INSTRUÇÕES

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GABARITO
LM1 – FOCO ESPECÍFICO
VINDA DA FAMÍLIAR REAL
PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
BRASIL IMPÉRIO - PRIMEIRO REINADO E REGÊNCIAS
1–D
7–C
13 – C
2–C
8–D
14 – D
3–C
9–C
15 – A
4–B
10 – C
16 – B
5–C
11 – C
17 – E
6 –B
12 – C
VINDA DA FAMÍLIA REAL / TRANSFERÊNCIA DO ESTADO PORTUGUÊS
1 – (Fuvest/SP - 2005) A invasão da Península Ibérica pelas forças de Napoleão Bonaparte levou a Coroa portuguesa,
apoiada pela Inglaterra, a deixar Lisboa e instalar-se no Rio de Janeiro. Tal decisão teve desdobramentos notáveis
para o Brasil. Entre eles,
a) a chegada ao Brasil do futuro líder da independência, a extinção do tráfico negreiro e a criação das primeiras
escolas primárias.
b) o surgimento das primeiras indústrias, muitas transformações arquitetônicas no Rio de Janeiro e a primeira
constituição do Brasil.
c) o fim dos privilégios mercantilistas portugueses, o nascimento das universidades e algumas mudanças nas relações
entre senhores e escravos.
d) a abertura dos portos brasileiros a outras nações, a assinatura de acordos comerciais favoráveis aos ingleses e a
instalação da Imprensa Régia.
e) a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido, a abertura de estradas de ferro ligando o litoral fluminense ao
porto do Rio e a introdução do plantio do café.
2 - (Fuvest/SP - 2008) Em novembro de 1807, a família real portuguesa deixou Lisboa e, em março de 1808, chegou
ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como
a) incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir a anexação de Portugal.
b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I.
c) execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português, invocado em épocas de crise.
d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com relação à guerra anglo-francesa.
e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul da França.
3 – (Fuvest/SP - 2003) "... quando o príncipe regente português, D. João, chegou de malas e bagagens para
residir no Brasil, houve um grande alvoroço na cidade do Rio de Janeiro. Afinal era a própria encarnação
do rei [...] que aqui desembarcava. D. João não precisou, porém, caminhar muito para alojar-se. Logo em
frente ao cais estava localizado o Palácio dos Vice-Reis". (Lilia Schwarcz. "As Barbas do Imperador".)
O significado da chegada de D. João ao Rio de Janeiro pode ser resumido como
a) decorrência da loucura da rainha Dona Maria I, que não conseguia se impor no contexto político europeu.
b) fruto das derrotas militares sofridas pelos portugueses ante os exércitos britânicos e de Napoleão Bonaparte.
c) inversão da relação entre metrópole e colônia, já que a sede política do império passava do centro para a periferia.
d) alteração da relação política entre monarcas e vice-reis, pois estes passaram a controlar o mando a partir das
colônias.
e) imposição do comércio britânico, que precisava do deslocamento do eixo político para conseguir isenções
alfandegárias.
4 – (Fuvest/SP - 2012) Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas inglesas, tais como celeiros
e armazéns não diferentes do que chamamos na Inglaterra de armazéns italianos, de secos e molhados,
mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses.
(...) As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfino de
Londres saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens
de Birmingham, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil.
Maria Graham. Diário de uma viagem ao Brasil. São Paulo, Edusp, 1990, p. 230 (publicado originalmente em 1824). Adaptado.
Esse trecho do diário da inglesa Maria Graham refere-se à sua estada no Rio de Janeiro em 1822 e foi escrito em 21
de janeiro deste mesmo ano. Essas anotações mostram alguns efeitos
a) do Ato de Navegação, de 1651, que retirou da Inglaterra o controle militar e comercial dos mares do norte, mas
permitiu sua interferência nas colônias ultramarinas do sul.
b) da abertura dos portos do Brasil às nações amigas, decretada por D. João em 1808, após a chegada da família real
portuguesa à América.
c) do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtos portugueses por mercadorias de
outros países europeus, que seriam também distribuídas nas colônias.
d) do Tratado de Comércio e Navegação, de 1810, que deu início à exportação de produtos do Brasil para a Inglaterra
e eliminou a concorrência hispano-americana.
e) da ação expansionista inglesa sobre a América do Sul, gradualmente anexada ao Império Britânico, após sua vitória
sobre as tropas napoleônicas, em 1815.
5 - (ENEM/Brasil - 2010) Em 2008 foram comemorados os 200 anos da mudança da família real portuguesa
para o Brasil, onde foi instalada a sede do reino. Uma sequência de eventos importantes ocorreu no
período 1808-1821, durante os 13 anos em que D. João VI e a família real portuguesa permaneceram no
Brasil. Entre esses eventos, destacam-se os seguintes:
• Bahia – 1808: Parada do navio que trazia a família real portuguesa para o Brasil, sob a proteção da
marinha britânica, fugindo de um possível ataque de Napoleão.
• Rio de Janeiro – 1808: desembarque da família real portuguesa na cidade onde residiriam durante sua
permanência no Brasil.
• Salvador – 1810: D. João VI assina a carta régia de abertura dos portos ao comércio de todas as
nações amigas, ato antecipadamente negociado com a Inglaterra em troca da escolta dada à esquadra
portuguesa.
• Rio de Janeiro – 1816: D. João VI torna-se rei do Brasil e de Portugal, devido à morte de sua mãe, D.
Maria I.
• Pernambuco – 1817: As tropas de D. João VI sufocam a revolução republicana.
