TEXTO DE HISTÓRIA - 3º PERÍODO Aluno (a): Data: Nº: Unidade Barra/Botafogo Ano: 9º __ Equipe de História O CONGRESSO DE VIENA A vitória das potências europeias sobre a França napoleônica representou uma vitória temporária do conservadorismo sobre o liberalismo, da restauração sobre a Revolução Francesa, da aristocracia sobre a burguesia. Em 1814, após a derrota de Napoleão na batalha de Leipzig, as potências vitoriosas realizaram na capital do Império Austríaco uma conferência internacional, conhecida como Congresso de Viena. Essa conferência, temporariamente interrompida durante o Governo dos Cem Dias, foi concluída em 1815, após a derrota de Napoleão em Waterloo. O principal objetivo do Congresso de Viena era restabelecer a situação vigente antes da Revolução Francesa, ou seja, a restauração do Antigo Regime. Apesar dos muitos representantes, as decisões foram tomadas pelo Comitê dos Quatro: Grã-Bretanha (lord Castlereagh), Áustria (príncipe Metternich), Prússia (Hardenberg) e Rússia (czar ALEXANDRE I). A França esteve representada por Talleyrand. As negociações entre monarcas, diplomatas e embaixadores que participaram do Congresso basearam-se em três princípios básicos: 1. A restauração do absolutismo ou Antigo Regime; 2. A legitimidade das antigas dinastias que haviam sido depostas durante as guerras napoleônicas, restabelecendo-as nos tronos dos países europeus; 3. O equilíbrio europeu, que visava congelar indefinidamente a velha ordem restaurada e preservar a paz na Europa pela manutenção de uma equivalência de forças entre as grandes potências. Para tanto, foi refeito o mapa político europeu. A Grã-Bretanha foi a grande beneficiada porque além de manter as possessões conquistadas no além-mar durante a guerra contra a França napoleônica (ilhas de Malta, Trinidad e Tobago e Santa Lúcia). Incorporou também o Ceilão (atual Sri Lanka) e a Colônia do Cabo (África do Sul), possessões holandesas. A Áustria cedeu a Bélgica e Luxemburgo à Holanda, recebendo, em troca, parte da Polônia e as regiões de Lombardia e Vêneto, que lhe asseguravam a supremacia na Itália. A Prússia dobrou sua extensão territorial, incorporando parte da Polônia, a Finlândia e a Bessarábia. A França, mesmo derrotada, manteve as fronteiras de 1792. A Alemanha e a Itália permaneceram divididas e submetidas à hegemonia austríaca. Somente se tornaram Estados Nacionais em 1871 (Unificação Alemã e Unificação Italiana). A França Napoleônica A Europa do Congresso de Viena A SANTA ALIANÇA A Santa Aliança foi um pacto militar firmado entre Grã-Bretanha, Áustria, Prússia e Rússia – Quádrupla Aliança – criado para reprimir os movimentos liberais que colocassem em risco a política de restauração, o princípio da legitimidade e o equilíbrio europeu. Em 1818, transformou-se na Quíntupla Aliança com a adesão da França. O apogeu dessa instituição foi marcado por intervenções militares, que esmagaram os movimentos liberais ou nacionalistas ocorridos em alguns países da Europa. A saída da Grã-Bretanha da Santa Aliança iniciou o declínio dessa política intervencionista. A sua retirada foi consequência dos planos da Santa Aliança de enviar tropas à América para sufocar os movimentos de independência e restaurar o antigo colonialismo. O apoio da Grã-Bretanha aos novos países independentes envolvia interesses econômicos, pois participariam do livre comércio e abririam seus mercados aos produtos industrializados britânicos. Em vista desse interesse comercial, a Grã-Bretanha adotou uma política não intervencionista, opondo-se ao envio de tropas à América. Outro golpe na Santa Aliança foi a proclamação da Doutrina Monroe em 1823 pelos Estados Unidos. Baseada no lema “América para os americanos”, essa doutrina tinha como base o princípio de que o Novo Mundo deveria solucionar seus problemas internos sem nenhuma interferência externa das potências europeias. Com base nesse princípio, o governo estadunidense afirmou que consideraria um ato de guerra contra os EUA qualquer agressão estrangeira a um país americano. A partir de 1830, a Santa Aliança entrou em decadência total, em razão das revoluções liberais de 1830.