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POTENCIAL ANTI-Helicobacter pylori E ANTIOXIDANTE DE FRAÇÕES DO
EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Baccharis trimera Less. (DC)
OTALIBIO CASTIGLIONI NUNES 1 ; CLAUDIA MASROUAH JAMAL 1 ;
RODRIGO REZENDE KITAGAWA1; RITA DE CÁSSIA RIBEIRO GONÇALVES1;
1 Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: O uso de plantas medicinais no tratamento e cura de
enfermidades é um recurso terapêutico antigo e talvez o único em muitas
comunidades. Entre a população brasileira é comum o uso de espécies
vegetais como a Baccharis trimera (Less) DC (Asteraceae), popularmente
conhecida como carqueja e utilizada pela medicina tradicional no tratamento de
distúrbios digestivos. Objetivos: Avaliar o potencial anti-Helicobacter pylori e
antioxidante do extrato hidroalcoólico (HI) e de suas frações aquosa (AQ),
acetonitrila (AC) e hexânica (HE). Métodos: Foi realizado a fitoquímica
preliminar e a dosagem de polifenóis totais. Na atividade anti-H. pylori usou-se
a técnica de microdiluição em caldo e na atividade antioxidante os ensaios
espectrofotométricos de inibição dos radicais DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazil)
e ABTS [2, 2'-azino-bis (ácido 3-etilbenzotiazolina-6-sulfónico)], e dos oxidantes
biológicos ânion superóxido (O2•-) e ácido hipocloroso (HOCl). Resultados:
Após a realização dos testes preliminares, o HI obteve os melhores resultados,
comparado com os extratos etanólico e aquoso, sendo então fracionado. Na
fitoquímica preliminar, HI, AQ e AC apresentaram flavonóides, polifenóis,
triterpenos e taninos, e o percentual de polifenóis foi, 16,91, 13,84 e 10,85,
respectivamente. Os resultados do ensaio do DPPH e ABTS foram expressos
em valores de CE50, em µg/ml. O HI obteve os seguintes CE50: DPPH,
17,40±0,52 e ABTS, 9,99±1,21. Para as frações os melhores CE50 foram:
DPPH fração AQ, 27,41±1,65 e ABTS fração AQ, 10,80±1,90. Na atividade anti
H.pylori o HI obteve CIM de 512 µg/mL enquanto que para as frações AC e AQ
o CIM foi de 1024 e > 1024 µg/ml, respectivamente. Nos ensaios de oxidantes
biológicos, HI e AC inibiram acima de 50% do HOCl em 25 µg/ml, e HI, AQ e
AC inibiram acima de 50% o ânion superóxido em 12,5, 6,25 e 100 µg/ml,
respectivamente. Conclusões: Os resultados mostram que o extrato HI e as
frações AQ e AC são promissoras na prevenção e tratamento de doenças
causadas por H. pylori, e estes são reforçados pela relação existente entre a
presença de compostos fenólicos e a inibição de oxidantes biológicos.
Palavras-chave: Helicobacter pylori; Estresse oxidativo; Úlcera.
Apoio Financeiro: FAPES; CNPq.
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EVIDÊNCIA DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DE FRAÇÃO ISOLADA
DE EXTRATO HEXÂNICO OBTIDO DE Pterodon polygalaeflorus,
AVALIADA EM MODELO DE INFLAMAÇÃO AGUDA
MARIANA VIEIRA VIGLIANO1; LEOSVALDO SALAZAR MARQUES VELOZO1;
GIRLAINE PEREIRA DA SILVA1; SHIRLEY VÂNIA MOURA SANTOS1;
NATHÁLIA REGINA FELIZARDO LEAL1; CARLOS ROBERTO MACHADO
GAYER 1 ; PAULO ROBERTO MARQUES 1 ; MARSEN GARCIA PINTO
COELHO1
1 UERJ,
IBRAG–DBq–LIA-BPPN
Introdução: O gênero Pterodon compreende espécies amplamente
distribuídas pela região central do Brasil. Os seus frutos estão disponíveis no
mercado da flora medicinal, sendo amplamente utilizados por suas
propriedades farmacológicas como antipirética, anti-inflamatória e analgésica.
Objetivos: Biomonitorar o fracionamento do extrato hexânico de Pterodon
polygalaeflorus Benth., utilizando modelo de inflamação aguda. Métodos: O
extrato foi fracionado em coluna de sílica e as frações (Fr1Ppg-Fr4Ppg) foram
analisadas por CG-EM e CCD. A atividade anti-inflamatória foi avaliada no
modelo de edema de patas induzido por injeção (i.pl) de carragenina 0,6%, em
camundongos SW tratados 1 h antes (i.p) com as frações. A fração mais ativa
foi testada no modelo de bolha de ar, cuja cavidade foi desenvolvida no dorso
dos animais através de injeção de ar estéril (s.c.). A inflamação foi induzida por
inoculação local de carragenina 1%, 1 h após tratamento (p.o.) com veículo,
indometacina ou fração ativa. Após 4 h, o exsudato da bolha foi coletado para
contagem total e diferencial de leucócitos, dosagem de proteínas, e os tecidos
das bolhas removidos para análise microscópica e histologia. A citotoxicicidade
foi avaliada em macrófagos RAW 264.7 (0,001 a 80 µg/mL) pelo ensaio com
MTT. Todos os procedimentos foram aprovados pelo comitê CEA-IBRAG
protocolo 07/2013. Resultados: A Fr1Ppg, mais ativa, inibiu o edema de patas
em 81% (0,02 mg/kg) e 91% (0,2 mg/kg). O tratamento com Fr1Ppg 0,02 mg/kg
reduziu em 73,3% o número total de leucócitos, em 72,3% o número de
neutrófilos e em 56,8% o teor proteico no exsudato em relação ao grupo
controle. Não houve diferença significativa no tratamento com 0,2 mg/kg. A
análise macroscópica/histológica dos tecidos mostrou importante redução de
vasodilatação/infiltrado inflamatório pelo tratamento com Fr1Ppg (0,02 mg/kg).
A Fr1Ppg mostrou-se citotóxica a partir da concentração de 20 µg/mL. A análise
por CG-EM mostrou predominância de terpenos na Fr1Ppg. Conclusões: Este
trabalho mostra um potencial anti-inflamatório da fração Fr1Ppg rica em
terpeno isolada da espécie P. polygalaeflorus.
Palavras-chave: Pterodon polygalaeflorus; Inflamação; Bolha de ar.
Apoio financeiro: FAPERJ; CNPq; UERJ.
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E F E I TO D O E X T R ATO E TA N Ó L I C O D A F O L H A D E S a l v e r t i a
convallariodora SOBRE O MUCO E A SECREÇÃO ÁCIDA DO ESTÔMAGO
DE RATOS
ANDERSON MENDES GARCEZ1; PAULO HUMBERTO MOREIRA NUNES1;
NAIRA MOURA ALVES1; MANOELA CARINE LIMA DE FREITAS1; JAMES
FREDERICO ROCHA PAHECO1; HELDEMYS DA COSTA MEDINA1; RAILSON
DE SOUSA SANTOS1; LAIO SANTANA PASSOS1; MARIA DO CARMO DE
CARVALHO E MARTINS1
1 Universidade
Federal do Piauí (UFPI)
Introdução: Salvertia convallariodora (Vochysiaceae), encontrada nos cerrados
brasileiros e conhecida como chapéu de couro ou bananeira é usada
popularmente no tratamento de gastrites e hemorroidas. Espécies do gênero
Qualea apresentam atividade antiulcerogênica associada à estimulação da
síntese de muco na mucosa gástrica. Testes preliminares detectaram atividade
antiulcerogênica no extrato etanólico da folha de S. convallariodora (EESc) em
modelo de úlcera gástrica por etanol em ratos, sem indicação do mecanismo
de ação envolvido. Objetivo: Estudar o efeito do EESc sobre o conteúdo de
muco e secreção gástrica do estômago de ratos. Método: A pesquisa foi
aprovada pela Comissão de Ética em Uso de Animais/UFPI (Nº 008/12). Ratos
machos (266±4g) foram distribuídos em grupos (n=6-8) e mantidos em jejum
de ração por 24h. Após a ligadura de piloro, fez-se a administração
intraduodenal de água (5 ml/kg), EESc (500 mg/kg) ou carbenoxolona (250 mg/
kg) e sutura da parede abdominal. Quatro horas depois os animais foram
eutanasiados, o estômago retirado e, após coleta do conteúdo gástrico para
determinação do volume (V, mL), pH e acidez total (AT, µEq/h), fragmentos do
corpo gástrico foram retirados e pesados para determinação do teor de muco
(MU, µg Alcian Blue/g). Os resultados, apresentados como média e erro padrão
da média, foram submetidos a análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey
para comparação entre os grupos, com nível de significância em p<0,05.
