Edição 62 - Santa Helena

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Edição 62 | Ano XI | julho/agosto 2015
SEJA GENTIL!
Gentileza e apoio dos colegas
ajudou uma enfermeira
a superar incidente em casa
ENVELHECIMENTO
Prevenir as quedas ajuda
a manter a qualidade de
vida e a saúde dos idosos
AMAMENTAÇÃO É
FUNDAMENTAL
O leite materno é um alimento
completo até os seis meses
de vida de todos os bebês
CUIDADO
COM O SAL
Para manter uma
alimentação mais
saudável e com muito
sabor use temperos
naturais e diminua
a ingestão de sal
HSH implanta
triagem de
manchester
EDITORIAL
Acolhimento diferenciado
Coordenação geral
Diretor-presidente
Fernando Fornias
Diretor vice-presidente
Ronaldo Kalaf
Edição e coordenação
Adenilde Bringel (Mtb 16.649)
Reportagem
Adenilde Bringel e Elessandra Asevedo
Fotos
Ilton Barbosa e Pager Tecnologia
Editoração Eletrônica
Milena Bianchesi
Estagiário
Vitor Gitti
Projeto gráfico e Produção editorial
Companhia de Imprensa
Divisão Publicações (11-4432-4000)
Central de Agendamento
Consultas e exames
(11) 4336-9777
(Exceto exames especiais)
SAC 24 Horas
Informações, dúvidas, reclamações,
orientações sobre suspensão ou
cancelamento – 0800-191817
Ouvidoria e Fale Conosco
www.santahelenasaude.com.br
S
empre tivemos uma grande preocupação em oferecer um excelente atendimento aos nossos quase 300 mil beneficiários,
desenvolvendo diferentes ferramentas que possibilitem administrar cada vez melhor as nossas demandas. A partir de agora, com
a implantação do Sistema de Triagem de Manchester, um protocolo
internacional de análise de riscos de pacientes, poderemos atender
os casos mais urgentes com ainda mais agilidade, cumprindo nosso
papel fundamental de proteger a vida e a saúde.
Como poderão ler em detalhes na reportagem das páginas 4 e
5, essa nova ferramenta que, inicialmente, está sendo implantada no
Hospital Santa Helena (HSH), em Santo André, dará à nossa equipe
médica condições ainda mais seguras para um acolhimento adequado, mantendo os pacientes menos graves em situação de conforto e atendendo as urgências e emergências de forma mais efetiva.
Este protocolo não é uma exclusividade da Santa Helena, mas
temos nos empenhado ao máximo para utilizar a nova ferramenta em
prol de pacientes e seus familiares, deixando todos mais bem informados sobre os quadros clínicos e mais seguros em relação às suas
queixas e necessidades. Um expressivo contingente de enfermeiros
foi treinado e qualificado para trabalhar com o Sistema de Triagem
de Manchester que, em breve, será estendido a toda a nossa rede.
Nossos leitores devem ter percebido, a partir da capa desta edição, que a revista Diálogo Saudável está totalmente renovada. Ao
comemorar 35 anos de existência, a Santa Helena resolveu dar de
presente aos clientes e beneficiários uma revista mais moderna, diferenciada e com temas de interesse de todos os que buscam uma
vida mais saudável.
A cada edição, os leitores terão acesso a informações de Saúde,
Nutrição, Materno-infantil, Viva Bem e Envelhecer Saudável, temas
que, sem dúvida, são importantes para quem pretende ter uma vida
longa e com boa qualidade. Também convidamos todos a participar
da coluna Movimento Gentileza, contando suas histórias e ampliando essa grande rede mundial que visa tornar as pessoas mais gentis. Espero que gostem das novidades.