GOMES. L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história
de Portugal e do Brasil. São Paulo: Editora Planeta, 2007 (adaptado)
Uma das consequências desses eventos foi
a) a decadência do império britânico, em razão do contrabando de produtos ingleses através dos portos brasileiros,
b) o fim do comércio de escravos no Brasil, porque a Inglaterra decretara, em 1806, a proibição do tráfico de escravos
em seus domínios.
c) a conquista da região do rio da Prata em represália à aliança entre a Espanha e a França de Napoleão.
d) a abertura de estradas, que permitiu o rompimento do isolamento que vigorava entre as províncias do país, o que
dificultava a comunicação antes de 1808.
e) o grande desenvolvimento econômico de Portugal após a vinda de D. João VI para o Brasil, uma vez que cessaram
as despesas de manutenção do rei e de sua família.
6 - (ENEM/Brasil - 2010) Eu, o Príncipe Regente, faço saber aos que o presente Alvará virem: que desejando
promover e adiantar a riqueza nacional, e sendo um dos mananciais dela as manufaturas e a indústria, sou
servido abolir e revogar toda e qualquer proibição que haja a este respeito no Estado do Brasil.
Alvará de liberdade para as indústrias (1º de Abril de 1808). In: Bonavides, P.; Amaral, R. Textos políticos da História do Brasil. Vol.
1. Brasília: Senado Federal, 2002 (adaptado).
O projeto industrializante de D. João, conforme expresso no alvará, não se concretizou. Que características desse
período explicam esse fato?
a) A ocupação de Portugal pelas tropas francesas e o fechamento das manufaturas portuguesas.
b) A dependência portuguesa da Inglaterra e o predomínio industrial inglês sobre suas redes de comércio.
c) A desconfiança da burguesia industrial colonial diante da chegada da família real portuguesa.
d) O confronto entre a França e a Inglaterra e a posição dúbia assumida por Portugal no comércio internacional.
e) O atraso industrial da colônia provocado pela perda de mercados para as indústrias portuguesas.
7 – (Unesp/SP - 2003) Leia os itens a respeito da Revolução Pernambucana de 1817.
I. Possuiu forte sentimento anti-lusitano, resultante do aumento dos impostos e dos grandes privilégios concedidos aos
comerciantes portugueses.
II. Teve a participação apenas de sacerdotes e militares, não contando com o apoio de outros segmentos da
população.
III. Foi uma revolta sangrenta que durou mais de dois meses e deixou profundas marcas no Nordeste, com os
combates armados passando de Recife para o sertão, estendendo-se também a Alagoas, Paraíba e Rio Grande do
Norte.
IV. A revolta foi sufocada apenas dois anos depois por tropas aliadas, reunindo forças armadas portuguesas, francesas
e inglesas.
V. Propunha a República, com a igualdade de direitos e a tolerância religiosa, mas não previa a abolição da escravidão.
É correto apenas o afirmado em: a) I, II e III.
b) I, III e V.
c) I, IV e V.
d) II, III e IV. e) II, III e V.
8 - (Fuvest/SP - 2010) “Eis que uma revolução, proclamando um governo absolutamente independente da
sujeição à corte do Rio de Janeiro, rebentou em Pernambuco, em março de 1817. É um assunto para o
nosso ânimo tão pouco simpático que, se nos fora permitido [colocar] sobre ele um véu, o deixaríamos fora
do quadro que nos propusemos tratar.” F. A. Varnhagen. História geral do Brasil, 1854.
O texto trata da Revolução pernambucana de 1817. Com relação a esse acontecimento é possível afirmar que os
insurgentes
a) pretendiam a separação de Pernambuco do restante do reino, impondo a expulsão dos portugueses desse território.
b) contaram com a ativa participação de homens negros, pondo em risco a manutenção da escravidão na região.
c) dominaram Pernambuco e o norte da colônia, decretando o fim dos privilégios da Companhia do Grão-Pará e
Maranhão.
d) propuseram a independência e a república, congregando proprietários, comerciantes e pessoas das camadas
populares.
e) implantaram um governo de terror, ameaçando o direito dos pequenos proprietários à livre exploração da terra.
PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
9 - (Unesp/SP - 2000) No contexto da independência política do Brasil de Portugal, é correto afirmar que:
a) no Congresso de Viena, os adversários de Napoleão I tomaram várias decisões a favor do liberalismo.
b) a Revolução Constitucionalista do Porto (1820) defendia a ampliação do poder real.
c) o regresso de D. João VI a Lisboa significou a vitória da burguesia liberal portuguesa.
d) ao jurar a Constituição de 1824, D. Pedro I aderiu às teses democráticas de Gonçalves Ledo.
e) a abertura dos portos e os tratados de 1810 favoreceram os comerciantes portugueses.
10 – (ENEM – 2007) Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à
divisão internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na
produção, com braço escravo importado da África, de plantas tropicais para a Europa e a América do
Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país
essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos. Não se poderia
confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os mais toscos e baratos.
O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os bens de
consumo que fundamentavam um padrão de vida "civilizado", marca que distinguia as classes cultas e
"naturalmente" dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os capitais que
permitiam iniciar a construção de uma infraestrutura de serviços urbanos, de energia, transportes e
comunicações. (SINGER, Paul. “Evolução da economia e vinculação internacional”. In: I. Sachs; J. Willheim; P. S. Pinheiro
(Orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80.)
Levando-se em consideração as afirmações anteriores, relativas à estrutura econômica do Brasil por ocasião da
independência política (1822), é correto afirmar que o país
a) se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período colonial.
b) extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no trabalho livre.
c) se tornou dependente da economia europeia por realizar tardiamente sua industrialização em relação a outros
países.
d) se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem trazer ganhos para a infraestrutura de
serviços urbanos.
e) teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em vários setores produtivos.