Resultados: EESc (500 mg/kg) aumentou significativamente MU (436,2±27,8;
p<0,05) e reduziu AT (24,4±1,6; p<0,01), mas não alterou o pH (3,82±0,13)
nem V (0,30±0,05), em comparação com os respectivos controles (M:
354,5±24,9; AT:36,3±3,1; pH:3,32±0,18; V:0,38±0,05). Carbenoxolona (250 mg/
kg) induziu aumento significativo de MU (489,7±25,3; p<0,01) e pH (4,15±0,16;
p<0,05), e redução de AT (20,1±1,8; p<0,001) e V (0,19±0,05; p<0,05).
Conclusões: A ação gastroprotetora do EESc envolve a redução da secreção
gástrica e o estímulo à produção de muco.
Palavras-chave: Salvertia convallariodora; Gastroproteção; Muco.
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POTENCIAL ANTI–Helicobacter pylori E ANTIOXIDANTE DA
ISOCUMARINA PAEPALANTINA OBTIDA DE Paepalanthus bromelioides
JOÃO PAULO LOUREIRO DAMASCENO1; CRISTIANE DOS SANTOS
GIUBERTI 1 ; RITA DE CÁSSIA GONÇALVES 1 ; RODRIGO REZENDE
KITAGAWA1
1 Universidade
Federal do Espírito Santo
Introdução: A isocumarina, paepalantina, isolada dos capítulos de
Paepalanthus bromelioides, família Eriocaulaceae, têm se destacado como
uma substância promissora em função de seu potencial biológico. Estudos
anteriores demonstraram atividade anti-inflamatória, antimicrobiana,
antioxidante, citotóxica, entre outras. A respeito da atividade antimicrobiana, a
paepalantina demonstrou significativa atividade contra bactérias Gram-positivas
abrindo as novas possibilidades de avaliação sobre outros microorganismos.
Helicobacter pylori é uma bactéria Gram-negativa que coloniza a mucosa
gástrica de metade da população mundial. Este patógeno é considerado o
principal agente etiológico da úlcera péptica humana e uma das causas do
câncer gástrico, sendo um alvo importante no desenvolvimento de novas
drogas. Objetivos: Avaliar a atividade anti-H. pylori e antioxidante da
paepalantina frente ao radical ABTS•+ e as espécies reativas de oxigênios
(EROs): O2•− e HOCl. Métodos: A atividade anti-H. pylori foi avaliada através da
determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM), pela técnica
espectrofotométrica de microdiluição em caldo, e da Concentração Bactericida
Mínima (CBM) em placas de Agar Columbia sangue de carneiro (5%). A
atividade antioxidante foi avaliada por ensaios químicos espectrofotométricos.
Os valores para atividade antioxidante foram expressos em porcentagem de
inibição para determinação da CE50 (concentração efetiva 50%). Trolox foi
utilizado como antioxidante padrão. Resultados: A paepalantina apresentou
valores de CIM para H. pylori de 128 µg/mL e CBM de 512 µg/ml. Os
resultados de atividade antioxidante foram significativos considerando o CE50
para ABTS•+ de 2,42 µg/mL e porcentagem de inibição em 100 µg/mL para o
O2•− e HOCl, de 84,02 ± 0,76 % e 80,64 ± 0,013 %, respectivamente, valores
semelhantes ao Trolox. Conclusões: De acordo com os resultados, a
paepalantina pode ser considerada promissora no tratamento de doenças
causadas pela infecção por H. pylori, uma vez que EROs estão envolvidas na
patogênese da injúria à mucosa gástrica induzida pela infecção por H. pylori.
Palavras-chave: Helicobacter pylori; Paepalantina; Antioxidante.
Apoio Financeiro: UFES; FAPES.
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GEOPRÓPOLIS DE Melipona mondury COMO FONTE DE COMPOSTOS
ANTIOXIDANTES
TÁSSIA LIZ ARAÚJO DOS SANTOS1; RAPHAEL FERREIRA QUEIROZ1;
VANDERLÚCIA FONSECA DE PAULA1; ANA MARIA WALDSCHMIDT1
1 Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié, Bahia.
Introdução: Geoprópolis é um tipo especial de própolis produzida pelas
abelhas sem ferrão, como a Melipona mondury, que coletam o material
resinoso de plantas misturando-o com cera e barro. Esta espécie é conhecida
popularmente como “Uruçu amarela” e distribui-se ao longo da Mata Atlântica.
A geoprópolis tem aplicação medicinal devido suas atividades antimicrobiana,
anti-inflamatória e antiproliferativa. Seus constituintes químicos: polifenóis,
terpenos, esteroides e aminoácidos, podem lhe conferir propriedades
antioxidantes. Objetivos: Estimar a concentração de fenólicos e avaliar a
atividade antioxidante da geoprópolis de M. mondury. Métodos: O extrato
etanólico foi obtido por extração à frio em etanol (EEGP). O extrato foi
fracionando por partição líquido-líquido nos solventes hexano (FHG), acetato
de etila (FAEG) e butanol (FBG). A concentração de “fenólicos totais” foi
estimada pelo método de Folin-Ciocalteu sob comparação com uma curva de
calibração de ácido gálico. A atividade antioxidante das amostras foi avaliada
pelo método de sequestro de radical •DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazil).
Resultados: De modo geral, a maioria das frações e extrato da geoprópolis de
M. mondury foi capaz de reduzir a concentração do radical livre •DPPH na
seguinte ordem: FBG (EC50= 4,34 µg/mL) > FAEG (EC50= 28,94 µg/mL) >
EEGP (EC50= 40 µg/mL) > FHG (EC50= 58 µg/mL). A concentração de
“fenólicos totais” foi significativamente diferente entre as frações e extrato,
sendo que na FBG seus níveis foram os mais elevados (203 mg ácido gálico/ g
amostra). Conforme esperado, os resultados demonstram que existe uma
correlação positiva entre a concentração desses metabólitos e a atividade
antioxidante da geoprópolis. Conclusões: As análises das frações e extrato da
geoprópolis de M. mondury confirmaram sua atividade antioxidante,
principalmente a FBG, e mostraram uma correlação positiva entre esta
atividade e o teor de fenóis. As próximas etapas serão realizadas com objetivo
de isolar os constituintes químicos ativos presentes na fração mais ativa, FBG.
Palavras-chave: Geoprópolis; Melipona mondury; Atividade antioxidante.
Apoio Financeiro: FAPESB; UESB.
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MÉTODOS DE EXTRAÇÃO AQUOSA PARA DETERMINAÇÃO DE
FENÓLICOS TOTAIS E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DE CASCAS DE
CAFÉ ORGÂNICO
JORGE VITÓRIO GOMES DAS NEVES1; DANIEL DE MELO SILVA1;
MARCONDES VIANA DA SILVA1
1 Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia
Introdução: O café é um produto de grande importância econômica para o
Brasil, seu beneficiamento gera uma grande quantidade de resíduos,
principalmente as cascas. Estas podem apresentar alto potencial como
substrato para a obtenção de compostos bioativos, já que apresentam a
mesma natureza de constituintes químicos dos grãos. Alguns estudos
propuseram a investigação fitoquímica nestes resíduos, porém, poucos
utilizaram a água como solvente extrator. Objetivos: Comparar cinco diferentes
métodos de extração aquosa sólido-líquido, seu efeito sobre a extração de
compostos fenólicos e avaliar o potencial antioxidante dos extratos aquosos de
três amostras de cascas de café orgânico (Coffea arábica, L). Métodos: As
cascas de café foram obtidas no município de Ibicoara-Ba. Os métodos de
extração avaliados foram infusão, decocção, decocção com agitação
magnética, extração assistida por ultrassom e circulação contínua de água, 2 g
de uma amostra em 150 mL de água deionizada. A determinação de fenólicos
totais foi realizada utilizando o reagente de Folin-Ciocauteau. A atividade
antioxidante foi avaliada pelo ensaio da desoxirribose em extratos obtidos por
decocção das cascas. Testes realizados com três repetições em triplicata, e os
resultados foram submetidos a análises de variância (ANOVA) pelo teste de
Tukey (P<0,05). Resultados: Os métodos de extração mais eficientes foram a
decocção e decocção com agitação magnética (345,71 e 382,97 mg GAE.
100g-1), sendo considerados iguais a 5% de significância, a extração assistida
por ultrassom mostrou-se menos eficiente (184,79 mg GAE.100g-1). Quanto à
avaliação da atividade antioxidante, as três amostras (86,91%; 89,02%;
92,15%), não diferiram estatisticamente entre si. Conclusões: Os resultados
corroboram com a indicação de que a decocção é o método preconizado para
partes de substratos vegetais com consistência rígida, tais como cascas de
café, além disso, as mesmas demostraram ser uma boa fonte alternativa de
fitoquímicos bioativos com atividade antioxidante.
Palavras-chave: Resíduos; Cafeicultura; Fitoquímicos.
Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia
(FAPESB).
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A IMPORTÂNCIA DO USO DO “CANUDINHO” NO CUIDADO DA SÁUDE DE
UMA COMUNIDADE DO MUNICÍPIO DE SALGADO, SERGIPE
FERNANDA RODRIGUES SANTANA1; JAMES ALMADA DA SILVA1; CHIARA
ERMINIA DA ROCHA1
1 Universidade
Federal de Sergipe, Departamento de Farmácia.
