Resumo Finanças Coporativas

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 Resumo Finanças Coporativas PREMISSAS DO MODELO DE MODIGLIANI-­‐MILLER – Mesma taxa de juros para empresas e investidores. – Informação perfeita – Inexistência de custos de transação – Inexistência de impostos – Inexistência de custos de falência – Inexistência de custos de agência ALAVANCAGEM POR CONTA PRÓPRIA: ao invés de comprar ação de uma empresa alavancada, a pessoa se alavanca (imitando o índice de endividamento da empresa alavancada) e investe em uma empresa não alavancada. Asq sim, ela consegue o mesmo retorno. PROPOSIÇÕES I E II DE MM (SEM IMPOSTOS) • Proposição I – O Valor da empresa não é afetado pela alavancagem VL = VU • Proposição II – Alavancagem aumenta o risco e o retorno dos acionistas. rs = r0 + (B / S) (r0 -­‐ rB) PROPOSIÇÕES I E II DE MM (COM IMPOSTOS DE PESSOA JURÍDICA) • Proposição I – O valor da empresa aumenta com a alavancagem VL = VU + TC B • Proposição II rS = r0 + (B/S)×(1-­‐TC)×(r0 -­‐ rB) ESTRUTURA DE CAPITAL CONSIDERANTO CUSTOS DE DIFICULDADE FINANCEIRA CUSTOS DE DIFICULDADE FINANCEIRA • As Proposições I e II de Modigliani e Miller com impostos chegam à conclusão de que a estrutura ótima de capital é obter o máximo de dívida possível. • Ignoram custos de dificuldade financeira • Custos Diretos de Dificuldade Financeira: custos legais e custos administrativos de liquidação ou reorganização (advogados, tribunais, contratação de especialistas): • Custos Indiretos de Dificuldade Financeira: vários clientes deixam de comprar/ fornecedores fazem restrições a vender a prazo TEORIA DO TRADE-­‐OFF: INTEGRAÇÃO DO BENEFÍCIO FISCAL DA DÍVIDA E CUSTOS DE DIFICULDADE FINANCEIRAS • VT=S+B+G+L – Onde: § S = valor presente dos pagamentos aos acionistas, § B= valor presente dos pagamentos aos credores, § G= valor presente dos pagamentos ao governo, § L = valor presente das dificuldades financeiras. • S e B à Valor de mercado da empresa ou direitos que podem ser vendidos ou negociados •
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G e L à Direitos que não podem ser vendidos ou negociados TEORIA DE TREDE-­‐OFF OU TEORIA ESTÁTICA: A estrutura de capital envolve um trade-­‐off entre o benefício fiscal da dívida e o custo das dificuldades financeiras. Existe uma estrutura ótima de capital (B*) que maximiza o valor da firma. O nível ótimo de endividamento ocorre quando o benefício marginal da dívida se iguala ao custo marginal da dívida. CUSTOS DE AGÊNCIA • Quando uma empresa emite dívida surgem conflitos de interesse entre acionistas e credores. Os conflitos são amplificados quando há dificuldades financeiras, impondo custos de agência para as empresas. • Os acionistas, quando correm o risco de falir, adotam estratégias egoístas, que diminuem o valor de mercado da firma como um todo: – Estratégia Egoísta nº1: Incentivos a assumir maiores riscos – Estratégia Egoísta nº2: Incentivo a subinvestimento – Estratégia Egoísta nº3: Incentivo à “milking the property” – distribui dividendos extras ou outros fluxos de caixa para acionistas em época de dificuldade financeira • Quem paga o custo das estratégias egoístas? – O credor, sabendo que em caso de dificuldade financeira o acionista tomará estratégias egoístas que diminuem o valor da empresa, eleva a taxa de juros à medida que o risco de falência aumenta. – São os acionistas que acabam arcando com o custo de agência, pois tem que pagar taxas altas de juros em caso de dificuldades financeiras. CLÁUSULAS DE PROTEÇÃO E REDUÇÃO DA DÍVIDA • Como os problemas de agência são repetitivos, os contratos de dívida geralmente contêm cláusulas para protegerem os credores. Os acionistas aceitam a cláusula para conseguirem emitir a dívida a um custo adequado. A seguir são listadas cláusulas usualmente encontradas para minimizar o problema de agência. • Cláusulas (covenants) negativas: – Limite a pagamento de dividendos – A empresa não pode dar os ativos em garantia a outros credores – A empresa não pode realizar fusão com outras empresas – A empresa não pode vender ou fazer leasing dos principais ativos sem prévia autorização dos credores. – A empresa não pode emitir dívida de longo prazo adicional. • Cláusulas (covenants) positivas: – A empresa se compromete a manter um nível mínimo de capital de giro – A