ANÁLISE DAS POTENCIALIDADES E RISCOS DO BRASIL NA NOVA ORDEM POLÍTICA E ECONÔMICA MUNDIAL Leonardo Sturion, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, [email protected] Simone Vassalo Monteiro, Universidade Estadual de Campo Mourão, [email protected] Marcia Cristina dos Reis, Instituto Federal do Paraná, [email protected] RESUMO: Este artigo tem por objetivo traçar um olhar sobre o panorama social, político e econômico brasileiro fazendo uma retrospectiva desses fatores estruturantes, a partir da década de 1980, em contraponto com os eventos externos de um mundo já globalizado. Sua importância reside neste retrospecto no qual a verificação de dados demonstra a situação de desenvolvimento sócio, econômico e político do país. O artigo propõe método descritivo, baseado em fontes secundárias, sendo de natureza qualitativa, caracterizada por um estudo exploratório. Ao final conclui-se que o Brasil ainda precisa empreender esforços nas áreas de educação e saúde para conseguir alcançar, nesses itens, alguns dos países sul americanos. Palavras-chave: Risco. Politica. IDH. INTRODUÇÃO Atualmente, olhar o panorama mundial e buscar projeções para o futuro, faz parte da necessidade de estar vivo e sobreviver às grandes mudanças que, cada vez mais e com maior velocidade, se processam na comunidade internacional. Hoje os Estados não podem cruzar os braços e aguardar, pois a ciência, a tecnologia e as sociedades caminham por vias aéreas e não mais a passos largos. Observando o mundo vislumbramos o grande avanço que apenas algumas décadas fizeram de diferença, entre duas guerras mundiais que figuraram ou transfiguraram o cenário mundial, trazendo antiga colônia ao status de superpotência. E não apenas em relação à conjuntura, mas em relação ao próprio homem, que como ator e integrante básico da sociedade, teve padrões alterados em função de toda esta conjuntura que modificou o seu modo de ver e agir em função de novas prioridades exigidas na e pela sociedade. Dentre todos esses processos, aqueles que não se moldaram ou não conseguiram acompanhar o ritmo daqueles que ditavam uma Nova Ordem, ficaram marginalizados; não só pessoas, mas também países ficaram marginalizados em função de todo esse processo histórico-social. Como dizia Platão, o homem é um ser social e, por sê-lo, é um ser político. Hoje, estudamos a política como um elemento crucial para a sobrevivência do Estado em uma competição mundial pelo poder. Aliás, a luta sempre foi pelo poder. Assim, esse trabalho pretende trazer um olhar sobre mudanças relevantes ocorridas no cenário internacional em termos políticos e econômicos nos últimos vinte anos para depois observar, mais particularmente, a situação brasileira, buscando traçar um cenário para os próximos anos a partir das atuais conjunturas políticas, econômicas, científicas e tecnológicas e observando as potencialidades e os riscos possíveis; fazer a utilização de indicadores socioeconômicos para a observação da situação da população brasileira, na atualidade. Para tal, serão feitas pesquisas em fontes secundárias. ANÁLISE DO CONTEXTO INTERNACIONAL Analisando o contexto internacional a partir da década de 1980, observamos que os países que ditavam as regras então, regiam suas políticas de acordo com o modelo neoliberal. Podemos citar países como a Inglaterra com Margareth Tatcher e os Estados Unidos da América com Ronald Reagan que, dentre as medidas tomadas em função do modelo neoliberal, reduziram de forma contundente, os investimentos em programas sociais (DEMO, 2009). Enquanto o mundo tomava esse rumo, no início da década de 1980, o Brasil ainda vivia sobre a presidência de militares, sendo o último deles, já na fase de transição para a o governo civil, o General João Batista Figueiredo. Assim, em 1984, com a vitória de Tancredo Neves e José Sarney, iniciou-se a fase democrática brasileira, com um governo civil. É importante notar que, com a morte de