Uma abordagem simples

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UMA ABORDAGEM SIMPLES,
UM TRATAMENTO BIOLÓGICO.
CELSO BATTELLO
OFERECIMENTOS
Ofereço esta pequena obra aos meninos de rua deste Brasil e
também aos meus filhos Marcella Helena e Caio Márcio, que pelo
fato de amá-los muito me torna bastante desejoso de expandir este
sentimento à outras pessoas, procurando de alguma forma,
contribuir para a saúde e bem – estar do meu semelhante.
Celso Fernandes Batello
Índice
Prólogo
Coração: uma bomba
Circulação Sangüínea
Batimentos Cardíacos
Vasos sangüíneos
Pressão na Grande e Pequena Circulação
Circulação da Linfa
Hipotensão Arterial
Pressão Alta = Hipertensão Arterial
Pressão Baixa = Hipotensão Arterial
Pressão Arterial Normal. O que é?
Aparelho de Pressão e Estetoscópio
O sexo e as variações da Pressão
Os Diferentes Povos e suas Pressões Arteriais
Os Biotipos
Variações da Pressão Arterial (PA) com as horas do dia
O Stress
Cuidado
Hipertensão Arterial Essencial
Sintomas da Hipertensão Arterial
Sintomas da Hipotensão Arterial
Automedicação
Reguladores da Pressão Arterial
O que faz o coração?
Prejuízos da Hipertensão
Esclerose Secundária das Artérias
Os Rins: Seu Papel na Pressão Arterial
O sal: O Grande Vilão
Tratamento da Hipertensão Arterial
Tratamento de Hipotensão Arterial
Alimentação
Instintos Básicos da Vida
O Vinho e o Uísque são Realmente Bons?
O Fumo
A Luz da Medicina Chinesa
Repensando o Coração
Conclusão
Bibliografia
Índice Remissivo
06
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52
“Uma infinitude de terras, jamais será verdadeiramente uma nação, se não souber
respeitar e amar suas crianças e seus velhos.”
Celso Batello
Prólogo
Este livro destina-se às pessoas que não possuem uma cultura
médica que possibilite entender pressão arterial, bem como os mecanismos que a tornam
elevada (pressão alta) ou diminuída ( pressão baixa).
Portanto, esta obra não pode ser considerada alguma coisa
técnica.
Muito pelo contrário, procuramos dentro do possível não usar
termos médicos, que tanto dificultam a compreensão dos assuntos ligados à arte de curar.
Quando obrigatoriamente usarmos tal monenclatura,
procuraremos dar-lhe o seu significado, para que o leitor possa se situar dentro do contexto
da obra.
Penso que a parte mais importante daquilo que tivemos
pretensão de transmitir é a referente à Homeostasia, porque achamos que é mais importante
prevenir do que remediar.
Mesmo porque ao longo da vivência e experiência como
tratamento homeopático, aprendemos que não existem doenças e sim doentes, isto é, o
indivíduo adoece como um todo de uma forma toda sua, toda particular conforme as suas
predisposições hereditárias devendo receber, por isso mesmo um tratamento único e
individual. O sarampo é uma das poucas exceções, uma vez possuir um curso bem definido
em todos os doentes.
Além de pretender esclarecer a população sobre o que é a
pressão alta e a pressão baixa, desejamos que o leitor aprenda e ajude seu próprio
organismo a manter a Homeostasia. Prevenindo, consequentemente, tanto a pressão alta
como a pressão baixa, sem esquecer que a ajuda de um profissional médico é de suma
importância.
CORAÇÃO: UMA BOMBA
Para que melhor compreendamos a pressão arterial, mister se
torna entendermos o mecanismo do coração bombeando sangue para todo o organismo para
as chamadas Grande circulação e Pequena Circulação.
O coração ou miocárdio é um órgão muscular, oco, situado
entre os pulmões, sendo revestido de uma membrana mucosa chamada endocárdio e
externamente por outra chamada pericárdio.
O coração obedece a uma divisão interna de quatro cavidades,
isto é, dois átrios ou aurículos e dois ventrículos.
A comunicação entre os átricos e ventrículos se processa por
um mecanismo de válvulas cuja finalidade é evitar ou impedir que o sangue volte dos
ventrículos para os átrios durante a contração do miocárdio.
Esquematicamente, podemos representar o coração como se
fosse um triângulo dividido em quatro partes:
B→AD = Átrio direito
B→VD = Ventrículo direito
SANGUE VENOSO
NÃO OXIGENADO
B→AE = Átrio esquerdo
B→VE = Ventrículo esquerdo
SANGUE ARTERIAL
OXIGENADO NOS PULMÕES
AD
AE
VÁLVULA MITRAL
VÁLVULA
TRICÚSPIDE
VÁLVULA AÓRTICA
VÁLVULA
PULMONAR
Vai para todo o corpo
Para oxigenar todo organismo
Vai para os pulmões
Para ser oxigenado
Grande circulação
Pequena circulação
AD
AE
O SANGUE
PASSA DO AE
PARA O VE
AD
AE
VÁLVULA MITRAL FECHADA
Quando o ventrículo esquerdo se contrai, a
Válvula fecha para impedir que o sangue
retorne para o AE
O mesmo mecanismo ocorre nas demais válvulas do coração.
Quando tal mecanismo está alterado, ocorrem os chamados
sopros, que são assim denominados porque, nestas circunstâncias, o fluxo de sangue que
passa através das válvulas emitem um som peculiar, audível com a ajuda do estetoscópio,
aparelho utilizado para ouvir ou auscultar o tórax, como veremos adiante.
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
Após receber o oxigênio dos pulmões, o sangue é conduzido
para a aurícula esquerda pelas veias pulmonares. Saindo da aurícula esquerda o sangue
passa para o ventrículo esquerdo pela válvula Mitral, sofre a contração ( sístole), e é
impulsionado pela artéria aorta para todo o corpo, levando oxigênio para alimentar as
células. Depois de alimentar as células com oxigênio, o sangue absorve gás carbônico e
retorna pelas veias cavas, entra pela aurícula direita e passa para o ventrículo direito pela
válvula tricúspide. Daí o sangue é bombeado para os pulmões pela artéria pulmonar.
B – Grande Circulação: Vai do coração a todos os órgãos e vice-versa.
B – Pequena Circulação: Vai dos pulmões ao coração e vice-versa.
Pulmões
Artérias Pulmonares
Veias Pulmonares
Artéria Aorta
CORAÇÃO
VEIAS CAVAS
CÉLULAS
Como vimos a Grande Circulação vai do coração para todos
os órgãos, inclusive os pulmões, por isso a razão do seu nome.
A Pequena Circulação vai do coração, tão somente aos
pulmões, justificando sua denominação.
Esquema do Coração Normal
VEIA CAVA SUPERIOR
AORTA
ARTERIA PULMONAR
VENTRICULO DIREITO
VENTRÍCULO DIREITO
SEPTO
VEIA CAVA INFERIOR
Batimentos Cardíacos
Os batimentos cardíacos ocorrem devido aos movimentos de
contração e dilatação do coração para bombear e impulsionar o sangue para os órgãos.
Para que o sangue consiga entrar no coração é necessário que
este órgão se dilate. Para que o sangue saia, é necessário que o coração se contraia.
O movimento de dilatação recebe o nome de diástole ( dia =
através; stellein = entrar) e o de se contrair recebe o nome de sístole ( systole =
contração).
Um coração normal de um adulto bate com freqüência em
torno de 70 a 80 batimentos por minuto.
O aumento da freqüência denomina-se taquicardia ( taqui =
rápido) e a diminuição denomina-se bradicardia ( bradi = lento).
O aparelho utilizado para ouvir batimentos cardíacos, chamase estetoscópio ( stheto = tórax; skpoein = examinar) e o utilizado para medir pressão
arterial denomina-se esfigmomanômetro.
Vasos Sangüíneos
Os vasos sangüíneos são “tubos” através dos quais o sangue é
conduzido para diferentes partes do corpo. Os vasos se dividem, segundo a sua estrutura e
finalidade, em : artérias, veias e capilares.
Artérias, são vasos que levam o sangue arterial ( oxigenado)
do coração para todos os órgãos com a finalidade de levar oxigênio e nutrientes para todo o
organismo.
Citando alguns exemplos mais conhecidos temos a aorta,
pulmonares, renais coronárias etc.
Não é incomum no meio não médico ouvir-se dizer “veia”
aorta ou “meu amigo tem veia coronária entupida”.
