22% da população da Rocinha é considerada

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15/04/2004 - 14h23
22% da população da Rocinha é considerada
miserável, mostra estudo
ANA PAULA GRABOIS
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da Folha Online, no Rio
Esporte
Ilustrada
Um estudo feito pela FGV (Fundação Getúlio Vargas)
Informática
mostra que a favela da Rocinha, na zona sul do Rio, é um
Ciência
retrato da desigualdade social brasileira. Situada entre os
Educação
bairros mais ricos da cidade, a favela sofre com a
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ausência do Estado, seja por falta de transferência de
Especiais
renda pelos programas sociais, seja por meio dos serviços
públicos, o que estimula a violência, mostra o "Mapa do
Erramos
Fim da Fome 2".
BUSCA
"O que mais impressiona é a falta da presença do Estado, seja transferindo renda através de
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políticas sociais, seja através da provisão de serviços públicos, seja dando segurança para essas
áreas", disse Marcelo Néri, responsável pelo estudo.
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A Rocinha é palco de brigas entre traficantes, o que assusta os moradores desde a última sexta-
Ambiente
feira.
Em Ação
Equilíbrio
Néri ressalta a forte desigualdade entre o asfalto e o morro. "Na Rocinha há baixa escolaridade
FolhaNews
(é a menor taxa entre as 32 regiões administrativas do Rio). Além disso, há uma altíssima
Folhinha Online
desigualdade em relação aos bairros vizinhos. A Rocinha está incrustada na área mais rica do
Fovest
Rio de Janeiro. E essa desigualdade é visível a olho nu. É combustível para problemas sociais,
Guia da Folha
ligados à violência e ao próprio tráfico de drogas", afirmou.
Horóscopo
Ooops!
A renda do trabalho na Rocinha, por exemplo, equivale a R$ 433 mensais. Já na região
Pensata
administrativa da Lagoa, que abrange os bairros mais ricos da cidade (Lagoa, Leblon, Ipanema e
Sinapse
Gávea) e a favela do Vidigal, a renda média do trabalho corresponde a R$ 2.700.
Turismo
SERVIÇOS
Além disso, a Rocinha tem 22% de sua população considerada miserável, enquanto na região
A cidade é sua
administrativa da Lagoa esse índice é de 4%. Para a média da cidade do Rio, essa taxa é de
Arquivos Folha
14,6%. Está abaixo da linha da miséria a pessoa que tem uma renda de até R$ 79, segundo o
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conceito empregado na pesquisa.
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A renda mensal em outras favelas como Jacarezinho, Marpe, Complexo do Alemão e Cidade de
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Deus, é de R$ 405. Já nos cinco bairros mais ricos do Rio (Lagoa, Barra, Botafogo, Copacabana
Mapas
e Tijuca) a renda é de R$ 2.145.
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As taxas de desemprego também diferem. Nas favelas é de 19,1% e nos cinco bairros mais
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O estudo foi feito com base nos microdados do Censo 2000, feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística).
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