história

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HISTÓRIA
PRÉ-VESTIBULAR
LIVRO DO PROFESSOR
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© 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do
detentor dos direitos autorais.
I229
IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. —
Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]
696 p.
ISBN: 978-85-387-0574-1
1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título.
CDD 370.71
Disciplinas
Autores
Língua Portuguesa
Literatura
Matemática
Física
Química
Biologia
História
Geografia
Francis Madeira da S. Sales
Márcio F. Santiago Calixto
Rita de Fátima Bezerra
Fábio D’Ávila
Danton Pedro dos Santos
Feres Fares
Haroldo Costa Silva Filho
Jayme Andrade Neto
Renato Caldas Madeira
Rodrigo Piracicaba Costa
Cleber Ribeiro
Marco Antonio Noronha
Vitor M. Saquette
Edson Costa P. da Cruz
Fernanda Barbosa
Fernando Pimentel
Hélio Apostolo
Rogério Fernandes
Jefferson dos Santos da Silva
Marcelo Piccinini
Rafael F. de Menezes
Rogério de Sousa Gonçalves
Vanessa Silva
Duarte A. R. Vieira
Enilson F. Venâncio
Felipe Silveira de Souza
Fernando Mousquer
Produção
Projeto e
Desenvolvimento Pedagógico
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Imperialismo
“Passaram-se os dias das pequenas nações;
chegou o dia dos Impérios.”
(BARRACLOUGH. Introdución a la Historia contemporánea.
EM_V_HIS_015
Gredos : Madri, 1965, p.74.)
Na primeira metade do século XIX, a relação
entre a Europa industrializada e o restante do mundo
centralizava-se no intercâmbio comercial. No início
do século XX, porém, esta se apropriava das vastas
extensões territoriais do planeta, impondo-lhes seu
domínio político, bem como subordinava as economias dos países não-industrializados. Seguiam-na,
bem de perto, os Estados Unidos e o Japão.
Dentre as mudanças significativas do período,
ressaltam-se: o surgimento das grandes empresas,
a tendência à monopolização; uma nova política econômica de caráter protecionista, um impulso colonial
de novo tipo que promove a partilha de quase todo
o planeta, o recuo da democracia liberal e o aprofundamento das rivalidades internacionais.
O Imperialismo foi um sistema que tinha como
objetivo conquistar áreas de influência, (fornecedoras
de matérias-primas para as indústrias dos países colonizadores) e mercados consumidores (dos produtos
industrializados dos mesmos).
A França e a Inglaterra foram os primeiros países colonizadores, enquanto que a Itália e a Alemanha, devido a unificação tardia, ficaram prejudicadas
no processo de conquistas destas áreas. Vale lembrar
que esse foi um dos motivos que levaram à Primeira
Guerra Mundial.
As principais causas estavam atreladas às
transformações do mundo capitalista. Segundo os
historiadores, este período é denominado de a Segunda Revolução Industrial, cujo carro-chefe era os
EUA, tendo como principal produto o petróleo, e não
mais o carvão.
Devido às grandes transformações e ao crescimento da produção, levando a um baixo preço das
mercadorias, elevou-se a conversão do ferro em aço,
facilitando a vida de algumas empresas como, por
exemplo, ferrovias e máquinas.
Com o crescimento do sistema capitalista ocorreu a tendência de concentração de empresas. Um
exemplo próximo, no do Brasil, é o caso da Ambev.
A fusão da Antártica e da Brahma rendeu muita
especulação em 1999. Isto ocorre quando duas ou
mais empresas se unem para tentar ter o domínio do
mercado de um determinado tipo de produto.
No período de 1870–73, época de crise econômica, aumentava o processo de concentração de empresas, pois operava-se uma espécie de seleção dos
mais fortes, em que as mais fracas desapareceriam
ou seriam absorvidas pelas maiores, numa espécie
de Darvinismo Social. A integração assumia duas
formas. A integração vertical se caracterizava por um
grupo de empresas que tendia a dominar todas as
fases de um processo produtivo, desde a produção de
matérias-primas até a sua fabricação final ou comercialização. A outra forma era a integração horizontal,
que se caracterizava pelo domínio de um determinado setor da produção de uma mercadoria.
Ressalto que o monopólio não existiu como
forma de domínio de um setor do mercado por uma
empresa. Após, nasceu o oligopólio, que se caracterizava quando concorrentes deixavam de competir
e entravam em acordo para estabelecer preços altos
para seus produtos. Várias formas monopolistas
surgiram nessa época:
1. Truste: forma americana típica, era um tipo
ainda mais rigoroso de combinação em que
as políticas a seguir ficavam totalmente unificadas por um grupo, depositário das ações
das empresas filiadas. Por seu caráter mais
evidente de integração monopolista, foram
muito combatidos por meio de leis, em vários
países.
2. Holding: aparentemente um escritório de
administração e coordenação técnica, porém,
na verdade, controlava as empresas que o
constituíam, coordenando suas ações. Surgia,
em geral, para substituir os trustes obrigados
a se dissolver por decisão judicial.
3. Cartel: o estabelecimento de quotas de produção e venda, bem como a divisão do mercado, eram realizados por uma comissão central
que podia exercer medidas coercitivas sobre
os contratantes, que mantinham, entretanto,
sua autonomia jurídica. As empresas uniam-
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1
4. Ententes: eram meros acordos, pelos quais
se estabeleciam preços mínimos. Eram combinações frágeis por não existir coerção possível sobre as partes interessadas, podendo
ser rompidos a qualquer momento.
