ppc fisica - Estado do Paraná

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FÍSICA
Apresentação da Disciplina
A Física é a parte da ciência que estuda a matéria, energia e a relação entre
elas, abrangendo a mecânica, a termodinâmica e o eletromagnetismo. Na atualidade, seu
corpo teórico se apresenta na forma de princípios, leis, conceitos, definições e ideias
que, interligados uns aos outros, não só sustentam a teoria, mas são fundamentais para
compreendê-la, buscando identificar um princípio único e capaz de explicar os
fenômenos naturais. Essa compreensão torna-se uma possibilidade com a inserção deste
corpo de conhecimentos como disciplina escolar do ensino médio, visto que, a maioria
das pessoas somente terá contato com eles nesta etapa escolar.
A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda a sua complexidade
e, por isso, como disciplina escolar propõe aos estudantes da natureza, entendida,
segundo Menezes (2005), como realidade material sensível. Ressalta-se que os
conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas
da natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no intuito de explicar e entender essa
natureza.
A Física tem uma maneira própria de lidar com o mundo, que se expressa
não só através da forma como representa, descreve e escreve o real, mas, sobretudo na
busca de regularidades, na conceituação e quantificação das grandezas, na investigação
dos fenômenos, no tipo de síntese que promove. Como ponto de partida, trata-se de
identificar questões e problemas a serem resolvidos, estimular a observação,
classificação e organização dos fatos e fenômenos a nossa volta, segundo os aspectos
físicos e funcionais relevantes. Isso inclui, por exemplo, identificar diferentes imagens
óticas, desde fotografias a imagens de vídeos, classificando-as segundo suas
características, diferentes materiais segundo suas propriedades térmicas, elétricas, óticas
ou mecânicas. Mais adiante, classificar diferentes formas de energia presentes no uso
cotidiano, como em aquecedores, meios de transporte, refrigerantes, televisores,
eletrodomésticos, observando suas transformações, buscando regularidades nos
processos envolvidos nessas transformações.
O conhecimento da disciplina de física é basicamente a compreensão dos
enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos, manuais de instalação e utilização
de aparelhos, bem como a interpretação de tabelas, gráficos e relações matemáticas
gráficas, traduzindo as linguagens matemática e discursiva.
Seu conhecimento abrange a compreensão do mundo em que vivemos como
os procedimentos tecnológicos, o funcionamento de aparelhos e equipamentos.
Identificar quando é uma situação física e vincular esse conhecimento com outras áreas
da ciência. Estende-se também aos aspectos de sua historia e relações com contexto
cultural, social, político e econômico e também na capacidade crescente do homem, da
qual a tecnologia lhe favorece.
Objetivos da disciplina
A disciplina de física deve contribuir para que o estudante se aproprie do
conhecimento historicamente produzido, o que o estudante se transformará em
ferramenta para que ele se subsidie como ser humano e futuro profissional em uma
sociedade em processo de globalização, tornando-o um ser crítico, criativo e inteirado
com a sociedade e as tecnologias a sua volta e que o mesmo interage.
Para ter uma clara visão do mundo e a capacidade de interpretar os
fenômenos do universo e nele interagir, compreender a evolução dos sistemas físicos,
suas aplicações e suas influências na sociedade, destacando-se a não neutralidade da
produção científica. Sem conhecimentos, o ser humano terá dificuldade de intervir na
construção de uma sociedade melhor, com condições mínimas de sobrevivência,
liberdade e igualdade.
Nenhum conteúdo físico está desvestido de intencionalidade, finalidade e /
ou aplicação. Um sujeito que reconhece essas intenções tem uma leitura mais inteligente
da ciência, não se faz ingênuo ou alineado e se sucedia como ser humano na sociedade.
Conteúdos Estruturantes
Buscou-se um quadro conceitual de referencia capaz de abordar o objeto de
estudo desta ciência – o Universo – sua evolução, suas transformações e as interações
que nele ocorrem, sem desconsiderar a cultura escolar.
