HISTÓRIA PRÉ-VESTIBULAR LIVRO DO PROFESSOR Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br © 2006-2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. I229 IESDE Brasil S.A. / Pré-vestibular / IESDE Brasil S.A. — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor] 696 p. ISBN: 978-85-387-0574-1 1. Pré-vestibular. 2. Educação. 3. Estudo e Ensino. I. Título. CDD 370.71 Disciplinas Autores Língua Portuguesa Literatura Matemática Física Química Biologia História Geografia Francis Madeira da S. Sales Márcio F. Santiago Calixto Rita de Fátima Bezerra Fábio D’Ávila Danton Pedro dos Santos Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba Costa Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. Saquette Edson Costa P. da Cruz Fernanda Barbosa Fernando Pimentel Hélio Apostolo Rogério Fernandes Jefferson dos Santos da Silva Marcelo Piccinini Rafael F. de Menezes Rogério de Sousa Gonçalves Vanessa Silva Duarte A. R. Vieira Enilson F. Venâncio Felipe Silveira de Souza Fernando Mousquer Produção Projeto e Desenvolvimento Pedagógico Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Imperialismo “Passaram-se os dias das pequenas nações; chegou o dia dos Impérios.” (BARRACLOUGH. Introdución a la Historia contemporánea. EM_V_HIS_015 Gredos : Madri, 1965, p.74.) Na primeira metade do século XIX, a relação entre a Europa industrializada e o restante do mundo centralizava-se no intercâmbio comercial. No início do século XX, porém, esta se apropriava das vastas extensões territoriais do planeta, impondo-lhes seu domínio político, bem como subordinava as economias dos países não-industrializados. Seguiam-na, bem de perto, os Estados Unidos e o Japão. Dentre as mudanças significativas do período, ressaltam-se: o surgimento das grandes empresas, a tendência à monopolização; uma nova política econômica de caráter protecionista, um impulso colonial de novo tipo que promove a partilha de quase todo o planeta, o recuo da democracia liberal e o aprofundamento das rivalidades internacionais. O Imperialismo foi um sistema que tinha como objetivo conquistar áreas de influência, (fornecedoras de matérias-primas para as indústrias dos países colonizadores) e mercados consumidores (dos produtos industrializados dos mesmos). A França e a Inglaterra foram os primeiros países colonizadores, enquanto que a Itália e a Alemanha, devido a unificação tardia, ficaram prejudicadas no processo de conquistas destas áreas. Vale lembrar que esse foi um dos motivos que levaram à Primeira Guerra Mundial. As principais causas estavam atreladas às transformações do mundo capitalista. Segundo os historiadores, este período é denominado de a Segunda Revolução Industrial, cujo carro-chefe era os EUA, tendo como principal produto o petróleo, e não mais o carvão. Devido às grandes transformações e ao crescimento da produção, levando a um baixo preço das mercadorias, elevou-se a conversão do ferro em aço, facilitando a vida de algumas empresas como, por exemplo, ferrovias e máquinas. Com o crescimento do sistema capitalista ocorreu a tendência de concentração de empresas. Um exemplo próximo, no do Brasil, é o caso da Ambev. A fusão da Antártica e da Brahma rendeu muita especulação em 1999. Isto ocorre quando duas ou mais empresas se unem para tentar ter o domínio do mercado de um determinado tipo de produto. No período de 1870–73, época de crise econômica, aumentava o processo de concentração de empresas, pois operava-se uma espécie de seleção dos mais fortes, em que as mais fracas desapareceriam ou seriam absorvidas pelas maiores, numa espécie de Darvinismo Social. A integração assumia duas formas. A integração vertical se caracterizava por um grupo de empresas que tendia a dominar todas as fases de um processo produtivo, desde a produção de matérias-primas até a sua fabricação final ou comercialização. A outra forma era a integração horizontal, que se caracterizava pelo domínio de um determinado setor da produção de uma mercadoria. Ressalto que o monopólio não existiu como forma de domínio de um setor do mercado por uma empresa. Após, nasceu o oligopólio, que se caracterizava quando concorrentes deixavam de competir e entravam em acordo para estabelecer preços altos para seus produtos. Várias formas monopolistas surgiram nessa época: 1. Truste: forma americana típica, era um tipo ainda mais rigoroso de combinação em que as políticas a seguir ficavam totalmente unificadas por um grupo, depositário das ações das empresas filiadas. Por seu caráter mais evidente de integração monopolista, foram muito combatidos por meio de leis, em vários países. 2. Holding: aparentemente um escritório de administração e coordenação técnica, porém, na verdade, controlava as empresas que o constituíam, coordenando suas ações. Surgia, em geral, para substituir os trustes obrigados a se dissolver por decisão judicial. 