Fototerapia-Indicações não usuais Jesus Rodriguez Santamaria [email protected] , [email protected] Professor de Dermatologia da Universidade Federal do Paraná Coordenador do Ambulatório de Fototerapia do Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas de Curitiba-UFPR. Curitiba-Paraná-Brasil Janyana D.Deonizio R2 Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas de CuritibaUFPR. Curitiba-Paraná-Brasil Introdução A radiação ultravioleta tem sido usada em larga escala para o tratamento de doenças de pele como psoríase e dermatite atópica. A introdução da técnica de PUVA na década de 70 e posterior descoberta de fontes de ultravioleta de alta capacidade, espectros seletivos de UVB e UVA e UVB de banda estreita- UVB-NB (311313nm) permitiram ampliar as indicações dessa terapia. A fototerapia com UVB usa a radiação artificial sem adição de fotossensibilizantes. Os cromóforos endógenos absorvem a luz e desencadeiam reações fotoquímicas que são responsáveis por sua ação terapêutica. O principal cromóforo é o próprio DNA que acaba gerando fotoprodutos que, em última análise, diminuem sua síntese, aumentam a expressão do p53, freiam o ciclo celular e desencadeiam apoptose de queratinócitos. Além disso, há liberação de prostaglandinas e citocinas, como a IL-6 e IL-1. Afeta ainda alvos não nucleares como receptores de membrana e fatores de transcrição. Todos esses mecanismos são responsáveis em conjunto pelo efeito terapêutico da radiação UVB na pele. O espectro UVA é dividido em UVA-1 (340-400 nm) e UVA-2 (320-340nm). A radiação UVA por ter um maior comprimento de onda é capaz de penetrar mais profundamente na pele e induzir apoptose de linfócitos e promover expressão de colágeno, o que é particularmente interessante no tratamento de doenças como micose fungóide e esclerodermia, respectivamente. Outras indicações seriam: urticária pigmentosa, doença do enxerto-versushospedeiro e urticária pigmentosa. TUCHINDA (2006) em sua análise retrospectiva de 92 casos tratados com UVA-1 evidenciaram uma boa resposta (51-100%) em doenças como escleredema diabeticurum, dermatite palmo-plantar, dermatite atópica, morféia, esclerose sistêmica e urticária pigmentosa. Além do bronzeamento da pele, outros efeitos adversos foram constatados em 15 dos pacientes avaliados e incluíram: prurido, eritema, dor e sensação de queimação. Pacientes com fototipos I-III responderam melhor do que os que tinham fototipos mais altos. Na Alemanha ROMBOLD ET AL (2008) investigaram os dados de 230 pacientes tratados com baixas, médias e altas doses de UVA1. Concluíram que os pacientes com eczema atópico, escleredema, líquen escleroatrófico, ceratose liquenóide crônica, prurigo nodular e linfoma de células T obtiveram bons efeitos terapêuticos. Alguns pacientes com granuloma anular e urticária pigmentosa obtiveram benefício. Pouco ou nenhum efeito foram obtidos na maioria dos pacientes com doenças esclerosantes raras e nenhum efeito no grupo das urticárias crônicas. Em 2003 já existiam estudos controlados para análise do uso do UVA1 na dermatite atópica, lúpus eritematoso e esclerodermia localizada. Naquela época apenas estudos abertos e relatos de caso indicavam seu uso para linfomas cutâneos de células T. Outras indicações eram apenas referidas em relatos de casos e estudos abertos, como: mucinose folicular, mastocitose cutânea, síndrome hipereosinofílica, eczema vesicular das mãos, Síndrome de POEMS, esclerose sistêmica, líquen escleroso extragenital, quelóides, psoríase, pitiríase liquenóide e rubra pilar, vitiligo, acne, granuloma anular, sarcoidose e alopecia areata. (DAWE, 2003). O uso associado da radiação UVA com psoralenos (PUVA) é uma alternativa terapêutica eficaz no tratamento de psoríase, dermatite atópica, micose fungóide, vitiligo, urticária pigmentosa, doença do enxerto versus hospedeiro, pitiríase liquenóide. Efeitos colaterais A exposição crônica a radiação UVB pode aumentar o risco de fotoenvelhecimento e câncer de pele. Não há dúvida que o PUVA oral é mais carcinogênico do que UVB. A banda estreita é 510 vezes mais potente em causar eritema, hiperplasia, edema, queimadura e depleção das células de Langerhans quando comparada ao PUVA. Parece, ao mesmo tempo, ter mais efeito supressor no sistema imune, incluindo atividade das células natural killer e proliferação de linfócitos. É capaz de penetrar mais profundamente na pele e depletar células T na derme. HAMZAVI (2005), em estudos com ratos sem pêlos o UVB de banda estreita mostrou-se ser mais carcinogênico do que o banda larga. No entanto, não parece ser carcinogênico quando usado para fins terapêuticos em humanos (WULF, 1994 e WEISCHER, 2004), mas o último estudo avaliou pacientes tratados com baixas doses cumulativas. HE ET AL (2007) relatam o desenvolvimento de dermatose linear localizada por IGA induzida pelo tratamento com UVB para herpes zoster. Indicações Como se pode observar muitas são as indicações da fototerapia/ fotoquimioterapia (tabela 1). O objetivo do presente trabalho é descrever algumas indicações não-usuais da fototerapia. Foram pesquisados artigos indexados no Pubmed com cada uma das doenças e fototerapia, excluindo-se os termos laser e terapia fotodinâmica. Tabela 1. Indicações da fototerapia/fotoquimioterapia Protocolos bem estabelecidos e controlados -Psoríase -Vitiligo -Eczema atópico -Dermatite das mãos -Linfoma cutâneo de células T (micose fungóide) -Fotodermatoses 2.Relato de casos, estudos não controlados (A-Z) -Acne -Alopecia areata -Amiloidose cutânea -Ceratose liquenóide -Dermatite herpetiforme crônica -Nevil -Papuloeritrodermia de Ofugi -Papulose linfomatóide -Parapsoríase -Pênfigo -Pitiríase liquenóide -Pitiríase rósea -POEMS -Prurido aquagênico -Dermatite seborreica -Dermatoses associadas ao HIV (prurido, erupção pápulopruriginosa, foliculite eosinofílica -Doença Grover -Doença hospedeiro -Eritema multiforme enxerto -Eritroqueratodermia simétrica -Esclerodermia -Prurido na policitemia vera -Prurigo -Prurigo nodular -Protoporfiria eritropoiética -Púrpura pigmentar -Pustulose palmo-plantar de -Síndrome de Netherton -Síndrome hipereosinofílica contra -Urticária pigmentosa -Vasculite livedóide progressiva Escleromixedema -Granuloma anular -Hipomelanose idiopática Histiocitose -Líquen escleroatrófico -Líquen plano Fotossensibilidade Em seu artigo de revisão sobre indicações da terapia UVB além de psoríase, GAMBICHLER relata o uso dessa terapia em desordens da fotossensibilidade como erupção polimorfa a luz, urticária solar e hidroa vacciniforme. BILSLAND ET AL concluíram em seu estudo controlado que o uso de terapia UVB de banda estreita e PUVA oral são eficientes na prevenção da erupção polimorfa a luz, tanto na freqüência quanto na intensidade das manifestações. Erupções liquenóides O uso no líquen plano disseminado também obteve sucesso documentado no trabalho de TANEJA E TAYLOR 2002, com melhora precoce do prurido e remissão de 5 meses dos sintomas em 4 dos 5 pacientes analisados. PAVLOTSKY ET AL (2008) realizaram um estudo retrospectivo com 50 pacientes com líquen plano generalizado, sendo que 43 foram tratados com UVB-NB e os demais com banda larga. Resposta completa foi atingida em 70% dos pacientes, com 85% desses mantiveram a remissão após uma média de 34,7 meses. Apesar de muitos estudos terem sugerido o uso de PUVA para o tratamento de líquen plano, poucos referem o uso de UVB para esse tratamento (TASHAR,2003 E WACKERNAGEL, 2007). GAMIL ET AL (2008) avaliaram a resposta do tratamento com UVB-NB em 16 pacientes com líquen plano generalizado refratários a outras terapias. Em 68,75% dos pacientes obtiveram resposta completa (≥ 90% redução das lesões). Concluíram que há uma relação entre o número de sessões e a taxa de remissão das lesões. O mecanismo de ação no tratamento do líquen plano permanece incerto. Pode estar relacionado a apoptose fotoinduzida de células T ou a efeitos antiinflamatórios e imunossupressores. Recomenda-se um total de 3040 sessões para conseguir uma diminuição do relevo das lesões em 80% dos pacientes. KIM e SHIM (2004) descrevem dois casos de líquen nítido em crianças (7 e 10 anos) tratados com UVB-NB, com