R Relato de Caso Terapia nutricional em atresia de esôfago Terapia nutricional em atresia de esôfago Nutritional therapy in esophageal atresia Maryane Oliveira Magalhães1 Fernanda Medeiros de Mesquita2 Ana Filomena Camacho Santos Daltro3 Maria Vanise M. R. Araújo4 Francisca Lúcia Medeiros do Carmo5 Daniel Cordeiro Gurgel6 Unitermos: Terapia nutricional. Atresia esofágica. Esofagopatias. Estudos de casos. Key words: Nutrition therapy. Esophageal atresia. Esophageal diseases. Case studies. Endereço para correspondência: Maryane Oliveira Magalhães Av. João Pessoa, 7183 – Fortaleza, CE, Brasil – CEP: 60425-682 E-mail: [email protected] Submissão 28 de janeiro de 2013 Aceito para publicação 3 de março de 2013 1. 2. 3. 4. 5. 6. RESUMO Introdução: A atresia de esôfago (AE) é uma anomalia de formação que necessita de correção cirúrgica. Entretanto, em alguns pacientes, a presença de outros fatores leva a um atraso na correção da AE, fazendo necessário o uso de gastrostomia (GTT) para a alimentação. O objetivo deste artigo é descrever a terapêutica nutricional instituída para uma criança acompanhada na enfermaria pediátrica de um hospital universitário de Fortaleza no período pré-operatório de AE. Relato do caso: Criança de 7 anos, sexo masculino, com diagnóstico de AE e teve, por várias vezes, o procedimento cirúrgico de correção adiado. Desde o nascimento, fez uso de GTT para alimentação e na internação foi diagnosticado com desnutrição crônica grave e diarreia crônica. A conduta dietoterápica visou o fornecimento calórico-protéico adequado para propiciar o ganho dos 4,8 kg necessários à realização da cirurgia corretiva. O paciente fez uso de fórmulas elementar, semielementar e polimérica, recebendo alta após 32 dias de internação com a meta ponderal atingida, sendo classificado como eutrófico pelos índices de peso/estatura e índice de massa corporal/idade. Conclusão: A terapia nutricional é uma ferramenta valiosa no prognóstico de pacientes desnutridos que necessitam de intervenção cirúrgica, visto que a desnutrição pode afetar negativamente a evolução clínica do paciente, em decorrência do aumento no tempo de permanência hospitalar, na incidência de complicações pós-cirúrgicas e na elevação das taxas de mortalidade. ABSTRACT Introduction: The esophageal atresia (EA) is a congenital medical condition that needs surgical correction. However, in some patients, the presence of other factors leads to a delay in EA, making necessary the use of gastrostomy (GTT) feeding tube. The aim of this article is to describe the nutritional treatment instituted for a child accompanied in the pediatric ward of a university hospital in Fortaleza in the preoperative period of EA. Case report: Seven year old child, male, with diagnose of EA, had surgery postponed several times. From birth, made use of GTT feeding and in hospitalization was diagnosed with severe chronic malnutrition and chronic diarrhea. The nutritional interventions aimed to supply adequate calories and protein to provide the gain of 4.8 kg required to achieve the corrective surgery. The patient made use of elemental, semi-elemental and polymeric formulas and was discharged after 32 days of hospitalization with the goal weight achieved, being classified as eutrophic by the indices of weight/height and body mass index/age. Conclusion: Nutritional therapy is a valuable tool in the prognosis of malnourish patients who required surgical intervention, since malnutrition can negatively affect clinical outcome by the increase of the length of hospital stay, the incidence of postoperative complications and rising mortality rates. Nutricionista residente Multiprofissional em Assistência à Saúde com ênfase em Transplante da Universidade Federal do Ceará, Hospital Universitário Walter Cantídio, Fortaleza, CE, Brasil. Nutricionista especialista em Nutrição Clínica pela Universidade Gama Filho, Residente Multiprofissional em Assistência à Saúde com ênfase em