V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 INFORMAÇÃ ÇÃO E SIGNIFICADO: OS LIMITES ES DO NATURALISMO O REPRESENTACIONAL DRETSK SKEANO Juliana Moroni Mestrado – Universidade Estadual Pa Paulista (UNESP) juliana-moroni@m @marilia.unesp.br INTRODUÇÃO: A relação epistemol ológica entre informação, percepção e signific ificado é objeto de estudo de diversas teoriass dda mente contemporâneas. Tais teorias, de cu cunho internalista ou externalista, adotam pos osições, por vezes, antagônicas na explicaçãoo da relação entre agente e ambiente no proces cesso de aquisição do conhecimento perceptual ual. Neste trabalho objetivamos analisar o viés iés externalista proposto por Dretske no estud udo da percepção. Argumentamos com Drets etske que esse viés externalista estabelece uuma abordagem naturalista informacional da experiência introspectiva. Procuramos mos ostrar e descrever os limites dessa abordagem m naturalista no contexto da Filosofia da Mente nte e da Ação. O NATURALISMO REPR PRESENTACIONAL DRETSKEANO Apesar de cada um de nós possuir informa mação direta sobre nossas próprias experiências (...), não há acesso ace privilegiado. Se você sabe onde olhar, você pode obter a mesma m informação que eu tenho sobre a característica de minhaa experiência. e Isto é um resultado de pensar sobre a mente em ter termos naturalistas. (DRETSKE, 1981, p. 65, tradução nossa).511 A teoria naturalist lista da mente proposta por Dretske (1981 81; 1986; 1995) estabelece que a relação ent entre informação significativa e conhecimento to está associada à percepção. A percepção,, se segundo Dretske, tem um aspecto representa ntativo através do qual o organismo transfor forma a informação disponível no ambiente te em informação significativa. Essa transform ormação perpassa o processo de aprendizagem gem, fazendo com que os organismos adquira iram representações conscientes. No estudoo dda relação entre informação, conhecimento to e significado, os conceitos de introspecção ção, consciência e qualia são os pontos centrai rais na obra “Naturalizing the Mind” (1995). 511 Though each of us has direct ct information about our own experience (…), there is no n privilege access. If you know where to look, you ca can get the same information I have about the characte cter of my experience. This is a result of thinking about ut the mind in naturalistic terms. Subjectivity becomess ppart of the objective order. (DRETSKE, 1981, p. 65,) 5,) ISSN 2177-0417 - 329 - PP PPG-Fil - UFSCar V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 A introspecção é concebida co por Dretske (1995, p. 39-42) com omo um processo através do qual a mente te adquire conhecimento direto de si mesma ma, ou como ele denominou: conhecimento to introspectivo. Esse tipo de conhecimento,, ssegundo Dretske (idem), ilustra um tipo dde percepção deslocada (displaced percepti ption) em que o organismo possui a represe esentação conceitual de determinado “objeto”, o”, mas não a sua representação sensorial; est este seria o caso, por exemplo, da percepçãoo qque A possui de que B é D, não vendo B, m mas vendo outro objeto no seu lugar, digamos os, I. A percepção deslocada envolve crenças as acerca da existência de uma conexão entre re a representação conceitual e a representação ção sensorial. Tais crenças expressam uma rela elação entre B e I, assegurando que A percebe berá os mesmos objetos e também os mesmos os fatos em certos contextos. De acordo com a teoria representacional dretskeana, o conhecimento introspectivo é um tipo dee ppercepção deslocada na medida em que se con constitui como um conhecimento acerca dos fa fatos representacionais; ou seja, na qual deter terminado tipo de experiência da cor verm rmelha ou de um grito, por exemplo,, é representado conceitualmente através da representação sensorial de outro “objeto”.. N Nesse sentido, o conhecimento introspectivo ivo envolve uma representação conceitual dda representação original dos objetos, umaa metarepresentação. (DRETSKE, 1995, p. 42-44). Como ressalta Dretske (1995, p.. 44 44, tradução nossa): O conhecimento introspectivo [...] é [...] uma metarepresentação, uma representação de algo lgo (um pensamento, uma experiência) como um pensa samento ou uma experiência ou (mais precisamente) um pensam amento sobre isto ou uma experiência daquilo. Se E é uma experi eriência (representação sensorial) de