Introdução: O poder curativo das plantas medicinais é tão antigo quanto o
aparecimento da espécie humana na terra. No Brasil, as plantas medicinais são
consumidas com pouca ou nenhuma comprovação de suas propriedades
farmacológicas e terapêuticas. Objetivos: Identificar as plantas medicinais
mais utilizadas por idosos e o seu uso terapêutico. Metodologia: Foi realizado
um estudo transversal com idosos (≥60 anos) que faziam uso de plantas
medicinais. Um instrumento de coleta semi-estruturado, com perguntas abertas
e fechadas, foi utilizado, com o intuito de obter informações sócio
demográficas, bem como, as plantas medicinais utilizadas e sua forma do uso.
Resultados: A maioria dos idosos que fazem uso de plantas medicinais é do
sexo feminino (90%), 70% sabem ler e escrever e todos têm acesso aos
serviços de saúde. Quando adoecem, 90% afirmaram irem ao médico. Trinta e
três por cento utilizam plantas medicinais para dor de barriga ou gripe (70%) e
60% para dores no estômago. Todos os idosos cultivam as plantas medicinais
em casa e 90% afirmaram que as plantas medicinais são melhores que os
medicamentos. Quando questionados se faziam uso de plantas medicinais em
substituição a algum medicamento, 30% responderam que sim. As plantas
mais utilizadas foram o “canudinho” (90%), cidreira (80%), boldo (60%) e capim
santo (50%). Quanto à forma de preparo, a maioria (70%) respondeu que
usavam a planta fresca na forma de chá, e que tanto as folhas quanto os
galhos eram fervidos com a água. Os principais usos relatados para o
“canudinho” foram em: infecção na garganta (50%), infecção urinária e na boca
(40%), inflamação no útero e gripe (40%). Conclusão: O estudo demonstrou
que as plantas medicinais são amplamente utilizadas como tratamento trivial
para algumas doenças agudas e crônicas. Contudo, este uso advém do
entendimento de que estas plantas são inofensivas, o que pode ser um
equívoco, pois além de possuírem propriedades terapêuticas, elas podem ser
nocivas à saúde humana. Para isso, estudos químicos e biológicos estão
sendo realizados com algumas espécies relatadas neste resumo, com o intuito
de contribuir para o seu uso de forma mais segura.
Palavras-chave: Plantas medicinais; medicina popular; “canudinho”.
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ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO EXTRATO HEXÂNICO DAS FOLHAS DE
Annona foetida (ANNONACEAE) EM MODELOS EXPERIMENTAIS
FERNANDO GASSMANN FIGUEIREDO1; CLÊISIANE LIMA DE JESUS1;
EMMANOEL VILAÇA COSTA2; MARIA LÚCIA BELÉM PINHEIRO2; FLÁVIA
OLIVEIRA DE LIMA1
1
Departamento de Saúde, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira
de Santana, Bahia, Brasil.
2 Departamento de Química, Universidade Federal do Amazonas, Manaus,
Amazonas, Brasil.
Introdução: Annona foetida Mart. (Annonaceae) é uma planta conhecida
popularmente como “envieira”, “araticum caatinga” e “graviola da mata”,
comumente encontrada na Amazônia brasileira e peruana. A decocção das
folhas desta espécie é muito utilizada na medicina popular para o tratamento
de reumatismo. Entretanto, não existem dados científicos que validem essa
prática popular. Objetivos: Investigar a ação antinociceptiva do extrato
hexânico das folhas de Annona foetida (EHAF) em modelos experimentais.
Métodos: Os experimentos foram realizados utilizando camundongos Swiss
machos (25-30g, n=6-7). A atividade antinociceptiva do EHAF foi avaliada pelos
testes de contorções abdominais, formalina, CFA e retirada da cauda. O efeito
sobre o desempenho motor foi investigado pelo teste do campo aberto e rota
rod. Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais da
Universidade Estadual de Feira de Santana (004/2012). Resultados: Através
das curvas dose-resposta do EHAF (50-200mg/kg), verificamos que a
administração oral do EHAF (200mg/kg) reduziu significantemente número de
contorções abdominais induzidas pelo ácido acético, bem como o
comportamento nociceptivo da fase tardia do teste de formalina. Em adição, o
pré-tratamento com EHAF(100 e 200 mg/kg) reduziu significativamente a
nocicepção causada pelo CFA. Contudo, o tratamento com EHAF (100 e 200
mg/kg) não reduziu a nocicepção no teste de retirada da cauda, sugerindo
ausência de ação central. Ratificando a especificidade da antinocicepção
induzida por EHAF, a administração oral do EHAF(200mg/kg) não provocou
alteração no desempenho motor dos animais nos testes de campo aberto e
rota rod. Conclusões: Os resultados demonstraram que o extrato hexânico
das folhas de Annona foetida possui consistente atividade antinociceptiva
periférica, reforçando o uso desta espécie na medicina popular e sua utilidade
para o tratamento da dor associada à inflamação.
Palavras-chave: Antinocicepção; Plantas Medicinais; Annona foetida; folhas.
Apoio Financeiro: CNPq; CAPES; FABESB.
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A IMPORTÂNCIA DAS PLANTAS MEDICINAIS COMO REMEDIOS
CASEIROS NO MUNICIPIO DE NOVA PALMEIA-PB
GUILHERME DIOGO FERREIRA1; DÉBORA SANTOS DANTAS2; ANA
RAYANNE DE AZEVEDO SANTOS1, MARIA DE FÁTIMA SANTOS DE
ARAÚJO3
1 Universidade
Federal de Campina Grande
Estadual de Campina Grande
3 Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal da Paraíba –
Campus I
2 Universidade
Introdução: O uso de plantas medicinais é uma pratica realizada desde
primórdios, mas que hoje vem sendo uma grande aliada para a medicina
moderna. Sabendo disso, foi realizada uma pesquisa no município de Nova
palmeira - PB. O CENEP participa de atividades relacionadas com praticas
integrativas há mais de 25 anos, produzindo remédios fitoterápicos, baseandose nisso, a pesquisa procurou enfatizar o saber popular em relação a
tratamentos com remédios e plantas medicinais. Objetivos: A pesquisa tem o
intuito de avaliar o consumo, preparo e conhecimento das plantas medicinais
na população de Nova Palmeira-PB. Métodos: As informações foram obtidas
através de entrevistas com um roteiro contendo questões que buscaram
explorar o conhecimento fitoterápico e farmacológico da população. O total de
entrevistados foi de duzentos e dezenove (219), onde a liberdade de resposta
também permitia que os dados fossem adquiridos por fotos e gravações.
Resultados: Foi observado que a maioria dos entrevistados, cerca de 88%,
utiliza, ou já utilizou remédios fitoterápicos, principalmente mulheres 87%.
Dentre os problemas mais citados e tratados com os remédios caseiros e/ou
plantas medicinais se destacaram: problemas estomacais, renais, respiratórios,
problemas no sistema reprodutor e entre outros. As plantas mais citadas para o
tratamento de doenças foram o mulungú, hortelã, alumã, onde cada
entrevistado relatava para qual doença usava a planta. Buscando introduzir na
pesquisa a influencia do CENEP, foi questionada a utilização dos remédios
produzidos na ONG, lambedores e garrafadas foram os mais solicitados.
Conclusões: Portanto, remédios e plantas medicinais são utilizados
consideravelmente pela a população do município, com uma grande
contribuição do CENEP que sempre buscou incentivar a utilização dos
mesmos.
Palavras-chave: Fitoterápico; Remédios/Plantas Medicinais; CENEP.
Apoio Financeiro: IAF (Fundação Inter-Americana).
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LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO E ETNOFARMACOLÓGICO NA
UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA - RUA DO SOL NO MUNICÍPIO DE
PAULO AFONSO, ESTADO DA BAHIA
MARIA THEREZA CARVALHO RODRIGUEZ GUISANDE1; CHARLES
LINDBERG BARCIA NASCIMENTO DUARTE1; CLEISE DE JESUS SILVA1;
LETICE FERNANDES LOPES1; MEIRIELY AMORIM SANTANNA1; DIANA
MARIA ALEXANDRINO PINHEIRO1; MARISTELA ROSANA RIBEIRO DE
MORAES MAZZOTTI1; WILLIAM RODRIGUES DE FREITAS1; DAVID
FERNANDES LIMA1
1 Universidade
Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF
Introdução: Desde 2006 o Governo Federal/MS aprova Políticas e Resoluções
visando à institucionalização da fitoterapia na atenção primária no SUS. O
levantamento etnobotânico e etnofarmacológico (LETBF) constitui ferramenta
indispensável para o conhecimento científico das espécies de plantas
medicinais (PM) e seu fim terapêutico, auxiliando na elaboração de modelos de
intervenções na promoção a saúde no âmbito da Estratégia de Saúde da
Família. Objetivos: Realizar LETBF das PM utilizadas pela comunidade na
USF-Rua do Sol, no munícipio de Paulo Afonso-BA. Métodos: Estudo
realizado por equipe multidisciplinar através de visitas domiciliares a 102
famílias com aplicação de questionário semiestruturado constituído de 27
perguntas no período de maio a junho de 2015. Projeto submetido ao Comitê
de Ética e Deontologia em Estudos e Pesquisas/ UNIVASF e registro na
Plataforma Brasil. Resultados: Das102 famílias entrevistadas, 96,0% já fez ou
faz uso de PM, das quais 68,0% o fazem para fins terapêuticos. Foram citadas
73 espécies, com prevalência do uso das folhas (45,0%) e principal forma de
preparo o chá (54,1%). As 5 espécies mais citadas foram Lippia alba (13,1%),
Cymbopogon citratus (10,6%), Peumus boldus (8,8%), Foeniculum vulgare
(5,7%) e Plectranthus amboinicus (5,5%). A maioria entrevistada faz o uso
motivado por tradição familiar (45,7%) e por acreditar que são isentas de
toxicidade (23,7%). As finalidades terapêuticas mais citadas foram para
distúrbios gastrointestinais (12,6%), influenza (8,7%) e inflamações (6,8%).