Trata-se, como vimos, de um erro de conceituação.
Artérias: são vasos que levam o sangue do coração para todos
os órgãos. As principais artérias do organismo são: aorta, pulmonares, sub – clávias,
umerais, femurais, renais etc.
Veias: são vasos que trazem o sangue venoso ( “impuro”, não
oxigenado) de todas as partes do corpo para o coração. Este processo recebe o nome de
retorno venoso e veremos a importância deste mecanismo na saúde do indivíduo.
O sangue venoso entra no átrio direito, em seguida vai para o
ventrículo direito, que por sua vez o impulsiona até os pulmões, para eliminar o gás
carbônico (CO2), recebendo oxigênio (arterialização), caracterizando a pequena circulação,
para novamente entrar no átrio e ventrículo esquerdo, completando o ciclo. Como já visto,
este processo do sangue arterial passar do átrio e ventrículo esquerdo para todo o organismo
é denominado Grande Circulação.
As veias possuem mecanismos de válvulas, visando impedir
que o sangue venosos retorne para baixo, uma vez que este retorno venoso na maioria das
vezes, se processa contra a gravidade, por exemplo:
Veias: são vasos que trazem sangue de todos os órgãos para o
coração. As veias possuem válvulas em sua extensão para impedir o retorno do sangue. As
principais veias do organismo são: cavas, subclávias, pulmonares, femurais, umerais, etc.
Capilares: são vasos de pequeno calibre, muito finos, que por
sua vez se ramificam a partir das artérias e arteríolas, foramando uma rede muito fina, onde
processam importantes trocas entre o sangue e o líquido que se encontra entre os tecidos do
organismo.
Existem aproximadamente 10 bilhões de capilares nos tecidos
da periferia do organismo, formando uma área de mais de 100 metros quadrados.
válvula
aberta
veias
Válvula
Fechada
Pressão na Grande e na
Pequena Circulação
Como foi demonstrado, é plenamente possível medir a
pressão na Grande Circulação por métodos relativamente simples. Como por exemplo um
manguito de pressão ( aparelho de pressão).
Fato este que não ocorre com a Pequena Circulação, onde os
métodos de medição são mais elaborados e invasivos, tendo, por exemplo, de se catetizar,
ou seja, introduzir um catéter até o átrio direito, para se verificar os níveis de pressão na
pequena circulação, ou ainda através de RX, etc.
Circulação da Linfa
A linfa é um líquido incolor formado pelo plasma ( parte
líquida do sangue) e por glóbulos brancos ( células de defesa do organismo) . A sua
finalidade é a de nutrir e recolher resíduos dos tecidos.
A circulação da linfa se processa nos vasos linfáticos, onde
existem pequenas dilatações, denominadas gânglios linfáticos ( ‘ínguas”), locais onde são
produzidas células de defesa para proteger o organismo.
Com exceção de algumas partes do organismo, todos os
tecidos possuem o sistema linfático.
A função de remoção de substância de grande tamanho dos
espaços entre tecidos é processado pelo sistema linfático, sem o qual morreríamos em 24
horas.
Hipotensão Arterial
A hipotensão arterial, ocorre principalmente nos tipos
astênico, como representado principalmente pelo biotipo longilínio de Kresteschemer,
como veremos no capítulo Biotipos.
Tais pessoas, ao contrário dos tipos estênicos, reagem fazendo
hipotensão. Frente a uma situação de stress, reagem, promovendo uma queda de pressão
arterial, que pode ocasionar até desmaios.
Aliás, o desmaio é uma defesa do próprio organismo,
colocando a pessoa deitada, para diminuir a força da gravidade sobre o sangue e fazer com
que ele chegue mais facilmente ao cérebro, uma vez que ele estava chegando precariamente
a este órgão, em virtude da baixa pressão arterial.
Alguns órgãos estão envolvidos neste mecanismo complexo,
que é a manutenção da pressão arterial, tais como: hipotálamo, glândulas supra renais,
tireóide, cabendo ao médico que assistir ao paciente, prestar-lhe toda a sorte de
informações, esclarecendo sobre sua hipotensão arterial. Através do conhecimento da
medicina natural pode-se beneficiar em muito o paciente de “pressão baixa”.
Pressão Alta = Hipertensão Arterial
Pressão Baixa = Hipotensão Arterial
A pressão arterial é o resultado da tensão que o sangue
arterial ( sangue oxigenado) exerce na parede das artérias. A pressão alta ou hipertensão (
hiper = elevada), como o próprio nome indica, é o aumento da tensão do sangue sobre a
parede das artérias.
Ao contrário, a pressão baixa ou hipotensão ( hipo =
diminuída) se deve a uma baixa pressão do sangue sobre a parede das artérias.
É muito importante o controle da pressão arterial, uma vez
que estima-se que 12% dos indivíduos morrem em função da hipertensão arterial e 20% da
população tem a chance de apresentar pressão arterial elevada em alguma fase da vida.
12% da população morre em função da hipertensão arterial
20% da população tem a chance de apresentar hipertensão arterial em alguma fase da vida.
12%
20%
Pressão Arterial Normal: O que é?
Convém ressaltar a importância de se levar em consideração a
idade o biotipo ( tipo constitucional) do indivíduo, bem como o momento do dia e o grau
de tensão nervosa na tomada de pressão arterial, antes de se “rotular” uma pessoa hiper ou
hipotensa.
O consenso de um nível de pressão arterial normal é obtido a
partir de dados estatísticos de uma população.
Como todo o processo estatístico, a individualidade e cada um
é colocada de lado, portanto, cada caso é um caso!
O gráfico a seguir, mostra as variações para mais e para
menos dos níveis pressóricos em função da idade.
Alterações nas pressões arteriais sistólica, diastólica e média,
com a idade. As áreas pontilhadas mostram a faixa normal.
A figura, extraída do Tratado de Fisiologia Médica ( Guyton)
00
150
100
50
0
0 20
40
60
80
ilustra a pressão arterial diastólica, sistólica e média desde o nascimento até os 80 anos de
idade. Pode-se observar que um adulto jovem, normal, tem a pressão sistólica ( máxima)
em torno de 120 mm Hg e a diastólica ( mínima) em torno de 80 mm Hg, isto é, a sua
pressão é de 120 por 80 ( 120 x 80).
A área sombreada de cada lado nas curvas, representa as
variações normais da pressão diastólica e sistólica e mostra a grande variação de uma
pessoa para outra.
A pressão arterial constitui uma característica funcional da
circulação sangüínea, de particular importância, porque o sangue só pode circular se houver
uma diferença de pressão enter dois pontos.
O coração vença o obstáculo que as artérias representam, as
contrações do coração são rítmicas, resultando desta forma duas intensidades diferentes de
pressão arterial:
Uma correspondendo a uma pressão mais elevada que á a
contração ou sístole ventricular, por isto denominada pressão máxima ou sistólica.
Outra pressão que permanece após o término da sistólica que
á a pressão mínima ou diastólica.
Desta forma, a pressão arterial é medida através de um
aparelho chamado esfigmomanômetro ( sphygos = pulsos + manos = delgado + metron =
medida).
O esfigmomanômetro é um aparelho constituído por uma
coluna de mercúrio ( Hg) ou de ar, que é deslocada quando se aperta e infla uma bolsinha
de ar ( pera), que aperta uma estrutura que envolve o braço, chamada manguito.
Para se medir a pressão insufla-se a pera do
esfigmomanômetro até desaparecer o pulso da artéria radial ( a mesma artéria que se toma o
pulso na região do punho).
A seguir coloca-se o estetoscópio sobre a artéria radial, na
altura da prega do cotovelo e desinfla-se o manguito, desaparafusando a perinha, chega-se a
um momento que se ouve um som forte, que é indicativo da pressão máxima, continuandose a esvaziar o manguito, este som vai diminuindo até um silêncio total, seguindo-se um
sopro delicado, indicando a pressão mínima.
Como vimos, a pressão arterial é mensurada em milímetros (
mm) de mercúrio ( Hg) , por exemplo, 120 x 80 mm Hg.
Existe toda uma sorte de variações da pressão arterial em
função do sexo e da idade.