3. Cartel: o estabelecimento de quotas de produção e venda, bem como a divisão do mercado, eram realizados por uma comissão central que podia exercer medidas coercitivas sobre os contratantes, que mantinham, entretanto, sua autonomia jurídica. As empresas uniam- Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 1 4. Ententes: eram meros acordos, pelos quais se estabeleciam preços mínimos. Eram combinações frágeis por não existir coerção possível sobre as partes interessadas, podendo ser rompidos a qualquer momento. Quaisquer que fossem as formas, no entanto, o resultado era uma mudança no funcionamento do sistema econômico. Naqueles setores monopolizados, a livre concorrência foi sendo substituída pelo domínio monopolista dos preços e do mercado. Dominado um setor do mercado, era possível majorar os preços através da limitação da oferta. Novas fontes de energia Energia elétrica Aplicações Maquinaria industrial Iluminação (residências e indústrias) Transportes Hidrelétricas, muito utilizaEnergia hidráulica (associa- das nos países com poucos da à energia elétrica) recursos em carvão, como a Itália Petróleo Novo combustível para motores Indústrias de exportação e refino do combustível nos Estados Unidos, Rússia e Oriente Médio Indústria química Obtenção de matérias-primas sintéticas, a partir do carvão, do nitrogênio e fosfatos. Produção de explosivos e fertilizantes, obtida pela combinação de nitratos de origem natural com nitrogênio e fosfatos sintéticos. Desenvolvimento da indústria farmacêutica, de cosméticos, perfumaria, inseticidas e material fotográfico. Obtenção do plástico, a partir da resina de ácido carbônico. 2 Criação de tecidos sintéticos, como a seda artificial. A expansão imperialista Possuía características colonialistas, realizando um duro processo de conquista e submissão política e econômica de diversas nações e povos. Vale lembrar que a primeira crise capitalista se deu na década de 1870, e não em 1929. Em 1870, houve uma grande estagnação acompanhada de desemprego. Ao mesmo tempo, emergiam novos países como potências industriais de primeira ordem: Estados Unidos e Alemanha, seguidos mais tarde pelo Japão, o que tornava a concorrência mais acirrada no mercado internacional. O setor agrícola também foi atingido, devido ao afluxo de produtos. A solução encontrada para a crise foi a abertura de novos mercados consumidores, fato este que ocorreu graças à política imperialista de dominação de regiões africanas e asiáticas. As nações europeias diziam ser responsáveis pela “missão civilizadora”, cujo objetivo era implantar, nas nações menos desenvolvidas, a sua cultura. A maioria desses casos contou com a violência utilizada pelas potências europeias para implantar os seus sistemas “civilizados” às populações africanas e asiáticas consideradas não-civilizadas. Com o advento da Segunda Revolução Industrial, podemos observar a busca por mercados consumidores dos produtos manufaturados e fornecedores de matérias-primas, além de uma busca quase frenética por regiões para se investir capitais excedentes e mão-de-obra barata disponível para as grandes empresas. O conjunto desses problemas suscitados pela depressão resultou na formação de uma política de expansão e de anexação de mercados externos. A partilha da África Até meados do século XIX, o continente africano era conhecido, principalmente, por fornecer escravos, pimentas, marfim e outros produtos. Porém, a partir da segunda metade do século XIX, a África ficou conhecida como o continente fornecedor de matéria-prima e consumidor de produtos industrializados. A partilha da África foi marcada pela chamada Conferência de Berlim, durante os anos de 1885 – 1887. Esta conferência definia algumas normas para a ocupação dos territórios, além de outras de caráter secundário. Foi convocado o chanceler alemão Otto Von Bismarck, cujo objetivo era favorecer a Alemanha, pois esta tinha sido prejudicada pela unificação tardia de seu território. O caso da África do Sul merece destaque, pois este país estava no meio da disputa entre ingleses e Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_015 se para promover a manutenção do controle do final ou de uma das fases da produção. Estas empresas colocavam preços determinadamente iguais, restringindo a chance de concorrência, o que levava o consumidor a ficar sem escolha. holandeses. O conflito teve origem na não permissão, por parte do governo holandês, de deixar explorar as minas da região controlada por eles. Esta política anti-inglesa levou ao conflito denominado Guerra dos Böers (1899-1902). A vitória desse conflito foi da Inglaterra, que formou a União sul-africana, unindo também as regiões de Orange, Cabo, Natal e Transvaal (1910). Nessa mesma região Sul-africana, anos depois, seria implantado o Apartheid, regime de segregação racial que excluía a maioria negra da minoria dominadora branca. No Egito, houve a criação do canal de Suez (1869) com o grande auxílio do capital estrangeiro (francês), tendo muita importância para o comércio naval daquela região. Impossibilitado de poder pagar as dívidas, Ismail (vice-rei) do Egito vendeu a maioria de suas ações para a Inglaterra, que passou a ter, a partir daí, o controle sobre o canal de Suez. Vários Ma movimentos nacionalistas surgiram no Egito contrar a dominação estrangeira. O principal deles foi a revolta de Arabi Paxá. Este movimento não obteve sucesso, sendo esmagado pela Inglaterra, que transformou o Egito num protetorado seu (1882). A França conquistou o Marrocos depois de grandes conflitos. O que mais se destacou foi a atu- ação da lendária “Legião estrangeira”. O conflito foi muito árduo devido à resistência da população marroquina e da ação alemã nesse território. A solução desse impasse entre Alemanha e França veio na chamada Conferência de Algericiras (1906), que determinou o domínio francês na região marroquina e o isolamento alemão. Porém, dois anos mais tarde, a França assinou o acordo de Haia (1908), criando uma aliança econômica com a Alemanha na região de Marrocos. O grande momento da crise entre a Alemanha e a França, pelo domínio da região do Marrocos, foi o conflito de Agadir. Essa disputa foi definida pela Conferência de Fez, em que o Marrocos, finalmente, passava para o controle da França sob o regime de protetorado, e a Alemanha isolava-se daquela região. Entretanto, ali estava sendo gerado