Transplante da Universidade Federal do Ceará, Hospital Universitário Walter Cantídio, Fortaleza, CE, Brasil. Nutricionista mestranda em Nutrição em Saúde pela Universidade Estadual do Ceará, Hospital Universitário Walter Cantídio, Fortaleza, CE, Brasil. Nutricionista especialista em Nutrição Clínica pela Universidade Estadual do Ceará, Hospital Universitário Walter Cantídio, Fortaleza, CE, Brasil. Médica Especialista em Pediatria e Neonatologia, Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Estadual do Ceará, Hospital Infantil Albert Sabin, Fortaleza, CE, Brasil. Nutricionista mestre em Patologia pela Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (2): 154-8 155 Magalhães MO et al. INTRODUÇÃO A atresia de esôfago (AE) é uma anomalia da formação e separação do intestino anterior e primitivo em traqueia e esôfago, que ocorre na quarta ou quinta semana de desenvolvimento embriológico1. Há uma interrupção da luz esofagiana, podendo haver ou não comunicação entre este e a traqueia. A incidência da AE é de 1 caso para cada 4.000 nascidos vivos, sendo mais comum na raça branca e no sexo masculino2,3. Os sintomas estão relacionados ao tipo de atresia, que pode estar ou não associada a fístulas. Normalmente, a suspeita é levantada quando há poliidrâmnio, dificuldade em deglutir a saliva e o leite, podendo ocasionar aspiração durante as primeiras alimentações e falha na tentativa de passar a sonda gástrica. Tosse, cianose e broncopneumonia aspirativa, especialmente nos lobos superiores, podem estar presentes e se acentuarem com a alimentação3,4. Quanto ao tratamento, a terapêutica eleita é a cirurgia, visto que ela reverte o problema anatômico, favorecendo a continuidade do trânsito gastrintestinal. Entretanto, podem ocorrer complicações no pós-operatório1. Em alguns pacientes, dependendo do tipo de AE, há presença de outras malformações, infecções e baixo peso ao nascer, que podem retardar a correção da AE. Nesses casos, há indicação de gastrostomia (GTT), destinada ao provimento da alimentação5. RELATO DO CASO Relato de caso desenvolvido a partir da experiência do atendimento e acompanhamento nutricional a uma criança internada no serviço de Pediatria de um hospital universitário de Fortaleza. Os dados foram coletados a partir de informações registradas em prontuário, bem como em visitas diárias ao leito. O presente trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Walter Cantídio, sob nº 122.12.11, atendendo às preconizações da Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que trata das diretrizes e normas reguladoras envolvendo pesquisas em seres humanos6. Paciente de cor branca, 7 anos e 1 mês, sexo masculino, nasceu de parto natural, com idade gestacional pediátrica de 7 meses e APGAR 0/9, com 42 cm de comprimento e peso de 1.575 gramas, sendo classificado como recém-nascido de baixo peso ao nascer, de acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) de 2004. Logo após o parto, a criança foi diagnosticada com AE, sendo realizada GTT imediata. Apresentou atraso de crescimento e desenvolvimento: pronunciou as primeiras palavras aos 3 anos e andou aos 4 anos. Realizou cinco cirurgias para correção da AE e colocação da GTT. Foi admitido no Hospital Universitário Walter Cantídio, em 29 de setembro de 2011, com o objetivo de ganhar peso para posterior cirurgia corretiva da sua anomalia. A mãe relata que, logo antes de ser internada, a criança apresentou vários episódios de evacuação de consistência líquida, com frequência média de cinco vezes ao dia, durante o período de um mês. Tal fato favoreceu perda ponderal de aproximadamente 3 kg. Ao exame físico admissional, apresentou bom estado geral, eupnéico, afebril, acianótico e anictérico. Mostrava-se não comunicante, hipocorado (+/4), hipoativo e hipohidratado. À ausculta cardiopulmonar não evidenciou alterações, todavia o abdome apresentava-se escavado. A antropometria revelou peso de 9,5 kg e estatura de 96 cm, sendo classificado