empresa precisa fornecer demonstrações financeiras periódicas aos credores SINALIZAÇÃO • Uma firma bem sucedida pode tomar dívida para recomprar parte de suas ações, aumentando apenas de leve o custo de falência, de maneira que aumente o benefício fiscal e seu valor. • Portanto, empresas racionais que tem expectativa de aumento de lucro devem aumentar o grau de endividamento. • Como o investidor reage a um aumento do nível de endividamento? – O investidor interpreta o aumento do nível de endividamento como um sinal sobre o valor da empresa. • É possível uma empresa que já está no nível ótimo de endividamento enganar o investidor aumentando mais ainda o nível de endividamento? – Há custos. O aumento do nível de endividamento além do ótimo diminui o valor da empresa. Em algum momento o mercado ficará ciente disso. • Como há custo em aumentar a dívida para empresas que querem enganar o investidor, empresas boas devem aumentar bem mais o nível de endividamento do que empresas ruins. – Portanto, o aumento de endividamento é interpretado em geral como um sinal de aumento de valor. •
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CUSTOS DE AGÊNCIA ENTRE ACIONISTAS E ADMNISTRADORES E O PAPEL DA DÍVIDA Existem custos de agência entre os administradores e os acionistas Os acionistas (principais) querem que os administradores (agentes) maximizem o valor da empresa, mas quem toma as ações para que isso ocorra são os administradores. Alguns comportamentos possíveis em que os administradores não agem para maximizar o valor do acionista são: – Colocar menos esforço do que o necessário (mais tempo de lazer) – Pagamento de mordomias – Investimento em projetos com VPL negativo Quanto mais caixa estiver disponível, mais oportunidade de custo de agência ocorre. Dívida coloca uma pressão sobre o caixa da empresa, diminuindo as possibilidades de custo de agência VL = VU + BTC -­‐ VP( Custos Dif. Financ) +VP( Red. Custos Agência) •
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TEORIA DE PECKING ORDER • Considere um administrador que precise de recursos para financiar um novo projeto. Ele tem as seguintes alternativas: – Emissão de ações – Emissão de dívida • O administrador conhece mais sobre a empresa do que investidores típicos (assimetria de informação) • Ao se decidir pela emissão de ação, o administrador passa um sinal ao mercado de que o preço de sua ação está superavaliado, e isso faz com que o preço da ação diminua. • A teoria de PECKING ORDER prevê a seguinte hierarquização das fontes de financiamento: – Uso de Lucros Retidos (recursos internos) – Uso de Dívida (recursos externos menos arriscado) – Uso de Equity (recursos externos mais arriscados) • Implicações: – Não existe meta de alavancagem financeira – Empresas com lucro alto utilizam menos dívidas – Empresas gostam de folga financeira (acumulam caixa hoje para financiar projetos lucrativos no futuro) CRESCIMENTO E GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA • Empresas com muitas oportunidades de crescimento devem apresentar menor nível de alavancagem financeira do que empresas com poucas oportunidades de crescimento. COMO EMPRESAS ESTABELECEM ESTRUTURA DE CAPITAL? § A maior parte das empresas tem estrutura de capital modesta, claramente não atingindo todo o uso do benefício fiscal. – Possível explicação: custo de dificuldade financeira § Muitas empresas não utilizam dívida – Tipicamente são empresas familiares, onde os adminstradores (donos) são menos diversificados. § Existe diferenças de grau de alavancagem financeira em diferentes indústrias: – Baixo para indústrias com alto potencial de crescimento – Mais alto para indústrias com um percentual grande de ativos tangíveis § A maior parte das empresas utilizam estrutura meta de capital. Fatores que impactam na decisão sobre qual é a estrutura meta: – Impostos (quanto mais lucrativas, maior o benefício fiscal da dívida) – Tipo de ativos (quanto mais ativos tangíveis, maior a capacidade de endividamento) –