um dos motivos para a explosão da Primeira Guerra Mundial. As consequências da colonização foram muito Medite rrâ neo claras, ocorrendo, principalmente, a destruição das estruturas tradicionais e a imposição de estruturas europeias, promovendo uma verdadeira dependência política, social e econômica dos colonizados para com os seus respectivos colonizadores. TUNÍSIA MORROCOS ARGÉLIA LÍBIA EGITO e rm r V Ma SAAR A OCIDENT AL MAL I MA URITÂNI A o SUDÃO ERITRÉIA CHADE SENEGAL GUINÉ BISSA U SERRA LEO A DJIBOUT I BURKIN A FA SO GUINÉ COS TA DO MARFIM LIBÉRIA BENIN NIGÉRI A SOMÁLIA GANA TOGO REPÚBLIC A CENTRO AFRICANA CAMARÕE S TUNÍSIA Ma r EQ UATORIAL GUINE A UGAND A Medite rrâ neo QUÊNI A REPÚBLIC A DEMOCRÁTIC A DO CONGO CONGO MORROCOS ETIÓPIA GABON RU AND A BURUNDI ARGÉLIA LÍBIA Oceano Índico EGITO TANZÂNI A SAAR A MAL I MAL AU Í ZÂMBIA ERITRÉIA CHADE SENEGAL ZIMBA BW E GUINÉ BISSA U BURKIN A FA SO GUINÉ SERRA LEO A COS TA DO MARFIM BENIN NAMÍBIA NIGÉRI A DJIBOUT I MAD AGASCAR BOTSU ANA GANA TOGO LIBÉRIA SOMÁLIA REPÚBLIC A CENTRO AFRICANA CAMARÕE S ETIÓPIA SUAZILÂNDI A LESOTO N EQ UATORIAL GUINE A O MOÇAMBIQUE SUDÃO o elh ANGOL A NÍGE R MA URITÂNI A e rm r V Ma OCIDENT AL At lântico Oceano GAMBIA IESDE Brasil S.A. GAMBIA elh NÍGE R ÁFRICA A SUREPÚBLIC L DEMOCRÁTIC A DO CONGO CONGO DO L GABON UGAND A QUÊNI A RU AND A BURUNDI S TANZÂNI A Oceano Índico Oceano At lântico Territórios sob controle de países europeus antes de 1914 Bélgica ANGOL A França MAL AU Í MOÇAMBIQUE ZÂMBIA Itália Portugal ZIMBA BW E Espanha NAMÍBIA Inglaterra MAD AGASCAR BOTSU ANA Alemanha SUAZILÂNDI A Países Independente LESOTO EM_V_HIS_015 N O ÁFRICA DO SU L L S Domínios Colonias na África. Territórios sob controle de países europeus antes de 1914 Bélgica Esse materialFrança é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, Itália mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br Portugal Espanha Inglaterra 3 A partilha da Ásia IMPÉRIO RUSSO O caso chinês IESDE Brasil S.A. O processo de divisão da Ásia assemelha-se muito ao da África, com uma “pequena” diferença: a população asiática era maior que a africana. Por isso, a Ásia passou a ser vista como um grande mercado consumidor de produtos industrializados. criado, também, o Partido do Congresso Nacional Indiano (1885) – grande contribuidor no processo de Independência da Índia, alguns anos mais tarde. Os ingleses conseguiram um grande controle econômico sobre a Índia. O maior mercado consumidor da Ásia (cerca de JAPÃO 400 milhões de habitantes no século XIX) visava às CORÉIA IMPÉRIO RUSSO AFEGANISTÃO Wei-hai-Wei grandes potências europeias e os EUA na disputa OCEANO IMPÉRIO RUSSO JAPÃOKiau-Tchéu (Al.) TU PACÍFICO RQ pelo mercado consumidor atraente. UIA CHINA CORÉIA JAPÃO PÉRSIA TU ARÁBIA RQ AFEGANISTÃO Wei-hai-Wei Hong-Kong UIA ÍNDIACORÉIA Na(R.U.) China, a Dinastia Tsing dominava com podeKiau-Tchéu (Al.) OCEANOMaca (Port) AFEGANISTÃO Chandernagor PACÍFICO Wei-hai-Wei Kuang-Tchéu (Fr.) res absolutos. A sua economia era de base agrícola. Kiau-Tchéu OCEANO Diu(Al.) CHINA FILIPINAS Damão PÉRSIA PACÍFICO ARÁBIA No século XVIII, existia o interesse de comerciantes Goa Hong-Kong (R.U.) ÍNDIA CHINA PÉRSIA INDOCHINA Pondicherry Maca (Port) ARÁBIA Mahé estrangeiros, principalmente ingleses, no mercado Chandernagor Karikal Hong-Kong (R.U.) Kuang-Tchéu (Fr.) ÍNDIA Maca (Port) Diu FILIPINAS Damão Chandernagor Kuang-Tchéu (Fr.)S chinês. um Bornéu Celebes Goa Diu at FILIPINAS Damão INDOCHINA Pondicherry ra OCEANO ATLÂNTICO O principal produto comercializado entre a InMahé Goa Karikal Java INDOCHINA Pondicherry Mahé glaterra e a China era o ópio. Protestos por parte do Karikal Bornéu Celebes Reino UnidoSuma tra governo chinês, seguidos de embargos comerciais OCEANO ATLÂNTICO S Celebes um Bornéu França Java at ra OCEANORússia ATLÂNTICO aos ingleses, levaram os mesmos a promoverem uma Java A partilha Ásia Reinoda Unido Estados Unidos guerra, a Guerra do Ópio (1840-1842). FrançaUnido Portugal Reino Mesmo proibido desde o ano de 1729, o comérRússia Alemanha França Estados Unidos cio do ópio intensificou-se no início do século XIX, Holanda Rússia PortugalUnidos Japão Estados devido à ação de mercadores ingleses que, com a Alemanha Portugal conivência do governo britânico, contrabandeavam Holanda Alemanha a droga, levando-a de Bengala, na Índia, onde era Japão Holanda cultivada, até o território chinês. Japão indiano O caso No ano de 1839, as autoridades chinesas confisA sociedade indiana era dividida em castas caram e mandaram destruir mais de 20 mil caixas de hereditárias, e o povo vivia sob regimes rigorosos. ópio. Foi o bastante para a Inglaterra se lançar contra A base da economia era a agricultura. O Estado a China. Durante três anos, os ingleses exibiram sua indiano estava dividido em três principais religiões: superioridade bélica, destruindo a resistência chineo Hinduísmo, o Budismo e o Islamismo. A ação dos sa. O conflito foi desastroso para a China que teve que países imperialistas somente teve início com a cria- ceder aos domínios comerciais ingleses e à criação de ção da Companhia das Índias Orientais, que dominou tratados desiguais, como o de Nanquim (1842), que estabelecia a propriedade inglesa sobre Hong Kong, o comércio indiano. Durante o século XIX, houve a ampliação do cidade que ficou em poder da Inglaterra até o ano de controle inglês no território indiano, cujo objetivo 1997, foi devolvida somente após a Inglaterra firmar mais importante era, além de abastecer o país um novo tratado de Nanquim, no ano de 1984. Os anos de 1856 e 1858 marcaram a segunda (colônia) com produtos