São conteúdos estruturantes (campos de estudos da Física) para a disciplina:
 MOVIMENTO
 TERMODINÂMICA
 ELETROMAGNETISMO
Conteúdos - 1ª Série
Estruturante
Movimento
Básico
Específico
Critérios de avaliação
Momentum e
inércia
CINEMÁTICA
Introdução a mecânica;
Definições e conceitos;
Movimento e repouso;
Trajetória;
Deslocamento e
caminho percorrido;
Grandezas escalares e
vetoriais;
•formule uma visão geral da
ciência (Física), presente no
final do século XIX e
compreenda a visão de
mundo dela decorrente;
•compreenda a limitação do
modelo clássico no estudo dos
movimentos de partículas
subatômicas, a qual exige
outros modelos físicos e
outros princípios (entre eles o
da Incerteza);
•perceba (do ponto de vista
relativístico e quântico) a
necessidade de redefinir o
conceito de massa inercial,
espaço e tempo e, como
consequência, um conceito
básico da mecânica clássica:
trajetória;
•compreenda o conceito de
massa (nas translações) como
uma construção científica
ligada à concepção de força,
entendendo-a (do ponto de
vista clássico) como uma
resistência à variação do
movimento, ou seja, uma
constante de movimento e o
momentum como uma medida
dessa resistência (translação);
•compreenda o conceito de
momento de inércia (nas
rotações) como a dificuldade
apresentada pelo objeto ao
giro,
relacionando
este
conceito à massa do objeto
e à distribuição dessa massa
em relação ao eixo de rotação.
Ou seja, que a diminuição do
momento de
inércia implica num aumento
de velocidade de giro e vice-
versa.
Conservação
de
quantidade
de
movimento
(momentum)
Variação da
quantidade
de
movimento
= Impulso
2ª Lei de
Newton
Velocidade escalar;
Velocidade escalar
média;
Velocidade escalar
instantânea.
Abscissa na trajetória;
Sinal da velocidade
escalar média;
Equação horária dos
espaços;
Movimento uniforme:
Definição de
movimento uniforme;
Equação horaria das
abscissas;
Diagramas.
Movimento
uniformemente
variado:
Aceleração escalar;
Movimento acelerado e
retardado;
Movimento
uniformemente
variado;
Velocidade em função
do tempo;
Equação de Torricelli;
Gráficos;
Movimento vertical
livre:
Queda livre;
Lançamento vertical
para cima.
Dinâmica:
Leis de Newton:
Princípio da Inércia ou
1ª Lei de Newton;
Medidas de forças;
Princípio fundamental
da dinâmica ou 2ª Lei
de Newton;
Peso de um corpo;
•associe força à variação da
quantidade de movimento de
um objeto ou de um sistema
(impulso),
à variação da velocidade de
um objeto (aceleração ou
desaceleração) e à concepção
de massa e inércia;
•entenda as medidas das
grandezas
(velocidade,
quantidade de movimento,
etc.) como dependentes
do referencial e de natureza
vetorial;
•perceba, em seu cotidiano,
movimentos simples que
acontecem
devido
à
conservação de uma grandeza
ou quantidade, neste caso a
conservação da quantidade de
movimento translacional ou
linear;
•compreenda, além disso, a
conservação da quantidade de
movimento
para
os
movimentos rotacionais;
•perceba que os movimentos
acontecem
sempre
uns
acoplados aos outros, tanto os
translacionais
como
os
rotacionais;
• perceba a influência da
dimensão de um corpo no seu
comportamento perante a
aplicação de uma força em
pontos diferentes deste corpo;
• aproprie-se da noção de
condições
de
equilíbrio
estático, identificado na 1ª lei
de Newton e as noções de
equilíbrio estável e instável.
• reconheça e represente as
3ª Lei de
Newton e
condições de
equilíbrio
Energia e o
Princípio
da
Conservação
da
energia
Gravitação
Principio da ação e
reação ou 3ª Lei de
Newton;
Aplicações das Leis de
Newton;
Efeitos de uma força;
Movimento circular
uniforme e não
uniforme.
Trabalho e Energia:
Energia;
Trabalho e energia
cinética;
Trabalho de uma força
constante em uma
trajetória retilínea
Energia potencial
gravitacional;
Energia mecânica;
Energia potencial
elástica;
Conservação da
energia mecânica.
Potência;
Rendimento.
