Informação e significado

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Car
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INFORMAÇÃ
ÇÃO E SIGNIFICADO: OS LIMITES
ES DO
NATURALISMO
O REPRESENTACIONAL DRETSK
SKEANO
Juliana Moroni
Mestrado – Universidade Estadual Pa
Paulista (UNESP)
juliana-moroni@m
@marilia.unesp.br
INTRODUÇÃO:
A relação epistemol
ológica entre informação, percepção e signific
ificado é objeto de
estudo de diversas teoriass dda mente contemporâneas. Tais teorias, de cu
cunho internalista
ou externalista, adotam pos
osições, por vezes, antagônicas na explicaçãoo da relação entre
agente e ambiente no proces
cesso de aquisição do conhecimento perceptual
ual. Neste trabalho
objetivamos analisar o viés
iés externalista proposto por Dretske no estud
udo da percepção.
Argumentamos com Drets
etske que esse viés externalista estabelece uuma abordagem
naturalista informacional da experiência introspectiva. Procuramos mos
ostrar e descrever
os limites dessa abordagem
m naturalista no contexto da Filosofia da Mente
nte e da Ação.
O NATURALISMO REPR
PRESENTACIONAL DRETSKEANO
Apesar de cada um de nós possuir informa
mação direta sobre
nossas próprias experiências (...), não há acesso
ace
privilegiado.
Se você sabe onde olhar, você pode obter a mesma
m
informação
que eu tenho sobre a característica de minhaa experiência.
e
Isto é
um resultado de pensar sobre a mente em ter
termos naturalistas.
(DRETSKE, 1981, p. 65, tradução nossa).511
A teoria naturalist
lista da mente proposta por Dretske (1981
81; 1986; 1995)
estabelece que a relação ent
entre informação significativa e conhecimento
to está associada à
percepção. A percepção,, se
segundo Dretske, tem um aspecto representa
ntativo através do
qual o organismo transfor
forma a informação disponível no ambiente
te em informação
significativa. Essa transform
ormação perpassa o processo de aprendizagem
gem, fazendo com
que os organismos adquira
iram representações conscientes. No estudoo dda relação entre
informação, conhecimento
to e significado, os conceitos de introspecção
ção, consciência e
qualia são os pontos centrai
rais na obra “Naturalizing the Mind” (1995).
511
Though each of us has direct
ct information about our own experience (…), there is no
n privilege access.
If you know where to look, you ca
can get the same information I have about the characte
cter of my experience.
This is a result of thinking about
ut the mind in naturalistic terms. Subjectivity becomess ppart of the objective
order. (DRETSKE, 1981, p. 65,)
5,)
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A introspecção é concebida
co
por Dretske (1995, p. 39-42) com
omo um processo
através do qual a mente
te adquire conhecimento direto de si mesma
ma, ou como ele
denominou: conhecimento
to introspectivo. Esse tipo de conhecimento,, ssegundo Dretske
(idem), ilustra um tipo dde percepção deslocada (displaced percepti
ption) em que o
organismo possui a represe
esentação conceitual de determinado “objeto”,
o”, mas não a sua
representação sensorial; est
este seria o caso, por exemplo, da percepçãoo qque A possui de
que B é D, não vendo B, m
mas vendo outro objeto no seu lugar, digamos
os, I. A percepção
deslocada envolve crenças
as acerca da existência de uma conexão entre
re a representação
conceitual e a representação
ção sensorial. Tais crenças expressam uma rela
elação entre B e I,
assegurando que A percebe
berá os mesmos objetos e também os mesmos
os fatos em certos
contextos.