Conclusões: O LETBF realizado fornecerá subsídios para elaboração de
intervenções junto à comunidade visando o fortalecimento de práticas
validadas cientificamente e contraindicando os possíveis malefícios daquelas
não estudadas ou comprovadamente tóxicas, iniciativa esta pioneira no
município.
Palavras-chave: Etnobotânica; Etnofarmacologia; Plantas medicinais.
Apoio Financeiro: PROEX; UNIVASF
INQUÉRITO ETNOFARMACOLÓGICO DO PH DE EXTRAÇÃO DA LECTINA
PRESENTE NO EXTRATO AQUOSO DE Mimosa tenuiflora.
MARIA THAYS DE LIMA FEITOSA1; GISELE NAYARA BEZERRA DA SILVA1;
KALIANA MENDES DA SILVA1; NABUÊR FRANCIELI DA SILVA1; TALITA
CAMILA EVARISTO DA SILVA NASCIMENTO2; ROSÂNGELA ESTEVÃO
ALVES FALCÃO3.
1
Ciências Biológicas, Universidade de Pernambuco – Campus Garanhuns –
PE
2 UFRPE, Garanhuns – PE
3 UPE, Garanhuns – PE
Introdução: As lectinas são proteínas que se ligam de forma reversível a
carboidratos, estão presentes em diversas formas de vida, porém são mais
abundantes em organismos vegetais; são utilizadas em tipagem sanguínea,
tipagem de microorganismos parasitos e possui propriedade antifúngica. A
Mimosa tenuiflora, popularmente conhecida como Jurema Preta, é uma árvore
da família Fabaceae de ocorrência em toda a região Nordeste do Brasil, nas
áreas de caatinga. Muito utilizada na medicina local como cicatrizante e
antiinflamatório. Objetivos: Identificar o pH de extração das lectinas presentes
no extrato aquoso de Mimosa tenuiflora. Métodos: Foram preparados extratos
a 10% nos tampões Acetato pH 3,0 - 5,0 e Fosfato pH 5,5 – 8,5, posteriormente
determinou-se a atividade hemaglutinante em placa de microtitulação onde
amostras de 50µL de extrato aquosos foram distribuídas em diluição seriada
em triplicata e acrescidas de 50µL de hemácias glutarizadas de sangue tipo A.
Seguido aos testes de atividade hemaglutinante, foi realizado a dosagem
protéica utiliza kit com solução BCA para detecção de proteínas para definição
da Atividade Hemaglutinante Específica AHE (atividade hemaglutinante/
proteínas mg/ml). Resultados: A proteína em questão apresentou a maior
atividade no pH 3,5, onde obteve uma AHE de 316,74 UH/mg. Conclusões: Os
resultados obtidos reforçam que o estudo de espécimes nativos pode trazer
importantes contribuições para farmacologia, com a descoberta de novos
bioativos e produção de novos fármacos.
Palavras- chave: Lectinas; Nordeste; Farmacologia.
Apoio financeiro: Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de
Pernambuco – FACEPE.
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ESTUDO SOCIOANTROPOLÓGICO E ETNOFARMACÊUTICO SOBRE O
USO DE PLANTAS MEDICINAIS PELA POPULAÇÃO DE NOVA PALMEIRAPB
ANA RAYANNE DE AZEVEDO SANTOS1; DÉBORA SANTOS DANTAS2;
GUILHERME DIOGO FERREIRA1; MARIA DE FÁTIMA SANTOS DE ARAÚJO3
1Universidade
Federal de Campina Grande
Estadual da Paraíba
3Universidade Federal da Paraíba
2Universidade
Introdução: Há 25 anos o Centro de Educação Popular (CENEP) vem
realizando um trabalho social no município de Nova Palmeira – PB. O uso de
plantas como medicamento foi uma das atividades renovadoras que o mesmo
proporcionou aos cidadãos palmeirenses. Levando em consideração esse
importante trabalho, a pesquisa teve enfoque socioantropológico e
etnofarmacêutico e questionou a população do município sobre o uso e a
eficácia das plantas como medicamento. Objetivos: Essa pesquisa teve como
objetivo apreender o grau de satisfação e aceitação por parte da população de
Nova Palmeira – PB sobre o uso de plantas medicinais ou remédios caseiros.
Métodos: Foram realizadas duzentas e dezenove (219) entrevistas na zona
urbana e rural. As informações da pesquisa foram colhidas por meio de
entrevistas, a partir de um roteiro semi-estruturado contendo questões
socioeconômicas, fitoterápicas e farmacológicas. Outros recursos também
foram utilizados, como fotografias e gravações reunidas ao longo das visitas
domiciliares. Resultados: Nas perguntas relacionadas ao uso e eficácia das
plantas e conhecimento repassado, obtiveram-se resultados positivos, onde
dos entrevistados cento e noventa e dois (192) responderam que utilizam
plantas medicinais e cento e noventa e oito (198) acreditam na eficácia delas,
enquanto cento e onze (111) responderam que não passam seus
conhecimentos e os adquiriram a partir do saber popular. Sobre a forma como
preparava essas plantas, foi constatado que o chá ainda é a forma mais
comum de preparo. Quando questionados se conheciam ou já tinham utilizado
algum remédio produzido pelo CENEP, cento e sessenta e nove (169) disseram
que sim, um resultado que deixa evidente o contato da população com esse
tipo de tratamento. Conclusões: A aceitabilidade e o baixo custo são fatores
que favorecem o consumo dos fitoterápicos, logo, concluímos a importância de
trabalhar na reeducação de como usá-las corretamente, proporcionando saúde
e integrando as plantas medicinais na sociedade.
Palavras-chave: CENEP; Plantas Medicinais; Saúde.
Apoio Financeiro: IAF (Fundação Inter-Americana).
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIMICROBIANO DO EXTRATO
ETANÓLICO DA CASCA DE Parapiptadenia rigida
SAMMARA DRINNY DE SIQUEIRA CORREIA1; KALIANA MENDES DA
SILVA1; MARIA TAMIRES ALVES ESPINDOLA1; ROSÂNGELA ESTEVÃO
ALVES FALCÃO1; ELISÂNGELA RAMOS CASTANHA1
1
UPE, Garanhuns/PE
Introdução: Parapiptadenia rigida pertence à família da Fabaceae e é
popularmente conhecida como angico, apresenta grande uso na medicina
popular. Tem extensa representação na América do Sul, sendo bastante vasto
suas espécimes no Brasil, principalmente na região Nordeste. É utilizado no
uso contra infecções e inflamações. Objetivos: Objetivou-se investigar a
atividade antimicrobiana do extrato etanólico da casca de Parapiptadenia rigida
frente à microorganismos patogênicos. Métodos: A atividade antimicrobiana foi
determinada pelo método de difusão em discos, onde os microorganismos são
semeados em placas com meio de cultura sólido, mueller hinton agar e são
aplicados sobre eles discos de papel de filtro do extrato a serem testados, na
concentração de 0,01 e 0,05 µg/mL, os testes foram realizados em triplicata,
onde se analisa o tamanho da zona (halo) de inibição do crescimento do
microorganismo frente ao extrato testado. Resultados: Para os
microorganismos Staphylococcus aureus (Gram positivo), Klebsiella
pneumoniae (Gram negativo) e Pseudomonas aeruginosa (Gram negativo) não
houve halo de inibição com o extrato testado. Houve halo de inibição do extrato
etanólico da casca da Parapiptadenia rigida para os microorganismos
Enterococcus faecalis (Gram positivo) e Escherichia coli (Gram negativo), os
halos foram: 8,0 mm na concentração 0,05g/ml para o E. faecalis e 8,6 mm na
concentração de 0,01g/ml e 10,0 na de 0,05g/ml para o E. coli. Conclusões: O
extrato etanólico da casca de Parapiptadenia rigida (angico) demostrou
atividade antimicrobiana eficaz frente à microorganismos patogênico de
importância médica. Logo, fazem-se necessárias mais investigações
etnofarmacológicas numa região tão rica como o nordeste do Brasil.
