TALES GABRIEL DE DEUS BUENO ANÁLISE DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES REALIZADAS EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) DE SERVIÇOS À LA CARTE E SELFSERVICE. GUARAPUAVA 2011 TALES GABRIEL DE DEUS BUENO ANÁLISE DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES REALIZADAS EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) DE SERVIÇOS À LA CARTE E SELFSERVICE. Trabalho de Conclusão de Curso a ser apresentado ao Departamento de Nutrição, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição. Orientadora: Prof.(a) Rosalva Gatti. GUARAPUAVA 2011 Ms. Raquel ANÁLISE DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES REALIZADAS EM UNIDADES DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) DE SERVIÇOS À LA CARTE E SELFSERVICE. Analysis of the main activities performed out in unit's of food and nutrition services a la carte and self service BUENO, Tales Gabriel de Deus¹ GATTI, Raquel Rosalva² RESUMO É através da alimentação que garantimos as nossas necessidades biológicas, contudo há um simbolismo contido em cada refeição o qual pode ser fortalecido quando as necessidades sensoriais são atendidas. Considerando a importância da alimentação na vida dos indivíduos e finalidade dos alimentos surge a necessidade de orientações sobre a alimentação e o profissional capacitado é o nutricionista em qualquer área de sua atuação. O objetivo do estudo foi analisar as principais atividades desempenhadas em unidades de alimentação e nutrição (UAN) de serviços à la carte e self-service. Para coleta de dados foi aplicado um check list para averiguar as atividades realizadas durante o preparo das refeições. O estudo foi de cunho qualitativo descritivo para as duas modalidades de serviço. Foram analisadas atividades relativas ao cardápio, as sobras, os recursos humanos, as práticas operacionais padrão, matéria-prima e o destino dos lixos descartáveis e orgânicos. Os resultados foram distintos com grande número de inadequações segundo o preconizado pela literatura. Palavras-chave: Alimentação coletiva, À La carte, Self-service, check list ¹ Acadêmico do quarto ano do Curso de Nutrição da Unicentro, TCC. ² Professora Ms. Orientadora do Departamento de Nutrição. UNICENTRO ABSTRACT It is through food that ensure our biological needs, yet there is a symbolism in each meal which can be strengthened when the sensory needs are met. Considering the importance of food in the lives of individuals and purpose of the food comes the need for guidelines on nutrition and the dietitian is a trained professional in any area of your expertise. The aim of this study was to analyze the main activities performed in units of food and nutrition (UAN) services a la carte and self service. For data collection we used a checklist to ascertain the activities undertaken during the preparation of meals. The study was descriptive qualitative character of the two types of service. Activity was analyzed on the menu, the leftovers, human resources, standard operating practices, raw material and the fate of organic wastes and disposable. The results were different with a large number of mismatches according to the recommended literature. Keywords: collective power, Á la carte, Self-service check list INTRODUÇÃO O mundo contemporâneo impõe longos deslocamentos e a extensa jornada de trabalho impedindo muitas vezes que um grande número de pessoas realize suas refeições em família. Sendo assim, a refeição fora do lar em unidades de alimentação e nutrição (UAN), é uma das alternativas viáveis para a população. UAN's são consideradas como unidade de trabalho ou órgão de uma empresa que desempenha atividades relacionadas à alimentação e à nutrição e estas podem ser diferenciadas pela modalidade de serviço, os quais denominados À La Carte, Self-service e entre outros¹. O modelo de serviço À La Carte é designado por utilizar uma lista completa do que é servido, chamada menu, onde o cliente pode escolher do que alimentar-se, desde o primeiro prato até a sobremesa, que são preparados somente depois desta escolha e tem preços separados². O serviço tido por self-service,é caracterizado por dispor todos os pratos, doces e salgados, dispostos em um buffet onde os clientes podem se servir dos alimentos de sua preferência, na ordem e quantidade que desejam. É prático e muito utilizado em refeições informais². O ato de alimentar-se além de satisfazer as necessidades biológicas, tem funções simbólicas e sociais, sendo que este simbolismo é diferenciado