Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: EFEITO BIOLÓGICO ADVERSO DO BACTERICIDA TRICLOSAN SOBRE A OSTRA ESTUARINA CRASSOSTREA RHIZOPHORAE. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ECOLOGIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA AUTOR(ES): JÉSSICA TEIXEIRA SILVEIRA, JOÃO EMANOEL DE ALMEIDA ORIENTADOR(ES): CAMILO DIAS SEABRA PEREIRA COLABORADOR(ES): FABIO HERMES PUSCEDDU, FERNANDO SANZI CORTEZ CATEGORIA CONCLUÍDO Efeito Biológico Adverso do Bactericida Triclosan Sobre a Ostra Estuarina Crassostrea rhizophorae. 1. RESUMO O presente estudo avaliou o efeito citotóxico dos compostos Triclosan em ostras da espécie Crassostrea rhizophorae, que por serem organismos filtradores favorece a eficiência das respostas aos ensaios ecotoxicológicos. Para tanto, foi utilizado o método do Ensaio do Tempo de Retenção do Corante Vermelho Neutro (TRVN). As concentrações testadas foram baseadas em estudos pretéritos que detectaram a presença desse fármaco em ecossistemas aquáticos. Os resultados demonstraram a capacidade do Triclosan em desestabilizar membrana lisossômica após 72 horas de exposição em concentrações a partir de 120 ng/L de Triclosan. Estes resultados, além dos dados consultados nas referências disponíveis apresentadas neste estudo, apontam o risco ecológico desse composto, uma vez que as concentrações de efeito observado já foram detectadas em matrizes ambientais e efluentes domésticos. 2. INTRODUÇÃO Segundo Lemos e Erdtmann (2000), o ambiente aquático, por ser um receptor de diferentes tipos de descargas antropogênicas, vêm sofrendo crescentes contaminações por químicos diversos, que podem, ainda, se associar e formar outras misturas mais complexas de constituição e ações desconhecidas. Efluentes urbanos (domésticos e industriais) não possuem atualmente um tratamento eficaz, eliminando todos os xenobióticos, por isso, após sair das estações ainda podem conter compostos químicos perigosos e com potenciais nocivos citotóxicos e genotóxicos à biota exposta (CLAXTON et al., 1998). Dentre os poluentes encontrados em efluentes domésticos e industriais destacamse os fármacos e produtos de cuidados pessoais. A ocorrência desses compostos residuais em águas superficiais e subterrâneas, bem como em sedimentos, demonstra a necessidade de estudos que determinem os efeitos tóxicos dessas substâncias no ambiente. Os efeitos podem ser observados em qualquer nível da organização biológica: célula – órgãos - organismo - população - ecossistema (BILA e DEZOTTI, 2003). O Triclosan é um agente antibacteriano incorporadas numa ampla variedade de produtos domésticos e de cuidados pessoais. Devido a pouca eficácia em eliminar totalmente este químico em estações de tratamento de águas residuais, é um dos 1 CATEGORIA CONCLUÍDO compostos de águas residuais orgânicos mais vulgarmente detectados para a frequência e concentração. Além disso, devido à sua propriedade hidrofobica, a TCS bioacumula em tecidos de organismos aquáticos. Sob estas condições, metil-o triclosan (éter 2,4,4 '-tricloro-2'-methoxydiphenyl, MTCS) é produto principal da fotodegradação do TCS, e embora MTCS ser menos encontrado no ambiente, seu mecanismo de ação é semelhante e pode ocorrer em níveis mensuráveis. (GAUME et. al., 2012). A ecotoxicologia é a ciência que estuda os efeitos de compostos naturais ou sintéticas sobre toda a biota e sobre ecossistemas terrestres ou aquáticos, que constituem a biosfera, incluindo assim a interação das substâncias com o meio nos quais os organismos vivem num contexto integrado (CAIRNS & NIEDERLEHNER, 1995). Dentre os diversos ensaios ecotoxicológicos realizados com bivalves, destaca-se o Ensaio do Tempo de Retenção do Corante Vermelho Neutro (TRVN). A avaliação da integridade da membrana lisossômica, através do TRVN foi considerada a mais confiável e recomendada técnica de biomarcadores para avaliação da qualidade da água, de acordo com os resultados de um programa internacional de monitoramento ambiental (UNEP, 1997). Esse método baseia-se no fato de moluscos de expostos a poluentes apresentarem um menor tempo de retenção do corante vermelho neutro pelos compartimentos lisossômicos devido à redução da integridade e estabilidade da membrana lisossomal (NASCIMENTO et. al., 2002). 3. (i) OBJETIVOS Avaliar a citotoxidade do bactericida Triclosan em ostras Crassostrea rhizophorae empregando-se o Ensaio do Tempo de Retenção do Corante Vermelho Neutro (TRVN); (ii) avaliar a capacidade do Triclosan causar efeitos tóxicos em concentrações ambientalmente relevantes; (iii) gerar subsídios para futuras avaliações de risco ambiental desse composto e sua regulação pela legislação pertinente. 4. METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO 4.1. COLETA E MANUTENÇÃO DOS ORGANISMOS As ostras da espécie Crassostrea rhizophorae (GUILDING, 1828) foram adquiridas em uma fazenda de cultivo localizado em Cananéia - SP. Os organismos foram 2 CATEGORIA CONCLUÍDO acondicionados em uma caixa térmica e transportados para o laboratório. No laboratório, os organismos foram aclimatados em tanques contendo água do mar filtrada por 03 dias, com aeração e temperatura de 25ºC até o momento da realização dos ensaios. 4.2. TRICLOSAN O Triclosan (TCS–2.4.4.– tricloro–2 hidroxi difenil éter) é um composto bactericida muito utilizado em formulações de creme dental, creme facial, xampu, sabonetes, desodorantes, e em diversos tipos de materiais como embalagens de gêneros alimentícios, adesivos, brinquedos, polietileno, sapatos, selantes, tintas, colchão, roupas, cortinas de chuveiro, pisos, toldos e rejuntes (USEPA, 2008). Encontra-se na molécula do biocida um grupo fenol e átomos de cloro substituídos. Possui massa molecular de 289,54 g/mol, é pouco solúvel em águas (12 mg/L a 20 ºC), exceto quando há pH alcalino. O composto apresenta maior solubilidade em solventes orgânicos. Apresenta estabilidade térmica elevada, o que permite sua incorporação em vários materiais plásticos (SCHWEIZER, 2001). É um composto não ionizável em pH neutro (pKa de 8,1) e relativamente não volátil, com uma pressão de vapor de 4×10-6 mmHg (ORVOS et. al., 2002). Possui um coeficiente de partição octanol-água relativamente alto (log Kow de 5,4), o que sugere que esse composto possa ser absorvido em sedimentos de ambientes aquáticos (SINGER et. al., 2002) por sólidos, material particulado e sedimento, além de poder bioacumular em tecidos orgânicos gerando efeitos tóxicos ao ecossistema envolvente (MELO et. al., 2000). O Triclosan age inibindo enzimas específicas da membrana celular, além de colaborar para sua desorganização. Atinge tanto bactérias Gram-positivas como Gram-negativas, fungos e alguns vírus (TORRES et. al., 2003). Quando biodisponível no ambiente acaba por atingir organismos com sítios ativos semelhantes. 4.3. PREPARO DAS SOLUÇÕES-TESTE Para realização de cada experimento, foi preparada uma solução mãe de 0,01g de Triclosan solubilizado em 10 mL do solvente DMSO e avolumadas para um litro de água do mar com salinidade de 25 ppm, a partir dela foram feitas soluções-testes em diretamente em cada aquário de 20 litros. As concentrações pré-liminares testadas foram determinadas a partir de estudos pretéritos de toxicidade crônica do Triclosan (AGUERRA et. al., 2003; ORVOS et. al, 2002; CORTEZ, et. al. 2012). 4.4. ENSAIO DO TEMPO DE RETENÇÃO DO CORANTE VERMELHO NEUTRO 3 CATEGORIA CONCLUÍDO O Ensaio do Tempo de Retenção do Corante Vermelho Neutro avaliou os efeitos tóxicos do Triclosan sobre a integridade/estabilidade da membrana lisossômica da ostra C. rhizophorae de acordo com o método descrito por Lowe et. al. (1995). Esse método detecta alterações das membranas lisossômicas, podendo indicar respostas celulares a diferentes contaminantes. No caso das ostras, sabe-se que o principal responsável pelo seqüestro e acumulação de metais tóxicos e xenobióticos orgânicos é o lisossomo, e também tem um papel chave no processo de detoxificação e posterior excreção desses compostos (MOORE, 1985; VIARENGO et. al., 1987). Para avaliação dos efeitos citotóxicos do Triclosan, os organismos (n = 10) foram expostos a três diferentes concentrações do composto, além do controle de água. O tempo de exposição foi de 72 horas, à 25ºC (± 2ºC), com aeração constante e com ausência parcial de luz. Após o período de 72 horas de exposição dos organismos, foram retirados 0,5 ml da hemolinfa do músculo adutor posterior de cada ostra, com uma seringa hipodérmica contendo 0,5 ml de solução fisiológica (com pH 7,36 e salinidade ajustada para 20). Os materiais coletados foram transferidos para tubos de microcentrífuga com capacidade de 2 mL. Em seguida foram pipetados 40 μl de cada solução de hemolinfa sobre lâminas tratadas previamente com poly-L-lisina (1:10), e incubadas em câmara escura e úmida por 15 minutos. Após este período, 40 μl de solução de vermelho neutro foram adicionados à hemolinfa presente em cada lâmina, e o conjunto foi incubado por mais 15 minutos. As lâminas foram observadas com auxílio