Apresentação do PowerPoint

Propaganda
O Papel do Hospital na construção
de uma rede integrada de Saúde
Perspectivas e Desafios
13 de abril de 2016
Transição Epidemiológica
O grande salto na expectativa de vida ocorreu nos dois últimos séculos com a descoberta uma
série de vacinas e antibióticos que, juntamente com uma melhor nutrição e saneamento dobrou a
expectativa de vida
Datas de introdução das
vacinas mais comuns
..1798 Varíola
..1885 Raiva
..1897 Peste
..1923 Difteria
..1926 Tosse convulsa
..1927 Tuberculose
..1927 Tétano
..1935 Febre amarela
..1955 Polio injectavel (VIP)
..1962 Polio oral (VAP)
..1964 Sarampo
..1967 Parotidite
..1970 Rubéola
..1981 Hepatite B
Fonte: Plotkin SA and Mortimer EA (eds).
Vaccines. Philadelphia, Saunders, 1994)
A primeira vacina foi
criada em 1798 pelo
britânico Edward
Jenner, que observou
a proteção duradoura
contra a varíola
humana produzida
pelo vírus da varíola
bovina inoculado em
pessoas.
O saneamento básico na Idade
Contemporânea (1790 até os dias de hoje)
Revolução termodinâmica (1764): cria-se a máquina
a vapor que acelera o processo produtivo e causa
forte impacto sócio-econômico e ambiental
França (1829) combate à poluição das águas: era
previsto punição com multa ou prisão para quem
atirasse nas águas produtos que provocassem o
envenenamento ou destruição dos peixes.
Meados do século XIX: inicia-se a implantação do
saneamento, administração e legislação deste e de
outros serviços públicos.
Renascimento da relação entre saneamento e
saúde pública: estudo de Edwin Chadwick (1842)
fornece a base para o desenvolvimento das relações
entre saneamento e saúde, início da MEDICINA
preventiva.
Transição Epidemiológica
Fonte: Disciplina de Métodos Quantitativos em Medicina. Evolução darwiniana em medicina. Massad E, Silveira PSP, eds. Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo. <URL:http://www2.fm.usp.br/dim/darwin/index.php>
Envelhecimento
A população mundial está envelhecendo
A população com +80 anos é a que mais cresce
Em 2020 serão 13% de idosos, em 2050 serão 30% ...
Envelhecimento
No Brasil, o envelhecimento da população altera tanto as necessidades de tratamento
da população quanto de financiamento total
O perfil demográfico da população muda...
...alterando as
necessidades
de tratamento
Fonte: IBGE, Banco Mundial, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2008
...e de
financiamento
total
Solução: Envelhecimento Saudável
Mortalidade
Estima-se que para cada 1% de
redução no peso, na pressão
arterial e nos níveis de glicose,
há uma economia entre US$ 83
a US$ 103 em despesas
médicas por pessoa.
Morbidade
Longevidade
O envelhecimento saudável
permite a prolongamento da vida
produtiva das pessoas, fato que
será necessário com o constante
aumento da expectativa de vida
e a incapacidade de sustentação
dos atuais modelos de
aposentadoria
Status de
saúde
Sistemas de Saúde
Princípios da constituição
Estatuto dos Cuidados em Saúde
Evolução no Papel do Hospital
Apoio
Modelo Hospitalocentrico
Fase de Apoio à assistência.
Fase de Agregação tecnológica
Maior parte acontecia fora do
hospital de forma autonoma
Os custos de investimentos em
tecnologia causam a necessidade de
se concentrar esforços em um local
Modelo de Desenvolvimento das
Santas Casas
Integração a um Sistema
Fase da Informação e Inteligência
Sistêmica
Modelo de concentração no hospital
de alta-complexidade, mas que
também realiza outros
procedimentos
Necessidade de racionalização dos
custos e aumento de qualidade
Estratégias populacionais e com
foco em resolutividade/desfecho
exigem a fragmentação do cuidado
em estabelecimentos
especializados, mas que funcionem
de forma sistêmica.
Baixa, Média e Alta Complexidade
Onde estamos...
Origem
Dec. 70
Séc XXI
Modelo Hospitalocentrico
Faltam hospitais no país? Qual é o papel deles nos sistemas de Saúde?
