Boas práticas de higiene no beneficiamento de frutas Série Fruticultura - n.1 Belém - PA 2004 GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA ESPECIAL DE PRODUÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE DIRETORIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA BOAS PRÁTICAS DE HIGIENE NO BENEFICIAMENTO DE FRUTAS BELÉM-PA 2004 c 2004 by SECTAM ALMIR JOSÉ DE OLIVEIRA GABRIEL Governo do Estado do Pará SIMÃO ROBINSON OLIVEIRA JATENE Secretaria Especial de Estado de Produção EMANUEL ARESTI SANTANA GONSALVES MATOS Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente PROGRAMA PARAENSE DE TECNOLOGIAS APROPRIADAS PPTA Coordenação:: Claudio Cavalcanti Ribeiro Equipe Técnica André Fonseca Aluizio Diniz Eduardo Figueiredo Alves Francilia Da Silva Campos Francimery Alcântara Da Silva Leonardo Brun Toledo Luiz Alberto Ramos Pereira Filho Editoração e arte da capa:: Vitor Tindade Lôbo Ilustrações:: Orlando Simões Júnior Normalização bibliográfica: Ana Margarida Vianna Rodrigues Mara Georgete de C. Raiol Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação. (Biblioteca da SECTAM, Belém, Pará) Pará. Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Programa Paraense de Tecnologias Apropriadas. As boas práticas de higiene no beneficiamento de frutas/ SECTAM.PPTA. --Belém, 2002. 21p. : il. -- (Série Fruticultura; n.1) 1. Fruticultura-Beneficiamento. I. Programa Paraense de Tecnologias Apropriadas. II. Título. III. Série. CDD-634 Tv. Lomas Valentinas, 2717 - Marco. Belém - Pará - Brasil. CEP 66095-770 Telefones: (91) 276-5982, 276-5100 R-234. Fax: (91) 276-1909 E-mail:[email protected] Http://www.sectam.pa.gov.br/ IMEN T OS AGRADEC Agradecemos a SAGRI e a EMATER pelo apoio dado ao Programa Paraense de Tecnologias Apropriadas-PPTA no desenvolvimento deste trabalho. IO SUMÁR APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO ASPECTO NUTRITIVO ALTERAÇÕES DOS ALIMENTOS Perigo microbiológico Perigo químico Perigo físico HIGIENIZAÇÃO Higiene dos equipamentos e utensílios Higiene pessoal Higiene da matéria-prima BIBLIOGRAFIA 07 09 11 11 11 13 13 15 15 16 19 21 TAÇÃO APRESEN Prezado Produtor, A Secretaria Especial de Estado de Produção através da Secretaria Executiva de Ciência Tecnologia e Meio Ambiente SECTAM com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico CNPq, tem a satisfação de lançar esta publicação que tem por finalidade promover a redução da distancia existente entre o setor que produz e aquele que desenvolve o conhecimento científico e tecnológico e é um produto do Programa Paraense de Tecnologias Apropriadas, PPTA. O PPTA é um dos componentes de uma estratégia maior que o Governo Almir Gabriel vem implementando ao longo desses sete anos que é verticalizar cada vez mais a produção dentro do Estado, rompendo com o modelo extrativista que nos foi imposto ao longo de todos estes séculos, a partir de uma perspectiva de sustentabilidade. O Programa teve início em 10/2000, e atua em cinco setores produtivos selecionados a partir de critérios definidos pelo Governo do Estado e seus parceiros, tendo como ponta de lança os setores de Movelaria, Fruticultura, Oleiro-Cerâmico, Floricultura e Joalheiro, contando ainda com o apoio de um Setor de Informações e um Setor Social. Aproveitamos para agradecer, em primeiro lugar ao Governador Dr. Almir Gabriel pela sua visão de desenvolvimento sustentável sem a qual jamais daríamos a partida para a realização deste Programa, ao Dr. Simão Jatene pela sua coordenação geral na área da Produção, ao Deputado Federal e Secretário Especial de Promoção Social Dr. Nilson Pinto de Oliveira, que iniciou, na sua gestão na SECTAM, e depois na Câmara Federal todo o processo para a realização do Programa junto ao CNPq, ao Ministro de Ciência e Tecnologia Dr Ronaldo Saidemberg e ao Dr. Evandro Mirra, exPresidente do CNPq, pela parceria e sensibilidade em relação as demandas por nós apresentadas e a todos os nossos parceiros no Estado e da Sociedade Civil, que nos ajudaram a chegar aos resultados que ora apresentamos através desta publicação. Prof. Emanuel Matos, Secretário Executivo de Ciência Tecnologia e Meio Ambiente. 