Tancredo Neves, o Brasil ainda vivendo sobre importantes ajustes estruturais, a mudança do vetor Estado para o vetor mercado se fará a partir da década de 1990 quando, o então Presidente Fernando Collor de Mello, assume o governo federal tendo como seu vice-presidente o Sr. Itamar Franco. Com a queda de Collor, pelo seu impeachment, assume a presidência o vice, Itamar Franco, começando assim as mudanças na estrutura econômica. Entra em cena a figura do diplomata Rubens Ricúpero, assumindo o Ministério da Fazendo, quando nasce o embrião do Plano Real. No período entre as décadas de 1980 e 1990, o mundo ainda irá assistir a conflitos internacionais em função de interesses econômicos que, ao longo do tempo irão dilapidar uma das maiores economias do mundo – a americana –, em função de ações intervencionistas em países como Panamá e Iraque, 2009. Nesse período, o Brasil vai sofrer com alta da inflação, embora, em função do novo modelo adotado, o país comece a tomar novos rumos de desenvolvimento, acompanhando a ordem internacional vigente. Em 1994, o sociólogo e Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso propõe mudanças econômicas, o que viria a ser o Plano Real, o país entra em uma fase de estabilização econômica e controle da hiperinflação, sendo considerado um dos mais bem sucedidos planos de estabilização econômica. Sendo eleito para Presidente da República, FHC vai comandar o país de 1995 a 2002 e, entre outras medidas de ordem social, criou programas como o Bolsa Escola, Auxílio Gás e Cartão Alimentação, que mais tarde vieram a fazer parte do programa Fome Zero, integrado ao Bolsa Família – programa implantado pelo Presidente Lula, considerado um dos maiores programas de transferência direta de renda. O Brasil tem um novo rumo político, econômico e social, diretrizes essas assentadas no Governo FHC e continuadas pelo Governo Lula, enquanto, depois do atentado de 11 de setembro, aos Estados Unidos, o mundo estará para assistir uma grande crise mundial provocada pelas guerras sucessivas promovidas pelos Estados Unidos contra a Al Qaeda e o Talebã, que fizeram com que houvesse diminuição de investimentos estrangeiros no país e aumentasse o desemprego (PEDRO, 2009). Em 2008, o mundo se vê mergulhado em uma grande crise provocada pela desestabilização do dólar – moeda comercial -, e pela crise de países da zona do Euro – Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda. Enquanto países que detinham ou comungavam dessa ordem mundial viviam conflitos financeiros relevantes, países considerados emergentes como o Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul – chamado BRICS -, fortaleciam-se internamente e internacionalmente em função de fatores econômicos como existência de petróleo e o desenvolvimento de biocombustíveis, mão de obra e crescimento e/ou fortalecimento do mercado interno, começam a fazer a diferença na atual conjuntura mundial. O CENÁRIO BRASILEIRO EM FUNÇÃO DAS MUDANÇAS EXTERNAS Embora os países do BRICS estejam fazendo a diferença, na atualidade, este estudo se deterá em assuntos que dizem respeito ao Brasil. Visualizando o processo político democrático brasileiro dos últimos vinte anos, podemos dizer que a mudança do vetor Estado para o vetor mercado se faz a partir do momento em que se instala o Governo Collor. Conforme a Constituição de 1988, que instituiu o pluripartidarismo, entre a indecisão da população e o discurso de reversão do quadro inflacionário e de arrochos salariais, vividos no governo Sarney, a direita propõe a candidatura de Fernando Collor de Mello que prometia “modernizar a economia promovendo políticas de cunho neoliberal e a abertura da participação estrangeira na economia nacional”, o qual ainda propagava a caçada aos marajás (SOUSA, 2010a). O Presidente Collor não terminou o seu mandato, o qual foi alvo de representativa crise econômica e política, acabando por sofrer impeachment, acusado de diversas