Matéria da Recuperação

Propaganda
Lista de Exercícios para Recuperação – 4º Bimestre
NOME: _________________________________________________________Nº ____________ SÉRIE__________
DATA:
BIMESTRE: 4º
PROFESSORA: LUCIANA POKORNY MAGALHÃES DE CASTRO
DISCIPLINA: HISTÓRIA
VISTO COORDENAÇÃO: ___________________________
Matéria da Recuperação
Capítulo 39 – A crise do Antigo sistema colonial e a família real no Brasil – apostila 7
Capítulo 41 – Brasil Monárquico – O Primeiro Reinado – apostila 7
1) "O Rio de Janeiro é a capital do Brasil há bastante tempo, muito antes de a família real deixar Lisboa.
Traçarei uma breve descrição dessa cidade a partir do que pude apurar durante a minha estada. [...] O
comércio [...] progrediu muito depois que a cidade tornou-se residência real [...] Os ingleses têm aberto
muitos cafés no Rio de Janeiro, uma novidade, que tenho certeza, será bem acolhida. De fato, desde março
de 1808, toda a cidade vem passando por transformações e recebendo melhorias. Conde Thomas O Neill,
1809. Apud Jean Marcel Carvalho França. "Outras visões do Rio de Janeiro Colonial - Antologia de Textos".
Rio de Janeiro, José Olympio, 2000. pp: 310-320. A descrição do inglês Thomas O Neill destaca algumas das
transformações ocorridas desde a chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro no ano de 1808.
a) Explique por que, a partir da abertura dos portos (1808), ocorreu a preponderância dos ingleses nas
transações comerciais com o Brasil.
b) Cite duas transformações ocorridas na cidade do Rio de Janeiro durante o Período Joanino (18081821).
2) Qual foi o papel da Inglaterra no processo de emancipação política brasileira? Qual era seu
interesse neste fato?
2
3) Por que Portugal enfrentou dificuldades em aceitar a Independência do Brasil?
4) Em 1824 D. Pedro I outorga uma constituição na qual o poder era dividido em quatro frentes; executivo,
legislativo, judiciário e moderador. Explique a importância do poder moderador para a centralização
política.
5) Cite e explique as razões que levaram D. Pedro I à abdicação, em 1831?
6) A abertura dos portos, realizada por D. João (1808), teve amplas repercussões, pois na prática significou:
a) o aumento sensível das exportações sobre as importações, com a restauração da balança de
pagamentos.
b) o estabelecimento de maiores laços comerciais com Lisboa, conforme o plano de Manuel Nunes
Viana, paulista de grande prestígio.
c) manutenção da política econômica mercantilista, segundo defendia José da Silva Lisboa.
d) o rompimento do pacto colonial, iniciando um novo processo que culminou com a Independência.
e) a intensificação do processo da independência econômica do Brasil, em face da liberdade industrial.
7) O ato de D. João VI, proclamando a abertura dos portos do Brasil, na verdade garantia direitos
preferenciais ao comércio inglês, que:
a) na época dependia economicamente de Portugal;
b) estava prejudicado pelo bloqueio imposto por Napoleão Bonaparte;
c) assegurava o desenvolvimento econômico da colônia;
d) pretendia favorecer os franceses, aliados tradicionais da Inglaterra;
e) era carente de produtos industriais e bom fornecedor de matérias primas.
3
8) O reconhecimento da independência brasileira por Portugal foi devido principalmente:
a) à mediação da França e dos Estados Unidos e à atribuição do título de Imperador Perpétuo do Brasil a
D.João VI.
b) à mediação da Espanha e à renovação dos acordos comerciais de 1810 com a Inglaterra.
c) à mediação de Lord Strangford e ao fechamento das Cortes Portuguesas.
d) à mediação da Inglaterra e à transferência para o Brasil de dívida em libras contraída por Portugal no
Reino Unido.
e) à mediação da Santa Aliança e ao pagamento à Inglaterra de indenização pelas invasões
napoleônicas.
9) São fatores que levaram os E.U.A. a reconhecerem a independência do Brasil em 1824:
a) Doutrina Monroe (América para os americanos) e os fortes interesses econômicos emergentes nos
E.U.A. .
b) A aliança dos capitais ingleses e americanos interessados em explorar o mercado brasileiro e a
crescente expansão do mercado da borracha.
c) A indenização de 2 milhões de libras pagos pelo Brasil ao governo americano e a Doutrina Truman.
d) A subordinação econômica à Inglaterra e o interesse de aliar-se ao governo constitucional de D. João
VI.
e) A identificação com a forma de governo adotada no Brasil e interesses coloniais comuns.
10) Assinale a opção cujo conteúdo está ligado à concretização da emancipação política do Brasil, em 1822:
a) Reforço da política de monopólios adotada pelo governo de D. João no Brasil.
b) Apoio do rei aos setores liberais da colônia, como no caso da Revolução Pernambucana.
c) Política recolonizadora do Brasil adotada pelas cortes portuguesas.
d) Desdobramento da Revolução Liberal do Porto na colônia.
e) Reação das elites coloniais à permanência do Príncipe Herdeiro de Portugal na colônia.
