Edição 62 | Ano XI | julho/agosto 2015 SEJA GENTIL! Gentileza e apoio dos colegas ajudou uma enfermeira a superar incidente em casa ENVELHECIMENTO Prevenir as quedas ajuda a manter a qualidade de vida e a saúde dos idosos AMAMENTAÇÃO É FUNDAMENTAL O leite materno é um alimento completo até os seis meses de vida de todos os bebês CUIDADO COM O SAL Para manter uma alimentação mais saudável e com muito sabor use temperos naturais e diminua a ingestão de sal HSH implanta triagem de manchester EDITORIAL Acolhimento diferenciado Coordenação geral Diretor-presidente Fernando Fornias Diretor vice-presidente Ronaldo Kalaf Edição e coordenação Adenilde Bringel (Mtb 16.649) Reportagem Adenilde Bringel e Elessandra Asevedo Fotos Ilton Barbosa e Pager Tecnologia Editoração Eletrônica Milena Bianchesi Estagiário Vitor Gitti Projeto gráfico e Produção editorial Companhia de Imprensa Divisão Publicações (11-4432-4000) Central de Agendamento Consultas e exames (11) 4336-9777 (Exceto exames especiais) SAC 24 Horas Informações, dúvidas, reclamações, orientações sobre suspensão ou cancelamento – 0800-191817 Ouvidoria e Fale Conosco www.santahelenasaude.com.br S empre tivemos uma grande preocupação em oferecer um excelente atendimento aos nossos quase 300 mil beneficiários, desenvolvendo diferentes ferramentas que possibilitem administrar cada vez melhor as nossas demandas. A partir de agora, com a implantação do Sistema de Triagem de Manchester, um protocolo internacional de análise de riscos de pacientes, poderemos atender os casos mais urgentes com ainda mais agilidade, cumprindo nosso papel fundamental de proteger a vida e a saúde. Como poderão ler em detalhes na reportagem das páginas 4 e 5, essa nova ferramenta que, inicialmente, está sendo implantada no Hospital Santa Helena (HSH), em Santo André, dará à nossa equipe médica condições ainda mais seguras para um acolhimento adequado, mantendo os pacientes menos graves em situação de conforto e atendendo as urgências e emergências de forma mais efetiva. Este protocolo não é uma exclusividade da Santa Helena, mas temos nos empenhado ao máximo para utilizar a nova ferramenta em prol de pacientes e seus familiares, deixando todos mais bem informados sobre os quadros clínicos e mais seguros em relação às suas queixas e necessidades. Um expressivo contingente de enfermeiros foi treinado e qualificado para trabalhar com o Sistema de Triagem de Manchester que, em breve, será estendido a toda a nossa rede. Nossos leitores devem ter percebido, a partir da capa desta edição, que a revista Diálogo Saudável está totalmente renovada. Ao comemorar 35 anos de existência, a Santa Helena resolveu dar de presente aos clientes e beneficiários uma revista mais moderna, diferenciada e com temas de interesse de todos os que buscam uma vida mais saudável. A cada edição, os leitores terão acesso a informações de Saúde, Nutrição, Materno-infantil, Viva Bem e Envelhecer Saudável, temas que, sem dúvida, são importantes para quem pretende ter uma vida longa e com boa qualidade. Também convidamos todos a participar da coluna Movimento Gentileza, contando suas histórias e ampliando essa grande rede mundial que visa tornar as pessoas mais gentis. Espero que gostem das novidades. Fernando Fornias Diretor-presidente ÍNDICE 4 Em Pauta 6 Movimento 6 Envelhecer Saudável Gentileza Passos 7 Primeiros 7 Equilíbrio 8 Viva Bem Triagem de Manchester chega ao HSH Enfermeira relata como colegas foram solidários Cigarro provoca milhões de mortes por ano no mundo Substitua o sal por diferentes temperos naturais 2 Santa Helena Saúde Cuidados evitam as quedas na vida de idosos Leite materno é alimento ideal até os seis meses EMPRESA Pelos direitos dos servidores públicos Santa Helena é a operadora de saúde dos associados do SindServ Ribeirão Pires O Simone Beatriz é a presidente do Sindicato Sindicato dos Servidores Públicos Muni­ ci­­­­pais na Prefeitura, Câ­­­mara e Autarquias, Estatutários e CLTs da Estância Turística de Ribeirão Pires­ (SindServ) foi criado no ano de 1988 com o objetivo