controle dos sintomas por 11 e 14 meses. Usou-se a dose acumulada de 9,5 e 11,5 J/cm2 ,respectivamente. Como PUVA não é recomendado para crianças menores que 12 anos, o UVB-NB pode ser uma alternativa no tratamento dessa condição. Deve-se ponderar o risco de carcinogênese da terapia em paciente jovens e tratar somente aqueles que apresentarem prurido importante associado. A ceratose liquenóide crônica geralmente afeta adultos entre 20-50 anos de idade e tem um tratamento desafiador. Há aproximadamente 70 casos descritos dessa doença na literatura. ADISEN ET AL (2009) relataram o tratamento bem sucedido de um jovem de 20 anos com uma terapia combinada de fototerapia com PUVA, acitretin e pomada de calcipotriol. PINTON ET AL (2002) avaliaram a eficácia do uso de UVA1 (310-400nm) para o tratamento da pitiríase liquenóide forma varioliforme aguda e crônica. Tratados com 60J/cm2 diariamente até a remissão, seis desses pacientes atingiram remissão clínica e histológica sem efeitos graves observados em curto prazo. Usando metodologia semelhante, AYDOGAN (2008) concluíram que a UVBNB é eficiente, segura e prática no tratamento das duas apresentações de pitiríase liquenóide. KLEIN ET AL (2003) relataram um caso de pitiríase liquenóide desencadeada por infecção aguda e hepatite por EBV. Após a alta, foram realizadas UVB três vezes na semana com resolução das lesões após três semanas sem nenhuma lesão residual. PANSÉ ET AL (2004) relataram três casos de pitiríase liquenóide, dois desses em sua forma aguda (PLEVA) e o outro em sua forma crônica, tratados com sucesso com PUVA associado ao acitretin. Naquela época a fotoquimioterapia nunca havia sido utilizada para essa condição. Em artigo recente, ERSOY (2009) afirma que o conhecimento corrente sobre a eficácia do UVB-NB ainda é limitado. Em estudo retrospectivo conclui uma taxa de resposta completa ou parcial de 48 e 44% dos casos avaliados, respectivamente. Sugere que é um tratamento efetivo e bem tolerado. PAVLOTSKY (2006) realizaram uma análise retrospectiva de 29 pacientes com pitiríase liquenóide tratados com UVB-BB e UVB-NB com respostas completas em 93,1% dos casos e permanência da remissão em 73% dos casos em um período médio de 58-38 meses respectivamente. Efeitos colaterais leves foram observados em um terço dos pacientes. Taxa de remissão completa obtida foi de 65,2 % com dose acumulada média de 23J/cm2 para os casos de PLEVA e 87,5% com dose acumulada média de 18,4J/cm2 para os casos de pitiriase liquenoide crônica. Enfermidades pruriginosas A terapia ultravioleta tem sido usada em várias condições pruriginosas incluindo insuficiência renal crônica, dermatite atópica, HIV, prurido aquagênico, urticária, policitemia vera, foliculite pruriginosa na gravidez, infiltração de pele de carcinoma de mama, linfoma de Hodgkin, doença hepática crônica e dermatoses perfurantes (RIVARD E LIM (2005). Os guidelines para o tratamento de urticária crônica não recomendam o uso de fototerapia, mas alguns estudos demonstraram a eficácia nessa condição. BERROETA ET AL (2004) trataram 88 pacientes com urticária crônica idiopática refratária a outros tratamentos e obtiveram desaparecimento das lesões em 40% dos casos. A metodologia empregada é questionável pelo uso concomitante de anti-histamínicos e a taxa de desaparecimento espontâneo das lesões nessa doença. Em doenças como policitemia vera, insuficiência renal crônica e cirrose hepática, muitos paciente apresentam sintoma de prurido de difícil controle. A fototerapia com UVB de banda larga tem se mostrado eficiente no controle desse desagradável sintoma (GAMBICHLER ET AL, 2005). KUYPERS (2009), em sua revisão sobre problemas de pele em paciente com insuficiência renal crônica, aponta o tratamento com UVB banda larga (280-315nm) como uma opção eficiente no tratamento de prurido urêmico. A UVB-NB tem um menor efeito eritemogênico e também parece ser efetivo. A duração do efeito antipruriginoso é variável, mas pode durar vários meses. A fibrose nefrogênica sistêmica é uma doença que se assemelha a esclerodermia caracterizada por espessamento e fibrose dolorosos e debilitantes da pele, com acometimento possível de órgãos internos como pulmão e coração. Vários tratamentos não efetivos foram descritos, incluindo o PUVA. A dermatite perfurante adquirida tem uma prevalência de 10% na população em diálise. Não há causa conhecida e vários tratamentos com eficiência variável foram descritos, entre eles o uso de UVB (MORTON, 1996 E SARAY, 2006). O uso de UVB-NB no prurido da policitemia vera também já foi relatado (BALDO, 2002). Concluíram que essa modalidade é menos eritemogênica do que UVB-BB. Na urticária aquagênica estão presentes lesões de pele edematosas muito pruriginosas desencadeadas pelo contato com água, independente da temperatura. O uso de PUVA no tratamento dessa condição foi relatado por MARTINEZ-ESCRIBANO 1997, com melhora das lesões de pele mas falha na resolução do prurido. O uso de astemizol resolveu esse problema. Relatos mais antigos descrevem o uso de PUVA (JUHLIN, 1986) e UVB (PARKER, 1992). GOODKIN E BERNHARD (2002) obtiveram experiência semelhante a HOLME (2001) no tratamento de prurido aquagênico com PUVA. Uma mulher com 34 anos de idade com sintomas de prurido exacerbado pelo banho, suor ou natação, sem lesões de pele. Tratada com oxsoraleno ultra 20mg uma hora antes da exposição. O PUVA foi iniciado com 3J/cm2 e com aumentos de 0,5J/cm2. Os sintomas melhoraram após 4 semanas (dose acumulada de 6,5J/cm2) e nesse momento diminuída a freqüência para duas vezes na semana. A resolução completa dos sintomas foi obtida após 10 semanas de tratamento (dose final 80J/cm2). Houve recorrência dos sintomas após três meses e novamente tratada com o mesmo protocolo. Embora seja eficiente não traz remissão por período prolongado. Esses achados são semelhantes a outros autores (MENAGE, 1993 E SMITH, 1994). XIFRA ET AL (2005) relataram o primeiro caso de uso de UVB-NB para prurido aquagênico em uma mulher de 27 anos com história clínica há 20 anos. Também relataram o tempo curto de remissão e a necessidade de tratamento de manutenção. A associação com antihistamínicos parece ser benéfica na diminuição do número de sessões de manutenção requeridas para o benefício terapêutico. Em 2005 INGBER tiveram que lançar mão da terapia com naltrexone em um caso que não respondeu a vários tratamentos, incluindo fototerapia com UVB. BORZOVA ET AL (2008) indicam a terapia UVB-NB como eficiente escolha de segunda linha em paciente com grave dermografismo sintomático (urticária factícia) que não respondem a anti-histamínicos. Observaram redução objetiva do edema e subjetiva do prurido. WALLENGREN (2004) inclue a fototerapia com UVB e PUVA no arsenal de opções para o tratamento do prurigo. GAMBICHLER ET AL (2006) descrevem o uso de foto quimioterapia para o tratamento de prurigo subagudo, também conhecido como dermatite papular. Realizaram estudo randomizado com três grupos: banho de PUVA, UVA-1 e UVB-NB. Todos obtiveram melhora clínica significativa após 4 semanas de tratamento, com resultados superiores do banho de PUVA em comparação com UVB-NB. Prurigo nodular é uma condição idiopática incomum caracterizada por nódulos hiperceratóticos pruriginosos usualmente localizados na face extensoras dos membros. VAATAINEN (1979) trataram 15 pacientes com banho de trioxsaleno com PUVA e obtiveram bons resultados em 8 desses pacientes. KARVONEN E HANNUKSELA (1985) trataram 63 pacientes com banho e pomada de trioxsaleno PUVA e 62 melhoraram. FERRANDIZ ET AL (1997) descreveram excelente repostas ao uso de todos os quatro pacientes tratados com UVB-NB combinada com talidomida. DIVEKAR ET AL (2003) concluíram que o tratamento com UVB-NB, banho de PUVA ou PUVA oral resultam em melhorias das lesões de prurigo nodular mas não sua completa resolução. Como geralmente é refratária a outras terapias, os autores recomendam o uso de fototerapia para essa doença. O uso de UVB-BB para prurigo nodular foi relatado por HANN ET AL (1990). Posteriormente TAMAGAWA-MINEOKA ET AL (2007) relataram a eficiência do UVB-NB para o controle do prurigo nodular recalcitrante. Houve