Modelo
Ideal
Alta Complexidade
Paciente
Paciente Grave
Modelo
Hospitalocentrico
Atenção
Primária
Ambulatórios
Média
Complexidade
Hospital
Emergência
/ Urgência
Ambulatórios
Média
Complexidade
Paciente
Hospital
Paciente Grave
Atenção
Primária
Consequências do Modelo Hospitalocentrico
A busca imediata por atendimento gera crise no setor hospitalar e nos remete à reflexão sobre que tipo de serviços
estamos ofertando a uma população cada vez mais dependente dos hospitais. A visão hospitalocentrica está associada à
forma como o Brasil, ao longo dos anos, tratou a busca da solução para os problemas de saúde, basicamente da doença.
A consequência dessa realidade transfigura-se na imagem de hospitais superlotados, pacientes em corredores, falta
de leitos e caos generalizado naquele serviço que, para a maior parte da população, deveria ser o principal provedor de
assistência.
Essa realidade que reforça ainda mais o imaginário popular de que faltam hospitais no país capazes de atender as
demandas da população.
Fonte: Tatiana Rosa, “O papel do hospital na Rede de Atenção à Saúde” – Revista Consensus
Consequências do Modelo Hospitalocentrico
Consequência para o sistema suplementar
Consequências para o modelo assistencial
• Superdimencionamento de estruturas deficitárias
como Pronto-atendimentos e Pronto-socorros
O hospital funciona como o centro do sistema de saúde e o
médico é o principal tomador de decisão.
• Diminuição de margens e oportunidades de novos
investimentos/crescimentos
• Elevação dos custos (incorporação tecnológica e
reorganização do processo de trabalho);
• Em sistemas verticalizados, a pressão nos
custos é ainda maior
• Redução de eficácia e da efetividade (mudança do perfil
demográfico e epidemiológico da população);
• Dificuldades na mudança do foco do
“tratamento de doença” para “geração de
saúde” e do fee-for-service para o fee-for-value
• Insatisfação dos profissionais com as condições de trabalho e
remuneração (assalariamento, sindicalização, greves);
• Insatisfação da população com as dificuldades de acesso, a
baixa qualidade e a (des) humanização do atendimento.
Há evidências que apontam que uma redução de cerca de 6 a 12 meses na expectativa de vida da
população dos Estados Unidos pode ser creditada à iatrogenia médica, sendo essa a terceira
causa de óbito neste país (STARFIELD, 2000; KAWASHI apud Dubot, 2006).
Fonte: UFJF
O que fazer? Como migrar para um modelo Sistêmico
Planejamento!
•
•
•
Melhor distribuição da oferta de hospitais e especialidades
Desenho de necessidade de leitos (fundamentado no perfil epidemiológico regional)
Foco na resolutividade dos leitos deve preceder às decisões de construção de hospitais.
Promoção, Prevenção e Vigilância
•
•
•
Esses devem ser os principais norteadores do sistema
O hospital deve ser ‘o fim da linha’ para agravos que possam ter atenção fora do ambiente hospitalar
Investimento em informação e educação
Desenvolver Atenção Primária
•
•
•
Maior equidade;
Maior satisfação dos usuários;
Menores custos para o sistema de saúde.
Desafios
•
Custos e
Qualidade
Valorização política e social da Atenção Primária;
• Recursos Humanos;
• Duplicação das redes de atenção;
• Prática das equipes;
• Financiamento;
• Avaliação e instrumentos de gestão.
Além das instituições, a prática da medicina
também evoluiu
Donald Berwick, do IHI, sintetiza três eras de desenvolvimento da medicina que possuem seu código de condutas e
comportamento próprio, e produz resultados e impactos distintos. Defende ainda que o conflito cultural/conceitual entre os
essas eras impacta nas normatizações e na forma como a medicina é vista e praticada, e consequentemente nos desfechos.
Características
Era1
“Medicina
Romântica”
-
(Domínio da Profissão)
Era 2
“Medicina
Mensuradora”
(Responsabilidade e
Teorias de Mercado)
Ascensão da Profissão
Nobreza da medicina
Beneficente
Confiança e prerrogativas
Autoridade para julgar a qualidade
do próprio trabalho
- Prestação de contas, análise,
medição, incentivos e mercados
- Mecanismos de recompensas,
punições e pagamento por
performance
Médicos ficam sujeitos a inspeções e
controles
Problemas
- Variabilidade da prática
- Altas taxas de danos causados por
erros
- Injustiça Social
- Exploração
Inconsistências
Desperdícios
Abrem caminho
para Era 2
Conflitos com a cultura da Era 1, geram:
- de um lado Médicos e gestores de saúde sentindose desconfortáveis, mal compreendidos e
supercontrolados
- do outro empresas, governos e consumidores se
sentem desconfiados, resistentes, e muitas vezes
impotentes
A Era 3 propõe uma série de mudanças para equilibrar a assimetria entre médicos-provedores e pagadores-pacientes
Era 3
“Medicina Moral”
-
Reduzir Medição obrigatória
Cessão de incentivos individuais complexos
Mudar o foco da Receita para Qualidade
Abrir mão da Prerrogativa Profissional quando fere o Todo
Uso da Ciência da Melhoria
Garantir a transparência completa
Proteger a Civilidade
Ouvir as vozes das pessoas atendidas
Eliminar a Ganância
A discórdia entre as Eras
anteriores não ajuda a médicos,
gestores, comunidades ou
pacientes
Sem um novo ethos
moral, não haverá
vencedores
Accountable Care Organization (ACO)
Uma Accountable Care Organization ( ACO ) é uma organização de saúde que se caracteriza por um
modelo de remuneração-atendimento que procura vincular o pagamento ao provedor com métricas e
níveis de qualidade e reduções no custo total dos cuidados.
