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A maior favela do Rio mais vigiada do que Londres
A Rocinha, maior favela do Rio de Janeiro, passou a ser um dos locais “mais vigiados do mundo” com a
instalação, esta semana, de 80 câmeras de última geração conectadas 24 horas, explicou em 10 de janeiro
à AFP um responsável pela segurança.
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15 janeiro 2013
A Rocinha, maior favela do Rio de Janeiro, passou a ser um dos locais “mais vigiados do mundo” com a
instalação, esta semana, de 80 câmeras de última geração conectadas 24 horas, explicou em 10 de janeiro
à AFP um responsável pela segurança.
“Temos uma câmera para cada 860 habitantes. Antes, Londres era a cidade mais vigiada, com uma
câmera para cada 862 habitantes, mas agora somos nós”, disse Neyfson Borges, subcomandante da
Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha.
Um ano depois de o Exército e da Polícia terem invadido a Rocinha e expulsado os traficantes de drogas,
as câmeras foram instaladas em 14 pontos estratégicos, a primeira iniciativa do gênero em uma das
favelas “pacificadas” da cidade.
“Foi necessário, em função do grande número de habitantes que temos, que são 70 mil, e da geografia da
favela, um território de escarpas com um labirinto de ruelas de difícil acesso”, explicou Borges.
Apenas 20 por cento da favela é transitável por automóveis; por isto, os policiais se veem obrigados a
patrulhar de moto e a pé, e as câmeras e equipamentos de comunicações de rádio devem facilitar o
trabalho, acrescentou.
Em 2012 ocorreram 12 homicídios nesta comunidade de 840 mil metros quadrados, localizada sobre altas
colinas.
O último assassinato foi o de um policial de 25 anos, no dia 14 de setembro de 2012.
“As câmeras de 360 graus ampliam de três a seis vezes as imagens captadas, inclusive no escuro”, disse
Borges. “Graças às câmeras já conseguimos deter algumas pessoas por consumo de drogas e roubos”,
acrescentou ele.
“Essa vigilância é boa porque nos garante mais segurança”, disse à AFP um jovem de 12 anos.
“Acho que é positivo para aumentar a segurança”, afirmou Aldeni, uma mulher de 39 anos, que não
considera esse sistema “uma invasão à nossa vida privada”.
Em setembro de 2011 as Forças Armadas e a Polícia entraram na favela como parte de um programa de
“pacificação” antes da Copa do Mundo 2014 e dos Jogos Olímpicos 2016.
Atualmente, mais de 5.500 policiais patrulham 140 comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro, em 25
postos de unidades de pacificação. Existem na cidade 750 favelas.
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