pela idade, situação social e outras variáveis, representando assim, diversos comportamentos alimentares. Isso se reflete nos alimentos, que são escolhidos perante a cultura da sociedade ou mesmo pela compreensão do que é saudável³. A produção de refeições em UAN’s envolve um conjunto de ferramentas para a garantia da qualidade e segurança que como fim promove, mantém ou mesmo recupera a saúde individual e coletiva dos usuários. Deve-se considerar a importância da alimentação na vida dos indivíduos e a finalidade especifica dos alimentos para cada fase da vida³. Contudo, na produção de refeições a manipulação dos alimentos pode ser uma forma de contaminação por microrganismos nocivos à saúde humana. Nesse sentido, os funcionários que prepararam refeições são fundamentais na prevenção das doenças de origem alimentar para a população que se alimenta fora do domicílio4. Por isso, as orientações sobre alimentação devem ser o enfoque do trabalho do nutricionista em qualquer área de atuação. Este profissional necessita, em sua atuação diária, promover a melhoria do estado nutricional e, consequentemente, de saúde das pessoas, através da alimentação, tomando precauções para garantir alimentos seguros, independente da área ou local de trabalho visando, também a redução de desperdícios para otimizar a produtividade garantindo qualidade, segurança e custos não tão elevados 2, 6. O objetivo do estudo foi analisar as principais atividades desempenhadas em unidades de alimentação e nutrição (UAN) de serviços à la carte e self-service na cidade de Guarapuava-PR. MATERIAIS E METÓDOS O presente estudo foi de cunho qualitativo e as análises foram descritivas. Foram definidos 2 (dois) restaurantes, que concordaram em participar da pesquisa após entrega de um termo de responsabilidade pelo pesquisador, que possuem serviços À La Carte (A) e selfservice (B) situados na cidade de Guarapuava-PR. Para averiguar as atividades realizadas durante o preparo das refeições focando o cardápio, as sobras, os restos alimentares, materiais descartáveis, os recursos humanos, práticas operacionais padrão (POP's), matéria-prima, destino e retirada do lixo. Para tal foi utilizado um check-list (APÊNDICE 1) elaborado pelo pesquisador, baseado em material elaborado pelo SESC (Serviço Social do Comércio) – São Paulo, 2003. Foi realizado um estudo piloto em cada UAN escolhida, para verificar sua viabilidade de utilização e a coleta dos dados foi realizada no período do almoço ou do jantar conforme funcionamento do restaurante durante quatro dias. RESULTADOS E DISCUSSÃO Nas duas modalidades de serviço observamos diferentes resultados referente ao cardápio. Nos dois restaurantes (à la carte – A e self-service – B) o cardápio era planejado antecipadamente sem a responsabilidade do profissional nutricionista. O cardápio do restaurante (A) era planejado por Chef de cozinha contratado para efetuar tal atividade devendo ter aprovação da gerência do restaurante. No serviço (B) o planejamento ficava sob o encargo dos proprietários e a execução tinha supervisão do gerente. Conforme Tabela 1. Tabela 1 – Dados relativos ao cardápio CARDÁPIO UAN >A< UAN >B< Planejado antecipado sem responsabilidade Planejado antecipado sem responsabilidade do Nutricionista do Nutricionista Chef Gerência Sem cálculos de per capta e de Índice de parte comestível (IPC) Sem cálculos de per capta e de Índice de parte comestível (IPC) Os resultados obtidos por Augustini., et al 7 assim como presente estudo mostraram a necessidade de planejar corretamente o numero de refeições, saber o rendimento de cada matéria-prima, envolver toda a equipe para traçar metas de controle de sobra, realizar treinamento e conscientização da equipe, preparar os alimentos aos poucos quando possível e manter durante todo o tempo de distribuição uma excelente apresentação dos pratos. Marques, Coelho e Horst8 observaram que uma grande flutuação no número de comensais é um fator que dificulta o planejamento adequado da quantidade de alimentos a ser preparado e ter o conhecimento dos hábitos alimentares da clientela é fundamental para implantar programas visando reeducação alimentar podendo dessa forma, reduzir o desperdício. Provando a hipótese que um cardápio que não agrada aos comensais induz ao desperdício, Almeida., et al9 constataram que cerca de 40% dos entrevistados alegaram que o sabor foi fator determinante para o desperdício, seja pelo sabor desagradável ou por não apreciação do cardápio. Notou-se ainda, que mulheres são mais