11 - (Unicamp/SP - Simulado 2011) Se eu pudesse alguma coisa para com Deus, lhe rogaria muita geada nas
terras de serra acima, porque a cultura da cana nessas terras, onde se faz o açúcar, tem abandonado ou
diminuído a cultura do milho e do feijão e a criação dos porcos; estes gêneros têm encarecido, assim como
o trigo, o algodão e o azeite de mamona; tem introduzido muita escravatura, o que empobrece os
lavradores, corrompe os costumes e leva ao desprezo pelo trabalho de enxada; tem devastado as matas e
reduzido a taperas muitas herdades; tem roubado muitos braços à agricultura, que se empregam no
carreto dos africanos; tem exigido grande número de mulas que não procriam e consomem muito milho.
(Adaptado de José Bonifácio de Andrada e Silva, Projetos para o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 181-182.)
De acordo com o texto acima, podemos concluir que, para José Bonifácio, o cultivo da cana de açúcar
a) estimulava o desenvolvimento da economia, pois exigia maior emprego de escravos na agricultura, intensificando o
comércio de africanos.
b) favorecia o desenvolvimento social, pois o encarecimento de gêneros como milho, feijão, porcos e trigo levava ao
enriquecimento de pequenos proprietários rurais.
c) prejudicava a economia do país, pois desestimulava o cultivo de outros produtos agrícolas, encarecendo os gêneros
alimentícios.
d) prejudicava o meio ambiente, pois devastava as matas e reduzia o cultivo de milho, o que dificultava a procriação
das mulas.
PRIMEIRO REINADO
12 - (Unesp/SP - 2011) O fechamento da Assembleia Constituinte, por D. Pedro I, em novembro de 1823,
a) impediu a tentativa de recolonização portuguesa e eliminou a influência política da Igreja Católica.
b) isolou politicamente o imperador e determinou o imediato final do Primeiro Reinado brasileiro.
c) representou a centralização do regime monárquico e provocou reações separatistas.
d) ampliou a força política dos estados do nordeste e facilitou o avanço dos projetos federalistas.
e) assegurou o caráter liberal da nova Constituição e aumentou os poderes do judiciário.
13 - (Fuvest/SP - 2000) A Constituição Brasileira de 1824 colocou o Imperador à testa de dois Poderes. Um deles lhe
era "delegado privativamente" e o designava "Chefe Supremo da Nação" para velar sobre "o equilíbrio e harmonia dos
demais Poderes Políticos", o outro Poder o designava simplesmente "Chefe" e era delegado aos Ministros de Estado.
Estes Poderes eram respectivamente:
a) Executivo e Judiciário
b) Executivo e Moderador c) Moderador e Executivo
d) Moderador e Judiciário
e) Executivo e Legislativo
14 - (ENEM/Brasil - 2011) Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais:
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os casados, e Oficiais militares que
forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e Clérigos de Ordens Sacras.
IV. Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral.
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou
empregos.
Constituição Política do Império do Brasil (1824). Disponível em: https://legislação.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).
A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto histórico de sua formulação. A Constituição de 1824
regulamentou o direito de voto dos “cidadãos brasileiros” com o objetivo de garantir
a) o fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileira.
b) a ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros nascidos livres.
c) a concentração de poderes na região produtora de café, o Sudeste brasileiro.
d) o controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários e comerciantes.
e) a diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões político-administrativas.
15 - (Unesp/SP - 2004) Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de d. João VI, rei de Portugal, a
quem vós por uma estúpida condescendência com os brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer
descaradamente escravizar-nos (...). Não queremos um imperador criminoso, sem fé nem palavras;
podemos passar sem ele! Viva a Confederação do Equador! Viva a constituição que nos deve reger! Viva o
governo supremo, que há de nascer de nós mesmos! (Proclamação de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederação do
Equador, 1824.)
A proclamação de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida
a) no contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembleia Constituinte e da outorga, por D. Pedro
I, da Carta Constitucional.
b) como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram consultadas sobre a aclamação de D.
Pedro.
c) no âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D. João VI para Portugal.
d) como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime controlado pelas câmaras municipais.
e) como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua maioria por portugueses.
16 - (ENEM/Brasil - Cancelado 2009) A Confederação do Equador contou com a participação de diversos
segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de
independência e a ascensão de D. Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com
que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não apenas o
autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes mais democráticos
defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes
proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento.
Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada
pelo governo imperial. FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1996 (adaptado).
Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador envolveu, a princípio,
a) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado.
b) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização política.
c) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava subjugar o Rio de Janeiro.
d) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da hegemonia do Rio de Janeiro.
e) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a ascensão de D. Pedro I ao
trono.
17 - (ENEM/Brasil - 2012) Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com
grande frieza, seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de
Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março, tiveram início os
conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” apagavam
as fogueiras “portuguesas” e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de garrafas
jogadas das janelas. VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado).
Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise
dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela
a) estímulos ao racismo.
d) repúdio ao republicanismo.
b) apoio ao xenofobismo.
c) críticas ao federalismo.
e) questionamentos ao autoritarismo.
ABERTAS – FOCO ESPECÍFICO
VINDA DA FAMÍLIA REAL E PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
BRASIL-IMPÉRIO – PRIMEIRO REINADO
18 - (Fuvest/SP - 2013) – 2ª Fase/3º Dia - Específica) Representando apenas 19,6% das exportações brasileiras
em 1822 (com a média de 18,4% nos anos 1820), o café passou a liderar as exportações brasileiras na
década dos 1830 (com 28,6%), assumindo assim o lugar tradicionalmente ocupado pelo açúcar desde o
período colonial. Nos meados do século XIX, passava a representar quase a metade do valor das
exportações e, no último decênio do período monárquico, alcançava 61,5%. Já a participação do açúcar no
quadro dos valores das exportações brasileiras passou de 30,1%, na década de 1820, a apenas 9,9%, nos
anos 1880. O algodão alcançava 20,6%, na década de 1820, cifra jamais alcançada depois, em todo o
período monárquico. Com exceção dos anos da guerra civil americana, que se refletiram na elevada
participação do produto no conjunto das exportações dos anos 1870 (18,3%), verifica-se o declínio das
exportações que, nos anos 1880, têm uma participação de apenas 4,2%. O comportamento das exportações
de fumo revela que essas oscilaram em torno de baixas percentagens, durante todo o período monárquico.
