Mecanismos e Dinâmica das Máquinas Capítulo 5 Cinemática de corpos rígidos 3.1 Movimento Linear de um ponto Velocidade: Pela figura: S R R Define-se velocidade: S R R VP lim lim t 0 t t 0 t t dR VP R dt dR é a taxa de variação do raio R com relação ao tempo dt d é a velocidade angular instantânea dt Se o raio for constante, então VP R VP R Direção tangente a trajetória no ponto P e com o mesmo sentido do deslocamento do ponto P. Aceleração: É a taxa de variação instantânea da velocidade com o tempo. As velocidades nos pontos P e P´ podem ser representados pelo polígono. n t V P VP VP VP sen Vp n n VP n d AP lim VP t 0 t dt n dR AP VP R dt n dR AP VP R dt t VP ´VP dVP t AP lim t 0 dt t t d dR AP R dt dt t d dR d 2 R AP R dt dt dt 2 n t AP AP AP Se o raio for constante, então: n AP R , t d AP R, dt n AP 2 R t AP R Observação: A direção da aceleração normal é perpendicular a trajetória e o seu sentido é em direção ao centro de curvatura C da trajetória. A direção da aceleração tangencial é tangente a trajetória é o de variar a velocidade. 3.2 Movimento angular Uma partícula infinitamente pequena tem somente movimento linear. O movimento angular é caracterizado como o movimento de uma linha de um corpo. Na análise de máquinas, o movimento angular de uma peça é determinado pelo movimento angular de uma reta fixa a essa peça. 3.3 Movimento relativo VP / Q VP VQ VQ / P VQ VP 3.4 Análise da velocidade e aceleração por cálculo vetorial VP V0 V R V P é a velocidade de P em relação a XYZ V0 é a velocidade da origem xyz em relação a XYZ V é a velocidade de P em relação a xyz é a velocidade angular do sistema xyz em relação a XYZ R é o vetor posição de P em relação a xyz AP A0 A 2 V R R AP é a aceleração de P em relação a XYZ A0 é a aceleração da origem xyz em relação a XYZ A é a aceleração de P em relação a xyz 3.5 Determinação gráfica de velocidades em mecanismos Utiliza-se das equações do movimento relativo; Cálculo com rapidez, com pouco equacionamento. VP / Q VP VQ VP VP / Q VQ V P : Módulo desconhecido e direção conhecida; VP / Q : Módulo desconhecido e direção conhecida; VQ : Módulo e direção conhecidos. A) Velocidade relativa em partículas de uma peça comum: A partícula Q da figura pode ter uma velocidade absoluta VQ e o corpo com uma velocidade de rotação . Se a observação do movimento for em relação ao ponto Q, então Q estará em repouso e o corpo poderá ter movimento de rotação em torno de Q. Uma partícula do corpo, tal como P da figura, pode mover-se em trajetória circunferencial em torno de Q. A velocidade VP / Q tem direção perpendicular a PQ e sentido conforme . VP / Q PQ VP / Q e VQ / P possuem módulos iguais, mas sentidos opostos. Exercícios: 1) Calcule VC onde 2 15 rad/s no sentido anti-horário. O2 B 2,5in BC 8in 2) Considere o mecanismo da figura. A velocidade angular da manivela acionadora é 2 20 rad/s no sentido horário e as velocidades dos pontos D, C e P devem ser calculadas. O2 B 6in BC 15in BC 9in B) Velocidade relativa de partículas coincidentes em peças separadas: P3 pertence a peça 3 Q2 pertence a peça 2 Não há velocidade relativa na direção normal V P 3 / Q 2 na direção tangencial Neste caso há uma limitação do movimento relativo guiando o ponto P através de uma trajetória predeterminada. A partícula P3 não pode deslocar-se em relação a Q2 na direção normal n-n, mas permite o movimento relativo entre esses pontos na direção t-t. portanto V P 3 / Q 2 somente poderá estar na direção tangente à guia. Exercícios: Uma came de disco gira no sentido anti-horário a uma velocidade angular constante 2 10 rad/s. Usam-se molas (não mostradas) para manter o contato dos seguidores com a came. Para a fase mostrada, determine VA4 do ponto A4 do seguidor oscilante e VB5 do seguidor de ponta. C) Velocidade relativa de partículas coincidentes no ponto de contato de elementos rodantes: Para não haver deslizamento VP3 / P 2 0 . Exercícios: No mecanismo, a engrenagem 2 gira em torno de O2 com velocidade angular constante 2 10 rad/s e a engrenagem 3 rola sobre a engrenagem 2. Determine as imagens de velocidades das peças 2 e 3. O2 A 50 mm AB 100 mm O4 B 200 mm 3.6 Determinação gráfica de acelerações em mecanismos AB AA AB / A A AN AT AN V2 R 2 R A T R A A A N 2 T 2 A) Aceleração linear: O2 B 100 mm BC 200 mm 2 3 rad/s AC=? B) Aceleração angular e imagem da aceleração: AT C / B BC Exercícios: O2 A 102 mm AB 203 mm AC 102 mm CB 152 mm 2 30 rad/s 2 240 rad/s2 AB, AC =? C) Aceleração relativa de partículas de peças separadas, componente de Coriolis da acelaração: a) Deslizamento relativo entre duas peças; b) Deve-se analisar a velocidade e aceleração de dois pontos coincidentes, cada ponto em peças separadas. Exercícios: Determine AA4 do ponto A4 da peça 4 para a fase mostrada na figura, onde 2 é constante.