Objetiva - Unifesp

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Universidade Federal de São Paulo
COREME
Residência MÉDICA - 2013
Anos Opcionais em Cardiologia e
Áreas de Atuação em Cardiologia
Nome do Candidato
N.Inscrição
INSTRUÇÕES
 Verifique se este caderno de prova contém um total de 35 questões, numeradas de
1 a 35.
Se o caderno estiver incompleto, solicite outro ao fiscal da sala.
Não serão aceitas reclamações posteriores.
 Para cada questão existe apenas UMA resposta correta.
 Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher UMA resposta.
 Essa resposta deve ser marcada na FOLHA DE RESPOSTAS que você recebeu.
VOCÊ DEVE
 Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão a que você está
respondendo.
 Verificar, no caderno de prova, qual a letra (A, B, C, D, E) da resposta que você
escolheu.
 Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS fazendo um traço no quadrinho que
aparece abaixo dessa letra.
ATENÇÃO
 Marque as respostas com caneta esferográfica azul ou preta.
 Marque apenas uma letra para cada questão: mais de uma letra assinalada
implicará anulação dessa questão.
 Responda a todas as questões.
 Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de aparelhos
eletrônicos.
 Você terá 2:30h para responder a todas as questões e preencher a Folha de
Respostas.
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edudata
1. Na indicação de correção cirúrgica ou endovascular para aneurismas da aorta
abdominal, assinale a alternativa correta:
(A) Uma vez que o tratamento com stent promove substancial redução de morbimortalidade comparado ao tratamento cirúrgico, a indicação de correção
endovascular deve ser precoce (antes do diâmetro máximo atingir 5,0 cm), evitandose as alterações dos colos com a progressão da doença
(B) A indicação de tratamento pode ser feita a qualquer momento, independente do
diâmetro do aneurisma, quando o paciente se torna sintomático (dor).
(C) A indicação de tratamento cirúrgico é baseada em risco cirúrgico habitual e diâmetro
do aneurisma > 4,5cm, independente dos sintomas.
(D) A utilização de monitoração periódica (anual) com tomografia computadorizada,
ressonância ou ultrassom abdominal é muito importante tanto no tratamento
cirúrgico quanto endovascular, para monitorização de vazamentos tardios.
(E) Deve levar em consideração a presença de trombos intraluminares
2. Escolha a alternativa correta em relação ao tratamento da doença valvar mitral:
(A) É indicação de tratamento percutâneo por balão na estenose valvar mitral a
2
presença de área valvar mitral de 1,0cm detectada no ecocardiograma, em paciente
assintomático, com anatomia adequada para valvoplastia percutânea por cateterbalão, com pressão arterial pulmonar de 55mmHg.
2
(B) Estenose valvar mitral com área valvar de 0,8cm , em paciente portador de fibrilação
atrial crônica e trombo atrial esquerdo de 2mm pode ser manejada com valvoplastia
mitral percutânea.
(C) O resultado da valvoplastia por cateter-balão em pacientes portadores de estenose
mitral é inferior ao resultado cirúrgico da comissurotomia aberta mesmo nos
pacientes com anatomia adequada ao procedimento, sendo sua utilização reservada
a pacientes de alto risco ou que recusam a cirurgia como primeira escolha.
(D) Em um paciente do sexo masculino com 33 anos de idade, portador de regurgitação
mitral crônica importante em tipo funcional II da NYHA, cujo ecocardiograma
demonstrou aumento do volume ventricular (diâmetro sistólico final de 60 mm), a
indicação de cinecoronariografia antes da correção cirúrgica tem por objetivo a
exclusão de doença coronária concomitante e quantificação da regurgitação.
(E) Em paciente com prolapso valvar mitral, uma história de acidente isquêmico
transitório não é indicação de anti-agregação crônica com ácido acetil salicílico.
3.
Assinale a alternativa que contém a associação correta entre o registro pressórico
simultâneo em diferentes cavidades e o diagnóstico hemodinâmico.
(A) Pressão do capilar pulmonar=12mmHg / Pressão diastólica da artéria
pulmonar=16mmHg. Diagn: Gradiente trans-pulmonar provavelmente resultante de
Hipertensão Pulmonar.
(B) Pressão do capilar pulmonar=5mmHg / Pressão atrial esquerda=7mmHg (onda
v=12mmHg) / Pressão diastólica do Ventrículo Esquerdo=10mmHg. Diagn:
Insuficiência Mitral.
(C) Pressão sistólica do Ventrículo Esquerdo=140 / Pressão diastólica do VE=10mmHg /
Pressão sistólica da artéria femoral=160mmHg. Diagn: Estenose aórtica.
(D) Pressão do capilar pulmonar=16mmHg / Pressão do Ventrículo Esquerdo=100x5x14
/ Pressão da Artéria pulmonar=60x30x45mmHg. Diagn: Hipertensão Pulmonar de
causa cardíaca.