Alcançando 2,5% do valor global das exportações na década de 1820, decaiu, nas duas décadas seguintes
(1,9% para os anos 1830 e 1,8% para os anos 1840). Na segunda metade do século, melhorou a posição do
fumo no conjunto das exportações, tendo alcançado, nos anos 1860 e 1870, as maiores percentagens do
período, com 3% e 3,4%. A participação do cacau no conjunto das exportações nacionais cresceu de 0,5%
na década de 1820 para 1,6% na última década da monarquia, a mais alta porcentagem do período.
Sérgio Buarque de Holanda (org.). História geral da civilização brasileira. II. O Brasil Monárquico. 4. Declínio e queda do império.
Rio de Janeiro: Difel, 1985. p. 119-126. Adaptado.
Com base no texto, responda ao que se pede:
a) Elabore um gráfico das exportações brasileiras de café, açúcar e algodão no período monárquico, incluindo os
respectivos dados percentuais (aproximados).
b) Qual foi o principal produto de exportação brasileiro, respectivamente, nas décadas de 1820, 1830 e 1880?
Na década de 1820, o principal produto de exportação brasileiro foi o açúcar. Nas
décadas de 1830 e 1880, o café.
19 - (Unicamp/SP – 2012 – 2ª Fase/ 2º dia)
Passar de Reino a Colônia
É desar [derrota]
É humilhação
que sofrer jamais podia
brasileiro de coração.
A quadrinha acima reflete o temor vivido no Brasil depois do retorno de D. João VI a Portugal em 1821. Apesar de seu
filho Pedro ter ficado como regente, acirrou-se o antagonismo entre "brasileiros" e "portugueses" até que, em
dezembro de 1821, as Cortes de Portugal determinaram o retorno do príncipe. Se ele acatasse, tudo poderia
acontecer. Inclusive, dizia d. Leopoldina, "uma Confederação de Povos no sistema democrático como nos Estados
Livres da América do Norte".
(Adaptado de Eduardo Schnoor, "Senhores do Brasil", Revista de História da Biblioteca
Nacional, no. 48. Rio de Janeiro, set. 2009. p. 36.)
a) Identifique os riscos temidos pelas elites do centro-sul do Brasil com o retorno de D. João VI a Lisboa e a pressão
das Cortes para que D. Pedro I retornasse a Portugal.
As elites do centro-sul temiam a recolonização do Brasil e a perda de vantagens
políticas e econômicas obtidas no período da presença de D. João VI no Brasil.
b) Explique o que foi a Confederação do Equador.
O autoritarismo de D. Pedro I provocou grande revolta nos políticos de
pensamento liberal. Apontavam como exemplo desse autoritarismo: a dissolução da
Assembleia Constituinte, a censura à imprensa, a imposição da Constituição de 1824 e
a instituição do poder Moderador, considerado um instrumento de opressão e tirania.
A resposta mais enérgica dos liberais às atitudes autoritárias de D. Pedro I
explodiu no Nordeste, em julho de 1824, liderada pela província de Pernambuco.
Nessa época, o Nordeste atravessava grave crise econômica provocada pela
queda das exportações de açúcar. Essa crise atingia não só a parcela pobre da
população (pequenos comerciantes, militares de baixa patente, mulatos, negros livres
e escravos), mas também a classe dominante.
Tomados por um sentimento antilusitano, diferentes setores da sociedade
uniram-se, momentaneamente, em torno de ideias contrárias à monarquia e à
centralização do poder. Homens como Cipriano Barata e Frei Joaquim do Amor Divino
Rabelo, o Frei Caneca, diziam que o sistema de governo no Brasil deveria ser
republicano, com descentralização do poder e autonomia para as províncias.
O movimento foi fortemente reprimido por D. Pedro I.
GABARITO
LM1 – FOCO AMPLO
VINDA DA FAMÍLIAR REAL
PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
BRASIL IMPÉRIO - PRIMEIRO REINADO
1 – B (02+16=18)
13 – B
2–C
14 – C
3–C
15 – C
4-A
16 – A
5–A
17 - D
6–E
18 – D
7–C
19 – E
8–B
20 – C
9–A
10 – C
11 – B
12 – C
VINDA DA FAMÍLIA REAL / TRANSFERÊNCIA DO ESTADO PORTUGUÊS
1 – (UFSC – 2009) "A fuga da família real portuguesa para o Brasil abriu o único período na história em que
um império colonial foi governado de fora da Europa. Em 1807, sob forte pressão britânica e com o
imperador francês Napoleão Bonaparte expandindo seu poder pelo continente, Dom João 6¡. [sic], então
príncipe regente de Portugal, decide transferir a sede do reino para o Rio de Janeiro. Apesar de planejada
e debatida por muito tempo, a mudança se deu de modo atabalhoado e às pressas. Nem todos os que
deveriam viajar conseguiram embarcar, e o mesmo aconteceu com parte da bagagem, incluindo os livros da
biblioteca real, abandonados em caixotes. Quando a frota portuguesa partiu, amparada por navios ingleses,
as tropas do general francês Junot se aproximavam de Lisboa."
COLOMBO, Sylvia. Confronto e Calmaria. "Folha de São Paulo", São Paulo, 2 mar. 2008. Especial, p. 2.
Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre a história ibérica, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
(01) O deslocamento da Família Real de Lisboa para o Brasil, em 1808, foi provocado pelas ameaças de invasão militar
dos ingleses e a ingenuidade política do rei D. João VI, que assumiu o poder após a morte de sua mãe, D. Maria, a
Louca.
(02) A instalação da corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, transformou o Brasil no único exemplo da história
ocidental em que um império colonial foi governado de fora da Europa.
(04) Durante o século XIX, pressionado pelos ingleses e com a invasão dos seus territórios pelas tropas francesas, o
rei da Espanha decidiu seguir o exemplo de D. João VI e transferiu a sede do governo para Buenos Aires.
(08) A viagem da corte portuguesa para o Brasil foi planejada desde 1807 e permitiu um transcurso direto, rápido e
tranquilo até o Rio de Janeiro, cidade que dispunha de alojamentos suficientes para hospedar um número superior a
10 mil nobres lusitanos.
(16) A transferência da sede administrativa do reino português para o Rio de Janeiro exigiu a criação de instituições
como o Banco do Brasil, a Imprensa Real e a Academia Militar.
(32) Instalados no Rio de Janeiro, os nobres portugueses conviveram com epidemias de malária e ataques de
pulgas e piolhos. A princesa Carlota Joaquina perdeu a vida ao contrair dengue hemorrágico, frustrando seu projeto de
invasão da Argentina.
a) 7
b) 18
c) 31
d) 48
e) 63
2 - (UEL/PR - 2007) A transferência da Corte de D. João VI para a colônia portuguesa teve apoio do governo britânico,
uma vez que:
a) Portugal negociou o domínio luso na Península Ibérica com a Inglaterra, em troca de proteção estratégica e bélica
na longa viagem marítima ao Brasil.
b) Em meio à crescente Revolução Industrial, os negociantes ingleses precisavam expandir seus mercados rumo às
Américas, já que o europeu era insuficiente.
c) O bloqueio continental imposto por Napoleão fechou o comércio inglês com o continente europeu; a instalação do
governo luso no Brasil propiciou a retomada dos negócios luso-anglicanos.
d) O exército napoleônico invadiu Portugal visando a instituir o regime democrático republicano de paz e comércio, em
franca oposição ao expansionismo da monarquia britânica.
e) Os ingleses pretendiam consolidar novos mercados na América Portuguesa, tendo em vista antigas afinidades
socioculturais com os ibéricos.
3 – (UERJ – 2009) O impacto da vinda da Família Real portuguesa para o Brasil implicou alterações significativas para
a cidade do Rio de Janeiro que se prolongaram durante todo o período conhecido como "joanino". Essas alterações
produziram uma nova dinâmica socioeconômica e redefiniram, em vários aspectos, a inserção da cidade no contexto
internacional. Uma função urbana associada a essa nova inserção está indicada em:
a) crescente pólo turístico em função da chegada da Missão Artística Francesa
b) expressivo núcleo comercial articulado à nascente rede ferroviária brasileira
c) principal porto brasileiro relacionado à importação legal de manufaturas britânicas
d) importante centro religioso decorrente da instalação do Tribunal da Santa Inquisição
4 - (Mackenzie/SP - 2010)
Neste ano, em que comemoramos as relações Brasil-França, verificamos que as interfaces que ligam as duas nações
são marcantes ao longo de toda a nossa história. A presença da família real portuguesa no Brasil, em 1808, motivou,
entre outros eventos, a vinda da Missão Artística Francesa, em 1816, porque
a) o estilo neoclássico trazido pelos artistas franceses traduzia o modelo ideal de civilização, de acordo com os padrões
da classe dominante europeia, sendo essa a imagem que o governo português desejava transmitir, nesse momento,
do Brasil.
b) a arte acadêmica, fruto da Missão Francesa chefiada por Joaquim Lebreton, tinha, como objetivo, alterar o gosto e
a cultura nacional, ainda marcadamente influenciada pela opulência do Barroco e pela tradição indígena.
c) a arte acadêmica, afastando-se dos motivos religiosos e exaltando o poder civil, as datas e os personagens
históricos, agradava mais às classes populares nacionais, ansiosas por imitarem os padrões europeus.
d) somente artistas franceses poderiam retratar, com exatidão e competência, a paisagem e os costumes brasileiros,
modificados com a vinda da família real para a colônia.
e) era necessário criar, na colônia, uma Academia Real de Belas Artes, a fim de cultivar e estimular, nos trópicos, a
admiração pelos padrões intelectuais e estéticos portugueses, reconhecidamente superiores.
5 – (PUC/Campinas – 2002)
Movimento Comercial - 1796-1811
Portugal - Colônias: Importação e Exportação
A queda abrupta do movimento comercial das importações e exportações entre Portugal e suas colônias, em 1808, foi
decorrência
a) dos altos índices de inflação da economia portuguesa, que dificultavam as transações comerciais com as colônias.
b) da ocupação do território português pelos ingleses, provocando a interrupção total das relações comerciais daquele
país.
c) da União das Coroas Ibéricas, quando a Espanha assume diretamente o monopólio do comércio das colônias
portuguesas.
d) da guerra entre ingleses e franceses que impediam a saída dos navios comerciais do continente europeu.
e) dos desdobramentos econômicos, em razão da transferência da Corte portuguesa para o Brasil.
6 – (PUC/PR – 2005) Dentre os atos de D. João, na época também conhecida como Monarquia Joanina no Brasil
(1808-1821), NÃO é correto afirmar:
a) reprimiu severamente a Confederação do Equador.
b) elevou o Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves.
c) invadiu a Guiana Francesa como represália à invasão de Portugal por tropas napoleônicas.
d) criou a Imprensa Régia, para a publicidade dos atos oficiais.
e) invadiu o Uruguai, anexando-o ao Brasil com o nome de Província Cisplatina.
PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
7 – (Mackenzie/SP – 2000) Não foram os brasileiros os agentes iniciais da independência, nem precisavam sêlo. Em 1820, era muito mais Portugal que precisava reconquistar o Brasil que este a necessitar de uma
separação. ("A Nação Mercantilista" - Jorge Caldeira)
O texto se reporta a um importante fato que tem, pelas suas conseqüências, relação direta com nossa Independência
em 1822. Assinale-o nas alternativas a seguir.
a) A invasão de Portugal em 1820 por tropas napoleônicas e a fuga da corte para o Brasil.
b) O declínio da economia brasileira entre 1808 e 1821, daí o interesse português em recuperá-la.
c) A inversão brasileira, resultado do progresso entre 1808 e 1821, tendo em contrapartida a decadência da economia
portuguesa, fatos que provocaram a Revolução do Porto de 1820, com claros objetivos de recolonizar o Brasil.
d) Como D. João VI após a Revolução do Porto recusa-se a voltar para Portugal, desencadeou-se uma revolta da
população brasileira pela Independência.
e) A Revolução do Porto de 1820, essencialmente liberal, não tinha pretensões mercantilistas em relação ao Brasil.
8 – (PUC/MG – 2007) "Em janeiro de 1822, D. Pedro I, ao dizer que ficava, definiu seu destino e do país
que adotara como pátria. E foi, nessa fase, o mais apaixonado dos brasileiros, o mais agressivo dos
jacobinos, o mais furioso antilusitano" (Isabel Lustosa. "D. Pedro I". Cia das Letras, 2006.)
Essas características podem ser relacionadas:
a) à postura liberal dos deputados portugueses das Cortes que fizeram refém a monarquia durante a Revolução de
1821, ao exigirem o retorno do rei D. João VI e a promulgação de uma nova constituição.
b) à ação dos brasileiros, amparados pela negativa de D. Pedro I de retorno a Portugal, de se oporem à decisão das
Cortes portuguesas de reduzir o país às condições anteriores à vinda do Rei D. João VI.
c) à insegurança generalizada de D. Pedro I, quanto aos movimentos liberais associados à Revolução do Porto, em
Portugal, e, conseqüentemente, a uma possível revolução de liderança burguesa no Brasil.
d) à condição revolucionária de D. Pedro I, que afrontava a Corte portuguesa ao convocar o exército nacional e a
iniciar uma guerra pela independência em defesa das massas, da nação do povo brasileiro.
9 – (PUC/MG – 2006) "Pedro, se o Brasil se separar, antes seja para ti, que me hás de respeitar, do que
para algum desses aventureiros." A recomendação feita por D. João VI ao filho D. Pedro, que permaneceria como
Regente do Brasil, logo após a partida de seu pai para Portugal em 1821, está diretamente relacionada com:
a) a vitória do movimento liberal da cidade do Porto, em 1820, que estabeleceu a monarquia constitucional em
Portugal, limitando os poderes absolutistas do Rei.
b) a divergência entre os representantes políticos brasileiros na Maçonaria e D. Pedro, que queria preservar os direitos
da dinastia de Bragança.
c) a revolta das tropas aquarteladas no Rio de Janeiro, contrárias à decisão do Príncipe regente, que pretendia
permanecer no país.
d) a adesão imediata do "Partido Brasileiro" à política defendida pelas "Cortes de Lisboa", favoráveis à manutenção do
Reino Unido a Portugal e Algarves.
10 – (UFRS – 2004) Embora a independência política do Brasil tenha sido declarada somente em 1822, o início do
processo de emancipação pode ser relacionado com uma conjuntura anterior, na qual um acontecimento de
grande impacto desencadeou as mudanças que levaram à separação entre o Brasil e Portugal. Esse fato,
que assinalou o final efetivo da situação colonial, foi
a) a Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, que introduziu no Brasil as idéias iluministas e republicanas, minando a
monarquia portuguesa.
b) a Inconfidência Baiana, ocorrida em 1798, que introduziu no Brasil as idéias jacobinas e revolucionárias, levando ao
fim do domínio lusitano.
c) a transferência da Corte para o Brasil em 1808, que significou a presença do aparato estatal metropolitano na
Colônia, a qual passou a ser a sede da Monarquia portuguesa.
d) a Revolução Pernambucana de 1817, que trouxe para o cenário político brasileiro o ideário maçônico e republicano.
e) a convocação das Cortes de Lisboa em 1820, que exigiram o retorno de Dom João para Portugal e a recolonização
do Brasil.
11 - (UFPB – 2007) A independência política do Brasil não foi um movimento idílico, como mostram alguns livros
didáticos. Na verdade, ela decorre de um processo que se iniciou nos chamados movimentos nativistas e se estendeu
para além do 7 de setembro de 1822. Sobre esse processo, é correto afirmar:
a) A instalação do Governo Português na Colônia, em 1808, é um dos fatores fundamentais para se entender a
independência do Brasil. Entre as medidas adotadas de imediato por D. João, a diminuição de impostos gerou euforia
e apoio ao novo governo, em diversos setores da sociedade.
b) A Revolução do Porto e as medidas que se seguiram a esse acontecimento, em Portugal, evidenciavam interesses
em recolonizar o Brasil. Essa possibilidade fermentou, sobretudo entre os grandes proprietários que viriam a se
articular no Partido Brasileiro, o movimento pela autonomia política.
c) O imperador, D. Pedro I, mesmo enfrentando resistência à proclamação da independência, em algumas regiões do
país, não aceitou que mercenários, ou qualquer pessoa que não fizesse parte do exército regular, participassem da
luta para assegurar a autonomia política.
d) Algumas províncias que tinham maioria portuguesa em suas Juntas Governativas, após a proclamação da
Independência, resistiram à separação entre Brasil e Portugal. Entre essas províncias, destacam-se Rio de Janeiro,
Minas Gerais e Paraíba.
e) O projeto inicial de independência, encabeçado pelas lideranças advindas do clero, da magistratura e da burocracia,
previa o rompimento com toda a estrutura colonial e a possibilidade do país se livrar, ao mesmo tempo, de duas
dominações: a portuguesa e a inglesa.