-
Por exemplo:
recém nascido tem uma pressão máxima Mx = 60 mm Hg e uma pressão mínima Mn =
35 mm Hg
no sexto mês Mx = 67 mm Hg e Mn = 43 mm Hg
até o fim do primeiro ano Mx = 67 mm Hg e Mn = 50 mm Hg
aos 10 anos Mx = 100 mm Hg e Mn = 69 mm Hg
aos 19 anos Mx = 123,5 mm Hg e Mn = 79,5
aos 25 anos Mx = 124,5 mm Hg e Mn = 81,5 mm Hg
aos 50 anos Mx = 130 mm Hg e Mn = 85 mm Hg
Estes dados, representam a média das pessoas, entretanto,
pode haver variações de pessoa para pessoa.
Como regra geral considera-se que a pressão máxima de um
indivíduo deve ser a idade do mesmo acrescentando o algarismo 1 ( um) à esquerda, por
exemplo:
- aos 20 anos, 120 mm Hg
- aos 30 anos, 130 mm Hg
e assim por diante.
Já a pressão mínima é calculada como sendo a metade da
máxima, mais ou menos 1, ou seja, uma pessoa de 20 anos de idade pode apresentar uma
pressão arterial máxima de 120 mm Hg, tendo mínima de 60 ou 70 mm Hg.
O professor Maffei considera que indivíduos jovens que
apresentam uma pressão arterial máxima acima de 130 mm Hg para o sexo feminino,
possuem um estado constitucional hipertensivo.
Já quem apresenta uma pressão máxima abaixo de 100 mm
Hg, pode indicar uma constituição astênica, conforme descreveremos no transcorrer da
obra.
A pressão diastólica ou mínima tem um significado especial
na avaliação real da hipertensão arterial, isto é, ela deve ter a sua média sempre abaixo de
90 mm Hg para todas as idades.
Quando este fato não ocorre devem ser pesquisados os fatores
que estão determinados estas alterações.
Hoje em dia existe uma tendência no mundo médico científico
a considerar que mesmo pequenos aumentos na pressão máxima, podem denotar
precocemente uma predisposição a se ter uma hipertensão arterial, porém, adiante
discutiremos mais sobre o assunto.
Aparelho de Pressão e Estetoscópio
Aparelho de pressão
estetoscópio
A figura ilustra o método auscultativo, através do
estetoscópio, de medir a pressão arterial, utilizando um manômetro de coluna de mercúrio (
Hg).
O Sexo e as Variações da Pressão
Um fato interessante de ser observado é que até a puberdade
não existem diferenças significativas entre o homem e a mulher.
Depois ocorre um ligeiro aumento de pressão arterial do
homem em relação a mulher, fato este que se mantém até que a mulher ingresse na fase da
menopausa, onde a situação se inverte, isto é, a pressão se torna mais elevada agora na
mulher. Possivelmente isto se relaciona com a diminuição de certos hormônios femininos,
que ocorre nesta fase da vida, que até então funcionavam como elementos de proteção ao
organismo feminino.
Até a puberdade não existem diferenças significativas entre o
sexo masculino e o feminino.
A pressão arterial do homem é ligeiramente maior do que a da
mulher, até que esta adentre na menopausa.
A partir da menopausa a relação se inverte e a mulher pode
apresentar um ligeiro aumento na pressão arterial.
Os diferentes Povos e suas
Pressões Arteriais
Os diferentes povos do planeta tem suas particularidades no
que concerne a sua pressão arterial, variando, inclusive, de conformidade com o seu
habitat.
Sabe-se que os chineses apresentam níveis de pressão arterial
menores que os ocidentais.
Os negros vivendo em seu habitat natural, África, apresentam
nível pressórico igual ao dos brancos europeus até 40 anos, porém, a partir desta idade
inferior a dos brancos.
Os japoneses, vivendo fora de seu país, apresentam nível de
tensão arterial mais elevado do que aqueles que vivem no Japão.
A meu ver, é toda uma situação complexa, principalmente
ecológica e ambiental.
Os Biotipos
O termo biotipo está intimamente ligado à idéia de
constituição, para tanto, exporemos a definição que nos parece melhor de todas:
“Constituição é o conjunto de caracteres morfológicos e
funcionais de um indivíduo, num dado momento de sua vida”.
Entretanto, no recém – nascido não é possível estabelecer-se o
tipo constitucional, pois, este se delineia durante a evolução do indivíduo.
Abaixo transcreveremos um esquema do livro Compêndio de
Psiquiatria, de Theodoro Spoerri, que pelo fato de ser um livro de psiquiatria, leva em
consideração apenas os aspectos das diferentes constituições, porém, esta conceituação
pode e deve ser estendida para a parte física das pessoas.
O esquema a seguir foi colocado para que o leitor possa
“sentir” e tornar palpável estes conceitos.
Constituição: Pícnico ( 1 e 4) ( extremidades curtas e gráceis
tronco bem nutrido, em forma de tonel, pescoço curto, rosto largo). Temperamento
Psicomotibilidade: Ciclotímico fluída, natural, adequada ao estímulo. Escala de
sentimentos: Alegre – triste. Orientação social: Extrovertido, sociável, bom contato.
Afinidade patológica: Psicose: Maníaco – depressiva.
Constituição: Leptossômico ( 2 e 5) ( extremidades finas
ombros estreitos, perfil anguloso, crânio coberto de cabelo forte, formando um “gorro de
pele”). Temperamento Psicomotibilidade: esquzotímico desajeitada, rígida, inadequada ao
estímulo. Escala de sentimentos: hipersensível/ Frio. Orientação social: Introvertido
idealista, reservado, mau contato. Afinidade patológica: Esquizofrenia.
Constituição: Atlético (3 e 6) (extremidades grossas e longas,
ombros largos e musculosos, proeminência dos relevos ósseos, macrognatismo).
Temperamento Psicomotibilidade: enequético pesada lenta. Escala de sentimentos:
Explosivo/Fleumático. Orientação Social: - Afinidade patológica: Epilepsia.
A tensão arterial varia conforme o hábito da pessoa; o
brevelínio ( pícnico) tem sua pressão normal mais elevada do que o longilíneo (
leptossômico).
Variações da Pressão Arterial (PA)
Com as Horas do Dia
A pressão arterial varia num mesmo indivíduo, conforme a
hora do dia em que ela é medida. Assim, não é incomum uma pessoa apresentar um
aumento da mesma, no período da tarde ou pela manhã. Fato este que deve ser levado em
consideração para a classificação de uma hipertensão arterial.
O Stress
Outro fator de suma importância, na avaliação da pressão
arterial das pessoas, é seu estado emocional. Posto que um indivíduo num estado ansioso,
preocupado ou estressado, possivelmente apresentará níveis de pressão arterial elevados.
Normalmente nestes casos, ocorre uma liberação de
adrenalina, por parte da glândula supra renal, que diminui o calibre das artérias,
aumentando consequentemente a resistência vascular periférica, o que implica num
aumento de pressão arterial, como veremos adiante.
Esta situação pode ser apenas momentânea, não
caracterizando portanto, uma hipertensão arterial, que volta ao normal quando o indivíduo
se acalma ou passa o susto, etc.
Cuidado
Pelo que vimos até agora, a pressão arterial sofre influência de
vários fatores. Estes devem ser levados em conta antes de se rotular um indivíduo
hipertenso.
Por isso acredito que este ato deve ser exclusivamente
médico, mesmo porque existem pessoas que quando medem a pressão em farmácias, diante
da expressão de espanto do atendente de balcão que a mediu, passam a sofrer de “pressão
alta” para sempre.
Um farmacêutico que cursou a faculdade de Farmácia, não
cometeria este erro.
Para exemplificar, uma vez quando militava na Anesteologia,
pedi à uma atendente de sala, que medisse a pressão do paciente que estava sendo
submetido a uma cirurgia. Fiquei surpreso quando ela forneceu a pressão máxima e a
mínima através do pulso, pois sabemos que somente a pressão máxima pode ser conhecida
por este método, sendo indispensável o uso do estetoscópio para conhecer a pressão
mínima.
Uso deste exemplo, não para desfazer da atendente de
enfermagem, mas para mostrar o quanto se desconhece sobre o assunto e o quanto as
pessoas fazem uso dele.
Os auxiliares de enfermagem e as enfermeiras que cursaram
Faculdade à semelhança dos farmacêuticos, também não cometem este erro.
Hipertensão Arterial Essencial
A imensa maioria dos indivíduos que sofrem de hipertensão,
não apresenta nenhuma causa aparente que justifique tais níveis de pressão.
São pessoas muito provavelmente suscetíveis às tensões que o
cotidiano impõe.