melhora em todos os dez pacientes avaliados e, com um ano se seguimento, apenas um deles obteve recorrência dos sintomas. Alguns casos anedóticos foram descritos no uso em dermatoses perfurantes adquiridas. OHE ET AL (2004) descreveram 5 casos tratados 2-3x/ semana ( dose variando 0.4-1.5 j/ cm2) nos quais as lesões desaparecem completamente após 1015 exposições. Três pacientes permaneceram nessa condição após 10 meses. A doença de Grover é uma doença benigna caracterizada por súbito aparecimento de pápulas pruriginosas no tronco e freqüentemente é auto-limitada. Em alguns pacientes, no entanto, as lesões permanecem por mais tempo e, nesses casos, nenhuma terapia está padronizada. PAUL E ARNDT (1984) relataram um caso em que a doença de Grover foi desencadeada durante o tratamento com PUVA e desapareceu com a continuidade da terapêutica, sugerindo que essa doença possa ser fotossensível responsiva a fotoquimioterapia. LUFTL ET AL (1999) relataram três casos persistentes dessa doença que receberam banho de PUVA. Houve melhora completa das lesões após 10-37 sessões, sem recorrência no ano subseqüente. QUIRCK ET AL (2004) sugerem o uso de UVB-NB nos casos que não responderam ao acitretin, na dose de 70-100 mJ/cm2, com mecanismo provável de ação o efeito anti-inflamatório. Doenças relacionadas à unidade pilossebácea O tratamento da acne com a luz azul (405-420nm) induz um efeito fotodestrutivo no Propionibacterium acnes. Dez pacientes japoneses foram submetidos ao tratamento sendo que 80% deles obtiveram melhora das lesões NOBORIO ET AL (2007). ELMAN ET AL, 2003 concluíram que a fototerapia com radiação entre 405e 420 nm parece ser uma alternativa atrativa e não invasiva com taxas de resposta também de 80%. Na dermatite seborreica grave e disseminada o uso de UVB de banda estreita foi efetivo em um estudo prospectivo de 18 pacientes que foram tratados 3x/semana (dose acumulada 9.8 J/cm2), com melhora clínica das lesões e do sintoma de prurido. Seis desses pacientes tiveram remissão completa das lesões e 12 tiveram melhora significativa. No entanto, houve recorrência dos sintomas após 21 dias em todos os pacientes. (PIRKHAMMER (2000). GARG e MESSENGER (2009) comentam que uso de PUVA na alopecia areata foi sugerido em muitos estudos não controlados. Duas revisões retrospectivas TAYLOR, 1995 e HEALY, 1993 demonstram uma baixa resposta 6,3-13,1% após três meses de tratamento) ou nenhuma diferença com a melhora espontânea, respectivamente. A foliculite pustular eosinofílica, doença de Ofuji, é uma doença rara caracterizada por pápulas eritemato pustulosas pruriginosas achatadas distribuídas nas dobras cutâneas, recorrentes. Ocorre primariamente em homens idosos e acredita-se que possa ser uma variante não usual de dermatoses inflamatórias, como a dermatite atópica. BREIT (1991) descreveram pela primeira vez o uso do PUVA na foliculite pustular eosinofílica. MUTLUER ET AL (2004) reportam um caso de um homem de 60 anos que respondeu ao uso de retinóide associado a PUVA (dose cumulativa 24 J/cm2). Não houve recorrência em 4 meses de acompanhamento. O tratamento de primeira linha é o corticóide tópico e indometacina. A fototerapia com UVB é o tratamento ouro quando medicações alternativas não responderam, como a cetirizina e metronidazol. Alguns tratamentos com relações custo benefício menos definidas incluem: PUVA e fotoquimioterapia(ELLIS, 2004). MICHEL ET AL (1999) descrevem a boa resposta ao banho de PUVA em um caso alemão de papuloeritroderma de OFUGI. Dermatoses pigmentares purpúricas As dermatoses pigmentares purpúricas são um grupo de doenças caracterizadas por petéquias e púrpura não palpáveis pontilhadas nas extremidades. WONG ET AL (1991) descreveram dois casos de dermatoses pigmentares purpúricas tratados com PUVA com boa resposta. SECKIN ET AL (2008) descrevem um caso de doença de Schamberg, doença que faz parte desse grupo de dermatoses, tratado com PUVA. Paciente de 34 anos tratada previamente com corticóides tópicos e vitamina K sem sucesso, foi submetida a 29 sessões e, após dose acumulada de 200J/cm2, as lesões involuíram significativamente e, no seguimento de três meses, permaneciam em remissão. . LOTTI ET AL(1994) já haviam descrito o tratamento com PUVA em 11 pacientes com dermatoses purpúricas pigmentadas. LASOCKI E KELLY (2008) fizeram um relato de caso sobre um homem de 55 anos que apresentou recorrência dos sintomas quando a prednisolona foi reduzida para 5 mg ao dia. Usou-se UVB-NB três vezes na semana por 5 meses com prevenção da recorrência. GUDI ET AL (2004) relataram o uso de UVB-NB para o tratamento da mesma condição. Em 2007, MILEA ET AL reportaram um caso de uma criança de 10 anos de idades tratada com PUVA três vezes na semana. Após quatro semanas as lesões haviam sumido e não recorreram após seguimento de 3 anos. Embora a eficácia do PUVA já ter sido relatada em vários casos de dermatose purpúrica em adultos em casos isolados, não havia sido relatado nenhum caso pediátrico até aquele momento. Quanto a opção do uso de altas ou médias doses de UVA1 nas urticárias pigmentosas parece não haver diferença das respostas terapêuticas entre as duas. (GOBELLO, 2003) KRIZSA ET AL (1992) trataram sete pacientes com outro subtipo de dermatose pigmentar, a dermatose purpúrica liquenóide (Gougerot-Blum) com PUVA e obtiveram sucesso após dose acumulada de 16-49 J/cm2. KOCATURK ET AL (2009) relatam o uso de UVB-NB em um caso de Gougerot-Blum em uma mulher com um ano de evolução de lesões purpúricas em membros inferiores tratada com sessões 3x/semana, num total de 27J/cm2. Após a trigésima sessão todas as lesões haviam desaparecido e permaneceu em remissão por 8 meses. LING ET AL (2001) usaram PUVA para tratamento de líquen aureus, que também faz parte do grupo de dermatoses purpúricas pigmentadas, em uma mulher de 55 anos de idade com lesões de evolução há 8 meses. Usou-se esquema de PUVA três vezes na semana, iniciando com 70% da DEM e incrementos de 40% a cada sessão. Após 8 sessões as lesões estavam completamente resolvidas. CHOI ET AL (1999) descrevem o tratamento de dois pacientes com livedo reticular e vasculite livedoide responsivos ao tratamento com PUVA. Em 2001, LEE ET AL trataram oito pacientes koreanos com vasculite livedóide (livedo reticular associado a úlceras) com PUVA e obtiveram interrupção de formação de novas lesões, alívio dos sintomas e, com maior tempo de terapêutica, cicatrização completa das lesões primárias. TUCHINDA ET AL (2005) também obtiveram sucesso em quatro casos de vasculite livedóide refratárias a outras terapias com o uso de PUVA. No entanto, somente um dos casos reportados permaneceu em remissão no período de cinco meses de acompanhamento. Doenças proliferativas STEBUL ET AL (2008) descrevem um tratamento combinado com prednisolona, marcaptopurina e vinblastina para histiocitose de células de Langerhans em uma paciente de 70 anos. O tratamento teve duração de 12 meses e foi associado ao tratamento com PUVA e corticóides tópicos para as lesões de pele. A histiocitose é bem mais prevalente em crianças e o tratamento dessa doença em adultos ainda não foi padronizado. O uso de PUVA associado a outras medicações da quimioterapia mostrou-se seguro e bem tolerado, com remissão sustentada de 1 ano de acompanhamento. Outro relato em 2007 (IMAFUKU) descreve o uso de UVB-NB (dose total de 93 Jcm2) em um homem de 72 anos com histiocitose. Foi o primeiro caso relatado de um tratamento bem sucedido dessa condição com esse recurso terapêutico. Mais recentemente a mesma estratégia foi usada no tratamento de uma criança com histiocitose cutânea (dose acumulada 970mJ/cm2). O histiocitoma eruptivo é uma condição benigna que faz parte do grupo das histiocitoses não-Langerhans. LAN MA ET AL (2007) descrevem o tratamento do histiocitoma eruptivo generalizado com PUVA de uma paciente feminina de 32 anos. Após 10 sessões as pápulas já se encontravam menos evidentes e após 20 sessões totalmente ausentes. Acompanhada por quatro anos, permanecia em remissão. ISHIBASHI ET AL (2008) descrevem o uso de UVB de banda larga no tratamento da histiocitose indeterminada, doença neoplásica derivada de