Exame Nacional de 2016 Prova Escrita de Economia A 11.o Ano de Escolaridade Prova 712/2.a Fase/Versões 1 e 2 GRUPO I Itens Versão 1 Versão 2 1. (A) (B) 2. (B) (C) 3. (C) (D) 4. (C) (D) 5. (D) (C) 6. (B) (B) 7. (A) (A) 8. (A) (C) 9. (C) (C) 10. (A) (A) 11. (B) (D) 12. (C) (B) 13. (D) (D) 14. (A) (A) 15. (D) (B) 16. (C) (C) 17. (C) (B) 18. (B) (A) 19. (D) (A) 20. (B) (B) GRUPO II 1. O café e o açúcar são, quanto às suas relações recíprocas, bens complementares. Verificando-se um aumento do preço do açúcar, ir-se-á registar uma diminuição da procura de café em resultado da diminuição da procura de açúcar, dado o aumento do seu preço. A diminuição da procura de café irá traduzir-se na deslocação da curva inicial da procura de café para a esquerda. 2. Para a queda do rendimento disponível dos particulares no período de 2010 a 2014 (– 5,8%), contribuíram principalmente as remunerações do trabalho, que diminuíram 10%, e os impostos diretos, que aumentaram 40,5%. 3. Os bancos desempenham um papel de intermediário no financiamento da atividade económica, pois canalizam, através do crédito que concedem, fundos para os agentes sem capacidade de financiamento, mediante os depósitos que recebem dos agentes com poupança positiva. Nesta sua função de intermediário financeiro, os bancos criam moeda escritural, pois a partir dos depósitos recebidos e depois de reter uma percentagem em reserva (10% no exemplo fornecido), os bancos concedem crédito cujo montante pode superar os depósitos recebidos, aumentando, desta forma, a quantidade de moeda em circulação. Os empréstimos concedidos irão gerar novos depósitos nos bancos que, por sua vez, irão ser canalizados para a concessão de novos créditos, verificando-se assim o processo de criação de moeda por parte dos bancos, que se irá repetir sucessivamente ao longo do tempo. © Texto 4. O gráfico mostra que a utilização de 1, 2, 3 e 4 trabalhadores gera acréscimos da produção (5, 10, 15 e 18 milhares de mochilas, respetivamente), tendo a empresa alcançado a maior produtividade marginal do trabalho quando emprega 4 trabalhadores (maior acréscimo de produção). Ao aumentar o número de trabalhadores acima do 4.o trabalhador, o acréscimo de produção obtido começará a diminuir, podendo atingir acréscimos negativos: com 5 trabalhadores, o acréscimo de produção será de 16 milhares de mochilas; com 6 trabalhadores, o acréscimo de produção gerado pelo 6.o trabalhador diminuirá para 8 milhares de mochilas; com o emprego do 7.o trabalhador, o aumento da produção de mochilas será nulo, tornando-se mesmo negativo com o emprego do 8.o e do 9.o trabalhadores (neste último caso, o acréscimo de produção gerado será de –10). Este fenómeno traduz a chamada lei dos rendimentos decrescentes. Esta lei explica que, mantendo-se um dos fatores de produção constante (neste caso o capital) e fazendo aumentos sucessivos do outro fator de produção (o trabalho), os acréscimos de produção gerados por cada novo trabalhador (produtividade marginal do trabalho) serão crescentes até se alcançar a combinação ótima dos fatores de produção (em que se obtém maior nível de produtividade marginal do trabalho), valor a partir do qual a introdução de novos trabalhadores irá gerar progressivamente menores acréscimos de produção, verificando-se um decréscimo da produtividade marginal do trabalho. GRUPO III 1. Em 2014 o PIB cresceu em termos reais, tendo registado uma taxa de variação de 0,9%, contra um valor negativo em 2013 (–1,1% em termos reais). Para o crescimento do PIB em 2014 contribuíram positivamente três das componentes da despesa interna: a formação bruta de capital, as exportações de bens e serviços e o consumo privado. A formação bruta de capital cresceu 5,5% em termos reais, as exportações de bens e serviços cresceram 3,9% e o consumo privado aumentou 2,2%. O crescimento do PIB foi, todavia, acompanhado pelo aumento das importações (7,2% em termos reais) de forma a satisfazer o aumento do consumo privado e do investimento, o que constituiu um fator de constrangimento para o crescimento do PIB. Em sentido oposto, é de registar a variação negativa do consumo público (–0,5%, taxa de variação real), o que impediu um maior crescimento do PIB. 2. O texto faz referência à contabilização do produto a preços constantes e a preços correntes. A valorização do produto a preços constantes apresenta vantagem relativamente à valorização a preços correntes, pois permite analisar a evolução do produto em termos reais ou estabelecer comparações ao longo do tempo. Esta vantagem resulta do facto de o produto a preços constantes ser calculado com base nos preços dos bens e serviços de um determinado ano (ano-base), permitindo avaliar a quantidade efetivamente produzida ao longo dos anos. Pelo contrário, a valorização do produto a preços correntes reflete a variação dos preços registada em cada ano, podendo, assim, estar num determinado ano sobrevalorizado (quando se verifica uma situação de inflação) ou subvalorizado (numa situação de deflação). Valor das exportações 3. a) Taxa de cobertura = ———————————— × 100 Valor das importações 240 000 120 = ———————————— × 100 Valor das importações Valor das importações = 200 000 milhões de euros b) Saldo da balança de bens = valor das exportações – valor das importações = 240 000 – 200 000 Saldo da balança de bens = 40 000 milhões de euros © Texto 40 000 c) Saldo da balança de bens em % do PIB = ————— × 100 320 000 Saldo da balança de bens em % do PIB = 12,5% FIM © Texto