Apostila de História 35 – Imperialismo do Século XIX

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Apostila de História 35 – Imperialismo do
Século XIX
1.0 Neocolonialismo
Colonialismo do século XVI – Obtenção de especiarias, gêneros tropicais e metais
preciosos no continente americano.
Neocolonialismo do século XIX:
Superprodução – Necessidade de mercados consumidores de manufaturados
e fornecedores de materiais-primas.
Colônias para instalar parte de seu excedente populacional e novas áreas de
investimentos de capitais.
Continentes – África, Ásia e Oceania.
Capitalismo na fase financeira – Após a Segunda Revolução Industrial, surge a livre
concorrência, gerando monopólios criados com a união de banqueiros e industriais.
“Missão colonizadora” – Os europeus levariam “melhores” condições de vida aos
outros povos.
Dominação imperialista:
Forma direta – Ocupação dos principais cargos governamentais por agentes
metropolitanos.
Forma indireta – Alianças com as elites locais.
Esperava-se a exploração de terras e de mão-de-obra e controle da produção
e do consumo locais.
Moldaram as estruturas econômicas e sociais das regiões em questão em
função das necessidades externas, transformando-as em áreas dependentes.
Participantes da corrida imperialista:
Inglaterra;
França;
Rússia;
Países Baixos;
Bélgica;
Itália (mais tarde, após sua unificação).
Alemanha (mais tarde, após sua unificação).
Portugal.
Espanha.
Disputas entre potências por áreas coloniais – Armamentismo.
Ideologia imperialista:
Racismo:
Falsa idéia de que existam povos culturalmente superiores.
Justificativa para a pseudo-missão civilizadora.
Influência do evolucionismo e do determinismo geográfico.
Má interpretação da Teoria Darwiniana sobre o determinismo social
– A vida na sociedade é uma eterna luta pela sobrevivência, onde os
mais fortes eliminam os mais fracos.
Positivismo – De acordo com Comte, a humanidade evolui de formas bem
primitivas até as formas mais avançadas. O estado mais avançado
(positivista) tem o dever e o direito de civilizar os “povos atrasados”,
difundindo entre eles o progresso técnico-científico.
Diferenças entre Colonialismo e Neocolonialismo:
Área de atuação
Colonialismo
América
Principais agentes
Burguesia mercantil.
Estados europeus.
Etapas do capitalismo
Capitalismo comercial
Motivações
Busca de metais preciosos,
mercados consumidores de
manufaturados e mercados
produtores de gêneros
tropicais
Justificativas
Converter as populações
nativas ao cristianismo
Neocolonialismo
África, Ásia e Oceania
Burguesia financeira e
industrial.
Estados imperialistas
Capitalismo Financeiro
Busca de metais preciosos,
mercados consumidores de
produtos industrializados,
áreas para investimento de
capitais disponíveis,
matérias-primas (petróleo,
ferro, cobre, carvão e
borracha)
Civilizar os povos
“atrasados”, difundindo o
progresso técnicocientífico.
“Superioridade” do homem
branco
2.0 Imperialismo na África
Conferência de Berlim (1884-1885):
Participantes – 14 países europeus, Estados Unidos e Rússia.
Nenhum representante africano/asiático.
Objetivo – Delimitar territórios coloniais e estabelecer normas a serem
seguidas pelas potências colonizadoras.
As fronteiras políticas eram diferentes das fronteiras étnicas – Guerras civis
Supremacia britânica no Norte da África com a obtenção do Canal de Suez –
Encurtava distâncias entre os centros industriais europeus e as áreas coloniais
asiáticas, ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho.
Guerra dos Bôeres (1899-1902):
Inglaterra X Bôeres ou africânderes (colonos holandeses).
Local – Repúblicas livres de Orange e Transvaal, Sul da África.
Descoberta de diamante e ouro no Transvaal – Intensificação da guerra.
Inglaterra vence, anexando os 2 territórios e criando a União Sul-Africana.
3.0 Imperialismo na Ásia e Oceania
3.1 Índia
Inglaterra fez da Índia uma colônia na Guerra dos Sete Anos, durante a
independência dos EUA:
Situação de colônia dava proteção à Índia por parte da Inglaterra.
Estabelecia ocupação e controle da administração local.
1806 – Inglaterra anexa a Birmânia na península da Indochina.
Introdução da estrutura administrativa britânica – Construção de estradas e
organização de missões políticas e religiosas.
Destruição da tradicional economia indiana (subsistência e manufaturas têxteis).
Guerra dos Sipaios:
Guerra contra os oficiais ingleses.
Pretexto – Uso de novos cartuchos para as armas que eram revestidos de
graxa animal, considerada impura e contrária às crenças indianas.
1876 – Primeiro-ministro britânico transforma a Índia em parte do Império
Britânico, sendo a rainha coroada com o título de imperatriz da Índia.
As colônias britânicas e a Inglaterra, temendo uma nova potência emergente,
estabeleceram um pacto – British Commonwealth of Nations (Comunidade
Britânica de Nações); Existe até hoje.
3.2 Japão
Japão reagiu à presença européia em seu território – Missões jesuíticas.
1616 – Massacre de cristãos japoneses e, mais tarde, fecharam os portos aos
estrangeiros, isolando-se do resto do mundo por 2 séculos.
Século XIX – Estrutura sócio-política do Japão:
Daimios – Aristocracia.
Samurais – Guerreiros profissionais contratados pelos daimios.
Xogunato:
Comandantes militares com grande influência política.
Estava sob domínio de uma única família – Tokugawa.
Exercia seu poder na cidade de Edo (Tóquio).
Micado:
Imperador.
Exercia poder formal a partir da cidade de Kyoto.
1854 – EUA forçam a abertura dos portos japoneses ao comércio mundial, sendo
estes obrigados a assinar acordos comerciais com vários países.
Europeização do país.
Aumento do nacionalismo e oposição ao xogum por permitir a abertura.
Imperador promove a centralização política – Início da Era Meji, marcada pelo
Industrialismo e modernização.
Guerra Russo-Japonesa:
Disputa da Manchúria (território da China).
Tratado de Portsmouth – Rússia se rende.
Século XX – Japão se torna um dos países mais avançados do mundo.
3.3 China
Grande crescimento demográfico chinês – Grande mercado consumidor.
Penetração dos países imperialista se deu por várias guerras.
Guerra do Ópio (1841):
Ópio – Utilizado como medicamento.
Inglaterra força o produto para a exportação, transformando-o na principal
fonte de verba – Disseminação do vício entre os chineses.
Autoridades chinesas obrigaram o representante britânico a entregar 20 mil
caixas de ópio e jogá-las no mar – Inglaterra exige uma indenização, que
não foi paga, iniciando-se o conflito.
China é derrotada e obrigada a assinar o tratado de Pequim – Abertura de
mais sete portos ao comércio internacional, instalação de embaixadas
européias e o direito de atuação de missões cristãs em território chinês.
Guerra contra o Japão pela Manchúria:
Rússia intervém – Japão fica com a ilha de Formosa e uma indenização de guerra.
Guerra dos Boxers:
Boxers ou “punhos fechados” – Chineses nacionalistas radicais que
objetivavam libertar o país.
Grande rebelião acaba com a morte de 200 estrangeiros e o embaixador
alemão – Força expedicionária internacional invadiu a China, subjugando-a
e obrigando-a a reconhecer todas as concessões já realizadas às potências
imperialistas.
1911 – Partido Nacionalista Chinês (Kuomintag) proclamou a República.
Não conseguiu resolver os problemas sócio-econômicos chineses – Presença
imperialista internacional no país.
3.4 Indochina
Intensificação da penetração francesa no Sudeste Asiático pela iniciativa missionária
francesa.
Tropas de Napoleão III completaram a dominação – Criação da União Indochinesa.
Exploração de carvão, chá e arroz.
4.0 Consequências
Metrópoles:
Enormes lucros.
Solução parcial para as suas crises de mercado e de superpopulação.
Intensificação do seu desenvolvimento.
Amenização das divergências políticas e das lutas sociais internas.
Aumento das divergências nacionais – Rumo à Primeira Guerra Mundial.
Colonizados:
Submissão.
Desestruturação socioeconômica, política e cultural.
Miséria, fome e lutas nacionalistas.
Segregação racial e social.
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