Fernando Fornias
Diretor-presidente
ÍNDICE
4 Em Pauta
6 Movimento
6 Envelhecer
Saudável
Gentileza
Passos
7 Primeiros
7 Equilíbrio
8 Viva Bem
Triagem de
Manchester
chega ao HSH
Enfermeira relata
como colegas
foram solidários
Cigarro provoca
milhões de mortes
por ano no mundo
Substitua o sal
por diferentes
temperos naturais
2
Santa Helena Saúde
Cuidados evitam
as quedas na
vida de idosos
Leite materno é
alimento ideal até
os seis meses
EMPRESA
Pelos direitos dos
servidores públicos
Santa Helena é a operadora de saúde
dos associados do SindServ Ribeirão Pires
O
Simone Beatriz é a presidente do Sindicato
Sindicato dos Servidores Públicos Muni­
ci­­­­pais na Prefeitura,
Câ­­­mara e Autarquias, Estatutários e CLTs da Estância
Turística de Ribeirão Pires­
(SindServ) foi criado no ano
de 1988 com o objetivo de
cuidar dos interesses dos
funcionários públicos daquele município. Além de manter
os direitos ativos, o trabalho
do Sindicato tem como foco
a manutenção e a conquista
de novos benefícios, como
cesta básica e convênios.
E como a saúde, o bem-­
estar e a qualidade de vida
estão entre as prioridades
do trabalho do órgão, desde agosto de 2014 a Santa
Helena é a responsável por
cuidar da saúde de seus filiados. A escolha pelo plano
ocorreu após uma tomada
de preços entre diferentes
empresas, na qual a Santa­
Helena mostrou melhor cus­
to-­
benefício. O fa­
to de a
­o­p­e­­­rado­ra de saúde ter uni­
d­a­­­­­des de atendimento­ disponíveis em todo o Grande
ABC também é elogia­do pelos conveniados.
“Te­
mos 3,7 mil vidas no
plano de saúde e, como a
maioria faz um balanço positivo do atendimento, pretendemos renovar em agosto para que a Santa Helena
continue atendendo a categoria”, afirma a presidente
do SindServ Ribeirão Pires,
Simone Beatriz. A gestora
acrescenta que o papel do
Sindicato é sempre trabalhar
para que todos os benefícios
conquistados pela categoria­
sejam mantidos e para que
novos sejam inseridos.­­
BENEFICIÁRIOS
Cuidado e atenção nos momentos delicados
D
esde que a tia paterna faleceu de
câncer de mama, há oito anos, a
balconista Joelma de Moura Neves,­
de 37, passou a pensar mais sobre o
assunto e procurar especialistas com
medo de ter a doença. Como não tinha
convênio médico na época, sempre ou­
via na rede pública de saúde que não
preci­sava fazer exames de diagnóstico
precoce. Preocupada com a possibi­
lidade de não ter atendimento adequado
se precisasse, há quatro anos Joelma
resolveu fazer um convênio com a Santa
Helena Saúde.
No ano passado, a balconista­pas­
sou a sentir um pequeno caroço no seio
e resolveu agendar uma consulta com
o ginecologista. Encaminhada ao mas­
tologista, fez uma série de exames e foi
constatado que seria necessário fazer
uma cirurgia. Com medo, a balconista
não retornou, mas, em março deste ano,
voltou ao médico e, em abril, passou
pela primeira cirurgia para retirada do
nódulo. Durante o procedimento foram
encontrados mais dois nódulos e, como
consequência, a beneficiária passou por
mais duas cirurgias para retirada de par­
te da mama e implante de cateter para
quimioterapia.
Embora ainda esteja em tratamento,
Joelma está muito satisfeita com o aten­
dimento que vem recebendo do médi­
co mastologista Renato de Abreu Filho,
que sempre conversou muito, ouviu as
queixas e foi paciente com ela. “É um
médico que tem muito cuidado com as
pacientes e, por isso salva vidas. Tenho
contato com outras mulheres que tam­
bém são atendidas por este profissional
e os elogios são os mesmos. As equipes
de enfermagem também estão de para­
béns. Durante as minhas internações
e agora, na quimioterapia, sempre fui
tratada com muita preocupação. Isso é
muito importante, pois é um momento
muito delicado da minha vida”, elogia.
