Apresentação do PowerPoint

Propaganda
Países de industrialização
tardia
IFMG – Campus Betim
Contexto geral
• Passaram pela industrialização na segunda metade do século XIX.
• Alemanha, Japão, Itália, Canadá.
• Forte influência histórica no processo de industrialização.
• Indicadores socioeconômicos (página 174).
Alemanha
Unificação territorial e industrialização
• Seu período de unificação ocorreu de 1861 a 1871, sob o comando de
Otto von Bismark, em um processo de muitas guerras lideradas pela
Prússia.
• Mapa da página 175.
• A unificação territorial e política provocou uma aceleração do
processo de industrialização. No fim do século XIX, sua economia
superava o Reino Unido, França e participava com os EUA, da Segunda
Revolução Industrial.
• No entanto, a unificação econômica precedeu a política, que desde
1834, por meio do Zollverein (união aduaneira entre os Estados
alemães) estimulou o comércio.
Unificação territorial e industrialização
• Com a unificação política, consolida-se o quadro: moeda única, leis e
mercado interno permitiram a acumulação de capitais.
• Como ela não tinha colônias, participou de guerras para conquistar novos
territórios.
• Durante os séculos XIX e XX, a existência de carvão mineral e as hidrovias
na bacia do rio Ruhr promoveram a concentração industrial na confluência
dos rios Ruhr e Reno (importante rio da Europa).
• Houve um processo de migração da população do campo para as cidades, o
que contribuiu para a ampliação do mercado consumidor.
• Com o fim da Guerra Franco-Prussiana, a França teve que cedera Alsácia e
Lorena e pagar indenização a Alemanha.
Problemas para sustentar seu crescimento
econômico.
• Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Tríplice Entente ganha da
Tríplice Aliança e a Alemanha perde territórios e dinheiro, por meio
do Tratado de Versalhes.
• Perdeu a fase mais importante da corrida colonial. Seus territórios
eram limitados em recursos naturais, mercados consumidores,
reservas de matérias-primas e fontes de energia. Por isso ela
enfrentou o Reino Unido e a França, resultando na 1º Guerra
Mundial.
• O Tratado de Versalhes e a Crise de 1929 proporcionaram crise social
e política, permitindo a ascensão de Adolf Hitler em 1933 até 1945.
Problemas para sustentar seu crescimento
econômico.
• Nesse período, o Estado Alemão buscou novamente conquistar
territórios, por meio do general Karl Haushofer, baseado na teoria de
Friedrich Ratzel.
• Mapas da página 177.
• Texto da página 177.
• A Segunda Guerra Mundial, que começa em 1938 com a anexação da
Áustria, da Tchecoslováquia e depois a Polônia, onde a Alemanha
também perde, provoca uma partilha de seu território, além da
destruição material e das perdas humanas.
• Mapa da página 178.
Problemas para sustentar seu crescimento
econômico.
• Em 1949, o país foi dividido em República Federal da Alemanha e
República Democrática Alemã. Os dois modelos políticos, sociais e
econômicos implantados, influenciados pelos Estados Unidos
(economia de mercado, propriedade privada, livre iniciativa e
concorrência) e pela União Soviética (economia planificada, onde os
meios de produção eram controlados pelo Estado).
• A reunificação política que ocorreu em 1990, revelou profundas
diferenças sociais, econômicas, políticas e culturais entre os dois
sistemas, que afloraram no novo país. No entanto, atualmente, a
Alemanha voltou a ser um único Estado-nação.
• A história recente da Alemanha nega as ideias de Ratzel.
Distribuição das indústrias
• Elas foram reconstruídas, quase todas no mesmo lugar.
• A região de maior concentração continuou sendo a confluência dos
rios Ruhr e Reno. Após a 2º guerra, houve rápida modernização do
parque industrial e ganhos de produtividade em relação ao Reino
Unido e a França.
• Antes da guerra, o país já possuía mão de obra qualificada e grandes
investimentos em educação.
• Também tem uma boa infraestrutura logística que liga o território aos
portos de Hamburgo e Bremen e ao porto de Roterdã, nos Países
Baixos.
Distribuição das indústrias
• Principais polos industriais: Remânia do Norte-Vestfália, BadenWurtemberg (Stuttgart), Hamburgo e Baixa Saxônia (Wolfburg)
• Parques tecnológicos: Munique (Baviera), implantado em 1970,
abriga 12 universidades e centros de pesquisa e importantes
indústrias como a Siemens e a Roberto Bosch. O Chem-park (Remânia
do Norte-Vestfália) concentra mais de 70 empresas do setor químicofarmacêutico, como a Bayer.
• Mapas da página 180.
Indústrias do leste após a reunificação
• As indústrias da antiga Alemanha Oriental estão localizadas entorno
das cidades de Leipzig, Dresden e da antiga Berlim Oriental.