sensíveis ao sabor do alimento, deixando porções inteiras, enquanto homens tendem a comer um pouco da porção. Ambos os serviços (A e B) guardavam e reaproveitavam as sobras em outra preparação e ou refeição. O serviço (A) reutilizava os legumes cortados e queijo ralado, já o (B) faz o uso de todas as sobras. O armazenamento destes era feito em refrigeradores com temperatura de até 10ºC e somente alguns recipientes possuíam tampa e são de diversos materiais como alumínio, plástico e vidro e o que era armazenado em potes sem tampa é coberto por papel filme. Os refrigeradores e freezeres não possuíam termômetros internos nem externos e por isso não havia verificação da real temperatura nem de sua verdadeira funcionalidade. Não havendo padronização e nem etiqueta de identificação nestes utensílios, como mostra a Tabela 2. Tabela 2 – Dados relativos às sobras SOBRAS UAN >A< UAN >B< Armazenadas sob refrigeração sem Armazenadas sob refrigeração sem identificação identificação Reaproveitamento em outras refeições e/ou preparações Reaproveitamento em outras refeições e/ou preparações Não havia termômetros nos freezer e refrigeradores Não havia termômetros nos freezer e refrigeradores Os utensílios de armazenamento eram de plástico, vidro, alumínio sem padronização Os utensílios de armazenamento eram de plástico, vidro, alumínio sem padronização Genta, Maurício e Matioli10 constataram que a verificação das temperaturas dos refrigeradores não era verificada e não havia identificação das sobras, não eram guardadas amostras de qualquer item do cardápio e a reutilização de alimentos só era feita se os mesmos não eram distribuídos. O reaproveitamento de sobras quando é baixo, menor quantidade de alimentos vão para o lixo consequentemente menor é o custo de produção, relatando que em avaliação realizada em hospital público as sobras giravam em torno de 10,1% na primeira avaliação e 7,17% na segunda. Sendo valores inadequados, pois de acordo com VAZ (2006)5 que preconiza os valores de sobras aproveitáveis percentuais de até 3%6. Avaliando o peso de sobra limpa, Marques, Coelho e Horst7 contataram que os valores encontrados representaram 77,7% no almoço, 10,9% no jantar e 11,4% na ceia. Augustini., et al6 ao pesar o resto por cliente observou que o valor manteve-se entre 40 e 90 g, refletindo a falta de conscientização dos clientes que não se comprometem com a redução do desperdício, no entanto, outros fatores podem ter interferido na rejeição alimentar , como a qualidade da preparação, temperatura do alimento servido, apetite do cliente, utensílios de servir inadequados ou pratos grandes que podem levar os comensais a se servirem de quantidades que não vão consumir, falta de opção de porções menores, entre outras. De acordo com Lucca e Torres10, sobre as condições de higiene em comércios de vias publicas a maioria dos utensílios encontravam-se descobertos favorecendo a contaminação. Os dados coletados com relação às Praticas Operacionais Padrão (POP's) mostraram que não existem nas unidades, manual de Boas Praticas de Fabricação (BPF); não são guardados amostras de preparações para possível comprovação ou não de surtos de doenças provocadas por alimentos. Não existe treinamento dos funcionários para o restaurante B e há variação no número de funcionários ativos por dia, o mesmo não ocorre no restaurante A, ocorrem treinamentos com periodicidade semestral e os funcionários são os mesmos diariamente. Os dois restaurantes possuem cargos fixos, almoxarife e não tem rodízio de função. Porém na ausência de funcionário sem aviso os auxiliares de limpeza podem realizar funções do auxiliar de cozinha conforme mostra a Tabela 4. Tabela 4 – Dados relativos aos recursos humanos e práticas operacionais padrão RECURSOS HUMANOS E PRÁTICAS OPERACIONAIS PADRÃO (POP's) UAN >A< UAN >B< Os funcionários possuíam cargos fixos e trabalham todos os dias da semana Os funcionários possuíam cargos fixos e trabalham em dias alternados Treinamento semestral de funcionários Não há treinamento de funcionários Não havia manuais de boas práticas de fabricação (BPF) e de POP's Não havia manuais de boas práticas de fabricação (BPF) e de POP's Não eram guardadas amostras das preparações Não eram guardadas amostras das preparações Higiene de perecíveis adequada Higiene de perecíveis deficiente Em estudo realizado em restaurantes tipo self-service com relação a treinamentos realizados com manipuladores, estudo aponta inexistência destes de forma contínua, não orientação quanto ao uso de