irregularidades (SOUSA, 2010b). No Governo Itamar Franco foi promovido o mais bem sucedido plano de reestruturação e equilíbrio econômico: O Plano Real, que colocou Fernando Henrique Cardoso na sucessão presidencial (PONTUAL, 2010). Neste governo, foi dada continuidade aos conceitos neoliberais de abertura ao capital estrangeiro como a quebra dos monopólios, privatização de empresas estatais, gestão pública mais responsável para que o Estado brasileiro pudesse “fomentar a modernização das estruturas estatais, a fim de sustentar o desenvolvimento econômico e a integração do país no mercado mundial” com a Lei de Responsabilidade Fiscal; foram implementadas políticas sociais como o vale gás, o bolsa escola e o bolsa alimentação, além de avanços significativos na saúde e na educação. Em 2003, Luiz Inácio Lula da Silva, assume a presidência do Brasil e dá continuidade ao legado de FHC. Na presidência do Brasil, o Presidente Lula experimentou o crescimento do país e o reconhecimento internacional em função do Programa Bolsa Família, considerado o maior programa de transferência de renda direta. Além disso, a descoberta do pré-sal e a necessidade da utilização, cada vez mais urgente, do uso de combustíveis alternativos, a recuperação e o fortalecimento do mercado interno, foram alguns dos motivos que fizeram com que o Brasil tivesse maior projeção no cenário internacional. Durante o período do Governo Lula, que foi de 2003 a 2010, o mundo experimentou uma crise mundial em função da quebra de vários bancos americanos e a desestabilização do dólar, consequência da má gestão dos créditos dos bancos americanos. Esse foi o período no qual o Brasil conseguiu atravessar sem grandes sobressaltos em função do mercado interno mais fortalecido em função do processo que já vinha sofrendo desde o governo anterior e com a criação de microcréditos para facilitar e movimentar o mercado interno. Embora o Brasil figure como um país emergente com potencial financeiro para prestar ajuda financeira internacional, a conjuntura interna deixa a desejar. Em termos de saúde, o país está colocado no 72º lugar, segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS -, dados de 2008, considerado “40% mais baixo do que a média internacional” (CARTA MAIOR, 2011). No que se refere à educação, segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 48,7% dos brasileiros não considera melhorias na educação do país. Os índices também demonstram que uma parcela não observa melhorias na qualidade do ensino. A pesquisa foi realizada observando-se indicadores de escolaridade e, para as faixas identificadas, não houve melhorias na educação. Desde que o mundo se encontra na chamada 3ª fase da revolução industrial, no qual considerase o desemprego estrutural, com mudanças na estrutura do trabalho, a necessidade de maior conhecimento tecnológico e informacional, o Brasil pode não estar caminhando na direção correta, mesmo por que, a faixa da população nivelada pelo salário mínimo é bem expressiva, o que no momento poderia sugerir que a mão-de-obra não é qualificada para desempenhar funções exigidas pelo momento atual da economia mundial. Segundo o Jornal O Estado de São Paulo (2011), há falta de trabalhadores com qualificação no mercado. De acordo com o Prof. José Pastore, da Universidade de São Paulo (USP), "toda vez que o Brasil cresce 4,5% ou mais, falta mão de obra qualificada", o que pode significar que a educação, nos seus diversos níveis, não está atingindo a real necessidade de um país em desenvolvimento, ou seja, a formação de mão de obra qualificada não acompanha a necessidade tecnológica do momento (PASTORE apud ESTADO DE SÃO PAULO, 2011). Riscos e Potencialidades do Brasil O Brasil, nos últimos vinte anos, conseguiu ter uma projeção no cenário mundial de maior visibilidade em função de sua estabilidade financeira, entre outras conquistas. Porém, o pais ainda se encontra na condição de exportador