n=6-8) e mantidos em jejum de ração por 24h. Após a ligadura de piloro, fez-se a administração intraduodenal de água (5 ml/kg), EESc (500 mg/kg) ou carbenoxolona (250 mg/ kg) e sutura da parede abdominal. Quatro horas depois os animais foram eutanasiados, o estômago retirado e, após coleta do conteúdo gástrico para determinação do volume (V, mL), pH e acidez total (AT, µEq/h), fragmentos do corpo gástrico foram retirados e pesados para determinação do teor de muco (MU, µg Alcian Blue/g). Os resultados, apresentados como média e erro padrão da média, foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey para comparação entre os grupos, com nível de significância em p<0,05. Resultados: EESc (500 mg/kg) aumentou significativamente MU (436,2±27,8; p<0,05) e reduziu AT (24,4±1,6; p<0,01), mas não alterou o pH (3,82±0,13) nem V (0,30±0,05), em comparação com os respectivos controles (M: 354,5±24,9; AT:36,3±3,1; pH:3,32±0,18; V:0,38±0,05). Carbenoxolona (250 mg/ kg) induziu aumento significativo de MU (489,7±25,3; p<0,01) e pH (4,15±0,16; p<0,05), e redução de AT (20,1±1,8; p<0,001) e V (0,19±0,05; p<0,05). Conclusões: A ação gastroprotetora do EESc envolve a redução da secreção gástrica e o estímulo à produção de muco. Palavras-chave: Salvertia convallariodora; Gastroproteção; Muco. ! POTENCIAL ANTI–Helicobacter pylori E ANTIOXIDANTE DA ISOCUMARINA PAEPALANTINA OBTIDA DE Paepalanthus bromelioides JOÃO PAULO LOUREIRO DAMASCENO1; CRISTIANE DOS SANTOS GIUBERTI 1 ; RITA DE CÁSSIA GONÇALVES 1 ; RODRIGO REZENDE KITAGAWA1 1 Universidade Federal do Espírito Santo Introdução: A isocumarina, paepalantina, isolada dos capítulos de Paepalanthus bromelioides, família Eriocaulaceae, têm se destacado como uma substância promissora em função de seu potencial biológico. Estudos anteriores demonstraram atividade anti-inflamatória, antimicrobiana, antioxidante, citotóxica, entre outras. A respeito da atividade antimicrobiana, a paepalantina demonstrou significativa atividade contra bactérias Gram-positivas abrindo as novas possibilidades de avaliação sobre outros microorganismos. Helicobacter pylori é uma bactéria Gram-negativa que coloniza a mucosa gástrica de metade da população mundial. Este patógeno é considerado o principal agente etiológico da úlcera péptica humana e uma das causas do câncer gástrico, sendo um alvo importante no desenvolvimento de novas drogas. Objetivos: Avaliar a atividade anti-H. pylori e antioxidante da paepalantina frente ao radical ABTS•+ e as espécies reativas de oxigênios (EROs): O2•− e HOCl. Métodos: A atividade anti-H. pylori foi avaliada através da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), pela técnica espectrofotométrica de microdiluição em caldo, e da Concentração Bactericida Mínima (CBM) em placas de Agar Columbia sangue de carneiro (5%). A atividade antioxidante foi avaliada por ensaios químicos espectrofotométricos. Os valores para atividade antioxidante foram expressos em porcentagem de inibição para determinação da CE50 (concentração efetiva 50%). Trolox foi utilizado como antioxidante padrão. Resultados: A paepalantina apresentou valores de CIM para H. pylori de 128 µg/mL e CBM de 512 µg/ml. Os resultados de atividade antioxidante foram significativos considerando o CE50 para ABTS•+ de 2,42 µg/mL e porcentagem de inibição em 100 µg/mL para o O2•− e HOCl, de 84,02 ± 0,76 % e 80,64 ± 0,013 %, respectivamente, valores semelhantes ao Trolox. Conclusões: De acordo com os resultados, a paepalantina pode ser considerada promissora no tratamento de doenças causadas pela infecção por H. pylori, uma vez que EROs estão envolvidas na patogênese da injúria à mucosa gástrica induzida pela infecção por H. pylori. Palavras-chave: Helicobacter pylori; Paepalantina; Antioxidante. Apoio Financeiro: UFES; FAPES. ! GEOPRÓPOLIS DE Melipona mondury COMO FONTE DE COMPOSTOS ANTIOXIDANTES TÁSSIA LIZ ARAÚJO DOS SANTOS1; RAPHAEL FERREIRA QUEIROZ1; VANDERLÚCIA FONSECA DE PAULA1; ANA MARIA WALDSCHMIDT1 1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié, Bahia. Introdução: Geoprópolis é um tipo especial de própolis produzida pelas abelhas sem ferrão, como a Melipona mondury, que coletam o material resinoso de plantas misturando-o com cera e barro. Esta espécie é conhecida popularmente como “Uruçu amarela” e distribui-se ao longo da Mata Atlântica. A geoprópolis tem aplicação medicinal devido suas atividades antimicrobiana, anti-inflamatória e antiproliferativa. Seus constituintes químicos: polifenóis, terpenos, esteroides e aminoácidos, podem lhe conferir propriedades antioxidantes. Objetivos: Estimar a concentração de fenólicos e avaliar a atividade antioxidante da geoprópolis de M. mondury. Métodos: O extrato etanólico foi obtido por extração à frio em etanol (EEGP). O extrato foi fracionando por partição líquido-líquido nos solventes hexano (FHG), acetato de etila (FAEG) e butanol (FBG). A concentração de “fenólicos totais” foi estimada pelo método de Folin-Ciocalteu sob comparação com uma curva de calibração de ácido gálico. A atividade antioxidante das amostras foi avaliada pelo método de sequestro de radical •DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazil). Resultados: De modo geral, a maioria das frações e extrato da geoprópolis de M. mondury foi capaz de reduzir a concentração do radical livre •DPPH na seguinte ordem: FBG (EC50= 4,34 µg/mL) > FAEG (EC50= 28,94 µg/mL) > EEGP (EC50= 40 µg/mL) > FHG (EC50= 58 µg/mL). A concentração de “fenólicos totais” foi significativamente diferente entre as frações e extrato, sendo que na FBG seus níveis foram os mais elevados (203 mg ácido gálico/ g amostra). Conforme esperado, os resultados demonstram que existe uma correlação positiva entre a concentração desses metabólitos e a atividade antioxidante da geoprópolis. Conclusões: As análises das frações e extrato da geoprópolis de M. mondury confirmaram sua atividade antioxidante, principalmente a FBG, e mostraram uma correlação positiva entre esta atividade e o teor de fenóis. As próximas etapas serão realizadas com objetivo de isolar os constituintes químicos ativos presentes na fração mais ativa, FBG. Palavras-chave: Geoprópolis; Melipona mondury; Atividade antioxidante. Apoio Financeiro: FAPESB; UESB. ! MÉTODOS DE EXTRAÇÃO AQUOSA PARA DETERMINAÇÃO DE FENÓLICOS TOTAIS E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DE CASCAS DE CAFÉ ORGÂNICO JORGE VITÓRIO GOMES DAS NEVES1; DANIEL DE MELO SILVA1; MARCONDES VIANA DA SILVA1 1 Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Introdução: O café é um produto de grande importância econômica para o Brasil, seu beneficiamento gera uma grande quantidade de resíduos, principalmente as cascas. Estas podem apresentar alto potencial como substrato para a obtenção de compostos bioativos, já que apresentam a mesma natureza de constituintes químicos dos grãos. Alguns estudos propuseram a investigação fitoquímica nestes resíduos, porém, poucos utilizaram a água como solvente extrator. Objetivos: Comparar cinco diferentes métodos de