adornos e ainda que dos 6 restaurantes analisados nenhum possuía manual de BPF (Boas Práticas de Fabricação e/ou POP's (Procedimento Operacional Padrão)9. Quanto à matéria-prima, foi observado que esta era comprada semanalmente pelo serviço (B), sendo visitadas as instalações de seus fornecedores e foram de acordo com a sazonalidade e o serviço (A) utilizava produtos de entre safra seguindo a elaboração do cardápio. Como o restaurante B não usa produtos entre safra seu cardápio sofre modificações ao decorrer do ano de acordo com a sazonalidade. Com relação às carnes, os dois serviços adquirem-nas em peças grandes, sofrendo corte de acordo com o preparo. Porém no restaurante A elas são armazenadas em porções individuais e regulares, congelando-as em freezer vertical, para agilizar o serviço. O outro serviço congela da mesma forma que recebe as carnes em freezers horizontais. Para a preparação das carnes o descongelamento é feito no dia anterior ao ar livre em bacias ou, no caso do serviço à la carte, na hora utilizando o micro-ondas como cita a Tabela 5. Tabela 5 – Dados relativos à matéria-prima MATÉRIA-PRIMA UAN >A< UAN >B< A compra é feita regularmente em datas específicas A compra é feita regularmente em datas específicas Não são feita visitas às instalações dos fornecedores Visitas às instalações dos fornecedores Troca de óleo de fritadeira a cada 7 dias sem Troca de óleo de fritadeira a cada 15 dias sem clareamento clareamento Produtos de época Produtos entressafras Descongelamento com micro-ondas e ao livre de um dia para o outro Descongelamento ao livre de um dia para o outro Cardoso, Souza e Santos¹ descreveram em seu estudo que 65% das cantinas o descongelamento das carnes, aves e pescados era realizado à temperatura ambiente e em 25% havia o uso de água parada, constituindo procedimentos inadequados, uma vez que favorece a multiplicação de microrganismos. Apenas 20% dos estabelecimentos realizavam o descongelamento em geladeira e existiam estabelecimentos que realizavam os dois procedimentos. No mesmo estudo a estocagem de produtos crus, congelados e resfriados ressaltam a importância da separação e da organização para que não ocorra contaminação entre os alimentos, porem ficou demonstrado que 10% das UAN's não mostravam preocupação nesta separação e em 70% destas procediam a separação de alimentos crus e distintos por meios de sacos plásticos identificados e 20% realizavam esta prática eventualmente. Bilck et al¹ apoia em sua discussão o uso de restos de matéria-prima não apropriados para utilização, bem como sobras e restos de alimentos, para serem totalmente aproveitados para: alimentação de animais (como o restaurante B deste estudo), na formação de composto orgânico para adubação. O óleo utilizado nas frituras por imersão era trocado semanalmente ou de acordo com o movimento, na UAN (A), quando retirado das fritadeiras era armazenado dentro da unidade em galões de plástico até serem recolhidos por uma entidade filantrópica para a fabricação de sabão. O serviço (B) trocava o óleo da fritadeira a cada 2 semanas e armazenava na unidade até o serviço da prefeitura, S.O.S. óleo realizar a coleta. Segundo Bilck¹¹ et al., em média uma família produz o equivalente a 1,5 litros de óleo usado por mês. Sabendo que 1 litro de óleo pode contaminar 1 milhão de litros d'água. O Centro Regional Universitário de Espirito Santo do Pinhal – SP e a Organização Não Governamental (ONG) Ação Triangulo na região do ABC paulista, recolhem óleos de domicílios e empresas e o destina à fabricação de sabão. Outra forma é a produção de biodiesel realizada em Ribeirão Preto – SP. Compostos polares em estudos com óleo, estes compostos são prejudiciais à saúde do homem se ingeridos9. Os diferentes tipos de lixo no serviço À La Carte (A) não eram separados. Os mesmos eram acondicionados em sacos plásticos próprios para o descarte e posteriormente eram recolhidos por serviços públicos que a seguir despejavam em aterro a céu aberto. No entanto o serviço Self-Service (B) a separação era realizada de forma consciente separando inclusive os materiais recicláveis. O lixo orgânico era doado a produtor de animais servindo de alimento e o lixo descartável era queimado nas dependências da unidade, como mostra a Tabela 6. Tabela 6 – Dados relativos ao destino e retirada de lixos DESTINO E RETIRADA DE LIXOS UAN >A< UAN >B< Resto ingestão e sobras de preparos são recolhidos pelos serviços da prefeitura Resto ingestão e sobras de preparos são doados à produtor de animais