de cuidar dos interesses dos funcionários públicos daquele município. Além de manter os direitos ativos, o trabalho do Sindicato tem como foco a manutenção e a conquista de novos benefícios, como cesta básica e convênios. E como a saúde, o bem-­ estar e a qualidade de vida estão entre as prioridades do trabalho do órgão, desde agosto de 2014 a Santa Helena é a responsável por cuidar da saúde de seus filiados. A escolha pelo plano ocorreu após uma tomada de preços entre diferentes empresas, na qual a Santa­ Helena mostrou melhor cus­ to-­ benefício. O fa­ to de a ­o­p­e­­­rado­ra de saúde ter uni­ d­a­­­­­des de atendimento­ disponíveis em todo o Grande ABC também é elogia­do pelos conveniados. “Te­ mos 3,7 mil vidas no plano de saúde e, como a maioria faz um balanço positivo do atendimento, pretendemos renovar em agosto para que a Santa Helena continue atendendo a categoria”, afirma a presidente do SindServ Ribeirão Pires, Simone Beatriz. A gestora acrescenta que o papel do Sindicato é sempre trabalhar para que todos os benefícios conquistados pela categoria­ sejam mantidos e para que novos sejam inseridos.­­ BENEFICIÁRIOS Cuidado e atenção nos momentos delicados D esde que a tia paterna faleceu de câncer de mama, há oito anos, a balconista Joelma de Moura Neves,­ de 37, passou a pensar mais sobre o assunto e procurar especialistas com medo de ter a doença. Como não tinha convênio médico na época, sempre ou­ via na rede pública de saúde que não preci­sava fazer exames de diagnóstico precoce. Preocupada com a possibi­ lidade de não ter atendimento adequado se precisasse, há quatro anos Joelma resolveu fazer um convênio com a Santa Helena Saúde. No ano passado, a balconista­pas­ sou a sentir um pequeno caroço no seio e resolveu agendar uma consulta com o ginecologista. Encaminhada ao mas­ tologista, fez uma série de exames e foi constatado que seria necessário fazer uma cirurgia. Com medo, a balconista não retornou, mas, em março deste ano, voltou ao médico e, em abril, passou pela primeira cirurgia para retirada do nódulo. Durante o procedimento foram encontrados mais dois nódulos e, como consequência, a beneficiária passou por mais duas cirurgias para retirada de par­ te da mama e implante de cateter para quimioterapia. Embora ainda esteja em tratamento, Joelma está muito satisfeita com o aten­ dimento que vem recebendo do médi­ co mastologista Renato de Abreu Filho, que sempre conversou muito, ouviu as queixas e foi paciente com ela. “É um médico que tem muito cuidado com as pacientes e, por isso salva vidas. Tenho contato com outras mulheres que tam­ bém são atendidas por este profissional e os elogios são os mesmos. As equipes de enfermagem também estão de para­ béns. Durante as minhas internações e agora, na quimioterapia, sempre fui tratada com muita preocupação. Isso é muito importante, pois é um momento muito delicado da minha vida”, elogia. jul/ago de 2015 3 EM PAUTA Acolhimento que faz a diferença pa Hospital Santa Helena (HSH) começa a implantar protocolo de classificação de risco para pacientes O aumento na demanda em serviços de urgência e e­­ mer­­­­gência é um problema­ atual e o tempo de espera por a­ten­dimento pode comprometer­ a­situação do paciente. Neste con­texto, a triagem é fundamental para­a gestão eficaz destes serviços, a­de­quando o tempo de espera do pa­ciente de acordo com sua­condição clínica e reduzindo o­impacto negativo em pacientes crí­ticos. Por­isso, a Santa Helena a­ca­ba de ini­ciar a fase de testes para implantação do Sis­ tema de­ Triagem de Manchester (STM) no­ pronto atendimento do Hos­ pital Santa Helena (HSH) para todos os pacientes clínicos (exceção de Ortopedia e Pediatria). Por meio de pulseiras coloridas que indicam a gravidade dos casos, os pacientes são previamente tria­dos e atendidos na medida da ur­gência e complexidade de cada quadro. 