células dérmicas indeterminadas que lembram as células de Lagerhans, têm CD1a positivo (marcador das células de Langerhans e das células indeterminadas) mas sem os grânulos de Birbeck. A maioria dos casos tem curso benigno. Após 1 ano de tratamento (dose de 6,5J/cm2) as pápulas do pescoço e face estavam menos evidentes e as do tronco e membros desaparecem completamente. Apesar da fototerapia ser indicada para a histiocitose de células de Langerhans, somente um caso bem sucedido havia sido descrito para a histiocitose de células indeterminadas até então (WANG e CHEN, 2004). FILIPOWSKA ET AL (2003) reportaram um relato de caso de uma paciente de 9 anos de idades com mastocitose, a qual obteve melhora das manifestações cutâneas da doença com o uso de UVA. WEMMER et al (1988) relataram o tratamento de síndrome hipereosinofílica tratada com sucesso com terapia com PUVA de uma paciente de 79 anos de idade. Na parapsoríase de pequenas placas o uso de UVB-NB mostrou-se seguro e efetivo e uma alternativa interessante ao uso de PUVA. (HERZINGER, 2005 e AYDOGAN, 2006) Doenças sistêmicas Czarcecki (2007) demonstrou em estudo piloto na Austrália com 14 pacientes (7 com psoríase extensa e 7 com deficiência de vitamina D) que a terapia com UVB-NB é efetiva em corrigir deficiência da vitamina D tanto quanto a reposição de colecalciferol. MAHNKE ET AL (2003) utilizaram UVA-1 de média dose (até 60J/cm2) no tratamento de sarcoidose cutânea em uma paciente de 82 anos com múltiplas doenças internas (carcinoma de mama, fibrose pulmonar, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial e diabetes mellitus). Obtiveram resposta completa sem nenhum efeito colateral. Doenças esclerosantes KROFT ET AL (2008) fizeram uma revisão sistemática sobre o uso de UVA nas doenças esclerosantes. Concluíram que ele é capaz de encurtar o período ativo da escleredermia localizada e pseudoescleredema e prevenir a progressão da doença, incluindo contraturas articulares e deformidades. GRUSS ET AL (2001) em seu estudo com três pacientes, que UVA-1 em baixas doses é bastante eficiente no tratamento de morféia, tanto no estágio inicial inflamatório, em lesões escleróticas tardias e no caso de sobreposição com líquen esclero-atrófico.GAMBICHLER ET AL (2003) relataram a experiência do tratamento de duas crianças com esclerodermia em golpe de sabre com pomada de calcipotriol e PUVA (dose acumulada 71J/cm2). Houve melhora da textura da pele confirmada por ultrassom. SATOR ET AL (2008) concluíram que médias doses de UVA (70J/cm2) proporcionam melhores resultados a longo prazo do que baixas doses de UVA (20J/cm2) na esclerodermia localizada, por meio de medições de ultrassom. Na comparação clínica, não houve diferença entre os grupos. RIDGE ET AL (2007) combinaram o uso de metotrexate e PUVA para tratamento de um menino de 15 anos com esclerodermia generalizada e fasceíte eosinofílica. Houve resposta significativa e duradoura (2 anos de remissão) demonstrada pela recuperação da mobilidade das articulações. Uma série de quatro casos foi publicada em 2008 por OZDEMIR ET AL relatando o uso de retinóide via oral e PUVA (Re-PUVA) no tratamento de esclerodermia localizada. Usou-se acitretin 1m/kg por duas semanas e, a partir da terceira semana, associou-se PUVA. O tempo total de tratamento foi de 12 semanas. A manutenção foi feita com PUVA 1-2 vezes na semana por 3 meses. Notou-se melhora da enduração e eritema das placas. O efeito antifibrótico do PUVA tem sido associado à redução dos níveis de fatores de crescimento de tecido conjuntivo e síntese reduzida de pró-colágeno. Além disso, há aumento da expressão de colagenase tipo I. Apesar da fototerapia ter sido mais indicada no uso da morféia alguns autores indicam o uso de UVA-1 e PUVA no tratamento da esclerose sistêmica. Seria capaz de inibir o processo fibrótico e amolecer a pele fibrosada, especialmente na esclerose sistêmica limitada (SUNDERKÖTTER ET AL, 2006). EL-MOFTY ET AL (2004) analisaram o uso de baixas doses de UVA no tratamento de morféia e esclerose sistêmica em 63 pacientes. Houve boa resposta como o uso 5 e 10J/cm2 sem diferenças com uma dose maior de 20J/cm2. ROSE ET AL (2009) realizaram estudo retrospectivo analisando o uso de UVA-1 baixa dose (30-40J/cm2) na esclerodermia acral e proximal em pacientes com esclerodermia sistêmica. Em todos os pacientes houve melhora das lesões, sugerindo que essa terapia é eficiente no controle dessa condição. LING ET AL (2003) relataram um caso de uma mulher de 53 anos de idade com esclerose sistêmica que desenvolveu nódulos cutâneos numerosos semelhantes a quelóides (escleredema nodular ou queloidal) não responsivos a tratamento com corticóide tópico e calcipotriol. Aparentemente houve melhora do relevo das lesões com o uso de PUVA, mas a resposta clínica global foi mínima, com aparecimento de novas lesões. O líquen escleroatrófico é uma doença inflamatória crônica caracterizada por lesões escleróticas cor de porcelana que afeta mais mulheres e usualmente afeta áreas não-genitais em 15-20% dos casos. KREUTER ET AL (2001) relataram um caso de uma menina de 9 anos de idade com líquen esclero-atrófico extra-genital refratário a outras terapias que apresentou desaparecimento das lesões após 40 sessões de UVA baixa dose. No ano seguinte, os mesmos autores analisaram 10 pacientes com líquen escleroatrófico extra-genital tratados com UVA-1 baixa dose. Houve redução estatisticamente significativa no escore clínico e medida ultrassonográfica da espessura da pele e aumento da densidade dérmica. KREUTER e GAMBICHLER (2007) propõem uma explicação da ação da UVB-NB no líquen escleroso que seria a diminuição da IL-6 além do mecanismo já sugerido por COLBERT ET AL (2007) de diminuição das metaloproteinases nos tecidos irradiados, o que resultaria em redução da esclerose. Esses autores relataram um caso de uma mulher de 76 anos com líquen escleroso extragenital progressivo que respondeu dramaticamente a UVB-NB. BEATTIE ET AL (2006) trataram com UVA1 7 pacientes com média de idade de 62 anos com líquen escleroatrófico genital refratário a terapia com corticóide tópico. Cinco delas obtiveram melhora com a terapia. DALMAU ET AL (2006) descreveram o tratamento de uma criança de 10 anos com líquen escleroatrófico generalizado. Terapias com clobetasol e isotretinoína foram tentadas sem sucesso. Iniciou-se fototerapia com methoxaleno 2 x/semana e exposição solar natural. Após 2 meses mudou-se a terapia para PUVA (UVA total 61J/cm2). Após 3 meses de terapêutica todas as lesões haviam sumido e nenhuma nova lesão era encontrada. Após 18 meses de remissão ela teve uma recorrência extensa, mas a paciente recusou-se a novo curso de tratamento. HIV O manejo do prurido associado ao HIV deve ser direcionado para a causa base, mas a fototerapia tem papel importante tanto nas dermatoses associadas ao HIV quanto do prurido idiopático. Infelizmente, a maioria dos tratamentos propostos são anedóticos ou baseados em estudos pequenos não-controlados (SINGH, 2003). GELFAND E RUDIKOFF (2001) afirmaram que a fototerapia é segura e efetiva para muitas modalidades de dermatoses pruriginosas nos pacientes HIV bem como no prurido idiopático. EISMAN (2006) relataram a dificuldade de estabelecimento diagnóstico e tratamento da erupção papular pruriginosa em paciente HIV, condição caracterizada por prurido crônico e erupção papular simétrica no tronco e extremidades sem causa definida para o prurido. O uso de UVB já havia sido relatado por ISHII ET AL (1994) E PARDO ET AL (1992). A foliculite pustular eosinofílica (FPE) associada ao HIV é uma doença crônica papulovesicular pruriginosa observada nos últimos estágios da imunodeficiência. KUWANO ET AL (2006) relataram um caso de HIV associado a FPE que respondeu dramaticamente a terapia com UVB-NB. Outros casos relatados de uso de UVB-BB já haviam sido produzidos (PARDO, 1992 E BUCHNESS, 1988). A erupção papular pruriginosa é uma dermatose freqüentemente encontrada com pacientes HIV. O UVB é eficiente no tratamento de condições semelhantes como Ofuji e prurido de etiologia sistêmica. PARDO (1992) descreve o uso de UVB em oito pacientes HIV positivos com