Retirava os lixos da área de manipulação todos os dias ao final do expediente Retirava os lixos da área de manipulação todos os dias ao final do expediente O óleo da fritadeira era doado à entidade filantrópica pra fabricação de sabão O óleo da fritadeira era recolhido pela prefeitura pra fabricação de sabão Pesquisa realizada em UAN's nos Campi da Universidade Federal da Bahia, a maioria apresentava frequência da coleta de lixo superior a três vezes/dia e em 50% das cantinas o lixo era acondicionado nas áreas de manipulação de alimentos em baldes com sacos plásticos, porem mais da metade destes não possuíam tampas, o armazenamento dos materiais de limpeza em 80% procediam-se corretamente, ou seja, separados dos alimentos e em 20% não atendiam as recomendações¹. CONCLUSÃO A proposta inicial era realizar a pesquisa com maior número de distintos tipos de serviços para obter uma amostra mais representativa, porém não obtivemos autorização. Sendo a amostra pequena os resultados não foram conclusivos. Devido à inexistência de estudos para comparação a discussão foi de grande dificuldade. Observou-se que as atividades realizadas de acordo com os diferentes tipos de serviços possuíam resultados distintos, gerando inadequações na grande maioria ao que é preconizado na literatura, desta forma podem trazer prejuízos à saúde dos usuários. De acordo com a análise percebeu-se a importância do profissional nutricionista para sanar riscos à saúde buscando modificar procedimentos inadequados. REFERÊNCIAS 1. Cardoso RCV, Souza EVA de, Santos P Q dos. Unidades de alimentação e nutrição nos campi da Universidade Federal da Bahia: um estudo sob a perspectiva do alimento seguro. Rev. Nutr., Campinas, 18(5): 669-680, set./out., 2005. 2. Gomensoro ML. Pequeno dicionário de gastronomia. Ed. Objetiva Ltda.Rio de Janeiro - RJ, 1999. 3. Veiros MB. Análise das condições de trabalho do nutricionista na atuação como promotor de saúde em uma unidade de alimentação e nutrição: um estudo de caso. [dissertação] Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina; 2002. 4. Cavalli SB, Salay E. Gestão de pessoas em unidades produtoras de refeições comerciais e a segurança alimentar. Rev. Nutr., Campinas, 20(6):657-667, nov./dez., 2007. 5. Vaz CS. Restaurantes – controlando custos e aumentando lucros. Brasília: LGE, 2006. 6. Müller PC. Avaliação do desperdício de alimentos na distribuição do almoço servido para os funcionários de um hospital público de Porto Alegre – RS. [TCC] Porto Alegre (RS): Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRS; 2008. 7. Augustini VC., et. al. Avaliação do índice de resto-ingesta e sobras em Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) de uma empresa metalúrgica na Cidade de Piracicaba/SP. Rev. Simbio-Logias. V.1, n.1, 2008. 8. Marques ES, Coelho AÍM, Horst S. Controle de sobra limpa no processo de produção de refeições em restaurantes. Rev. Higiene Alimentar. v. 22. nº160. p. 20-4, 2008. 9. Almeida TD., et al. Relação entre o cardápio do restaurante universitário e desperdício. Rev. Ciências do Ambiente On-Line. v.4 n.1. p.1-6. Jun, 2008. 10. Genta TMS, Maurcio AA, Matioli G. Avaliação das boas práticas através de check-list aplicado em restaurantes self-service da região central de Maringá, Estado do Paraná. Acta Sci. Health Sci. PR, v. 27, n. 2, p. 151-6, 2005. 11. Lucca A, Torres, FS. Condições de higiene de “cachorro-quente” comercializado em vias públicas. Rev. Saúde Pública. v. 36; n. 3; p.350-2, 2002. 12. Bilck AP., et al. Aproveitamento de subprodutos: restaurantes de Londrina. Rev. Agronegócios e Meio Ambiente. v. 2, n. 1, p. 87-104, jan/abr 2009. APENDICE 1. Sobre o cardápio O cardápio é planejado antecipadamente? ____________________________________________ O cardápio é planejado por nutricionista? Ou quem? ____________________________________________ É calculado o fator de correção? ____________________________________________ É feito o calculo da quantidade a ser preparada? ____________________________________________ São usados produtos congelados ou pré-prontos? ____________________________________________ Há mais de uma refeição preparada no mesmo dia? São preparadas ao mesmo tempo? ____________________________________________ As saladas são servidas temperadas? ____________________________________________ Sobre as sobras As sobras são descartadas? ____________________________________________ Há reaproveitamento das sobras para outra refeição? ____________________________________________ Há reaproveitamento