industrializados, conseguir matérias-primas para as suas indústrias. A situação e a terceira guerras do Ópio. Nesse momento, foi socioeconômica em que vivia a Índia era totalmente criado o Tratado de Pequim (1860), abrindo um favorável para os ingleses, que criaram, através de número grande de portos para os produtos estranimpostos, a mão-de-obra barata necessária para geiros provenientes do Ocidente. No mesmo ano, suas várias indústrias dentro da própria Índia. Logi- aproveitando-se da fraqueza do governo chinês, os camente, o povo indiano não ficou impassível diante russos também impuseram um tratado sobre a China, era o Tratado de Aigum (1860), garantindo para a dessa situação. Entre os anos de 1857 a 1859, deu-se a chamada Rússia uma saída para o Pacífico, por meio da criação Revolta dos Sipaios, feita pelas próprias tropas nati- do porto de Vladivostok. Em consequência da dominação estrangeira, vas, com caráter anti-inglês, porém não nacionalista. Este movimento foi facilmente reprimido pelas forças surgiu, dentro da própria China, um caráter xenófobo, do governo inglês e, além disso, permitiu a participa- ou seja, aversão a estrangeiros (Ocidental). Durante ção dos indianos na administração da colônia, sendo os anos de 1851 – 1864, promoveu-se a chamada TU RQ UIA N O L S N O O N S L L 4 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_015 S revolução Taiping que, além de reivindicar a volta do poder ao governo chinês, a não-repartição do território entre as nações ocidentais, também possuía um caráter coletivista, reivindicando uma melhor distribuição de terras e uma sociedade igualitária. Os Taiping foram duramente esmagados pelas forças ocidentais aliadas ao governo Tsing. A vitória nas guerras do ópio foi dos ingleses, auxiliados por outros governos ocidentais, incluindo os EUA. Porém, o grande acontecimento ainda estava por vir: o confronto entre China e Japão. A guerra, nas duas últimas décadas do século XIX, levou ao chamado Break up chinês, que partilhou a China em áreas de influência das potências ocidentais. Neste momento, um novo tratado e um novo conflito surgiriam. O Tratado era o de Shimonoseki, que afirmava a aceitação, por parte da China, da Independência da Coreia, enquanto o Japão passava a ter o domínio sobre a ilha de Formosa. O conflito gerado devido ao caráter nacionalista, por parte dos chineses, contra a opressão dos ocidentais, deu início à chamada Guerra dos Boxers (1900 – 1901), nome que representa a sociedade secreta denominada “Punhos Fechados”. Tanto a Guerra dos Boxers como a do ópio tiveram como forças vitoriosas os ocidentais, deixando a China com os prejuízos. Mais tarde, esta organizou a Liga Revolucionária da China sob o comando de Sun-Yat-sen, que ficou conhecida como Kuomintang (comitê nacionalista), e disputou com os comunistas o poder sob o território, após a Segunda Guerra Mundial. No ano de 1911, foi proclamada a República chinesa que teve como seu primeiro presidente o próprio Sun-Yat-sen. a igualdade de todos perante a lei. Desenvolveu a instrução pública, reestruturou o exército, instituiu o iene como moeda básica do sistema monetário japonês, desenvolveu as comunicações, as estradas de ferro, a imprensa, o serviço postal, entre outras medidas. O Estado passou a estimular o desenvolvimento industrial, intervindo diretamente na economia e promovendo investimentos em empresas que depois eram transferidas para a iniciativa privada. A partir da ação estatal, a industrialização do país tomou impulso, levando à formação de grandes conglomerados econômicos, conhecidos como zaibatsus. Sem aguentar as diversas invasões de dominação política e econômica, o Japão tratou de agir para o seu benefício, promovendo a chamada Revolução Meiji, que modernizou o país e abriu as portas do seu comércio para o Ocidente. O regime feudal foi abolido e o Japão começou a caminhar para se tornar a segunda maior potência capitalista do mundo. A guerra russo-japonesa (1904 – 05) foi decorrente do interesse estratégico e, principalmente econômico, do Japão e da Rússia na região da Manchúria, pertencente à China. A guerra teve como derrotado o exército russo, que prejudicou a economia dentro da Rússia, levando o país mais tarde a um processo revolucionário. Os EUA foram os grandes mediadores nesta guerra, e conseguiram promover um tratado, o de Portsmouth, no qual o sul das ilhas Sacalina passavam a ser de domínio japonês, entre outras concessões. Veja, agora, um quadro resumido sobre a expansão imperialista sobre o mundo. EM_V_HIS_015 O Japão O Japão era um país totalmente fechado para o mundo exterior, principalmente, com os países ocidentais. Era marcado pelo regime feudal (foi o país que ficou mais tempo sob este regime), em que o Imperador (Micado) era quem dava as ordens. Porém, o Imperador era uma figura decorativa, pois quem governava mesmo eram os chamados daimos (aristocracia senhorial) que cuidavam dos feudos e determinavam os serviços a serem prestados pelos camponeses. Quem protegia os daimos eram os chamados samurais (guerreiros). Os Tokugawa (família) dominavam o regime Xogunato desde o século XVII, exercendo total poder sobre o Japão. A abertura econômica japonesa deu-se através dos EUA. Com isto, ocorreu o Tratado de Kanagawa, no qual os portos de Shimoda e Hakodate eram forçados a aceitar o comércio norte-americano. Para modernizar o Japão, o Imperador Mutsuhito (1868 – 1889) aboliu a servidão e proclamou Existiram vários tipos de colônias implantados ao longo da política neocolonialista do século XIX. Tínhamos, primeiramente, a colônia propriamente dita que ocupava todo o território e implantava um sistema político, administrativo e militar, gerido diretamente por metropolitanos. Outro tipo de colônia é a de enraizamento que foi caracterizada como povoamento europeu em larga escala e expropriação das terras nativas. Há, também, as colônias de enquadramento, que foram caracterizadas tendo como minoria europeus ocupando cargos administrativos, que extraíam benefícios do trabalho ou da produção indígena, sem expropriar os habitantes locais de suas terras. Os protetorados eram caracterizados por manterem a estrutura política e social local, mas o país colonizador estava na presença de altos Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 5 brancas, e que umas caveiras com tíbias cruzadas substituam as estrelas.