Gravitação:
Gravitação universal:
Leis de Kepler;
Lei da gravitação
universal;
Aceleração da
gravidade.
forças de ação e reação nas
mais diferentes situações.
•conceba a energia como uma
entidade física que pode se
manifestar de diversas formas
e, no caso da energia
mecânica,
em
energias
cinética, potencial elástica e
potencial gravitacional;
•perceba o trabalho como uma
grandeza física relacionada à
transformação/variação
de
energia;
•compreenda a potência como
uma
medida de eficiência de um
sistema
físico. Ou seja, é importante
entender
com que rapidez no tempo
ocorrem as
transformações de energia,
indicada pela grandeza física
potência.
• associe a gravitação com as
leis de
Kepler;
•
identifique
a
massa
gravitacional
diferenciando-a da massa
inercial, do ponto de vista
clássico.
• compreenda o contexto e os
limites do modelo newtoniano
tendo em vista a Teoria da
Relatividade Geral.
Conteúdos - 2ª Série
Estruturante
Básico
Termodinâmica Leis da
Termodinâmi
ca:
Lei zero da
Termodinâmi
ca
Específico
Termologia:
Temperatura:
Primeiras idéias sobre o
calor;
Temperatura;
As escalas
termométricas;
Lei Zero da
Termodinâmica;
A escala Kelvin;
Grandeza e equação
termométrica;
Expansão térmica dos
sólidos e líquidos:
Dilatação linear;
Dilatação superficial;
Dilatação volumétrica;
Dilatação dos líquidos;
Dilatação anômala da
água.
Calorimetria:
Unidades de quantidades
de calor;
Calor sensível e calor
latente;
Capacidade térmica e
calor específico;
Fórmula fundamental da
calorimetria;
Trocas de calor;
Fases da matéria;
Mudanças de fase;
Vaporização e
liquefação.
Mudanças de estado:
Fusão e pressão;
Ebulição e pressão;
Diagrama de fases;
Evaporação;
Pressão de vapor;
Ebulição e pressão de
vapor.
Transmissão de calor:
Transmissão de calor por
Critérios de
avaliação
•compreenda a Teoria
Cinética dos Gases
como um modelo
construído e válido
para o contexto dos
sistemas gasosos com
comportamento
definido
como
ideal
e
fundamental para o
desenvolvimento
das
idéias
na
termodinâmica;
•formule o conceito de
pressão de um fluido,
seja ele um líquido ou
um gás, e extrapole o
conceito a outras
aplicações físicas;
•entenda o conceito de
temperatura como um
modelo baseado nas
propriedades de um
material, não uma
medida, de fato, do
grau
de
agitação
molecular em um
sistema;
•diferencie e conceitue
calor e temperatura,
entendendo o calor
como uma das formas
de energia, o que é
fundamental para a
compreensão
do quadro teórico da
termodinâmica;
condução;
Transmissão de calor por
convecção;
Transmissão de calor por
irradiação;
Equilíbrio térmico.
As leis da
Termodinâmica:
Trabalho numa
transformação gasosa;
Energia interna;
1ª Lei da
Termodinâmi
ca
Primeira Lei da
Termodinâmica;
Leis das transformações
dos gases;
Transformação cíclica;
Ciclo de Carnot;
2ª Lei da
Termodinâmi
ca
Segundo Lei da
Termodinâmica.
•compreenda
a
primeira lei como a
manifestação
do
Princípio
da
Conservação
de
Energia, bem como
a sua construção no
contexto
da
termodinâmica e a
sua importância para a
Revolução Industrial a
partir do entendimento
do calor como forma
de energia;
•associe a primeira lei
à ideia de produzir
trabalho a partir de um
fluxo de calor.
•compreenda
os
conceitos
de
capacidade calorífica
e calor específico
como propriedade de
um
material
identificável
no
processo
de
transferência de calor.
Da mesma forma, o
conceito de calor
latente;
•identifique
dois
processos físicos: a)
os reversíveis e b) os
irreversíveis, que vêm
acompanhados de
uma degradação de
energia enunciada pela
segunda lei. Esse
princípio físico deve
ser compreendido
como tão universal
quanto
o
de
conservação
de
energia e sugere um
estudo da entropia;
•compreenda
a
entropia,
uma
grandeza que pode
variar em processos
espontâneos
e
artificiais, como uma
medida de desordem e
probabilidade.