das sobras para outra preparação? ____________________________________________ As sobras são armazenadas sob refrigeração até 10° C? ____________________________________________ As sobras são guardadas em potes com tampas? ____________________________________________ Os potes de armazenamento são de vidro? Ou de plástico? ____________________________________________ As tampas destes potes são coloridas? ____________________________________________ Há padronização de tipos, cores e tamanhos dos potes de armazenagem? ____________________________________________ Os produtos congelados que sobram são guardados nas suas embalagens de origem? ____________________________________________ IO resto-ingesta é jogado no mesmo lixo que as cascas, sementes e sujidades das preparações? ____________________________________________ As temperaturas dos refrigeradores são verificadas? ____________________________________________ Existem termômetros nos refrigeradores? sim ( ) não ( ) não se aplica ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ____________________________________________ As embalagens das sobras são identificadas? ___________________________________________ Sobre recursos humanos e POP's São separadas e guardadas amostras de 100g de cada preparação por 72 h? Essas amostras são identificadas? ____________________________________________ São usadas luvas durante o preparo e pré-preparo? ____________________________________________ Há manual de BPF ou POP? ____________________________________________ Os funcionários são treinados periodicamente? ____________________________________________ O número de funcionários segue o padrão de números de refeições? ____________________________________________ São admitidos cargos fixos? ____________________________________________ Há rodízio de função? ____________________________________________ O auxiliar de limpeza atua como auxiliar de cozinha? ____________________________________________ Há um estoquista ou almoxarife? ____________________________________________ Sobre matéria-prima É usada a matéria-prima de acordo com sua sazonalidade? ____________________________________________ São usados produtos entre safra? ____________________________________________ As carnes são recebidas em peças? ____________________________________________ As carnes são congeladas de acordo com o cardápio? ____________________________________________ Como é feito o descongelamento? ____________________________________________ As carnes são congeladas porcionadas? ____________________________________________ A compra de matéria-prima é feita regularmente de quanto em quanto tempo? ____________________________________________ As instalações dos fornecedores são visitadas? ____________________________________________ O óleo utilizado nas frituras é reutilizado? Quantas vezes? ____________________________________________ É feito clareamento deste óleo? ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ____________________________________________ O óleo quando descartado, tem local especifico? É jogado junto com o lixo orgânico? ____________________________________________ Sobre os descartáveis Há separação de descartáveis? Onde são alocados? ____________________________________________ São usados sacos plásticos para guardar talheres? ____________________________________________ Os guardanapos são deixado a à vontade em cima das mesas? ____________________________________________ São usados copos descartáveis? ____________________________________________ Sobre a retirada do lixo Os lixos são retirados diariamente? Em que período do dia? ____________________________________________ Os sacos de lixo são guardados em local especifico? ____________________________________________ Os lixeiros de dentro da cozinha têm tamanho adequado? ____________________________________________ Os lixeiros de fora são tambores grandes com tampa? ____________________________________________ Os lixeiros de fora têm cobertura? ____________________________________________ O lixo orgânico é recolhido pelos serviços da prefeitura? ____________________________________________ O lixo reciclável é recolhido pelos "catadores de papel"? ____________________________________________ Os lixos são retirados pela mesma porta que entram as matérias primas? ____________________________________________ O lixo orgânico é recolhido para produção de adubo? ____________________________________________ ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )