Cap.09 Impulso e Momentum Do professor para o aluno ajudando na avaliação de compreensão do capítulo. É fundamental que o aluno tenha lido o capítulo. A colisão representa um evento durante o qual dois ou mais corpos se aproximam um do outro e interagem por meio de forças. As forças de interação são consideradas muito maiores que quaisquer outras forças externas presentes; portanto, podemos utilizar a aproximação do impulso. Uma colisão pode envolver tanto contato físico, a colisão entre veículos, uma bola de bilhar batendo nas outras e a cabeçada a uma bola (ver a foto), como sem contato, a colisão entre partículas carregadas, o desvio de órbita do cometa ao passar pelo Sol. A explosão é um evento oposto ao da colisão, por exemplo, fogos de artifício, foguete balístico. 9.1Momentum e impulso ► Uma colisão é uma interação de curta duração entre dois objetos. ► Perguntas: (a) Qual é o tempo estimado de contato entre os objetos? Exemplificar. (b) Quais são os tempos estimados de contato entre duas bolas de bilhar e o pé do jogador com uma bola numa cobrança de falta? Explicar por que esses tempos são tão diferentes. (c) Você dá uma tacada com o taco numa bola de bilhar, Ela rola sobre a mesa e colide com outra bola de bilhar. A primeira para e a segunda se move. Explicar, nesta interação, como surgiu a força que fez a primeira bola parar. Do mesmo modo, como se explica o início de movimento da segunda bola. Se o corpo para ou inicia o movimento, então existem forças que agem sobre as bolinhas. Explique o surgimento das forças. ► A força pode ser constante, dependente da velocidade, do tempo e da posição. Os dois primeiros tipos de forças foram estudados nos capítulos anteriores, Força dependente de tempo é o objeto de estudo neste capítulo e, a dependente da posição, nos capítulos posteriores. ► Pergunta: O que é força impulsiva? ► Momento linear ou momentum (plural é momenta) de uma partícula ou um corpo de massa m movendo-se com velocidade v é definido como produto da massa e da velocidade da partícula: rr p = mv ► Note-se que o momento linear é um vetor e, como a massa é escalar de valor positivo, então o vetor momento linear segue a mesma orientação e direção do vetor velocidade. ► Sua unidade é [p] = [ kg m/s]. ► Podemos utilizar esta grandeza definida e escrever a segunda Lei de Newton na forma rrr r dv d (mv ) dp F (t ) = m = = dt dt dt ► Esta equação mostra que a taxa de variação do momento linear de uma partícula ao longo do tempo é igual à força resultante que age sobre a partícula. ► Nota: Esta forma da Segunda Lei de Newton é a maneira pela qual Newton apresentou a lei e, na verdade, é mais geral que apresentada no Cap. 5. Além de situações nas quais o vetor velocidade varia com o tempo, podemos usar a equação original para estudar fenômenos nos quais a massa muda. Por exemplo, a massa de um foguete muda conforme o combustível é queimado e ejetado do foguete. ► Impulso ► A componente x da equação é escrita ► O termo da esquerda expressa a variaçã o do momento linear. ► O termo da direita é uma grandeza definida como impulso J, ► As duas expressões acima formam o enunciado importante conhecido como teorema do impulso-momento: A variação no momento de uma partícula é igual ao impulso da força resultante agindo sobre a partícula, r r Dp = J . ► Perguntas: (a) O impulso é um vetor? (b) Qual é a sua unidade? (c) O impulso é uma propriedade de uma partícula, ou seja, qual é o seu significado? ► Numa colisão, entre dois corpos m1 e m2, as forças de interação F12 e F21 são, respectivamente, de corpo 1 sobre 2 e vice-versa. As forças F12 e F21constituem um par ação-reação, |F12|| = | F21|. ► A força aumenta durante a compressão e atinge valor máximo, Fmax, no instante em que o corpo A (ou