Recentemente, alguns pesquisadores estudam a hipótese de
que tais pessoas produzem uma quantidade menor de endorfinas pelos centros cerebrais.
A endorfina é uma substância semelhante a morfina, que
possui por exemplo, um efeito analgésico sobre o organismo.
A baixa concentração de endorfina acarretaria uma menor
adaptação destes pacientes frente aos estímulos nocivos originados nos seus meios internos
e externos.
Como foi exposto, existe uma gama de variações, conforme o
tipo constitucional de cada um.
Será que alguns biotipos produzem menos endorfinas que
outros?
A finalidade desta obra é dar conhecimento para o leitor não
médico, uma pálida idéia deste assunto palpitante que é a hipertensão arterial, bem como,
fornecer subsídios para as pessoas se conhecerem melhor e utilizarem este mesmo
conhecimento para preservar a saúde, evitando a hipertensão arterial através de uma vida
mais tranqüila, de uma alimentação mais equilibrada, de longas caminhadas, etc.
Ninguém fica doente do que quer e sim do que pode, segundo
sua constituição e fraquezas hereditárias que nada mais são do que o elo mais fraco da
corrente.
Por que aumentar exageradamente a tensão na corrente?
Para romper estes elos?
Para se consumir, quiçá, a pouca endorfina, que se produz?
Cada pessoa precisa saber de seus limites para não ser um
hipertenso essencial.
Sintomas da Hipertensão Arterial
É muito raro alguém procurar um médico devido à
hipertensão arterial, a não ser que já tenha sido diagnosticada anteriormente, uma vez que
seus sintomas não são conclusivos.
No geral, a “pressão alta” é um achado de exame, isto é, ela é
diagnosticada quando o paciente é submetido a um exame de rotina e o profissional mede
os níveis de pressão arterial.
Quando dizemos que os sintomas não são conclusivos,
significa que eles são muito vagos e gerais, tais como vertigens e tonturas, insônia, ruídos e
zumbidos nos ouvidos, do de cabeça etc.
Em geral, o paciente não apresenta sintomas notáveis,
passando portanto, a hipertensão de forma desapercebida, como dissemos: achado de
exame clínico. Daí a importância de um controle periódico dos níveis de pressão arterial.
Mesmo em crianças, que ao contrário do que se acredita, também podem apresentar este
quadro.
Sintomas da Hipotensão Arterial
A hipotensão arterial, chamada “pressão baixa”, também não
apresenta sintomas característicos da hipertensão arterial.
Talvez o sintoma mais característico seja a hipotensão
postural, ou seja, aquela queda de pressão que acontece quando o indivíduo muda de
posição, deitado ou sentado, para a posição ortostática, isto é, em pé.
Devido a semelhança sintomatológica entre hiper e hipotensão
arterial, deve-se tomar muito cuidado para “não comer gato por lebre”, principalmente
quando se supõe que se está com uma queda de pressão quando na realidade se está
hipertenso. A pessoa pode ser levada a tomar os famosos remédios para aumentar a pressão
agravando ainda mais o quadro, podendo ocorrer algo perigoso e delicado como por
exemplo: um derrame ( Acidente Vascular Cerebral).
Automedicação
Como referido no Capítulo sintomas de hipertensão arterial, o
perigo da aumedicação acontece em qualquer área ou especialidade médica.
Entretanto,
automedicação é muito grande.
nesta
área
particularmente,
o
risco
de
Quando nos referimos ao termo aumedicação, estamos
incluindo o remédio receitado por pessoa não médica, mesmo que seja farmacêutico.
Ninguém pode esquecer-se do papel do farmacêutico na
sociedade, porém, só um médico pode avaliar um paciente como um todo.
Quantos pacientes são internados às pressas devido a uma
queda acentuada de pressão arterial? Ou devido o uso inadvertido de remédios para baixar a
pressão? Estes medicamentos podem provocar um “derrame”( Acidente Vascular Cerebral
Isquêmico) por falta de circulação cerebral, em decorrência da queda abrupta de tensão
arterial.
Mas a coisa não é tão fácil assim, mesmo um clínico geral
costuma encaminhar o paciente para outros colegas de diferentes especialidades, conforme
o caso.
Apesar da medicina estar desacreditada em nosso país, até por
causa de interesses econômicos, um bom profissional médico ainda é a solução para a nossa
população.
Reguladores da Pressão Arterial
Os determinantes da pressão arterial ( PA), podem ser
resumidos a grosso modo, na seguinte equação: Pressão Arterial (PA) = débito cardíaco
(DC) x Resistência Periférica Total ( RPT).
PA = DC x RPT
Débito Cardíaco (DC), por definição, é a quantidade de
sangue que sai do coração durante a contração, sístole.
A resistência periférica total ( RPT) é dada principalmente
pelo calibre das arteríolas conforme já visto anteriormente.
Para um melhor entendimento suponhamos que ocorra um
estreitamento ou uma diminuição de calibre de arteríolas, dificultando o fluxo de sangue
que passa através delas.
O organismo precisa receber a quantidade de sangue que está
habituado.
O que faz o coração?
Como Bomba adaptável, ele aumenta a sua força de
contração. Consequentemente, a pressão também aumenta para cumprir a finalidade de
irrigar todo o território orgânico.
Este aumento de pressão pode ser medido através do
esfigomanômetro.
Para ilustrar. Se quisermos aumentar a pressão da água de
uma mangueira, é só diminuir o calibre do orifício de saída. A pressão não aumenta? O
mesmo ocorre nas artérias.
Prejuízos da Hipertensão
Várias coisas podem decorrer do aumento da pressão arterial,
principalmente o aumento do ventrículo esquerdo e esclerose secundária das artérias.
Hipertrofia do ventrículo esquerdo: o coração, como qualquer
músculo, aumenta de volume quando ocorre uma sobrecarga de trabalho.
Na hipertensão arterial o ventrículo esquerdo tem que vencer
uma resistência mais elevada que o normal, que produz um aumento de seu peso de 150
gramas, normalmente para 300 a 400 gramas.
As artérias coronárias não acompanham este aumento de
território e algumas áreas não são irrigadas satisfatoriamente, devido a diminuição do
suprimento sangüíneo. Isto se agrava na medida em que a hipertensão evolui, podendo
gerar um quadro clínico de angina pectoris, podendo causar dores no peito.
Esclerose Secundária das Artérias
Com o aumento da pressão sangüínea no interior das paredes
das artérias, as mesmas vão sendo lesadas. Com isto ocorrem o surgimento de pequenos
coágulos sangüíneos nas artérias de todo o corpo, que acabam por enfraquecê-las. Em
conseqüência disso elas podem sofrer hemorragias ou tromboses importantes. Inclusive nas
próprias artérias coronárias, levando o indivíduo a um quadro de infarto do miocárdio.
A hemorragia cerebral geralmente é uma conseqüência da
hipertensão, bem como a hemorragia dos vasos renais produzindo portanto, a destruição de
grandes áreas dos rins e agravando progressivamente a hipertensão. Afinal, estes órgãos
participam ativamente nos mecanismos de regulação de pressão arterial.
Para efeito de ilustração, o nível de lesão sobre as artérias
devidos à hipertensão arterial pode ser avaliado pelo exame de fundo de olho. Neste exame
pode-se constatar e deduzir os efeitos deletérios da pressão aumentada sobre as demais
artérias do organismo. Enfim, a hipertensão arterial produz alterações que prejudicam o
organismo como um todo. Daí a importância de controlá-la já nas fases precoces da vida,
mesmo quando criança, quando o caso assim exigir.
Os Rins: Seu papel na Pressão Arterial
Os rins tem um papel fundamental no controle da pressão
arterial, uma vez que são o grande filtro do organismo.
Sua função primordial é filtrar o sangue depurando-o das
substâncias tóxicas, produzindo urina.
Os rins controlam e regulam a quantidade de líquido do organismo. Podemos deduzir,
portanto, que qualquer fator que diminua a função dos rins causa um acúmulo de líquido no
corpo, ocasionando hipertensão.
É fácil imaginar que existe uma bomba ( coração) que deve
mandar sangue para um território, o coração deve aumentar a sua pressão de bomba
propulsora de sangue arterial, para cumprir a sua função.
As vezes, quando isto não é suficiente, o líquido extravasa dos
vasos sangüíneos para os tecidos, promovendo inchaços ( edemas), principalmente nos
membros inferiores.
O Sal: O Grande Vilão
O sal cujo nome científico é cloreto ou sódio, tem o poder de
reter líquidos orgânicos. Portanto, é mister a redução do seu consumo por parte dos
hipertensos.