4 Santa Helena Saúde “ A ferramenta internacional vem sendo usada há quase 20 anos ” O Sistema de Triagem de Man­ chester (STM) foi criado em 1997 na Universidade de Manches­ter, na Inglaterra, e é usado no Reino Unido desde então com alto grau de segurança, além de ter sido adotado em vários outros países, como Portugal, Espanha, Holanda, Alemanha e Suécia, assim como no Brasil. “É uma ferramenta internacional que vem sendo usada há quase 20 anos no mundo com alto grau de segurança e precisão, permitindo o acolhimento adequado dos pacientes e a estratificação confiável de riscos”, informa o médico Eric Strose, diretor técnico do HSH e responsável pela implantação do protocolo na Santa Helena. Depois de uma triagem realiza­ da por equipe de enfermagem pre­viamente treinada e qualificada­ para uso da ferramenta, o pacien­ te é identificado com pulseiras (veja acima) e encaminhado pa­ra o atendimento médico, que po­ de ser imediato – em caso de ur­ gên­­ cia e emergência – ou não. A equipe de enfermagem avalia sinais e sintomas apresentados pelos pacientes e direciona para 52 fluxogramas pré-estabele­ ci­ dos, que irão indicar a gravidade do­problema e a precocidade com que o atendimento deve ser rea­ lizado, sem impacto negativo para o paciente. Entre os fatores avaliados estão queixas, escala de dor, pressão arterial, temperatura e frequência cardíaca, assim como risco iminente de morte, presença de hemorragia e estado CURTAS ara os beneficiários s do pronto atendimento Hábitos pouco saudáveis levam a zumbido Aguardo ou encaminhamento para outros serviços de saúde Aguardo sem prioridade Ausência de sintomas graves com necessidade de avaliação do médico especialista Condições clínicas favoráveis para aguardar prioritariamente Atendimento o mais prontamente possível Atendimento imediato de consciência. “Importante frisar que o tempo de espera aceitável indicado pelo sistema de classifi­ cação, em todos os casos, jamais­ agravará a situação do paciente”, destaca o diretor. O médico Eric Strose é diretor técnico Cores indicarão nível de gravidade O Sistema de Tria­ gem­ de Manchester (STM) divide os riscos em seis cores. Os pacientes podem ser classi­ fi­ cados nas cores Branca: sem quei­ xas clínicas; Azul: Não Urgente; e Verde: Pouco Urgente. Na medida em que as cores vão ficando mais intensas, o ris­ co­também aumenta. A pulseira­ Amarela sinaliza Urgência; a La­ ran­­ ja indica Muita Urgência; e a Ver­melha classifica Emergência, o que significa atendimento imedia­ to. Para entender a gravidade de seu quadro, cada paciente e familiar deverá ficar atento para a cor da pulseira e, consequentemente, para a prioridade que será dado ao atendimento. Segundo o médico Eric Stro­ se,­­­o Sistema de Triagem de Man­chester fortalece a confiança­ no relacionamento médico/paciente e deverá ajudar a agilizar ainda mais as consultas, uma vez que os médicos já terão infor­ma­ ções importantes sobre o qua­ dro clínico de cada paciente. “O protocolo também vai aumentar a segurança dos beneficiários, que estarão bem estratificados e terão atendimento priorizado na medida da necessidade, a fim de evitar piora na sua condição de saúde”, avalia. Além do HSH, o Sistema de Triagem de Manches­ ter será adotado em todos os ser­ viços de pronto atendimento da rede Santa Helena. U m levantamento da Associação­ de Pesquisa Interdisciplinar­ e Divulgação do Zumbido (APIDIZ)­indica que, no Brasil, apro­ ximadamente 48 milhões de pes­ soas têm zumbido no ouvido. O aumento do problema nos últimos anos ocorreu devido a novos hábi­ tos – nem sempre saudáveis – da população, que cada vez mais cedo fica exposta à poluição sonora, per­ manece longos períodos sem comer ou ingere muitos doces, gorduras e cafeína, além de usar celular mais de uma hora por dia. Como o zum­ bido é uma sensação interna de ‘ou­ vir um som’, em geral o problema é mais facilmente percebido na hora de dormir, em razão do silêncio do ambiente. “Com isso, outros proble­ mas surgem, como insônia e falta de concentração para ler, já que ambas costumam ser feitas no silêncio”, afirma a presidente da APIDIZ, a mé­ dica Tanit Ganz Sanchez. jul/ago de 2015 5 MOVIMENTO GENTILEZA ENVELHECER SAUDÁVEL Queda e qualidade de vida O simples ato de