melhora do número de lesões e do prurido. FRASER-ANDREWSr relataram dois pacientes nos quais a erupção polimorfa a luz foi seguida de eritema multiforme recorrente. Em um deles, usou-se PUVA profilático por 4 semanas, duas vezes por semana associado a curso de prednisolona 25mg/d por sete dias. Consegui-se reduzir as manifestações da erupção polimorfa a luz e as subseqüentes lesões do eritema multiforme. Doença enxerto versus hospedeiro A doença do enxerto versus hospedeiro (GVHD) é um problema importante que se segue ao transplante de medula óssea halogênio. Sua forma aguda permanece como um grande desafio terapêutico apesar dos avanços no entendimento da imunologia dos transplantes. A corticoterapia sistêmica é a terapia padrão para GVAD aguda, mas não há tratamento definido nos casos refratários. (HO e CUTLER, 2008). FURLONG ET AL (2002) trataram com PUVA 103 pacientes com GVHD aguda resistente a corticóides. Conseguiram reduzir a dose necessária de corticóide via oral e melhorar as lesões de pele. O uso da fototerapia tem sido relatado como uma opção terapêutica em muitas situações de GVHD. LEITER ET AL (2002) relataram seis pacientes com GVHD crônica da pele que não responderam a imunossupressores, tratados com banho de PUVA. Após uma média de 14,5 sessões as lesões de pele melhoraram. WOLFF ET AL (2004) concluíram boa eficiência de PUVA no controle de manifestações orais de GVHD crônica, semelhante aos corticóide tópicos. SVENNILSON (2005) também apontam o PUVA como uma boa estratégia para o manejo de GVHD crônica da pele refratária a corticóides e parece ter um efeito na GVHD aguda de pele. Durante o tratamento as células T perdem a habilidade em migrar e proliferar sob estímulo antigênico. A resposta pode ser demorada, necessitando de pelo menos 46doses para fazer uma avaliação da resposta. GRUNDMANNKOLLMANN ET AL (2002) avaliaram a resposta de dez pacientes com GVHD cutânea refratária a terapia imunossupressora tratados com UVB-NB. Não encontraram efeitos colaterais e obtiveram boa resposta das lesões, com desaparecimento completo em 7 dos 10 pacientes em 3-5 semanas. ZIEMER ET AL (2004) relataram o uso de UVA-1 em duas crianças com GVHD crônica cutânea com alterações liquenóides e esclerodérmicas, que obtiveram melhora das lesões de pele, mobilidade articular e qualidade de vida. CREAMER ET AL (2007) sugerem um novo tipo de GVHD crônica, a eczematóide. Seis dos dez pacientes relatados receberam PUVA associado a outros tratamentos como corticóides tópicos e imunossupressores. COOK NORRIS (2008) comentam que PUVA é considerada opção de segunda ou terceira linha na abordagem de GVHD refratária a corticóides, mas que pode ser uma opção importante nesses casos, principalmente ajudando na redução das doses de corticóide. WETZIG ET AL (2005) usaram UVA-1 média dose para o tratamento de GVHD cutânea aguda e crônica. DEL POZO ET AL (2008) descreveram uma forma bolhosa de GVHD crônica em uma mulher de 45 anos com mieloma múltiplo submetida a transplante de medula óssea. Tratada com PUVA (40 sessões) houve melhora da dor, enduração e alguma lesões liquenóides que surgiram nas lesões esclerodermiformes. O turbante de PUVA é uma alternativa para alopecia associada à GVHD (TEKIN ET AL, 2005). Usando quatro tratamentos por semanas, após 10 semanas fios terminais já eram encontrados. Doenças de depósito No grupo das mucinoses inflamatórias degenerativas, o líquen mixematososo é uma condição crônica rara da pele de etiologia desconhecida que pode ser acompanhada de alterações hematológicas, síndromes neurológicas, complicações gastrointestinais e anormalidades cardíacas. É caracterizada por erupção papular causada por deposição extensa de glicosaminoglicanas. O escleromixedema é uma variante do líquen mixematoso que se apresenta com lesões eritemato-escleróticas além das pápulas liquenóides com uma pequena tendência à remissão espontânea. BREUCKMANN ET AL (2004) relataram um caso de escleromixedema de uma mulher de 44 anos tratada com metotrexate e posteriormente com UVA-1, dose média. Houve manutenção do controle dos sintomas de prurido, mas sem melhora das condições da pele. Há limitadas opções terapêuticas para o manejo do escleredema diabeticorum, doença rara causada provavelmente pela glicolização do colágeno devido à hiperglicemia. KROFT E JONG (2008) descrevem o tratamento de três casos com UVA-1 (340-400nm). Dois homens e uma mulher com diabetes de difícil controle apresentavam espessamento da pele do dorso. Houve melhora substancial da maciez e mobilidade. Acredita-se que haja um aumento na produção de colágeno estimulado pela radiação UVA. OLSO ET AL (2009) empregou UVB-NB associado a corticóide e antihistamínicos em um paciente com liquen amiloidótico associado a eczema atópico. KANG ET AL (2009) utilizaram UVB-NB associado a ciclosporina em paciente com líquen amiloidótico associado a dermatite atópica. Outras enfermidades O granuloma anular múltiplo e disseminado responde pior a terapias. FRIGERIO (2007) reportaram sucesso terapêutico de quatro pacientes com granuloma anular múltiplo localizado tratados com UVA-1. O tratamento foi bem tolerado e teve dose acumulada de 1560J/cm2. Todos tiveram moderada secura da pele, resolvida com emolientes. Acredita-se que haja um mecanismo de reação de hipersensibilidade tardia na patogenia do granuloma anular contra antígenos ainda desconhecidos na pele. A UVA atuaria nas células inflamatórias induzindo apoptose de linfócitos Th, reduzindo a produção de INFgama e ativação de macrófagos. Como os efeitos a longo prazo dessa terapia não estão bem definidos, deve-se indicála apenas em casos crônicos que causem comprometimento psicológico nos pacientes afetados. Outros dois estudos anteriores já haviam prosposto o uso de UVA-1 para o granuloma anular múltiplo. (MUCHENBERGER,1997 E SCHNOPP, 2005) KUHL ET AL (2008) realizaram estudo retrospectivo em 16 pacientes com dermatoses de mãos e pés refratárias aos tratamentos anteriores. Foram submetidos à fototerapia com equipamento específico para mãos e pés. Apesar do número pequeno de pacientes, o uso de UBV-NB pareceu ser efetivo. A pustulose palmo-plantar é uma condição de inflamação crônica caracterizada por pústulas estéreis nas palmas e solas. Nenhum tratamento efetivo é atualmente aceito. RIAD ET AL (2006) demonstraram a eficiência do uso de PUVA em dermatoses palmoplantares, incluindo hiperceratose, pustulose e dermatite exsudativa. Obtiveram melhora completa em 78,5% dos casos de dermatite exsudativa e 46,7% nas lesões pustulares. MARSLAND ET AL (2006) concluíram que há evidência para o uso de retinóides sistêmicos e PUVA, com taxa de melhora de 44%. ENGIN (2004) concluíram que são necessários 18 ciclos em 6 semanas do tratamento com 8-MOP gel 0,01% associado a UVA (dose cumulativa de 87 j/cm2) para induzir resposta significativa de dermatoses palmoplantares recorrentes, incluindo-se casos de psoríase, eczema e pustulose. SCHALLER ET AL (2001) relatam melhora das lesões de pele na síndrome de POEMS com o tratamento com UVA-1. Essa síndrome é cacacterizada por polineuropatia, organomegalia, endocrinopatia, gamopatia monoclonal e alterações de pele como hiperpigmentação difusa, edema e hemangiomas. SUN et al (2005) relataram um caso de Síndrome de Netherton, um raro distúrbio autossômico recessivo caracterizado por dermatose ictiosiforme, anormalidades dos cabelos e diátese atópica. Uma das opções terapêuticas indicadas pelos autores seria PUVA. Esse tratamento já havia sido proposto por HAAS (1984). VALKOVA ET AL (2004) estudaram 101 pacientes com pitiríase rósea tratados com UVA e UVB. Concluíram que o tratamento com UVA não mudou o curso da doença, mas o uso de UVB alterou significantemente a clínica do paciente com desaparecimento da erupção após o tratamento. Os resultados corroboram com estudo prévios comparativos em que a exposição ao UVB resultou em diminuição da extensão das lesões. (ARNDT, 1983 E LEENUTAPHONG, 1995). Na papulose linfomatóide tem sido descrito emprego de PUVA com bons resultados. HOETZENECKER ET AL, utilizaram PUVA-bath em uma criança com papulose linfomatóide recalcitrante com bons resultados. Bibliografia consultada 1. Adişen E, Erdem O, Celepçi S, Gürer MA. Easy to diagnose, difficult to treat: keratosis lichenoides chronica. Clin Exp Dermatol. 