azul, então o conh onhecimento introspectivo desta experiência é uma represen sentação conceitual disso como uma experiência de azul (ou da cor azul).512 Segundo Dretske ske (1995, p. 53-63), um dos aspectos do conhecimento introspectivo é a poss ossibilidade de auto-conhecimento, na med edida em que é caracterizado como uum processo através do qual determ rminado sistema representacional adquire ire informação sobre si mesmo por meio da d percepção de “objetos”. Para ele (idem dem), a crença e a capacidade de metarepresen sentação, além da informação, são fatores res cruciais para estabelecer a diferença en entre os sistemas representacionais quee possuem auto-conhecimento (crianças, aalguns animais, 512 Introspective knowledge, bbeing far of representation is, therefore, a met etarepresentation, a representation of something (a thought, an experience) as a thought or an exp experience or (more specifically) a thought about this his or an experience of that. If E is an experience (sens nsory representation) of blue, then introspective know nowledge of this experience is a conceptual represen sentation of it as an experience of blue (or of color)) (D (DRETSKE, 1981, p. 44). ISSN 2177-0417 - 330 - PP PPG-Fil - UFSCar V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 adultos, etc) e aqueles si simples mecanismos de processamento de inf informação (rádio, minhocas, etc), os quais is não possuem auto-conhecimento. Segundo a con oncepção do naturalismo representacional al dretskeano, o conhecimento introspect ectivo, no qual se inclui o conhecimento sobre re os qualia assim como os conceitos de qualia q (qualidades intrínsecas da experiência cia) e consciência, adquire uma abordagem em subjetiva e objetiva. Tal abordagem, com omo no caso dos qualia, por exemplo,, sse justifica porque os qualia de determi minados sistemas cognitivos complexoss ccompartilham o mesmo conteúdo histórico ico-informacional. Para exemplificar, imagi aginamos a percepção visual que um grupo de indivíduos tem das propriedades qualita litativas de uma maçã que está sobre a mesa. sa. Tal percepção, ainda que possa diferir rir de indivíduo para indivíduo, só foi possív ssível porque eles compartilham o mesmoo conteúdo histórico-informacional, ou seja, ja, eles trilham o mesmo caminho informa macional para que seja possível concordarem ssobre as mesmas propriedades qualitativas vas e o significado do objeto “maçã”. De maneira geral,, o conceito de qualia proposto por Dretske (1 (1995) (entendido como metarepresentação)) eestá fundamentado em sua abordagem natura turalista da mente, segundo a qual não existem tem fatos únicos que somente uma pessoa po possa ter acesso e conhecimento. Se considera erarmos que os estados subjetivos são, de certa rta forma, estados que têm materialidade, entã ntão, o que impediria o conhecimento dos estad tados subjetivos de outros indivíduos seria aapenas a lacuna entre nosso entendiment ento daquilo que consideramos como estados dos subjetivos. Dretske (1995, p. 65) consider era que os qualia são propriedades represent ntativas e como tal eles não garantem acesso sso privilegiado a determinado organismo,, uuma vez que, eles estão, em princípio,, ao alcance do conhecimento de todos nós. ós. Nesse sentido, o acesso via representação ao aos qualia torna a subjetividade objetivada, ou seja, outros organismos podem obter a meesma informação representável que determina inado indivíduo tem acerca das suas próprias ex experiências. Nesse contexto representacional, rep Dretske (1995, p. 72-81) co considera que as características qualitativas vas da experiência sensorial podem sser explicáveis objetivamente, na medidaa eem que os qualia são as propriedades repres resentadas através das experiências sensoriais ais. Tais propriedades são identificadas com m as propriedades que caracterizam a função natural dos sentidos de fornecer informação ão sobre algo para algum organismo. Essa car caracterização estabelece que os qualia, assim sim como as suas funções, são determináveis eis objetivamente, isto é, os estados subjeti jetivos podem ser explicados a partir da funci ncionalidade biológica dos sistemas cognitivos os. Nesse sentido, ISSN 2177-0417 - 331 - PP PPG-Fil - UFSCar V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 os qualia são identificad cados com as propriedades que um siste istema representa