Professor Ricardo Libório O relevo do Japão é muito montanhoso, com 85% do seu território ocupados por formações geológicas de planaltos e montanhas mesozoicas e cenozoicas, apresentando altitudes na faixa dos 2.000 metros. O litoral japonês é muito extenso (2.000 km) e bastante recortado, o que proporciona facilidade de navegação, devido à ampla disponibilidade de portos naturais, além do desenvolvimento da pesca no país. A origem vulcânica se destaca, já que o país constitui a faixa do Círculo do Fogo do Pacífico, considerada uma das regiões mais instáveis da superfície terrestre. O Japão também é dividido pela chamada Fossa Magna, que representa um conjunto de falhas tectônicas que criam um série de instabilidades em terrenos recentes, em termos geológicos. Dos cem vulcões no país, 40 são ativos. O clima do Japão é variado, mas em geral é moderado, e suas quatro estações são bem definidas. O verão é quente e úmido, começando em meados de junho e tem o seu início marcado por aguaceiros. O inverno é moderado, exceto ao norte. A primavera e o outono apresentam dias ensolarados e agradáveis. A forma alongada do arquipélago dá origem a uma amplitude térmica, sendo que ao norte o inverno é muito mais rigoroso ao sul. A precipitação do ano é de 1.600 mm, aproximadamente, na área de Tóquio. A vegetação predominante é a de florestas, em função da diversidade do clima, destacando-se os cedros, pinheiros e eucaliptos. Mais ao sul, a floresta é rarefeita e mais tipicamente subtropical, com bambuzais, pinheiros e ciprestes. O nível de conservação das florestas é considerado equilibrado no quadro mundial. A hidrografia apresenta rios curtos e caudalosos, além de muito estreitos, com baixo volume de água e fluxo rápido, aproveitados menos para a navegação em alguns trechos, e com ótimo potencial hidráulico, mas com insuficiência para atender às necessidades crescentes da economia japonesa. A corrente marítima fria do norte denominada “oia-sivo” e a corrente marítima quente chamada de “kuro-sivo” possibilitam amenização térmica no Japão, além da intensificação da pesca, em função da presença do plâncton, na faixa mais central do país.