[...]” funcionários, cuja autoridade se sobrepunha a das autoridades locais. (GALEANO, Eduardo. As Caras e as Máscaras. Rio de Janeiro Nova Fronteira, 1985, p. 341.) Filme sugerido: Lanceiros da Índia Duelo de Paixões Há exatos cem anos, os Estados Unidos da América estavam inseridos em um processo de dominação territorial e econômica que afetou, igualmente, as grandes potências europeias e o Japão. a) Nomeie esse processo e cite uma de suas principais características econômicas. 1. (UERJ) Se tivéssemos de definir o Imperialismo da forma mais breve possível, diríamos que ele é a fase monopolista do Capitalismo. b) Explique as razões de Mark Twain para sua proposta. `` (LENIN, V. I. O Imperialismo: fase superior do capitalismo. a) Imperialismo. São Paulo: Global, 1987.) b) Mark Twain discordava dos critérios violentos com que se processavam as conquistas imperialistas em particular aos norte-americanos. Melhor seria ver o Imperialismo como uma extensão à periferia da luta política na Europa. No centro, o equilíbrio estava ajustado tão perfeitamente que não era possível nenhuma ação positiva, nenhuma mudança importante no status ou no território de qualquer dos lados. As colônias tornaram-se um modo de sair do impasse. (FIELDHOUSE. apud Cohen, B. J. A questão do imperialismo. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.) Indique, tomando como ponto de referência os textos, dois fatores que estimularam a expansão imperialista entre 1870 e 1914. `` 3. O desmatamento na Ásia avança muito rapidamente, destruindo o meio ambiente. São várias as causas: aumento da área de cultivo, a necessidade de cunha, a exploração da madeira para exportação. Mas, nenhum deles tão rápido e destrutivo como o “agente laranja”. Resposta : Explique o que é, porque foi usado na Ásia e qual o efeito do agente laranja. Dentre os motivos: •• Grande Depressão de 1873. Resposta : `` Resposta: •• necessidade de exportação de mercadorias. •• Produto químico desfolhante. •• necessidade de exportação de capital. •• Usado desde a Guerra do Vietnã pelos EUA. •• tensões nacionalistas. •• Mata as plantas e os animais. •• conflitos sociais. 6 Nova lorque Mark Twain propõe mudar a bandeira “[...] Em plena euforia imperial, os Estados Unidos celebram a conquista das ilhas do Havaí, Samoa, Filipinas, Cuba, Porto Rico e uma ilhota que se chama, eloquentemente, dos Ladrões. O Oceano Pacífico e o Mar das Antilhas viraram lagos norte-americanos, e estão nascendo a United Fruit Company; mas o escritor Mark Twain, velho estraga festas, propõe que se mude a bandeira nacional: que sejam negras, diz, as listas 1. (Cesgranrio) A expansão imperialista do final do século XIX / início do século XX buscou atender aos interesses das diversas potências europeias e, em consequência, aprofundou as divergências entre as mesmas, levando à formação de blocos antagônicos e à eclosão da Primeira Guerra Mundial. As rivalidades franco-germânicas podem ser atribuídas à: a) construção do canal de Suez, resultado da aplicação de capitais franceses, mas ocupado pela Alemanha, que transformou a região num protetorado. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_015 •• crença na “missão civilizatória.” 2. (UFRRJ) b) disputa de terras férteis ao sul do continente africano, tendo em vista que a África do Norte já era inglesa e que a região do Sahel estava exposta à desertificação. c) partilha da China entre as potências europeias, excluídas a Itália e a Alemanha, por estarem em processo de unificação. d) ocupação da Tunísia pela França, que construiu uma estrada de ferro a qual, seguindo o litoral, alcançava Túnis, inviabilizando definitivamente a permanência alemã na região. e) ocupação francesa do Marrocos, pretendido pela Alemanha, que fracassou após as chamadas crises marroquinas, como as de Tânger e Agadir. 2. (Unirio) “Foi essa consciência de nossa superioridade inata que nos permitiu conquistar a Índia. Por mais educado e inteligente que seja um indígena, por mais valente que ele se manifeste e seja qual for a posição que possamos atribuir-lhe, penso que jamais ele será igual a um oficial britânico.” (Lord Kitchener. In: PANIKKAR, K. M. A Dominação Ocidental na Ásia. Trad. de Nemésio Salles. Rio de Janeiro: Saga, 1965, p. 160.) A expansão imperialista europeia sobre o continente asiático, ao longo do século XIX e início do século XX, atingiu uma de suas principais expressões na dominação britânica sobre duas das mais antigas civilizações da Ásia: a China e a Índia. Marque a opção a seguir que apresenta uma característica correta da dominação imperialista inglesa sobre a China ou a Índia. a) Na Índia, a extinção do sistema religioso de castas favoreceu a inclusão dos indianos na sociedade inglesa, porque foram utilizados como mão-de-obra barata no parque industrial da Inglaterra. b) Na China, a vitória militar dos ingleses sobre os exércitos imperiais chineses na Guerra do Ópio (1841) determinou a instalação do monopólio da Inglaterra sobre o comércio chinês de especiarias com o ocidente. c) Na Índia, a dominação britânica provocou a destruição da economia tradicional voltada para a subsistência e sustentada por manufaturas têxteis incapazes de concorrer com a produção inglesa de tecidos de algodão. EM_V_HIS_015 d) Na China, a hegemonia política e econômica inglesa impediu a atuação de outras potências imperialistas porque isolou o território chinês pelo Tratado de Pequim (1860). e) Na Índia, uma alta burocracia de indianos exercia a administração das áreas conquistadas para reduzir os custos elevados gerados pelos gastos militares com a dominação imperialista. 