funcionalmente; eles cons nstituem experiências subjetivas que estão ão essencialmente associadas a determinados os “pontos de vista”, entretanto, preservam m o seu aspecto objetivo. Para Dretske a ddiferença entre os estados subjetivos de ddois organismos semelhantes não resulta de diferentes “pontos de vista” adotados porr ttais organismos, mas, sim, da diferença naa m maneira como esses “pontos de vista” são con considerados. Tais “pontos de vista” são ori originados a partir de certas experiênciass dde determinado indivíduo no mundo; contu ntudo, eles não são restritos a quem os expe perienciou e nem tampouco inacessíveis a outros indivíduos. Atribuir, segundo Dr Dretske, à estas experiências somente um m aspecto subjetivo, excluindo todo e qqualquer acesso representacional de caráter ter objetivo, é colocar em um plano secundá dário os aspectos objetivos que possibilitam ppesquisas científicas da mente. Assim, o acesso objetivo obj às experiências subjetivas seria umaa qquestão de saber como esse sistema repre resenta o mundo. O conhecimento a resp espeito de como determinado organismo repr epresenta o ambiente possibilitaria compreende der a qualidade da experiência perceptiva de tal organismo. Definir a qualidade des dessa experiência perceptiva não significa ter necessariamente que vivenciar a mesma exp experiência que tal organismo vivenciou ou se ser como esse organismo, mas saber como se seria experienciar qualquer uma das atividades des que ele representa. (DRETSKE, 1995, p. 88 88-94), Em suma, investigam gamos a relação entre percepção e conhecimen ento introspectivo no contexto do Naturalism ismo representacional proposto por Dretske. e. Vimos que os qualia de determinados sistemas s são caracterizados como propried iedades de ordem subjetiva e objetiva posto qque compartilham o mesmo conteúdo históric rico-informacional representável objetivament ente. Nesse sentido, essa abordagem subje jetiva e objetiva também é aplicada ao cconhecimento introspectivo, o qual é co considerado uma metarepresentação na medi edida em que é uma representação conceituall dda representação. As restrições ao viés repre presentacionista dretskeano na Filosofia da Mente M e da Ação serão expostas no tópico seg seguinte. ALCANCES E LIMITES ES DO NATURALISMO DRETSKEANO The question qu of what makes a physical system an auton tonomous intelli lligent agent should probably be answered in terms ms of the system’s ability lity to develop high levels of meaningful information ion whenever new and more m complex situations arise in the system’s envir vironment, ISSN 2177-0417 - 332 - PP PPG-Fil - UFSCar V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 requir uiring new pragmatic solutions for its maintenance ce513. (GON ONZALEZ, 2007, p. 116) Apesar das idéias desenvolvidas de por Dretske apresentarem um as aspecto inovador no estudo da subjetividade, e, elas esbarram em dificuldades advindas da qquestão, por exemplo, de explicar a emer ergência do significado a partir do ponto de vi vista do conhecimento comum atrav avés do uso de representações mentais. Concluí luímos o presente trabalho indicando os limite ites do naturalismo representacional propostoo ppor Dretske no contexto da Filosofia da Me Mente e da Ação. Ressaltamos que o representacionismo re dretskeano é fundamentad tado na concepção externalista da relação agen ente/ambiente. Entretanto, externalistas comoo B Brooks, Varela, Gallagher, entre outros rejei jeitam a necessidade de representações mentais ais subjetivas no processo perceptual de aqui uisição do conhecimento. Dretske, diferenteme mente, entretanto, admite a existência de repre presentações mentais, mas argumenta que o con onteúdo das mesmas (incluindo aquelee ddos qualia) resulta da percepção da informaçã ação objetivamente disponível no ambiente. Apesar da inovadora ora posição intermediária entre o representacio cionismo subjetivo e o representacionismo eexterno, na proposta externalista dretskea keana, o uso de representações mentais par para explicar os processos subjetivos esbarram ram em inúmeras dificuldades, entre elas aq aquelas ressaltadas por Haselager (2004, p.. 105-133): 1) O problema do frame, 2) O problema p da natureza representacional, 3)) O problema das raízes do significado, entre re outros. Resumidamente, o problema 1, do frame, fra consiste na dificuldade de se explic licar, a partir de uma perspectiva repres resentacionista, a complexidade do conhecim imento comum: Como representar funcionalme mente o raciocínio de senso comum envolvido do em atividades do tipo - rir de uma piada?? A dificuldade de se representar funcionalm lmente o conhecimento comum está relac lacionada com a elaboração e formulação eexata daquilo que conhecemos. Tendo em m vista a enorme quantidade de informaçãoo qque envolve nossas ações cotidianas, torna-sse extremamente difícil identificar critérios ios de relevância que permitam o uso ef eficiente do que conhecemos. 