extração aquosa sólido-líquido, seu efeito sobre a extração de compostos fenólicos e avaliar o potencial antioxidante dos extratos aquosos de três amostras de cascas de café orgânico (Coffea arábica, L). Métodos: As cascas de café foram obtidas no município de Ibicoara-Ba. Os métodos de extração avaliados foram infusão, decocção, decocção com agitação magnética, extração assistida por ultrassom e circulação contínua de água, 2 g de uma amostra em 150 mL de água deionizada. A determinação de fenólicos totais foi realizada utilizando o reagente de Folin-Ciocauteau. A atividade antioxidante foi avaliada pelo ensaio da desoxirribose em extratos obtidos por decocção das cascas. Testes realizados com três repetições em triplicata, e os resultados foram submetidos a análises de variância (ANOVA) pelo teste de Tukey (P<0,05). Resultados: Os métodos de extração mais eficientes foram a decocção e decocção com agitação magnética (345,71 e 382,97 mg GAE. 100g-1), sendo considerados iguais a 5% de significância, a extração assistida por ultrassom mostrou-se menos eficiente (184,79 mg GAE.100g-1). Quanto à avaliação da atividade antioxidante, as três amostras (86,91%; 89,02%; 92,15%), não diferiram estatisticamente entre si. Conclusões: Os resultados corroboram com a indicação de que a decocção é o método preconizado para partes de substratos vegetais com consistência rígida, tais como cascas de café, além disso, as mesmas demostraram ser uma boa fonte alternativa de fitoquímicos bioativos com atividade antioxidante. Palavras-chave: Resíduos; Cafeicultura; Fitoquímicos. Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). ! A IMPORTÂNCIA DO USO DO “CANUDINHO” NO CUIDADO DA SÁUDE DE UMA COMUNIDADE DO MUNICÍPIO DE SALGADO, SERGIPE FERNANDA RODRIGUES SANTANA1; JAMES ALMADA DA SILVA1; CHIARA ERMINIA DA ROCHA1 1 Universidade Federal de Sergipe, Departamento de Farmácia. Introdução: O poder curativo das plantas medicinais é tão antigo quanto o aparecimento da espécie humana na terra. No Brasil, as plantas medicinais são consumidas com pouca ou nenhuma comprovação de suas propriedades farmacológicas e terapêuticas. Objetivos: Identificar as plantas medicinais mais utilizadas por idosos e o seu uso terapêutico. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com idosos (≥60 anos) que faziam uso de plantas medicinais. Um instrumento de coleta semi-estruturado, com perguntas abertas e fechadas, foi utilizado, com o intuito de obter informações sócio demográficas, bem como, as plantas medicinais utilizadas e sua forma do uso. Resultados: A maioria dos idosos que fazem uso de plantas medicinais é do sexo feminino (90%), 70% sabem ler e escrever e todos têm acesso aos serviços de saúde. Quando adoecem, 90% afirmaram irem ao médico. Trinta e três por cento utilizam plantas medicinais para dor de barriga ou gripe (70%) e 60% para dores no estômago. Todos os idosos cultivam as plantas medicinais em casa e 90% afirmaram que as plantas medicinais são melhores que os medicamentos. Quando questionados se faziam uso de plantas medicinais em substituição a algum medicamento, 30% responderam que sim. As plantas mais utilizadas foram o “canudinho” (90%), cidreira (80%), boldo (60%) e capim santo (50%). Quanto à forma de preparo, a maioria (70%) respondeu que usavam a planta fresca na forma de chá, e que tanto as folhas quanto os galhos eram fervidos com a água. Os principais usos relatados para o “canudinho” foram em: infecção na garganta (50%), infecção urinária e na boca (40%), inflamação no útero e gripe (40%). Conclusão: O estudo demonstrou que as plantas medicinais são amplamente utilizadas como tratamento trivial para algumas doenças agudas e crônicas. Contudo, este uso advém do entendimento de que estas plantas são inofensivas, o que pode ser um equívoco, pois além de possuírem propriedades terapêuticas, elas podem ser nocivas à saúde humana. Para isso, estudos químicos e biológicos estão sendo realizados com algumas espécies relatadas neste resumo, com o intuito de contribuir para o seu uso de forma mais segura. Palavras-chave: Plantas medicinais; medicina popular; “canudinho”. ! ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO EXTRATO HEXÂNICO DAS FOLHAS DE Annona foetida (ANNONACEAE) EM MODELOS EXPERIMENTAIS FERNANDO GASSMANN FIGUEIREDO1; CLÊISIANE LIMA DE JESUS1; EMMANOEL VILAÇA COSTA2; MARIA LÚCIA BELÉM PINHEIRO2; FLÁVIA OLIVEIRA DE LIMA1 1 Departamento de Saúde, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, Bahia, Brasil. 2 Departamento de Química, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Amazonas, Brasil. Introdução: Annona foetida Mart. (Annonaceae) é uma planta conhecida popularmente como “envieira”, “araticum caatinga” e “graviola da mata”, comumente encontrada na Amazônia brasileira e peruana. A decocção das folhas desta espécie é muito utilizada na medicina popular para o tratamento de reumatismo. Entretanto, não existem dados científicos que validem essa prática popular. Objetivos: Investigar a ação antinociceptiva do extrato hexânico das folhas de Annona foetida (EHAF) em modelos experimentais. Métodos: Os experimentos foram realizados utilizando camundongos Swiss machos (25-30g, n=6-7). A atividade antinociceptiva do EHAF foi avaliada pelos testes de contorções abdominais, formalina, CFA e retirada da cauda. O efeito sobre o desempenho motor foi investigado pelo teste do campo aberto e rota rod. Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Estadual de Feira de Santana (004/2012). Resultados: Através das curvas dose-resposta do EHAF (50-200mg/kg), verificamos que a administração oral do EHAF (200mg/kg) reduziu significantemente número de contorções abdominais induzidas pelo ácido acético, bem como o comportamento nociceptivo da fase tardia do teste de formalina. Em adição, o pré-tratamento com EHAF(100 e 200 mg/kg) reduziu significativamente a nocicepção causada pelo CFA. Contudo, o tratamento com EHAF (100 e 200 mg/kg) não reduziu a nocicepção no teste de retirada da cauda, sugerindo ausência de ação central. Ratificando a especificidade da antinocicepção induzida por EHAF, a administração oral do EHAF(200mg/kg) não provocou alteração no desempenho motor dos animais nos testes de campo aberto e rota rod. Conclusões: Os resultados demonstraram que o extrato hexânico das folhas de Annona foetida possui consistente atividade antinociceptiva periférica, reforçando o uso desta espécie na medicina popular e sua utilidade para o tratamento da dor associada à inflamação. Palavras-chave: Antinocicepção; Plantas Medicinais; Annona foetida; folhas. Apoio Financeiro: CNPq; CAPES; FABESB. ! A IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS MEDICINAIS COMO REMEDIOS CASEIROS NO MUNICIPIO DE NOVA PALMEIA-PB GUILHERME DIOGO FERREIRA1; DÉBORA SANTOS DANTAS2; ANA RAYANNE DE AZEVEDO SANTOS1, MARIA DE FÁTIMA SANTOS DE ARAÚJO3 1 Universidade Federal de Campina Grande Estadual de Campina Grande 3 Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal da Paraíba – Campus I 2 Universidade