Anais do 3º Simpósio de Neurociências da Grande Dourados – SINGraD – 2012 13,14 e 15 de Outubro de 2012 – Grande Dourados – MS - Brasil Natureza do trabalho: Resumo TÍTULO PERCEPÇÃO DA REALIDA DE LUNA DIAS GUILLEN, I AGOR CAROLINO DE SOU ZA, STÉPHANE OHANE LIMA, VANÉLI SILVA MARTINS UNIVERSIDADE FEDERAL DE GRANDE DOURADOS, UFGD, DOURADOS, MS, BRASIL RESUMO Na Grécia antiga, Aristóteles já tratava da percepção como dependente do corpo e da alma (mente), sendo o corpo a substância material, ou seja, aquele que sofre alterações físicas ao receber a forma sensível - o estímulo. Por sofrer certo movimento em sua constituição material podemos conhecer o aspecto sensível e, desta forma, obter sua percepção. Percepção é o processo através do qual os indivíduos interpretam as informações que afetam seus sentimentos e ações, bem como, de outras pessoas. Portanto, não é necessariamente igual à realidade, pois lhe fornece apenas um significado limitado, próprio de cada ser humano2 . A percepção é construída pela familiaridade – conjunto de experiências vivenciadas pelo individuo, sua cultura e habilidade cognitiva. Desta forma, as percepções e respostas de duas pessoas não serão necessariamente as mesmas quando descreverem um mesmo fato. Sabe-se que o ambiente é percebido através dos sentidos, no entanto, a ciência ainda não decifrou como as atividades eletromagnéticas cerebrais possam produzir experiências subjetivas, como por exemplo, a "vermelhidão do vermelho", a "maciez do macio". Para tentar explicar esse fenômeno surge o termo qualia, a qual representa o hiato explicativo entre as qualidades subjetivas da percepção e o sistema físico – cérebro. A qualia vem sendo motivo de estudo para vários cientistas (exemplos são: Ramachandram e Hirstein) como forma de elucidar a relação entre sensação e percepção.