A finalidade da maioria dos diuréticos é justamente eliminar o
excesso de sal do organismo.
Paradoxalmente, tenho observado que a grande maioria dos
hipertensos que chegam ao meu consultório, vem com a receita de um determinado
diurético, conforme o caso exige. Porém, sem ter recebido qualquer outra orientação no
sentido de diminuir a ingestão de sal.
A meu ver, isto impossibilita uma diminuição e quiçá uma
retirada dos diuréticos que também não são inócuos, uma vez que estes medicamentos
espoliam outros minerais e micronutrientes de extremo valor para o nosso organismo, tais
como: cloro, potássio, magnésio, etc. Promovem também alterações importantes nas
paredes das artérias, enfraquecendo-as, além de provocar carência destes micronutrientes.
Atualmente, parece existir um consenso de que se não houver
uma predisposição para a hipertensão, o consumo moderado do sal não acarretará
conseqüência danosa para o nosso organismo.
Entretanto, sigo a opinião de Hipócrates, pai da medicina, de
que: “em matéria de alimento, nada faz mal, depende da quantidade”.
Dizem que “cautela e caldo de galinha não fazem mal a
ninguém”.
Tratamento de Hipertensão Arterial
Esta obra visa apenas dar uma visão resumida e elementar das
causas e conseqüências da hiper e hipotensão arterial a quem não possui uma cultura
médica deixando que o médico de cada um trate o seu próprio paciente, mesmo porque, o
assunto não é tão simples como tentamos explicar no curso deste livro.
Entretanto, exporemos algumas medidas de ordem dietética,
física e psicológica, não somente no sentido de prevenir, como também no de proporcionar
uma melhor qualidade de vida para indivíduos predispostos a sofrerem de hipertensão
arterial.
Paavo Airola, em seu livro “How to Get Weel”, não considera
a hipertensão arterial como sendo uma doença, mas como uma medida de defesa do
organismo, diante de uma ação nociva qualquer, sobre várias funções do corpo humano,
tais como: toxemia, disfunção renal, distúrbios glandulares, defeitos de metabolismo do
cálcio, causas endócrinas, arteriosclerose, etc.
Por isto, fora da área médica, o nosso objetivo é minimizar ou
prevenir a hipertensão através de um tratamento biológico, tentando remover a verdadeira
causa desta condição.
Existem trabalhos mostrando que a atividade sexual faz bem
para o coração e para o sistema circulatório. Segundo o Prof. Todorovic, médico iuguslavo
radicado no Brasil, durante o ato sexual todas as células do organismo entram em atividade
eliminando, desta maneira, todo o material tóxico existente em seu interior, bem como, da
parte externa que as envolve, resultando num equilíbrio geral do organismo. Charles
Chaplin, por exemplo, tinha relações sexuais diárias até os 80 anos.
Airola considera que a alimentação pobre em sal e rica em
potássio como vegetais crus e frutas é um fator de grande importância.
Pouca proteína animal, café, sal de cozinha, álcool e
mostarda, também tem relevância. A melancia, por ser rica em potássio é uma fruta
importante para a alimentação.
O óleo de alho é usado na URSS, como coadjuvante no
controle da hipertensão arterial.
A diminuição do peso parece que influi na diminuição da
pressão arterial.
Ainda, segundo Airola, longas caminhadas são um fator
primordial para prevenção da hipertensão arterial.
Além disso, sugere uma suplementação vitamínica e mineral
natural, tentando melhorar a condição geral do organismo.
Existem trabalhos demonstrando que se o indivíduo tomar medidas não médicas, tais como:
reduzir o sal de cozinha, parar de fumar, fazer caminhadas diárias e higiene mental, pode
reduzir em 40 a 60% o uso de medicação contra “pressão alta” já estabelecida. Imagine se
ele tomar estas medidas preventivamente antes mesmo de apresentar sintomas,
principalmente se houver uma história familiar de hipertensão.
Ainda com relação aos tratamentos biológicos: os chás com
propriedades diuréticas, tais como Uva Ursi, Equisetum, Alfafa ( Medicago Sativum) e o
“cabelo de milho”, tem o seu valor não somente ação como diurético, como também por
fornecer nutrientes indispensáveis para o bom funcionamento dos órgãos. Lembrar que a
maioria das drogas existentes no mercado foi sintetizada a partir dos princípios ativos dos
vegetais.
Convém às pessoas hipertensas – ou mesmo aquelas que
retém líquidos no organismo, principalmente em fase pré menstrual – passar um dia da
semana comendo somente arroz integral, tomando os referidos chás e ingerindo melancia
ou melão uma hora antes e três horas depois das refeições. O arroz integral pode ser
temperado com bastante alho, gersal ou shoyo.
Uma alternativa ao arroz integral é a sopa feita com uma
xícara de folhas de cenoura, uma xícara de folhas de cenoura, uma xícara de folhas de
beterraba, três xícaras de folhas de salsão, uma raíz de bardana ( gobo) ralada, uma cenoura
média inteira, um litro de água destilada ou mineral. Deixe ferver e depois abaixe o fogo,
tampe bem e cozinhe por mais uns 20 minutos. Liquidifique e faça bom proveito. Pode-se
usar shoyo ou gersal.
Existem também no mercado uma planta chamada Dinkgo
Biloba, em cápsulas, que é usada para melhorar a circulação arterial, principalmente pelo
pessoal que trabalha com radicais livres.
Tratamento da Hipotensão Arterial
Classicamente não existe um tratamento que cure a
hipotensão arterial ou “pressão baixa”, a não ser algumas drogas derivadas da adrenalina ou
semelhante a ela, que são ministradas quando o indivíduo está hipotenso.
Como já vimos, a pressão arterial é o resultado da
homeostasia.
Vimos também que a “pressão baixa” pode ocorrer
normalmente em pessoas de constituição astênica.
Num trabalho, qualquer que seja, deve-se visar melhorar ou
facilitar a homeostasia das pessoas.
Isto pode ser feito através de exercícios físicos orientados e
moderados como o caminhar. Também por uma alimentação que equilibre o sódio e o
potássio no organismo, além das algas marinhas que contém elementos vitais, como:
magnésio, zinco, selênio e manganês. As algas marinhas são um excelente alimento e
atuam neste sentido.
Alguns autores compartilham da idéia que a glândula supra
renal ou adrenal está diretamente ligada à pressão arterial. Uma vez que ela secreta
adrenalina e “corticóide interno”, mantendo a pressão arterial em níveis normais. A função
desta glândula diminuída pode ser uma causa de “pressão baixa”.
Para tanto, a fim de manter a supra renal funcionando, alguns
profissionais que militam na área da medicina natural, preconizam o uso da vitamina C,
com a finalidade de estimular a supra renal e produzir adrenalina e corticoesteróide.
Existe no mercado uma vitamina C à base de cereja das
Antilhas ou Acerola.
Fico me perguntando: será que o indivíduo de constituição
astênica não possui uma glândula supra renal funcionando para menos?
Mesmo na “pressão baixa”, convém que cada um peça
orientação à seu médico, porque a hipotensão arterial é apenas um sinal, cabendo somente
ao médico, avaliá-lo no contexto geral do paciente, excluindo outras doenças importantes
que possam comprometer a saúde do indivíduo.
O Ginseng coreano e a Pláfia paniculata parecem agir
diretamente sobre as glândulas supra renais e sobre o hipotálamo regulando suas funções,
consequentemente melhorando a hipotensão arterial.
Alimentação
A alimentação sem dúvida alguma é o “segredo da saúde”.
Através de uma alimentação equilibrada, recebemos todos os
nutrientes, tais como: proteínas, gorduras, açucares, vitaminas e sais minerais, para que o
organismo funcione adequada e harmoniosamente, mantendo a homeostasia.
Mas o que é comer adequadamente, se o nosso solo é pobre
em minerais, se a carne e os ovos que comemos, estão sobrecarregados de hormônios e os
vegetais de agrotóxicos?
Neste particular, cabe à população uma tomada de consciência
para dirigir um grande movimento para encerrar de vez esta grande orquestração que está
acabando com o nosso povo.
Enquanto isto não ocorre, podemos nos guiar pela orientação
fornecida pelo pai da medicina, Hipócrates, que disse: “Em matéria de alimentos, nada faz
mal, depende da quantidade”.
Claro que na sua época não existiam hormônios, agrotóxicos e
o solo não estava espoliado, como agora.