4
GABARITO
1)
a) Ao decretar a abertura dos portos brasileiros às "nações amigas" em 1808 D. João VI estava beneficiando,
sobretudo, a Inglaterra, então, em plena Revolução Industrial, e o principal país que mantinha relações
amigáveis com Portugal. A partir dessa data, os produtos manufaturados ingleses começaram a entrar no
Brasil, sendo que a ampliação do controle do mercado colonial seria conseguida, anos mais tarde, com a
assinatura do Tratado de Comércio e Navegação em fevereiro de 1810. Esse Tratado garantia à Inglaterra a
taxação privilegiada de 15% de impostos sobre os seus produtos vendidos no Brasil, enquanto que as
mercadorias portuguesas pagariam 16% e as dos demais países, 24%.
b) Durante a permanência da corte joanina no Brasil (1808-1821) o Rio de Janeiro passou por uma série de
transformações culturais dentre as quais podemos citar:
- A criação do Jardim Botânico;
- A escola de medicina do Rio de Janeiro;
- O Teatro Real;
- A Imprensa Real;
- A Academia Real de Belas Artes,
- A Biblioteca Real.
2) A Inglaterra intermediou o reconhecimento da Independência por parte de Portugal. Seu objetivo com
esta ação foi manter um intenso relacionamento comercial com o novo país.
3) Portugal não queria reconhecer a independência do Brasil pois esta era a colônia que gerava
maior receita à metrópole.
4) O poder moderador era considerada a chave de toda a organização política do império, tinha por função
nomear senadores, convocar assembleias, sancionar decretos, prorrogar, adiar e dissolver a câmara dos
deputados.
5) A partir de 1826 diversos fatores vieram a contribuir para que a popularidade de D. Pedro fosse aos
poucos se deteriorando. Em 1826, ocorreu a questão dinástica portuguesa, com a morte de D. João VI, D.
Pedro assumiu duas Coroas: como D. Pedro I no Brasil e D. Pedro IV em Portugal, outorgando uma
Constituição idêntica à brasileira para Portugal e depois abdicando em favor de sua filha D. Maria da
Glória. Mas Portugal estava muito alicerçado no absolutismo e a Constituição não foi aprovada pelas
Cortes. D. Miguel, irmão de D. Pedro deu um golpe e assumiu o trono português, gerando uma crise e o
envolvimento cada vez maior de D. Pedro com a sucessão portuguesa, o que desagradava a todos no
Brasil.
Num período de consolidação da Independência e da Nação Brasileira, a falta de definição do que era ser
brasileiro, fazia com que isto fosse isto identificado como a oposição ao português. Os interesses de D.
Pedro pelo destino da casa de Bragança e a forma como ele se cercava de amigos ligados a Portugal,
traziam para ele a antipatia que se passou a devotar aos lusitanos e o Imperador passou a ser
considerado o Imperador português.
Em 1826, o Brasil entrou em Guerra com a Argentina, e sua derrota, em 1828, fez com que se viesse a
perder a posse da Província Cisplatina, fato que causou um desgaste muito grande, tanto político, devido
às tendências imperiais brasileiras para com os países da América Latina, como econômico, pelos gastos
envolvidos com a guerra, na compra de navios e contratação de mercenários. Este fato levou a uma
radicalização da oposição política contra o regime e D. Pedro teve seu prestígio abalado como soldado e
como cabeça de um Império glorioso.
A Imperatriz D. Leopoldina tinha uma imagem de mãe do Brasil, e sua morte prematura atribuída aos
maus tratos do marido, num período de gravidez além da relação amorosa com Domitila de Castro que
5
havia sido nomeada Dama do Paço Imperial e recebido o título de Marquesa de Santos, foram fatos que
contribuíram para desgastar mais ainda a imagem de D. Pedro já tão atingida junto ao povo brasileiro.
À crise política vivida pelo Império se juntou a grave crise financeira provocada por uma grande emissão
de títulos do Banco do Brasil. Como saída desesperada da crise se fez circular no Brasil uma moeda de
cobre, que era facilmente falsificada e houve uma grande quantidade de falsificação neste período, o
que levou à desvalorização da moeda que passou a não ser aceita nem pelos próprios comerciantes.
Como resultado o Banco do Brasil, em 1829, foi extinto, considerado como responsável pela falência do
país. Estas dificuldades econômicas e financeiras serviram de motivo para ampliar a oposição ao
Imperador e aos portugueses que detinham o comércio varejista.
Para conter os movimentos de oposição, D. Pedro, no final de 1829 substituiu o Ministério, que era
acusado de absolutistas, por um outro organizado pelo Marquês de Barbacena, que tinha grande
prestígio e conseguiu afastar da Corte dois auxiliares odiados pelos brasileiros: Francisco Gomes da Silva
- o Chalaça e João da Rocha Pinto. O casamento de D. Pedro com a princesa Amélia de Luxemburgo,
afastou Domitila de Castro e sua família da Corte, mas o clima de serenidade teve curta duração. A
eleição levou para a legislatura um número maior de Deputados oposicionistas radicais e simpatizantes
do federalismo e do regime republicano, conhecido como liberais exaltados. Esta mudança ampliou o
conflito entre a Coroa e a Câmara.
6)
7)
8)
9)
10)
D
B
D
A
C
Download