Quaisquer que fossem as formas, no entanto, o
resultado era uma mudança no funcionamento do sistema econômico. Naqueles setores monopolizados, a
livre concorrência foi sendo substituída pelo domínio
monopolista dos preços e do mercado. Dominado um
setor do mercado, era possível majorar os preços
através da limitação da oferta.
Novas fontes de energia
Energia elétrica
Aplicações
Maquinaria industrial
Iluminação (residências e
indústrias)
Transportes
Hidrelétricas, muito utilizaEnergia hidráulica (associa- das nos países com poucos
da à energia elétrica)
recursos em carvão, como
a Itália
Petróleo
Novo combustível para
motores
Indústrias de exportação e
refino do combustível nos
Estados Unidos, Rússia e
Oriente Médio
Indústria química
Obtenção de matérias-primas sintéticas, a partir do
carvão, do nitrogênio e fosfatos.
Produção de explosivos e fertilizantes, obtida pela combinação de nitratos de origem natural com nitrogênio e
fosfatos sintéticos.
Desenvolvimento da indústria farmacêutica, de cosméticos,
perfumaria, inseticidas e material fotográfico.
Obtenção do plástico, a partir da resina de ácido carbônico.
2
Criação de tecidos sintéticos, como a seda artificial.
A expansão imperialista
Possuía características colonialistas, realizando
um duro processo de conquista e submissão política
e econômica de diversas nações e povos.
Vale lembrar que a primeira crise capitalista
se deu na década de 1870, e não em 1929. Em 1870,
houve uma grande estagnação acompanhada de desemprego. Ao mesmo tempo, emergiam novos países
como potências industriais de primeira ordem: Estados Unidos e Alemanha, seguidos mais tarde pelo
Japão, o que tornava a concorrência mais acirrada
no mercado internacional. O setor agrícola também
foi atingido, devido ao afluxo de produtos.
A solução encontrada para a crise foi a abertura
de novos mercados consumidores, fato este que
ocorreu graças à política imperialista de dominação
de regiões africanas e asiáticas.
As nações europeias diziam ser responsáveis
pela “missão civilizadora”, cujo objetivo era implantar, nas nações menos desenvolvidas, a sua cultura.
A maioria desses casos contou com a violência utilizada pelas potências europeias para implantar os
seus sistemas “civilizados” às populações africanas
e asiáticas consideradas não-civilizadas.
Com o advento da Segunda Revolução Industrial, podemos observar a busca por mercados
consumidores dos produtos manufaturados e fornecedores de matérias-primas, além de uma busca
quase frenética por regiões para se investir capitais
excedentes e mão-de-obra barata disponível para as
grandes empresas.
O conjunto desses problemas suscitados pela
depressão resultou na formação de uma política de
expansão e de anexação de mercados externos.
A partilha da África
Até meados do século XIX, o continente africano
era conhecido, principalmente, por fornecer escravos,
pimentas, marfim e outros produtos. Porém, a partir
da segunda metade do século XIX, a África ficou
conhecida como o continente fornecedor de matéria-prima e consumidor de produtos industrializados.
A partilha da África foi marcada pela chamada
Conferência de Berlim, durante os anos de 1885 –
1887. Esta conferência definia algumas normas para
a ocupação dos territórios, além de outras de caráter
secundário. Foi convocado o chanceler alemão Otto
Von Bismarck, cujo objetivo era favorecer a Alemanha, pois esta tinha sido prejudicada pela unificação
tardia de seu território.
O caso da África do Sul merece destaque, pois
este país estava no meio da disputa entre ingleses e
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EM_V_HIS_015
se para promover a manutenção do controle
do final ou de uma das fases da produção.
Estas empresas colocavam preços determinadamente iguais, restringindo a chance de
concorrência, o que levava o consumidor a
ficar sem escolha.
holandeses. O conflito teve origem na não permissão,
por parte do governo holandês, de deixar explorar
as minas da região controlada por eles. Esta política
anti-inglesa levou ao conflito denominado Guerra
dos Böers (1899-1902).
A vitória desse conflito foi da Inglaterra, que
formou a União sul-africana, unindo também as
regiões de Orange, Cabo, Natal e Transvaal (1910).
Nessa mesma região Sul-africana, anos depois, seria
implantado o Apartheid, regime de segregação racial
que excluía a maioria negra da minoria dominadora
branca.
No Egito, houve a criação do canal de Suez
(1869) com o grande auxílio do capital estrangeiro
(francês), tendo muita importância para o comércio
naval daquela região. Impossibilitado de poder pagar
as dívidas, Ismail (vice-rei) do Egito vendeu a maioria
de suas ações para a Inglaterra, que passou a ter, a
partir daí, o controle sobre o canal de Suez. Vários
Ma
movimentos nacionalistas surgiram no Egito contrar a
dominação estrangeira. O principal deles foi a revolta
de Arabi Paxá. Este movimento não obteve sucesso,
sendo esmagado pela Inglaterra, que transformou o
Egito num protetorado seu (1882).
A França conquistou o Marrocos depois de
grandes conflitos. O que mais se destacou foi a atu-
ação da lendária “Legião estrangeira”. O conflito
foi muito árduo devido à resistência da população
marroquina e da ação alemã nesse território. A solução desse impasse entre Alemanha e França veio
na chamada Conferência de Algericiras (1906), que
determinou o domínio francês na região marroquina
e o isolamento alemão. Porém, dois anos mais tarde,
a França assinou o acordo de Haia (1908), criando
uma aliança econômica com a Alemanha na região
de Marrocos.