513 A questão do que faz um siste stema físico um agente autônomo deveria ser provavelm lmente respondida em termos da habilidade do sistema ma em desenvolver altos níveis de informação signifi nificativa sempre que situações novas e mais complex lexas surgem no ambiente do sistema, requerendo so soluções pragmáticas novas para a sua manutenção. (G (GONZALEZ, 2007, p. 116). ISSN 2177-0417 - 333 - PP PPG-Fil - UFSCar V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 O problema 2 diz respeito re à aparente insuficiência dos sistemas as simbólicos para representar satisfatoriamen ente as ações cotidianas, tais como: quebrar rar um ovo, jogar futebol, etc. Tal insuficiên iência é fundamentada, por exemplo, no trab rabalho árduo nos sistemas formais programa mados para simular processos cognitivos pre presentes na ação cotidiana. O problema 3,, ddas raízes do significado, gira em torno da ddificuldade de se explicar como os sistemaas cognitivos atribuem significado às suas as representações internas. No caso da abord ordagem funcionalista, a dificuldade reside em saber como o significado das representa ntações pode ser intrínseco aos sistemas artificiais ar sem a presença de um programado ador externo. Seguindo Gonzalez ez e Haselager (2004; 2007), defendemos a hip hipótese de que as investigações da experiênci ncia cotidiana e do significado não precisam,, nnecessariamente, estar fundamentadas em conjecturas essencialmente representacioni nistas. Estas são abandonadas em prol dee ooutras que ressaltam a importância da inte inter-relação entre organismo e ambiente. Essa ssa inter-relação é estudada, por exemplo, na ár área da Cognição Incorporada e Situada (CIS IS) e na Filosofia Ecológica independente de representações mentais. A CIS fornece arg argumentos para a hipótese que as experiência cias sensoriais dos organismos não necessitam itam de capacidades cognitivo-representáveis eis, mas sim, de habilidades conectadas aoo pplano de ação, as quais fornecem as bases pa para a construção da história co-evolutiva entr ntre organismo e ambiente. Uma alternativa explicativa exp não representacionista é proposta ta na CIS no que concerne à investigação do comportamento inteligente. A CIS aponta pa para as limitações da utilização da metodo dologia sintética representacionista desenvo volvida pela IA Simbólica no estudo daa ação inteligente. Uma das principais li limitações dessa metodologia estaria na cons onstrução de modelos mecânicos simbólicos at através dos quais cientistas cognitivos procur curam explicar a natureza da mente. Porém,, eessa tentativa se torna frustrada uma vez que ue tais modelos possuem critérios de relevânci ncia dados a priori pelo ser humano, os quais is ddirecionam as suas relações com o ambiente. te. A necessidade, por parte da máquina, daa utilização de critérios de relevância dados os a priori para a escolha de hábitos apropri priados, no que se refere a sua ação no ambbiente, indica os limites para a abordagem in internalista da IA Simbólica. Outro ponto que, segundo se Gonzalez (2007), expressa o limite te da metodologia sintética está no aspecto to pragmático-sistêmico da inteligência, a qqual é fruto da experiência cotidiana e daa história evolutiva do organismo no ambiente nte. Tal aspecto é esquecido por algumas vert ertentes da Filosofia da Mente e da Ciência Cog ognitiva. Por fim, ISSN 2177-0417 - 334 - PP PPG-Fil - UFSCar V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 outro aspecto frágil da me metodologia sintética seria a dificuldade em ttrabalhar com a informação significativa,, vvisto que ela é ingrediente principal noo eestudo da ação inteligente. A Filosofia Ecológ lógica, tal como desenvolvida por Gibson son, propõe uma alternativa não representaci acionista para o estudo da ação inteligente