Com relação ainda a veracidade do conceito
hipocrático, de que nada faz mal, depende da quantidade, basta nos reportarmos ao
colesterol. Especialistas de renome, vem a público admitir que erraram criando um
preconceito contra o colesterol, que é uma substância importantíssima no organismo.
Ainda com relação ao colesterol, foi publicado um artigo na
revista “Consultório Médico, nov/dez 93 da Associação Paulista de Medicina”, no qual um
grupo de cientistas desafia aqueles que estabelecem uma relação entre doenças
cardiovasculares e os altos índices de colesterol sangüíneo, a refazer o trabalho sobre o
assunto.
Segundo o texto: “... Esta análise não somente salienta a
impressão de que a redução do colesterol não afeta de modo substancial o risco para as
coronariopatias. O que mais surpreende é que os artigos que questionam o mérito da
redução de colesterol tem sido evitados preferencialmente pelos revisores do tema.”
( Brit. Med. J. 305:15 – 1992).
Como vimos, nada é tão absoluto assim! Nestes casos é
melhor agir com parcimônia, adotando o ditado que diz: “nem tanto mar, nem tanto terra”.
Particularmente, computo como importante o controle do colesterol para a saúde.
Entretanto como refere a Dra. “ Há que se tratar o paciente e não somente os níveis de
colesterol” .
Se por um lado parece que existe uma relação entre os altos
índices sangüíneos de colesterol e o infarto do miocárdio, parece, também, que taxas muito
baixas de colesterol, estão intimamente ligadas a acidentes vasculares cerebrais (
“derrames”).
O melhor é não exagerar, nem para mais, nem para menos,
conforme Hipócrates, depende da quantidade, que deve ser controlada por um médico, de
preferência um cardiologista ou um nefrologista.
Os hábitos regionais também são fatores importantes que
devem ser levados em consideração. A natureza sabe prover aos habitantes destas regiões,
pois os alimentos adequados ao clima e peculiaridades de cada local.
Outro mito que está sendo derrubado é o do açúcar.
O açúcar é na realidade, um alimento importante para o
organismo, diferentemente dos adoçantes artificiais, sintéticos que nada tem de alimento.
Mesmo para pacientes diabéticos: já existe uma corrente
médica que preconiza o retorno do açúcar durante as refeições para estes indivíduos.
A única ressalva que faço é que o açúcar branco ou refinado
perde neste processo vitaminas e sais minerais indispensáveis para o organismo. Primeiro
para sua própria absorção por parte do organismo e segundo, porque sem equilíbrio entre o
carboidrato, vitaminas e sais minerais, o açúcar branco se transforma em uma “caloria
vazia”, isto é, não cumpre sua função de nutrir o organismo, pelo contrário, rouba
nutrientes do próprio corpo para poder ser incorporado ao metabolismo.
Acrescentando-se o fato que no processo de refino de açúcar,
são acrescentadas várias substâncias cáusticas para transformá-lo no resultado final, que é o
seu aspecto branco.
Recentemente, numa entrevista coletiva, o Dr. Alfredo
Halpern, endocrinologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade São Paulo, disse que o famosos arroz com feijão, bife e salada fornece um
equilíbrio perfeito de nutrientes, para o organismo.
Precisamos tomar cuidado com modismos existentes hoje.
Como por exemplo a dieta alimentar do norte-americano, que precisa ser totalmente revista,
devido a inúmeras doenças decorrentes dela.
Hipócrates, anos antes de Cristo, já preconizava tudo o que se
coloca como hoje, sendo uma descoberta maravilhosa dos dias atuais.
Sem dúvida alguma, o mar será um fator fundamental, para
fornecimento de nutrientes importantes para a manutenção da saúde do ser humano, através
do pescado, algas marinhas, etc.
Cumpre, portanto, preservá-lo, posto que, a vida se origina do
mar e ele saberá nos prover, isto é, se o respeitarmos devidamente.
Como já foi referido anteriormente, uma dieta equilibrada de
sal de cozinha é fundamental para a preservação e quiçá cura da hipertensão arterial,
principalmente em famílias onde existe uma história pregressa de “pressão alta”, ou seja:
nas quais vários membros são ou foram hipertensos.
Instintos Básicos da Vida
Devemos tentar um tipo de vida onde se preserve os instintos
básicos da vida, como comer adequadamente nas horas certas, dormir bem, descansar, ter
lazer, vida sexual preservada, bem como manter um hábito intestinal com no mínimo uma
evacuação diária. Pois quando um indivíduo fica sem evacuar, torna-se ENFEZADO, isto é,
cheio de fezes, intoxicando todo o organismo, consequentemente o sistema cardiovascular.
Começamos a morrer “ sensu latu” quando deixamos de lado
nossas necessidades biológicas. Os animais selvagens, ao contrário, as conservam intactas,
por isso mantém um equilíbrio fisiológico ( Homeostasia) e também um equilíbrio
ecológico.
A receita acima, vale tanto para indivíduos hipertensos, como
para hipotensos, como sendo uma tentativa de se evitar os remédios clássicos, que quase
sempre produzem algum efeito colateral de maior ou menor intensidade na economia do
organismo.
O Vinho e o Uísque são Realmente Bons?
Reza uma crença popular que o vinho eleva a pressão arterial,
enquanto o uísque a diminui.
Todo ditado que emana do povo tem sua razão de existir,
fruto da observação periódica dos fatos.
Parece mesmo, muito embora existam controvérsias no meio
médico, que pequenas doses de uísque ou outras bebidas destiladas agem sobre a tensão
arterial deslocando seus níveis para baixo. Talvez por aumentar a diurese ( urina), inibindo
a ação de um hormônio produzido na hipófise chamado ADH ( Hormônio Anti Diurético)
ou aumentando o ritmo de filtração de urina nos rins ( filtração glomerular), diminuindo a
reabsorção de água por parte do rim, restringindo, desta forma, o conteúdo de líquido no
organismo.
O vinho, pelo contrário, parece agir em sentido inverso, isto é,
ocasionando um aumento da pressão arterial.
O que se sabe de fato é que algumas pessoas respondem a
ingestão de bebidas alcoólicas, ora fazendo hipertensão, ora fazendo hipotensão arterial,
independentemente da beberagem que ingeriu, ou sejam, se fermentadas ou destiladas.
Outros indivíduos podem apresentar um aumento de pressão,
para logo em seguida, sofrerem uma queda abrupta da mesma, ou vice-versa.
Aqui, também vale o aforisma de Hipócrates: “... depende da
quantidade”.
Vou mais longe ainda, depende do indivíduo ou da
suscetibilidade de cada um.
Vale a pena usar de parcimônia, enquanto não existir um
consenso e uma comprovação científica sobre os verdadeiros efeitos do álcool na pressão
arterial.
O Fumo
O tabagismo, hábito de fumar, provoca uma gama imensa de
alterações prejudiciais ao organismo humano, em todos os níveis, muito dos quais de
conhecimento da população.
O fumo pode causar alterações orgânicas e funcionais no
sistema cardiocirculatório.
As alterações orgânicas se caracterizam principalmente pela
inflamação na parede das artérias ( artrite), promovendo “endurecimento” destas mesmas
artérias, predispondo ao aparecimento da arteriosclerose, que vai fazer com que a pressão
arterial aumente de intensidade.
As alterações funcionais, decorrem da ação direta do fumo
sobre o sistema nervoso central ( encéfalo e medula espinhal) e sobre o sistema nervoso
autônomo, que recebe este nome porque funciona independentemente da nossa vontade. A
ação do tabaco sobre estes dois sistemas nervosos pode produzir palpitação cardíaca (
taquicardia), angústia precordial e, em certos casos, até angina do peito. As artérias
apresentam-se mais contraídas ( tônus aumentado). Isto, em fumantes inveterados, pode
apresentar a redução da capacidade de adaptação frente a situações em que normalmente as
artérias se dilatariam. Podendo assim ocasionar sérios danos aos territórios ou órgãos que
ela irriga de sangue arterial.
Além de atuar deleteriamente sobre todo o organismo e em
particular no sistema arterial ( direta ou indiretamente) através do sistema nervoso, o fumo
influencia negativamente o sistema endócrino, provocando alterações hormonais que
redundarão juntamente com os outros mecanismos citados, num desequilíbrio ainda maior
da pressão arterial do indivíduo.