B) esteja em repouso, atinge o instante de máxima compressão, e, depois, a força de repulsão da estrutura molecular dos corpos começa a dominar e inicia o processo de expansão, separando os corpos. Todo este evento acontece no intervalo de tempo Dt muito curto na ordem de ms. ► Pergunta: Se a figura do parágrafo anterior representa a variação da força de interação F12 , de corpo 1 sobre 2, como representaria a variação da força de interação F21, de corpo 2 sobre 1? ► Pergunta: Por que se calcula a área do retângulo e não a área sob a curva? ► Pergunta: Qual é a vantagem de se utilizar o teorema impulsomomento? ► Estudar o texto explicativo da Fig 9.6, página 243. ► Pergunta: Uma força de grande magnitude sempre produz um impulso muito maior sobre um corpo do que uma força de menor magnitude? Explicar. Resp. Não. O impulso, FDt, depende da força e do tempo para o qual é aplicado ► Responda a questão Pare E Pense 9.1 9.2 Resolvendo problemas de impulso e momentum ► Estudar os Exemplos 9.1 e 9.2, seguindo a orientação do Box Tático 9.1. ► O que significa Aproximação de impulso? Resp. Durante o breve intervalo de tempo de existência da força impulsiva, pode-se desprezar as forças da gravidade sobre os corpos. ► Responda a questão Pare E Pense 9.2. E responda: há alguma semelhança com o colete à prova de balas? Questão: Duas partículas de massas diferentes partem do repouso. A mesma força age sobre ambas quando elas se movem por distâncias iguais. Como os módulos de seus momentos finas se comportam? (a) A partícula de maior massa, M, tem mais momento. (b) A partícula de menor massa, m, tem mais momento. (c) as partículas têm momentos iguais. Resp. (a); razão entre os momenta, (M/m)1/2. 9.3 Conservação do momentum ► A aplicação da terceira lei de Newton resulta num dos mais importantes princípios de conservação da física. Por exemplo, considere um sistema constituído deduas partículassob aação deforças externas, ver a figura. As forças sobre cada partículasãodescritas pelas expressões ► Nota: Depende do sistema escolhido ► Exemplo: Duas partículas(bolas) ► Sistema de uma bola: Na bola 1, as duas forças verticais se anulam, N1+ Fg1 =0, pois não há movimento da bola nessa direção. No entanto, não há força que anula a F21 e ela é uma força externa para 1 nesse sistema. A bola 1 não está isolada ( do mesmo modo a bola 2), p1 = F21. O momento linear do sistema constituído de uma bola não se conserva. ►Sistema de duas bolas:As forças externas são os pares de forças verticais que se anulam, N1+ Fg1 =0 e N2+Fg2=0, pois não há movimento das bolas nessa direção. As forças de interação, a F21 e F12 , são internas nesse sistema e formam um par de ação e reação. Quando somamos todas as forças do sistema, as forças internas se cancelam. Não havendo nenhuma força atuando no sistema, ou seja, sistema é isolado, o momento linear do sistema se conserva. ► Perguntas: Estudar o Exemplo 9.4 (p.251). Responder: Na pag.252, o autor expressou a conservação do momento linear do sistema Bob + carrinho na forma onde a v2x)B é a velocidade do Bob ainda no ar ( antes de tocar o carrinho). (a) Há uma força externa agindo sobre o Bob. Qual é essa força e por que o momento se conserva? (b) Estando o menino no carrinho e ele decide pular para frente do mesmo, o momento do sistema se conserva? (c) Seguindo o item (b), a velocidade do carrinho aumenta ou diminui após o salto do Bob? (d) Quando o Bob chega no chão, o momento linear do sistema se conserva? Obs. Todos os itens requerem explicações. ► Responda a questão Pare E Pense 9.3. ► Problema: Resolver o problema 9.57 do livro-texto. Resolução: (a) O momentum inicial é nulo, pois o nêutron está em repouso, pi =0. Após o decaimento, o momentum é constituído de momenta do próton, pp, e