Incerteza nos lucros operacionais: quanto mais incertos, maior a probabilidade de incorrer em dificuldades financeiras. POLÍTICA DE DIVIDENDO TIPOS DE DISTRIBUIÇÕES A ACIONISTAS • Dividendos em caixa • Dividendos em ações (bonificações) • Desdobramentos (splits) • Recompras de ações PROCEDIMENTO DE PAGAMENTO DE DIVIDENDOS • Data de declaração de dividendo (data ex dividendo) – Preço da ação ex-­‐dividendo • Data de pagamento • Isolando qualquer outro efeito, o preço da ação deveria cair no montante do dividendo por ação na data ex dividendo (declaração do pagamento do dividendo). IRRELEVÂNCIA DOS DIVIDENDOS • Considerando o mercado perfeito, e que as empresas não deixaram de investir em projetos com VPL positivo para pagar dividendos, MM mostram que: • A política de dividendos é irrelevante – Como os investidores não precisam de dividendos para converter ações em caixa, eles não pagarão mais por empresas que tem política de pagar maiores dividendos. – Em outras palavras, a política de dividendos não terá impacto no valor da empresa, porque os investidores podem criar o fluxo de caixa que preferirem, ao gerar eles mesmos fluxos alternativos a dividendos (homemade dividends) • Proposição para indiferença entre as duas políticas: – O VP dos fluxos de caixa para o acionista é igual nos dois cenários. – A alteração da política de dividendos não alterou o valor da ação. PROPOSIÇÃO DE MODIGLIANI E MILLER (MM) • Proposição de MM: Investidores são indiferentes à política de dividendos • Premissas: 1) Não existe impostos ou taxas de transação. 2) As expectativas são homogêneas. 3) A política de investimento da firma é estabelecida para o futuro e não é alterada com a política de dividendo. DIVIDENDOS E POLÍTICA DE INVESTIMENTO • Uma empresa nunca deve deixar de investir em projetos de VPL positivo para aumentar o dividendo pago. • Lembre-­‐se que uma das premissas do argumento de irrelevância da política de dividendos é: – A política de investimentos é definida para o futuro e não será alterada pela política de dividendos. • Uma nota final: – Dividendos são relevantes – A política de dividendos é irrelevante (segundo MM). RECOMPRA DE AÇÕES versus DIVIDENDOS • Ao invés de declarar dividendos, a empresa poderia se livrar do fluxo de caixa em excesso recomprando ações de seus acionistas. •
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Recentemente a recompra de ações se tornou uma maneira bastante utilizada de distribuir lucros a acionistas. Num mundo sem impostos, as duas alternativas deveriam ser equivalentes. A maior parte das empresas pagam dividendos e também recompram ações. Portanto, essas duas modalidades não são substitutos perfeitos. Considerações do mundo real: – Flexibilidade – Compensação de Executivos – Anular efeito de diluição – Subavaliação – Impostos IMPOSTOS PF, DIVIDENDOS, RECOMPRA DE AÇÕES • Empresas SEM caixa suficiente para pagar dividendos – Num mundo sem impostos, seria indiferente se a empresa emitisse ação ou dívida para pagar dividendos acima do fluxo de caixa gerado. – Entretanto, considerando impostos de P.F, as empresas não deveriam emitir dívida ou ação para distribuir dividendos acima do caixa gerado. § Emissão de dívida ou ação também gera custo de emissão. • Empresas COM caixa suficiente para pagar dividendos: – Deveria distribuir o fluxo de caixa que não será aplicado em projetos que criam valor presente positivo: § Diminui problema de agência entre acionistas e administradores: ° Administradores tendem a investir em projetos com VPL negativo para aumentar tamanho da empresa (Prestígio e bônus). ° Administradores tendem a aumentar as mordomias na presença de muito caixa ocioso. – Distribuição por dividendos ou recompra de ações? § Distribuição por recompra de ações traz benefício fiscal em relação a distribuição por dividendos para maior parte dos acionistas § Entretanto, empresas com fluxos de caixa generosos têm política de distribuir dividendos altos. CONSIDERAÇÕES MUNDO REAL • Alguns acionistas têm desejo de renda corrente (ex. Aposentados) – Alternativa home made dividend? § Custo de transação • Finanças Comportamentais – Aposentados preferem investir em empresas que pagam altos dividendos e utilizar esse fluxo de dividendos para viver. – Se investirem em empresas que pagam dividendos menores e vender ações para viver (com ganho de capital maior), podem não ter controle próprio e vender mais ações do que seria necessário, prejudicando os fluxos de caixa futuros. • Custo de Agência entre credores e acionistas – Empresas em dificuldades financeiras tendem a distribuir dividendos mais altos § Para evitar isso em geral há cláusulas protetoras nos contratos de dívida • Custo de Agência entre acionistas e administradores – Conselho de administração pode utilizar distribuição de dividendos para reduzir mal uso de caixa ocioso. § Por que não recompra de ações? • Sinalização – Os acionistas inferem um aumento dos fluxos de caixa através do aumento do dividendo Custo de enganar investidores é deixar de investir em projetos de VPL positivo, e no futuro o mercado percebe e o preço da ação cai. Dividendo é mais transparente do que recompra de ações. Recompra de ações tem custo de transação §