Há de se lutar contra o tabagismo, mesmo porque aqueles que
não fumam acabam sofrendo por tabela as conseqüências do hábito de fumar dos outros,
principalmente crianças que pelas peculiaridades do seu sistema respiratório, acabam
fumando junto, sofrendo desde pequenas as alterações já descritas.
Em certas pessoas, particularmente sensíveis, o fumo faz
desencadear certas perturbações nos vasos sangüíneos, como a trombo-angeite obliterante,
que como o próprio nome indica, é uma inflamação destes vasos com a formação de
trombos que obliteram a circulação podendo gerar complicações importantes na saúde
destas pessoas. Para finalizar, discriminamos algumas vitaminas que o fumo espolia do
organismo, sendo portanto, necessário uma maior ingestão dos mesmos, pelo tabagista.
a) vitamina B1 ( Tiamina), que pode ser encontrada na levedura de cerveja, farelo de
arroz, trigo integral, cereais, amendoim, vegetais e iorgute
b) Vitamina C, que pode ser encontrada na fruta cítrica ( laranja, limão, cajú e uva), além
de goiaba, mamão e manga
- frutas silvestres
- verduras
- tomates
- couve – flor
- batata
- batata doce
- pimentão
Duas frutas que contém uma quantidade enorme de vitamina
C, são a acerola e o kiwi, este mais que a própria acerola.
Existe no mercado uma vitamina C, natural, em cápsulas
feitas com acerola, de grande valia para repor grandes quantidades de vitamina C.
O que existe no mercado alopático não é vitamina C, é tão
somente ácido ascórbico, uma vez que não possuem os outros elementos que a compõe tais
como bioflavonóides.
A Luz da Medicina Chinesa
Toda medicina chinesa se baseia no conceito de TAO que
pelo simples fato de ser definido já não é mais TAO.
Esquematicamente, TAO é representado por um círculo
dividido em duas partes iguais chamadas:
YIN
e YANG, que são chamadas energias negativas e
positivas, respectivamente.
Veja que a energia não é boa nem má. Energia é energia e
pronto!
O uso que fazemos da energia é que a torna boa ou má. O fato
do YIN ser chamado de negativa não tem nenhum caráter pejorativo e sim de oposição ao
positivo YANG, entretanto, na realidade elas são complementares entre si, conforme
esquema a seguir:
TAO
YANG
A hemi metade em claro
Consequentemente a outra metade corresponde ao YIN.
YNN
corresponde
ao
YANG.
Notar que dentro do YANG existe um pouco do YIN e viceversa, que confere um equilíbrio extraordinário entre estas duas formas de energia.
Veja abaixo onde termina o YIN e começa o YANG e vice –
versa.
TAO
Fim do Yang
Começo do Yinn
Fim do Yinn
começo do Yang
À luz da Medicina Chinesa a doença ocorre quando há um
desequilíbrio entre estas duas modalidades de energia.
Para dar maior clareza ao raciocínio, seguem-se algumas
comparações entre aquela que é YIN e aquela que é YANG.
YANG
Homem
Sol
Carne
Sódio
Calor
YIN
Mulher
Lua
Vegetais
Potássio
Frio
Como pode-se perceber, temos dentro de nós tanto o YIN
como o YANG e é desse equilíbrio que resulta nossa boa saúde, ou seja, existem doenças
relacionadas ao YIN e doenças relacionadas ao YANG.
Sem entrar em muitos detalhes, a hipertensão arterial está
quase sempre relacionada ao excesso de energia YANG, por isso a necessidade de
reequilibrar e harmonizar o YIN – YANG.
Como visto no esquema anterior o excesso de sódio ( sal de
cozinha) aumenta a pressão arterial, que pode ser normalizada quando se ingere seu
antagônico que é o potássio. Isto se dá ingerindo muitas frutas e vegetais crus, bem como
diminuindo o consumo de carnes ( principalmente as vermelhas), pois este é o alimento
mais YANG que existe. Para a mesma quantidade de carne vermelha deve-se comer sete
vezes mais vegetais crus e frutas para que se estabeleça o referido equilíbrio YIN –
YANG. Por isso, o indivíduo hipertenso deve ingerir mais peixes, que fornecem proteínas
de altíssima qualidade. Este alimento, além de ajudar a controlar o colesterol no
organismo, é menos YANG que a carne vermelha. No entanto, existem trabalhos
científicos mostrando que mulheres que deixam de ingerir carne vermelha pode apresentar
anemia importante, devido a perdas sangüíneas menstruais.
A medicina clássica não cogita sobre a possibilidade de carne
vermelha agravar a hipertensão arterial, que é um fato que deve ser levado em
consideração à luz da Medicina Chinesa.
Outra curiosidade é que os chineses acreditam que deve-se
comer um pouco de carne de porco afim de melhorar o meridiano dos rins. Nestes casos o
colesterol aonde fica?! Recentemente pesquisas tem mostrado que a carne de frango criado
aqui no Brasil tem um índice de colesterol maior que a carne vermelha e, mesmo maior do
que a de porco. Tudo depende da quantidade!
Logicamente o paciente que sofre de hipotensão arterial deve
comer a quantidade de carne vermelha que lhe cabe, ou seja um grama por quilo de peso
ideal, por exemplo: uma pessoa com um peso ideal de 70 kg deve ingerir 70 gramas de
proteína por dia, também não necessariamente proveniente da carne vermelha. Notar que
mesmo para aquelas que não apresentam problemas algum a quantidade ideal de proteína é
satisfeita com pequenas quantidades dos alimentos que a contém.
Já dizia Hipócrates, pai da Medicina “em matéria de alimento,
nada faz mal, depende da quantidade”.
Por outro lado o filósofo Lucrécio enunciava que “a mesma
carne que alimenta um homem pode envenenar outro homem”.
Daí concluir que deve-se evitar aquilo que sabidamente faz
mal e comer o restante com moderação.
Para o indivíduo hipotenso um suplemento alimentar de
extrema valia é o Ginseng, que é altamente YANG.
O TAO é tão fantástico porque remonta a observações tipo:
um copo é importante porque ele não é compacto, existe um vazio dentro dele, o mesmo
vale para a roda de bicicleta, por exemplo, que só pode ser uma roda porque existem
vazios entre os aros. Assim, deve ser a vida de um hipertenso que normalmente é um
indivíduo muito ativo ( YANG), deve aprender a criar espaços vazios em sua vida, como o
justo repouso e a quietude, pois o não fazer ( vazio) é tão importante quanto o realizar. É
preciso aprender a repousar e descansar sem se sentir inútil.
A seguir transcreveremos algumas atividades que interferem
no YIN- YANG. Sem dúvida alguma a caminhada é o exercício que mais equilibra estas
energias.
Esportes adequados a você conforme a tipologia YIN –
YANG:
Ciclismo
Caminhar
YANG
YIN
Equilibra YANG-YIN
Passear no Bosque
YANG
Caminhar nas Montanhas
YIN
Tonifica o YIN e o YANG simultaneamente
Automóvel
YANG
YIN
Rallye
YANG
YIN
Corrida de Automóvel
Musculação
Boxe
Artes Marciais
Em circuito equilibra o YIN-YANG
Equilibra o YIN e o YANG
Equilibra o YIN e o YANG
Equilibra o YIN e o YANG
Exceção do judô que esgota o YANG. Pode provocar artrose
no adulto e atraso de crescimento em crianças que não tenham um bom preparo físico
prévio.
Sob esta ótica YIN-YANG o hemisfério cerebral direito
(HCD) é feminino (YIN) e o hemisfério esquerdo (HCE) é masculino (YANG).
Estes dois hemisférios estão ligados entre si por uma estrutura
chamada corpo caloso. Esta ligação significa que deve-se usar os dois hemisférios para se
ter a plenitude da vida.
O HCD representa tudo que pertence ao mundo feminino,
como por exemplo, a influência da família da mãe. Enfim todos os ancestrais e arquétipos
femininos do universo atuando através do inconsciente coletivo.
Esqui
Natação
Tênis
Ginástica
Fortalece o YIN e não esgota o YANG
Faz passar o YANG no YIN
Elimina o excesso de YANG YIN
Pelo método americano com aparelho
tonifica o YIN e o YANG dando saúde por
meio da força muscular
O HCE ao contrário é complementar e representa tudo aquilo
que é masculino, é analítico, enquanto o HCD é sintético, aquele é responsável pelo
raciocínio concreto este é responsável pelo raciocínio abstrato.