jul/ago de 2015
3
EM PAUTA
Acolhimento que faz a diferença pa
Hospital Santa Helena (HSH) começa a implantar protocolo de classificação de risco para pacientes
O
aumento na demanda em
serviços de urgência e e­­
mer­­­­gência é um problema­
atual e o tempo de espera por
a­ten­dimento pode comprometer­
a­situação do paciente. Neste
con­texto, a triagem é fundamental
para­a gestão eficaz destes serviços, a­de­quando o tempo de espera do pa­ciente de acordo com
sua­condição clínica e reduzindo
o­impacto negativo em pacientes
crí­ticos. Por­isso, a Santa Helena
a­ca­ba de ini­ciar a fase de testes
para implantação do Sis­
tema de­
Triagem de Manchester (STM) no­
pronto atendimento do Hos­
pital
Santa Helena (HSH) para todos
os pacientes clínicos (exceção de
Ortopedia e Pediatria). Por meio
de pulseiras coloridas que indicam
a gravidade dos casos, os pacientes são previamente tria­dos e
atendidos na medida da ur­gência
e complexidade de cada quadro.
4
Santa Helena Saúde
“
A ferramenta
internacional vem
sendo usada há
quase 20 anos
”
O Sistema de Triagem de Man­
chester (STM) foi criado em 1997
na Universidade de Manches­ter,
na Inglaterra, e é usado no Reino Unido desde então com alto
grau de segurança, além de ter
sido adotado em vários outros
países, como Portugal, Espanha,
Holanda, Alemanha e Suécia, assim como no Brasil. “É uma ferramenta internacional que vem
sendo usada há quase 20 anos
no mundo com alto grau de segurança e precisão, permitindo o
acolhimento adequado dos pacientes e a estratificação confiável
de riscos”, informa o médico Eric
Strose, diretor técnico do HSH e
responsável pela implantação do
protocolo na Santa Helena.
Depois de uma triagem realiza­
da por equipe de enfermagem
pre­viamente treinada e qualificada­
para uso da ferramenta, o pacien­
te é identificado com pulseiras
(veja acima) e encaminhado pa­ra
o atendimento médico, que po­
de ser imediato – em caso de ur­
gên­­
cia e emergência – ou não.
A equipe de enfermagem avalia
sinais e sintomas apresentados
pelos pacientes e direciona para
52 fluxogramas pré-estabele­
ci­
dos, que irão indicar a gravidade
do­problema e a precocidade
com que o atendimento deve ser
rea­
lizado, sem impacto negativo
para o paciente. Entre os fatores
avaliados estão queixas, escala
de dor, pressão arterial, temperatura e frequência cardíaca, assim
como risco iminente de morte,
presença de hemorragia e estado
CURTAS
ara os beneficiários
s do pronto atendimento
Hábitos pouco
saudáveis levam
a zumbido
Aguardo ou encaminhamento
para outros serviços de saúde
Aguardo sem prioridade
Ausência de sintomas graves com necessidade
de avaliação do médico especialista
Condições clínicas favoráveis
para aguardar prioritariamente
Atendimento o mais
prontamente possível
Atendimento imediato
de consciência. “Importante frisar
que o tempo de espera aceitável
indicado pelo sistema de classifi­
cação, em todos os casos, jamais­
agravará a situação do paciente”,
destaca o diretor.
O médico Eric Strose é diretor técnico
Cores indicarão
nível de gravidade
O Sistema de Tria­
gem­
de Manchester (STM) divide
os riscos em seis cores. Os
pacientes podem ser classi­
fi­
cados nas cores Branca:
sem quei­
xas clínicas; Azul: Não
Urgente; e Verde: Pouco Urgente. Na medida em que as cores
vão ficando mais intensas, o ris­
co­também aumenta. A pulseira­
Amarela sinaliza Urgência; a La­
ran­­
ja indica Muita Urgência; e a
Ver­melha classifica Emergência, o
que significa atendimento imedia­
to. Para entender a gravidade de
seu quadro, cada paciente e familiar deverá ficar atento para a cor
da pulseira e, consequentemente,
para a prioridade que será dado
ao atendimento.