Eletromagnetis- A natureza da
Óptica Geométrica:
luz e
mo
A luz:
suas
propriedades A velocidade da luz;
A natureza da luz;
Classificação dos meios;
Raios de luz;
Propagação retilínea da
luz;
Difração;
Reflexão e refração da
luz;
Cor de um corpo;
Espalhamento.
Reflexão da luz –
espelhos planos:
Leis da reflexão;
Imagens formadas por
espelhos planos;
Imagem de um objeto
extenso;
Campo visual de um
espelho plano;
Associação de espelhos
planos;
Refração da luz:
Índice de refração;
Leis da refração;
Reflexão total;
Lâmina de faces
paralelas;
Prisma óptico;
Arco-íris;
•entenda os processos
de desvio da luz, a
refração que pode
ocorrer tanto com a
mudança do meio
quanto
com
a
alteração da densidade
do meio, além do
processo de reflexão,
no qual a luz é
desviada
sem
mudança de meio;
•entenda
os
fenômenos luminosos
como os
de reflexão total,
reflexão
difusa,
dispersão e absorção
da luz, dentre outros
importantes para a
compreensão
de
fenômenos cotidianos
que
ocorrem
simultaneamente na
natureza, porém,
às vezes um ou outro
se sobressai;
•associe
fenômenos
cotidianos
relacionados
à luz como por
exemplo: a formação
do arco íris,
a percepção das cores,
a cor do céu dentre
Espelhos esféricos:
Elementos de um
espelho;
Incidência e reflexão da
luz;
Focos de um espelho de
Gaus;
Formação de imagens;
Propriedades dos
espelhos esféricos;
Objetos virtuais;
Associação de dois
espelhos.
Lentes esféricas:
Classificação das lentes;
Propriedades das lentes;
Associação de lentes;
Lentes justapostas;
Associação de lentes e
espelhos esféricos
coaxiais;
Instrumentos ópticos.
Estruturante
Eletromagnetismo
Conteúdos - 3ª Série
Básico
Específico
Carga,
corrente
elétrica,
campo e
ondas
eletromagnéti
cas
Lei de
Coulomb
Eletrostática:
Eletrização:
Carga elétrica;
Corpo eletrizado;
Princípios da
eletrostática;
Eletrização por atrito;
Eletrização por
contato;
Eletrização por
indução;
Eletroscópio.
Força elétrica:
Carga elétrica
puntiforme;
Força entre duas
cargas elétricas
puntiformes.
Lei de Coulomb.
Campo elétrico:
Vetor campo elétrico;
Linhas de força;
Campo elétrico de
uma carga puntiforme
outros, aos fenômenos
luminosos estudados;
Critérios de
avaliação
•compreenda a teoria
eletromagnética, suas
ideias, definições, leis
e conceitos que a
fundamentam.
•compreenda a carga
elétrica como um
conceito central no
eletromagnetismo,
pois todos os efeitos
eletromagnéticos estão
ligados a alguma
propriedade da carga.
•compreenda que a
carga tanto cria quanto
sente o campo de
outra carga, mas o
campo de uma carga
não se altera na
presença de outra
carga. Assim, a ideia
de campo deve ser
entendida como um
ente que é inseparável
fixa
Campo elétrico de um
condutor esférico;
Campo elétrico
uniforme.
Força
eletromagnéti
ca
Equações de
Maxwell: Lei
de Gauss
para
eletrostática/
Lei de
Ampère, Lei
de Gauss
magnética,
Lei de
Faraday)
Eletrodinâmica:
Corrente elétrica:
Sentido;
Natureza;
Intensidade;
Tipos;
Efeitos;
Resistência e
resistividade:
Resistência elétrica;
Leis de Ohm;
Circuitos elétricos;
Resistividades;
Reostatos;
Associação de
resistores:
Resistores em série;
Resistores em
paralelo;
Associação mista de
resistores.