cair pode trazer graves consequências para a população idosa C D esde pequena gosto de estar pró­xima das pessoas e ajudá-­ las no que estiver ao meu al­ cance. Nunca fiz nada para obter qual­quer coisa em troca, mas, nos momentos difíceis, percebemos que existe uma lei de retorno. E, para mim, isso se confirmou em fevereiro deste ano. Moro em Santo André com meu es­po­so e dois filhos. Naquele dia, saí do plantão e fui para casa. Depois­ de liberar o Leonardo, de nove anos, para a escola, fui dormir um pou­co com o Fernando, de três anos. Por volta de 10 horas, quando ele pediu a mamadei­ra, levantei e percebi que a sala estava em chamas, devido a um curto-circuito.­­ Corri para salvar meu filho e só pensava em sair dali. Os vizinhos acionaram os bombeiros e, felizmen­ te, conseguiram salvar a minha ca­ chorrinha. Como íamos mudar, a maioria das coisas estava em caixas e perdemos quase todas as roupas, calçados, móveis, brinquedos. Só sal­vamos a geladeira, o micro-ondas e a máquina de lavar. Ao saberem do in­ cidente, colegas de trabalho, muitos com os quais eu nem tinha contato, se mobilizaram e fizeram campanha para ajudar.­ Médicos e outros colegas doaram valores, móveis, roupas. Pessoas de todos os plantões demonstraram respeito, carinho e solidariedade co­ nosco. O que eu sempre quis fazer pelas pessoas foi feito por mim e pela minha família. Foi quando veio na minha mente que existe a lei do retorno. Meu eterno agradecimento a todos aqueles que estiveram pre­ sentes comigo naquele momento tão difícil. Vanessa Gameiro é auxiliar de Enfermagem no Hospital e Maternidade Santa Helena Você também tem uma história de gentileza para contar? Envie para o e-mail [email protected]. 6 Santa Helena Saúde om o aumento mundial na expectativa de vida graças aos avanços da medicina, e o consequente crescimento da população idosa, observa-se um problema que pode diminuir o estado de saúde e a qualidade de vida nesta faixa etária: as quedas. Os acidentes – domésticos e fora de casa – e as consequências que­trazem para a vida dos idosos já se constituem em um problema de saúde pública com grande impacto social e representam a principal causa de incapacidade desta população. Dados demográficos estimam que aproximadamente 33% dos idosos brasileiros que vivem em casa e 50% dos que residem em instituições têm, pelo menos, uma queda por ano. Em geral, de 40% a 60% dessas quedas levam a algum tipo de lesão e, destas, entre 30% e 50% têm menor gravidade, enquanto em 5% a 6% os resultados são mais graves e 5% terminam em fraturas. “A fratura do colo do fêmur representa a principal causa de hospitalização aguda por queda e cerca de 50% dos idosos acabam morrendo no primeiro ano após o problema”, alerta o médico geriatra Rafael Canineu, coordenador da Central Telefônica, Estratificação de Riscos e Relatórios Gerenciais da Santa Helena. Os riscos de queda têm fatores inerentes aos próprios indivíduos, como idade, sexo (as mulheres ca­em mais), história de queda prévia, força muscular comprometida, depressão, alterações cognitivas, doenças articulares, perdas sensoriais e incontinências. Mas também há fatores externos que podem ajudar a aumentar o risco de quedas, como piso escorregadio, iluminação inadequada e ausência de barras de apoio em banheiros, por exemplo, além de uso de calça­ dos impróprios, utilização de mú­l­­tiplas medicações e de sedativos que alteram o equilíbrio, e até mesmo a ingestão de álcool. Segundo o médico Rafael Canineu, o idoso que sofre uma queda deve receber atenção dos familiares e cuidadores, atendimento especializado para uma avaliação precisa e cuidado dos ferimentos resultantes do tombo. Estes idosos­ devem ser submetidos a uma avalia­ção clínica completa, que in­ clui análise musculoesquelética, sen­so­rial, neurológica e cardiovas­ cular, funcional, psicológica e ambiental. “Também é preciso avaliar a presença de osteoporose e, caso a doença seja diagnosticada, deve ser devidamente tratada”, explica. Seis passos para prevenir a queda Use calçados que possam ser