Segundo o médico Eric Stro­
se,­­­o Sistema de Triagem de
Man­chester fortalece a confiança­
no relacionamento médico/paciente e deverá ajudar a agilizar
ainda mais as consultas, uma vez
que os médicos já terão infor­ma­
ções importantes sobre o qua­
dro clínico de cada paciente. “O
protocolo também vai aumentar
a segurança dos beneficiários,
que estarão bem estratificados e
terão atendimento priorizado na
medida da necessidade, a fim de
evitar piora na sua condição de
saúde”, avalia. Além do HSH, o
Sistema de Triagem de Manches­
ter será adotado em todos os
ser­
viços de pronto atendimento
da rede Santa Helena.
U
m levantamento da Associação­
de Pesquisa Interdisciplinar­
e Divulgação do Zumbido
(APIDIZ)­indica que, no Brasil, apro­
ximadamente 48 milhões de pes­
soas têm zumbido no ouvido. O
aumento do problema nos últimos
anos ocorreu devido a novos hábi­
tos – nem sempre saudáveis – da
população, que cada vez mais cedo
fica exposta à poluição sonora, per­
manece longos períodos sem comer
ou ingere muitos doces, gorduras e
cafeína, além de usar celular mais
de uma hora por dia. Como o zum­
bido é uma sensação interna de ‘ou­
vir um som’, em geral o problema é
mais facilmente percebido na hora
de dormir, em razão do silêncio do
ambiente. “Com isso, outros proble­
mas surgem, como insônia e falta de
concentração para ler, já que ambas
costumam ser feitas no silêncio”,
afirma a presidente da APIDIZ, a mé­
dica Tanit Ganz Sanchez.
jul/ago de 2015
5
MOVIMENTO
GENTILEZA
ENVELHECER SAUDÁVEL
Queda e qualidade de vida
O simples ato de cair pode
trazer graves consequências
para a população idosa
C
D
esde pequena gosto de estar
pró­xima das pessoas e ajudá-­
las no que estiver ao meu al­
cance. Nunca fiz nada para obter
qual­quer coisa em troca, mas, nos
momentos difíceis, percebemos que
existe uma lei de retorno. E, para
mim, isso se confirmou em fevereiro
deste ano.
Moro em Santo André com meu
es­po­so e dois filhos. Naquele dia, saí
do plantão e fui para casa. Depois­
de liberar o Leonardo, de nove anos,
para a escola, fui dormir um pou­co
com o Fernando, de três anos. Por
volta de 10 horas, quando ele pediu
a mamadei­ra, levantei e percebi que
a sala estava em chamas, devido a
um curto-circuito.­­
Corri para salvar meu filho e só
pensava em sair dali. Os vizinhos
acionaram os bombeiros e, felizmen­
te, conseguiram salvar a minha ca­
chorrinha. Como íamos mudar, a
maioria das coisas estava em caixas
e perdemos quase todas as roupas,
calçados, móveis, brinquedos. Só
sal­vamos a geladeira, o micro-ondas
e a máquina de lavar. Ao saberem
do in­
cidente, colegas de trabalho,
muitos com os quais eu nem tinha
contato, se mobilizaram e fizeram
campanha para ajudar.­
Médicos e outros colegas doaram
valores, móveis, roupas. Pessoas de
todos os plantões demonstraram
respeito, carinho e solidariedade co­
nosco. O que eu sempre quis fazer
pelas pessoas foi feito por mim e
pela minha família. Foi quando veio
na minha mente que existe a lei do
retorno. Meu eterno agradecimento
a todos aqueles que estiveram pre­
sentes comigo naquele momento
tão difícil.
Vanessa Gameiro é auxiliar de Enfermagem
no Hospital e Maternidade Santa Helena
Você também tem uma história de gentileza para
contar? Envie para o e-mail [email protected].
6
Santa Helena Saúde
om o aumento mundial na
expectativa de vida graças
aos avanços da medicina,
e o consequente crescimento da
população idosa, observa-se um
problema que pode diminuir o estado de saúde e a qualidade de
vida nesta faixa etária: as quedas.