como desnutrido crônico pelos parâmetros de peso/idade, peso/estatura, estatura/idade e índice de massa corpórea (IMC)/idade (SISVAN, 2006). Ao exame clínico nutricional, observou-se depleção grave do tecido subcutâneo e do sistema musculoesquelético. A conduta dietoterápica inicial visou o fornecimento de aproximadamente 80 kcal/kg de peso atual ofertado por meio de fórmula infantil em pó elementar, com densidade calórica (DC) reduzida (0,68 kcal/mL) e distribuída em oito etapas por dia. O aporte calórico foi evoluído gradualmente, chegando a aproximadamente 86 kcal/kg, no quinto dia de internação hospitalar (DIH), e 111 kcal/kg, no sétimo DIH. Após oito dias fazendo uso da mesma fórmula, foi cessado o quadro diarréico. Posteriormente, iniciou-se a retirada gradual da fórmula elementar com a introdução concomitante da fórmula semielementar, proporcionando o fornecimento diário de 156 kcal/kg, distribuídas em oito etapas de 200 mL, estando cada fórmula disponível em quatro etapas intercaladas. Nesse período, o paciente obteve ganho ponderal de 2,5 kg, representando aproximadamente 21% do seu peso corporal. No 12º DIH, foi realizada uma nova transição alimentar da fórmula semielementar associada à fórmula polimérica, com base na evolução clínica do paciente e na ausência de sintomas gastrointestinais. Por fim, a dieta polimérica ficou de uso exclusivo no 14º DIH, apresentando DC e caloria por quilograma de peso semelhantes aos valores da dieta semielementar. No 17o DIH, houve perda importante da dieta por vazamento da GTT, sendo reduzido o volume fornecido para 150 mL por etapa e valor calórico para 112 kcal/kg. Após a reversão do quadro, manteve-se o volume, enquanto o fornecimento calórico foi aumentado para 132,38 kcal/kg de peso atual, com DC de 1,39 kcal/mL. Visto que o paciente apresentava boa aceitação da dieta, foi aumentada a DC para 1,59 kcal/mL, perfazendo um total de 1908 kcal/dia. Dessa forma, manteve-se o ganho ponderal, alcançando o peso de 14,2 kg no 30o DIH, com Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (2): 154-8 156 Terapia nutricional em atresia de esôfago diagnóstico nutricional de desnutrição crônica, segundo os parâmetros de peso/idade e estatura/idade do SISVAN de 2006. Entretanto, apresentou evolução satisfatória desde a data de internação de acordo com os índices de peso/ estatura e IMC/idade do mesmo órgão, apresentando nesse período a classificação de eutrófico. A evolução da conduta dietoterápica pode ser visualizada na Tabela 1, e a curva do ganho ponderal na Figura 1. DISCUSSÃO Em 1985, Lorimier & Harrison7 relataram que o manejo da AE varia de acordo com estatura e estado clínico da criança, gravidade das anomalias associadas e distância anatômica entre as extremidades esofágicas. Assim, é demonstrado que a cirurgia corretiva não requer urgência, desde que se garanta a não aspiração de muco pelo paciente e que a alimentação possa ser fornecida por GTT ou jejunostomia. A GTT contribui com o ganho ponderal e posterior realização cirúrgica para a substituição do esôfago por uma alça intestinal (colón transverso) ou pelo próprio estômago. Esta é mais indicada, por favorecer melhor prognóstico e apresentar menos complicações8,9. Recentemente, alguns estudos vêm demonstrando as vantagens de realizar a cirurgia para correção da AE no período neonatal ou nos primeiros meses de vida10. Em 2007, Gupta et al.11 citaram que as dificuldades da alimentação por GTT em casa, assim como as preferências dos pais e o baixo perfil socioeconômico, são as principais razões para que as cirurgias corretivas sejam realizadas o mais precocemente possível. De modo semelhante, Lima et al.12 publicaram estudo que aponta os vários fatores responsáveis pela desnutrição infantil, tais como o baixo peso ao nascer e as condições socioeconômicas e ambientais. O caso relatado neste artigo apresentava desnutrição crônica perpetuada por episódios de diarreia persistente que alcançavam 