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EFEITO CLIENTELA • Investidores podem ser separados em duas categorias por faixa tributária: – Faixa de alíquota de imposto de renda elevada: preferem receber dividendos baixos ou não receber dividendos – Faixa de alíquota de imposto de renda baixa: § Fundos de pensão: preferem dividendos maiores se precisarem de receita corrente § Investidores individuais que pagam poucos impostos: preferem dividendos maiores se precisarem de receita corrente § Empresas: preferem dividendos altos, pois a alíquota sobre imposto de renda é menor do que sobre ganho de capital • Ou ainda em categorias por preferência – Interessados em dividendos (aposentados, pensionistas, etc.) – Interessados em ganhos de capital TEORIA DO CICLO DE VIDA • Empresas tem um trade off entre o custo de agência de reter fluxo de caixa em excesso e em financiar futuros projetos com retenção de lucro – A empresa deveria distribuir dividendos quando gera fluxo de caixa suficiente para financiar as necessidades previstas de investimento agora e num futuro previsível. • Embora recompra de ações possa trazer benefício fiscal em relação a dividendos (EUA), distribuição de dividendos tem a seguinte vantagem: – O comprometimento de pagar dividendos agora e no futuro emite dois sinais: § A empresa é lucrativa, com capacidade de pagar dividendos numa base constante § Que não sobrará fluxo de caixa ocioso para os administradores terem mordomias desnecessárias e investir em projetos de VPL negativo. – Além disso uma política de pagamento de dividendos estáveis ou fixos é transparente, e não precisa ser monitorada. O mesmo não ocorre com recompra de ações, que precisaria de monitoriamento extra, além de correr o risco de forçar os administradores a recomprar ações mesmo quando essas estiverem subavaliadas. CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS NUMA POLÍTICA DE DIVIDENDOS • Pague todo o fluxo de caixa livre como dividendos • Evite cortar projetos com VPL positivo para pagar dividendos ou recomprar ações • Não inicie uma política de dividendos até a empresa gerar fluxo de caixa livre considerável e constante. • Estabeleça um dividendo regular consistente com uma razõa de payout consistente no longo prazo. • Estabeleça um nível de dividendos suficientemente baixo para evitar financiamentos externos futuros que sejam caros. • Utilize recompra de ações para distribuir aumentos de fluxos de caixa transitórios. CAPITAL DE GIRO E FINANCIAMENTO DE CURTO PRAZO CAIXA E CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO • Ativo Circulante: caixa e outros itens que podem ser convertidos em caixa dentro de 1 ano. – Caixa •
– Aplicações financeiras – Contas a receber – Estoque Passivo Circulante são obrigações que devem ser pagas em caixa dentro de 1 ano – Contas a pagar – Salários – Impostos CGL + ATIVO FIXO = DÍVIDA LP + PATRIM. LÍQUIDO CGL = CAIXA – OUTROS ATIVOS CIRC. + PASSIVO CIRC. CAIXA = DÍVIDA LP + PATRIM. LÍQ – CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO (-­‐ caixa) – ATIVO FIXO INTERPRETANDO O CICLO DE CAIXA • O ciclo de caixa aumenta quando a idade média de estoque e o período médio de recebimento se alongam • O fluxo de caixa diminui se a empresa aumenta o período médio de pagamento • O ciclo de caixa está relacionado à lucratividade e ao crescimento sustentável. – Estoques maiores e um maior percentual de contas a receber vão aumentar o ciclo de caixa e também reduzir o giro do ativo, reduzindo a lucratividade. – O giro do ativo total está diretamente ligado ao crescimento sustentável. Reduzindo o giro do ativo total diminui-­‐se a taxa de crescimento sustentável ORÇAMENTO DE CAIXA • Orçamento de caixa é uma ferramenta essencial para o