Os acidentes – domésticos e fora
de casa – e as consequências
que­trazem para a vida dos idosos
já se constituem em um problema de saúde pública com grande impacto social e representam
a principal causa de incapacidade
desta população.
Dados demográficos estimam
que aproximadamente 33% dos
idosos brasileiros que vivem em
casa e 50% dos que residem em
instituições têm, pelo menos, uma
queda por ano. Em geral, de 40%
a 60% dessas quedas levam a algum tipo de lesão e, destas, entre
30% e 50% têm menor gravidade,
enquanto em 5% a 6% os resultados são mais graves e 5% terminam em fraturas. “A fratura do colo
do fêmur representa a principal
causa de hospitalização aguda por
queda e cerca de 50% dos idosos
acabam morrendo no primeiro ano
após o problema”, alerta o médico
geriatra Rafael Canineu, coordenador da Central Telefônica, Estratificação de Riscos e Relatórios Gerenciais da Santa Helena.
Os riscos de queda têm fatores
inerentes aos próprios indivíduos,
como idade, sexo (as mulheres
ca­em mais), história de queda prévia, força muscular comprometida,
depressão, alterações cognitivas,
doenças articulares, perdas sensoriais e incontinências. Mas também há fatores externos que podem ajudar a aumentar o risco de
quedas, como piso escorregadio,
iluminação inadequada e ausência
de barras de apoio em banheiros, por exemplo, além de uso de
calça­
dos impróprios, utilização de
mú­l­­tiplas medicações e de sedativos que alteram o equilíbrio, e até
mesmo a ingestão de álcool.
Segundo o médico Rafael Canineu, o idoso que sofre uma queda
deve receber atenção dos familiares e cuidadores, atendimento
especializado para uma avaliação
precisa e cuidado dos ferimentos
resultantes do tombo. Estes idosos­
devem ser submetidos a uma
avalia­ção clínica completa, que in­
clui análise musculoesquelética,
sen­so­rial, neurológica e cardiovas­
cular, funcional, psicológica e ambiental. “Também é preciso avaliar a
presença de osteoporose e, caso
a doença seja diagnosticada, deve
ser devidamente tratada”, explica.
Seis passos para prevenir a queda
Use calçados que possam ser
fe­chados na parte de trás e possuam sola antiderrapante;
Mantenha os ambientes iluminados, inclusive durante o dia e de
madrugada;
Use barras de apoio ou corrimãos
para auxiliar o idoso nas movimen­
tações nos ambientes da ca­
sa,
inclusive nos banheiros;
Evite móveis baixos e tapetes em
todos os ambientes da casa;
Faça avaliação periódica da acuidade visual, principalmente para
pacientes diabéticos;
Sinalize o médico sobre queixas
de desequilíbrio ou diminuição de
força, para que família e ido­so­recebam orientação sobre atividade
física ou reabilitação, se necessário.
PRIMEIROS PASSOS
Saúde em forma de leite
Amamentação é importante
para o bebê e para as mães
O
aleitamento materno traz vários benefícios pa­
ra­a mãe,
o be­bê e a fa­­­mília, tan­to no
âmbito da saú­
de quan­
to fi­
nan­
cei­
ro. Nos primei­
ros se­
is meses
de vida, o leite hu­
mano­deve ser­
o único alimento por con­ter todos
os nu­
trientes necessários para o
de­
se­
nvolvimento da criança. Para
re­­
forçar a importância do ato, o
Hospital e­Maternidade San­ta Helena criou uma pro­gramação especial durante a Se­mana Mundial da
Amamentação, em agosto (foto).
A amamentação favorece a
con­­­­tração uterina, diminuindo o ris­­­
co­­de hemorragia no pós-parto e
e­
vi­
tando anemia; ajuda na perda
de­­peso da mulher e pode evitar o
cân­cer de mama e­a osteoporose.­
“Os bebês amamentados ex­clusi­
va­­­mente em seio materno também
cres­cem­­mais inteligentes e saudá­
veis. A­amamentação fortalece a
re­
lação afe­
tiva entre mãe e­filho,
gerando cria­
nças mais tranquilas,
seguras e felizes”, orienta Sandra
Regina Te­­
les, enfermeira da área
de ama­men­­tação da Maternidade.