PRIMEIRO REINADO
12 – (PUC/MG – 2006) O reconhecimento da nossa independência política enfrentou sérias dificuldades nas
negociações entre Brasil e Portugal, as quais só conseguiram ser sanadas com apoio da Inglaterra, que exigiu em
troca:
a) a revogação do decreto de D. João VI que permitira a instalação de fábricas e manufaturas no país desde 1808.
b) a manutenção de tarifas alfandegárias preferenciais para os produtos portugueses nos portos brasileiros.
c) a renovação dos tratados de 1810 e a promessa brasileira de extinguir o tráfico negreiro no prazo de três anos.
d) a abolição imediata da escravidão africana no Império sem a devida indenização à elite rural brasileira.
13 - (Unifesp/SP – 2004) Realizada a emancipação política em 1822, o Estado no Brasil
a) surgiu pronto e acabado, em razão da continuidade dinástica, ao contrário do que ocorreu com os demais países da
América do Sul.
b) sofreu uma prolongada e difícil etapa de consolidação, tal como ocorreu com os demais países da América do Sul.
c) vivenciou, tal como ocorreu com o México, um longo período monárquico e uma curta ocupação estrangeira.
d) desconheceu, ao contrário do que ocorreu com os Estados Unidos, guerras externas e conflitos internos.
e) adquiriu um espírito interior republicano muito semelhante ao argentino, apesar da forma exterior monárquica.
14 – (FGV/SP – 2005) Durante o Primeiro Reinado, o governo brasileiro pediu aos ingleses alguns empréstimos, que
representavam grandes somas - como 1 332 300 libras em 1824 ou 2 352 900 libras no ano seguinte - com uma taxa
de juros muito alta. Essa situação foi gerada principalmente
a) por uma crise no mercado internacional de açúcar e de café, que fez com que as principais mercadorias para
exportação do país fossem cotadas a menos da metade do valor da última década do século XVIII.
b) pelos gastos com os conflitos bélicos, contra o Paraguai e as Províncias Unidas do Prata, pelo controle do estuário
do Prata, área de importância estratégica disputada com a Espanha desde o período colonial.
c) por causa da diminuição das exportações, devido à retração dos mercados internacionais, e dos tratados
econômicos que beneficiavam a entrada de produtos europeus em grande volume.
d) pelo custo da montagem de uma força militar a mando de D. Pedro I, com o objetivo de defender o seu trono em
Portugal, que fora usurpado pelo seu irmão Dom Miguel e por seu pai, D. João VI.
e) pela ajuda dos ingleses para a reconstrução da economia brasileira depois do longo processo de emancipação
política, por meio de investimentos diretos na modernização de vários setores produtivos no país.
15 – (UFLA/MG – 2008) No processo de independência do Brasil, o grupo de Gonçalves Ledo, mais radical, formava o
"Grande Oriente"; já o grupo de Bonifácio Andrada, mais conservador, fazia parte do "Apostolado". Grande Oriente e
Apostolado eram nomes dos grupos que marcaram profundamente a emancipação política do país. Tais grupos eram
ligados
a) à Igreja Católica
b) ao Exército
c) à Maçonaria
d) à Corte Portuguesa
16 - (FGV/SP – 2006) Iniciados os trabalhos da Constituinte [em maio de 1823], José Bonifácio procurou
articular em torno de si os propósitos dos setores conservadores, além de esvaziar radicais e absolutistas.
Na prática, José Bonifácio (...) procurou imprimir um projeto conciliador entre as pretensões
centralizadoras e os anseios das elites rurais. O papel do imperador deveria ser destacado dentro da
organização do novo Estado, já que em torno de sua figura se construiria a unidade territorial do novo
país. (Rubim Santos Leão de Aquino et alli, Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais.)
No momento em que os trabalhos constituintes eram iniciados, a manutenção da unidade territorial do Brasil corria
riscos em virtude
a) da ocupação exercida por forças militares portuguesas na Bahia, no Pará e na província Cisplatina.
b) das pressões inglesas para que as regiões próximas da bacia amazônica fossem separadas do Brasil.
c) da Revolta dos Farrapos, que lutava pela emancipação das províncias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
d) da adesão de Gonçalves Ledo ao Partido Brasileiro, que defendia uma ampla autonomia do nordeste brasileiro.
e) de o anteprojeto constitucional - a Constituição da Mandioca - apontar para uma ordem administrativa igual à dos
EUA.
17 – (UFPE – 2005) A Constituição de 1824, elaborada por "homens probos e amantes da dignidade imperial e da
liberdade dos povos", segundo o Imperador Pedro I, continha uma novidade em relação ao projeto de constituição de
1823: a criação do Poder Moderador. Assinale a alternativa que melhor define este Poder.
a) Com base no Poder Moderador, o Imperador restringiu os poderes dos regentes unos - Padre Diogo Feijó e Araújo
Lima.
b) O Poder Moderador conferia à Câmara de Deputados a prerrogativa de vetar decisões do Imperador.
c) A Constituição de 1824 conferia ao Poder Moderador, que era exercido pelo Senado, nomear e demitir livremente os
ministros de estado, conceder anistia e perdoar dívidas públicas.
d) O Poder Moderador era o quarto poder do Império e era exercido pelo Imperador Pedro I. Com base neste Poder, o
Imperador poderia dissolver a câmara dos deputados, aprovar e suspender resoluções dos conselhos provinciais e
suspender os magistrados, entre outras prerrogativas.
e) O Poder Moderador de invenção maquiavélica, atribuído a Benjamin Constant, foi responsável pelo golpe da
maioridade em 1840.