3. (UERJ) Se tivéssemos de definir o Imperialismo da forma mais breve possível, diríamos que ele é a fase monopolista do Capitalismo. (LENIN, V. I. O Imperialismo: fase superior do capitalismo. São Paulo: Global, 1987.) Melhor seria ver o Imperialismo como uma extensão à periferia da luta política na Europa. No centro, o equilíbrio estava ajustado tão perfeitamente que não era possível nenhuma ação positiva, nenhuma mudança importante no status ou no território de qualquer dos lados. As colônias tornaram-se um modo de sair do impasse. (FIELDHOUSE. Apud B. J. Cohen. A Questão do Imperialismo. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.) Indique, tomando como ponto de referência os textos, dois fatores que estimularam a expansão imperialista entre 1870 e 1914. 4. (UFRRJ) 1899 Nova York Mark Twain propõe mudar a bandeira (...) Em plena euforia imperial, os Estados Unidos celebram a conquista das ilhas do Havaí, Samoa e as Filipinas, Cuba, Porto Rico e uma ilhota que se chama, eloquentemente, dos Ladrões. O oceano Pacífico e o mar das Antilhas viraram lagos norte-americanos, e está nascendo a United Fruit Company; mas o escritor Mark Twain, velho estraga-festas, propõe que se mude a bandeira nacional: que sejam negras, diz, as listas brancas, e que umas caveiras com tíbias cruzadas substituam as estrelas.(...)” (GALEANO, Eduardo. As Caras e as Máscaras. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. p. 341.) Há exatos cem anos, os Estados Unidos da América estavam inseridos em um processo de dominação territorial e econômica que afetou, igualmente, as grandes potências europeias e o Japão. a) Nomeie esse processo e cite uma de suas principais características econômicas. b) Explique as razões de Mark Twain para sua proposta. 5. (UFRRJ) “Mas, paradoxalmente, o período entre 1875 e 1914 pode ser chamado de Era dos Impérios, não apenas por ter criado um novo tipo de imperialismo, mas também por um motivo muito mais antiquado. Foi provavelmente o período da história mundial moderna Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 7 em que chegou ao máximo o número de governantes que se autodenominavam ‘imperadores’...” a) o retorno de Hong Kong ao governo chinês resultou de um forte sentimento de Nacionalismo de seus habitantes. (HOBSBAWM, Eric. A Era dos Impérios: 1875-1914. Rio de Janeiro: b) a reincorporação de Hong Kong à China decorreu da adesão deste país ao sistema capitalista. O texto do historiador britânico faz referência a um sentido moderno e um sentido tradicional do termo Império, na Europa, na passagem do século XIX para o século XX. a) Cite dois dos Impérios europeus existentes na época, sendo um de cada um dos tipos citados acima. b) Estabeleça uma relação entre Imperialismo e Nacionalismo. 6. (UFU) Desde meados do século XIX até o início do século XX, as nações industrializadas europeias e os Estados Unidos da América empreenderam uma disputa por territórios na África, Ásia e América Latina. Essa disputa ficou conhecida como Imperialismo ou Neocolonialismo. 7. Compare o imperialismo do século XIX com a expansão mercantilista ocorridas nos séculos XV e XVI, quanto ao processo de colonização. (UFSM) Assinale a afirmativa correta em relação ao processo de colonização da África e da Ásia, realizado pelas principais potências mundiais, nos séculos XIX e XX. a) O término do Apartheid, na África do Sul, só foi possível pela derrota dos exércitos ingleses na Guerra dos Bôeres. b) O fim da escravidão, apesar de ser fundamental para a implantação do Capitalismo na África, só ocorreu quando o MPLA (Movimento pela Libertação de Angola) tomou o poder em Angola. c) A conquista colonial teve a finalidade de transformar a África e a Ásia em fornecedores de matérias-primas, consumidores de produtos industriais e receptores de investimentos das potências mundiais. d) O Japão foi o país asiático que mais se beneficiou das colônias conquistadas na África, pois nelas instalou o seu excedente populacional, entre outros benefícios. e) A chamada partilha da África foi consequência direta do Tratado de Paz de Versalhes, firmado entre os vencedores e os perdedores da Primeira Guerra Mundial. 8. (UEL) Sobre Hong Kong, que foi devolvida ao governo da China Continental no dia 1.º de Julho de 1997, depois de 155 anos de domínio britânico, pode-se afirmar que 8 c) a devolução de Hong Kong à China foi consequência do processo de globalização da economia. d) a presença dos ingleses em Hong Kong pode ser entendida como uma prerrogativa da igreja anglicana. e) o domínio britânico em Hong Kong decorreu da expansão do Imperialismo inglês. 