Os be­ne­­fícios se estendem pa­
ra a idade adulta, pois diminuem
as chances de cân­­cer, obesidade,­
cardiopatias, hi­­­­per­­­tensão e diabe­
tes. Grávida de gêmeos, a comer­
ci­an­­­­­­­­­te Andressa Graciele Barbosa
dos­­Santos Garcia garante que vai
a­ma­­mentar os dois bebês. “Minha
pri­­meira filha mamou até dois anos
e­­­­
é­uma criança saudável e es­
per­
ta”, afirma. Já a recepcionista
Claudia Regina Justi Correia afirma
que vai amamentar até quan­do for
necessário e sua filha Alexia­quiser.
Lembre-se
O leite materno é de fácil digestão
e o bebê pode mamar o quanto
quiser nos primeiros meses;
O bebê deve sugar uma mama até
que esvazie completamente. Somente depois ofereça a outra;
Toda mãe é capaz de produzir leite.
Estando tranquila, o leite sairá com
mais facilidade;
Quanto mais o bebê sugar, mais
leite será produzido;
O leite materno nunca é fraco. To­
do­leite é forte e bom;
Para o bebê mamar mais, não
o­fe­reça chás, água, suco ou outro tipo de leite nos primeiros seis
meses.
EQUILÍBRIO
Veneno em forma de vício
P
rincipal causa de morte evitável
no mundo, o tabagismo é res­
ponsável por 63% dos óbitos
causados pelas doenças crônicas não
transmissíveis, e a Organização Mun­
dial da Saúde (OMS) estima que, até
2030, 8 bilhões de mortes estarão re­
lacionadas ao fumo. O cigarro é com­
posto por 4,7 mil substâncias tóxicas,
sendo que 40 podem levar ao de­
senvolvimento de câncer de pulmão,
estômago, esôfago, pâncreas, rins e
bexiga. Além disso, o cigarro causa
doenças respiratórias e do sistema cir­
culatório, como infarto, acidente vas­
cular cerebral (derrame) e insuficiência
arterial.
Todos os fumantes estão sujeitos
a desenvolver doenças, até mesmo
aqueles que fumam apenas um ou
dois cigarros por dia. As substâncias
também podem prejudicar a saúde
das pessoas que não fumam, mas
convivem com fumantes e ficam em
ambientes fechados inalando fumaça.
O principal componente que leva ao
vício é a nicotina, que age no cérebro
e causa sensação de prazer imediato.
Na lista de componentes altamente
tóxicos estão, ainda, o monóxido de
carbono, a amônia, o formaldeído, as
cetonas e o chumbo.
Os jovens estão na faixa de maior
risco para uso e vício do cigarro, pois,
além de serem emocionalmente instá­
veis, frequentam ambientes que facili­
tam o acesso. “As pessoas com doen­
ças psiquiátricas, como ansiedade
e depressão, também estão mais
sujeitas ao fu­mo”, infor­ma a mé­
dica Jacqueline Miyake,­do Am­
bulatório de Medi­
cina Interna
da Santa Helena. A boa notícia
é que, de 1989 até 2013, caiu
o número de novos fumantes
devido à proibição do fumo em
locais públicos e pelo aumento
de taxas e impostos.
Outro ponto positivo é que
existem tratamentos medicamentosos
e terapêuticos para ajudar a largar o
vício, mas os efeitos só acontecem
quando o fumante decide realmente
parar. “Homens param mais rápido
e têm menos recaídas. As mulheres,
devido aos hormônios, ficam com o
humor mais instável e têm mais difi­
culdades em largar o vício. O tempo e
o tipo de tratamento depende de cada
pessoa, mas, no geral, são bem satis­
fatórios”, acentua a médica.
jul/ago de 2015
7
VIDA SAUDÁVEL
Sem excessos!
Sal é importante para o organismo, mas na dose certa
R
esponsável por inúmeras re­a­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ções­­­­­­­ metabólicas, co­­­­­­­­mo­ regula­ção da
osmolaridade (ca­
pacidade de
dissolver) de­fluidos, contrações muscula­
res­e estímulos
nervosos, o sal é fundamental para a vida humana, mas
deve fazer parte­da dieta diária
com moderação. Isso porque
o excesso no­­consumo pode
ocasionar re­tenção hídrica, hipertensão, do­enças cardíacas
e renais, en­
tre­outros problemas. Portanto, deixar de colocar mais uma pitada de sal nos
alimentos pode fazer a diferença entre a saúde e a doença.
A nutricionista Camila Be­
len­­­
tani, da Santa Helena, explica que cada grama de sal
contém­400 microgramas
(mgr) de sódio. P­or­isso, a recomendação diária é diferenciada para cada grupo de indivíduos. Enquanto­um adulto
saudável pode consumir até 5
gramas de sal/dia (1/2 colher
de café), para crianças de 1 a
3 anos de idade a recomendação é de 3,5 mgr; de 4 a 8
anos é 4,5 mgr; e de 9 a 13
anos é 5,5 mgr. “Para idosos
e hipertensos a recomendação é 4 gramas de sal/dia, enquanto pessoas com do­enças
cardíacas e renais de­vem consumir apenas 2 gra­
mas diários”, afirma.
Para manter a alimentação
saudável sem exceder no uso
do sal, a dica é abusar das ervas e temperos naturais, como
alho, cebola, salsinha, ceboli­
nha, coentro, manjericão, cur­
ry,­­­­ páprica, pimentas, sálvia,
estragão, feno grego, mostarda em pó, hortelã e dill, que
podem ser usados na forma
de caldos ou in natura. “Existe­
uma infinidade de temperos
naturais que deixam a comida muito saborosa sem a necessidade de usar temperos
prontos ou muito sal”, acrescenta. A­nutricionista garante
que é muito difícil encontrar
um indivíduo­com problemas
por ingestão insuficiente de
sal, pois o sódio é fartamente
encontrado em inúmeros alimentos (veja quadro).
Caldo saudável
Ingredientes
2 cebolas grandes partidas ao meio, 2 folhas de louro, 4 cravos, 2 dentes de alho, 1
cenoura em rodelas, 1 batata em rodelas, 2 inhames em rodelas, 3 tomates partidos
ao meio, 3 hastes de alho porró (só a parte verde), salsinha, cebolinha, tomilho, man­
jericão e alecrim.
Modo de preparo
Prenda a folha de louro com os cravos em cada metade das cebolas, coloque em uma
panela com um pouco de azeite e deixe dourar um pouco. Em seguida acrescente
cenoura, batata, inhame, tomate e o alho porró. Acrescente 3 litros de água e, em se­
guida, amarre com barbante (como um buquê) salsinha, cebolinha, tomilho, manjericão
e alecrim para acrescentar ao caldo. Deixe por três horas em fogo baixo para reduzir
para aproximadamente 1 litro. Coe e armazene na geladeira por até três dias ou colo­
que no freezer, onde dura até um mês. Este caldo pode ser usado para cozinhar arroz,
frango, carnes, sopas, molhos e muitas outras preparações.
Pacientes com problemas renais não podem consumir o caldo.
8
Santa Helena Saúde
Nutricionista Camila Belentani: dicas
FIQUE ATENTO AO SÓDIO
NOS ALIMENTOS
Azeitona verde (cerca de 30g) = 925 mg
Picles (cerca de 30g) = 440 mg
Biscoito salgado (cerca de 30g) = 475 mg
Bacon (3 fatias grelhadas) = 300 mg
Batata frita (cerca de 30g) = 135 mg
Salame (cerca de 50g) = 575 mg
Presunto magro (cerca de 50g) = 700 mg
OBS.: Um miligrama (mg) corresponde
à milésima parte do grama.
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