2009 Jan 12. 2. Arndt KA, Paul BS, Stern RS, Parrish JA. Treatment of pityriasis rosea with UV radiation. Arch Dermatol. 1983 May;119(5):381-2. 3. Aydogan K, Karadogan SK, Tunali S, Adim SB, Ozcelik T. Narrowband UVB phototherapy for small plaque parapsoriasis. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2006 May;20(5):573-7. 4. Aydogan K, Saricaoglu H, Turan H. Narrowband UVB (311 nm, TL01) phototherapy for pityriasis lichenoides. Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2008 Jun;24(3):128-33. 5. Baldo A, Sammarco E, Plaitano R, Martinelli V, Monfrecola. Narrowband (TL-01) ultraviolet B phototherapy for pruritus in polycythaemia vera. Br J Dermatol. 2002 Nov;147(5):979-81. 6. Beattie PE, Dawe RS, Ferguson J, Ibbotson SH. UVA1 phototherapy for genital lichen sclerosus.Clin Exp Dermatol. 2006 May;31(3):343-7. 7. Berroeta L, Clark C, Ibbotson SH, Ferguson J, Dawe RS. Narrowband (TL-01) ultraviolet B phototherapy for chronic urticaria.Clin Exp Dermatol. 2004 Jan;29(1):97-8. 8. Bilsland D, George SA, Gibbs NK, Aitchison T, Johnson BE, Ferguson J.A comparison of narrow band phototherapy (TL-01) and photochemotherapy (PUVA) in the management of polymorphic light eruption.Br J Dermatol. 1993 Dec;129(6):70812. 9. Borzova E, Rutherford A, Konstantinou GN, Leslie KS, Grattan CE. Narrowband ultraviolet B phototherapy is beneficial in antihistamine-resistant symptomatic dermographism: a pilot study.J Am Acad Dermatol. 2008 Nov;59(5):752-7. Epub 2008 Sep 5. 10. Breit R, Röcken M. A classical form of eosinophilic pustular folliculitis--successful therapy with PUVAHautarzt. 1991 Apr;42(4):247-50. 11. Breuckmann F, Gambichler T, Altmeyer P, Kreuter A. Immunohistochemical investigations and introduction of new therapeutic strategies in scleromyxoedema: case report.BMC Dermatol. 2004 Sep 20;4(1):11. 12. Buchness MR, Lim HW, Hatcher VA, Sanchez M, Soter NA. Eosinophilic pustular folliculitis in the acquired immunodeficiency syndrome. Treatment with ultraviolet B phototherapy. N Engl J Med. 1988 May 5;318(18):1183-6. 13. Choi HJ, Hann SK. Livedo reticularis and livedoid vasculitis responding to PUVA therapy. J Am Acad Dermatol. 1999 Feb;40(2 Pt 1):204-7. 14. Colbert RL, Chiang MP, Carlin CS, Fleming M. Progressive extragenital lichen sclerosus successfully treated with narrowband UV-B phototherapy.Arch Dermatol. 2007 Jan;143(1):19-20. 15. Cook-Norris RH, Weenig RH. Eczematoid graft-vs-host disease. Arch Dermatol. 2008 Aug;144(8):1066; author reply 1066-7. 16. Creamer D, Martyn-Simmons CL, Osborne G, Kenyon M, Salisbury JR, Devereux S, Pagliuca A, Ho AY, Mufti GJ, du Vivier AW. Eczematoid graft-vs-host disease: a novel form of chronic cutaneous graft-vs-host disease and its response to psoralen UVA therapy. Arch Dermatol. 2007 Sep;143(9):1157-62. 17. Czarnecki D. Narrowband ultraviolet B therapy is an effective means of raising serum vitamin D levels.Clin Exp Dermatol. 2008 Mar;33(2):202. Epub 2007 Dec 10. 18. Dalmau J, Baselga E, Roé E, Alomar A. Psoralen-UVA treatment for generalized prepubertal extragenital lichen sclerosus et atrophicus.J Am Acad Dermatol. 2006 Aug;55(2 Suppl):S56-8. 19. Dawe RS. Ultraviolet A1 phototherapy. Br J Dermatol. 2003 Apr;148(4):626-37. 20. del Pozo J, García-Silva J, Yebra-Pimentel MT. Chronic graftversus-host disease presenting as bullous lesions. Actas Dermosifiliogr. 2008 Dec;99(10):803-7. Spanish. 21. Divekar PM, Palmer RA, Keefe M. Phototherapy in nodular prurigo. Clin Exp Dermatol. 2003 Jan;28(1):99-100. 22. Eisman S. Pruritic papular eruption in HIV. Dermatol Clin. 2006 Oct;24(4):449-57, vi. 23. Ellis E, Scheinfeld N.Eosinophilic pustular folliculitis: a comprehensive review of treatment options. Am J Clin Dermatol. 2004;5(3):189-97. 24. Elman M, Slatkine M, Harth Y. The effective treatment of acne vulgaris by a high-intensity, narrow band 405-420 nm light source. J Cosmet Laser Ther. 2003 Jun;5(2): 111-7. 25. El-Mofty M, Mostafa W, El-Darouty M, Bosseila M, Nada H, Yousef R, Esmat S, El-Lawindy M, Assaf M, El-Enani G. Different low doses of broad-band UVA in the treatment of morphea and systemic sclerosis.Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2004 Jun;20(3):148-56. 26. Engin B, Oguz O. Evaluation of time-dependent response to psoralen plus UVA (PUVA) treatment with topical 8methoxypsoralen (8-MOP) gel in palmoplantar dermatoses. Int J Dermatol. 2005 Apr;44(4):337-9. 27. Ersoy-Evans S, Hapa AA, Boztepe G, Sahin S, Kölemen F. Narrowband ultraviolet-B phototherapy in pityriasis lichenoides chronica.J Dermatolog Treat. 2009;20(2):109-13. 28. Ferrándiz C, Carrascosa JM, Just M, Bielsa I, Ribera M. Sequential combined therapy with thalidomide and narrow-band (TL01) UVB in the treatment of prurigo nodularis.Dermatology. 1997;195(4):359-61. 29. Filipowska B, Gebska E, Pindycka-Piaszczyńska M, Sabat D, Zajecki W. Coexistence of pigmented urticaria and mastocytomas: a case report]Pol Merkur Lekarski. 2003 May;14(83):441-3. 30. Fraser-Andrews EA, Morris-Jones R, Novakovic L, Hawk JL. Erythema multiforme following polymorphic light eruption: a report of two cases.Clin Exp Dermatol. 2005 May;30(3):232-4. 31. Frigerio E, Franchi C, Garutti C, Spadino S, Altomare GF. Multiple localized granuloma annulare: ultraviolet A1 phototherapy.Clin Exp Dermatol. 2007 Nov;32(6):762-4. Epub 2007 Aug 24. 32. Furlong T, Leisenring W, Storb R, Anasetti C, Appelbaum FR, Carpenter PA, Deeg HJ, Doney K, Kiem HP, Nash RA, Sanders JE, Witherspoon R, Thompson D, Martin PJ. Psoralen and ultraviolet A irradiation (PUVA) as therapy for steroid-resistant cutaneous acute graft-versus-host disease. Biol Blood Marrow Transplant. 2002;8(4):206-12. 33. Gambichler T, Breuckmann F, Boms S, Altmeyer P, Kreuter A. Narrowband UVB phototherapy in skin conditions beyond psoriasis. J Am Acad Dermatol. 2005 Apr;52(4):660-70. 34. Gambichler T, Hyun J, Sommer A, Stücker M, Altmeyer P, Kreuter A.A randomised controlled trial on photo(chemo)therapy of subacute prurigo.Clin Exp Dermatol. 2006 May;31(3):348-53. 35. Gambichler T, Kreuter A, Rotterdam S, Altmeyer P, Hoffmann K. Linear scleroderma 'en coup de sabre' treated with topical calcipotriol and cream psoralen plus ultraviolet A.J Eur Acad Dermatol Venereol. 2003 Sep;17(5):601-2. 36. Gambichler T, Kreuter A, Rotterdam S, Altmeyer P, Hoffmann K. Linear scleroderma 'en coup de sabre' treated with topical calcipotriol and cream psoralen plus ultraviolet A.J Eur Acad Dermatol Venereol. 2003 Sep;17(5):601-2. 37. Gamil H, Nassar A, Saadawi A, El-Qashishi K, Ahmed F. Narrow-band ultraviolet B phototherapy in lichen planus.J Eur Acad Dermatol Venereol. 2009 May;23(5):589-90. Epub 2008 Sep 3. 38. Garg S, Messenger AG. Alopecia areata: evidence-based treatments. Semin Cutan Med Surg. 2009 Mar;28(1):15-8. 39. Gelfand JM, Rudikoff D. Evaluation and treatment of itching in HIV-infected patients. Mt Sinai J Med. 2001 Sep-Oct;68(4-5):298308 40. Gobello T, Mazzanti C, Sordi D, Annessi G, Abeni D, Chinni LM, Girolomoni G. Medium- versus high-dose ultraviolet A1 therapy for urticaria pigmentosa: a pilot study.J Am Acad Dermatol. 2003 Oct;49(4):679-84. 41. Goodkin R, Bernhard JD. Repeated PUVA treatment of aquagenic pruritus. Clin Exp Dermatol. 2002 Mar;27(2):164-5. 42. Grundmann-Kollmann M, Martin H, Ludwig R, Klein S, Boehncke WH, Hoelzer D, Kaufmann R, Podda M. Narrowband UV-B phototherapy in the treatment of cutaneous graft versus host disease. Transplantation. 2002 Dec 15;74(11):1631-4. 43. Gruss CJ, Von Kobyletzki G, Behrens-Williams SC, Lininger J, Reuther T, Kerscher M, Altmeyer P. Effects of low dose ultraviolet A-1 phototherapy on morphea.Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2001 Aug;17(4):149-55. 44. Gudi VS, White MI. Progressive pigmented purpura (Schamberg's disease) responding to TL01 ultraviolet B therapy.Clin Exp Dermatol. 2004 Nov;29(6):683-4. 45. Haas OA, Martins da Cuñha A, Gadner H, Stingl G, Kornmüller R. The Netherton syndrome: clinical characteristics, differential diagnosis and new ways of therapy.Padiatr Padol. 