Resumo Aula-tema 5: As Diferenças Sociais A vida em sociedade

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 Resumo
Aula-tema 5: As Diferenças Sociais
A vida em sociedade remonta às discussões sobre as diferenças sociais.
Durante o século XX, foram vários os movimentos sociais que buscavam uma
sociedade igualitária. Contudo, é uma utopia pensar que uma sociedade “igualitária”
significa uma sociedade de iguais, já que isso não condiz com a realidade humana e
sua complexidade. Uma sociedade igualitária deve remeter à obtenção de direitos
iguais a todos, independentemente de sua condição social, sexual, de raça, de etnia,
etc.
O atendimento às necessidades básicas como alimentação, moradia, saúde,
bem-estar social, entre outros, deve integrar os direitos fundamentais da existência
humana. Entretanto, as diferenças entre os homens fazem com que, ao longo de
suas respectivas vidas, alcancem e conquistem coisas diferentes, por isso sempre
haverá algum grau de diferenciação social.
Um estrato significa um conjunto de pessoas que detêm o mesmo status ou
posição pessoal e a expressão estratificação social é utilizada para denominar a
divisão de uma sociedade em camadas ou estratos. Em cada um destes estratos, os
ocupantes têm acesso desigual a oportunidades sociais. Como exemplo, de
sociedades estratificadas, é possível citar as estruturas de castas, estamentos ou
classes sociais, sendo que a estratificação é causada por fatores como a
competição, o conflito, a divisão do trabalho e a especialização. À estratificação
social se associam diretamente as barreiras sociais, que consistem em todo
elemento cultural destinado a tornar difícil ou impossível o acesso a um grupo ou
camada social.
Por outro lado, a expressão “desigualdade social” descreve uma condição na
qual os membros de uma sociedade possuem quantias diferentes de riqueza,
prestígio ou poder. Em diferentes graus, ela é verificada em qualquer sociedade,
pois a igualdade é uma impossibilidade social. No combate às desigualdades é
fundamental, então, se buscar a equidade social que passa pela permanente
redefinição e ampliação gradativa dos direitos fundamentais do ser humano,
indistintamente.
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Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional.
A desigualdade social é hoje um dos grandes problemas do processo de
globalização e vem sendo constantemente debatida. Na Sociologia, as discussões
em torno da estratificação social se fazem especialmente a partir das análises feitas
por Karl Marx e Max Weber. Marx foi o primeiro autor a utilizar com intensidade a
expressão “classes sociais”. Para ele, as classes constituem um sistema de relações
em que cada classe pressupõe a existência de outra, ou de outras. No caso da
sociedade capitalista, na perspectiva marxista, se verifica uma luta de classes entre
a burguesia e o proletariado. Elas estão em permanente oposição, indicando,
respectivamente, opressores e oprimidos.
Já para Weber, há três sistemas ou três ordens de estratificação em qualquer
sociedade: a ordem econômica, a ordem social e a ordem política (ou legal). Para
ele, as classes sociais se estratificam segundo o interesse econômico, em função de
suas relações de produção e aquisição de bens, de modo que a diferenciação
econômica é representada pelos rendimentos, bens e serviços que o indivíduo
possui ou de que dispõe. Weber fala ainda da estratificação que corresponde ao
status e baseia-se no prestígio social, além da estratificação social baseada no
poder político.
Na atualidade, a estratificação e a desigualdade social devem ser pensadas
por meio de novas questões, como, por exemplo, as que se associam às novas
tecnologias. Vários estudos discutem a possibilidade de que a tecnologia da
informação aumente as diferenças sociais existentes no mundo, decorrentes da
marginalização de uma parcela da população pelo não acesso às novas tecnologias.
Além disso, com os avanços tecnológicos, muitas pessoas estão perdendo seus
empregos, seja pelo fato de estarem sendo substituídos ou por não estarem
qualificados para lidarem com os novos recursos. Neste contexto, hoje é possível
falar em desigualdade social mundial, isto é, verifica-se uma extrema desigualdade
social entre os povos do planeta. Em meio ao intenso processo de globalização em
vários níveis – econômico, cultural, social etc – os Estados nacionais têm perdido
sua força como agentes econômicos e isso leva à diminuição de políticas sociais,
por outro lado, as corporações transnacionais estão em ascensão.
Não existe no mundo, todavia, outro agente econômico capaz de atuar para
diminuir as desigualdades sociais além da atuação do Estado, cujas ações decorrem
da necessidade de se pensar o desenvolvimento econômico e planejamento em
políticas públicas integradas.
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Uma nova e importante perspectiva de desenvolvimento é o chamado
desenvolvimento sustentável, que defende a associação entre desenvolvimento
econômico e preocupações ambientais, visando à manutenção dos recursos
naturais. Implica considerar a utilização dos recursos naturais e sua capacidade de
regeneração para que possam ser utilizados pelas gerações futuras.
O presente requer, de maneira geral, planejamento, isto é, uma orientação da
atividade presente para um determinado futuro, partindo-se sempre do pressuposto
de que existem várias alternativas possíveis. O planejamento envolve discussões
sobre a política, a prática, os agentes e a participação e, por fim, sobre o papel das
organizações não governamentais.
Enfim, o planejamento é importante como forma de intervenção na realidade
social capaz de diminuir a desigualdade social. O planejamento pode não resolver
por si só os problemas de desigualdade social, mas permite melhorar a distribuição
dos recursos e planejar o desenvolvimento de forma que seja corretamente
contemplada a problemática social.
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