Trabalho Submetido para Avaliação - 07/05/2012 21:00:52 A IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR O TEMA TRANSVERSAL ORIENTAÇÃO SEXUAL COM OS ADOLESCENTES EM SALA DE AULA AMANDA ARAUJO PIAS ([email protected]) / Letras Português/Inglês, Santa Maria - RS ANA SOPHIA FABRI ([email protected]) / Letras Português/Inglês, Santa Maria - RS ORIENTADOR: ELIANE MANENTI RANGEL ([email protected]) / Letras Português/Inglês, Santa Maria - RS MARCIA TELLIER MONTAGNER ([email protected]) / Letras Português/Inglês, Santa Maria RS Palavras-Chave: Orientação sexual; Educação sexual; Conhecimento. Diante do fato da sexualidade aflorar-se durante a adolescência, este trabalho visa esclarecer o contexto social de apelo sexual exercido pela mídia atrelado a fatores facilitadores da iniciação sexual precoce, como: mudanças fisiológicas, permissividade, descaso familiar, carência de informação e falta de diálogo, contexto promíscuo, entre outros, como a internet que também estimulam a precocidade sexual. Isso faz-nos refletir, sobre a questão da orientação sexual e a necessidade de discutirmos esse assunto com os alunos. Dessa forma, foi realizada uma oficina sobre Orientação sexual, no turno inverso, com os estudantes do ensino médio da E.E.E.B. Irmão José Otão, com a finalidade de esclarecer certas dúvidas que os alunos têm, por vergonha ou falta de diálogo em família. Também, para que os discentes interem-se sobre a existência de diversas doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e outros assuntos inerentes à faixa etária.Sabe-se que, mesmo que exista uma boa relação familiar, muitas vezes, os adolescentes apresentam questionamentos a respeito da sexualidade. Eles procuram respostas com os amigos ou até mesmo em casa, entretanto, algumas vezes, não conseguem saná-las. Dessa forma, o papel da escola e do próprio docente revela-se de extrema relevância na vida desses. O professor representa a figura ideal, na qual os jovens sentem mais confiança e conseguem expor suas dúvidas. A partir daí, o docente pode e deve desempenhar um papel determinante na orientação sexual dos discentes, pois segundo Ribeiro (2009), quando a escola desempenha esse papel, isso pode acarretar em evitar possíveis consequências indevidas e problemas de uma educação sexual mal esclarecida. Além disso, segundo a autora, o professor exerce um papel fundamental na formação da sexualidade do adolescente, porque a orientação sexual não consiste só em informar sobre sexo, mas também transmitir valores, atitudes e comportamentos. "Os professores e as demais pessoas, mesmo sem perceber, transmitem valores com relação à sexualidade no seu cotidiano, inclusive na forma de responder ou não às questões mais simples trazidas pelos alunos" (BRASIL, 1998, p.302 apud RIBEIRO, Maria 2006). Assim, a sexualidade é aprendida continuamente, em todo e qualquer lugar. Em cada gesto de ternura e afeto dos pais, entre si e para com os filhos; nas emoções vividas com intensidade; nos vínculos em que a intimidade abre caminho e se faz presente. Porque cada uma dessas experiências e momentos nos molda, amadurece e enriquece e, dessa forma, nos prepara para os mistérios e aventuras que é o encontro amoroso (ARATANGY, 1998, p.14 apud RIBEIRO, Maria).Os PCN servem de suporte para os educadores, através dos temas transversais, nos quais está inserida a Orientação Sexual. Evidenciamos a questão abrangente da sexualidade ao apreendermos que, desde os primeiros dias de vida, manifestamos nossa sexualidade através do contato materno, como a amamentação. “Em relação à puberdade, as mudanças físicas incluem alterações hormonais que, muitas vezes, provocam estados de excitação incontroláveis, ocorre intensificação da atividade masturbatória e instala-se a função genital” (PCN, 1997. volume 10. pg. 117-118). A partir disso, percebe-se a necessidade do educador compreender essa fase e direcionar certos assuntos a serem debatidos com os discentes, como: transformações do corpo, a gravidez, as doenças, o respeito, a autoestima, o cuidado higiênico e mental com a saúde. Através do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, financiado pela Coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior em parceria com o Centro Universitário Franciscano, é possível que os alunos de graduação de Letras possam desenvolver-se para a docência antes mesmo de estagiarem. Na Escola Estadual de Educação Básica Irmão José Otão, de Santa Maria /RS, as bolsistas atuantes, através de oficinas no contra turno, desenvolvem atividades diversificadas ao abordarem diferentes temáticas, inclusive a da Sexualidade. Recentemente, ocorreu uma oficina com essa temática com a qual foi possível discutir com os alunos de uma forma clara e positiva. Na oficina, foram abordadas questões a respeito da sexualidade, de como ela se faz presente em nossa sociedade e até mesmo na mídia. Primeiramente, realizou-se um bate-papo com os alunos, explicando o porquê da temática escolhida. A partir daí, as bolsistas apresentaram dúvidas, relatos e exibiram slides os quais retratavam as doenças sexualmente transmissíveis além de textos, sempre buscando o bem-estar do aluno para que se sentisse à vontade para discutir. Além disso, trataram-se de questões como o preservativo e seu uso. Os alunos aprenderam como colocar o preservativo masculino e o porquê da importância do uso nas relações sexuais. Também, por meio da música “Amor e sexo” da cantora Rita Lee foi trabalhada a sexualidade. Percebeu-se que os alunos aprenderam muito sobre os cuidados e a importância de compreender sua sexualidade. REFERÊNCIAS: BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL; Pluralidade cultural, orientação sexual; Brasília; MEC/SEF; 1997. Brasil; REVISTA NOVA ESCOLA. EDIÇÃO ESPECIAL- PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS FÁCEIS DE ENTENDER; São Paulo; Abril; 1999. RIBEIRO, Maria Fátima Carrascoza Ruiz ; Sexualidade na adolescência: entraves e possibilidades no âmbito pedagógico; http://www.webartigos.com/artigos/sexualidade-e-adolescencia-entraves-e-possibilidades-deabordagem-no-ambito-pedagogico/22097/; 05/2012.