O grande momento da crise entre a Alemanha
e a França, pelo domínio da região do Marrocos, foi
o conflito de Agadir. Essa disputa foi definida pela
Conferência de Fez, em que o Marrocos, finalmente,
passava para o controle da França sob o regime de
protetorado, e a Alemanha isolava-se daquela região.
Entretanto, ali estava sendo gerado um dos motivos
para a explosão da Primeira Guerra Mundial.
As consequências da colonização foram muito
Medite rrâ neo
claras, ocorrendo, principalmente, a destruição das
estruturas tradicionais e a imposição de estruturas
europeias, promovendo uma verdadeira dependência
política, social e econômica dos colonizados para com
os seus respectivos colonizadores.
TUNÍSIA
MORROCOS
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Territórios sob controle de países europeus antes de 1914
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Domínios
Colonias na África.
Territórios sob controle de países europeus antes de 1914
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Esse materialFrança
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Portugal
Espanha
Inglaterra
3
A partilha da Ásia
IMPÉRIO RUSSO
O caso chinês
IESDE Brasil S.A.
O processo de divisão da Ásia assemelha-se
muito ao da África, com uma “pequena” diferença: a
população asiática era maior que a africana. Por isso,
a Ásia passou a ser vista como um grande mercado
consumidor de produtos industrializados.
criado, também, o Partido do Congresso Nacional
Indiano (1885) – grande contribuidor no processo de
Independência da Índia, alguns anos mais tarde. Os
ingleses conseguiram um grande controle econômico
sobre a Índia.
O
maior mercado consumidor da Ásia (cerca de
JAPÃO
400
milhões
de habitantes no século XIX) visava às
CORÉIA
IMPÉRIO RUSSO AFEGANISTÃO
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grandes
potências
europeias e os EUA na disputa
OCEANO
IMPÉRIO RUSSO
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China, a Dinastia Tsing dominava com podeKiau-Tchéu (Al.)
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absolutos.
A sua economia era de base agrícola.
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século
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estrangeiros, principalmente ingleses, no mercado
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OCEANO ATLÂNTICO
O principal produto comercializado entre a InMahé
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e a China era o ópio. Protestos por parte do
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chinês, seguidos de embargos comerciais
OCEANO ATLÂNTICO S
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ATLÂNTICO
aos ingleses, levaram os mesmos a promoverem uma
Java
A partilha
Ásia
Reinoda
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Estados Unidos
guerra, a Guerra do Ópio (1840-1842).
FrançaUnido
Portugal
Reino
Mesmo proibido desde o ano de 1729, o comérRússia
Alemanha
França
Estados
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ópio intensificou-se no início do século XIX,
Holanda
Rússia
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Japão
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devido à ação de mercadores ingleses que, com a
Alemanha
Portugal
conivência do governo britânico, contrabandeavam
Holanda
Alemanha
a droga, levando-a de Bengala, na Índia, onde era
Japão
Holanda
cultivada, até o território chinês.
Japão indiano
O caso
No ano de 1839, as autoridades chinesas confisA sociedade indiana era dividida em castas caram e mandaram destruir mais de 20 mil caixas de
hereditárias, e o povo vivia sob regimes rigorosos.
ópio. Foi o bastante para a Inglaterra se lançar contra
A base da economia era a agricultura. O Estado a China. Durante três anos, os ingleses exibiram sua
indiano estava dividido em três principais religiões: superioridade bélica, destruindo a resistência chineo Hinduísmo, o Budismo e o Islamismo. A ação dos sa. O conflito foi desastroso para a China que teve que
países imperialistas somente teve início com a cria- ceder aos domínios comerciais ingleses e à criação de
ção da Companhia das Índias Orientais, que dominou tratados desiguais, como o de Nanquim (1842), que
estabelecia a propriedade inglesa sobre Hong Kong,
o comércio indiano.
Durante o século XIX, houve a ampliação do cidade que ficou em poder da Inglaterra até o ano de
controle inglês no território indiano, cujo objetivo 1997, foi devolvida somente após a Inglaterra firmar
mais importante era, além de abastecer o país um novo tratado de Nanquim, no ano de 1984.
Os anos de 1856 e 1858 marcaram a segunda
(colônia) com produtos industrializados, conseguir
matérias-primas para as suas indústrias. A situação e a terceira guerras do Ópio. Nesse momento, foi
socioeconômica em que vivia a Índia era totalmente criado o Tratado de Pequim (1860), abrindo um
favorável para os ingleses, que criaram, através de número grande de portos para os produtos estranimpostos, a mão-de-obra barata necessária para geiros provenientes do Ocidente. No mesmo ano,
suas várias indústrias dentro da própria Índia. Logi- aproveitando-se da fraqueza do governo chinês, os
camente, o povo indiano não ficou impassível diante russos também impuseram um tratado sobre a China,
era o Tratado de Aigum (1860), garantindo para a
dessa situação.
Entre os anos de 1857 a 1859, deu-se a chamada Rússia uma saída para o Pacífico, por meio da criação
Revolta dos Sipaios, feita pelas próprias tropas nati- do porto de Vladivostok.
Em consequência da dominação estrangeira,
vas, com caráter anti-inglês, porém não nacionalista.