Geradores e
receptores:
Gerador real;
Geradores iguais em
paralelo;
Potência do gerador;
Potência útil máxima
de um gerador;
Receptor;
Potência do receptor;
Eletromagnetismo:
Campo magnético:
Propriedades dos
ímas;
Inseparabilidade dos
pólos;
da carga.
Entender a ideia de
campo como uma
entidade teórica criada
no eletromagnetismo,
pois ele é básico para
a teoria e mediador da
interação entre cargas.
•compreenda as leis de
Maxwell como um
conjunto de leis que
fornecem a base para a
explicação
dos
fenômenos
eletromagnéticos;
•entenda o campo
como uma entidade
física
dotado
de
energia;
•apreenda o modelo
teórico utilizado para
explicar a carga e o
seu movimento (a
corrente elétrica), a
partir das
propriedades elétricas
dos materiais;
•associe
a
carga
elétrica elementar à
quantização da carga
elétrica;
•conheça
as
propriedades elétricas
dos materiais, como
por
exemplo,
a
resistividade
e
a
condutividade;
•conheça
as
propriedades
magnéticas
dos
materiais;
•entenda
corrente
elétrica e força como
entes
físicos
que
aparecem associados
ao campo;
•reconheça
as
interações
elétricas
Campo magnético
terrestre.
Força magnética:
Força magnética sobre
cargas elétricas;
Força magnética sobre
um condutor retilíneo.
Fontes do campo
magnético:
Campo magnético
criado por corrente
elétrica num fio
retilíneo;
Campo magnético
criado por uma espira
circular;
Campo magnético
criado por um
solenóide.
A natureza da
luz e
suas
propriedades
Ondas
Oscilaçoes;
Ondas mecânicas;
Pulso e trem de ondas;
Ondas transversais e
longitudinais;
Ondas
como as responsáveis
pela
coesão
dos
sólidos,
pelas
propriedades
apresentadas
pelos
líquidos
(viscosidade, tensão
superficial)
e
propriedades
dos
gases;
•compreenda a força
magnética como o
resultado da
ação
do
campo
magnético sobre a
corrente elétrica;
•entenda
o
funcionamento de um
circuito elétrico,
identificando os seus
elementos
constituintes;
•conceba a energia
potencial
elétrica
como uma das
muitas formas de
manifestação
de
energia, como a
nuclear e a eólica.
•compreenda
a
potência elétrica como
uma medida de
eficiência
de
um
sistema elétrico;
•perceba o trabalho
elétrico como uma
grandeza física
relacionada
à
transformação/
variação de energia
elétrica.
•entenda o propósito
do estudo da luz no
contexto
do
eletromagnetismo;
•conceba a luz como
parte da radiação
eletromagnética,
localizada entre as
eletromagnéticas;
Propriedades das
ondas.
radiações
de alta e baixa
energia, que manifesta
dois
comportamentos,
o
ondulatório e o de
partícula, dependendo
do tipo de interação
com a matéria;
•compreenda a luz
como
energia
quantizada
que, ao interagir com
a matéria, apresenta
alguns
comportamentos que
são típicos de
partículas
(por
exemplo, o efeito
fotoelétrico) e
outros de ondas (por
exemplo,
a
interferência
luminosa), ou seja,
entenda a luz a partir
do
comportamento dual;
•extrapole
o
conhecimento
da
dualidade
onda-partícula
à
matéria, como por
exemplo ao elétron.
Encaminhamento Metodológico
A partir do entendimento de que a ciência se constitui de um real construído
por homens, os quais estão inseridos em uma realidade histórica, e que não é alheia às
outras atividades humanas, pretende-se que no ensino de Física, promova uma mudança
de ênfase, visando à vida individual, social e profissional, presente e futura, dos jovens
que freqüentam a escola. Discutir o conhecimento científico como produto da cultura
cientifica sujeito ao contexto sócio-econômico, político e cultural de uma época,
sobretudo dando ao ensino de Física novas dimensões. Isso significa promover um
conhecimento contextualizado e integrado à vida de cada jovem.