fe­chados na parte de trás e possuam sola antiderrapante; Mantenha os ambientes iluminados, inclusive durante o dia e de madrugada; Use barras de apoio ou corrimãos para auxiliar o idoso nas movimen­ tações nos ambientes da ca­ sa, inclusive nos banheiros; Evite móveis baixos e tapetes em todos os ambientes da casa; Faça avaliação periódica da acuidade visual, principalmente para pacientes diabéticos; Sinalize o médico sobre queixas de desequilíbrio ou diminuição de força, para que família e ido­so­recebam orientação sobre atividade física ou reabilitação, se necessário. PRIMEIROS PASSOS Saúde em forma de leite Amamentação é importante para o bebê e para as mães O aleitamento materno traz vários benefícios pa­ ra­a mãe, o be­bê e a fa­­­mília, tan­to no âmbito da saú­ de quan­ to fi­ nan­ cei­ ro. Nos primei­ ros se­ is meses de vida, o leite hu­ mano­deve ser­ o único alimento por con­ter todos os nu­ trientes necessários para o de­ se­ nvolvimento da criança. Para re­­ forçar a importância do ato, o Hospital e­Maternidade San­ta Helena criou uma pro­gramação especial durante a Se­mana Mundial da Amamentação, em agosto (foto). A amamentação favorece a con­­­­tração uterina, diminuindo o ris­­­ co­­de hemorragia no pós-parto e e­ vi­ tando anemia; ajuda na perda de­­peso da mulher e pode evitar o cân­cer de mama e­a osteoporose.­ “Os bebês amamentados ex­clusi­ va­­­mente em seio materno também cres­cem­­mais inteligentes e saudá­ veis. A­amamentação fortalece a re­ lação afe­ tiva entre mãe e­filho, gerando cria­ nças mais tranquilas, seguras e felizes”, orienta Sandra Regina Te­­ les, enfermeira da área de ama­men­­tação da Maternidade. Os be­ne­­fícios se estendem pa­ ra a idade adulta, pois diminuem as chances de cân­­cer, obesidade,­ cardiopatias, hi­­­­per­­­tensão e diabe­ tes. Grávida de gêmeos, a comer­ ci­an­­­­­­­­­te Andressa Graciele Barbosa dos­­Santos Garcia garante que vai a­ma­­mentar os dois bebês. “Minha pri­­meira filha mamou até dois anos e­­­­ é­uma criança saudável e es­ per­ ta”, afirma. Já a recepcionista Claudia Regina Justi Correia afirma que vai amamentar até quan­do for necessário e sua filha Alexia­quiser. Lembre-se O leite materno é de fácil digestão e o bebê pode mamar o quanto quiser nos primeiros meses; O bebê deve sugar uma mama até que esvazie completamente. Somente depois ofereça a outra; Toda mãe é capaz de produzir leite. Estando tranquila, o leite sairá com mais facilidade; Quanto mais o bebê sugar, mais leite será produzido; O leite materno nunca é fraco. To­ do­leite é forte e bom; Para o bebê mamar mais, não o­fe­reça chás, água, suco ou outro tipo de leite nos primeiros seis meses. EQUILÍBRIO Veneno em forma de vício P rincipal causa de morte evitável no mundo, o tabagismo é res­ ponsável por 63% dos óbitos causados pelas doenças crônicas não transmissíveis, e a Organização Mun­ dial da Saúde (OMS) estima que, até 2030, 8 bilhões de mortes estarão re­ lacionadas ao fumo. O cigarro é com­ posto por 4,7 mil substâncias tóxicas, sendo que 40 podem levar ao de­ senvolvimento de câncer de pulmão, estômago, esôfago, pâncreas, rins e bexiga. Além disso, o cigarro causa doenças respiratórias e do sistema cir­ culatório, como infarto, acidente vas­ cular cerebral (derrame) e insuficiência arterial. Todos os fumantes estão sujeitos a desenvolver doenças, até mesmo aqueles que fumam apenas um ou dois cigarros por dia. As substâncias também podem prejudicar a saúde das pessoas que não fumam, mas convivem com fumantes e ficam em ambientes fechados inalando fumaça. O principal componente que leva ao vício é a nicotina, que age no cérebro e causa sensação de prazer imediato. Na lista de componentes altamente tóxicos estão, ainda, o monóxido de carbono, a amônia, o formaldeído, as cetonas e o chumbo. Os jovens estão na faixa de maior risco para uso e vício do cigarro, pois, além de serem emocionalmente instá­ veis, frequentam ambientes que facili­ tam o acesso. “As pessoas com doen­ ças psiquiátricas, como ansiedade e depressão, também estão mais sujeitas