Este movimento foi facilmente reprimido pelas forças surgiu, dentro da própria China, um caráter xenófobo,
do governo inglês e, além disso, permitiu a participa- ou seja, aversão a estrangeiros (Ocidental). Durante
ção dos indianos na administração da colônia, sendo os anos de 1851 – 1864, promoveu-se a chamada
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EM_V_HIS_015
S
revolução Taiping que, além de reivindicar a volta
do poder ao governo chinês, a não-repartição do território entre as nações ocidentais, também possuía
um caráter coletivista, reivindicando uma melhor
distribuição de terras e uma sociedade igualitária.
Os Taiping foram duramente esmagados pelas forças
ocidentais aliadas ao governo Tsing. A vitória nas
guerras do ópio foi dos ingleses, auxiliados por outros
governos ocidentais, incluindo os EUA.
Porém, o grande acontecimento ainda estava
por vir: o confronto entre China e Japão. A guerra,
nas duas últimas décadas do século XIX, levou ao
chamado Break up chinês, que partilhou a China em
áreas de influência das potências ocidentais. Neste
momento, um novo tratado e um novo conflito surgiriam. O Tratado era o de Shimonoseki, que afirmava
a aceitação, por parte da China, da Independência
da Coreia, enquanto o Japão passava a ter o domínio
sobre a ilha de Formosa. O conflito gerado devido ao
caráter nacionalista, por parte dos chineses, contra a
opressão dos ocidentais, deu início à chamada Guerra
dos Boxers (1900 – 1901), nome que representa a sociedade secreta denominada “Punhos Fechados”.
Tanto a Guerra dos Boxers como a do ópio tiveram como forças vitoriosas os ocidentais, deixando
a China com os prejuízos. Mais tarde, esta organizou
a Liga Revolucionária da China sob o comando de
Sun-Yat-sen, que ficou conhecida como Kuomintang
(comitê nacionalista), e disputou com os comunistas o poder sob o território, após a Segunda Guerra
Mundial. No ano de 1911, foi proclamada a República
chinesa que teve como seu primeiro presidente o
próprio Sun-Yat-sen.
a igualdade de todos perante a lei. Desenvolveu a
instrução pública, reestruturou o exército, instituiu
o iene como moeda básica do sistema monetário
japonês, desenvolveu as comunicações, as estradas
de ferro, a imprensa, o serviço postal, entre outras
medidas.
O Estado passou a estimular o desenvolvimento
industrial, intervindo diretamente na economia e
promovendo investimentos em empresas que depois
eram transferidas para a iniciativa privada. A partir
da ação estatal, a industrialização do país tomou impulso, levando à formação de grandes conglomerados
econômicos, conhecidos como zaibatsus.
Sem aguentar as diversas invasões de dominação política e econômica, o Japão tratou de agir para
o seu benefício, promovendo a chamada Revolução
Meiji, que modernizou o país e abriu as portas do
seu comércio para o Ocidente. O regime feudal foi
abolido e o Japão começou a caminhar para se tornar
a segunda maior potência capitalista do mundo.
A guerra russo-japonesa (1904 – 05) foi decorrente do interesse estratégico e, principalmente
econômico, do Japão e da Rússia na região da Manchúria, pertencente à China. A guerra teve como derrotado o exército russo, que prejudicou a economia
dentro da Rússia, levando o país mais tarde a um
processo revolucionário. Os EUA foram os grandes
mediadores nesta guerra, e conseguiram promover
um tratado, o de Portsmouth, no qual o sul das ilhas
Sacalina passavam a ser de domínio japonês, entre
outras concessões.
Veja, agora, um quadro resumido sobre a expansão imperialista sobre o mundo.
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O Japão
O Japão era um país totalmente fechado para
o mundo exterior, principalmente, com os países
ocidentais. Era marcado pelo regime feudal (foi o
país que ficou mais tempo sob este regime), em que
o Imperador (Micado) era quem dava as ordens.
Porém, o Imperador era uma figura decorativa, pois
quem governava mesmo eram os chamados daimos
(aristocracia senhorial) que cuidavam dos feudos e
determinavam os serviços a serem prestados pelos
camponeses. Quem protegia os daimos eram os chamados samurais (guerreiros). Os Tokugawa (família)
dominavam o regime Xogunato desde o século XVII,
exercendo total poder sobre o Japão. A abertura econômica japonesa deu-se através dos EUA. Com isto,
ocorreu o Tratado de Kanagawa, no qual os portos
de Shimoda e Hakodate eram forçados a aceitar o
comércio norte-americano.
Para modernizar o Japão, o Imperador Mutsuhito (1868 – 1889) aboliu a servidão e proclamou
Existiram vários tipos de colônias implantados
ao longo da política neocolonialista do século XIX.
Tínhamos, primeiramente, a colônia propriamente
dita que ocupava todo o território e implantava um
sistema político, administrativo e militar, gerido
diretamente por metropolitanos. Outro tipo de colônia é a de enraizamento que foi caracterizada como
povoamento europeu em larga escala e expropriação
das terras nativas. Há, também, as colônias de enquadramento, que foram caracterizadas tendo como
minoria europeus ocupando cargos administrativos,
que extraíam benefícios do trabalho ou da produção
indígena, sem expropriar os habitantes locais de
suas terras. Os protetorados eram caracterizados
por manterem a estrutura política e social local,
mas o país colonizador estava na presença de altos
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5
brancas, e que umas caveiras com tíbias cruzadas
substituam as estrelas.[...]”
funcionários, cuja autoridade se sobrepunha a das
autoridades locais.
(GALEANO, Eduardo. As Caras e as Máscaras. Rio de Janeiro Nova
Fronteira, 1985, p. 341.)