O campo de estudo da Física apresentado neste documento representam as
teorias unificadas da Física:
No século XVI, a Mecânica de Newton uniu os fenômenos celestes e
terrestres, sendo que suas Leis de Movimento englobam a Estática, a Dinâmica e a
Astronomia;
No século XIX, os estudos da Termodinâmica, que tiveram como norte as
máquinas térmicas, unificam os conhecimentos sobre gases, pressão, temperatura e
calor;
Ainda no século XIX, Maxwell inclui a Óptica dentro da teoria
Eletromagnética, concluindo a terceira grande sistematização da Física ao unir
fenômenos elétricos com os magnéticos e a óptica.
Para tanto, utilizar-se-á de aulas teórico-expositivas; leitura e análise de
textos históricos, de divulgação científica ou literária; apresentação e análise de filmes
de curta duração (recortes de filmes) e documentários na TV pendrive; atividades
práticas experimentais ou de pesquisa.
Segundo, (Carvalho Filho, 2006, p.8) o “professor deve ensinar ciências, na
perspectiva da ciência, destacando o modelo de formulação do saber”. Assim, propõe-se
partir do cotidiano do estudante, porém por meios de metodologias que propiciam
condições para que se distanciem dos seus conhecimentos empíricos e se apropriem do
conhecimento científico, sem, no entanto, estipular uma escala de valor entre ambos.
Será considerado o conhecimento empírico dos estudantes e a diversidade
presente em uma sala de aula. A realidade científica constitui-se numa construção e não
num mundo dado – o conhecimento científico rompe com o real imediato, tocável,
palpável, visível. Se todo conhecimento se processa contra um conhecimento anterior,
então é preciso considerar o conhecimento prévio dos estudantes, porém relativizandoo. O importante é que eles compreendam que o conhecimento que eles trazem não é
definitivo, não se constitui numa verdade pronta e acabada.
É no conhecimento prévio dos estudantes que se incluem as concepções
alternativas ou concepções espontâneas. O estudante desenvolve suas concepções
espontâneas sobre os fenômenos físicos no dia a dia, na interação com os diversos
objetos no seu espaço de convivência e as traz para a escola quando inicia seu processo
de aprendizagem. Assim, o trabalho com os conteúdos buscará mostrar a necessidade de
superação do senso comum para adentrar o mundo da ciência.
A metodologia de ensino aproximará professores e alunos na aventura do
conhecimento, tornando-o prazeroso, criativo e estimulador. Desta forma, o professor de
física irá considerar em sala de aula:
 a história, a epistemologia e a evolução do conhecimento físico: no
ensino da disciplina, essas considerações pode servir como grande estímulo, para
professores e alunos, evitando que os conteúdos sejam tratados como pequenos gênios.
A história e epistemologia do conhecimento poderão contribuir para humanizar as
ciências, pois, pode conduzir para a compreensão de que elas são fruto de uma
construção humana e coletiva.
 o papel da experimentação no ensino da Física: o conhecimento físico,
como o das demais ciências experimentais, evolui à medida que suas hipóteses ou
teorias podem ser comprovadas pela evidência experimental. O experimento fala por si.
Revela uma contradição entre o pensamento do aluno e a própria evidência e demarca o
limite de validade da hipótese feita. A experimentação pode contribuir para aproximar o
ensino de Ciências das características do trabalho científico. Também existe um certo
consenso entre educadores de que a experimentação a compreensão dos estudantes dos
fenômenos estudados.
 o cuidado com os conceitos e definições em Física: a Física é composta
por um conjunto bem estruturado de conhecimentos do mundo natural. Não é fácil
ensinar Física, devido o amplo conhecimento englobado por ela, envolvendo ideias cada
vez mais abstratas sobre outras áreas do conhecimento como a matemática, a psicologia,
a política, etc. Devemos levar em conta os significados de cada elemento de uma teoria,
pois por estarmos tão acostumados com ela, muitas vezes nos parecem naturais que mal
percebemos as ideias que estão envolvidas no ato de significar. Devemos também levar
em conta que o aluno chega na escola com ideias prontas, com um contexto para as
coisas, criadas por ele para compreender e atuar no mundo.
 o cotidiano dos alunos: os alunos devem participar relacionando coisas
de seu cotidiano ao tema proposto. O professor também irá participar contribuindo com
coisas que são essenciais que talvez os alunos não citem. Para agrupar a maioria dos
elementos levantados o professor levará em conta a forma pela qual julga conveniente
desenvolver o conteúdo.