1984;19(2):153-9. German. 46. Hamzavi I, Lui H. Using light in dermatology: an update on lasers, ultraviolet phototherapy, and photodynamic therapy.Dermatol Clin. 2005 Apr;23(2):199-207. 47. Hann SK, Cho MY, Park YK. UV treatment of generalized prurigo nodularis.Int J Dermatol. 1990 Jul-Aug;29(6):436-7. 48. He C, Xu H, Xiao T, Geng L, Chen HD. Localized linear IgA dermatosis induced by UV light-treatment for herpes zoster. Int J Dermatol. 2007 May;46(5):500-2. 49. Healy E, Rogers S.PUVA treatment for alopecia areata--does it work? A retrospective review of 102 cases. Br J Dermatol. 1993 Jul;129(1):42-4 50. Herzinger T, Degitz K, Plewig G, Röcken M. Treatment of small plaque parapsoriasis with narrow-band (311 nm) ultraviolet B: a retrospective study. Clin Exp Dermatol. 2005 Jul;30(4):37981. 51. Ho VT, Cutler C. Current and novel therapies in acute GVHD. Best Pract Res Clin Haematol. 2008 Jun;21(2):223-37. 52. Hoetzenecker W, Guenova E, Hoetzenecker K, Yazdi A, Röcken M, Berneburg M. Successful treatment of recalcitrant lymphomatoid papulosis in a child with PUVA-bath photochemotherapy. Eur J Dermatol. Nov-Dec 2009;19(6):646-7. 53. Holme SA, Anstey AV. Aquagenic pruritus responding to intermittent photochemotherapy. Clin Exp Dermatol. 2001 Jan;26(1):40-1. 54. Imafuku S, Shibata S, Tashiro A, Furue M. Cutaneous Langerhans cell histiocytosis in an elderly man successfully treated with narrowband ultraviolet B.Br J Dermatol. 2007 Dec;157(6):1277-9. Epub 2007 Oct 4. 55. Ingber S, Cohen PD. Successful treatment of refractory aquagenic pruritus with naltrexone.J Cutan Med Surg. 2005 Oct;9(5):215-6. 56. Ishibashi M, Ouchi T, Tanikawa A, Ishiko A. Indeterminate cell histiocytosis successfully treated with ultraviolet B phototherapy. Clin Exp Dermatol. 2008 May;33(3):301-4. Epub 2008 Feb 2. 57. Juhlin L, Malmros-Enander I. Familial polymorphous light eruption with aquagenic urticaria: successful treatment with PUVA.Photodermatol. 1986 Dec;3(6):346-9. 58. Kang MJ, Kim HS, Kim HO, Park YM. A case of atopic dermatitis-associated lichen amyloidosis successfully treated with oral cyclosporine and narrow band UVB therapy in succession. J Dermatolog Treat. 2009;20(6):368-70 59. Karvonen J, Hannuksela M. Long term results of topical trioxsalen PUVA in lichen planus and nodular prurigo. Acta Derm Venereol Suppl (Stockh). 1985;120:53-5. 60. Kim YC, Shim SD. Two cases of generalized lichen nitidus treated successfully with narrow-band UV-B phototherapy.Int J Dermatol. 2006 May;45(5):615-7. 61. Klein PA, Jones EC, Nelson JL, Clark RA. Infectious causes of pityriasis lichenoides: a case of fulminant infectious mononucleosis.J Am Acad Dermatol. 2003 Aug;49(2 Suppl Case Reports):S151-3. 62. Kocaturk E, Kavala M, Zindanci I, Zemheri E, Sarigul S, Sudogan S. Narrowband UVB treatment of pigmented purpuric lichenoid dermatitis (Gougerot-Blum).Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2009 Feb;25(1):55-6. 63. Kreuter A, Gambichler T. Narrowband UV-B phototherapy for extragenital lichen sclerosus.Arch Dermatol. 2007 Sep;143(9):1213. 64. Kreuter A, von Kobyletzki G, Happe M, Herde M, Breuckmann F, Stücker M, Altmeyer P. Ultraviolet-A1 (UVA1) phototherapy in lichen sclerosus et atrophicus.Hautarzt. 2001 Oct;52(10):878-81. 65. Krizsa J, Hunyadi J, Dobozy A. PUVA treatment of pigmented purpuric lichenoid dermatitis (Gougerot-Blum). J Am Acad Dermatol. 1992 Nov;27(5 Pt 1):778-80. 66. Kroft EB, Berkhof NJ, van de Kerkhof PC, Gerritsen RM, de Jong EM. Ultraviolet A phototherapy for sclerotic skin diseases: a systematic review.J Am Acad Dermatol. 2008 Dec;59(6):1017-30. Epub 2008 Oct 2. 67. Kroft EB, de Jong EM. Scleredema diabeticorum case series: successful treatment with UV-A1.Arch Dermatol. 2008 Jul;144(7):947-8. 68. Kuhl JT, Davis MD, McEvoy MT. Narrowband ultraviolet-B phototherapy for hand and foot dermatoses.Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2008 Jun;24(3):152-3. 69. Kuwano Y, Watanabe R, Fujimoto M, Komine M, Asahina A, Tsukada N, Tamaki K. Treatment of HIV-associated eosinophilic pustular folliculitis with narrow-band UVB. Int J Dermatol. 2006 Oct;45(10):1265-7. 70. Kuypers DR. Skin problems in chronic kidney disease.Nat Clin Pract Nephrol. 2009 Mar;5(3):157-70. Epub 2009 Feb 3. 71. Lan Ma H, Metze D, Luger TA, Steinhoff M. Successful treatment of generalized eruptive histiocytoma with PUVA.J Dtsch Dermatol Ges. 2007 Feb;5(2):131-4. 72. Lasocki AL, Kelly RI. Narrowband UVB therapy as an effective treatment for Schamberg's disease.Australas J Dermatol. 2008 Feb;49(1):16-8. 73. Lee JH, Choi HJ, Kim SM, Hann SK, Park YK. Livedoid vasculitis responding to PUVA therapy.Int J Dermatol. 2001 Feb;40(2):153-7. 74. Leenutaphong V, Jiamton S. UVB phototherapy for pityriasis rosea: a bilateral comparison study.J Am Acad Dermatol. 1995 Dec;33(6):996-9. 75. Leiter U, Kaskel P, Krähn G, Gottlöber P, Bunjes D, Peter RU, Kerscher M. Psoralen plus ultraviolet-A-bath photochemotherapy as an adjunct treatment modality in cutaneous chronic graft versus host disease.Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2002 Aug;18(4):183-90. 76. Ling TC, Goulden V, Goodfield MJ. PUVA therapy in lichen aureus. J Am Acad Dermatol. 2001 Jul;45(1):145-6. 77. Ling TC, Herrick AL, Andrew SM, Brammah T, Griffiths CE. Keloidal scleroderma.Clin Exp Dermatol. 2003 Mar;28(2):171-3. 78. Lotti T, Ghersetich I, Panconesi E. Why should we use PUVA treatment in pigmented purpuric lichenoid dermatitis?J Am Acad Dermatol. 1994 Jan;30(1):145. 79. Lüftl M, Degitz K, Plewig G, Röcken M. Bath psoralen-UV-A therapy for persistent Grover disease.Arch Dermatol. 1999 May;135(5):606-7. 80. Mahnke N, Medve-Koenigs K, Megahed M, Neumann NJ. Medium-dose UV-A1 phototherapy. Successful treatment of cutaneous sarcoidosis. Hautarzt. 2003 Apr;54(4):364-6. Epub 2003 Mar 7. 81. Marsland AM, Chalmers RJ, Hollis S, Leonardi-Bee J, Griffiths CE. Interventions for chronic palmoplantar pustulosis. Cochrane Database Syst Rev. 2006 Jan 25;(1):CD001433. 82. Martínez-Escribano JA, Quecedo E, De la Cuadra J, Frías J, Sánchez-Pedreño P, Aliaga A. Treatment of aquagenic urticaria with PUVA and astemizole.J Am Acad Dermatol. 1997 Jan;36(1):118-9. 83. Menagé HD, Norris PG, Hawk JL, Graves MW. The efficacy of psoralen photochemotherapy in the treatment of aquagenic pruritus. Br J Dermatol. 1993 Aug;129(2):163-5. 84. Michel S, Hohenleutner U, Landthaler M. Ofuji papuloerythroderma: PUVA bath treatment. Hautarzt. 1999 May;50(5):360-2. 85. Milea M, Dimov HA, Cribier B. Generalized Schamberg's disease treated with PUVA in a childAnn Dermatol Venereol. 2007 Apr;134(4 Pt 1):378-80. 86. Morton CA, Henderson IS, Jones MC, Lowe JG. Acquired perforating dermatosis in a British dialysis population. Br J Dermatol. 1996 Nov;135(5):671-7. 87. Muchenberger S, Schöpf E, Simon JC. Phototherapy with UVA-I for generalized granuloma annulare. Arch Dermatol. 1997 Dec;133(12):1605. No abstract available. 88. Mutluer S, Yerebakan O, Alpsoy E, Ciftcioglu MA, Yilmaz E. Treatment of papuloerythroderma of Ofuji with Re-PUVA: a case report and review of the therapy.J Eur Acad Dermatol Venereol. 2004 Jul;18(4):480-3. Review. 89. Noborio R, Nishida E, Kurokawa M, Morita A. A new targeted blue light phototherapy for the treatment of acne. Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2007 Feb;23(1):32-4. 90. Ohe S, Danno K, Sasaki H, Isei T, Okamoto H, Horio T.Treatment of acquired perforating dermatosis with narrowband ultraviolet B. J Am Acad Dermatol. 2004 Jun;50(6):892-4. Oiso N, Yudate T, Kawara S, Kawada A.Successful treatment of lichen amyloidosus associated with atopic dermatitis using a combination of narrowband ultraviolet B phototherapy, topical corticosteroids and an antihistamine.Clin Exp Dermatol. 2009 Dec;34(8):833-6 91. Ozdemir M, Engin B, Toy H, Mevlitoglu I. Treatment of plaquetype localized scleroderma with retinoic acid and ultraviolet A plus the photosensitizer psoralen: a case series.J Eur Acad Dermatol Venereol. 2008 Apr;22(4):519-21. No abstract available. 92. Pansé I, Bourrat E, Rybojad M, Morel P. [Photochemotherapy for pityriasis lichenoides: 3 cases]Ann Dermatol Venereol. 