• Passaram por crise após a reunificação e muitas fecharam. Outras
muitas foram compradas por empresas do oeste.
• A tentativa de ajuda econômica a estas indústrias provocaram um
desajuste no déficit público, aumento da inflação e da taxa de juros
entre 1992 e 1993 e o aumento do desemprego.
• O país também sofreu fortemente a crise de 2008/2009.
• Indicadores econômicos na página 183.
Japão
• A “descoberta” do Japão pelos europeus ocorreu pelos portugueses,
no início do século XVI.
• Depois, o país permaneceu fechado a migrações de 1603 até 1853,
exceto pelas trocas comerciais feitas com holandeses, sob regime
militar dos Tokugawa.
• Os norte-americanos forçaram a abertura do Japão e a desintegração
do sistema feudal japonês até 1868.
• Sua área é de 377 mil km2, equivalente aos estados do Rio Grande do
Sul e Santa Catarina.
• Seu relevo, composto por montanhas e estreitas planícies, com
poucas terras agricultáveis, situadas na zona temperada, onde não se
podia cultivar cana e o algodão, por exemplo.
• Sua estrutura geológica é formada de dobramentos e vulcanismo,
entre três placas tectônicas, que provoca grande instabilidade e
possui um subsolo pobre em minérios e combustíveis fósseis.
• Mapa da página 184.
• Como o Japão não possuía nenhum atrativo econômico durante as
primeiras fases do capitalismo, permaneceu ignorado pelas grandes
potências colonialistas.
• Mas, durante o século XIX, os EUA buscavam pontos estratégicos no
oceano Pacífico e Atlântico e o Japão se tornou um país interessante,
pois está próximo a costa leste da Ásia.
• Para não ficarem dependentes dos EUA, eles buscaram sua
industrialização.
• Configuram os países de capitalismo e industrialização tardios, e junto
com a Alemanha e a Itália, buscaram no século XX, o seu espaço vital.
Industrialização e imperialismo
• Iniciou-se em 1868, com a restauração do império, conhecido como
Era Meiji que foi até 1912.
• Este período foi marcado por políticas modernizantes: criação de
infraestrutura e investimentos em educação, abertura a tecnologia e
aos produtos estrangeiros.
• Foi estimulado no território também o desenvolvimento de grandes
conglomerados. Eles surgiram de tradicionais e poderosos clãs de
comerciantes e proprietários de terras, como Mitsubichi, Mitsui,
Sumito-mo e Yasuda, e dominaram a economia do país.
• Assim o Japão viveu um intenso processo de industrialização.
Industrialização e imperialismo
• Mas problemas estruturais graves permaneciam:
• Escassez de matéria-prima, energia e limitação do mercado interno.
• Então o Japão tentou controlar territórios na Ásia e no Pacífico,
investindo em seu fortalecimento militar, facilitado pela disciplina
xintoísta e a capacidade industrial.
• Esta expansão ocorreu de 1894 até 1941. Mapa da página 186.
• Em 1941 os japoneses realizaram um ataque a base naval de Pearl
Harbor, no Havaí, este ato levou os EUA para a 2º Guerra Mundial,
que lançou, sobre Hiroxima e Nagasaki, em 6 e 9 de agosto de 1945,
bombas atômicas.
Reconstrução após a segunda Guerra
• De 1945 até 1952, o Japão foi governado por um Conselho Supremo das
Potências Aliadas, presidido por um general norte-americano.
• Foram implantadas grandes reformas para modernizar o país política e
economicamente.
• Em 1947 a Lei de Proibição dos Monopólios; enfraquecer os zaibatsus e
estimular a concorrência.
• Uma nova constituição, em 1947,proibiu a intervenção externa do exército
japonês. A proteção do território ficou a cargo dos EUA. Separou o Estado
da religião xintoísta.
• A independência política e a soberania foram restauradas em 1952. O
imperador permaneceu no poder de 1926 até 1989, conhecido como Era
Showa, substituído por Akihito que ainda permanece.
Reconstrução após a segunda Guerra
• A recuperação econômica foi muito rápida. Tabela da página 187.
• Na década de 1960, era a 3º economia mundial e na década de 1980,
2º, perdendo para a China em 2010.
• Atualmente, o país vive baixas taxas de crescimento.
• Durante a Guerra Fria, os EUA investiram no Japão na luta contra o
comunismo, após a Revolução Chinesa de 1949. As guerras da Coreia
e do Vietnã também nesse movimento, proporcionaram altos lucros
aos industriais.
Reconstrução após a segunda Guerra
• Outros fatores:
• Disponibilidade de mão de obra relativamente barata, disciplinada e
qualificada (gráfico da página 188);
• Investimentos maciços em educação; pesquisa e desenvolvimento
tecnológico;
• Reconstrução da infraestrutura e dos conglomerados e introdução de
novos métodos, como o toyotismo, aumentando a competitividade;
• Desmilitarização do país e do parque industrial permitiu
investimentos em industrias civis de bens intermediários e de capital
provocando uma indústria competitiva de bens de consumo.