planejamento financeiro de curto prazo. • A ideia é simples: registra as estimativas de recebimentos e desembolsos de caixa. • Recebimentos de Caixa – Provenientes de vendas, considerando o prazo de contas a receber. • Desembolso de Caixa – Pagamento de Contas a Pagar – Salários, Impostos e outras Despesas – Gastos em investimentos de capital – Planejamento de longo prazo • O saldo de caixa mostra ao administrador quais são as necessidades de empréstimos ou de aplicações no curto prazo. • Existem ferramentas para avaliar o nível do risco de previsão e identificar componentes que são mais críticos para um planejamento bem ou mal sucedido. DECISÃO DA POLÍTICA DE CURTO PRAZO • Elementos que a empresa precisa considerar na decisão da política de curto prazo – Tamanho do investimento em ativos circulantes, medidos em relação ao nível total de receitas operacionais ° Política Flexível: razão alta entre ativo circulantes e vendas ° Política Restritiva: razão baia entre ativos circulantes e vendas – Políticas alternativas para financiamento dos ativos circulantes ° Medida como a proporção entre fontes de financiamento de curto prazo e longo prazo TAMANHO DO INVESTIMENTO EM ATIVOS CIRCULANTES • Política flexível: razão alta entre ativo circulante e vendas – Mantém volume alto de caixa e de aplicações financeiras de curto prazo – Mantém um investimento alto em estoques Concede bastante prazo para pagamento, resultando em contas a receber alto Implica em custo de falta ou perda de vendas baixo (shortage cost), mas custo de carregamento alto (manutenção de estoque, custo de oportunidade) Política restritiva: razão baixa entre ativo circulante e ventas – Mantém volume baixo de caixa e de aplicações financeiras de curto prazo – Mantém um investimento baixo em estoques – Não concede bastante prazo para pagamento, resultando em contas a receber igual a zero – Implica em custo de falta ou perda de vendas alto (shortage cost), mas custo de carregamento baixo (manutenção de estoque, custo de oportunidade) –
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POLÍTICAS ALTERNATIVAS DE FINANCIAMENTO DE ATIVO CIRCULANTE • Num mundo ideal, ativos de curto prazo deveriam ser financiados por recursos de curto prazo e ativos de longo prazo por recursos de longo prazo. • Existe um percentual do capital de giro líquido que é permanente, e outro que é variável. – Permanente: atende à operação normal – Variável: decorrente de pico de vendas, sazonalidades das vendas, compras antes de entressafras POLÍTICA DE FINANCIAMENTO • Um descasamento de maturidade produz um risco de rolagem, ou seja, o risco de que o financiamento de curto prazo seja reduzido e não haja disponibilidade para “rolar” o endividamento. – Política de financiamento agressiva: • Financiar capital de giro líquido variável + capital de giro líquido permanente com recursos de curto prazo – Política de financiamento conservadora: • Financiar capital de giro líquido permanente + capital de giro líquido variável com recursos de longo prazo GESTÃO DE CAIXA, CRÉDITO E ESTOQUE MOTIVOS PARA MANTER CAIXA • Especulação • Precaução • Transação GESTÃO DE CAIXA E GESTÃO DE LIQUIDEZ • Os administradores financeiros utilizam o termo caixa para descrever caixa + aplicações financeiras de curto prazo, que podem ser convertidas em caixa imediatamente. • Existe um custo de oportunidade para manter caixa ou aplicações financeiras de curto prazo muito líquidas. FLOATING • No Brasil o principal meio de cobrança são duplicatas bancárias • Mesmo se o cliente pagar em dia, pode demorar de 1 a mais dias o crédito efetivamente entre na conta da empresa – Compensação do pagamento • Outros meios de cobrança podem demorar mais tempo para efetivamente entrar na conta da empresa • Float = Saldo disponível na empresa – Saldo de balanço da empresa • Existe float de contas a pagar e contas a receber CRÉDITO E CONTAS A RECEBER • Termos da venda: •