9. (PUC Minas) Pela Convenção de Madri de 1880, as principais nações europeias reconheceram a autonomia do Marrocos. Em abril de 1914, a França e a Inglaterra estabelecem bilateralmente a chamada “Entende Cordiale”, por meio da qual a Grã-Bretanha teria total liberdade de ação no Egito, enquanto à França era entregue o Marrocos. Pelo exposto, é correto afirmar que, no período em questão: a) habitualmente os interesses dos povos dominados representavam um fator de peso nas decisões tomadas pelas nações imperialistas. b) apesar dos dispositivos de caráter internacional, a ação política das potências antes da Primeira Guerra era norteada pela força e pelo arbítrio. c) era comum que os atritos entre os países europeus fossem superados por meio de uma arbitragem imparcial e inquestionável. d) tornou-se fundamental garantir a ordem internacional, deslocando-se o poder para os Estados Unidos, país alheio aos problemas europeus. e) a existência de um organismo supranacional possibilitou que os princípios do direito internacional fossem efetivamente respeitados. 10. (UFMG) A expansão neocolonial do final do século XIX pode ser associada à: a) busca de novas oportunidades de investimentos lucrativos para o capital excedente nos países industriais. b) atração pelo entesouramento permitido pela conquista de regiões com jazidas de metais preciosos. c) necessidade de expansão da influência da igreja católica frente ao aumento dos seguidores da Reforma. d) divisão internacional do trabalho entre produtores de matérias primas e consumidores de produtos industrializados. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_015 Paz e Terra, 1988. p. 88.) 1. (UFMG) Em 1793, uma missão comercial britânica chegou à China e conseguiu ser recebida pelo próprio Imperador. Os ingleses solicitavam, principalmente, autorização para abrir uma representação diplomática em Pequim, a abertura de mais portos chineses ao comércio internacional e a redução de tarifas alfandegárias. Em sua resposta ao rei da Inglaterra escreveu o Imperador chinês: “Nunca demos valor a artigos engenhosos, nem temos a menor necessidade das manufaturas de seu país. Portanto, ó rei, no tocante à tua solicitação de enviar alguém para permanecer na capital, ao mesmo tempo que não está em harmonia com os regulamentos do Império celestial, sentimos também muito que isso não trará nenhuma vantagem para o teu país”. (Apud SPENCE, Jonathan. Em Busca da China Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p.134.) Essa atitude do Império chinês estava relacionada: a) ao temor dos governantes chineses de afrontar a opinião nacionalista do país, notadamente após a Revolta Taiping. b) à autossuficiência do sistema econômico imperial, que admitia receber, preferencialmente, metais preciosos em troca de seus produtos. c) à preferência que os chineses davam ao comércio com o Império espanhol, tradicional parceiro dos negociantes orientais. d) à preocupação em proteger a burguesia chinesa, que se sentia ameaçada em relação à concorrência dos produtos ingleses. 2. (Cesgranrio) A expansão imperialista do final do século XIX – início do século XX buscou atender aos interesses das diversas potências europeias e, em consequência, aprofundou as divergências entre as mesmas, levando à formação de blocos antagônicos e à eclosão da Primeira Guerra Mundial. As rivalidades franco-germânicas podem ser atribuídas à: a) construção do canal de Suez, resultado da aplicação de capitais franceses, mas ocupado pela Alemanha, que transformou a região num protetorado. EM_V_HIS_015 b) disputa de terras férteis ao Sul do continente africano, tendo em vista que a África do Norte já era inglesa e que a região do Sahel estava exposta à desertificação. c) partilha da China entre as potências europeias, excluídas a Itália e a Alemanha, por estarem em processo de unificação. d) ocupação da Tunísia pela França, que construiu uma estrada de ferro a qual, seguindo o litoral, alcançava Túnis, inviabilizando definitivamente a permanência alemã na região. e) ocupação francesa do Marrocos, pretendido pela Alemanha, que fracassou após as chamadas crises marroquinas, como as de Tânger e Agadir. 3. (Enem) “O continente africano em seu conjunto apresenta 44% de suas fronteiras apoiadas em meridianos e paralelos; 30% por linhas retas e arqueadas, e apenas 26% se referem a limites naturais que geralmente coincidem com os de locais de habitação dos grupos étnicos”. (MARTIN, A. R. Fronteiras e Nações. São Paulo: Contexto, 1998.) Diferente do continente americano, onde quase que a totalidade das fronteiras obedecem a limites naturais, a África apresenta as características citadas em virtude, principalmente: a) da sua recente demarcação, que contou com térmicas cartográficas antes desconhecidas. b) dos interesses de países europeus preocupados com a partilha dos seus recursos naturais. c) das extensas áreas desérticas que dificultam a demarcação dos “limites naturais”. d) da natureza nômade das populações africanas, especialmente aquelas oriundas da África subsaariana. e) da grande extensão longitudinal, o que demandaria enormes gastos para demarcação. 4. (UFPEL) Em 1997, ocorreu a devolução de Hong Kong pela Inglaterra ao governo chinês. A Inglaterra havia tomado aquele território da China por ocasião da: a) Insurreição dos Taipingues (1845 – 1860), iniciada após a prisão de chineses que traficavam ópio para a Inglaterra. b) Guerra do Ópio (1839-1842), que eclodiu com a destruição, por parte do governo chinês, de cargas de ópio trazidas pelos comerciantes ingleses. c) Guerra dos Cipaios (1857-1859), devida ao rompimento do Tratado de Nanquim, pela China, que havia voltado a produzir o ópio. d) Insurreição dos Boxers (1898-1901), quando os chineses faziam de Hong Kong um centro de exportação de ópio para a Europa. e) Revolução Chinesa (1949), que se expandiu até a Índia, onde os chineses passaram a produzir o ópio para o mercado europeu. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 9 5. (PUC Minas) O acirramento da corrida imperialista no decorrer do século XIX está associado: a) a distribuição igualitária de produção e de capital, dando origem aos monopólios, cujo papel é decisivo na vida econômica. a) ao desenvolvimento acentuado das forças produtivas capitalistas nos países industrializados do ocidente europeu e nos EUA. b) o desenvolvimento de pequenas empresas de capital nacional em grande parte dos países. b) à completa abstenção do Estado em relação ao processo de acumulação de capitais, em função do domínio dos princípios liberais. c) a divisão entre o capital bancário e o capital industrial formando o capital financeiro. d) as maiores potências capitalistas, formando rede de apoio financeiro aos países mais pobres. c) aos desequilíbrios demográficos e econômicos provocados pelas contínuas guerras travadas na Europa no período em questão. e) a exportação de mercadorias, assim como a exportação de capitais, assumindo grande importância. d) à fuga de capitais resultante da profunda crise que se abateu sobre as economias centrais em meados do século passado. e) à desarticulação da classe operária diante do malogro das experiências socializantes, propiciando a queda dos salários reais. 6. (UFRRJ) “Mas, paradoxalmente, o período entre 1875 e 1914 pode ser chamado de Era dos Impérios, não apenas por ter criado um novo tipo de Imperialismo, mas, também, por um motivo muito mais antiquado. Foi provavelmente o período da história mundial moderna em que chegou ao máximo o número de governantes que se autodenominavam ‘imperadores’...” 8. (HOBSBAWM, Eric. A Era dos Impérios: 1875-1914. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. p. 88.) O texto do historiador britânico faz referência a um sentido moderno e um sentido tradicional do termo Império, na Europa, na passagem do século XIX para o século XX. a) Cite dois dos Impérios europeus existentes na época, sendo um de cada um dos tipos citados acima. b) Estabeleça uma relação entre Imperialismo e Nacionalismo. 7. (UFRRJ) O Imperialismo é o Capitalismo chegado a uma fase de desenvolvimento onde se afirma a dominação dos monopólios e do capital financeiro, onde a exportação dos capitais adquiriu uma importância de primeiro plano, onde começou a partilha do mundo entre os trustes internacionais e onde se pôs a termo a partilha de todo o território do globo, entre as maiores potências capitalistas. (Lacoste 1993. Adaptado.) Com base no mapa, analise: a) a diversidade religiosa da população da Índia. b) as implicações políticas da distribuição dos grupos religiosos no país. 9. Por que podemos dizer que o Liberalismo sofreu a primeira crise durante a Segunda Revolução Industrial? (LENIN, V. I. O Imperialismo: fase superior do Capitalismo. São Paulo: A partir da definição acima, pode-se atribuir a seguinte característica ao Imperialismo: 10 Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br EM_V_HIS_015 Global, 1979. p. 88.) 5. a) Inglaterra, França, no primeiro caso, e Rússia, no segundo, por exemplo. 1. E b) O processo de formação dos grandes impérios relaciona-se com à consolidação da ideia de nação, na medida em que as áreas coloniais são alvo de dominação linguística e cultural. Deve se considerar ainda a autoridade soberana do poder imperial por toda a sua extensão territorial. 2. C 3. Dois dentre os motivos: • Grande Depressão de 1873. • necessidade de exportação de mercadorias. • necessidade de exportação de capital. • tensões nacionalistas. • conflitos sociais. • crença na “missão civilizatória”. 6. Nos séculos XV e XVI, o sistema colonial inseria-se no contexto de Capitalismo comercial sendo as colônias, sobretudo na América, mercados de suas Metrópoles e áreas fornecedoras de metais preciosos e produtos tropicais destinados à Europa. 4. a) Imperialismo (Domínio violento de mercado externo). EM_V_HIS_015 b) Mark Twain discordava dos critérios violentos com que se processavam as conquistas imperialistas em particular aos norte-americanos. 7. No século XIX a ação imperialista demandava das necessidades das potências industriais como a obtenção de matérias-primas e a expansão de mercados e de capitais excedentes, sobretudo após a Segunda Revolução Industrial, sendo a África e a Ásia as áreas mais intensamente exploradas. C Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br 11 8. E 9. B 10. A 1. B 2. E 3. B 4. B 5. A 6. a) Inglaterra, França, no primeiro caso, e Rússia, no segundo, por exemplo. b) O processo de formação dos grandes impérios, relaciona-se com à consolidação da ideia de Nação, na medida em que as áreas coloniais são alvo de dominação linguística e cultural. Deve se considerar ainda a autoridade soberana do poder imperial por toda a sua extensão territorial. 7. A 8. a) Em sua enorme população absoluta, a Índia apresenta grande diversidade étnico-religiosa. Grupos principais: hinduístas e muçulmanos, além de cristãos e sikhs. b) Disputas territoriais entre os diversos grupos. Sikhs no Punjab, muçulmanos e hindus na Cachemira, instabilidade. Índia e Paquistão possuem bombas nucleares. 12 EM_V_HIS_015 9. O acelerado processo de industrialização provocou uma vigorosa disputa concorrencial entre empresas e nações, disto resultou a formação de trustes, holdings e carteis empresariais e financeiros, que monopolizavam os mercados, contrariando assim o Liberalismo. Esse material é parte integrante do Aulas Particulares on-line do IESDE BRASIL S/A, mais informações www.aulasparticularesiesde.com.br