de microscópio (400x) em intervalos de 15 minutos. O tempo de retenção do vermelho neutro pelos lisossomos foi obtido pela estimativa da proporção de células que tiverem o corante liberado para o citosol e/ou anormalidades no tamanho, cor dos lisossomos e formato das células. Hemócitos saudáveis são grandes e apresentam forma irregular e, uma vez expostos ao vermelho neutro, seus lisossomos podem ser vistos como pequenos pontos rosados aglomerados. O núcleo pode ser visto como uma esfera incolor assim como o citosol. Hemócitos estressados tendem a ser esféricos e menores contendo lisossomos maiores e escuros e o citosol pode aparecer tingido de rosa pela liberação do corante contido nos lisossomos (KING, 2000), como mostram as Figuras 01. e 02. 4 CATEGORIA CONCLUÍDO Figura 01. Células saudáveis Figura 02. Células estressadas ANÁLISE DOS DADOS Para a contagem das células foi utilizada uma tabela onde, para mais que 50% das células observadas sem sinais de stress, usou-se o sinal + (positivo) para o animal examinado. O “end-point” foi determinado quando 50% ou mais das células exibiram anomalias estruturais ou vazamento do corante para o citosol, e o sinal – (negativo) foi marcado na tabela (KING, 2000). O estado de integridade da membrana lisossômica pode ser refletido pelo tempo necessário para que ocorra o extravasamento do corante vermelho neutro para o citosol, o tempo de retenção médio para cada concentração é calculado pelo tempo em minutos de cada animal analisado. Os dados obtidos foram analisados através de análise de variância (ANOVA) e complementados pelos testes Post-hoc de Newman – Kells e Dunnets, para verificar diferenças significativas (p < 0.05 e p > 0.001) entre os tempos médios de retenção do corante vermelho neutro nos organismos do grupo controle e dos organismos expostos às diferentes concentrações dos compostos. 5. RESULTADOS No ensaio pré-liminar o Triclosan apresentou citotoxicidade nas concentrações de 120 ng.L-1 e 1200 ng.L-1, após 72 horas de exposição. Na realização dos estudos definitivos as concentrações testadas foram com de menor gradiente e valores mais próximos. Pode se observar que o efeito persistiu na concentração de 120 ng.L -1, porém sem manifestar alterações significativas em relação ao controle na concentração de 100 ng.L-1 (Figura 03). Figura 03. Resultado dos ensaios preliminar e definitivos de citotoxicidade do bactericida Triclosan. * representa diferença significativa do controle (Test T – p<0,05). A ocorrência de fármacos e produtos de higiene e cuidados pessoais (micropoluentes) em matrizes ambientais (água superficial, água de abastecimento e 5 CATEGORIA CONCLUÍDO sedimentos) e em efluentes de estações de tratamento de esgotos vem sendo comprovada nas últimas décadas. Em diferentes países, estes compostos têm sido encontrados no ambiente aquático em concentrações que variam de pg/L a µg/L (TERNES et al., 1999; AGUERA et al., 2003; YU et al., 2006; ELLIS, 2006; LARSSON et al., 2007; NISHI et al., 2008; KUSTER et al., 2008;). Visando à proteção da biota aquática, torna-se desejável progredir da identificação e quantificação da presença desses contaminantes para uma avaliação de sua biodisponibilidade e seus efeitos. Diversos estudos vêm alertando a ocorrências do bactericida Triclosan nos ecossistemas aquáticos (Cortez et al. 2011). Estudo realizado por HEATH et al. (2001) demonstra a capacidade do composto de inibir a síntese de ácidos graxos, além de poder interagir com os fosfolipídios da membrana e prejudicar a função mitocondrial (CANESI et al., 2007) de forma a desestabilizar membranas lisossômicas. A redução da integridade da membrana lisossomal implica em estresse fisiológico, já que o lisossomo para diversos organismos (principalmente bivalves) está diretamente relacionado à imunorreatividade, desempenhando um papel central na degradação de materiais fagocitados. Alterações em sua membrana podem resultar em redução do crescimento e do potencial reprodutivo de bivalves (MOORE e VIARENGO, 1987), além de degeneração dos tecidos por processos autofágicos. Desse modo este trabalho demonstra que, em situações controladas de laboratório, o Triclosan foi capaz de desestabilizar a membrana lisossômica de ostras a partir da concentração de 120 ng/L. No estudo realizado por CORTEZ (2012) os danos a membrana lisossômica sofridas pelo Triclosan, empregando o ensaios de citotoxicidade com mexilhões Perna perna, foram encontradas nas concentrações de 120 ng/L com 48 horas de exposição, e 