elétron, pe, figura (A). pf = pp + pe = -1,67x10-22 i + 2,73x10-23 i = -1,39 x 10-22 i (kg m/s). Claramente, o momentum do sistema nêutron-próton-elétron não se conserva. A NOTA inserida no enunciado explica a necessidade de existência de uma terceira partícula, chamada, posteriormente, de neutrino- n, para satisfazer o princípio de conservação do momentum, figura (B). (b) e (c) A lei de conservação do momentum leva a seguinte expressão: pp + pe + pn = 0, pn = - pp - pe = 1,40 x 10-22 i (kg m/s). O neutrino deve possuir 1,40 x 10-22 kg m/s de momentum e na mesma direção e sentido do elétron. ► 9.4 Colisões Inelásticas ► Pergunta: O que entende por colisão perfeitamente inelástica? ► O autor afirma: ► Obs. Problema de tradução: Na segunda linha do texto copiado do livro, trocar inelásticas por elásticas. ► Cuidado! Ainda do texto acima. Quando os objetos se ricocheteiam, nem sempre, a colisão é elástica. Exemplo: Numa colisão bidimensional entre corpos de massas iguais, o ângulo formado entre os vetores velocidades após a colisão é de 90 graus, se e somente se, a colisão é elástica. Isto será provado em cap. 10. ► Responda a questão Pare E Pense 9.4. ► 9.5 Explosões ► A explosão é um evento contrário de uma colisão perfeitamente inelástica: um corpo que se fragmenta em vários pedaços e cada um adquire momento linear. O momento linear do sistema se conserva na explosão, pois, as forças impulsivas, além de serem forças internas, possuem intensidade muito elevada do que as forças externas, podendo ser ignoradas. Exemplos: fogos de artifício, foguetes balísticos e lançamento de foguete mal sucedido. ► Responda a questão Pare E Pense 9.4. ► 9.6 Momentum em Duas Dimensões ► O momento linear é um vetor e a forma usual de se tratar o movimento num plano é reduzir este vetor em componentes X e Y. Em se tratando que o momento linear total é conservado, assim como os seus componentes. rrr p f = pi ; e como p = px iˆ + p y ˆj resulta em p fx = pix ; p fy = piy ► Estudar os Exemplos 9.9 e 9.10. Neste último, note-se que o componente y de momento linear inicial é nulo. Pergunta: Por que o momento linear total se conserva nesses dois exemplos? Problemas Perguntas: (b) Qual será o estado de movimento do sistema (barco e Ann) quando Ann chegar à outra extremidade do vagão e parar? (c) Que distância o vagão percorrerá enquanto durar o movimento da Ann? Resp: 13,6m; (b) Fica parado. (c) 1,36m Conceituação: O problema trata de uma colisão perfeitamente inelástica e a conservação do momento linear do sistema (projétil+bola de madeira) na colisão é utilizada. Aqui temos um problema, digamos, inverso. Obter a velocidade após a colisão e depois a do projétil. Visualizamos que, após a colisão, o sistema se torna um pêndulo cujo corpo de massa do projétil mais a da bola de madeira oscila em torno do linha vertical fazendo um pequeno arco de raio igual ao comprimento do fio. A velocidade calculada é a do corpo quando passa pela posição mais baixa da trajetória curva ( do arco). Para obter esta velocidade, devemos resolver, primeiramente, o seguinte problema de dinâmica de movimento circular. O diagrama de corpo livre ou, melhor dizendo, diagrama das forças aplicadas ao sistema deve ser construído. No diagrama deve conter, somente, as forças de tensão no fio e gravitacional. O sistema de coordenadas, nesse, caso, a ser utilizado pode ser o de cartesianas, cuja origem está na outra extremidade do fio, fixa ao teto. A segunda lei de Newton é aplicada, tendo somente o componente Y: T - ( m proj + mbola ) g = (m proj + mbola ) vL 2 A velocidade obtida, v = 4,3m/s, é a velocidade do sistema após a colisão. Agora , volte à equação de conservação do momento linear do sistema para calcular a velocidade do projétil. Resp. 90,0m/s.