Iraque Reino do Iraque CONTEXTO GERAL Entre 1534 e 1919, o Iraque era parte do Império Otomano. Localizado no Sudoeste Asiático, o território tende a ser foco de conflitos há muitos séculos. Foi o berço de significativas culturas, como a dos sumérios, babilônios e assírios. Dominado por persas, gregos e romanos, foi um importante centro do império árabe nos séculos VIII e IX. A cidade de Bagdá foi fundada pelos árabes em 762, mas o atual Iraque surgiu somente em 1929, após o desmembramento do império turcootomano, tornando-se uma monarquia árabe. Atualmente o território está supervisionado e ocupado pela Grã-Bretanha, devido à atitude iraquiana pró-alemã na Segunda Guerra Mundial. O Estado Iraquiano obteve total independência em 1932. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi ocupado pela Grã-Bretanha e sob sua proteção foi instaurada uma monarquia em 1921. A economia do Iraque é baseada em recursos naturais do país como a extração de petróleo e gás natural. A indústria de base é ainda a responsável por grande parte da economia do país. O solo é fértil, graças aos rios Tigre e Eufrates. Os produtos agrícolas mais cultivados são o trigo, o tomate, a uva, a cevada, o pepino, a laranja, o arroz, o milho e o tabaco. O IRAQUE NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL A relação do Iraque com as Alianças pode ser considerada como uma interação condicionada a esses Estados. Isso ocorreu porque de acordo com o sistema de mandatos, o território que tiver sido dominado por otomanos ou alemães eram, consequentemente, colocados sob a supervisão da Liga das Nações. A administração dos mandatos era delegada a uma das nações vitoriosas até que o território pudesse governar-se. A princípio o Iraque mantinha relações diplomáticas com a Alemanha. Relação esta que foi quebrada no início de setembro de 1939, logo no começo da Segunda Guerra Mundial, em que o Iraque passou a ser vinculada a Grã-Bretanha. Sob o comando do general General Nuri as-Said, como primeiro ministro, o Iraque mantinha uma política pró-britânica, nos primeiros meses de guerra, no entanto, em março de 1940, Said foi substituído por um nacionalista radical, Rashid Ali al-Gailani, que instaurou de imediato uma política de não-cooperação com os britânicos. A relação britânica e iraquiana ficou estremecida e levou a um conflito. Os britânicos pediam pelo retorno com a cooperação, e com a pressão exercida sobre o território iraquiano, se gerou uma revolta nacionalista em Abril de 1941. A partir desse enfoque, foi formado um novo governo, de política pró-Alemanha, encabeçado pelo germanófilo Gailani. Os britânicos desembarcaram tropas em Baçora. O Iraque declarou o tratado existente entre Iraque e Grã-Bretanha havia sido corrompido, e logo mobilizou o exército iraquiano, a guerra começou em maio. Ao decorrer do conflito, os iraquianos foram perdendo sua força interna e pediram ajuda aos estados ideológicos, à Alemanha de Hitler e à Itália de Mussolini. No fim do mesmo mês, o Iraque reconheceu sua derrota. Os termos do armistício restabeleceram o controle britânico sobre o transporte iraquiano. Faiçal II foi reconduzido ao poder. Seguiu-se a formação do governo do regressado Abdullilah, chefiado quase em permanência durante os quinze anos seguintes pelo chefe de gabinete Nuri Saíd, cuja política era próbritânica. A Grã-Bretanha continua ocupando o Iraque. Em 1942 o país transformou-se em um importante centro de suprimento para as forças dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha que operavam no Oriente Médio e de transbordo de armas para a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Em 17 de Janeiro de 1943 o Iraque declarou Guerra à Alemanha, sendo o primeiro país islâmico independente a fazê-lo. Atualmente, as tribos curdas do nordeste aparentam um estado de inquietação – apoiada, acredita-se, pela União Soviética (URSS). Os britânicos, temendo uma intromissão soviética nos campos petrolíferos iraquianos, deslocam tropas para o Iraque. IRAQUE E AS NAÇÕES UNIDAS O Iraque foi uma nação suprimida pelos Aliados no início do século, fazendo neste estado um mandato Classe A, confiado aos britânicos – determinado na Conferência de Paris em 1919. Durante a Primeira Guerra Mundial, os britânicos possuíram grande parte do atual território Iraquiano, sob a justificativa de proteger os campos petrolíferos e as refinarias em solo iraniano, marchando em direção ao norte e tomando Bagdá. Houve violenta reação dos turcos otomanos a esta “invasão”, até que em 1918 britânicos e otomanos assinaram um armistício. Mas os britânicos permaneceram na região. Logo em seguida tomaram posse de Mossul e passaram a exercer o controle de quase todo o Iraque, conhecido então como Mesopotâmia. Britânicos e iraquianos se entenderam melhor ainda depois que as tropas inglesas, comandadas por T.E. Lawrence, que ficou imortalizado como “Lawrence da Arábia” (foto acima), ajudaram a expulsar a infantaria otomana dos territórios beduínos no movimento que ficou na história como a “Grande Revolta Árabe”. Esta integração continuou, inclusive quando em 1932, já reconhecido como Estado livre e independente, o Iraque foi admitido na Liga das Nações.