A editora Perspectiva e a Livraria da Vila convidam para o lançamento do livro p s i ca nál is roda s da esc Apresentação: Dominique Fingermann, psicanalista (Forum do Campo Lacaniano de São Paulo) Roberto Zular, (Departamento de Teoria Literário da USP) quarta-feira, 25 de junho de 2014 das 18h30 às 21h30 apresentação: auditório, às 20h30 W ill em á r i art rit u r a a ed a l e it u ra Ph l o r ia ite r as te e de Philippe Willemart e e o t e m p o l ó gic o PSICANÁLISE E TEORIA LITERÁRIA p li ip e Livraria da Vila – Pinheiros rua Fradique Coutinho, 915 tel.: (11) 3096 4494 N este ensaio, Philippe Willemart sentiu necessidade de voltar à roda para esclarecer as engrenagens que reúnem o escritor, o scriptor, o narrador, o re-leitor e o autor, na construção sempre instável da obra literária. Sua dinâmica interna se empenhava, desde o início de sua obra, na descrição de uma engenharia pulsional que tornaria possível a transmissão e a multiplicação das forças da escritura por meio dos manuscritos. Era, portanto, lógico que a riquíssima figura da roda – símbolo, entre outros, da vida, da morte e do tempo – viesse a constituir a máquina que permite construir uma teoria da criação literária e, mais amplamente, da criação artística, nos impedindo de cair, por sua dinâmica própria, nos mitos do nascimento epifânico do sujeito ou de sua morte definitiva. Este livro assinala provavelmente uma virada maior na obra de Willemart porque radicaliza a noção de “texto móvel”, cujas disposições e variações nele inscritas, e que dele se desprendem, não cessam de se mover. O texto móvel se revela, assim, junto com o objeto complexo que é o manuscrito literário, na medida em que este último, sempre instável, sem origem absoluta determinada, chama o grão de gozo do escritor, levando-o em seu trajeto não linear da escritura a se tornar autor. Por isso, o ensaio constitui um ponto de chegada do enodamento entre literatura, psicanálise e recursos a certos conceitos da física quântica e das ciências cognitivas, por um lado, e anuncia, por outro, uma abertura da qual fazemos questão de situar as coordenadas, sem cair na certeza positivista. Destinado fundamentalmente a universitários e pesquisadores em ciências humanas, o ensaio interessará especialmente aos críticos literários, aos psicanalistas e aos cognitivistas preocupados com o conhecimento dos mecanismos do pensamento visíveis na escritura se fazendo. Michel Peterson Philippe Willemart Professor titular em literatura francesa na Universidade de São Paulo e coordenador científico do Laboratório do Manuscrito Literário (LML) e do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Crítica Genética (NAPCG) da Universidade de São Paulo, tem formação literária e psicanalítica. Em 1985, participou da fundação da Associação dos Pesquisadores em Crítica Genética (APCG), que edita a revista Manuscrítica desde 1990. Do cruzamento da teoria psicanalítica, da crítica literária e dos estudos da gênese em Flaubert, Proust e Bauchau surgiu uma teoria da escritura e da criação literária, desenvolvida aos poucos na sua obra, editada no Brasil, no Canadá e na França (L´Harmattan). Pela Perspectiva, publicou Crítica Genética e Psicanálise (2005) e Os Processos de Criação na Escritura, na Arte e na Psicanálise (2009).