Introdução: O uso de plantas medicinais é uma pratica realizada desde primórdios, mas que hoje vem sendo uma grande aliada para a medicina moderna. Sabendo disso, foi realizada uma pesquisa no município de Nova palmeira - PB. O CENEP participa de atividades relacionadas com praticas integrativas há mais de 25 anos, produzindo remédios fitoterápicos, baseandose nisso, a pesquisa procurou enfatizar o saber popular em relação a tratamentos com remédios e plantas medicinais. Objetivos: A pesquisa tem o intuito de avaliar o consumo, preparo e conhecimento das plantas medicinais na população de Nova Palmeira-PB. Métodos: As informações foram obtidas através de entrevistas com um roteiro contendo questões que buscaram explorar o conhecimento fitoterápico e farmacológico da população. O total de entrevistados foi de duzentos e dezenove (219), onde a liberdade de resposta também permitia que os dados fossem adquiridos por fotos e gravações. Resultados: Foi observado que a maioria dos entrevistados, cerca de 88%, utiliza, ou já utilizou remédios fitoterápicos, principalmente mulheres 87%. Dentre os problemas mais citados e tratados com os remédios caseiros e/ou plantas medicinais se destacaram: problemas estomacais, renais, respiratórios, problemas no sistema reprodutor e entre outros. As plantas mais citadas para o tratamento de doenças foram o mulungú, hortelã, alumã, onde cada entrevistado relatava para qual doença usava a planta. Buscando introduzir na pesquisa a influencia do CENEP, foi questionada a utilização dos remédios produzidos na ONG, lambedores e garrafadas foram os mais solicitados. Conclusões: Portanto, remédios e plantas medicinais são utilizados consideravelmente pela a população do município, com uma grande contribuição do CENEP que sempre buscou incentivar a utilização dos mesmos. Palavras-chave: Fitoterápico; Remédios/Plantas Medicinais; CENEP. Apoio Financeiro: IAF (Fundação Inter-Americana). ! LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO E ETNOFARMACOLÓGICO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA - RUA DO SOL NO MUNICÍPIO DE PAULO AFONSO, ESTADO DA BAHIA MARIA THEREZA CARVALHO RODRIGUEZ GUISANDE1; CHARLES LINDBERG BARCIA NASCIMENTO DUARTE1; CLEISE DE JESUS SILVA1; LETICE FERNANDES LOPES1; MEIRIELY AMORIM SANTANNA1; DIANA MARIA ALEXANDRINO PINHEIRO1; MARISTELA ROSANA RIBEIRO DE MORAES MAZZOTTI1; WILLIAM RODRIGUES DE FREITAS1; DAVID FERNANDES LIMA1 1 Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF Introdução: Desde 2006 o Governo Federal/MS aprova Políticas e Resoluções visando à institucionalização da fitoterapia na atenção primária no SUS. O levantamento etnobotânico e etnofarmacológico (LETBF) constitui ferramenta indispensável para o conhecimento científico das espécies de plantas medicinais (PM) e seu fim terapêutico, auxiliando na elaboração de modelos de intervenções na promoção a saúde no âmbito da Estratégia de Saúde da Família. Objetivos: Realizar LETBF das PM utilizadas pela comunidade na USF-Rua do Sol, no munícipio de Paulo Afonso-BA. Métodos: Estudo realizado por equipe multidisciplinar através de visitas domiciliares a 102 famílias com aplicação de questionário semiestruturado constituído de 27 perguntas no período de maio a junho de 2015. Projeto submetido ao Comitê de Ética e Deontologia em Estudos e Pesquisas/ UNIVASF e registro na Plataforma Brasil. Resultados: Das102 famílias entrevistadas, 96,0% já fez ou faz uso de PM, das quais 68,0% o fazem para fins terapêuticos. Foram citadas 73 espécies, com prevalência do uso das folhas (45,0%) e principal forma de preparo o chá (54,1%). As 5 espécies mais citadas foram Lippia alba (13,1%), Cymbopogon citratus (10,6%), Peumus boldus (8,8%), Foeniculum vulgare (5,7%) e Plectranthus amboinicus (5,5%). A maioria entrevistada faz o uso motivado por tradição familiar (45,7%) e por acreditar que são isentas de toxicidade (23,7%). As finalidades terapêuticas mais citadas foram para distúrbios gastrointestinais (12,6%), influenza (8,7%) e inflamações (6,8%). Conclusões: O LETBF realizado fornecerá subsídios para elaboração de intervenções junto à comunidade visando o fortalecimento de práticas validadas cientificamente e contraindicando os possíveis malefícios daquelas não estudadas ou comprovadamente tóxicas, iniciativa esta pioneira no município. Palavras-chave: Etnobotânica; Etnofarmacologia; Plantas medicinais. Apoio Financeiro: PROEX; UNIVASF INQUÉRITO ETNOFARMACOLÓGICO DO PH DE EXTRAÇÃO DA LECTINA PRESENTE NO EXTRATO AQUOSO DE Mimosa tenuiflora. MARIA THAYS DE LIMA FEITOSA1; GISELE NAYARA BEZERRA DA SILVA1; KALIANA MENDES DA SILVA1; NABUÊR FRANCIELI DA SILVA1; TALITA CAMILA EVARISTO DA SILVA NASCIMENTO2; ROSÂNGELA ESTEVÃO ALVES FALCÃO3. 1 Ciências Biológicas, Universidade de Pernambuco – Campus Garanhuns – PE 2 UFRPE, Garanhuns – PE 3 UPE, Garanhuns – PE Introdução: As lectinas são proteínas que se ligam de forma reversível a carboidratos, estão presentes em diversas formas de vida, porém são mais abundantes em organismos vegetais; são utilizadas em tipagem sanguínea, tipagem de microorganismos parasitos e possui propriedade antifúngica. A Mimosa tenuiflora, popularmente conhecida como Jurema Preta, é uma árvore da família Fabaceae de ocorrência em toda a região Nordeste do Brasil, nas áreas de caatinga. Muito utilizada na medicina local como cicatrizante e antiinflamatório. Objetivos: Identificar o pH de extração das lectinas presentes no extrato aquoso de Mimosa tenuiflora. Métodos: Foram preparados extratos a 10% nos tampões Acetato pH 3,0 - 5,0 e Fosfato pH 5,5 – 8,5, posteriormente determinou-se a atividade hemaglutinante em placa de microtitulação onde amostras de 50µL de extrato aquosos foram distribuídas em diluição seriada em triplicata e acrescidas de 50µL de hemácias glutarizadas de sangue tipo A. Seguido aos testes de atividade hemaglutinante, foi realizado a dosagem protéica utiliza kit com solução BCA para detecção de proteínas para definição da Atividade Hemaglutinante Específica AHE (atividade hemaglutinante/ proteínas mg/ml). Resultados: A proteína em questão apresentou a maior atividade no pH 3,5, onde obteve uma AHE de 316,74 UH/mg. Conclusões: Os resultados obtidos reforçam que o estudo de espécimes nativos pode trazer importantes contribuições para farmacologia, com a descoberta de novos bioativos e produção de novos fármacos. Palavras- chave: Lectinas; Nordeste; Farmacologia. Apoio financeiro: Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco – FACEPE. ! ESTUDO SOCIOANTROPOLÓGICO E ETNOFARMACÊUTICO SOBRE O USO DE PLANTAS MEDICINAIS PELA POPULAÇÃO DE NOVA PALMEIRAPB ANA RAYANNE DE AZEVEDO SANTOS1; DÉBORA SANTOS DANTAS2; GUILHERME DIOGO FERREIRA1; MARIA DE FÁTIMA SANTOS DE ARAÚJO3 1Universidade Federal de Campina Grande Estadual da Paraíba 3Universidade Federal da Paraíba 2Universidade Introdução: Há 25 anos o Centro de Educação Popular (CENEP) vem realizando um trabalho social no município de Nova Palmeira – PB. O uso de plantas como medicamento foi uma das atividades