Ambos são importantes! Um homem de negócios, com
predominância de HCE, deve desenvolver o outro hemisfério cerebral afim de manter
equilíbrio YIN-YANG. Com a prática da Yoga, da música etc, poderá evitar o
desenvolvimento de uma doença YANG, com a hipertensão arterial.
Os gênios da humanidade só chegaram a este grau porque
aprenderam a usar ambos os hemisférios cerebrais.
Num mundo ocidental como o nosso, não é fácil manter este
equilíbrio, porém tudo é valido para permanecer saudável, principalmente praticando Yoga
ou Tai-Chi-Chuan, que harmonizam as energias YIN – YANG, promovendo uma
integração entre ambos os hemisférios cerebrais.
Repensando o Coração
Existe um critério em metodologia científica, baseado no qual
pode-se até transcrever um texto de uma maneira ética ou legal, desde que a fonte seja
citada.
Por isso resolvi colocar o texto a seguir ( fls. 59 e 60) como
sendo o último capítulo antes da conclusão, devido a lindíssima abordagem holística que a
Dra. Rita Francis Gonzalez Rodrigues Branco dá ao coração, num artigo publicado no
jornal da Associação Médica brasileira, junho de 1993:
Repensando o Coração Humano
(Dra. Rita Francis Gonzalez Rodrigues Branco – Goiânia)
“Muito se tem estudado e escrito sobre o coração humano.
Sua anatomia, fisiologia e patologia são por demais conhecidas. Para desvendá-lo usamos
o estetoscópio, os raios X, o ultrassom, os raios isótopos, os catéteres, os contrastes...
Pode-se cortá-lo, suturá-lo, até implantá-lo para outro tórax...
Mas pouco tem se falado da questão filosófica do coração.
Remontando aos povos antigos e orientais, passando tangencialmente pelas teorias
freudianas, sabemos que na natureza tudo é feminino ou masculino ( Yin e Yang). Os
hindus vicenciam muito estes equilíbrio buscando o completo, o harmônico.
O coração também tem seus dois lados em harmonia. O
ventrículo esquerdo, “masculino”, trabalha bem com a pressão, é como um pai que suporta
pressões e sabe lidar com autoridade que lhe é imposta. Tem força, é todo músculos. Não
tem “elasticidade” para suportar volumes. Pai que dá a solução rápida, brusca, agressiva,
forte... O ventrículo direito, “feminino”, é a mãe sempre pronta a conciliar, a ceder, a
interceder e aceitar. Se o ventrículo esquerdo através de um “shunt”, manda volumes e
pressão para os pulmões, o ventrículo direito tende a amortecer esta pressão na tentativa de
protegê-lo. O ventrículo direito suporta enormes volumes, sempre há espaço para mais
uma gota, mas esta câmara não está preparada para receber pressão. Ela não foi feita rude
muscular e heróica. É uma câmara suave, contemplativa, receptiva. E quando a pressão
aumenta sobre o ventrículo direito, duas reações podem ocorrer: a falência ou a estenose
infundibular reativa. A falência é o desespero, a desestruturação de quem tentou o quanto
pode para segurar o volume e a pressão a sim imputados. A estenose infundibular é a
tentativa desesperada, última, de segurar toda a carga recebida. É o último abraço, aquele
que tenta deter. É o “aninhar” os filhotes.
A falência do ventrículo esquerdo assim como o ausentar da
mãe faz sofrer todo o organismo. Importante lembrar que após a falência de um, vem a do
outro. Eles vivem em harmonia. Um não pode viver sem o outro.
Estas formulações não nos ajudarão na nossa clínica diária,
mas com certeza nos farão sentir melhor com este coração que bate no peito de cada um de
nós”.
Complementando o artigo escrito pela Dra. Rita, é
interessante lembrar que os gregos antigos atribuíam que determinados sentimentos
estavam ligados aos diferentes órgãos, como por exemplo, o fígado que representava a
sede das emoções, por isso, o mito de ficar nervoso faz mal para o fígado. É maravilhoso
notar que existe esta mesma correspondência na Medicina Chinesa.
Atualmente há estudos onde se relaciona a ocorrência de
determinadas doenças com perfil psicológico do indivíduo, o que vem a comprovar a
procedência dos conhecimentos anteriormente citados.
Em holismo, palavra grega, que quer dizer todo, se se
melhorar as partes melhora-se o todo, se se melhorar o todo automaticamente melhoram-se
as partes. E que o todo é maior que a soma das partes.
E o ser humano o que que é?
Muito recentemente descobriu-se que o coração é mais que
uma bomba propulsora de sangue. O coração é também uma glândula endócrina que
secreta uma substância chamada Fator Natriurético Atrial (FNA), que tem a função de
eliminar pela urina o sal (sódio), quando os átrios se distendem acima de um determinado
volume ocasionado pelo excesso de sódio (sal).
A descoberta acima ressalta a importância de se diminuir a
ingestão de sal de cozinha, mesmo para quem não sofre de “pressão alta”, porque nestes
casos pouco é muito.
Quando conversava com um físico um fato que me deixou
maravilhado: ele me informou que, atualmente, admite-se que o Sol não é uma massa
sólida, mas uma estrela oca, que pulsa., que tem vida e que, provavelmente, tem 4
cavidades à semelhança do coração. Isto prova que o Sol pode ter vida como o coração,
“assim como é em cima é em baixo” ou ainda, tudo que acontece no macro acontece no
micro, ou seja, este fato denota que a saúde não é somente algo relacionado a ecologia,
como também deve ser considerada no contexto macroscómico.
Conclusão
Esta exposição sobre a pressão arterial e suas variações de
equilíbrio do organismo, ou seja, ao seu estado fisiológico, mostra o cuidado que se deve
ter na interpretação do dado obtido numa medida de tensão arterial num dado momento da
vida do indivíduo.
Mesmo porque a ocorrência de uma pressão elevada em
algum instante da vida da pessoa pode não ter significado algum, ou seja, pode ser normal
para um outro indivíduo ou mesmo para aquela mesma pessoa, num outro tempo e espaço.
A tensão arterial faz parte do organismo como um todo, sendo
na maioria das vezes, resultado da homeostasia.
Homeostasia, definida pelo fisiologista norte americano
Walter Bradford Cannon, em 1916, é a propriedade hereditária do ser vivo de perdurar no
tempo, mantendo o equilíbrio morfológico e funcional das suas células e tecidos. A
homeostasia portanto é mantida por outra propriedade hereditária que é a auto-regulação.
A auto – regulação se manifesta, por exemplo, quando a
temperatura do ambiente é elevada, provocando uma dilatação dos capilares com a
finalidade de eliminar o calor do organismo.
“Homeostasia e auto – regulação do organismo constituem os
mecanismos de adaptação e compensação do organismo aos diversos agentes externos,
influindo assim não só na época da manifestação de uma moléstia, como também no modo
de evolução e ação terapêutica”(Maffei).
Por isso, cada pessoa adapta a sua pressão arterial tentando
manter a sua homeostasia, consequentemente, esta pressão arterial é resultante de um
mecanismo de adaptação e compensação. Prova disto é a recente descoberta que o coração
também é uma glândula endócrina, que secreta hormônios.
A pressão arterial é apenas um sinal que deve ser considerado
juntamente com todo o organismo de acordo com o momento da vida da pessoa, bem como
a sua idade e sexo. Não se pode esquecer da parcela de responsabilidade que cada
indivíduo tem com ele mesmo no que tange a sua homeostasia e a auto – regulação, ou
seja, com a própria saúde. Não se deve jogar somente nos ombros dos médicos tamanha
responsabilidade.
Se você tem ou já teve “pressão alta” ou ‘pressão baixa”,
lembre-se do ditado francês que diz: “Em medicina como no amor, não diga sempre, nem
jamais”, em outras palavras: não se pode afirmar em relação ao organismo humano que
algo não tem cura ou solução.
Muitas pessoas podem se tornar hipertensas essenciais a partir
do momento que alguém lhes meça a pressão arterial, esboce um semblante muito sério,
cunhe um som grave na voz e diga: “isto é muito sério, você está com pressão alta”.
Quando sabemos e reafirmamos: este fato pode ser apenas um ato circunstancial.
Dizem que de médico e de louco, cada um tem um pouco,
porém, nestes casos, convém que se encaminhe no sentido estritamente profissional, ou
seja, deixe o médico fazer esta avaliação. Medir a pressão arterial é um ato estritamente
médico.
Afinal, é para estas coisas e outras mais que ele estudou.
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