Filme sugerido:
Lanceiros da Índia
Duelo de Paixões
Há exatos cem anos, os Estados Unidos da América
estavam inseridos em um processo de dominação
territorial e econômica que afetou, igualmente, as
grandes potências europeias e o Japão.
a) Nomeie esse processo e cite uma de suas principais características econômicas.
1. (UERJ) Se tivéssemos de definir o Imperialismo da
forma mais breve possível, diríamos que ele é a fase
monopolista do Capitalismo.
b) Explique as razões de Mark Twain para sua proposta.
``
(LENIN, V. I. O Imperialismo: fase superior do capitalismo.
a) Imperialismo.
São Paulo: Global, 1987.)
b) Mark Twain discordava dos critérios violentos com
que se processavam as conquistas imperialistas em
particular aos norte-americanos.
Melhor seria ver o Imperialismo como uma extensão à
periferia da luta política na Europa. No centro, o equilíbrio
estava ajustado tão perfeitamente que não era possível
nenhuma ação positiva, nenhuma mudança importante
no status ou no território de qualquer dos lados. As
colônias tornaram-se um modo de sair do impasse.
(FIELDHOUSE. apud Cohen, B. J. A questão do imperialismo.
Rio de Janeiro: Zahar, 1976.)
Indique, tomando como ponto de referência os textos,
dois fatores que estimularam a expansão imperialista
entre 1870 e 1914.
``
3. O desmatamento na Ásia avança muito rapidamente,
destruindo o meio ambiente. São várias as causas:
aumento da área de cultivo, a necessidade de
cunha, a exploração da madeira para exportação.
Mas, nenhum deles tão rápido e destrutivo como o
“agente laranja”.
Resposta :
Explique o que é, porque foi usado na Ásia e qual o
efeito do agente laranja.
Dentre os motivos:
•• Grande Depressão de 1873.
Resposta :
``
Resposta:
•• necessidade de exportação de mercadorias.
•• Produto químico desfolhante.
•• necessidade de exportação de capital.
•• Usado desde a Guerra do Vietnã pelos EUA.
•• tensões nacionalistas.
•• Mata as plantas e os animais.
•• conflitos sociais.
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Nova lorque
Mark Twain propõe mudar a bandeira
“[...] Em plena euforia imperial, os Estados Unidos
celebram a conquista das ilhas do Havaí, Samoa,
Filipinas, Cuba, Porto Rico e uma ilhota que se chama,
eloquentemente, dos Ladrões. O Oceano Pacífico e o
Mar das Antilhas viraram lagos norte-americanos, e
estão nascendo a United Fruit Company; mas o escritor
Mark Twain, velho estraga festas, propõe que se mude
a bandeira nacional: que sejam negras, diz, as listas
1. (Cesgranrio) A expansão imperialista do final do século
XIX / início do século XX buscou atender aos interesses
das diversas potências europeias e, em consequência,
aprofundou as divergências entre as mesmas, levando
à formação de blocos antagônicos e à eclosão da Primeira Guerra Mundial. As rivalidades franco-germânicas
podem ser atribuídas à:
a) construção do canal de Suez, resultado da aplicação de capitais franceses, mas ocupado pela Alemanha, que transformou a região num protetorado.
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•• crença na “missão civilizatória.”
2. (UFRRJ)
b) disputa de terras férteis ao sul do continente africano,
tendo em vista que a África do Norte já era inglesa e
que a região do Sahel estava exposta à desertificação.
c) partilha da China entre as potências europeias, excluídas a Itália e a Alemanha, por estarem em processo de unificação.
d) ocupação da Tunísia pela França, que construiu uma
estrada de ferro a qual, seguindo o litoral, alcançava
Túnis, inviabilizando definitivamente a permanência
alemã na região.
e) ocupação francesa do Marrocos, pretendido pela
Alemanha, que fracassou após as chamadas crises
marroquinas, como as de Tânger e Agadir.
2. (Unirio) “Foi essa consciência de nossa superioridade
inata que nos permitiu conquistar a Índia. Por mais
educado e inteligente que seja um indígena, por mais
valente que ele se manifeste e seja qual for a posição
que possamos atribuir-lhe, penso que jamais ele será
igual a um oficial britânico.”
(Lord Kitchener. In: PANIKKAR, K. M. A Dominação Ocidental na
Ásia. Trad. de Nemésio Salles. Rio de Janeiro: Saga, 1965, p. 160.)
A expansão imperialista europeia sobre o continente
asiático, ao longo do século XIX e início do século XX,
atingiu uma de suas principais expressões na dominação
britânica sobre duas das mais antigas civilizações da
Ásia: a China e a Índia. Marque a opção a seguir que
apresenta uma característica correta da dominação
imperialista inglesa sobre a China ou a Índia.
a) Na Índia, a extinção do sistema religioso de castas
favoreceu a inclusão dos indianos na sociedade inglesa, porque foram utilizados como mão-de-obra
barata no parque industrial da Inglaterra.
b) Na China, a vitória militar dos ingleses sobre os
exércitos imperiais chineses na Guerra do Ópio
(1841) determinou a instalação do monopólio da
Inglaterra sobre o comércio chinês de especiarias
com o ocidente.
c) Na Índia, a dominação britânica provocou a destruição da economia tradicional voltada para a
subsistência e sustentada por manufaturas têxteis
incapazes de concorrer com a produção inglesa de
tecidos de algodão.
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d) Na China, a hegemonia política e econômica inglesa impediu a atuação de outras potências imperialistas porque isolou o território chinês pelo Tratado
de Pequim (1860).
e) Na Índia, uma alta burocracia de indianos exercia a
administração das áreas conquistadas para reduzir
os custos elevados gerados pelos gastos militares
com a dominação imperialista.