Palavras-chave: Plantas medicinais; Nordeste; Antimicrobiano.
Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de
Pernambuco (FACEPE).
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INVESTIGAÇÃO ETNOFARMACOLÓGICA DO PERFIL LECTÍNICO DO
EXTRATO AQUOSO DA CASCA DO Hymenaea courbaril L
KALIANA MENDES DA SILVA1,3; SAMMARA DRINNY DE SIQUEIRA
CORREIA1; MARIA THAYS DE LIMA FEITOSA1; TALITA CAMILA EVARISTO
DA SILVA NASCIMENTO2; ROSÂNGELA ESTEVÃO ALVES FALCÃO3
1
Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco – Campus Garanhuns/
PE
2 Doutoranda UFRPE, Recife/PE
3 UPE, Garanhuns/PE
Introdução: Uma classe de proteínas abundante nos organismos vivos,
sobretudo nos vegetais são as lectinas, proteínas que possuem diversas
propriedades e atuam em vários processos biológicos. Uma de suas
características é que podem ligar-se a glicídios, atuando com alto grau de
especificidade. O Hymenaea courbaril L., também conhecido como jatobá, é
encontrado por quase todo o Brasil e faz parte da família Caesalpiniaceae. É
utilizado na medicina tradicional para vários problemas de saúde,
principalmente os respiratórios. Objetivos: Avaliar o perfil lectínico presente no
extrato aquoso da casca do Hymenaea courbaril L. Métodos: Foram
preparados extratos aquosos a 10% nos tampões Acetato e Fosfato, nos
valores de pH 3.0 - 5.0 e pH 5.5 – 8.5 respectivamente. Posteriormente
realizou-se o teste de atividade hemaglutinante utilizando microplacas, sendo
distribuído nas mesmas, 50µL de extrato aquoso em diluição seriada em
triplicata e, em seguida, adicionou-se a mesma quantidade, de amostra de
sangue A glutarizado. Depois foi realizada a dosagem protéica utilizando kit
com solução BCA para detecção de proteínas para definir a Atividade
Hemaglutinante Específica AHE (atividade hemaglutinante/ proteínas mg/ml).
Resultados: Observou-se que houve maior atividade da proteína no tampão
fosfato em pH 8.5 com a AHE no valor de 457,37 UH/mg. Conclusões: Os
testes realizados evidenciam que é de extrema importância a busca por
ferramentas para a avaliação de substâncias ativas nos vegetais, pois
fornecem dados importantes para o desenvolvimento e síntese de fármacos, a
partir de produtos da natureza.
Palavras-chave: Lectina; Jatobá; Fármacos.
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ESTUDO DA COMERCIALIZAÇÃO E USO DE PLANTAS MEDICINAIS
JUNTO A ECONOMIA SOLIDÁRIA NA CIDADE DE JUAZEIRO - BAHIA
FRANCISCO ASSIS FILHO1; JUSSARA DE S. OLIVEIRA1; XENUSA PEREIRA
NUNES1; XIRLEY PEREIRA NUNES1; MARCIA BENTO MOREIRA1; LUCIA
MARISY S. RIBEIRO DE OLIVEIRA1
1 Universidade
Federal do Vale do São Francisco
Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), planta
medicinal é uma espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos
terapêuticos. No Brasil há uma riqueza da flora com ampla utilização pela população,
a história do aproveitamento de plantas no tratamento de doenças apresenta
influências da cultura indígena, européia e africana. Em Juazeiro da Bahia a
vegetação predominante é a da Caatinga, este Bioma tem muitas espécies de plantas
nativas de valor medicinal. Algumas plantas medicinais também são encontradas nos
quintais ou próximo às casas, em hortas e comercializadas em empreendimentos
solidários e feiras livres auferindo renda para quem as comercializam. Objetivos:
Realizar um levantamento de como se prepara e comercializa os produtos advindos
das plantas medicinais,e sua importância na renda familiar e para a saúde da
população. Métodos: Trata-se de uma pesquisa social quali-quantitativa descritiva,
pois o investigador “observa, registra, analisa e correlaciona fatos e fenômenos
(variáveis) sem manipulá-los”. (CERVO; BERVIAN, 1996). Os instrumentos para coleta
de dados foram: entrevista semi-estruturada (perguntas abertas e fechadas),
fotografias, identificação taxonômica e anotações no diário de campo. A análise dos
dados colhidos em campo seguiu duas etapas, a primeira foi a transcrição das
entrevistas. E a segunda, com ajuda de um software de análise qualitativa, foram
tiradas categorias dos objetivos da pesquisa e reavaliadas de acordo com as
narrativas colhidas em campo. Resultados: Os empreendedores solidários afirmaram
ter adquirido o conhecimento sobre as plantas, como usá-las e seus fins terapêuticos
com familiares, por meio de informações obtidas por gerações passadas quanto ao
seu preparo que é feito de forma rudimentar; eles juntamente com sua clientela
acreditam nas potencialidades terapêuticas e curativas do que vendem muito embora
a renda obtida dessas vendas seja pequena focando-se atualmente em produtos com
maior apelo nutricional como o gengibre largamente usado em sucos entendidos
popularmente como “DETOX” por quem pratica academia. Conclusões: Fica evidente
que se deve fortalecer os empreendimentos ligados a este setor, proporcionando
diálogo dos saberes para a conservação e transmissão do conhecimento tradicional
aliado ao científico do uso dessas plantas medicinais, e se fazer investimentos em
pessoas e tecnologias apropriadas, fomentando o seu desenvolvimento, fixando o
homem em sua comunidade e tendo um maior controle da comercialização e uso
dessas plantas que interferem fortemente na saúde da população.
Palavras-chave: Plantas medicinais; saúde pública; economia solidária.
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE HEMAGLUTINANTE DA SEMENTE DE
Artocarpus heterophyllus
MARIA EMÍLIA BRITO DA SILVA1; JACILENE ALEXANDRE DE OLIVEIRA1;
WANESSA DA SILVA GOMES1; ROSÂNGELA ESTEVÃO ALVES FALCÃO1
1 Universidade
de Pernambuco
Introdução: Artocarpus heterophyllus da família das Moraceae, conhecida
popularmente como jaqueira é uma árvore de grande porte. Rica em nutrientes,
como as vitaminas A e C, suas folhas são usadas na medicina popular para
curar febre, furúnculo e algumas doenças de pele, utilizada também para
retardar a degeneração celular e no combater ao câncer. Estudos mostram que
suas sementes são ricas em lectinas, proteínas que tem grandes propriedades
biológicas, tais como, antimicrobiano e inibição de crescimento de células
tumorais. Objetivos: Identificação de atividade hemaglutinante e
hemaglutinante especifica da planta bem como o melhor pH de extração.
Métodos: Foram feitos extratos aquoso, com os tampões NaCl (pH= 7,0),
Fosfato (pH=8,0) e o citrato/fosfato (pH=5,6), para identificação de melhor pH
de extração da proteína. Os testes hemaglutinantes foram feitos em placas de
microtitulação com 96 poços, acrescidos de 50 µl NaCl em todos os poços e
logo em seguida, 50 µl do extrato, onde seguiu uma diluição seriada, descarte
de 50 µl no último poço, em seguida acrescido 50 µl de sangue glutarizado tipo
A humano. Foi feito o teste de dosagem de proteína, com kit BSA protein, para
dosagem de proteínas. Todos os testes foram feitos em triplicata. Resultados:
A média dos testes, feitos em triplicata, apresentaram os seguintes resultados:
tampões fosfato e citrato/fosfato obtiveram os mesmos valores de 13, 653 e
com NaCl obteve-se 2,048. Em AHE especifica os resultados obtidos foram
0.0670 mg/ml, onde a média da dosagem proteica é dividida pela média da
atividade hemaglutinante. Conclusões: Conclui-se que a semente de
Artocarpus heterophyllus possui atividade hemaglutinante, ou seja, capacidade
de aglutinar eritrócitos e consequentemente atividade proteica. Apresentando
uma melhor atividade em pH= 5,6.
Palavras-chave: Artocarpus heterophyllus; Hemaglutinante; Proteína.
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ATUAÇÃO ANTIMICROBIANADA CASCA DE Myracrodruon urundeuva Fr.
Allemão.