De
Para
Fee-for-Service
Fee-for-Value
Remuneração por quantidade
Remuneração por qualidade, eficiência e eficácia
Pagamento por performance
Pagamento por desfechos
Sem um sistema básico de Valor
Adoção do Triple Aim:
• Melhorar a experiência de atendimento ao paciente
• Menor custo per capita
• Melhorar a saúde da população
Nos EUA já é uma realidade norteada pelo Affordable Care Act (ACA ou Obamacare):
Total Accountable Care Organizations by Sponsoring Entity; Source: Leavitt Partners Center for Accountable Care Intelligence http://healthaffairs.org/blog/2014/01/29/accountable-care-growthin-2014-a-look-ahead/
Accountable Care Organization (ACO)
Os resultados desta mudança são sentidos pelas organizações e principalmente
pelo Sistema de Saúde americano
Geração de Valor Econômico
Geração de Valor por Qualidade
Nº de readmissões até 30-dias
• Now over 360 Medicare ACOs serving up to 5.3
million people
(Redução de cerca de 150mil casos no período)
• “Pioneer ACO” costs increased 0.3% in 2012
vs. 0.8% for others
• $380M in savings generated by Medicare and
Pioneer ACOs
• 9 out of 23 Pioneer ACOs produced gross
savings of $147 million in first year
Taxas decrescentes nos casos de Infecção Hospitalares
Accountable Care Organization (ACO)
As mudanças serão necessárias para garantir a sustentabilidade e perenidade do sistema de
saúde. É inevitável que políticas e programas similares se espalhem pelo mundo.
Accountable Care Organization (ACO)
O que as organizações brasileiras podem aprender de outros
sistemas, incluindo o americano?
• Transparência e responsabilidade no atendimento e na
gestão
• Uso de incentivos financeiros corretos para resultados e
desfechos esperados
• Melhoria da qualidade deve ser um imperativo diário para
todos no sistema
Como o Einstein se insere neste contexto?
Do Hospital rumo a um Sistema
2015 –
Triple Aim
2014 - Inovação
2015 – Circuito de
Start Ups
2012 - 15’ – Projetos desenvolvidos
em Cuiabá, Goiânia, Manaus, Natal,
Porto Alegre, Fortaleza, Teresina,
Rio, Salvador e Caruaru
2015 –
Aliança Beneficência
Portuguesa
(Oncologia)
2010
55’ - Ata de
Lançamento
2000
2008 –Cirurgia Robótica
90’ - Transplante
90s
99’ –
Joint Comission
80s
80’ – Day-Clinic
2010 - Inauguração IICG
70s
2008 - Hospital
Dr. Moysés Deutsch
50 - 60s
71’ - Inauguração HIAE
...
97’ - Casa das
Voluntárias
2015 - Hospital
Municipal Vila Santa
Catarina
HIAE
IICG
IIRS
76’ - Inauguração
Cineangeocoronografia
MDP
IIEP
2009 - PROADI-SUS
2002 - Programa
Transplantes
92’ Faculdade de
Enfermagem
2016 –
FACULDADE
DE MEDICINA
2011 Unid. Perdizes
98’ - Programa
em Paraisópolis
2012 Nova Alphaville e
Unidade Cidade Jardim
81’ - Centro de Estudos
2014 – Inauguração
Unidades Faria Lima,
RJ e Curitiba
2002 –
Inauguração
IEP
2004 Incorporação do
Residencial
2002 –
Francisco
Morato
83’ Inaugurada a RM
2006 –
Unid. Jardins e
Ibirapuera
99’ 1ª Unid.
Avançada
(Alphaville)
18
Atividades assistenciais desenvolvidas
Cadeia de Atendimento
G
R
A
V
I
D
A
D
E
Necessidade crescente de uma
abordagem populacional
Hospital
Promoção, Prevenção e Ambulatorização
Proced.