18 – (UFPEL/RS -2008) –
Art. 91 - Têm voto nestas eleições primárias:
10 - os cidadãos brasileiros que estão no gozo de seus direitos políticos. [...]
Art. 92 - São excluídos de votar nas assembléias paroquiais: [...]
50 - os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos.
[...]
Art. 94 - Podem ser eleitores e votar nas eleições dos Deputados, Senadores e membros dos Conselhos de Província os
que podem votar na Assembléia Paroquial.
Excetuam-se:
10 - os que não tiverem de renda líquida anual duzentos mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou emprego.
[...].
Art. 95 - Todos os que podem ser eleitores são hábeis para serem nomeados Deputados.
Excetuam-se :
10 - os que não tiverem quatrocentos mil réis de renda líquida, na forma dos artigos 92 e 94. [...]
30 - os que não professarem a religião do Estado."
(Constituição Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824.)
De acordo com o texto e seus conhecimentos, é correto afirmar que a constituição
I. era democrática, considerando-se que os cargos para o poder Legislativo eram ocupados através do voto universal e
secreto.
II. adotava o chamado "voto censitário".
III. garantia a liberdade religiosa a todos os residentes no Brasil, inclusive para os candidatos a cargos eletivos.
IV. foi outorgada por D. Pedro I.
Estão corretas apenas:
a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) III e IV.
19 – (FGV/SP – 2009) Observe o quadro.
O quadro apresenta:
a) as transformações institucionais originárias da reforma constitucional de 1834, chamada de Ato Adicional.
b) a mais importante reforma constitucional do Brasil monárquico, com a instituição da eleição direta a partir de 1850.
c) a reorganização do poder político, determinada pela efetivação do Brasil como Reino Unido a Portugal e
Algarves, em 1815.
d) a organização de um parlamentarismo às avessas, em que as principais decisões derivavam do poder legislativo.
e) a organização do Estado brasileiro, segundo as determinações da Constituição outorgada de 1824.
20 - (UFPR – 2006) Com a abdicação do imperador D. Pedro I em 1831, o fracasso do primeiro reinado tomou corpo.
Com relação a isso, considere os fatos a seguir:
I. A imigração européia para o Brasil ocorrida nesse período.
II. A eclosão da guerra na Província Cisplatina (1825-1828) contra as Províncias Argentinas, a qual consumiu recursos
do Estado em formação, e cujo principal resultado foi a criação da República Oriental do Uruguai, em 1828.
III. A indisposição do Imperador nas negociações com os deputados das províncias do Brasil, que levou ao fechamento
da Assembléia Constituinte, em 12 de novembro de 1823, e à imposição de uma carta constitucional em 1824.
IV. A queda do gabinete dos Andradas, que levou o Imperador a se cercar de inúmeros portugueses, egressos de
Portugal ainda ao tempo do governo de D. João VI.
Tiveram influência direta no desfecho do primeiro reinado os fatos apresentados em:
a) I, III e IV somente b) III e IV somente
c) II, III e IV somente d) I, II e III somente
e) I e II somente
ABERTA – FOCO AMPLO
VINDA DA FAMÍLIA REAL E PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
BRASIL-IMPÉRIO – PRIMEIRO REINADO
21 - (UERJ - 2011 / 2ª Fase) O enriquecimento da vida cultural do Rio de Janeiro, e até mesmo do país, após
1808, decorreu, sobretudo, das necessidades da elite dominante. No ambiente acanhado da sociedade
americana, a novidade dos procedimentos característicos do círculo real exerceram extraordinário fascínio,
produzindo um poderoso efeito “civilizador” em relação à cidade. Em contrapartida, a Coroa não deixou de
adotar também medidas de controle mais eficientes. Após a tormenta da Revolução Francesa e ainda
vivendo o turbilhão do período napoleônico, era o medo dos princípios difundidos pelo século das Luzes,
especialmente as “perniciosas” ideias francesas, que ditava essas cautelas.
NEVES, L. M. P. das e MACHADO, H. F. O império do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. (Adaptado)
O texto aborda um duplo movimento provocado pela presença da Corte portuguesa no Brasil: o estímulo às atividades
culturais na colônia e, ao mesmo tempo, o controle conservador sobre essas atividades.
Indique duas ações da Coroa que enriqueceram a vida cultural da cidade do Rio de Janeiro. Explique, ainda, como o
Estado português exercia controle sobre as atividades culturais.
Duas ações da Coroa que enriqueceram a vida cultural do Rio de Janeiro podem se
encontrar entre as seguintes:





Criação da Imprensa Régia (Oficial)
Contratação da Missão Artística Francesa
Fundação do futuro Jardim Botânico
Fundação da futura Biblioteca Nacional (Real Biblioteca)
Publicação de jornais, periódicos e obras de caráter científico com a permissão
da Imprensa Régia.
O Estado português exercia controle sobre as atividades culturais definindo órgãos
do governo para fiscalizar e censurar todos os impressos, inclusive os importados, que
aqui fossem publicados, sob a justificativa de cuidar da moral, da religião e dos bons
costumes. Assim, a chegada da Família Real foi responsável tanto pelo estímulo de
atividades culturais e artísticas quanto, ao mesmo tempo, pelo controle e censura das
mesmas.
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