MARIA TAMIRES ALVES ESPINDOLA 1 ; MIGUEL REINO ARAUJO 1 ;
SAMMARA DRINNY DE SIQUEIRA CORREIA1; DANIEL DANTAS MOREIRA
GOMES2; ROSÂNGELA ESTEVÃO ALVES FALCÃO2
1
Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco – Campus Garanhuns/
PE
2 UPE, Garanhuns/PE
Introdução: A ciência tem avançado, e com pesquisas realizadas ao longo do
tempo tem-se desenvolvido medicamentos que auxiliam no combate as
enfermidades, entre elas as causados por microrganismos patógenos, contudo,
cada vez mais tais seres estão tornando-se resistentes afármacos, entre estes
as bactérias as quais desenvolveram mecanismos de invasão, agressão e
resistência ao hospedeiro humano tais como cápsula, fímbria, exotoxinas (por
Gram positivas e negativas) e endotoxinas (por Gram negativas). Mas a própria
natureza traz resultados em resposta às buscas por produtos com efeitos
antimicrobianos. A Myracrodruon urundeuva Fr. Allemão, cujo nome popular é
Aroeira tem demonstrado ação antimicrobiana para as bactérias
Enterococcusfaecalise e Psedomonas aeruginosa.Objetivos: Obter a inibição
do crescimento bacteriano com a utilização do extrato da casca da planta
Myracrodruon urundeuva Fr. Allemão. Métodos: Foi realizado a preparação de
meio de cultura sólido, Mueller Hinton Agar,e meio líquido Nutrient Broth. Cada
espécie de bactéria foi inserida em tubo de ensaio contendo o meio líquido,
onde seu crescimento é mais rápido, e colocado em estufamicrobiológica, em
seguida foram semeadas em placas de petri, onde foram acrescentados discos
contendo 10 µl do extrato diluído em 1ml de água para duas concentrações
diferentes:0,01g/ml e 0,05g/ml.A análise foi realizada a partir da formação de
halos. Resultados: Os testes demonstraram inibição de crescimento
bacteriano. A média dos halos para Enterococcus faecalis(Gram+) chegou a
18,3mm em concentração de 0,01g/ml e 8,3mm para 0,05g/ml, para
Psedomonas aeruginosa(Gram-)7mm em concentração de 0,05g/ml e não
houve formação de halos na concentração de 0,01g/ml. Conclusões: A
utilização dos extratos demostrou-se positiva em relação a determinados
microrganismos, o que vem a ser um fator positivo evidenciando que em fontes
naturais se pode encontrar componentes antimicrobianos, sendo de grande
serventia a pesquisas posteriores.
Palavras-chave: Extrato; Microrganismo; Ação antimicrobiana.
Apoio Financeiro: PROPEGE.
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AVALIAÇÃO ETNOFARMACOLÓGICA DO PERFIL HEMAGLUTINANTE DA
CASCA DO Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville
NABUÊR FRANCIELI DA SILVA1; GISELE NAYARA BEZERRA DA SILVA1;
MARIA THAYS DE LIMA FEITOSA1; KEILA APARECIDA MOREIRA2;
ROSÂNGELA ALVES ESTEVÃO FALCÃO3
1
Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco – Campus Garanhuns/
PE
2 UFRPE, Garanhuns/PE
3 UPE, Garanhuns/PE
Introdução: As proteínas constituem uma das macromoléculas mais
importantes e abundantes presentes nos seres vivos. Dentre os grupos dessas
biomoléculas destacam-se as lectinas, proteínas cuja ocorrência é
predominante principalmente em espécies vegetais. Estas proteínas ligam-se a
carboidratos de forma reversível e específica resultando em aglutinação celular,
estando relacionadas a diversas funções nos diferentes organismos. O
Stryphnodendron adstringens vulgarmente chamado de barbatimão, é uma
espécie comumente utilizada na medicina tradicional para diversas finalidades
terapêuticas como eficaz cicatrizante, anti-inflamatório, antimicrobiano e
analgésico. Essa planta é nativa do bioma Cerrado, e está inserida na família
Fabaceae. Objetivos: Objetivou-se a avaliação do potencial hemaglutinante e
a investigação da presença de lectina no extrato aquoso da casca da espécie
Stryphnodendron adstringens. Métodos: Foram preparados extratos brutos
aquosos a 10% em diferentes tampões, submetendo-os a valores distintos de
pH em cada tampão utilizado respectivamente: tampão acetato pHs 3,0; 3,5;
4,0; 4,5; 5,0 e tampão fosfato pHs 5,5; 6,0; 6,5; 7,0; 7,5; 8,0 e 8,5. Em seguida
analisou-se em ensaio de diluição serial a atividade hemaglutinante do extrato
em microplacas de titulação, utilizando-se eritrócitos humanos. Posteriormente
foi realizado a dosagem proteica para determinação da atividade
hemaglutinante específica (AHE) = atividade hemaglutinante (AH)/ proteínas
mg/ml. Resultados: A AHE mostrou resultados significativos para ambos os
tampões testados evidenciando, no entanto uma maior excelência de atividade
no tampão acetato pH 3,0 onde a AHE foi de 13048,86 UH/mg e pH 4,5 com
AHE de 13543,79 UH/mg, indicando a possibilidade de existência de lectina.
Conclusões: Os testes realizados resultaram em dados positivos frente à
biomolécula investigada, como a mesma possui inúmeras propriedades
biológicas, torna-se vasta a possibilita de sua utilização em diversas aplicações
terapêuticas.
Palavras-chave: Biomolécula; Lectina; Barbatimão.
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INVESTIGAÇÃO DO PH DE EXTRAÇÃO DE LECTINA EM FOLHAS DE
Persea americana
GISELE NAYARA B. DA SILVA1; JACILENE ALEXANDRE DE OLIVEIRA1;
MARIA THAYS DE L. FEITOSA 1 ; NABUÊR FRANCIELI DA SILVA 1 ;
ROSÂNGELA A. FALCÃO2
1 Ciências
Biológicas, Universidade de Pernambuco - Campus Garanhuns
de Pernambuco, Garanhuns/PE
2 Universidade
Introdução: O uso de plantas medicinais tornou-se comum devido à cultura
popular de algumas comunidades locais. A lectina uma proteína encontrada em
uma variedade de vegetais, tem afinidade por açucares presentes na superfície
dos eritrócitos. A mesma pode desempenhar inúmeras funções e sua
empregabilidade está associada em varias áreas. A Persea americana uma
planta da família Lauraceae conhecida popularmente como abacateiro tem seu
uso associado à medicina popular devido a sua ação terapêutica. Objetivos: O
presente trabalho teve por objetivo identificar o melhor pH de extração da
possível presença de lectina em extratos aquosos da planta em questão.
Métodos: Inicialmente os extratos aquosos foram preparados em diferentes
pHs. Do pH 3,0 ao 5,0 utilizou-se o tampão acetato, do pH 5,5 ao 8,5 utilizouse o tampão fosfato. Onde foram adicionadas aos respectivos tampões 10%
das folhas da planta triturada, logo após foram levados para agitação em
shaker por 6 horas. Em seguida, os extratos foram filtrados, centrifugados e
armazenados. A atividade hemaglutinante foi realizada em microplacas de
titulação, onde foram adicionados 50µl de NaCl, sendo feitas diluições seriadas
de 50µl do extrato aquoso, posteriormente foram adicionados 50µl de sangue
glutarizado. O mesmo ficou em repouso por 45 minutos para a realização da
leitura. Também foi realizada a dosagem de proteína com o kit para a detecção
de proteínas, para a identificação da Atividade Hemaglutinante Especifica AHE
(atividade hemaglutinante/ proteínas mg/ml). Resultados: Foi constatado que
entre os doze pHs testados os melhores resultados foram os seguintes pHs: pH
3,0 onde a AHE foi de 1,5UH/mg, pH 5,5 com 1,1UH/mg, pH 6,0 com 1UH/mg e
o pH 8,5 com 1,07UH/mg. Conclusões: Diante dos resultados obtidos através
dos testes torna-se imprescindível o estudo aprofundado das propriedades
terapêuticas da espécie abordada, bem como um detalhamento maior sobre a
possível presença de lectina na mesma.
Palavras-chave: Plantas medicinais; Lectina; Ação terapêutica.
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TRIAGEM BIOLÓGICA IN VITRO EM HÍBRIDOS DE ABACAXIZEIROS
JULIANA AZEVEDO DA PAIXÃO1, DANIELLE FIGUEREDO1; JÉSSICA LIMA1;
CLAYTON QUEIROZ1; JOSÉ FERNANDO NETO2; JUCENI PEREIRA DAVID2;
FERNANDA VIDGAL SOUZA3; EVERTON HILO DE SOUZA3; HUGO
BRANDÃO1
UEFS
UFBA
3 EMBRAPA
1
2
Introdução: Estudos fitoquímicos e ensaios biológicos são uma abordagem
complementar na indústria farmacêutica. O Brasil é detentor de fonte inestimável de
recursos naturais para obtenção de produtos farmacêuticos. A família Bromeliaceae
inclui 58 gêneros e 3.352 espécies, a mais conhecida é o Ananas comosus.
Comumente, algumas das plantas desta família são utilizadas para tratamento de
diversas afecções, além de existirem relatos da presença de metabólitos secundários.