renovadoras que o mesmo proporcionou aos cidadãos palmeirenses. Levando em consideração esse importante trabalho, a pesquisa teve enfoque socioantropológico e etnofarmacêutico e questionou a população do município sobre o uso e a eficácia das plantas como medicamento. Objetivos: Essa pesquisa teve como objetivo apreender o grau de satisfação e aceitação por parte da população de Nova Palmeira – PB sobre o uso de plantas medicinais ou remédios caseiros. Métodos: Foram realizadas duzentas e dezenove (219) entrevistas na zona urbana e rural. As informações da pesquisa foram colhidas por meio de entrevistas, a partir de um roteiro semi-estruturado contendo questões socioeconômicas, fitoterápicas e farmacológicas. Outros recursos também foram utilizados, como fotografias e gravações reunidas ao longo das visitas domiciliares. Resultados: Nas perguntas relacionadas ao uso e eficácia das plantas e conhecimento repassado, obtiveram-se resultados positivos, onde dos entrevistados cento e noventa e dois (192) responderam que utilizam plantas medicinais e cento e noventa e oito (198) acreditam na eficácia delas, enquanto cento e onze (111) responderam que não passam seus conhecimentos e os adquiriram a partir do saber popular. Sobre a forma como preparava essas plantas, foi constatado que o chá ainda é a forma mais comum de preparo. Quando questionados se conheciam ou já tinham utilizado algum remédio produzido pelo CENEP, cento e sessenta e nove (169) disseram que sim, um resultado que deixa evidente o contato da população com esse tipo de tratamento. Conclusões: A aceitabilidade e o baixo custo são fatores que favorecem o consumo dos fitoterápicos, logo, concluímos a importância de trabalhar na reeducação de como usá-las corretamente, proporcionando saúde e integrando as plantas medicinais na sociedade. Palavras-chave: CENEP; Plantas Medicinais; Saúde. Apoio Financeiro: IAF (Fundação Inter-Americana). AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIMICROBIANO DO EXTRATO ETANÓLICO DA CASCA DE Parapiptadenia rigida SAMMARA DRINNY DE SIQUEIRA CORREIA1; KALIANA MENDES DA SILVA1; MARIA TAMIRES ALVES ESPINDOLA1; ROSÂNGELA ESTEVÃO ALVES FALCÃO1; ELISÂNGELA RAMOS CASTANHA1 1 UPE, Garanhuns/PE Introdução: Parapiptadenia rigida pertence à família da Fabaceae e é popularmente conhecida como angico, apresenta grande uso na medicina popular. Tem extensa representação na América do Sul, sendo bastante vasto suas espécimes no Brasil, principalmente na região Nordeste. É utilizado no uso contra infecções e inflamações. Objetivos: Objetivou-se investigar a atividade antimicrobiana do extrato etanólico da casca de Parapiptadenia rigida frente à microorganismos patogênicos. Métodos: A atividade antimicrobiana foi determinada pelo método de difusão em discos, onde os microorganismos são semeados em placas com meio de cultura sólido, mueller hinton agar e são aplicados sobre eles discos de papel de filtro do extrato a serem testados, na concentração de 0,01 e 0,05 µg/mL, os testes foram realizados em triplicata, onde se analisa o tamanho da zona (halo) de inibição do crescimento do microorganismo frente ao extrato testado. Resultados: Para os microorganismos Staphylococcus aureus (Gram positivo), Klebsiella pneumoniae (Gram negativo) e Pseudomonas aeruginosa (Gram negativo) não houve halo de inibição com o extrato testado. Houve halo de inibição do extrato etanólico da casca da Parapiptadenia rigida para os microorganismos Enterococcus faecalis (Gram positivo) e Escherichia coli (Gram negativo), os halos foram: 8,0 mm na concentração 0,05g/ml para o E. faecalis e 8,6 mm na concentração de 0,01g/ml e 10,0 na de 0,05g/ml para o E. coli. Conclusões: O extrato etanólico da casca de Parapiptadenia rigida (angico) demostrou atividade antimicrobiana eficaz frente à microorganismos patogênico de importância médica. Logo, fazem-se necessárias mais investigações etnofarmacológicas numa região tão rica como o nordeste do Brasil. Palavras-chave: Plantas medicinais; Nordeste; Antimicrobiano. Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE). ! INVESTIGAÇÃO ETNOFARMACOLÓGICA DO PERFIL LECTÍNICO DO EXTRATO AQUOSO DA CASCA DO Hymenaea courbaril L KALIANA MENDES DA SILVA1,3; SAMMARA DRINNY DE SIQUEIRA CORREIA1; MARIA THAYS DE LIMA FEITOSA1; TALITA CAMILA EVARISTO DA SILVA NASCIMENTO2; ROSÂNGELA ESTEVÃO ALVES FALCÃO3 1 Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco – Campus Garanhuns/ PE 2 Doutoranda UFRPE, Recife/PE 3 UPE, Garanhuns/PE Introdução: Uma classe de proteínas abundante nos organismos vivos, sobretudo nos vegetais são as lectinas, proteínas que possuem diversas propriedades e atuam em vários processos biológicos. Uma de suas características é que podem ligar-se a glicídios, atuando com alto grau de especificidade. O Hymenaea courbaril L., também conhecido como jatobá, é encontrado por quase todo o Brasil e faz parte da família Caesalpiniaceae. É utilizado na medicina tradicional para vários problemas de saúde, principalmente os respiratórios. Objetivos: Avaliar o perfil lectínico presente no extrato aquoso da casca do Hymenaea courbaril L. Métodos: Foram preparados extratos aquosos a 10% nos tampões Acetato e Fosfato, nos valores de pH 3.0 - 5.0 e pH 5.5 – 8.5 respectivamente. Posteriormente realizou-se o teste de atividade hemaglutinante utilizando microplacas, sendo distribuído nas mesmas, 50µL de extrato aquoso em diluição seriada em triplicata e, em seguida, adicionou-se a mesma quantidade, de amostra de sangue A glutarizado. Depois foi realizada a dosagem protéica utilizando kit com solução BCA para detecção de proteínas para definir a Atividade Hemaglutinante Específica AHE (atividade hemaglutinante/ proteínas mg/ml). Resultados: Observou-se que houve maior atividade da proteína no tampão fosfato em pH 8.5 com a AHE no valor de 457,37 UH/mg. Conclusões: Os testes realizados evidenciam que é de extrema importância a busca por ferramentas para a avaliação de substâncias ativas nos vegetais, pois fornecem dados importantes para o desenvolvimento e síntese de fármacos, a partir de produtos da natureza. Palavras-chave: Lectina; Jatobá; Fármacos. ! ESTUDO DA COMERCIALIZAÇÃO E USO DE PLANTAS MEDICINAIS JUNTO A ECONOMIA SOLIDÁRIA NA CIDADE DE JUAZEIRO - BAHIA FRANCISCO ASSIS FILHO1; JUSSARA DE S. OLIVEIRA1; XENUSA PEREIRA NUNES1; XIRLEY PEREIRA NUNES1; MARCIA BENTO MOREIRA1; LUCIA MARISY S. RIBEIRO DE OLIVEIRA1 1 Universidade Federal do Vale do São Francisco Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), planta medicinal é uma espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos. No Brasil há uma riqueza da flora com ampla utilização pela população, a história do aproveitamento de plantas no tratamento de doenças apresenta influências da cultura indígena, européia e africana. Em Juazeiro da Bahia a vegetação predominante é a da Caatinga, este Bioma tem muitas espécies de plantas nativas de valor medicinal. Algumas plantas medicinais também são encontradas nos quintais ou próximo às casas, em