2004 Feb;131(2):201-3. 93. Pardo RJ, Bogaert MA, Penneys NS, Byrne GE Jr, Ruiz P. UVB phototherapy of the pruritic papular eruption of the acquired immunodeficiency syndrome. J Am Acad Dermatol. 1992 Mar;26(3 Pt 2):423-8. 94. Pardo RJ, Bogaert MA, Penneys NS, Byrne GE Jr, Ruiz P.UVB phototherapy of the pruritic papular eruption of the acquired immunodeficiency syndrome. J Am Acad Dermatol. 1992 Mar;26(3 Pt 2):423-8 95. Parker RK, Crowe MJ, Guin JD. Aquagenic urticaria. Cutis. 1992 Oct;50(4):283-4. 96. Paul BS, Arndt KA. Response of transient acantholytic dermatosis to photochemotherapy.Arch Dermatol. 1984 Jan;120(1):121-2. 97. Pavlotsky F, Baum S, Barzilai A, Shpiro D, Trau H. UVB therapy of pityriasis lichenoides--our experience with 29 patients.J Eur Acad Dermatol Venereol. 2006 May;20(5):542-7. 98. Pavlotsky F, Nathansohn N, Kriger G, Shpiro D, Trau H. Ultraviolet-B treatment for cutaneous lichen planus: our experience with 50 patients.Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2008 Apr;24(2):83-6. 99. Pinton PC, Capezzera R, Zane C, De Panfilis G. Medium-dose ultraviolet A1 therapy for pityriasis lichenoides et varioliformis acuta and pityriasis lichenoides chronica.J Am Acad Dermatol. 2002 Sep;47(3):410-4. 100. Pirkhammer D, Seeber A, Hönigsmann H, Tanew A. Narrowband ultraviolet B (ATL-01) phototherapy is an effective and safe treatment option for patients with severe seborrhoeic dermatitis. Br J Dermatol. 2000 Nov;143(5):964-8. 101. Quirk CJ, Heenan PJ. Grover's disease: 34 years on. Australas J Dermatol. 2004 May;45(2):83-6; quiz 87-8. 102. Riad K, Felix P, Dorit S, Gregory K, Nadim K, Henri T. The use of topical PUVA for palmoplantar dermatoses. J Dermatolog Treat. 2006;17(5):304-7. 103. Ridge CA, Moktar A, Barry J, Murphy GM. Photochemotherapy and methotrexate used to treat generalized cutaneous scleroderma.J Eur Acad Dermatol Venereol. 2007 May;21(5):692-3. 104. Rivard J, Lim HW. Ultraviolet phototherapy for pruritus. Dermatol Ther. 2005 Jul-Aug;18(4):344-54. 105. Rombold S, Lobisch K, Katzer K, Grazziotin TC, Ring J, Eberlein B. Efficacy of UVA1 phototherapy in 230 patients with various skin diseases. Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2008 Feb;24(1):19-23. 106. Rose RF, Turner D, Goodfield MJ, Goulden V. Low-dose UVA1 phototherapy for proximal and acral scleroderma in systemic sclerosis.Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2009 Jun;25(3):153-5. 107. Saray Y, Seçkin D, Bilezikçi B. Acquired perforating dermatosis: clinicopathological features in twenty-two cases.J Eur Acad Dermatol Venereol. 2006 Jul;20(6):679-88 108. Sator PG, Radakovic S, Schulmeister K, Hönigsmann H, Tanew A.Medium-dose is more effective than low-dose ultraviolet A1 phototherapy for localized scleroderma as shown by 20-MHz ultrasound assessment.J Am Acad Dermatol. 2009 May;60(5):786-91. Epub 2009 Feb 10. 109. Schaller M, Romiti R, Wollenberg A, Prinz B, Woerle B. Improvement of cutaneous manifestations in POEMS syndrome after UVA1 phototherapy. J Am Acad Dermatol. 2001 Dec;45(6):969-70. 110. Schnopp C, Tzaneva S, Mempel M, Schulmeister K, Abeck D, Tanew A. UVA1 phototherapy for disseminated granuloma annulare. Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2005 Apr;21(2):68-71. 111. Seckin D, Yazici Z, Senol A, Demircay Z. A case of Schamberg's disease responding dramatically to PUVA treatment.Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2008 Apr;24(2):95-6. 112. Singh F, Rudikoff D. HIV-associated pruritus: etiology and management. Am J Clin Dermatol. 2003;4(3):177-88. 113. Smith RA, Ross JS, Staughton RC. Bath PUVA as a treatment for aquagenic pruritus. Br J Dermatol. 1994 Oct;131(4):584. 114. Sun JD, Linden KG. Netherton syndrome: a case report and review of the literature. Int J Dermatol. 2006 Jun;45(6):693-7. 115. Sunderkötter C, Kuhn A, Hunzelmann N, Beissert S. Phototherapy: a promising treatment option for skin sclerosis in scleroderma?Rheumatology (Oxford). 2006 Oct;45 Suppl 3:iii52iii54. Review. Erratum in: Rheumatology (Oxford). 2008 Feb;47(2):234-5. 116. Svennilson J. Novel approaches in GVHD therapy. Bone Marrow Transplant. 2005 Mar;35 Suppl 1:S65-7. 117. Tamagawa-Mineoka R, Katoh N, Ueda E, Kishimoto S. Narrow-band ultraviolet B phototherapy in patients with recalcitrant nodular prurigo. J Dermatol. 2007 Oct;34(10):691-5. 118. Taneja A, Taylor CR. Narrow-band UVB for lichen planus treatment.Int J Dermatol. 2002 May;41(5):282-3. Review. 119. Taylor CR, Hawk JL.Acquired perforating dermatosis: clinicopathological features in twenty-two cases. Br J Dermatol. 1995 Dec;133(6):914-8 120. Tekin NS, Tekin IO, Cinar S, Altinyazar HC, Koca R, Esturk E. The PUVA-turban as an alternative treatment of alopecia associated with chronic graft versus host disease. J Am Acad Dermatol. 2005 Nov;53(5):902-3. 121. Tuchinda C, Kerr HA, Taylor CR, Jacobe H, Bergamo BM, Elmets C, Rivard J, Lim HW. UVA1 phototherapy for cutaneous diseases: an experience of 92 cases in the United States.Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2006 Oct;22(5):247-53. 122. Tuchinda C, Leenutaphong V, Sudtim S, Lim HW. Refractory livedoid vasculitis responding to PUVA: a report of four cases. Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2005 Jun;21(3):154-6. 123. Väätäinen N, Hannuksela M, Karvonen J. Local photochemotherapy in nodular prurigo. Acta Derm Venereol. 1979;59(6):544-7. 124. Valkova S, Trashlieva M, Christova P. UVB phototherapy for Pityriasis rosea.J Eur Acad Dermatol Venereol. 2004 Jan;18(1):111-2. 125. von Stebut E, Schadmand-Fischer S, Bräuninger W, Kreft A, Doberauer C, Steinbrink K. Successful treatment of adult multisystemic Langerhans cell histiocytosis with psoralen-UV-A, prednisolone, mercaptopurine, and vinblastine.Arch Dermatol. 2008 May;144(5):649-53. 126. Wackernagel A, Legat FJ, Hofer A, Quehenberger F, Kerl H, Wolf P. Psoralen plus UVA vs. UVB-311 nm for the treatment of lichen planus.Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2007 Feb;23(1):15-9. 127. Wallengren J. Prurigo: diagnosis and management. Am J Clin Dermatol. 2004;5(2):85-95. 128. Wang CH, Chen GS. Indeterminate cell histiocytosis: a case report. Kaohsiung J Med Sci. 2004 Jan;20(1):24-30. 129. Weischer M, Blum A, Eberhard F, Röcken M, Berneburg M.No evidence for increased skin cancer risk in psoriasis patients treated with broadband or narrowband UVB phototherapy: a first retrospective study. Acta Derm Venereol. 2004;84(5):370-4. 130. Wemmer U, Thiele B, Steigleder GK. Hypereosinophilia syndrome--successful PUVA therapy. Hautarzt. 1988 Jan;39(1):42-4. 131. Wetzig T, Sticherling M, Simon JC, Hegenbart U, Niederwieser D, Al-Ali HK. Medium dose long-wavelength ultraviolet A (UVA1) phototherapy for the treatment of acute and chronic graft-versushost disease of the skin.Bone Marrow Transplant. 2005 Mar;35(5):515-9 132. Wolff D, Anders V, Corio R, Horn T, Morison WL, Farmer E, Vogelsang GB. Oral PUVA and topical steroids for treatment of oral manifestations of chronic graft-vs.-host disease.Photodermatol Photoimmunol Photomed. 2004 Aug;20(4):184-90. 133. Wong WK, Ratnam KV.A report of two cases of pigmented purpuric dermatoses treated with PUVA therapy. Acta Derm Venereol. 1991;71(1):68-70. 134. Wulf HC, Hansen AB, Bech-Thomsen N. Differences in narrow-band ultraviolet B and broad-spectrum ultraviolet photocarcinogenesis in lightly pigmented hairless mice. Photodermatol Photoimmunol Photomed. 1994 Oct;10(5):192-7. 135. Xifra A, Carrascosa JM, Ferrándiz C. Narrow-band ultraviolet B in aquagenic pruritus. Br J Dermatol. 2005 Dec;153(6):1233-4. 136. Yashar S, Gielczyk R, Scherschun L, Lim HW. Narrow-band ultraviolet B treatment for vitiligo, pruritus, and inflammatory dermatoses. Photodermatol Photoimmunol Photomed 2003; 19:164–168. 137. Ziemer M, Thiele JJ, Gruhn B, Elsner P. Chronic cutaneous graft-versus-host disease in two children responds to UVA1 therapy: improvement of skin lesions, joint mobility, and quality of life.J Am Acad Dermatol. 2004 Aug;51(2):318-9. 138. Zulian F. New developments in localized scleroderma.Curr Opin Rheumatol. 2008 Sep;20(5):601-7.