TÉCNICAS DE DEMOLIÇÃO

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N.16
Junho 2003
TÉCNICAS DE DEMOLIÇÃO
Vital José Gomes Filipe
Paredes Divisórias- Painéis Pré-fabricados de Tijolo Revestido a Gesso
EDIÇÃO:
CONSTRULINK PRESS
Construlink, SA
Tagus Park, - Edifício Eastecníca
2780-920 Porto Salvo, Oeiras
CONSTRULINK PRESS
A monografia apresentada foi
realizada na cadeira de
Tecnologia de Construção de
Edifícios do Mestrado em
Construção
Tel . +351 214 229 970
[email protected]
Coordenador: Pedro Vaz Paulo
Editores:
Nuno Chambel
Marco Caixa
Jorge Sequeira
II
Índice
1.
INTRODUÇÃO
1
2.
MÉTODOS DE DEMOLIÇÃO
3
2.1.
DEMOLIÇÃO POR PROCESSOS SIMPLES
3
2.2.
DEMOLIÇÃO POR ACÇÃO DO PESO PRÓPRIO DA MÁQUINA
4
2.3.
DEMOLIÇÃO POR IMPACTO
5
2.4.
DEMOLIÇÃO POR MEIO DE MÁQUINAS HIDRAÚLICAS
7
2.5.
DEMOLIÇÃO POR MEIO DE MÁQUINAS PNEUMÁTICAS
11
2.6.
DEMOLIÇÃO POR PROCESSOS ABRASIVOS
12
2.7.
DEMOLIÇÃO POR FRACTURA DAS PEÇAS, COM RECURSO À EXPANSIVIDADE DOS FLUÍDOS. 13
2.8.
DEMOLIÇÃO POR FUSÃO DOS ELEMENTOS
18
2.9.
DEMOLIÇÃO POR PROCESSOS TÉRMICOS
19
3.
CAMPOS DE APLICAÇÃO
21
4.
CONCLUSÃO
31
5.
BIBLIOGRAFIA
32
III
Índice de Figuras
Figura1-Pá carregadora - Demolição por acção do peso próprio ........................................... 4
Figura 2_ Bola de aço ariete – demolição por impacto ............................................................... 6
Figura 3 Fendilhador de barras – Demolição máquinas hidraúlicas ligeiras............................ 8
Figuras 4,5,6- Hidraúlicos de Maxilas - Pulverizador, Tesoura ....................................................... 9
Figuras 7 e 8 Martelo Hidraúlico..........................................................................................................11
Figura 9 Máquinas Pneumáticas - Martelos Perfuradores Pesados ...........................................12
Figura 10-Demolição por corrente induzida – Processo térmico ...............................................19
Índice de Quadros
Quadro 1-Campos de aplicação dos processos de demolição simples .............................21
Quadro 2-Campos de aplicação dos processos de demolição por acção do peso
próprio da máquina e impacto .....................................................................................................22
Quadro 3-Campos de aplicação dos processos de demolição por meio de máquinas
hidráulicas ..................................................................................................................................................23
Quadro 4-Campos de aplicação dos processos de demolição por meio de máquinas
pneumáticas .............................................................................................................................................24
Quadro 5-Campos de aplicação dos processos de demolição por meio de máquinas
hidraúlicas e abrasivos ...........................................................................................................................25
Quadro 6-Campos de aplicação dos processos de demolição por meios abrasivos .......26
Quadro 7-Campos de aplicação dos processos de demolição através de
expansividade de fluidos.......................................................................................................................27
Quadro 8-Campos de aplicação dos processos de demolição através de
expansividade de fluidos e térmicos..................................................................................................28
Quadro 9-Campos de aplicação dos processos de demolição por meio de fusão dos
elementos...................................................................................................................................................29
Quadro 10-Campos de aplicação dos processos de demolição térmicos...........................30
IV
Tecnologia da Construção– Técnicas de Demolição
CONSTRULINK PRESS
1. Introdução
No âmbito da disciplina de Tecnologia da Construção de Edifícios, foi proposto
a apresentação de um tema para demonstrar algumas técnicas construtivas
para a execução de um edifício.
Ao longo dos séculos e no que respeita à indústria da construção, os tipos de
materiais empregues, bem como os processos construtivos utilizados, foram-se
modificando gradualmente, em face do objectivo que se pretendia alcançar,
das contingências económicas do momento e também das disponibilidades
tecnológicas existentes no mercado.
Em meados deste século não existiam ainda processos de demolição
específicos,
visto
que
as
necessidades
e
exigências
de
então
eram
consideradas nulas ou de somenos importância, recorrendo-se para o efeito e
muito raramente, aos métodos simples existentes.
A necessidade de se encontrarem novos métodos de demolição mais rápidos e
eficientes,
começou
a
delinear-se
entretanto,
como
complemento
indispensável à industria da construção. Esses métodos, tiveram na sua origem
três necessidades que podemos considerar básicas:
•
a substituição parcial de peças componentes das estruturas dos edifícios,
tais como lajes, vigas e pilares, para um novo arranjo dos volumes;
•
o desmantelamento puro e simples de um conjunto determinado de
peças estruturais, para a criação de espaços livres, de maiores
dimensões, ou diferente disposição;
•
a necessidade da demolição completa dos edifícios, com a finalidade
de criar um maior desafogo no tecido urbano, ou ainda para permitir a
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realização de novas obras com características mais actualizadas, ou
com outra função especifica de carácter mais permanente.