12 ng/L com exposição de 72 horas. COOGAN et al. (2007) em seu estudo indica que o Triclosan pode bioacumular em organismos marinhos de diferentes níveis tróficos Determinaram através do peso fresco de algas do gênero Cladophora sp, coletadas em uma ETE do norte do Texas – USA, fatores de bioacumulação que variaram de 900 a 2100150 ng/g, e a concentração de Triclosan nas Algas variou de 100 a 150 ng/g. Foram descritos efeitos citotóxicos agudo em células do sistema imunológico (hemócitos) e em células de função respiratória (células de emalhar) do gastropode abalone exposto ao biocida (GAUME et.al., 2012). A IC50 foi avaliada a 6 uM, tanto para as células de hemócitos e das guelras, após uma incubação de 24 h com o 6 CATEGORIA CONCLUÍDO composto. Além disso, pode ser observado ainda nesse estudo efeitos na morfologia e na densidade de hemócitos, e uma diminuição do metabolismo destas células quando foram expostos a 8 mM de Triclosan. O Metil-Triclosan (produto da degradação do Triclosan) apresentou uma citotoxicidade significativa após exposição de 24 h de incubação de hemócitos expostas a 4 uM, comprovando que o MTCS pode ser considerado igualmente tóxico em menores concentrações. Lin et. al., (2010) observaram que o Triclosan gerou efeitos nocivos em celomócitos de Eisenia fetida em níveis bioquímicos e genéticos. Observou-se que o Triclosan altera as atividades de enzimas antioxidantes dos organismos, de acordo com concentração e tempo de exposição. O composto age potencializando as atividades de CAT e GST durante um curto tempo de exposição superando dados obtidos pelo controle, seguido de uma queda na taxa de atividade. Enquanto que em tempo de exposição prolongado a resposta enzimática foi de queda na atividade para níveis bem inferiores àquelas encontradas no controle. sta hipótese é confirmada pelos dados obtidos por Canesi et. al. (2007) já indicavam em seus estudos que o Triclosan inibiu a atividade da catalase de CAT em hemócitos de M. galloprovincialis. Lin et. al., (2010) também observaram com a realização do teste do cometa, que o Triclosan impactou geneticamente E. fetida, tendo como lócus de efeito os filamentos de DNA; enquanto que um estudo realizado por Ciniglia et. al., (2005) implicou que o composto inibiu o crescimento vegetativo de microalga Closterium ehrenbergii a 0,5 mg/L. Os efeitos sobre a reprodução indicam que o número zigospórios foi significativamente reduzido após aplicação de 0,937 mg/L. O ensaio do cometa mostrou que o tratamentos com Triclosan conduziu a um dano do DNA na concentração de 0,25 mg/L causando efeitos genotóxicos significativos. Em concentrações mais elevadas apontou danos irreversíveis aos filamentos de DNA. Estes estudos pretéritos, aliados aos resultados obtidos no presente estudo, demonstram os riscos ecológicos deste composto no ambiente aquático, já que a maioria destas concentrações são inferiores a aquelas detectadas no ambiente. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Triclosan causou citotoxicidade em ostras da espécie Crassostrea rhizophorae a partir da concentração de 120 ng/L em condições controladas de laboratório, demonstrando a capacidade de desestabilizar membranas lisossômicas de espécies não-alvo, e gerar estresse fisiológico. 7 CATEGORIA CONCLUÍDO Nosso estudo demonstra a necessidade de uma futura regulação do descarte de Triclosan no ambiente aquático a partir da identificação de concentrações seguras que diminuam o risco ecológico. Nossos resultados também demonstram que estudos ecotoxicológicos empregando biomarcadores e orientados pelo modo de ação dos fármacos proporcionam informações relevantes para avaliação de efeitos adversos, uma vez que contemplam os órgãos alvos e os efeitos biológicos precoces (“early warning”), o que possibilita uma melhor avaliação da toxicidade em concentrações ambientalmente relevantes. Além disso, a utilização de biomarcadores pode embasar avaliações de risco ambiental e tomadas de decisões mais protetivas, a partir da investigação de efeito em níveis inferiores de organização biológica (bioquímico, celular) e previsão de efeitos em níveis superiores (população e comunidade). 7. FONTES CONSULTADAS AGUERA, A.; ALBA-FERNÁNDEZ, A. R.; PIEDRA. L.; MÉZCUA, M.; GÓMEZ, M, J. Evaluation of triclosan and biphenylol in marine sediments and urban wastewaters by gas pressurized liquid extraction and solid phase extraction followed by gachromatography mass spectrometry. 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