países em vias de desenvolvimento b

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CONFIDENCIAL: PAÍSES EM VIAS DE DESENVOLVIMENTO B
PARA: Os negociadores de Países Em Vias de Desenvolvimento (B) na
conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.
ASSUNTO: As nossas metas de negociação.
Vocês representam a maioria dos Países Em Vias de Desenvolvimento do mundo
nas próximas negociações sobre as mudanças climáticas, incluindo os mais
pobres e excluídos os países em desenvolvimento emergentes: Sudeste Ásia, a
maioria dos países da América Central e do Sul, a maioria Países Africanos,
pequenos países insulares e grande parte do Oriente Médio.
METAS: Os países em desenvolvimento B procuram negociar um acordo global para reduzir as emissões gases de
efeito estufa que obtenha a melhor solução para as nossas economias e para os interesses nacionais.
Vocês devem decidir:
1. Pelas ações para reduzir as emissões de carbono, se forem reduzidas. Sem ação, espera-se que nossas emissões
aumentem ao longo do tempo. Vocês decidem quando parar o crescimento das emissões, quando as emissões
começarão a diminuir e qual a taxa anual da diminuição das emissões.
2. Queremos fazer um acordo para reduzir o desmatamento e aumentar o reflorestamento.
3. Quanto financiamento será exigido das nações desenvolvidas que estão comprometidas com a criação de um fundo,
em 2020, de 100 bilhões de dólares / ano para apoiar a redução das emissões e a adaptação às mudanças climáticas
por parte dos países em desenvolvimento.
CONTEXTO: O consenso científico é claro: mais de 97% dos cientistas concordam que a mudança climática está
acontecendo, que o uso de combustível fóssil é a principal causa. Estamos altamente vulneráveis à secas, doenças,
enchentes, redução da produtividade agrícola e destruição ecológica causadas pelas mudanças climáticas. Nossa
sobrevivência está em jogo. No entanto, sendo as nações mais pobres do mundo, não temos o capital necessário para
reduzir nossas emissões e nem para a adaptação às mudanças climáticas.
OPINIÃO PÚBLICA: Há uma preocupação crescente com as mudanças climáticas, porque a população é testemunha
direta dos seus efeitos. Sabemos que, sem ação, vamos ver prejudicados pelas mudanças climáticas: o aumento do nível
do mar irá deslocar milhões de pessoas em alguns países, a tal ponto que os países insulares baixos serão completamente
perdidos. Nosso povo quer viver em um ambiente saudável, onde eles sejam capazes de satisfazerem a alimentação,
vestuário e habitação para as suas famílias, obter um emprego decente e terem acesso à energia e cuidados de saúde tal
como gozam as populações nos países mais ricos.
AÇÃO NACIONAL: Obter um acordo para limitar as alterações climáticas é crucial para o nosso futuro, mas é muito
pouco o que podemos fazer por nós mesmos. Nós estaríamos dispostos a agir, mas não temos os recursos nem para
reduzir nossas emissões e nem para a adaptação às mudanças climáticas. Alguns de nossos países membros estão
dispostos a prometer ações para o bem moral, mas, como é compreensível, outros países se negam a agir até que os
países ricos paguem pelas suas emissões passadas.
PANORAMA GLOBAL:
• Os Países Desenvolvidos nos pressionam para reduzirmos as nossas emissões. Mesmo que nossas emissões estejam
crescendo mais rapidamente do que a deles, as suas emissões per capita são muito mais elevadas (Emissões por
pessoa nos EUA são notavelmente nove vezes superiores as da Índia e ao redor de 400 vezes mais do que as dos
países Africanos, como o Mali). Eles temem que o nosso desenvolvimento e crescimento econômico agravem os
impactos sobre o clima e ameacem as suas prosperidades, por isso eles podem usar um acordo global para
desacelerar o nosso crescimento. Qualquer acordo que coloque sobre nós o ônus da limitação das mudanças
climáticas é inaceitável.