de matéria-prima, ou seja, ainda não atingiu a necessária efetiva condição de um país com estruturas comerciais e tecnológicas sólidas. Segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), o Brasil tem alcançado superávits nos últimos meses que se devem, principalmente, em função do aumento do preço das commodities, que respondem por 71% das exportações brasileiras, mas que não refletem a realidade em termos de produção e exportação de produtos manufaturados. De acordo com a mesma Associação, o problema “é que ao longo dos últimos anos a parcela de produtos industrializados, que vendemos para o exterior, vem diminuindo e isso deixa o país cada vez mais refém do sobe e desce das commodities” (JORNAL DA GLOBO, 2011). Na 30ª edição do Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX), foi exposta a fragilidade do comércio exterior brasileiro face à crise dos Estados Unidos e da União Europeia, compradores fortes de produtos brasileiros, e que não se estendem apenas às barreiras protecionistas, mas a problemas estruturais internos da política brasileira. O Encontro debateu, com ênfase, a necessidade de se rever políticas adequadas para a colocação dos produtos no mercado externo, revendo-se a condição logística para tal, com melhor, qualidade e tecnologia atualizada com “condições de preço e pagamento ajustados ao nível internacional, dando ao produtor nacional condições de competir também quanto aos produtos importados, em preço e qualidade mesmo com tarifa aduaneira marginal” (MOREIRA, 2011, p. 2). Para o Presidente da Associação, Sr. Benedicto Fonseca Moreira, estas medidas darão ao Brasil maior competitividade, porém acrescenta que o Brasil está longe de alcançar um patamar desejável seja na exportação quanto na importação. Ainda no Encontro, foi colocada a preocupação do governo brasileiro em relação às exportações e importações, mas as medidas tomadas foram tímidas. Segundo o Presidente, Para dotar o País de condições para enfrentar a crise internacional e manter o crescimento econômico a taxas mais elevadas, será preciso ter visão abrangente do universo da competitividade, sendo urgente superar a cultura obsoleta das vantagens comparativas e adotar os princípios modernos das vantagens competitivas, fundamental em processo de abertura econômica com inserção internacional. (MOREIRA, 2011, p.3). No que diz respeito à projeção do Brasil no cenário político internacional, ainda há muitas contradições a serem vencidas como no caso dos escândalos que envolvem pessoas do alto escalão e a falta de políticas públicas e programas adequados, no caso da saúde, pois o país ainda apresenta endemias de várias naturezas como a dengue, a tuberculose, a hanseníase, entre outras. No que tange ao desenvolvimento de ciência e tecnologia brasileiras, as fontes pesquisadas apontam para uma melhora considerável no desenvolvimento desses vetores sendo, em determinado caso, comparado com países desenvolvidos e, em outros casos, a existência de advertência em relação à necessidade de se investir mais em ciência e tecnologia como vetores para o desenvolvimento das sociedades modernas da atualidade em função de sua formação e informação. Análise do IDH Brasil Sendo o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), um índice medido pela educação, saúde e renda e, conforme a exposição dos dados feita quando da colocação de fatores indicativos do cenário da conjuntura atual brasileira, observamos que o país ainda precisa avançar de forma contundente para melhorar significativamente o seu IDH. Face às colocações feitas, até este ponto, sobre a questão da saúde e educação, fica exemplificado o por que o IDH brasileiro ser ainda muito baixo mesmo em relação a países como Chile e Argentina. Ainda em estudo feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), o valor do salário mínimo deveria ser de R$ 2.278,77, em agosto. O cálculo do salário mínimo é feito com base nas