A arte de demolir, conforme se vai avançando no tempo, vai adquirindo um
peso cada vez maior, por força de várias circunstâncias, dando origem a um
tipo especifico de serviços altamente especializados, que hoje em dia e como
foi já referido, dá pelo nome de Indústria da Demolição.
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2. Métodos de demolição
Os processos de demolição referidos seguidamente, podem classificar-se
atendendo aos princípios que os regem e ao tipo de máquinas que são
utilizadas para o efeito.
2.1. DEMOLIÇÃO POR PROCESSOS SIMPLES
•
Alavanca manual;
•
Martelo e cinzel;
•
Marreta.
Como processos mais rudimentares cuja simplicidade se conhece, mencionamse a alavanca manual, o martelo e cinzel, e a marreta, que, como se sabe, são
utilizados desde tempos remotos, exigindo certo esforço muscular, por parte do
trabalhador. A primeira funciona por meio da aplicação de força na
extremidade de uma barra de aço, que, apoiada entre os pontos de aplicação
das forças, consegue erguer e deslocar cargas com um peso superior ao
esforço despendido.
Hoje em dia, a sua utilização só se justifica quando se trata de pequenas
demolições, visto que, se trata de um trabalho muito moroso e consequente
baixo rendimento obtido, assim como também devido à impossibilidade na
obtenção de mão de obra em quantidade.
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2.2. DEMOLIÇÃO POR ACÇÃO DO PESO PRÓPRIO DA MÁQUINA
•
Pá carregadora;
•
Escarificadora de dentes de elefante.
A pá-carregadora (Fig.1) e a escarificadora do tipo dentes de elefante são
utilizadas, fazendo uso do seu peso próprio e da sua potência motriz, com o fim
de provocar a desestabilização das construções de alvenaria de tijolo ou de
pedra e assim obter o seu desmoronamento.
Figura1-Pá carregadora - Demolição por acção do peso próprio
Este tipo de trabalho é limitado pela altura e alcance da máquina, devendo
previamente realizar-se o derrube da parte do edifício que não esteja dentro
desse raio de acção.
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Com o fim de não ocorrerem riscos, é indispensável que as condições do
terreno permitam ao manobrador actuar com a máquina sempre em perfeita
estabilidade durante a evolução dos trabalhos, para o que contribuirá também
o meio de locomoção utilizado por esta, ou seja, os rastos.
•
- Desvantagens do método:
ƒ
Execução dos trabalhos a uma acentuada distância de segurança;
ƒ
Impossibilidade de controlar com exactidão a direcção da queda
dos materiais provenientes dos desmontes.
2.3. DEMOLIÇÃO POR IMPACTO
•
Bola de aço ariete (Fig.2).
Este sistema é o mais antigo em termos de utilização de maquinaria pesada e é
composto por uma bola de aço que actua pendurada por uma corrente, com
movimentos pendulares ou em queda livre e cujo peso varia entre os 500 e os
5.000 Kg. Não pode ser utilizado em desmontes parciais, em face da imprecisão
do seu controlo, sendo pois aplicado apenas no desmantelamento total das
construções.
Como é obvio, a capacidade e o tamanho da máquina são proporcionais ao
peso da massa suspensa, podendo a sua altura atingir, por vezes, os 30 metros.
O ariete, como é também chamado, pode ser movimentado segundo três
direcções distintas, como sejam:
•
Sentido vertical, em queda, de cima para baixo;
•
Sentido horizontal, segundo a direcção do braço da máquina;
•
Sentido rotacional, em torno do seu ponto de suspensão.
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Figura 2_ Bola de aço ariete – demolição por impacto
A máquina só pode funcionar a partir da zona exterior aos edifícios e necessita
de um raio de acção de cerca de 6 metros livres.
•
Desvantagens do método:
1. Alta produção de ruído;
2. Alta produção de poeiras;
3. Alta
e
continuada
produção
de
vibrações
incómodas e perturbadoras ao meio ambiente
circundante, durante todo o espaço de tempo em
que se verificam os trabalhos, tempo esse demasiado
longo, em face do baixo rendimento do método;
4. Processo de desmonte não controlado;
5. Produção
de
fragmentação
dos
materiais
de
tamanhos médios a grandes, necessitando, por isso,
de trabalhos complementares posteriores;
6. Somente utilizável em trabalhos de grande extensão,
pois toma-se oneroso o transporte da maquinaria
pesada.
6
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2.4. DEMOLIÇÃO POR MEIO DE MÁQUINAS HIDRAÚLICAS
•
Máquinas hidráulicas ligeiras:
1. Fendilhador de barras;
•
Máquinas hidráulicas pesadas:
1. Macaco hidráulico;
2. Martelo hidráulico;
3. Hidráulicos de maxilas;
1. Pulverizador de maxilas;
2. Tesoura de maxilas;
Fazendo uso da incompressibilidade, que é uma propriedade característica dos
fluidos, foram introduzidos no mercado, a partir dos anos 50, instrumentos de
variado tipo, que executam inúmeras funções de corte, esmagamento e
desmantelamento.
Estão neste caso as máquinas hidráulicas, sendo umas ligeiras, outras pesadas,
estas últimas conjugadas com máquinas locomotoras de lagartas ou de
rodados de grande e indispensável estabilidade, portantes das lanças com que
actuam.
No primeiro caso, encontra-se o fendilhador de barras (Fig.3), que é composto
por um cilindro com um determinado número de pistões radiais. Para a
utilização deste sistema hidráulico é necessário o trabalho prévio de perfuração
das peças que se pretendem destruir, segundo planos de fractura estudados
antecipadamente.
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