De acordo com a teoria representacional dretskeana, o conhecimento
introspectivo é um tipo dee ppercepção deslocada na medida em que se con
constitui como um
conhecimento acerca dos fa
fatos representacionais; ou seja, na qual deter
terminado tipo de
experiência da cor verm
rmelha ou de um grito, por exemplo,, é representado
conceitualmente através da representação sensorial de outro “objeto”.. N
Nesse sentido, o
conhecimento introspectivo
ivo envolve uma representação conceitual dda representação
original dos objetos, umaa metarepresentação. (DRETSKE, 1995, p. 42-44). Como
ressalta Dretske (1995, p.. 44
44, tradução nossa):
O conhecimento introspectivo [...] é [...] uma
metarepresentação, uma representação de algo
lgo (um
pensamento, uma experiência) como um pensa
samento ou uma
experiência ou (mais precisamente) um pensam
amento sobre isto
ou uma experiência daquilo. Se E é uma experi
eriência
(representação sensorial) de azul, então o conh
onhecimento
introspectivo desta experiência é uma represen
sentação conceitual
disso como uma experiência de azul (ou da cor azul).512
Segundo Dretske
ske (1995, p. 53-63), um dos aspectos do conhecimento
introspectivo é a poss
ossibilidade de auto-conhecimento, na med
edida em que é
caracterizado
como
uum
processo
através
do
qual
determ
rminado
sistema
representacional adquire
ire informação sobre si mesmo por meio da
d percepção de
“objetos”. Para ele (idem
dem), a crença e a capacidade de metarepresen
sentação, além da
informação, são fatores
res cruciais para estabelecer a diferença en
entre os sistemas
representacionais quee possuem auto-conhecimento (crianças, aalguns animais,
512
Introspective knowledge, bbeing far of representation is, therefore, a met
etarepresentation, a
representation of something (a thought, an experience) as a thought or an exp
experience or (more
specifically) a thought about this
his or an experience of that. If E is an experience (sens
nsory representation)
of blue, then introspective know
nowledge of this experience is a conceptual represen
sentation of it as an
experience of blue (or of color)) (D
(DRETSKE, 1981, p. 44).
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adultos, etc) e aqueles si
simples mecanismos de processamento de inf
informação (rádio,
minhocas, etc), os quais
is não possuem auto-conhecimento.
Segundo a con
oncepção do naturalismo representacional
al dretskeano, o
conhecimento introspect
ectivo, no qual se inclui o conhecimento sobre
re os qualia assim
como os conceitos de qualia
q
(qualidades intrínsecas da experiência
cia) e consciência,
adquire uma abordagem
em subjetiva e objetiva. Tal abordagem, com
omo no caso dos
qualia, por exemplo,, sse justifica porque os qualia de determi
minados sistemas
cognitivos complexoss ccompartilham o mesmo conteúdo histórico
ico-informacional.
Para exemplificar, imagi
aginamos a percepção visual que um grupo de indivíduos tem
das propriedades qualita
litativas de uma maçã que está sobre a mesa.
sa. Tal percepção,
ainda que possa diferir
rir de indivíduo para indivíduo, só foi possív
ssível porque eles
compartilham o mesmoo conteúdo histórico-informacional, ou seja,
ja, eles trilham o
mesmo caminho informa
macional para que seja possível concordarem ssobre as mesmas
propriedades qualitativas
vas e o significado do objeto “maçã”.
De maneira geral,, o conceito de qualia proposto por Dretske (1
(1995) (entendido
como metarepresentação)) eestá fundamentado em sua abordagem natura
turalista da mente,
segundo a qual não existem
tem fatos únicos que somente uma pessoa po
possa ter acesso e
conhecimento. Se considera
erarmos que os estados subjetivos são, de certa
rta forma, estados
que têm materialidade, entã
ntão, o que impediria o conhecimento dos estad
tados subjetivos de
outros indivíduos seria aapenas a lacuna entre nosso entendiment
ento daquilo que
consideramos como estados
dos subjetivos. Dretske (1995, p. 65) consider
era que os qualia
são propriedades represent
ntativas e como tal eles não garantem acesso
sso privilegiado a
determinado organismo,, uuma vez que, eles estão, em princípio,, ao alcance do
conhecimento de todos nós.
ós. Nesse sentido, o acesso via representação ao
aos qualia torna a
subjetividade objetivada, ou seja, outros organismos podem obter a meesma informação
representável que determina
inado indivíduo tem acerca das suas próprias ex
experiências.