3. (UERJ) Se tivéssemos de definir o Imperialismo da
forma mais breve possível, diríamos que ele é a fase
monopolista do Capitalismo.
(LENIN, V. I. O Imperialismo: fase superior do capitalismo. São Paulo:
Global, 1987.)
Melhor seria ver o Imperialismo como uma extensão à
periferia da luta política na Europa. No centro, o equilíbrio
estava ajustado tão perfeitamente que não era possível
nenhuma ação positiva, nenhuma mudança importante
no status ou no território de qualquer dos lados. As
colônias tornaram-se um modo de sair do impasse.
(FIELDHOUSE. Apud B. J. Cohen. A Questão do Imperialismo. Rio
de Janeiro: Zahar, 1976.)
Indique, tomando como ponto de referência os textos,
dois fatores que estimularam a expansão imperialista
entre 1870 e 1914.
4. (UFRRJ) 1899 Nova York
Mark Twain propõe mudar a bandeira
(...) Em plena euforia imperial, os Estados Unidos
celebram a conquista das ilhas do Havaí, Samoa e as
Filipinas, Cuba, Porto Rico e uma ilhota que se chama,
eloquentemente, dos Ladrões. O oceano Pacífico e o
mar das Antilhas viraram lagos norte-americanos, e
está nascendo a United Fruit Company; mas o escritor
Mark Twain, velho estraga-festas, propõe que se mude
a bandeira nacional: que sejam negras, diz, as listas
brancas, e que umas caveiras com tíbias cruzadas
substituam as estrelas.(...)”
(GALEANO, Eduardo. As Caras e as Máscaras. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1985. p. 341.)
Há exatos cem anos, os Estados Unidos da América
estavam inseridos em um processo de dominação
territorial e econômica que afetou, igualmente, as
grandes potências europeias e o Japão.
a) Nomeie esse processo e cite uma de suas principais características econômicas.
b) Explique as razões de Mark Twain para sua proposta.
5. (UFRRJ) “Mas, paradoxalmente, o período entre 1875
e 1914 pode ser chamado de Era dos Impérios, não
apenas por ter criado um novo tipo de imperialismo,
mas também por um motivo muito mais antiquado. Foi
provavelmente o período da história mundial moderna
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em que chegou ao máximo o número de governantes
que se autodenominavam ‘imperadores’...”
a) o retorno de Hong Kong ao governo chinês resultou de um forte sentimento de Nacionalismo de
seus habitantes.
(HOBSBAWM, Eric. A Era dos Impérios: 1875-1914. Rio de Janeiro:
b) a reincorporação de Hong Kong à China decorreu
da adesão deste país ao sistema capitalista.
O texto do historiador britânico faz referência a um
sentido moderno e um sentido tradicional do termo
Império, na Europa, na passagem do século XIX para
o século XX.
a) Cite dois dos Impérios europeus existentes na época, sendo um de cada um dos tipos citados acima.
b) Estabeleça uma relação entre Imperialismo e Nacionalismo.
6. (UFU) Desde meados do século XIX até o início do
século XX, as nações industrializadas europeias e os
Estados Unidos da América empreenderam uma disputa por territórios na África, Ásia e América Latina.
Essa disputa ficou conhecida como Imperialismo ou
Neocolonialismo.
7.
Compare o imperialismo do século XIX com a expansão
mercantilista ocorridas nos séculos XV e XVI, quanto ao
processo de colonização.
(UFSM) Assinale a afirmativa correta em relação ao processo de colonização da África e da Ásia, realizado pelas
principais potências mundiais, nos séculos XIX e XX.
a) O término do Apartheid, na África do Sul, só foi possível pela derrota dos exércitos ingleses na Guerra
dos Bôeres.
b) O fim da escravidão, apesar de ser fundamental
para a implantação do Capitalismo na África, só
ocorreu quando o MPLA (Movimento pela Libertação de Angola) tomou o poder em Angola.
c) A conquista colonial teve a finalidade de transformar a África e a Ásia em fornecedores de matérias-primas, consumidores de produtos industriais e receptores de investimentos das potências mundiais.
d) O Japão foi o país asiático que mais se beneficiou
das colônias conquistadas na África, pois nelas instalou o seu excedente populacional, entre outros
benefícios.
e) A chamada partilha da África foi consequência direta do Tratado de Paz de Versalhes, firmado entre
os vencedores e os perdedores da Primeira Guerra
Mundial.
8. (UEL) Sobre Hong Kong, que foi devolvida ao governo da China Continental no dia 1.º de Julho de 1997,
depois de 155 anos de domínio britânico, pode-se
afirmar que
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c) a devolução de Hong Kong à China foi consequência do processo de globalização da economia.
d) a presença dos ingleses em Hong Kong pode ser
entendida como uma prerrogativa da igreja anglicana.
e) o domínio britânico em Hong Kong decorreu da expansão do Imperialismo inglês.
9. (PUC Minas) Pela Convenção de Madri de 1880, as
principais nações europeias reconheceram a autonomia
do Marrocos. Em abril de 1914, a França e a Inglaterra
estabelecem bilateralmente a chamada “Entende Cordiale”, por meio da qual a Grã-Bretanha teria total liberdade
de ação no Egito, enquanto à França era entregue o
Marrocos.