ao fu­mo”, infor­ma a mé­ dica Jacqueline Miyake,­do Am­ bulatório de Medi­ cina Interna da Santa Helena. A boa notícia é que, de 1989 até 2013, caiu o número de novos fumantes devido à proibição do fumo em locais públicos e pelo aumento de taxas e impostos. Outro ponto positivo é que existem tratamentos medicamentosos e terapêuticos para ajudar a largar o vício, mas os efeitos só acontecem quando o fumante decide realmente parar. “Homens param mais rápido e têm menos recaídas. As mulheres, devido aos hormônios, ficam com o humor mais instável e têm mais difi­ culdades em largar o vício. O tempo e o tipo de tratamento depende de cada pessoa, mas, no geral, são bem satis­ fatórios”, acentua a médica. jul/ago de 2015 7 VIDA SAUDÁVEL Sem excessos! Sal é importante para o organismo, mas na dose certa R esponsável por inúmeras re­a­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ções­­­­­­­ metabólicas, co­­­­­­­­mo­ regula­ção da osmolaridade (ca­ pacidade de dissolver) de­fluidos, contrações muscula­ res­e estímulos nervosos, o sal é fundamental para a vida humana, mas deve fazer parte­da dieta diária com moderação. Isso porque o excesso no­­consumo pode ocasionar re­tenção hídrica, hipertensão, do­enças cardíacas e renais, en­ tre­outros problemas. Portanto, deixar de colocar mais uma pitada de sal nos alimentos pode fazer a diferença entre a saúde e a doença. A nutricionista Camila Be­ len­­­ tani, da Santa Helena, explica que cada grama de sal contém­400 microgramas (mgr) de sódio. P­or­isso, a recomendação diária é diferenciada para cada grupo de indivíduos. Enquanto­um adulto saudável pode consumir até 5 gramas de sal/dia (1/2 colher de café), para crianças de 1 a 3 anos de idade a recomendação é de 3,5 mgr; de 4 a 8 anos é 4,5 mgr; e de 9 a 13 anos é 5,5 mgr. “Para idosos e hipertensos a recomendação é 4 gramas de sal/dia, enquanto pessoas com do­enças cardíacas e renais de­vem consumir apenas 2 gra­ mas diários”, afirma. Para manter a alimentação saudável sem exceder no uso do sal, a dica é abusar das ervas e temperos naturais, como alho, cebola, salsinha, ceboli­ nha, coentro, manjericão, cur­ ry,­­­­ páprica, pimentas, sálvia, estragão, feno grego, mostarda em pó, hortelã e dill, que podem ser usados na forma de caldos ou in natura. “Existe­ uma infinidade de temperos naturais que deixam a comida muito saborosa sem a necessidade de usar temperos prontos ou muito sal”, acrescenta. A­nutricionista garante que é muito difícil encontrar um indivíduo­com problemas por ingestão insuficiente de sal, pois o sódio é fartamente encontrado em inúmeros alimentos (veja quadro). Caldo saudável Ingredientes 2 cebolas grandes partidas ao meio, 2 folhas de louro, 4 cravos, 2 dentes de alho, 1 cenoura em rodelas, 1 batata em rodelas, 2 inhames em rodelas, 3 tomates partidos ao meio, 3 hastes de alho porró (só a parte verde), salsinha, cebolinha, tomilho, man­ jericão e alecrim. Modo de preparo Prenda a folha de louro com os cravos em cada metade das cebolas, coloque em uma panela com um pouco de azeite e deixe dourar um pouco. Em seguida acrescente cenoura, batata, inhame, tomate e o alho porró. Acrescente 3 litros de água e, em se­ guida, amarre com barbante (como um buquê) salsinha, cebolinha, tomilho, manjericão e alecrim para acrescentar ao caldo. Deixe por três horas em fogo baixo para reduzir para aproximadamente 1 litro. Coe e armazene na geladeira por até três dias ou colo­ que no freezer, onde dura até um mês. Este caldo pode ser usado para cozinhar arroz, frango, carnes, sopas, molhos e muitas outras preparações. Pacientes com problemas renais não podem consumir o caldo. 8 Santa Helena Saúde Nutricionista Camila Belentani: dicas FIQUE ATENTO AO SÓDIO NOS ALIMENTOS Azeitona verde (cerca de 30g) = 925 mg Picles (cerca de 30g) = 440 mg Biscoito salgado (cerca de 30g) = 475 mg Bacon (3 fatias grelhadas) = 300 mg Batata frita (cerca de 30g) = 135 mg Salame (cerca de 50g) = 575 mg Presunto magro (cerca de 50g) = 700 mg OBS.: Um miligrama (mg) corresponde à milésima parte do grama.