A metodologia será responsável pela mediação entre o saber escolar e as
condições concretas dos alunos, que só ocorrerá na medida em que o processo do
conhecimento se realize e seja apropriado criticamente da realidade e possibilite a sua
transformação.
Para isso, será considerado o mundo vivencial dos alunos, sua realidade
próxima ou distante, os objetivos e fenômenos com que efetivamente lidam ou os
problemas e indagações que movem sua curiosidade. Esse será o ponto de partida e, de
certa forma, também o ponto de chegada. Ou seja, feito às investigações, abstrações e
generalidades potencializadas pelo saber da física, em sua dimensão conceitual, o
conhecimento volta-se novamente para os fenômenos significativos ou objetos
tecnológicos de interesse, agora com um novo olhar, como o exercício de utilização de
novo saber adquirido, em sua dimensão aplicada ou tecnológica. O saber assim
adquirido dos problemas tratados, de tal forma que passa a ser instrumento para outras e
diferentes investigações.
De acordo com o Projeto Político e Pedagógico do Colégio estadual do
Reassentamento São Marcos, os Desafios Educacionais Contemporâneos: Educação
Ambiental, Prevenção ao uso indevido de drogas, Relações Étnico-Raciais,
Sexualidade, Violência na escola, não são negados pela escola, mas serão chamados ao
currículo quando fizerem parte da totalidade de um conteúdo nele presente, portanto,
fazendo parte do recorte do conteúdo e como necessidade para explicação de fatos
sociais. Serão trabalhados na perspectiva da historicidade, da concreticidade e da
totalidade, indo para além de representações ingênuas, idealistas e estereotipadas da
realidade.
O conhecimento da Física “em si mesmo” não basta como objetivo, mas
deve ser entendido, sobretudo como um meio, um instrumento para a compreensão do
mundo, podendo ser prático, mas permitindo ultrapassar o interesse imediato.
Avaliação
A avaliação dar-se-á ao longo processo de ensino e aprendizagem dos
estudantes, visto que ela é um instrumento para acompanhamento do trabalho do
professor e do processo de aprendizagem dos estudantes.
É um instrumento fundamental no processo de ensino e aprendizagem que
oferece informações para o professor e a equipe técnica escolar analisarem os resultados
de seu trabalho e para o aluno analisar seu desempenho, possibilitando o diagnóstico
das dificuldades e, quando for o caso, o redirecionamento das estratégias, visando ao
sucesso escolar. Mas, para isso, é preciso um planejamento do que ensinar (conteúdos),
para que ensinar (o que se espera do aluno ao final de cada unidade de conteúdo, a cada
ano, ao final do ensino médio) e qual é o resultado esperado desse ensino (que sujeito
pretende formar), (Paraná/SEED/DEB, Diretrizes Curriculares da Educação Básica –
Física, 2008, p. 79).
Na avaliação será levada em conta, a apropriação dos conceitos, leis e teorias
que compõem o quadro teórico da Física pelos estudantes. Isso pressupõe o
acompanhamento constante do progresso do estudante quanto à compreensão dos
aspectos históricos, filósofos e culturais, da evolução das ideias em Física e da não
neutralidade da ciência.
A função principal da avaliação é acompanhar o processo e, a partir daí,
prever a continuidade ou não desse processo e apontar caminhos para que se efetive a
aprendizagem dos estudantes. No ensino médio por blocos, com um maior tempo
semanal com o estudante o professor diversificará os instrumentos de avaliação para
além da tradicional prova de final de bimestre, até porque avaliar no final do bimestre
não é para acompanhar a aprendizagem, mas, tão somente, para aprovar ou reprovar o
que reduz e empobrece a função da avaliação.
Inicialmente, será preciso identificar os conhecimentos dos estudantes, sejam
eles espontâneos ou científicos, pois ambos interferem na aprendizagem, no
desenvolvimento dos trabalhos e nas possibilidades de revisão do planejamento
pedagógico. Textos (de divulgação científica, literários, históricos, etc.), atividades
experimentais, são alguns instrumentos que possibilitam avaliar o processo de
aprendizagem e, acima de tudo estabelecer o necessário diálogo com os estudantes para
que eles aprendam a expressar suas opiniões e se efetive a construção do conhecimento.
Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa
dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e aprendizagem.(Paraná/SEED/DEB,
Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física, 2008, p. 31), assim, criando as
condições necessárias e reais para que o trabalho pedagógico aconteça e seja conduzido
da melhor forma possível.
Embora, o sistema de registro da vida escolar do estudante esteja centrado
em uma nota para sua aprovação, a avaliação será um instrumento auxiliar a serviço da
aprendizagem dos alunos, cuja finalidade é sempre o seu crescimento e sua formação.
Trata-se de tomá-la como instrumento para intervir no processo de aprendizagem do
estudante, tendo em vista o índice desejado.
A cada conteúdo trabalhado serão utilizados instrumentos de avaliação,
sendo possível constatar os conteúdos assimilados e as dificuldades de aprendizagem e
para diagnosticar e superar as dificuldades de aprendizagem serão retomados os
conteúdos, lançando novamente outra sistemática de avaliação, permitindo ao educando
a assimilação e recuperação paralela dos conteúdos, sendo que esta será devidamente
registrada no livro de registro do professor.
A recuperação paralela será feita de forma gradativa e sistemática,
prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A recuperação é um dos
aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno com
aproveitamento insuficiente dispõe de condições que lhe possibilitam a apreensão de
conteúdos básicos, o qual passará por um processo de reavaliação. Será um conjunto
integrado ao processo de ensino além de se adequar às dificuldades dos alunos.
O professor utilizará de metodologias diversificadas para dar condições
efetivas à aprendizagem de seus alunos. Serão retomadas as questões das avaliações,
principalmente aquelas cujas dificuldades se evidenciarem e revndo-ser o conteúdo
correspondente. O aluno será orientado sobre como será novamente avaliado
recuperação.
Os alunos serão avaliados em sua individualidade e diversidade, condição
indispensável para uma prática pedagógica democrática e inclusiva. Aceito na sua
singular condição intelectual, social, cultural, dando espaço para que ele se faça ouvir,
permitindo uma relação dialógica com o aluno, sem preconceitos ou estereótipos.
De acordo com as DCEs de Física (2008), quanto aos critérios de avaliação
em Física, será verificado:
 A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino
e aprendizagem planejada;
 A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
 A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
 A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos,
as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva
os conhecimentos da Física.
O professor tendo subsídios para verificar a aprendizagem dos estudantes
poderá interferir no processo pedagógico revendo seu planejamento. Segundo,
(Paraná/SEED/DEB, Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física, 2008) “a
escola oportunizará a construção do conhecimento pelos estudantes e desempenhando
seu papel na democratização do conhecimento”.
Referências Bibliográficas
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CARVALHO FILHO, J. E. C. Educação Cientifica na perspectiva Bachelardiana:
Ensaio Enquanto Formação. In: Revista Ensaio, Belo Horizonte, v. 8 n. 1, 2006.
LOSS, L. MACHADO, M. L. Pressupostos teóricos e metodológicos da disciplina de
física: experiências didáticas. Disponível em
<http://www.sbf1.sbfisica.org.br/eventos/snef/xvi/cd/resumos/T0210-2.pdf> acesso dia
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MENEZES, L. C. A matéria – Uma Aventura do Espírito: Fundamentos e Fronteiras
do Conhecimento Físico. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.
PARANÁ, Secretaria de estado da Educação, Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná – Física. Curitiba:
SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de estado da Educação, Departamento de Educação Básica.
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<http://www.ldavicenterijo.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/18/1380/10/arquivos/File/Fisica.pdf >
acesso dia 03/10/2010.
PAULO & CARLOS, Física: Ciência e Tecnologia, Vol. 1, 2 e 3. São Paulo, Moderna,
2005.
SAMPAIO & CALÇADA, Universo da Física, Vol. 1, 2 e 3. São Paulo, Atual, 2003.
ARANÁ, Secretaria de estado da Educação, Superintendência da Educação.
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná
– Física. Curitiba: SEED, 2010.
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