Nesse contexto representacional,
rep
Dretske (1995, p. 72-81) co
considera que as
características
qualitativas
vas
da
experiência
sensorial
podem
sser
explicáveis
objetivamente, na medidaa eem que os qualia são as propriedades repres
resentadas através
das experiências sensoriais
ais. Tais propriedades são identificadas com
m as propriedades
que caracterizam a função natural dos sentidos de fornecer informação
ão sobre algo para
algum organismo. Essa car
caracterização estabelece que os qualia, assim
sim como as suas
funções, são determináveis
eis objetivamente, isto é, os estados subjeti
jetivos podem ser
explicados a partir da funci
ncionalidade biológica dos sistemas cognitivos
os. Nesse sentido,
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os qualia são identificad
cados com as propriedades que um siste
istema representa
funcionalmente; eles cons
nstituem experiências subjetivas que estão
ão essencialmente
associadas a determinados
os “pontos de vista”, entretanto, preservam
m o seu aspecto
objetivo. Para Dretske a ddiferença entre os estados subjetivos de ddois organismos
semelhantes não resulta de diferentes “pontos de vista” adotados porr ttais organismos,
mas, sim, da diferença naa m
maneira como esses “pontos de vista” são con
considerados. Tais
“pontos de vista” são ori
originados a partir de certas experiênciass dde determinado
indivíduo no mundo; contu
ntudo, eles não são restritos a quem os expe
perienciou e nem
tampouco inacessíveis a outros indivíduos. Atribuir, segundo Dr
Dretske, à estas
experiências somente um
m aspecto subjetivo, excluindo todo e qqualquer acesso
representacional de caráter
ter objetivo, é colocar em um plano secundá
dário os aspectos
objetivos que possibilitam ppesquisas científicas da mente.
Assim, o acesso objetivo
obj
às experiências subjetivas seria umaa qquestão de saber
como esse sistema repre
resenta o mundo. O conhecimento a resp
espeito de como
determinado organismo repr
epresenta o ambiente possibilitaria compreende
der a qualidade da
experiência perceptiva de tal organismo. Definir a qualidade des
dessa experiência
perceptiva não significa ter necessariamente que vivenciar a mesma exp
experiência que tal
organismo vivenciou ou se
ser como esse organismo, mas saber como se
seria experienciar
qualquer uma das atividades
des que ele representa. (DRETSKE, 1995, p. 88
88-94),
Em suma, investigam
gamos a relação entre percepção e conhecimen
ento introspectivo
no contexto do Naturalism
ismo representacional proposto por Dretske.
e. Vimos que os
qualia de determinados sistemas
s
são caracterizados como propried
iedades de ordem
subjetiva e objetiva posto qque compartilham o mesmo conteúdo históric
rico-informacional
representável objetivament
ente. Nesse sentido, essa abordagem subje
jetiva e objetiva
também é aplicada ao cconhecimento introspectivo, o qual é co
considerado uma
metarepresentação na medi
edida em que é uma representação conceituall dda representação.
As restrições ao viés repre
presentacionista dretskeano na Filosofia da Mente
M
e da Ação
serão expostas no tópico seg
seguinte.
ALCANCES E LIMITES
ES DO NATURALISMO DRETSKEANO
The question
qu
of what makes a physical system an auton
tonomous
intelli
lligent agent should probably be answered in terms
ms of the system’s
ability
lity to develop high levels of meaningful information
ion whenever new
and more
m
complex situations arise in the system’s envir
vironment,
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requir
uiring new pragmatic solutions for its maintenance
ce513.
(GON
ONZALEZ, 2007, p. 116)
Apesar das idéias desenvolvidas
de
por Dretske apresentarem um as
aspecto inovador
no estudo da subjetividade,
e, elas esbarram em dificuldades advindas da qquestão, por
exemplo, de explicar a emer
ergência do significado a partir do ponto de vi
vista do
conhecimento comum atrav
avés do uso de representações mentais. Concluí
luímos o presente
trabalho indicando os limite
ites do naturalismo representacional propostoo ppor Dretske no
contexto da Filosofia da Me
Mente e da Ação.