• Os Países Desenvolvidos criaram a crise climática e devem assumir as responsabilidades por suas ações passadas. Eles
usaram a energia barata dos combustíveis fósseis para construir suas economias e enriquecer suas populações, muitas
vezes explorando o nosso povo e os nossos recursos naturais. Eles exigirão que paremos com as nossas emissões
antes de termos uma chance de atingir o nível de desenvolvimento económico que eles gozam atualmente. Os Países
Desenvolvidos devem nos proporcionar o financiamento e a tecnologia que necessitamos para desenvolver nossas
economias com energia mais limpa.
• Saliente que a mudança climática prejudicará os Países Desenvolvidos, de modo que deveriam, pelos seus próprios
interesses, fazerem mais. Por exemplo, a Avaliação Nacional do Clima mostra que nos Estados Unidos a mudança
climática está, agora mesmo, afetando todos os seus 50 estados e sem grandes reduções de emissões, o dano será
muito mais grave.
FLORESTA E USO DA TERRA: Nós temos uma oportunidade para reduzir as emissões devido ao desmatamento e a
degradação do solo (REDD). A maioria das florestas tropicais ainda prevalecentes do mundo faz parte dos países em
desenvolvimento, onde, infelizmente, está ocorrendo um desmatamento substancial. Os Programas para proteger as
florestas podem reduzir as emissões globais.
Em anexo se encontram informações que poderão ser úteis em suas negociações. Boa sorte!
climateinteractive.org/worldclimate
Desenvolvido por MIT Sloan School of Management, Climate Interactive e UMass Lowell Climate Change Initiative. Atualizado em julho, 2015. Traduzido no
CAPTA Bovinos de Leite – Instituto de Zootecnia, Nova Odessa, Brasil, dezembro de 2015.
Os Países Em Desenvolvimento A, incluindo
China, atualmente são os maiores
emissores de CO2 no mundo.
Sem ação, as projeções de emissões totais
de CO2 pela queima de combustíveis fósseis
pelos Países Em Desenvolvimento (A e B)
irão triplicar até 2100.
As projeções da proporção das emissões
globais pelos Países Desenvolvidos são de
diminuição de 43% em 2013 para 37% até
2100.
Emissões de dióxido de carbono (CO2), principalmente a partir de combustíveis fósseis, para cada região de 1910 até
2013 (linha sólida) e emissões projetadas até 2030 (Linhas pontilhadas) sob um cenário "business as usual".
Emissões por pessoa em 2013 (Ton. de CO2 /Ano)
Desde 1980, as emissões por pessoa aumentaram
dramaticamente na China e na Índia (em 391% e
285%, respectivamente), enquanto que nos EUA e na
UE diminuíram (20% e 26%, respectivamente).
Riqueza (PIB per capita em 2013) distribuída por regiões.
A Suécia afirma uma redução de emissões anuais de
4,5% para reduzir sua dependência do petróleo (19761986). França e Bélgica tiveram reduções semelhantes
neste período. Por outro lado, a redução mais
significativa das emissões na história se deve a crise
política e financeira. De acordo com o UNEP, uma taxa
de redução anual de 3,5% é extremamente ambiciosa.
Enquanto isso, as emissões acumuladas têm sido maior
nos países desenvolvidos (por exemplo, EUA, UE e
Outros Países Desenvolvidos), o crescimento da
população, o PIB, e os crescimentos das emissões nos
Países Em Desenvolvimento excedem em muito aos
dos países desenvolvidos.
Total de emissões acumuladas desde 1850 até 2013, população e PIB (ambos em 2013) distribuídas por regiões.
climateinteractive.org/worldclimate
Desenvolvido por MIT Sloan School of Management, Climate Interactive e UMass Lowell Climate Change Initiative. Atualizado em julho, 2015. Traduzido no
CAPTA Bovinos de Leite – Instituto de Zootecnia, Nova Odessa, Brasil, dezembro de 2015.
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