hortas e comercializadas em empreendimentos solidários e feiras livres auferindo renda para quem as comercializam. Objetivos: Realizar um levantamento de como se prepara e comercializa os produtos advindos das plantas medicinais,e sua importância na renda familiar e para a saúde da população. Métodos: Trata-se de uma pesquisa social quali-quantitativa descritiva, pois o investigador “observa, registra, analisa e correlaciona fatos e fenômenos (variáveis) sem manipulá-los”. (CERVO; BERVIAN, 1996). Os instrumentos para coleta de dados foram: entrevista semi-estruturada (perguntas abertas e fechadas), fotografias, identificação taxonômica e anotações no diário de campo. A análise dos dados colhidos em campo seguiu duas etapas, a primeira foi a transcrição das entrevistas. E a segunda, com ajuda de um software de análise qualitativa, foram tiradas categorias dos objetivos da pesquisa e reavaliadas de acordo com as narrativas colhidas em campo. Resultados: Os empreendedores solidários afirmaram ter adquirido o conhecimento sobre as plantas, como usá-las e seus fins terapêuticos com familiares, por meio de informações obtidas por gerações passadas quanto ao seu preparo que é feito de forma rudimentar; eles juntamente com sua clientela acreditam nas potencialidades terapêuticas e curativas do que vendem muito embora a renda obtida dessas vendas seja pequena focando-se atualmente em produtos com maior apelo nutricional como o gengibre largamente usado em sucos entendidos popularmente como “DETOX” por quem pratica academia. Conclusões: Fica evidente que se deve fortalecer os empreendimentos ligados a este setor, proporcionando diálogo dos saberes para a conservação e transmissão do conhecimento tradicional aliado ao científico do uso dessas plantas medicinais, e se fazer investimentos em pessoas e tecnologias apropriadas, fomentando o seu desenvolvimento, fixando o homem em sua comunidade e tendo um maior controle da comercialização e uso dessas plantas que interferem fortemente na saúde da população. Palavras-chave: Plantas medicinais; saúde pública; economia solidária. ! AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE HEMAGLUTINANTE DA SEMENTE DE Artocarpus heterophyllus MARIA EMÍLIA BRITO DA SILVA1; JACILENE ALEXANDRE DE OLIVEIRA1; WANESSA DA SILVA GOMES1; ROSÂNGELA ESTEVÃO ALVES FALCÃO1 1 Universidade de Pernambuco Introdução: Artocarpus heterophyllus da família das Moraceae, conhecida popularmente como jaqueira é uma árvore de grande porte. Rica em nutrientes, como as vitaminas A e C, suas folhas são usadas na medicina popular para curar febre, furúnculo e algumas doenças de pele, utilizada também para retardar a degeneração celular e no combater ao câncer. Estudos mostram que suas sementes são ricas em lectinas, proteínas que tem grandes propriedades biológicas, tais como, antimicrobiano e inibição de crescimento de células tumorais. Objetivos: Identificação de atividade hemaglutinante e hemaglutinante especifica da planta bem como o melhor pH de extração. Métodos: Foram feitos extratos aquoso, com os tampões NaCl (pH= 7,0), Fosfato (pH=8,0) e o citrato/fosfato (pH=5,6), para identificação de melhor pH de extração da proteína. Os testes hemaglutinantes foram feitos em placas de microtitulação com 96 poços, acrescidos de 50 µl NaCl em todos os poços e logo em seguida, 50 µl do extrato, onde seguiu uma diluição seriada, descarte de 50 µl no último poço, em seguida acrescido 50 µl de sangue glutarizado tipo A humano. Foi feito o teste de dosagem de proteína, com kit BSA protein, para dosagem de proteínas. Todos os testes foram feitos em triplicata. Resultados: A média dos testes, feitos em triplicata, apresentaram os seguintes resultados: tampões fosfato e citrato/fosfato obtiveram os mesmos valores de 13, 653 e com NaCl obteve-se 2,048. Em AHE especifica os resultados obtidos foram 0.0670 mg/ml, onde a média da dosagem proteica é dividida pela média da atividade hemaglutinante. Conclusões: Conclui-se que a semente de Artocarpus heterophyllus possui atividade hemaglutinante, ou seja, capacidade de aglutinar eritrócitos e consequentemente atividade proteica. Apresentando uma melhor atividade em pH= 5,6. Palavras-chave: Artocarpus heterophyllus; Hemaglutinante; Proteína. ! ATUAÇÃO ANTIMICROBIANADA CASCA DE Myracrodruon urundeuva Fr. Allemão. MARIA TAMIRES ALVES ESPINDOLA 1 ; MIGUEL REINO ARAUJO 1 ; SAMMARA DRINNY DE SIQUEIRA CORREIA1; DANIEL DANTAS MOREIRA GOMES2; ROSÂNGELA ESTEVÃO ALVES FALCÃO2 1 Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco – Campus Garanhuns/ PE 2 UPE, Garanhuns/PE Introdução: A ciência tem avançado, e com pesquisas realizadas ao longo do tempo tem-se desenvolvido medicamentos que auxiliam no combate as enfermidades, entre elas as causados por microrganismos patógenos, contudo, cada vez mais tais seres estão tornando-se resistentes afármacos, entre estes as bactérias as quais desenvolveram mecanismos de invasão, agressão e resistência ao hospedeiro humano tais como cápsula, fímbria, exotoxinas (por Gram positivas e negativas) e endotoxinas (por Gram negativas). Mas a própria natureza traz resultados em resposta às buscas por produtos com efeitos antimicrobianos. A Myracrodruon urundeuva Fr. Allemão, cujo nome popular é Aroeira tem demonstrado ação antimicrobiana para as bactérias Enterococcusfaecalise e Psedomonas aeruginosa.Objetivos: Obter a inibição do crescimento bacteriano com a utilização do extrato da casca da planta Myracrodruon urundeuva Fr. Allemão. Métodos: Foi realizado a preparação de meio de cultura sólido, Mueller Hinton Agar,e meio líquido Nutrient Broth. Cada espécie de bactéria foi inserida em tubo de ensaio contendo o meio líquido, onde seu crescimento é mais rápido, e colocado em estufamicrobiológica, em seguida foram semeadas em placas de petri, onde foram acrescentados discos contendo 10 µl do extrato diluído em 1ml de água para duas concentrações diferentes:0,01g/ml e 0,05g/ml.A análise foi realizada a partir da formação de halos. Resultados: Os testes demonstraram inibição de crescimento bacteriano. A média dos halos para Enterococcus faecalis(Gram+) chegou a 18,3mm em concentração de 0,01g/ml e 8,3mm para 0,05g/ml, para Psedomonas aeruginosa(Gram-)7mm em concentração de 0,05g/ml e não houve formação de halos na concentração de 0,01g/ml. Conclusões: A utilização dos extratos demostrou-se positiva em relação a determinados microrganismos, o que vem a ser um fator positivo evidenciando que em fontes naturais se pode encontrar componentes antimicrobianos, sendo de grande serventia a pesquisas posteriores. Palavras-chave: Extrato; Microrganismo; Ação antimicrobiana. Apoio Financeiro: PROPEGE. ! AVALIAÇÃO ETNOFARMACOLÓGICA DO PERFIL HEMAGLUTINANTE DA CASCA DO Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville NABUÊR FRANCIELI DA SILVA1; GISELE NAYARA BEZERRA DA SILVA1; MARIA THAYS DE LIMA FEITOSA1; KEILA APARECIDA MOREIRA2; ROSÂNGELA ALVES ESTEVÃO FALCÃO3 1 Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco – Campus Garanhuns/ PE 2 UFRPE, Garanhuns/PE 3 UPE, Garanhuns/PE Introdução: As proteínas constituem uma das macromoléculas mais importantes e abundantes presentes nos seres vivos. Dentre os grupos dessas biomoléculas destacam-se as lectinas, proteínas cuja ocorrência é predominante principalmente em espécies vegetais. Estas proteínas ligam-se a carboidratos de forma reversível e específica resultando em aglutinação celular, estando relacionadas a diversas funções nos diferentes organismos. O Stryphnodendron adstringens vulgarmente chamado de barbatimão, é uma espécie comumente utilizada na medicina tradicional para diversas finalidades terapêuticas como eficaz cicatrizante, anti-inflamatório, antimicrobiano e analgésico. Essa planta é nativa do bioma Cerrado, e está inserida na família Fabaceae. Objetivos: Objetivou-se a avaliação do potencial hemaglutinante e a investigação da presença de lectina no extrato aquoso da casca da espécie Stryphnodendron adstringens. Métodos: Foram preparados extratos brutos aquosos a 10% em diferentes tampões, submetendo-os a valores distintos de pH em cada tampão utilizado respectivamente: tampão acetato pHs 3,0; 3,5; 4,0; 4,5; 5,0 e tampão fosfato pHs 5,5; 6,0; 6,5; 7,0; 7,5; 8,0 e 8,5. Em seguida analisou-se em ensaio de diluição serial a atividade hemaglutinante do extrato em microplacas de titulação, utilizando-se eritrócitos humanos. Posteriormente foi realizado a dosagem proteica para determinação da atividade hemaglutinante específica (AHE) = atividade hemaglutinante (AH)/ proteínas mg/ml. Resultados: A AHE mostrou resultados significativos para ambos os tampões testados evidenciando, no entanto uma maior excelência de atividade no tampão acetato pH 3,0 onde a AHE foi de 13048,86 UH/mg e pH 4,5 com AHE de 13543,79 UH/mg, indicando a possibilidade de existência de lectina. Conclusões: Os testes realizados resultaram em dados positivos frente à biomolécula investigada, como a mesma possui inúmeras propriedades biológicas, torna-se vasta a possibilita de sua utilização em diversas aplicações terapêuticas. Palavras-chave: Biomolécula; Lectina; Barbatimão. ! INVESTIGAÇÃO DO PH DE EXTRAÇÃO DE LECTINA EM FOLHAS DE Persea americana GISELE NAYARA B. DA SILVA1; JACILENE ALEXANDRE DE OLIVEIRA1; MARIA THAYS DE L. FEITOSA 1 ; NABUÊR FRANCIELI DA SILVA 1 ; ROSÂNGELA A. FALCÃO2 1 Ciências Biológicas, Universidade de Pernambuco - Campus Garanhuns de Pernambuco, Garanhuns/PE 2 Universidade Introdução: O uso de plantas medicinais tornou-se comum devido à cultura popular de algumas comunidades locais. A lectina uma proteína encontrada em uma variedade de vegetais, tem afinidade por açucares presentes na superfície dos eritrócitos. A mesma pode desempenhar inúmeras funções e sua empregabilidade está associada em varias áreas. A Persea americana uma planta da família Lauraceae conhecida popularmente como abacateiro tem seu uso associado à medicina popular devido a sua ação terapêutica. Objetivos: O presente trabalho teve por objetivo identificar o melhor pH de extração da possível presença de lectina em extratos aquosos da planta em questão. Métodos: Inicialmente os extratos aquosos foram preparados em diferentes pHs. Do pH 3,0 ao 5,0 utilizou-se o tampão acetato, do pH 5,5 ao 8,5 utilizouse o tampão fosfato. Onde foram adicionadas aos respectivos tampões 10% das folhas da planta triturada, logo após foram levados para agitação em shaker por 6 horas. Em seguida, os extratos foram filtrados, centrifugados e armazenados. A atividade hemaglutinante foi realizada em microplacas de titulação, onde foram adicionados 50µl de NaCl, sendo feitas diluições seriadas de 50µl do extrato aquoso, posteriormente foram adicionados 50µl de sangue glutarizado. O mesmo ficou em repouso por 45 minutos para a realização da leitura. Também foi realizada a dosagem de proteína com o kit para a detecção de proteínas, para a identificação da Atividade Hemaglutinante Especifica AHE (atividade hemaglutinante/ proteínas mg/ml). Resultados: Foi constatado que entre os doze pHs testados os melhores resultados foram os seguintes pHs: pH 3,0 onde a AHE foi de 1,5UH/mg, pH 5,5 com 1,1UH/mg, pH 6,0 com 1UH/mg e o pH 8,5 com 1,07UH/mg. Conclusões: Diante dos resultados obtidos através dos testes torna-se imprescindível o estudo aprofundado das propriedades terapêuticas da espécie abordada, bem como um detalhamento maior sobre a possível presença de lectina na mesma. Palavras-chave: Plantas medicinais; Lectina; Ação terapêutica. ! TRIAGEM BIOLÓGICA IN VITRO EM HÍBRIDOS DE ABACAXIZEIROS JULIANA AZEVEDO DA PAIXÃO1, DANIELLE FIGUEREDO1; JÉSSICA LIMA1; CLAYTON QUEIROZ1; JOSÉ FERNANDO NETO2; JUCENI PEREIRA DAVID2; FERNANDA VIDGAL SOUZA3; EVERTON HILO DE SOUZA3; HUGO BRANDÃO1 UEFS UFBA 3 EMBRAPA 1 2 Introdução: Estudos fitoquímicos e ensaios biológicos são uma abordagem complementar na indústria farmacêutica. O Brasil é detentor de fonte inestimável de recursos naturais para obtenção de produtos farmacêuticos. A família Bromeliaceae inclui 58 gêneros e 3.352 espécies, a mais conhecida é o Ananas comosus. Comumente, algumas das plantas desta família são utilizadas para tratamento de diversas afecções, além de existirem relatos da presença de metabólitos secundários. Ensaios biológicos como o teste de toxicidade frente à Artemia salina, antioxidante e anticolinesterásico podem ser considerados como indicadores confiáveis quanto às atividades biológicas de extratos vegetais e substâncias puras. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial citotóxico, antioxidante e anticolinesterásico dos extratos metanólicos das folhas de híbridos de abacaxizeiros ornamentais. Métodos: Folhas de 3 híbridos (HE, HF e HG) desenvolvidos na Embrapa, foram secas, moídas, sendo os extratos elaborados por maceração e concentrados em rota evaporador. A metodologia utilizada para avaliar a atividade citotóxica foi o teste de letalidade frente à Artemia salina (500µg. mL-1); a atividade antioxidante foi verificada através do sequestro do radical DPPH (500µg.mL-1) e a atividade anticolinesterásica (1000µg.ml-1) foi verificada através da inibição da enzima acetilcolinesterase (AChE). Resultados: Os extratos apresentaram potencial de toxicidade frente à Artemia salina variando de 56,7% para HF e HG e 93,3% para o HE. Com relação ao sequestro do radical livre (SRL) DPPH, todos os híbridos apresentaram %SRL comparável ao controle positivo(BHT), que apresentou 100% SRL. Já o teste frente à AChE, HG (69,78%) e HE (62,65%), apresentaram valores em porcentagens próximos ao padrão Eserina (81,49%) nos 10 primeiros minutos. As atividades decresceram nos 60 minutos de avaliação, apenas o HE apresentou valores acima de 50% ao fim do teste. Conclusões: Os extratos possuem possíveis substâncias bioativas com atividades biológicas, indicando a necessidade de continuação dos testes, bem como isolamentos e caracterização das substâncias presentes nos extratos. Palavras-chave: Ananas comosus (L.) Merr.; Atividades biológicas. Apoio Financeiro: FAPESB; CAPES; CNPQ. AVALIAÇÃO DO EXTRATO BRUTO DE Limonium brasiliense SOBRE O CICLO ESTRAL DE RATAS ANDRESSA BLAINSKI1; TÂNIA MARA ANTONELLI-USHIROBIRA1; ENERI VIEIRA DE SOUZA LEITE-MELLO2; JOÃO CARLOS PALAZZO DE MELLO1 1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas Departamento de Ciências Morfológicas, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR, Brazil 2 Introdução: Entre as plantas da biodiversidade brasileira o Limonium brasiliense destaca-se na região sul do Brasil como normalizador dos períodos menstruais. No entanto, poucos estudos relacionados ao seu uso tradicional são encontrados. Objetivos: Caracterizar o efeito do extrato bruto (EB) dos rizomas de L. brasiliense sobre o ciclo estral de ratas. Métodos: Ratas Wistar imaturas receberam por 14 dias, p.o., EB de L. brasiliense nas doses de 400, 800 ou 1200 mg/kg, água (CN), ou estradiol (400 µg/kg; CP). Realizou-se avaliação ponderal e avaliação da abertura do canal vaginal e citologia da secreção vaginal para determinação da fase estral. Ao término do tratamento os animais foram eutanasiados, o útero retirado e pesado para avaliação uterotrópica e encaminhado com os ovários e vagina para análise histológica. Resultados: Os animais tratados com as maiores doses apresentaram menor peso médio que os grupos controles ao final do tratamento. A avaliação estatística da abertura do canal vaginal demonstrou a maturação sexual acelerada no grupo CP e tendência em diminuir a idade de abertura do canal vaginal no grupo 1200 mg/kg. O ensaio uterotrópico demonstrou uma tendência na diminuição do peso relativo do útero nos grupos tratados com as maiores doses. As ratas do grupo CN mantiveram o ciclo estral normal, do grupo CP mantiveram-se na fase estro e as tratadas com EB apresentaram ciclo estral anormal, com predominância nas fases metaestro e diestro. Análise histológica dos tecidos das ratas do grupo CN não apresentaram diferenças nas estruturas morfológicas. O grupo CP apresentou-se semelhante ao grupo CN na fase estro, e as ratas testadas com EB apresentaram estruturas histológicas semelhantes entre si, equivalentes às observadas nas ratas CN nas fases metaestro e diestro. Conclusões: O EB de L. brasiliense mostrou ação sobre o sistema reprodutor feminino, confirmando o uso popular como regulador hormonal e para tensão pré-menstrual. Palavras-chave: Limonium brasiliense; Atividade hormonal; Ciclo estral. Apoio financeiro: CAPES; CNPq; INCT_if; FINEP; Fundação Araucária. INVESTIGAÇÃO ETNOFARMACOLÓGICA DO PH DE EXTRAÇÃO DE LECTINAS DO EXTRATO AQUOSO DA CASCA DE Anacardium occidentale MIGUEL REINO ARAÚJO¹; MARIA EMÍLIA BRITO DA SILVA1; PATRÍCIA LINS AZEVEDO DO NASCIMENTO2; ROSÂNGELA ESTEVÃO ALVES FALCÃO1 ¹ Universidade de Pernambuco 2 ASCES Introdução: As lectinas são proteínas que apresentam pelo menos um sítio de ligação não catalítico, pelo qual se ligam de forma reversível e específica a carboidratos, sendo este sítio denominado lectínico, estão presentes em várias formas de vida, no entanto encontram-se mais abundantes nos organismos vegetais; são importantes em vários processos biológicos, como infecções bacterianas, virais, possui propriedade antifúngica e são utilizados em tipagem sanguínea. O Anacardium occidentale conhecido popularmente como cajueiro, é uma árvore da família Anacardiaceae originária do Nordeste brasileiro. Muito utilizada na medicina local como anti-hemarrágico e anti-inflamatório. Objetivos: Identificar o pH de extração das lectinas presentes no extrato aquoso de Anacardium occidentale. Métodos: Foram preparados extratos brutos aquosos a 10% nos tampões Acetato pH 3,0 a 5,0 e Fosfato ph 5,5 a 8,5 . Em seguida analisou-se em ensaio de diluição serial a atividade hemaglutinante do extrato de microplacas de titulação, utilizando-se eritrócitos humanos. Seguindo a dosagem proteica para determinação da atividade hemaglutinante específica (AHE) = atividade hemaglutinante (AH) / proteínas mg/ml. Resultados: Através dos testes realizados, observou-se que a proteína em questão demonstrou a maior atividade foi no acetato ph 4,0, onde obteve uma AHE de 17,37 UH/mg. Conclusões: De acordo com os resultados obtidos notou-se a importância do estudo de espécimes nativos que contribuem para a farmacologia na produção de novos fármacos. Palavras-chave: Lectinas; Hemaglutinante; Farmacologia. ! EXTRATOS DE Byrsonima duckeana NEUTRALIZAM RADICAIS LIVRES IMPLICADOS NA RESPOSTA INFLAMATÓRIA MARCOS HENRIQUE GURGEL RODRIGUES1; GABRIEL OLIVEIRA DE SOUZA 1 ; TALLITA MARQUES MACHADO 1 ; LEONARDO DOMINGO ROSALES ACHO 1 ; EMERSON SILVA LIMA 1 ; FERNANDA GUILHONSIMPLICIO1 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas – Universidade Federal do Amazonas Introdução: Relatamos anteriormente a atividade anti-hiperalgésica e antiinflamatória do extrato etanólico das folhas de Byrsonima duckeana (Malpighiaceae), a qual está intimamente relacionada com sua atividade antioxidante. Contudo, o potencial farmacológico dos galhos ainda não era conhecido. Objetivos: Avaliar a atividade antioxidante e o teor de fenóis e flavonoides totais dos galhos de B. duckeana, investigando preliminarmente seu potencial farmacológico. Métodos: Os extratos aquoso e etanólico obtidos por maceração a 20 % foram avaliados nos ensaios do DPPH e Superóxido, usando ácido gálico como padrão. Os fenóis e flavonoides totais foram calculados em função de ácido gálico e quercetina, respectivamente, por espectrofotometria. Resultados: DPPH (CI50 ± s µg/Ml): Extrato aquoso: 9,86 ± 0,151; Extrato etanólico: 13,24± 1,232; Ácido gálico: 3,25 ± 0,25. Superóxido (CI50 ± s µg/Ml): Extrato aquoso: 51,84 ± 0,367; Extrato etanólico: 32,4 ± 0,707; Ácido gálico: 16,90 ± 0,85. Fenois (%): Extrato aquoso: 35,23 ± 0,505; Extrato etanólico: 30,79 ± 0,749. Flavonoides (%): Extrato aquoso: 3,23 ± 0,490; Extrato etanólico: 4,83 ± 0,592. Os resultados dos ensaios de atividade antioxidante estão diretamente relacionados à quantidade de fenóis e flavonoides totais em cada extrato, o que está de acordo com a literatura. Sabe-se que a estrutura dos compostos fenólicos, em especial os flavonoides, extraíveis por solventes de alta polaridade, favorecem a doação de elétrons a espécies oxidadas. O radical superóxido é a primeira espécie reativa de oxigênio formada durante a inflamação, e responsável pela manutenção e agravamento da mesma. Conclusões: Os extratos apresentaram boa atividade antioxidante em relação ao ácido gálico, sendo o extrato etanólico o mais potente. Tal fato sugere possível potencial terapêutico em doenças relacionadas ao estresse oxidativo. Sendo assim, sugere-se que o extrato etanólico dos galhos de B. duckeana seja investigado quanto as suas propriedades anti-inflamatória e anti-hiperalgésica, como é feito com as folhas. Palavras-chave: Byrsonima duckeana; atividade antioxidante, inflamação. Apoio Financeiro: FAPEAM. ! CITOTOXICIDADE DE Aspidosperma nitidum Benth. SOBRE CÉLULAS HUMANAS E MURINAS TALLITA MARQUES MACHADO 1 ; CARLOS KLINGER RODRIGUES SERRÃO¹; LEILANE BENTES DE SOUSA1; MARNE