7 ÇÃO U D O R IN T O sucesso de uma conserva está associado a vários fatores, como tipo de fruta empregado e processamento adequado, visando conseguir durabilidade, sabor ideal e principalmente, evitar os riscos de doenças perigosas e fatais, conseqüência da ingestão de microorganismos prejudiciais a saúde humana, bem como garantir sua disponibilidade durante todo ano, desde que se aplique rigorosamente todas as técnicas de conservação. Essa cartilha visa dar suporte à criação de micro e pequenas empresas de processamento de frutas, auxiliando assim, na promoção do desenvolvimento local, e a fixação do homem no campo, com a conseqüente melhoria da qualidade de vida das pessoas residentes nas comunidades alvo do programa. 9 OS ASPECT NUTRITI VOS Os alimentos possuem a finalidade de fornecer ao corpo humano energia e ao mesmo tempo regular o funcionamento dos órgãos. As frutas caracterizam-se como fonte de vitaminas e sais minerais. S TO N D O S E E S ALIM Õ ALTERAÇ As principais situações de perigo que enfrentamos são: Perigo microbiológico Os microorganismos estão presentes na natureza, mas são tão pequenos, que só podemos enxergá-los com microscópio. Alguns microorganismos podem causar infecção ou intoxicação e provocar alterações nas características dos alimentos, como: sabor, cor, textura, etc. 11 A multiplicação microbiana pode ser muito rápida, dependendo da temperatura em que o alimento se encontra. Os microorganismos se multiplicam rápidamente em temperaturas que variam, entre 15ºC e 50ºC, podendo causar doenças e estragar os alimentos. ! Fontes de contaminação de microorganismos: Homem: mão, cabelo, boca, nariz, etc Animais: cachorro, gato, galinha, rato, pássaro e Inseto. Matéria-prima: água, fruta, açúcar, etc. Ar e terra. 12 Perigo químico É toda e qualquer substância tóxica que adicionada ao alimento venha a contaminá-lo. Os contaminantes podem vir através da matéria-prima (antibióticos, agrotóxicos, inseticidas, etc.), ou por descuido do manipulador. Podem chegar também através das sobras de desinfetantes nos equipamentos e utensílios (enxágüe mal feito). Perigo físico Nota-se alterações físicas nos alimentos quando ocorrem mudanças na cor, aroma e sabor, motivado pela exposição à luz, umidade e calor. Além dessas causas, podem ocorrer contaminações por vidro, plástico, papel, pedaços de metal, etc. que podem estar presentes nas matérias-primas. 13 Pedaços de metal podem se soltar dos equipamentos, e pedaços de vidro podem cair de lâmpadas ou objetos quebrados. ! E o que pode acontecer com as pessoas que comem alimentos contaminados, com perigos microbiológicos, físicos e químicos? Podem se machucar... Ficar doentes... Ou até morrer. 14 ZA HIGIENI ÇÃO Os microorganismos chegam aos alimentos principalmente pela falta de higiene. Higiene dos equipamentos e utensilios Também chegam aos alimentos pela falta de higiene nos equipamentos e utensilios e por falta do cuidado na produção. 15 Devem ser submetidos a higienização antes e após o trabalho. Os utensílios como panelas, objetos de metal, vidro, etc., devem ser fervidos em água por 20 minutos e colocados para secar sob um pano seco e limpo, virados para baixo. Higiene pessoal Micróbios muito perigosos, de vários tipos, são passados das pessoas para os alimentos, quando não temos boa higiene. As mãos devem ser lavadas com sabão e as unhas esfregadas com escova. 16 ! Lavar as mãos antes e após: 17 Lavar bem os cabelos, pois o couro cabeludo contém bactérias que prejudicam a saúde. Todos os ferimentos devem ser devidamente cobertos. 18 Não usar brincos, cordões, pulseiras, anéis, unhas com esmalte, etc. Proibido fumar na hora do trabalho. Higiene da matéria-prima Usar matéria-prima (fruta, água, açúcar, etc.) de boa qualidade. Lavar os frutos (cascas), com água corrente e sanitizar com água clorada (10 gotas de água sanitária para 1 L de água). 19 RAFIA BIBLIOG GAVA, Altanir Jaime. Princípios de tecnologia de alimentos. 6.ed. São Paulo: Nobel, 1994. 284p. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL DEPARTAMENTO NACIONAL. Elementos de apoio para o sistema APPCC. Brasília: CNI/SENAI/SEBRAE, 1999. 371p. (Qualidade e Segurança Alimentar) 21