Ressaltamos que o representacionismo
re
dretskeano é fundamentad
tado na concepção
externalista da relação agen
ente/ambiente. Entretanto, externalistas comoo B
Brooks, Varela,
Gallagher, entre outros rejei
jeitam a necessidade de representações mentais
ais subjetivas no
processo perceptual de aqui
uisição do conhecimento. Dretske, diferenteme
mente, entretanto,
admite a existência de repre
presentações mentais, mas argumenta que o con
onteúdo das
mesmas (incluindo aquelee ddos qualia) resulta da percepção da informaçã
ação
objetivamente disponível no ambiente.
Apesar da inovadora
ora posição intermediária entre o representacio
cionismo subjetivo
e o representacionismo eexterno, na proposta externalista dretskea
keana, o uso de
representações mentais par
para explicar os processos subjetivos esbarram
ram em inúmeras
dificuldades, entre elas aq
aquelas ressaltadas por Haselager (2004, p.. 105-133): 1) O
problema do frame, 2) O problema
p
da natureza representacional, 3)) O problema das
raízes do significado, entre
re outros. Resumidamente, o problema 1, do frame,
fra
consiste na
dificuldade de se explic
licar, a partir de uma perspectiva repres
resentacionista, a
complexidade do conhecim
imento comum: Como representar funcionalme
mente o raciocínio
de senso comum envolvido
do em atividades do tipo - rir de uma piada?? A dificuldade de
se representar funcionalm
lmente o conhecimento comum está relac
lacionada com a
elaboração e formulação eexata daquilo que conhecemos. Tendo em
m vista a enorme
quantidade de informaçãoo qque envolve nossas ações cotidianas, torna-sse extremamente
difícil identificar critérios
ios de relevância que permitam o uso ef
eficiente do que
conhecemos.
513
A questão do que faz um siste
stema físico um agente autônomo deveria ser provavelm
lmente respondida em
termos da habilidade do sistema
ma em desenvolver altos níveis de informação signifi
nificativa sempre que
situações novas e mais complex
lexas surgem no ambiente do sistema, requerendo so
soluções pragmáticas
novas para a sua manutenção. (G
(GONZALEZ, 2007, p. 116).
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O problema 2 diz respeito
re
à aparente insuficiência dos sistemas
as simbólicos para
representar satisfatoriamen
ente as ações cotidianas, tais como: quebrar
rar um ovo, jogar
futebol, etc. Tal insuficiên
iência é fundamentada, por exemplo, no trab
rabalho árduo nos
sistemas formais programa
mados para simular processos cognitivos pre
presentes na ação
cotidiana. O problema 3,, ddas raízes do significado, gira em torno da ddificuldade de se
explicar como os sistemaas cognitivos atribuem significado às suas
as representações
internas. No caso da abord
ordagem funcionalista, a dificuldade reside em saber como o
significado das representa
ntações pode ser intrínseco aos sistemas artificiais
ar
sem a
presença de um programado
ador externo.
Seguindo Gonzalez
ez e Haselager (2004; 2007), defendemos a hip
hipótese de que as
investigações da experiênci
ncia cotidiana e do significado não precisam,, nnecessariamente,
estar fundamentadas em conjecturas essencialmente representacioni
nistas. Estas são
abandonadas em prol dee ooutras que ressaltam a importância da inte
inter-relação entre
organismo e ambiente. Essa
ssa inter-relação é estudada, por exemplo, na ár
área da Cognição
Incorporada e Situada (CIS
IS) e na Filosofia Ecológica independente de representações
mentais. A CIS fornece arg
argumentos para a hipótese que as experiência
cias sensoriais dos
organismos não necessitam
itam de capacidades cognitivo-representáveis
eis, mas sim, de
habilidades conectadas aoo pplano de ação, as quais fornecem as bases pa
para a construção
da história co-evolutiva entr
ntre organismo e ambiente.