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– Descreve o período de crédito, a taxa de desconto e o período de desconto Análise de Crédito: – Determina o esforço que fará para distinguir entre clientes que pagarão e clientes que darão default. – Existem modelos (ex: análise discriminante, outros modelos) para determinar um score de crédito associado a uma probabilidade do cliente dar default (não pagar). Política de Cobrança: – Após o crédito ter sido concedido, a empresa tem o problema potencial de receber o crédito – No Brasil, em geral as empresas cobram através de duplicatas bancárias, com a data de vencimento estabelecida. – Precisam estabelecer em caso de inadimplência (default), a multa diária, o prazo máximo para pagar em atraso antes que o recebível vá para crédito liquidação. – É necessário estabelecer política para recebimentos em crédito e liquidação: § Vende carteira para empresas de cobrança? § Tem procedimento próprio para recuperar créditos em atraso? TERMOS DE VENDAS • Período de crédito – Período para qual o crédito foi concedido (prazo máximo em que financiará o cliente) – Determinantes do período de crédito: § Perecibilidade do produto § Risco de crédito § Tamanho da conta do cliente § Competição • Desconto em caixa e período de desconto – Taxa de desconto que será dada ao cliente se ele pagar até a data estabelecida no período de desconto. § Pode ser uma maneira efetiva de repassar custo do crédito para o cliente. § Exemplo: Suponha uma ordem de $1.000. O cliente pode pagar $980 em 10 dias, ou pagar $1.000 em 30 dias. Qual a taxa de juros embutida? • Tipo de instrumento de crédito – Fatura deve descrever a data de vencimento, multa e procedimentos em caso de não pagamento. – Pode ser exigido nota promissória EFEITOS DE POLÍTICA DE CRÉDITO • Efeito nas vendas: se a empresa passar a conceder crédito, ou aumentar o prazo de crédito deve esperar aumentar o nível de vendas. Porém receberá depois, uma vez que alguns clientes irão aproveitar as condições de crédito dadas. • Efeito de custo: irá incorrer no custo de aumento de produção imediatamente, pois terá que pagar pelas novas mercadorias ou matéria prima que utilizará no aumento da produção. • Custo da dívida: precisa financiar as contas a receber resultantes. • Probabilidade de inadimplência: um percentual de clientes não irá pagar. • Desconto à vista: Alguns clientes decidirão pagar antes para aproveitar o desconto. POLÍTICA ÓTIMA DE CRÉDITO • O trade-­‐off entre conceder e não conceder crédito não é difícil de ser identificado, mas é difícil de ser mensurado precisamente. • Consiste no trade-­‐off entre: – Custo de oportunidade: custo de perder vendas por recusar crédito – Custo de carregamento: §
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Retorno requerido para manter as contas a receber Perdas com inadimplência Custos de gestão de crédito e cobrança dos créditos ADMNISTRAÇÃO DE ESTOQUE § Tipos de Estoque – Matéria Prima – Produto em processamento – Estoque acabado § Custo de estocagem – Estocagem e sistema de informação – Seguro e tarifas – Perdas devido a obsolescência, deterioração, roubo – Custo de oportunidade do capital para manter a quantia de estoque § Custo de falta – Atrasos na produção por não ter a matéria prima – Perda de vendas por não ter o produto em estoque TÉCNICAS DE GESTÃO DE ESTOQUE • Modelo de Lote Econômico de Compra – Custo de carregamento de estoque aumenta com o aumento do estoque – Custo de reestocagem diminuiu com o nível de estoque • EOQ (lote econômico de compra) procura identificar o custo mínimo de custo total de estocagem: Q* – Procura identificar o tamanho ótimo de ordem de compra quando é necessário recompor o estoque. – Assume que o estoque é vendido a um ritmo constante até chegar a zero. – Nesse ponto, a empresa faz o pedido para recompor o estoque num nível ótimo. – Custo de carregamento total = estoque médio X custo de carregamento unitário § Custo de carregamento total = (Q/2)*CC – Custo de recomposição do estoque = custo fixo por ordem X número de ordens = § Custo de recomposição de estoque = F*(T/Q), onde T= número total de vendas no ano – Cutos total de estocagem = custo de carregamento total + custo de recomposição do estoque § Custo total de estocagem = (Q/2)*CC+F*(T/Q) – Dessa maneira: 2T × F
Q* =
CC
• Extensão do EOQ – Estoque de segurança: não deixar o nível de estoque cair a zero para fazer o pedido, mantendo sempre um estoque de segurança mínimo. – Ponto de compra: existe um tempo para a entrega do estoque. Por isso, o ponto de compra ou de ordem leva em conta o tempo que a empresa realmente precisa para fazer o pedido do estoque. 
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