Ensaios biológicos como o teste de toxicidade frente à Artemia salina, antioxidante e
anticolinesterásico podem ser considerados como indicadores confiáveis quanto às
atividades biológicas de extratos vegetais e substâncias puras. Objetivo: O presente
trabalho teve como objetivo avaliar o potencial citotóxico, antioxidante e
anticolinesterásico dos extratos metanólicos das folhas de híbridos de abacaxizeiros
ornamentais. Métodos: Folhas de 3 híbridos (HE, HF e HG) desenvolvidos na
Embrapa, foram secas, moídas, sendo os extratos elaborados por maceração e
concentrados em rota evaporador. A metodologia utilizada para avaliar a atividade
citotóxica foi o teste de letalidade frente à Artemia salina (500µg. mL-1); a atividade
antioxidante foi verificada através do sequestro do radical DPPH (500µg.mL-1) e a
atividade anticolinesterásica (1000µg.ml-1) foi verificada através da inibição da enzima
acetilcolinesterase (AChE). Resultados: Os extratos apresentaram potencial de
toxicidade frente à Artemia salina variando de 56,7% para HF e HG e 93,3% para o
HE. Com relação ao sequestro do radical livre (SRL) DPPH, todos os híbridos
apresentaram %SRL comparável ao controle positivo(BHT), que apresentou 100%
SRL. Já o teste frente à AChE, HG (69,78%) e HE (62,65%), apresentaram valores em
porcentagens próximos ao padrão Eserina (81,49%) nos 10 primeiros minutos. As
atividades decresceram nos 60 minutos de avaliação, apenas o HE apresentou
valores acima de 50% ao fim do teste. Conclusões: Os extratos possuem possíveis
substâncias bioativas com atividades biológicas, indicando a necessidade de
continuação dos testes, bem como isolamentos e caracterização das substâncias
presentes nos extratos.
Palavras-chave: Ananas comosus (L.) Merr.; Atividades biológicas.
Apoio Financeiro: FAPESB; CAPES; CNPQ.
AVALIAÇÃO DO EXTRATO BRUTO DE Limonium brasiliense SOBRE O
CICLO ESTRAL DE RATAS
ANDRESSA BLAINSKI1; TÂNIA MARA ANTONELLI-USHIROBIRA1; ENERI
VIEIRA DE SOUZA LEITE-MELLO2; JOÃO CARLOS PALAZZO DE MELLO1
1 Programa
de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
Departamento de Ciências Morfológicas, Universidade Estadual de Maringá,
Maringá, PR, Brazil
2
Introdução: Entre as plantas da biodiversidade brasileira o Limonium
brasiliense destaca-se na região sul do Brasil como normalizador dos períodos
menstruais. No entanto, poucos estudos relacionados ao seu uso tradicional
são encontrados. Objetivos: Caracterizar o efeito do extrato bruto (EB) dos
rizomas de L. brasiliense sobre o ciclo estral de ratas. Métodos: Ratas Wistar
imaturas receberam por 14 dias, p.o., EB de L. brasiliense nas doses de 400,
800 ou 1200 mg/kg, água (CN), ou estradiol (400 µg/kg; CP). Realizou-se
avaliação ponderal e avaliação da abertura do canal vaginal e citologia da
secreção vaginal para determinação da fase estral. Ao término do tratamento
os animais foram eutanasiados, o útero retirado e pesado para avaliação
uterotrópica e encaminhado com os ovários e vagina para análise histológica.
Resultados: Os animais tratados com as maiores doses apresentaram menor
peso médio que os grupos controles ao final do tratamento. A avaliação
estatística da abertura do canal vaginal demonstrou a maturação sexual
acelerada no grupo CP e tendência em diminuir a idade de abertura do canal
vaginal no grupo 1200 mg/kg. O ensaio uterotrópico demonstrou uma
tendência na diminuição do peso relativo do útero nos grupos tratados com as
maiores doses. As ratas do grupo CN mantiveram o ciclo estral normal, do
grupo CP mantiveram-se na fase estro e as tratadas com EB apresentaram
ciclo estral anormal, com predominância nas fases metaestro e diestro. Análise
histológica dos tecidos das ratas do grupo CN não apresentaram diferenças
nas estruturas morfológicas. O grupo CP apresentou-se semelhante ao grupo
CN na fase estro, e as ratas testadas com EB apresentaram estruturas
histológicas semelhantes entre si, equivalentes às observadas nas ratas CN
nas fases metaestro e diestro. Conclusões: O EB de L. brasiliense mostrou
ação sobre o sistema reprodutor feminino, confirmando o uso popular como
regulador hormonal e para tensão pré-menstrual.
Palavras-chave: Limonium brasiliense; Atividade hormonal; Ciclo estral.
Apoio financeiro: CAPES; CNPq; INCT_if; FINEP; Fundação Araucária.
INVESTIGAÇÃO ETNOFARMACOLÓGICA DO PH DE EXTRAÇÃO DE
LECTINAS DO EXTRATO AQUOSO DA CASCA DE Anacardium
occidentale
MIGUEL REINO ARAÚJO¹; MARIA EMÍLIA BRITO DA SILVA1; PATRÍCIA
LINS AZEVEDO DO NASCIMENTO2; ROSÂNGELA ESTEVÃO ALVES
FALCÃO1
¹ Universidade de Pernambuco
2 ASCES
Introdução: As lectinas são proteínas que apresentam pelo menos um sítio
de ligação não catalítico, pelo qual se ligam de forma reversível e
específica a carboidratos, sendo este sítio denominado lectínico, estão
presentes em várias formas de vida, no entanto encontram-se mais
abundantes nos organismos vegetais; são importantes em vários
processos biológicos, como infecções bacterianas, virais, possui
propriedade antifúngica e são utilizados em tipagem sanguínea. O
Anacardium occidentale conhecido popularmente como cajueiro, é uma
árvore da família Anacardiaceae originária do Nordeste brasileiro. Muito
utilizada na medicina local como anti-hemarrágico e anti-inflamatório.
Objetivos: Identificar o pH de extração das lectinas presentes no extrato
aquoso de Anacardium occidentale. Métodos: Foram preparados extratos
brutos aquosos a 10% nos tampões Acetato pH 3,0 a 5,0 e Fosfato ph 5,5 a
8,5 . Em seguida analisou-se em ensaio de diluição serial a atividade
hemaglutinante do extrato de microplacas de titulação, utilizando-se
eritrócitos humanos. Seguindo a dosagem proteica para determinação da
atividade hemaglutinante específica (AHE) = atividade hemaglutinante (AH)
/ proteínas mg/ml. Resultados: Através dos testes realizados, observou-se
que a proteína em questão demonstrou a maior atividade foi no acetato ph
4,0, onde obteve uma AHE de 17,37 UH/mg. Conclusões: De acordo com
os resultados obtidos notou-se a importância do estudo de espécimes
nativos que contribuem para a farmacologia na produção de novos
fármacos.
Palavras-chave: Lectinas; Hemaglutinante; Farmacologia.
!
EXTRATOS DE Byrsonima duckeana NEUTRALIZAM RADICAIS LIVRES
IMPLICADOS NA RESPOSTA INFLAMATÓRIA
MARCOS HENRIQUE GURGEL RODRIGUES1; GABRIEL OLIVEIRA DE
SOUZA 1 ; TALLITA MARQUES MACHADO 1 ; LEONARDO DOMINGO
ROSALES ACHO 1 ; EMERSON SILVA LIMA 1 ; FERNANDA GUILHONSIMPLICIO1
1 Faculdade
de Ciências Farmacêuticas – Universidade Federal do Amazonas
Introdução: Relatamos anteriormente a atividade anti-hiperalgésica e antiinflamatória do extrato etanólico das folhas de Byrsonima duckeana
(Malpighiaceae), a qual está intimamente relacionada com sua atividade
antioxidante. Contudo, o potencial farmacológico dos galhos ainda não era
conhecido. Objetivos: Avaliar a atividade antioxidante e o teor de fenóis e
flavonoides totais dos galhos de B. duckeana, investigando preliminarmente
seu potencial farmacológico. Métodos: Os extratos aquoso e etanólico obtidos
por maceração a 20 % foram avaliados nos ensaios do DPPH e Superóxido,
usando ácido gálico como padrão. Os fenóis e flavonoides totais foram
calculados em função de ácido gálico e quercetina, respectivamente, por
espectrofotometria. Resultados: DPPH (CI50 ± s µg/Ml): Extrato aquoso: 9,86
± 0,151; Extrato etanólico: 13,24± 1,232; Ácido gálico: 3,25 ± 0,25. Superóxido
(CI50 ± s µg/Ml): Extrato aquoso: 51,84 ± 0,367; Extrato etanólico: 32,4 ±
0,707; Ácido gálico: 16,90 ± 0,85. Fenois (%): Extrato aquoso: 35,23 ± 0,505;
Extrato etanólico: 30,79 ± 0,749. Flavonoides (%): Extrato aquoso: 3,23 ±
0,490; Extrato etanólico: 4,83 ± 0,592. Os resultados dos ensaios de atividade
antioxidante estão diretamente relacionados à quantidade de fenóis e
flavonoides totais em cada extrato, o que está de acordo com a literatura.