Pelo exposto, é correto afirmar que, no período em
questão:
a) habitualmente os interesses dos povos dominados
representavam um fator de peso nas decisões tomadas pelas nações imperialistas.
b) apesar dos dispositivos de caráter internacional, a
ação política das potências antes da Primeira Guerra era norteada pela força e pelo arbítrio.
c) era comum que os atritos entre os países europeus
fossem superados por meio de uma arbitragem imparcial e inquestionável.
d) tornou-se fundamental garantir a ordem internacional, deslocando-se o poder para os Estados Unidos, país alheio aos problemas europeus.
e) a existência de um organismo supranacional possibilitou que os princípios do direito internacional
fossem efetivamente respeitados.
10. (UFMG) A expansão neocolonial do final do século XIX
pode ser associada à:
a) busca de novas oportunidades de investimentos
lucrativos para o capital excedente nos países industriais.
b) atração pelo entesouramento permitido pela conquista de regiões com jazidas de metais preciosos.
c) necessidade de expansão da influência da igreja
católica frente ao aumento dos seguidores da Reforma.
d) divisão internacional do trabalho entre produtores
de matérias primas e consumidores de produtos
industrializados.
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Paz e Terra, 1988. p. 88.)
1. (UFMG) Em 1793, uma missão comercial britânica
chegou à China e conseguiu ser recebida pelo próprio
Imperador. Os ingleses solicitavam, principalmente, autorização para abrir uma representação diplomática em
Pequim, a abertura de mais portos chineses ao comércio
internacional e a redução de tarifas alfandegárias. Em
sua resposta ao rei da Inglaterra escreveu o Imperador
chinês: “Nunca demos valor a artigos engenhosos,
nem temos a menor necessidade das manufaturas de
seu país. Portanto, ó rei, no tocante à tua solicitação de
enviar alguém para permanecer na capital, ao mesmo
tempo que não está em harmonia com os regulamentos
do Império celestial, sentimos também muito que isso
não trará nenhuma vantagem para o teu país”.
(Apud SPENCE, Jonathan. Em Busca da China Moderna. São Paulo:
Companhia das Letras, 1996. p.134.)
Essa atitude do Império chinês estava relacionada:
a) ao temor dos governantes chineses de afrontar a
opinião nacionalista do país, notadamente após a
Revolta Taiping.
b) à autossuficiência do sistema econômico imperial,
que admitia receber, preferencialmente, metais preciosos em troca de seus produtos.
c) à preferência que os chineses davam ao comércio
com o Império espanhol, tradicional parceiro dos
negociantes orientais.
d) à preocupação em proteger a burguesia chinesa,
que se sentia ameaçada em relação à concorrência
dos produtos ingleses.
2. (Cesgranrio) A expansão imperialista do final do século
XIX – início do século XX buscou atender aos interesses
das diversas potências europeias e, em consequência,
aprofundou as divergências entre as mesmas, levando
à formação de blocos antagônicos e à eclosão da Primeira Guerra Mundial. As rivalidades franco-germânicas
podem ser atribuídas à:
a) construção do canal de Suez, resultado da aplicação de capitais franceses, mas ocupado pela Alemanha, que transformou a região num protetorado.
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b) disputa de terras férteis ao Sul do continente africano, tendo em vista que a África do Norte já era
inglesa e que a região do Sahel estava exposta à
desertificação.
c) partilha da China entre as potências europeias, excluídas a Itália e a Alemanha, por estarem em processo de unificação.
d) ocupação da Tunísia pela França, que construiu uma
estrada de ferro a qual, seguindo o litoral, alcançava
Túnis, inviabilizando definitivamente a permanência
alemã na região.
e) ocupação francesa do Marrocos, pretendido pela
Alemanha, que fracassou após as chamadas crises
marroquinas, como as de Tânger e Agadir.
3. (Enem) “O continente africano em seu conjunto apresenta 44% de suas fronteiras apoiadas em meridianos
e paralelos; 30% por linhas retas e arqueadas, e apenas 26% se referem a limites naturais que geralmente
coincidem com os de locais de habitação dos grupos
étnicos”.
(MARTIN, A. R. Fronteiras e Nações. São Paulo: Contexto, 1998.)
Diferente do continente americano, onde quase que a
totalidade das fronteiras obedecem a limites naturais, a
África apresenta as características citadas em virtude,
principalmente:
a) da sua recente demarcação, que contou com térmicas cartográficas antes desconhecidas.
b) dos interesses de países europeus preocupados
com a partilha dos seus recursos naturais.
c) das extensas áreas desérticas que dificultam a demarcação dos “limites naturais”.
d) da natureza nômade das populações africanas,
especialmente aquelas oriundas da África subsaariana.
e) da grande extensão longitudinal, o que demandaria
enormes gastos para demarcação.
4. (UFPEL) Em 1997, ocorreu a devolução de Hong Kong
pela Inglaterra ao governo chinês. A Inglaterra havia
tomado aquele território da China por ocasião da:
a) Insurreição dos Taipingues (1845 – 1860), iniciada
após a prisão de chineses que traficavam ópio para
a Inglaterra.
b) Guerra do Ópio (1839-1842), que eclodiu com a
destruição, por parte do governo chinês, de cargas
de ópio trazidas pelos comerciantes ingleses.
c) Guerra dos Cipaios (1857-1859), devida ao rompimento do Tratado de Nanquim, pela China, que
havia voltado a produzir o ópio.
d) Insurreição dos Boxers (1898-1901), quando os
chineses faziam de Hong Kong um centro de exportação de ópio para a Europa.
e) Revolução Chinesa (1949), que se expandiu até a
Índia, onde os chineses passaram a produzir o ópio
para o mercado europeu.