14 dias. Essa associação geralmente se correlaciona com a atrofia da mucosa intestinal e com o consequente desencadeamento da síndrome de má absorção. Após o período diarréico, é comum a criança manifestar uma depleção do sistema imunológico intestinal, sendo recomendado, desse modo, não oferecer alimentos que possuam moléculas antigênicas, a exemplo do leite de vaca. Tal conduta objetiva evitar uma sensibilização indesejada por proteínas da dieta ou apresentar determinadas intolerâncias, como aos carboidratos13,14. Dessa forma, a terapêutica nutricional foi embasada no uso de fórmula elementar composta de aminoácidos, indicada para casos de maior gravidade, que não apresentam melhora da diarreia com o uso de fórmulas com proteínas hidrolisadas. Todavia, tal manejo deve ser monitorado devido à elevada osmolaridade dessas fórmulas. O próximo passo é Figura 1 – Ganho ponderal. Tabela 1 – Evolução da conduta dietoterápica. Data 1º DIH Peso (kg) Dieta infantil 9,5 Elementar 140 Elementar 190 2º DIH 5º DIH Volume/etapa (mL) VCT (kcal/dia) DC (kcal/mL) kcal/kg de peso 758,0 0,68 79,79 800,0 0,53 10,5 Elementar 150 900,0 0,67 85,71 7º DIH 10,8 11,2 12º DIH 12 1200,0 600,0 841,2 1017,7 841,2 1864,0 1398,0 0,75 0,75 1,05 1,27 1,05 1,17 1,17 111,11 9º DIH 200 200 200 200 200 200 150 132,38 14º DIH 17º DIH 12,2 12,5 Elementar Elementar + Semielementar Polimérica + Semielementar Polimérica Polimérica 19º DIH 12,6 Polimérica 150 1668 1,39 Polimérica 150 1908 1,59 Polimérica 150 1908 1,59 21º DIH 30º DIH 14,2 DIH: dia de internação hospitalar; VCT: valor calórico total; DC: densidade calórica. Rev Bras Nutr Clin 2013; 28 (2): 154-8 157 128,68 154,91 152,80 111,84 134,36 Magalhães MO et al. a introdução da dieta semielementar constituída por hidrolisados protéicos, visto que as fórmulas contendo proteína de soja purificada podem sensibilizar a criança, tal como ocorre com as fórmulas de leite de vaca13,15. No período pré-operatório, o paciente necessitava receber aporte calórico-protéico adequado, a fim de cessar a perda de peso e melhorar o seu prognóstico. A recomendação da Organização Mundial de Saúde de 200516 (OMS) é iniciar a terapia nutricional com o aporte calórico de 80 kcal/kg para pacientes desnutridos graves, a fim de reverter o catabolismo e manter os processos fisiológicos básicos da criança. Além disso, devem ser oferecidos pequenos volumes, mas em intervalos frequentes, sendo o ideal o fornecimento de oito refeições a cada duas horas. Estabilizado o quadro sintomático (cessação da diarreia), a próxima fase foi a reabilitação nutricional, a partir do aumento do consumo de calorias e proteínas. Durante esse período, foi realizada uma abordagem intensiva para alcançar a ingestão ideal e recuperar o estado nutricional. Após a atenção nutricional, a criança passou a apresentar ganho ponderal maior que 10 g/kg/dia (Figura 1), valor preconizado pelo Ministério da Saúde16. As evoluções na conduta nutricional ocorreram de forma gradual e criteriosa, a partir da elevação gradativa do volume, da DC e do teor calórico por quilograma de peso. Com isso, evita-se a ocorrência de sobrecarga cardíaca, gerada a partir da oferta de grandes volumes de dieta sem uma evolução prévia, que pode interferir de modo negativo no prognóstico. Além disso, o aumento desproporcional na ingestão também pode favorecer o aparecimento de diarreia osmótica16,17. Sabe-se que a desnutrição pode afetar negativamente a evolução clínica do paciente, visto que pode ser responsável pelo aumento no tempo de permanência hospitalar, na incidência de complicações pós-cirúrgicas, como infecções e retardo na cicatrização de feridas, além do aumento na taxa de mortalidade18-20. Dessa forma, esse trabalho demonstra como o cuidado nutricional é uma ferramenta valiosa no prognóstico de pacientes desnutridos que necessitam de intervenção cirúrgica. REFERÊNCIAS 1.Spadari JM. Atresia de esôfago. 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