(E) Pressão do capilar pulmonar=20mmHg / Pressão sistólica na pulmonar=49mmHg /
Pressão diastólica do Ventrículo Esquerdo=10mmHg. Diagn: Estenose Mitral.
2 – UNIFESP – Residência Médica – 2013 - Cardiologia
4.
Assinale a alternativa correta quanto a estratégia de tratamento dos pacientes
submetidos a trombólise no infarto agudo do miocárdio:
(A) A utilização dos potentes antiagregantes tienopiridínicos deve ser evitada nas
primeiras 24 horas devido ao aumento do risco de sangramento.
(B) Em casos com critérios clínicos e eletrocardiográficos de sucesso na reperfusão
química, o paciente deve ser mantido em observação clínica e postergar a
coronariografia para um período superior a 2 dias de evolução, independente do
tamanho do infarto.
(C) A angioplastia coronária realizada após trombólise sem sucesso deve ser realizada
por via radial, reduzindo o risco de sangramento arterial.
(D) Segundo as diretrizes de cardiologia, o cateterismo cardíaco com provável
angioplastia da artéria culpada deve ser feito precocemente, em um período de 3 a
24 horas, após a trombólise no infarto agudo.
(E) A heparinização sistêmica deve ser evitada nas primeiras 24 horas devido ao risco
aumentado de sangramento
5. Assinale a alternativa correta quanto as assertivas abaixo:
I.
o diagnóstico hemodinâmico da estenose mitral é realizado pelo gradiente
pressórico entre o ventrículo esquerdo e o átrio esquerdo.
II. na estenose mitral, a frequência cardíaca é um importante determinante da
magnitude da pressão em átrio esquerdo e por isso medicações com ação
cronotrópica positiva devem ser utilizadas.
III. em pacientes com boa anatomia valvar e estenose mitral sintomática, a
comissurotomia percutânea valvar é uma boa opção terapêutica.
(A) I e II são corretas.
(B) I e III são corretas.
(C) II e III são corretas.
(D) Todas estão corretas.
(E) Todas estão incorretas.
6.
Assinale a alternativa correta quanto a utilização de tienopiridínicos na síndrome
coronária aguda:
I. Está indicada a administração de clopidogrel na sala de emergência, na dose de
300 ou 600mg por via oral, independente da indicação de angioplastia primária.
II. Em pacientes com indicação de cirurgia de revascularização e já em uso de
clopidogrel, um período mínimo de 5 dias livre da droga é recomendado antes da
cirurgia eletiva.
III. Em pacientes em uso de prasugrel, um período mínimo de 3 dias sem a
administração da droga é suficiente para realização segura de cirurgia de
revascularização miocárdica.
(A) I e II corretas.
(B) I e III corretas.
(C) II e III corretas.
(D) Todas estão corretas.
(E) Todas estão incorretas.
UNIFESP – Residência Médica – 2013 - Cardiologia - 3
7.
Assinale a alternativa correta quanto a utilização e aos resultados de stents
farmacológicos (SF) em comparação com stents não farmacológicos (SNF) ou cirurgia de
revascularização miocárdica (RM).
(A) SF reduzem reestenose e nova revascularização da lesão alvo em todos os
subgrupos anatômicos e clínicos; entretanto seus resultados em diabéticos são
piores do que em não diabéticos.
(B) SF reduzem morte ou IAM em pacientes com alto risco anatômico (Syntax score>33)
em comparação com a RM.
(C) SF exigem a utilização de antiagregação dupla por períodos prolongados com o
objetivo de reduzir reestenose.
(D) Em pacientes multiarteriais, a utilização de tratamento percutâneo com SNF acarreta
maior mortalidade tardia em comparação com RM.
(E) SNF necessitam de dupla antiagregação por um período superior a 1 ano.
8.
Os seguintes fatores abaixo definem a síndrome coronariana aguda sem
supradesnivelamento de ST como sendo de alto risco, EXCETO:
(A) Presença de terceira bulha durante o episódio agudo.
(B) Presença de quarta bulha durante o episódio agudo.
(C) Presença de sopro sistólico durante a dor precordial.
(D) Hipotensão e dispnéia durante a dor precordial.
(E) Escore de TIMI maior que 5.
9. Paciente de 76 anos, do sexo masculino, apresenta sintomas de dispnéia progressiva
aos esforços nos últimos 12 meses. Atualmente apresenta-se em classe funcional III da
NYHA Após um exame clínico inicial e testes cardiológicos não invasivos, seu medico
cardiologista solicitou exame de cateterismo cardíaco direito e esquerdo, e
cinecoronariografia. De acordo com o traçado pressórico abaixo o diagnóstico deste
paciente é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Miocardiopatia hipertrofica obstrutiva.
Estenose aórtica.
Insuficiencia aórtica.
Insuficiencia mitral.
Estenose pulmonar.