necessidades de moradia, saúde, educação e alimentação (IG ECONOMIA, 2011). Embora o Brasil passe a ocupar o 70º lugar no ranking, o que dá o status de país integrante do grupo de países de desenvolvimento humano elevado, ainda apresenta o menor índice da América Latina e Caribe (FOLHA DE PERNAMBUCO, 2011). Este ano, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), lançou mais três indicadores, sendo um deles o “Índice Desenvolvimento Humano ajustado à Desigualdade (IDHD), em vez de considerar apenas a média dos indicadores, pesa também a forma como é feita a distribuição dos recursos, seja na saúde, na educação ou no rendimento” (FOLHA DE PERNAMBUCO, 2011). No Brasil, o Programa Bolsa Família, que é considerado o maior programa de transferência direta de renda, pretende aumentar, de forma considerável o número de famílias atendidas. No entanto, resta saber se o programa terá a capacidade de atender às exigências do PNUD para os novos indicadores, ou se essa relevante soma de recursos ainda estará mantendo as famílias servidas pelo programa, fora da margem da pobreza extrema. Segundo pronunciamento da Ministra do Desenvolvimento Social e de Combate à Fome, o Programa Bolsa Família não estimula a natalidade e que entre os meses de junho e setembro de 2011, houve a inclusão de mais 180 mil famílias sendo que até dezembro de 2013, a meta é de mais 800 mil famílias (FOLHA DE PERNAMBUCO, 2011). DISCUSSÕES Os índices de desenvolvimento do Brasil e os indicadores socioeconômico mostram que existe muito ainda a ser feito em todas as áreas para que o Brasil apresente um mínimo de desenvolvimento, temos lacunas agudas nas áreas da Educação como podemos ver nos escores apresentados por alguns dos exames como o Exame Nacional da Educação Básica, o ENEM e o ENADE. No primeiro vemos notas baixíssimas nas provas de português e matemática, um contingente enorme de crianças semianalfabetas. Quando passamos para os escores do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) temos escores muito abaixo do mínimo esperado para alunos concluintes do ensino médio, além de muitos alunos com escores aquém do desejável ainda temos um contingente grande que deixam esta fase da educação evadindo-se do processo de formação causados pelas deficiências do Sistema Educacional. Quando analisamos os índices do Ensino Superior através do (ENADE) a situação é ainda mais aguda, os escores mostraram que os concluintes do Ensino Superior em muitos cursos não apresentam condições de ingressarem no mercado de trabalho. Quando comparamos nos índices educacionais em relação aos países da América do Sul estamos muito abaixo de Países como o Chile e Argentina. No setor da Saúde, embora muitas melhorias já tenham sido feitas, temos alto índice de mortalidade de em crianças até 1 ano de idade. Por outro lado doenças como tuberculose e hanseníase, entre outras que já foram erradicadas em muitos países, aqui no Brasil vitimam ainda muitas pessoas. Temos endemias como dengue, febre amarela, varicela, sarampos etc, que causam muitos óbitos, principalmente em crianças. Quando comparamos o IDH brasileiro com o de outros países vemos o quanto ainda temos que melhorar como mostra a tabela a seguir. Tabela 1 – Comparativo de Alguns Índices Desenvolvimento Humano (IDH) dos 10 primeiros países e de alguns países da América do Sul em 2011. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) Classificação Países IDH 1 Islândia 0.968 2 Noruega 0.968 3 Canadá 0.967 4 Austrália 0.965 5 Irlanda 0.960 6 Holanda 0.958 7 Suécia 0.958 8 Japão 0.956 9 Luxemburgo 0.956 10 Suíça 0.955 40 Chile 0.874 46 Argentina 0.860 61 Venezuela 0.826 70 Brasil 0.807 Fonte: IBGE - Anuário Estatístico (2013) Pode-se observar pelos dados da Tabela 1 que o Brasil ocupa o 70º lugar num ranking de países em relação ao (IDH), isto mostra o quanto ainda é necessário trabalhar na melhoria da qualidade de vida do país. Pelo fato de o Brasil ser um país de dimensão continental, possui regiões muito heterogêneas as Regiões Sul e Sudeste são mais desenvolvidas, mas mesmo nestas regiões ainda há muito o que melhorar. CONSIDERAÇÕES FINAIS Dentre os itens analisados e, segundo as informações contidas nas fontes pesquisadas, observa-se que o Brasil ainda não está em um patamar confortável e seguro para despontar no cenário mundial como um país influente na Nova Ordem Mundial. Apesar de avanços nas políticas públicas sociais, da estabilidade financeira e de certa melhoria em ciência e tecnologia, o Brasil ainda precisa avançar de forma significativa no conjunto que forma a sociedade como o todo. Ou seja, os indicadores sociais não se apresentam em seus melhores níveis, e a política interna é marcada por escândalos de corrupção. No campo econômico, o país precisa rever as suas políticas comerciais e melhorar as estruturas de importação e exportação. Por todo o contexto analisado nesse estudo, acredita-se que o País esteja com passos mais largos do que realmente pode dar, atropelando as bases do seu desenvolvimento para chegar ao final da construção sem estruturas fortes e consolidadas num momento em que o mundo vive uma crise internacional. O Brasil precisa rever a sua posição de exportador de matéria prima e buscar fortalecer-se na questão da industrialização, ciência e tecnologia, saindo das vantagens comparativas para brigar com as vantagens competitivas, como determina a nova ordem da economia e da política. No entanto, ainda a muito a se fazer em relação ao desenvolvimento brasileiro, principalmente nas áreas básicas com saúde, educação, habitação e infraestrutura. REFERÊNCIAS CARTA MAIOR. 7° PIB, Brasil é 72° no ranking da OMS de gasto per capita em saúde. Caderno Política. 14 set. 2011. Disponível em: <http://www.cartamaior.com.br/templates/materiamostrar. cfm?materia_id=18472>. Acesso em: 15 set. 2013. DEMO, P. Política social do conhecimento: sobre futuros do combate à pobreza. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. FOLHA DE PERNAMBUCO DIGITAL. Bolsa família atenderá mais 800 mil famílias até 2013. 20 set. 2011. Disponível em: <http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-brasil/665551?task=view>. Acesso em: 21 set. 2013. FOLHA DE PERNAMBUCO DIGITAL. O IDH do Brasil foi o que mais avançou. 21 set. 2011. Disponível em: <http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-brasil/601600>. Acesso em: 21 set. 2013. JORNAL DA GLOBO. Brasil bate recorde de exportação. 02 set. 2011. Disponível em: <http://www.aeb.org.br/>. Acesso em: 22 set. 2013. IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATÍSTICA. Anuário Estatístico, 2011. IG ECONOMIA. Dieese: salário mínimo em agosto deveria ser de R$ 2.279. 02 set. 2011. Disponível em: <http://economia.ig.com.br/dieese+salario+minimo+em+ agosto+deveria+ser+de +r+2279/ n159 7191075630.html. Acesso em: 21 set. 2013. MOREIRA, Benedicto Fonseca. O desordenamento do comércio exterior brasileiro e a crise internacional. 2011. Disponível em: <http://aeb.org. br/noticia.asp?Id=177>. Acesso em: 22 set. 2013. O ESTADO DE SÃO PAULO. Brasil já enfrenta falta de mão de obra. Economia & Negócios. 21 set. 2011. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/ economia.brasil-ja-enfrenta-falta-de-maode-obra,501032,0.htm>. Acesso em: 21 set. 2013. PONTUAL, Helena Daltro. Ex-presidente Itamar Franco lançou Plano Real, participou das 'Diretas Já' e da Constituinte. Agência Senado. Disponível em: <http://www.senado.gov.br/noticias/expresidente-itamar-franco-lancou-plano-real-participou-das-diretas-ja-e-da-constituinte.aspx>. Acesso em: 20 set. 2013. SOUSA, Rainer. Eleições de 1989. 2010a. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/historiab/ eleicoes-1989.htm>. Acesso em: 20 set. 2013. SOUSA, Rainer. Governo Collor. 2010b. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/historiab/ governo-collor.htm>. Acesso em: 20 set. 2013.