Reconstrução após a segunda Guerra
REDES DE EMPRESAS INTEGRADAS QUE DOMINAM A
ECONOMIA ATUAL
ZAIBATSUS
HOLDING
UMA EMPRESA
CONTROLAVA
TODAS AS
OUTRAS DO
GRUPO
KEIRETSUS
EMPRESAS
INDEPENDENTES,
EM TORNO DE
UM GRANDE
BANCO. EX.
MITSUBISHI,
MITSUI,
SUMITOMO.
UNIÃO SEM
CABEÇA
• Até a década de 1970, a principal
vantagem do Japão foi a mão de obra
barata – superexploração da força de
trabalho.
• Mas este processo se inverteu, e na
década de 1990, os salários eram os
mais altos, garantindo mercado
interno e alto padrão de vida.
• Com a estagnação econômica,
somente em 2005 o seu valor
aumentou.
• Gráfico: Salário médio pago aos
trabalhadores industriais em países
selecionados.
Carência de recursos naturais
• Em matérias-primas e fontes de energia. Assim, é um dos maiores
importadores de recursos naturais do mundo, especialmente de
combustíveis fósseis e minérios metálicos.
• No entanto, é uma potência industrial.
• Gráfico: Japão: composição das importações.
• Carvão, petróleo e minérios de ferro, cobre e zinco são suas grandes
importações.
• Em contraposição, é grande exportador de aço, e tem a 6º maior
siderúrgica do mundo (Word Steel).
• Mapa do Fluxo mundial de petróleo, carvão e ferro.
• Para equilibrar a sua balança comercial, o Japão se tornou grande
exportador de bens industrializados.
Principais setores industriais
• Predominam os bens intermediários, de capital e os de consumo com
maior valor agregado. Ex: em 2011, 96,7% era composto de bens
industrializados e 78,7% eram produtos de média e alta tecnologia.
• As primeiras indústrias eram têxteis, depois vieram as militares,
intermediárias e de bens de capital (siderúrgicas, químicas, máquinas
e equipamentos). As de bens de consumo também se expandiram e
novos setores surgiram como o eletrônico, automobilístico e
mecatrônico.
• A localização das indústrias no território é condicionada a
dependência com o exterior e ao fato do relevo do país.
Principais setores industriais
• Sua indústria naval é muito desenvolvida. Em 1980, respondia por quase
60% das encomendas de navios do mundo. Atualmente, devido a
concorrência com custos de produção mais baratos em outros países, foi
sendo superada.
• A maior parte do parque industrial situa-se próximo aos grandes portos,
em planícies litorâneas estreitas onde também a população se concentrou
para o cultivo do arroz, principalmente na costa voltada para o Pacífico.
• Na ilha de Honshu, o eixo Tóquio-Osaka concentra 80% da produção do
país e 81% das sedes administrativas das maiores corporações japonesas.
• Mapa da indústria no Japão e da megalópole japonesa: transporte e
indústria.
Parques tecnológicos.
• O Japão é um dos líderes em novas tecnologias da atual Revolução
Informacional. Seus principais pólos são denominados de cidades da
ciência:
• Tsukuba: 60km de Tóquio e é o principal do país. Sua implantação
iniciou-se em 1960. Em 2005, existiam 55 institutos públicos e
privados de educação e pesquisa. (Mapa da cidade da ciência).
• Kansai: é a 2º região mais industrializada do Japão e começou a ser
implantada na década de 1980. Há forte presença da iniciativa
privada (Panasonic e Canon).
• O país domina o desenvolvimento e aplicação da robótica ao processo
produtivo (microeletrônica e mecânica).
Crises econômicas
• O sucesso do Japão resultou de combinação entre livre mercado e
planejamento estatal com a elaboração de diretrizes
macroeconômicas de longo prazo.
• Na década de 1990 a economia entrou em um período de
estagnação.
• O grande acúmulo de riquezas nas décadas anteriores, levou a grande
especulação com ações e uma alta na Bolsa de Valores de Tóquio e
também de imóveis com a concessão de empréstimos sem critérios
gerou uma bolha especulativa que estourou neste período.
• Os valores despencaram e a crise atingiu a economia levando
empresas e instituições financeiras a falência.
Crises econômicas
• A população passou a economizar mais, reduzindo os níveis de
consumo, e também, posteriormente a retomada do crescimento
econômico.
• Na década de 2000, a economia começava a se recuperar, mas a crise
de 2008/2009 levou novamente o país a recessão.
• Mesmo assim, o Japão continua como terceiro PIB do mundo, é uma
grande potência industrial, moderna e competitiva e sedia algumas
das maiores corporações transnacionais do planeta.
• Gráfico: crescimento do PIB
Download