CARVALHO DE VASCONCELLOS1; MARIA DE MENESES PEREIRA¹; FERNANDA GUILHONSIMPLICIO1 1 Universidade Federal do Amazonas. Introdução: No Amazonas, Aspidosperma nitidum (Apocynaceae) é amplamente utilizada como antimalárica. Alguns estudos indicaram que é uma espécie rica em alcaloides e já comprovaram sua citotoxicidade contra Plasmodium spp., mas não contra células murinas e humanas normais ou neoplásicas. Objetivos: Avaliar a citotoxicidade de A. nitidum sobre fibroblastos humanos, eritrócitos murinos e células neoplásicas. Métodos: O extrato etanólico (EEAN) foi obtido por maceração em ultrassom e então particionado com diclorometano em pH 4 (PDCM1), 7 (PDCM2) e 10 (PDCM3), visando a obtenção de frações ricas em alcaloides. A capacidade hemolítica foi avaliada por espectrofotometria a 450 nm, após incubação de sete concentrações entre 31,25 a 1000 µg/mL das amostras com concentrado de eritrócitos murinos. A toxicidade sobre células humanas foi avaliada pelo método do Alamar blue® com a linhagem normal MRC5 (fibroblasto) e a linhagem neoplásica APC02 (adenocarcinoma gástrico), tratadas por 72 horas com sete concentrações entre 6,25 a 150 µg/mL das amostras. Resultados: No teste de hemólise, EEAN, PDCM1, PDCM2 e PDCM3 apresentaram CE50 (µg/mL) de 259,0 ± 11,09, 354,9 ± 9,50, 111,7 ± 10,78 e 210,6 ± 9,89, respectivamente. Segundo a literatura, somente a PDCM2 pode ser considerada hemolítica, por apresentar CE50 menor que 200 µg/mL. Todas as amostras apresentaram letalidade inferior a 50 % com a máxima concentração testada (150 µg/mL) frente a todas as linhagens celulares usadas no teste do Alamar blue®, portanto, a CI50 (µg/mL) não pode ser calculada. Conclusões: As amostras não causaram danos significativos a células murinas e humanas normais ou tumorais. Somente PDCM2 apresentou atividade hemolítica, mas em dose elevada. Esses dados sugerem alguma segurança para o uso popular da espécie e estudos in vivo, embora mais avaliações de toxicidade sejam necessárias. Por ser rica em alcaloides, substâncias isoladas dessa espécie podem ser novamente testadas contra células neoplásicas, para melhor investigação do seu potencial anticâncer. Palavras-chave: Citotoxicidade; Hemólise; Aspidosperma nitidum. Apoio Financeiro: FAPEAM. PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA, TEOR DE FLAVONOIDES E FENÓIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Eugenia punicifolia (Kunth) MAÍRA SOARES BIVÁQUA DE ARAÚJO1; CAMILA VERLY DE MIRANDA SABINO 1 ; GABRIEL OLIVEIRA DE SOUZA 1 ; FERNANDA GUILHON SIMPLICIO1; DENISE MORAIS LOPES GALENO2 1 Universidade 2 Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas Introdução: Espécies de Myrtaceae são encontradas no Brasil, onde compõem uma das maiores famílias botânicas. A espécie E. punicifolia é conhecida como "pedra-ume-caá” e usada popularmente para tratar distúrbios hiperglicêmicos e inflamatórios. Estudos indicam propriedade medicinal, porém pouco se conhece da composição química e potencial farmacológico da espécie. Objetivos: Determinar as classes de metabólitos secundários em E. punicifolia, quantificar fenóis e flavonoides totais e avaliar a capacidade antioxidante. Metodologia: Foi obtido um extrato hidroetanólico a 50%, no qual foi investigada a presença de heterosídeos cianogenéticos, saponinas; alcaloides, antraquinonas, cumarinas; taninos condensados, taninos hidrolisáveis, antocianinas, chalconas, flavonas, flavononois; catequinas e flavononas. Foi obtido também um extrato aquoso a 20%, cujo teor de flavonoides e fenóis foi calculado em função dos padrões ácido gálico e quercetina, respectivamente, após análise espectrofotométrica, e a atividade antioxidante por meio do ensaio do DPPH. Resultados: Os testes realizados apresentaram resultados negativos para alcaloides, antraquinonas, cumarinas, taninos condensados, antocianinas, chalconas e resultado positivo para heterosídeos cianogenéticos, saponinas, taninos hidrolisáveis, flavonas, flavononois, catequinas e flavononas. O extrato aquoso apresentou teor de fenóis e flavonoides de 39,55 ± 3,97 mg equivalentes de ácido gálico e 10,71 ± 0,42 mg a quercetina, respectivamente. No ensaio do DPPH, a amostra apresentou IC50 de 8,13 ± 0,35 µg/mL, frente a 3,4 ± 0,1 µg/mL apresentada pelo padrão de ácido gálico, usado no teste. Conclusões: Os experimentos apresentaram ótima atividade antioxidante em relação aos padrões e coerência pela presença de flavonas, flavononois, catequinas e flavononas. Por fim, estes resultados sugerem atividades terapêuticas interessantes, visto que capacidade antioxidante está relacionada com efeitos anti-inflamatórios, hipoglicemiantes, hipopemiantes e hipotensores. Palavras chaves: Eugenia punicifolia; Antioxidante; Metabólitos secundários. Apoio financeiro: FAPEAM. ! RESGATE DO USO POPULAR DE PLANTAS MEDICINAIS NA REGIÃO DA BACIA DO PARANÁ III ANGELA AVI1; JONES GAY1; MERIELI ZANICOSKI DE ARAUJO1; RAFAEL RYOSUKE OHI1; SAMIRA KASSANICH BONN1; DIRCELEI SPONCHIADO1; BETTINA MONIKA RUPPELT1,2 1 Universidade 2 Universidade Federal do Paraná Federal Fluminense Introdução: Na região oeste do Paraná a tradição do uso de plantas como recurso terapêutico era praticada pela nação indígena Avá-Guarani, bem como pelos colonizadores europeus e nordestinos que emigraram durante a construção da hidrelétrica de Itaipu. O resgate do conhecimento popular das plantas medicinais nativas e exóticas iniciou há mais de três décadas através dos trabalhos populares de base realizados pelas igrejas e pelas universidades. Objetivos: Verificar se as principais indicações de uso das plantas medicinais utilizadas tradicionalmente em oito municípios da Bacia do Paraná III se correlacionam com as principais doenças ou sintomas que acometem esta população. Métodos: Foram realizadas 530 entrevistas nos municípios de Altônia, Guaíra, Marechal Cândido Rondon, Maripá, Mercedes, Mundo Novo, Nova Santa Rosa e Terra Roxa no Paraná e Mundo Novo no Matogrosso do Sul. O número de entrevistados foi baseado na população urbana e rural de cada município. As entrevistas foram realizadas aleatoriamente. Resultados: As doenças que mais acometem os entrevistados são a gripe (197), a hipertensão (97) e a dor de cabeça (92); 87% utilizam as plantas medicinais para tratar ou prevenir doenças. As doenças comumente tratadas com plantas medicinais foram: ansiedade (338), gripe (321); gastrite e úlcera (313). As plantas mais citadas foram erva-cidreira, boldo e camomila. A origem do conhecimento sobre as plantas medicinais se deve a tradição familiar (336), a indicação de vizinhos (122) e a pastoral (69). Conclusões: Embora a gripe, a hipertensão e a dor de cabeça sejam as doenças e sintomas mais citados pelos entrevistados, apenas a gripe é mais comumente tratada com plantas medicinais, não havendo correlação entre as doenças mais comuns e as doenças comumente tratadas com plantas medicinais pela população destes municípios. Palavras-chave: Etnofarmacologia; Bacia do Paraná IIIl; Plantas medicinais. Apoio Financeiro: UFPR.