Ambulat
oriais
E
C
O
M
P
L
E
X
I
D
A
D
E
Tratamentos
Complexos ou
Graves
Reabilitação
UBS
AMA
UPA
Home
Care
Consul
tórios
PSF
Check
Up
Longa
Perman
ência
Medicin
a
Diagnós
tica
Recuperação e
reabilitação
Diagnóstico
Promoção
Prevenção
Laboratório
Imagem
Check-up e
outros
FOCO EINSTEIN:
P.A.
Pequenos
Procedimentos
Tratamento
Reabilitação
Transplantes
Menor presença
Forte presença
Residencial
Cuidados
Contínuos
Na Tecnologia da Informação a integração e mobilidade é a
visão de futuro
Fonte: Advisory Board
Telemedicina
Melhor Cuidado para quem que já desenvolveu
doenças crônicas e....
...Prevenção e Promoção de Saúde e Bem Estar para
evitar a incidência de novos casos
Outras Tendências
Vestíveis
Usando relógios, pulseiras, garfos e até meias é possível monitorar e acompanhar alguns dados
como a distância caminhada, número de passos, estimar a queima de calorias e a rotina de atividades
físicas e outros dados vitais ou de hábitos em geral.
Aplicativos de saúde
Há uma quantidade enorme de APPs focados em saúde, dos mais variados. Alguns servem
apenas como contador de passos; outros, para monitorar o sono; não é difícil, também, encontrar
APPs mais completos os quais permitem monitorar mais de uma coisa ao mesmo tempo, como
passos, queima de calorias, exercícios físicos, etc.; têm até mesmo aqueles que trabalham com
acessórios para fornecer dados como peso, índice de gordura corporal, frequência cardíaca, pressão
arterial, etc.
Monitoramento contínuo e remoto do paciente
O monitoramento contínuo e remoto de pacientes transforma a forma de cuidá-los alinhando
profissionais de saúde e tecnologias para o cuidado das pessoas em qualquer lugar.
Cuidado do futuro será fora do hospital
Desospitalização, ambulatorização, virtual care homes, são alguns nomes dados ao movimento de
re-engenharia dos sistemas de saúde para mover o paciente do hospital para locais mais
adequados de cuidado. As principais forças dessa grande mudança são: avanços em técnicas
cirúrgicas menos invasivas que permitem recuperação mais rápida do paciente, tecnologias de
comunicação permitindo monitoramento do paciente remoto, aumento de doenças crônicas e
necessidade de cuidado de longa permanência.
O Caso da Genômica
Contribuição da tecnologia na qualidade
A evolução tecnológica vem contribuindo para a redução do tempo médio de
internação e aumento da ambulatorização dos serviços de saúde
Tempo médio de internação
Dias
1985 - 2009
9,7
Leitos per capita
Leitos/1000 habitantes
5,3
8,9
5,0
8,7
4,6
4,2
7,2
7,5
7,3
6,5
5,9 5,8 5,8
4,1
3,7
OECD
6,5
6,1
6,8
7,2
6,9
6,6
7,1
1985 - 2009
Brasil (SUS)
3,9 3,8 3,8 OECD
3,3 3,3 3,2
3,1 3,1 EUA
3,7
3,2
2,9
5,8
EUA
5,6 5,5
5,4
1985 1990 1995 2000 2005 2007 2009
Fonte: OECD Health at a Glance 2009, DataSUS
2,4
2,4 2,4 Brasil
1985 1990 1995 2000 2005 2007 2009
Desafio das Instituições de Saúde
1) Identificar quais dessas tecnologias e técnicas serão realmente eficazes e disruptivas e onde
estão ocorrendo (laboratórios, startups, universidades e mesmo dentro da organização)
2) Entender quando investir (nem cedo demais, nem tarde demais)
3) Balancear investimentos com a sustentabilidade financeira da organização
O equilíbrio entre Custos e Desfechos é Fundamental:
Custos
Desfechos
Desafio das Instituições de Saúde
Tecnologia é uma resposta para todas as necessidades?
 A tecnologia continuará tendo uma enorme importância nos avanços
da saúde, mas sozinha não responde todos os desafios futuros
 Necessidade de engajamento e uma participação ativa dos
indivíduos na compreensão que o seu estilo de vida impacta
diretamente na sua saúde
 Necessidade de alinhamento de interesses dos stakeholders
(indústria farmacêutica, de insumos e de equipamentos; seguradoras;
prestadores de serviço; cidadãos e governo) para o Setor de Saúde
Download