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5. (PUC Minas) O acirramento da corrida imperialista no
decorrer do século XIX está associado:
a) a distribuição igualitária de produção e de capital,
dando origem aos monopólios, cujo papel é decisivo na vida econômica.
a) ao desenvolvimento acentuado das forças produtivas capitalistas nos países industrializados do ocidente europeu e nos EUA.
b) o desenvolvimento de pequenas empresas de capital nacional em grande parte dos países.
b) à completa abstenção do Estado em relação ao
processo de acumulação de capitais, em função do
domínio dos princípios liberais.
c) a divisão entre o capital bancário e o capital industrial formando o capital financeiro.
d) as maiores potências capitalistas, formando rede de
apoio financeiro aos países mais pobres.
c) aos desequilíbrios demográficos e econômicos
provocados pelas contínuas guerras travadas na
Europa no período em questão.
e) a exportação de mercadorias, assim como a exportação de capitais, assumindo grande importância.
d) à fuga de capitais resultante da profunda crise que
se abateu sobre as economias centrais em meados
do século passado.
e) à desarticulação da classe operária diante do malogro das experiências socializantes, propiciando a
queda dos salários reais.
6. (UFRRJ) “Mas, paradoxalmente, o período entre 1875
e 1914 pode ser chamado de Era dos Impérios, não
apenas por ter criado um novo tipo de Imperialismo,
mas, também, por um motivo muito mais antiquado. Foi
provavelmente o período da história mundial moderna
em que chegou ao máximo o número de governantes
que se autodenominavam ‘imperadores’...”
8.
(HOBSBAWM, Eric. A Era dos Impérios: 1875-1914. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1988. p. 88.)
O texto do historiador britânico faz referência a um
sentido moderno e um sentido tradicional do termo
Império, na Europa, na passagem do século XIX para
o século XX.
a) Cite dois dos Impérios europeus existentes na época, sendo um de cada um dos tipos citados acima.
b) Estabeleça uma relação entre Imperialismo e Nacionalismo.
7.
(UFRRJ) O Imperialismo é o Capitalismo chegado a
uma fase de desenvolvimento onde se afirma a dominação dos monopólios e do capital financeiro, onde a
exportação dos capitais adquiriu uma importância de
primeiro plano, onde começou a partilha do mundo
entre os trustes internacionais e onde se pôs a termo a
partilha de todo o território do globo, entre as maiores
potências capitalistas.
(Lacoste 1993. Adaptado.)
Com base no mapa, analise:
a) a diversidade religiosa da população da Índia.
b) as implicações políticas da distribuição dos grupos religiosos no país.
9. Por que podemos dizer que o Liberalismo sofreu a primeira crise durante a Segunda Revolução Industrial?
(LENIN, V. I. O Imperialismo: fase superior do Capitalismo. São Paulo:
A partir da definição acima, pode-se atribuir a seguinte
característica ao Imperialismo:
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Global, 1979. p. 88.)
5.
a) Inglaterra, França, no primeiro caso, e Rússia, no
segundo, por exemplo.
1. E
b) O processo de formação dos grandes impérios
relaciona-se com à consolidação da ideia de nação,
na medida em que as áreas coloniais são alvo de
dominação linguística e cultural. Deve se considerar
ainda a autoridade soberana do poder imperial por
toda a sua extensão territorial.
2. C
3. Dois dentre os motivos:
• Grande Depressão de 1873.
• necessidade de exportação de mercadorias.
• necessidade de exportação de capital.
• tensões nacionalistas.
• conflitos sociais.
• crença na “missão civilizatória”.
6. Nos séculos XV e XVI, o sistema colonial inseria-se no
contexto de Capitalismo comercial sendo as colônias,
sobretudo na América, mercados de suas Metrópoles
e áreas fornecedoras de metais preciosos e produtos
tropicais destinados à Europa.
4.
a) Imperialismo (Domínio violento de mercado externo).
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b) Mark Twain discordava dos critérios violentos com
que se processavam as conquistas imperialistas em
particular aos norte-americanos.
7.
No século XIX a ação imperialista demandava das
necessidades das potências industriais como a obtenção
de matérias-primas e a expansão de mercados e
de capitais excedentes, sobretudo após a Segunda
Revolução Industrial, sendo a África e a Ásia as áreas
mais intensamente exploradas.
C
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8. E
9. B
10. A
1. B
2. E
3. B
4. B
5. A
6.
a) Inglaterra, França, no primeiro caso, e Rússia, no
segundo, por exemplo.
b) O processo de formação dos grandes impérios, relaciona-se com à consolidação da ideia de Nação,
na medida em que as áreas coloniais são alvo de
dominação linguística e cultural. Deve se considerar
ainda a autoridade soberana do poder imperial por
toda a sua extensão territorial.
7.
A
8.
a) Em sua enorme população absoluta, a Índia apresenta
grande diversidade étnico-religiosa. Grupos principais:
hinduístas e muçulmanos, além de cristãos e sikhs.
b) Disputas territoriais entre os diversos grupos. Sikhs no
Punjab, muçulmanos e hindus na Cachemira, instabilidade. Índia e Paquistão possuem bombas nucleares.
12
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9. O acelerado processo de industrialização provocou
uma vigorosa disputa concorrencial entre empresas e
nações, disto resultou a formação de trustes, holdings e
carteis empresariais e financeiros, que monopolizavam
os mercados, contrariando assim o Liberalismo.
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