Uma alternativa explicativa
exp
não representacionista é proposta
ta na CIS no que
concerne à investigação do comportamento inteligente. A CIS aponta pa
para as limitações
da utilização da metodo
dologia sintética representacionista desenvo
volvida pela IA
Simbólica no estudo daa ação inteligente. Uma das principais li
limitações dessa
metodologia estaria na cons
onstrução de modelos mecânicos simbólicos at
através dos quais
cientistas cognitivos procur
curam explicar a natureza da mente. Porém,, eessa tentativa se
torna frustrada uma vez que
ue tais modelos possuem critérios de relevânci
ncia dados a priori
pelo ser humano, os quais
is ddirecionam as suas relações com o ambiente.
te. A necessidade,
por parte da máquina, daa utilização de critérios de relevância dados
os a priori para a
escolha de hábitos apropri
priados, no que se refere a sua ação no ambbiente, indica os
limites para a abordagem in
internalista da IA Simbólica.
Outro ponto que, segundo
se
Gonzalez (2007), expressa o limite
te da metodologia
sintética está no aspecto
to pragmático-sistêmico da inteligência, a qqual é fruto da
experiência cotidiana e daa história evolutiva do organismo no ambiente
nte. Tal aspecto é
esquecido por algumas vert
ertentes da Filosofia da Mente e da Ciência Cog
ognitiva. Por fim,
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outro aspecto frágil da me
metodologia sintética seria a dificuldade em ttrabalhar com a
informação significativa,, vvisto que ela é ingrediente principal noo eestudo da ação
inteligente.
A Filosofia Ecológ
lógica, tal como desenvolvida por Gibson
son, propõe uma
alternativa não representaci
acionista para o estudo da ação inteligente atr
através do método
de análise sistêmico. De aco
acordo com esse método a ação inteligente é in
investigada como
um produto do processo co
co-evolutivo entre agente e ambiente. Nessee ssentido, a ação é
direcionada pela informaação ecológica, caracterizada como um processo autoorganizado que estabelecee ppadrões de ação para os organismos situados
os e incorporados
nos seus ambientes específi
íficos.
Segundo Gonzalezz e Morais (2007), o externalismo gibsonianoo eexpressa a noção
de que agente e ambiente co
co-evoluem, formando um único sistema dinâm
âmico, rejeitando,
dessa forma, a hipótesee de que a percepção dos organismos seri
eria mediada por
representações mentais dad
adas a priori. Entretanto, as posições externalis
listas de Gibson e
Dretske se chocam devido
ido ao fato de que os gibsonianos não adm
dmitem o uso de
representações mentais naa explicação do processo de percepção-açãoo ddos organismos.
Já, para Dretske, as repr
epresentações mentais são necessárias para
ra o processo de
percepção e aprendizagem
m dos organismos no ambiente. Contudo, co
como indicado, a
postura representacionistaa encontra dificuldades aparentemente intrans
ansponíveis. Essas
dificuldades sugerem qu
que talvez seja aconselhável abandonar,
ar, pelo menos
temporariamente, a sua pos
postura representacionista em favor de uma po
postura realmente
externalista.
Em suma, procura
ramos relacionar as perspectivas de Dretsk
tske, Gonzalez e
Haselager acerca das conce
ncepções de informação significativa e experi
eriência cotidiana.
Com Dretske, admitimos
os que a ação inteligente emerge de m
mecanismos de
aprendizagem que transfo
formam a informação disponível no meioo em informação
significativa. Nesse sentido
do, o conhecimento é adquirido através da relaç
lação experiencial
que o organismo possui co
com o meio, o qual é indissociável do seuu corpo e da sua
história social. Entretanto,
o, ccom a Filosofia Ecológica e a CIS entendem
emos que a ação é
um processo auto-organiza
izado que envolve critérios de relevância par
para a escolha de
hábitos apropriados. A relaç
lação entre as concepções de experiência cotidi
idiana, informação
significativa e auto-organi
anização, bem como as suas implicações pa
para a Teoria do
Conhecimento serão objetos
tos de estudo de um trabalho posterior.
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