atr através do método de análise sistêmico. De aco acordo com esse método a ação inteligente é in investigada como um produto do processo co co-evolutivo entre agente e ambiente. Nessee ssentido, a ação é direcionada pela informaação ecológica, caracterizada como um processo autoorganizado que estabelecee ppadrões de ação para os organismos situados os e incorporados nos seus ambientes específi íficos. Segundo Gonzalezz e Morais (2007), o externalismo gibsonianoo eexpressa a noção de que agente e ambiente co co-evoluem, formando um único sistema dinâm âmico, rejeitando, dessa forma, a hipótesee de que a percepção dos organismos seri eria mediada por representações mentais dad adas a priori. Entretanto, as posições externalis listas de Gibson e Dretske se chocam devido ido ao fato de que os gibsonianos não adm dmitem o uso de representações mentais naa explicação do processo de percepção-açãoo ddos organismos. Já, para Dretske, as repr epresentações mentais são necessárias para ra o processo de percepção e aprendizagem m dos organismos no ambiente. Contudo, co como indicado, a postura representacionistaa encontra dificuldades aparentemente intrans ansponíveis. Essas dificuldades sugerem qu que talvez seja aconselhável abandonar, ar, pelo menos temporariamente, a sua pos postura representacionista em favor de uma po postura realmente externalista. Em suma, procura ramos relacionar as perspectivas de Dretsk tske, Gonzalez e Haselager acerca das conce ncepções de informação significativa e experi eriência cotidiana. Com Dretske, admitimos os que a ação inteligente emerge de m mecanismos de aprendizagem que transfo formam a informação disponível no meioo em informação significativa. Nesse sentido do, o conhecimento é adquirido através da relaç lação experiencial que o organismo possui co com o meio, o qual é indissociável do seuu corpo e da sua história social. Entretanto, o, ccom a Filosofia Ecológica e a CIS entendem emos que a ação é um processo auto-organiza izado que envolve critérios de relevância par para a escolha de hábitos apropriados. A relaç lação entre as concepções de experiência cotidi idiana, informação significativa e auto-organi anização, bem como as suas implicações pa para a Teoria do Conhecimento serão objetos tos de estudo de um trabalho posterior. ISSN 2177-0417 - 335 - PP PPG-Fil - UFSCar V Seminá inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC Car 19 a 23 de outubro de 2009 BIBLIOGRAFIA: DRETSKE, F. I. Knowledg edge and the flow of the information. Oxford ord: Blackwell Publisher, 1981. lizing the mind. Cambridge: MIT Press, 1995. DRETSKE, F. I . Naturalizi GIBSON, J. J. The Ecol cological Approach to visual perception.. New N Jersey: Lawrence Earlbaum Associiates, Inc, 1986. GONZALEZ, M. E. Q.; MO ORAIS, S. R. Contribuições do pragmatismoo para a compreensão do conceito de informação ecológica. In: Cognitio, São Pau Paulo, v. 8, n. 1, p. 93-104, jan.-jun. 2007. GONZALEZ, M. E. Q. Info nformation and mechanical models of intelligen ence: what we can learn from cognitive sci science? In: Cognitive Technologies and the Pragmatics Pr of Cognition. John Benjamins ns Publishing Company: Amsterdam/Philadelph lphia, 2007. p. 109-125. GONZALEZ, M. E. Q.; BR ROENS, M. C. Um estudo do conhecimento não n proposicional no contextoo dda teoria da cognição incorporada e situada.. In In: Manuscrito – ver. Int. fil. Campinas, v. 29 29, n. 2, p. 729-751, jul.-dez. 2006. GONZALEZ, M.E.Q.; NAS ASCIMENTO, T.C.A.; HASELAGER, W.F.G. .G. Informação e conhecimento: notas para um uma taxonomia da informação. In: GONZALE LEZ, M.E.Q.; FERREIRA, A.; COELHO, O, J. (Org.). Encontro com as Ciências Cogniti itivas IV.1 ed. São Paulo, 2004. v. IV, p.. 1195-220. HASELAGER, W.F.G. O m mal estar do representacionismo: as sete dor ores de cabeça da ciência cognitiva. In: GON ONZALEZ, M.E.Q.; FERREIRA, A.; COEL ELHO, J. (Org.). Encontro com as Ciênciass C Cognitivas IV.1 ed. São Paulo, 2004. v. IV,, p. 105-120. . LARGE, D. N. What is ecol cological philosophy? Disponível em: http://www.newphilsoc.org. rg.uk/Ecological/what_is_ecological_philosoph phy.htm. Acesso em: 10 dez. 2007. ROBBINS, P.; AYDEDE,, M M. The Cambridge handbook of Situated Cog ognition. Cambridge, NEW York, Meelbourne, Madrid, Cape Town, Singapore, São Paulo, Delhi: Cambridge University Press ess, 2009. ISSN 2177-0417 - 336 - PP PPG-Fil - UFSCar