Sociologia da Administração - Resumo - Parte 2

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Disciplina: Sociologia e Antropologia Aplicadas à Administração
Profa: Daniela Cartoni
Resumo - Parte 2
As diferenças sociais e os principais autores da Sociologia
Sugestões de Leitura
Este resumo está baseados nos livros:
DIAS, Reinaldo. Sociologia Geral. Campinas: Alinea, 2008. (PLT
254)
Capítulo 8: As diferenças sociais
Para analisar a questão das diferenças sociais – como o impacto da estratificação e da desigualdade
social, é importante considerar os foram vários os movimentos sociais que buscavam uma sociedade
igualitária, ocorridos desde o início da Revolução Industrial e também durante o século XX.
Contudo, é uma utopia pensar que uma sociedade “igualitária” significa uma sociedade de iguais, já que
isso não condiz com a realidade humana e toda sua complexidade.
Uma sociedade igualitária significa a garantia de direitos iguais a todos que dela fazem parte,
independentemente de suas respectivas condições sociais, sexuais, de raça, de etnia etc. O atendimento
das necessidades básicas, como alimentação, moradia, saúde, bem-estar social, entre outros, deve
integrar os direitos fundamentais da existência humana.
Entretanto, as diferenças entre os homens fazem com que eles, ao longo de suas respectivas vidas,
alcancem e conquistem coisas diferentes, por isso sempre haverá algum grau de
Utiliza-se a expressão estratificação social para denominar a divisão de uma sociedade em camadas
ou estratos. Em outras palavras, um estrato significa um conjunto de pessoas que detêm o mesmo status
ou posição pessoal. E o que se verifica, de maneira geral, é que em cada um desses estratos que
compõe uma sociedade, os seus respectivos ocupantes têm acesso desigual a oportunidades sociais.
Como exemplos de sociedades estratificadas, é possível citar as estruturas de castas, estamentos ou
classes sociais, sendo a estratificação causada por fatores como a competição, o conflito, a divisão do
trabalho e a especialização.
À estratificação social se associam diretamente as barreiras sociais, que consistem em todo elemento
cultural destinado a tornar difícil ou impossível o acesso a um grupo ou camada social.
Por outro lado, a expressão desigualdade social descreve uma condição na qual os membros de uma
sociedade possuem quantias diferentes de riqueza, prestígio ou poder.
Em qualquer sociedade se verifica um certo grau de desigualdade social, pois a igualdade é uma
impossibilidade social.
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No combate às desigualdades, é fundamental, então, se buscar a equidade social que passa pela
permanente redefinição e ampliação gradativa dos direitos fundamentais do ser humano, indistintamente.
Este tema sobre desigualdade social é hoje um dos grandes problemas do processo de globalização e
vem sendo constantemente debatida.
Na sociologia, as discussões em torno da estratificação social se fazem, sobretudo, a partir das análises
feitas por Karl Marx e Max Weber.
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Marx foi o primeiro autor a utilizar com intensidade a expressão “classes sociais”. Para ele, as
classes constituem um sistema de relações em que cada classe pressupõe a existência de
outra, ou de outras.
No caso da sociedade capitalista, na perspectiva marxista, se verifica uma luta de classes entre a
burguesia e o proletariado. São estas, então, classes fundamentais que estão em permanente oposição,
indicando, respectivamente, opressores e oprimidos.
•
Weber considera a existência de três sistemas ou três ordens de estratificação em qualquer
sociedade: a ordem econômica, a ordem social e a ordem política (ou legal).
Assim, para ele as classes sociais se estratificam segundo o interesse econômico, em função de suas
relações de produção e aquisição de bens, de modo que a diferenciação econômica é representada
pelos rendimentos, bens e serviços que o indivíduo possui ou de que dispõe. Para a autor, a
estratificação que corresponde ao status e baseia-se no prestígio social, além da estratificação social
baseada no poder político.
Na atualidade, a estratificação e a desigualdade social devem ser pensadas por meio de novas
questões, por exemplo, as que se associam às novas tecnologias. Vários estudos discutem a
possibilidade de que a tecnologia da informação aumente as diferenças sociais existentes no mundo,
decorrentes da marginalização de uma parcela da população pelo não acesso às novas tecnologias.
Além disso, com os avanços tecnológicos, muitas pessoas estão perdendo seus empregos, seja por
estarem sendo substituídos ou por não estarem qualificados para lidarem com os novos recursos.
Nesse contexto, hoje é possível falar em desigualdade social mundial, isto é, verifica-se uma extrema
desigualdade social entre os povos do planeta. Em meio ao intenso processo de globalização em vários
níveis – econômico, cultural, social etc – os Estados nacionais têm perdido sua força como agentes
econômicos e isso leva à diminuição de políticas sociais, por outro lado, as corporações transnacionais
estão em ascensão.
Não existe no mundo, todavia, outro agente econômico capaz de atuar para diminuir as desigualdades
sociais além da atuação do Estado, cujas ações decorrem da necessidade de se pensar o integradas.
No entanto, não existe no mundo outro agente econômico capaz de atuar para diminuir as desigualdades
sociais, de modo que ao se diminuir as ações do Estado, aumentam as desigualdades, sendo esta uma
das principais críticas ao pensamento neoliberal. Tem-se então a necessidade de se pensar o
desenvolvimento econômico em novas bases, em particular aquelas que possam integrar
desenvolvimento econômico e planejamento em políticas públicas de combate à pobreza.
Uma nova perspectiva de desenvolvimento bastante importante é o desenvolvimento sustentável, que
defende o desenvolvimento econômico associado a preocupações ambientais, visando à manutenção
dos recursos naturais. O desenvolvimento sustentável considera a utilização dos recursos naturais e sua
capacidade de regeneração para que possam ser utilizados pelas gerações futuras.
O presente requer então, de maneira geral, planejamento, isto é, uma orientação da atividade presente
para um determinado futuro, partindo-se sempre do pressuposto de que existem várias alternativas
possíveis. De forma prática, o planejamento envolve discussões sobre a política, a prática, os agentes e
a participação e, por fim, sobre o papel das organizações não governamentais.
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Enfim, o planejamento é importante como forma de intervenção na realidade social capaz de diminuir a
desigualdade social. Embora o planejamento não possa resolver, por si só, os problemas de
desigualdade social, mas permite melhorar a distribuição dos recursos e planejar o desenvolvimento de
forma que seja corretamente contemplada a problemática social.
Quando aplicado, o planejamento permite melhorar a distribuição dos recursos e planejar o
desenvolvimento de forma que seja corretamente contemplada a problemática social. Desta forma
possibilita a concretização da justiça social e, portanto, o combate à desigualdade e pobreza, hoje tão
analisadas por cientistas sociais.
Dica de Pesquisa:
Para se aprofundar neste assunto, pesquise mais sobre as ideias dos autores que fundaram a Sociologia
e estavam preocupados com os temas relacionados à desigualdade social.
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