Sabe-se que a estrutura dos compostos fenólicos, em especial os flavonoides,
extraíveis por solventes de alta polaridade, favorecem a doação de elétrons a
espécies oxidadas. O radical superóxido é a primeira espécie reativa de
oxigênio formada durante a inflamação, e responsável pela manutenção e
agravamento da mesma. Conclusões: Os extratos apresentaram boa atividade
antioxidante em relação ao ácido gálico, sendo o extrato etanólico o mais
potente. Tal fato sugere possível potencial terapêutico em doenças
relacionadas ao estresse oxidativo. Sendo assim, sugere-se que o extrato
etanólico dos galhos de B. duckeana seja investigado quanto as suas
propriedades anti-inflamatória e anti-hiperalgésica, como é feito com as folhas.
Palavras-chave: Byrsonima duckeana; atividade antioxidante, inflamação.
Apoio Financeiro: FAPEAM.
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CITOTOXICIDADE DE Aspidosperma nitidum Benth. SOBRE CÉLULAS
HUMANAS E MURINAS
TALLITA MARQUES MACHADO 1 ; CARLOS KLINGER RODRIGUES
SERRÃO¹; LEILANE BENTES DE SOUSA1; MARNE CARVALHO DE
VASCONCELLOS1; MARIA DE MENESES PEREIRA¹; FERNANDA GUILHONSIMPLICIO1
1 Universidade
Federal do Amazonas.
Introdução: No Amazonas, Aspidosperma nitidum (Apocynaceae) é
amplamente utilizada como antimalárica. Alguns estudos indicaram que é uma
espécie rica em alcaloides e já comprovaram sua citotoxicidade contra
Plasmodium spp., mas não contra células murinas e humanas normais ou
neoplásicas. Objetivos: Avaliar a citotoxicidade de A. nitidum sobre
fibroblastos humanos, eritrócitos murinos e células neoplásicas. Métodos: O
extrato etanólico (EEAN) foi obtido por maceração em ultrassom e então
particionado com diclorometano em pH 4 (PDCM1), 7 (PDCM2) e 10
(PDCM3), visando a obtenção de frações ricas em alcaloides. A capacidade
hemolítica foi avaliada por espectrofotometria a 450 nm, após incubação de
sete concentrações entre 31,25 a 1000 µg/mL das amostras com concentrado
de eritrócitos murinos. A toxicidade sobre células humanas foi avaliada pelo
método do Alamar blue® com a linhagem normal MRC5 (fibroblasto) e a
linhagem neoplásica APC02 (adenocarcinoma gástrico), tratadas por 72 horas
com sete concentrações entre 6,25 a 150 µg/mL das amostras. Resultados:
No teste de hemólise, EEAN, PDCM1, PDCM2 e PDCM3 apresentaram CE50
(µg/mL) de 259,0 ± 11,09, 354,9 ± 9,50, 111,7 ± 10,78 e 210,6 ± 9,89,
respectivamente. Segundo a literatura, somente a PDCM2 pode ser
considerada hemolítica, por apresentar CE50 menor que 200 µg/mL. Todas as
amostras apresentaram letalidade inferior a 50 % com a máxima concentração
testada (150 µg/mL) frente a todas as linhagens celulares usadas no teste do
Alamar blue®, portanto, a CI50 (µg/mL) não pode ser calculada. Conclusões:
As amostras não causaram danos significativos a células murinas e humanas
normais ou tumorais. Somente PDCM2 apresentou atividade hemolítica, mas
em dose elevada. Esses dados sugerem alguma segurança para o uso
popular da espécie e estudos in vivo, embora mais avaliações de toxicidade
sejam necessárias. Por ser rica em alcaloides, substâncias isoladas dessa
espécie podem ser novamente testadas contra células neoplásicas, para
melhor investigação do seu potencial anticâncer.
Palavras-chave: Citotoxicidade; Hemólise; Aspidosperma nitidum.
Apoio Financeiro: FAPEAM.
PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA, TEOR DE FLAVONOIDES E FENÓIS E
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Eugenia punicifolia (Kunth)
MAÍRA SOARES BIVÁQUA DE ARAÚJO1; CAMILA VERLY DE MIRANDA
SABINO 1 ; GABRIEL OLIVEIRA DE SOUZA 1 ; FERNANDA GUILHON
SIMPLICIO1; DENISE MORAIS LOPES GALENO2
1 Universidade
2 Universidade
Federal do Amazonas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Federal do Amazonas, Instituto de Ciências Biológicas
Introdução: Espécies de Myrtaceae são encontradas no Brasil, onde
compõem uma das maiores famílias botânicas. A espécie E. punicifolia é
conhecida como "pedra-ume-caá” e usada popularmente para tratar distúrbios
hiperglicêmicos e inflamatórios. Estudos indicam propriedade medicinal, porém
pouco se conhece da composição química e potencial farmacológico da
espécie. Objetivos: Determinar as classes de metabólitos secundários em E.
punicifolia, quantificar fenóis e flavonoides totais e avaliar a capacidade
antioxidante. Metodologia: Foi obtido um extrato hidroetanólico a 50%, no qual
foi investigada a presença de heterosídeos cianogenéticos, saponinas;
alcaloides, antraquinonas, cumarinas; taninos condensados, taninos
hidrolisáveis, antocianinas, chalconas, flavonas, flavononois; catequinas e
flavononas. Foi obtido também um extrato aquoso a 20%, cujo teor de
flavonoides e fenóis foi calculado em função dos padrões ácido gálico e
quercetina, respectivamente, após análise espectrofotométrica, e a atividade
antioxidante por meio do ensaio do DPPH. Resultados: Os testes realizados
apresentaram resultados negativos para alcaloides, antraquinonas, cumarinas,
taninos condensados, antocianinas, chalconas e resultado positivo para
heterosídeos cianogenéticos, saponinas, taninos hidrolisáveis, flavonas,
flavononois, catequinas e flavononas. O extrato aquoso apresentou teor de
fenóis e flavonoides de 39,55 ± 3,97 mg equivalentes de ácido gálico e 10,71 ±
0,42 mg a quercetina, respectivamente. No ensaio do DPPH, a amostra
apresentou IC50 de 8,13 ± 0,35 µg/mL, frente a 3,4 ± 0,1 µg/mL apresentada
pelo padrão de ácido gálico, usado no teste. Conclusões: Os experimentos
apresentaram ótima atividade antioxidante em relação aos padrões e coerência
pela presença de flavonas, flavononois, catequinas e flavononas. Por fim, estes
resultados sugerem atividades terapêuticas interessantes, visto que
capacidade antioxidante está relacionada com efeitos anti-inflamatórios,
hipoglicemiantes, hipopemiantes e hipotensores.
Palavras chaves: Eugenia punicifolia; Antioxidante; Metabólitos secundários.
Apoio financeiro: FAPEAM.
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RESGATE DO USO POPULAR DE PLANTAS MEDICINAIS NA REGIÃO DA
BACIA DO PARANÁ III
ANGELA AVI1; JONES GAY1; MERIELI ZANICOSKI DE ARAUJO1; RAFAEL
RYOSUKE OHI1; SAMIRA KASSANICH BONN1; DIRCELEI SPONCHIADO1;
BETTINA MONIKA RUPPELT1,2
1 Universidade
2 Universidade
Federal do Paraná
Federal Fluminense
Introdução: Na região oeste do Paraná a tradição do uso de plantas como
recurso terapêutico era praticada pela nação indígena Avá-Guarani, bem como
pelos colonizadores europeus e nordestinos que emigraram durante a
construção da hidrelétrica de Itaipu. O resgate do conhecimento popular das
plantas medicinais nativas e exóticas iniciou há mais de três décadas através
dos trabalhos populares de base realizados pelas igrejas e pelas
universidades. Objetivos: Verificar se as principais indicações de uso das
plantas medicinais utilizadas tradicionalmente em oito municípios da Bacia do
Paraná III se correlacionam com as principais doenças ou sintomas que
acometem esta população. Métodos: Foram realizadas 530 entrevistas nos
municípios de Altônia, Guaíra, Marechal Cândido Rondon, Maripá, Mercedes,
Mundo Novo, Nova Santa Rosa e Terra Roxa no Paraná e Mundo Novo no
Matogrosso do Sul. O número de entrevistados foi baseado na população
urbana e rural de cada município. As entrevistas foram realizadas
aleatoriamente. Resultados: As doenças que mais acometem os entrevistados
são a gripe (197), a hipertensão (97) e a dor de cabeça (92); 87% utilizam as
plantas medicinais para tratar ou prevenir doenças. As doenças comumente
tratadas com plantas medicinais foram: ansiedade (338), gripe (321); gastrite e
úlcera (313). As plantas mais citadas foram erva-cidreira, boldo e camomila. A
origem do conhecimento sobre as plantas medicinais se deve a tradição
familiar (336), a indicação de vizinhos (122) e a pastoral (69). Conclusões:
Embora a gripe, a hipertensão e a dor de cabeça sejam as doenças e sintomas
mais citados pelos entrevistados, apenas a gripe é mais comumente tratada
com plantas medicinais, não havendo correlação entre as doenças mais
comuns e as doenças comumente tratadas com plantas medicinais pela
população destes municípios.
Palavras-chave: Etnofarmacologia; Bacia do Paraná IIIl; Plantas medicinais.
Apoio Financeiro: UFPR.
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