4 – UNIFESP – Residência Médica – 2013 - Cardiologia
Atenção: Utilize o texto a seguir para as questões 10 e 11:
Trata-se de paciente de 65 anos, do sexo feminino, tabagista e com antecedentes de
hipertensão arterial sistêmica e hipercolesterolemia. Deu entrada em um pronto-socorro
com história clínica de dor precordial em aperto, de início súbito, com irradiação para o
membro superior esquerdo, acompanhada de sudorese e náuseas, com duração de 2
horas. Ao exame clínico apresentava-se com PA 90x50mmHg, ritmo cardíaco regular sem
sopros e ausculta pulmonar sem alterações. Um ECG foi realizado na sala de emergência.
10. O diagnóstico clínico é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST inferior e de
VD.
Infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST de alto risco
com comprometimento ântero-septal e inferior.
Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento-ST ínfero-dorsal.
Angina instável de alto risco. O diagnóstico de infarto agudo do miocárdio só poderá
ser definitivo apos a positividade dos biomarcadores de necrose miocárdica.
Espasmo de coronária deve ser descartado com administração de vasodilatador
sublingual ou endovenoso.
11. Diante do achado do ECG e do seu diagnóstico inicial, qual a conduta médica mais
adequada, após medidas gerais e tratamento medicamento adjuvante inicial?
I. Encaminhar a paciente para realização de cinecoronariografia de emergência
seguida de angioplastia primaria é a estratégia ideal desde que a o tempo portabalão seja menor que 90 minutos.
II. Administração intravenosa de fibrinolítico de ação rápida imediatamente, se o
paciente estiver em hospital sem hemodinâmica. Transferência imediata para
hospital terciário (independente do sucesso da trombólise) é uma estratégia
equivalente a angioplastia primária.
III. Estratégia invasiva (cinecoronariografia) entre 3 e 24 horas após o fibrinolítico está
indicada nos pacientes.
(A) Apenas I está correta
(B) Todas estão erradas.
(C) Apenas I e II estão corretas.
(D) Apenas I e III estão corretas.
(E) Todas estão corretas.
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12. Assinale a alternativa que inclui a afirmação correta quanto aos critérios de indicação
de cinecoronariografia ou angioplastia eletiva em pacientes estáveis:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Paciente masculino, com 65 anos, tabagista, com antecedente de amputação de
perna direita por doença arterial periférica, inicia quadro de dor torácica
desencadeado durante o banho, cedendo cerca de 15 a 20 minutos após repouso.
Tem função renal normal e faz uso de sinvastatina e AAS. Deve fazer
coronariografia para estratificação invasiva devido a alta probabilidade de doença
coronária.
Paciente masculino, de 60 anos, angina classe III da Canadian Cardiovascular
Society, medicado com nitrato e AAS. Deve fazer coronariografia com o objetivo de
tratamento e prevenção de IAM e morte.
Paciente do sexo feminino, de 50 anos, hipertensa leve, iniciou quadro de dor
torácica em repouso, de 40 a 60 minutos de duração, sem evidente fator
desencadeante e com melhora total após repouso. Relata que o pai dela teve infarto
do miocárdio aos 70 anos. Deve fazer coronariografia por tratar-se de angina de
início recente com alta chance de evolução rápida para IAM/morte.
Paciente do sexo masculino, 60 anos, assintomático, tem cintilografia de perfusão
miocárdica evidenciando defeito reversível de captação de pequena extensão na
parede lateral. Nega fatores de risco para doença arterial coronária. A
coronariografia deve ser realizada uma vez que a chance de doença é alta e o
tratamento pode reduzir o risco de morte e IAM do paciente.
Todas as alternativas estão corretas.
13. Paciente assintomático do ponto de vista cardiovascular porém com isquemia severa
no pé esquerdo realizou coronariografia como avaliação de risco pré-operatório antes de
cirurgia de enxerto femoro-poplíteo. O resultado da cinecoronariografia demonstra a
presença de uma lesão única, de 70%, focal, na porção média da ACD e função
ventricular esquerda normal. Assinale a alternativa correta.
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
A indicação de angioplastia é clara devido ao risco de infarto e morte no pósoperatório.
Após a realização da angioplastia, a utilização de dupla antiagregação não deve
postergar o procedimento cirúrgico eletivo.
O tratamento por revascularização cirúrgica, evitando a antiagregação dupla e
permitindo a revascularização simultânea da perna é a estratégia mais adequada.
O paciente pode ser liberado para cirurgia de revascularização da perna com
indicação de uso de betabloqueador, ácido acetil salicílico e estatina.
A cirurgia vascular deve ser contraindicada e substituída por tratamento clínico com
heparinização plena, aspirina, clopidogrel e vasodilatadores evitando-se o
betabloqueador.
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Atenção: Utilize o texto a seguir para as questões 14 e 15:
Um homem de 70 anos, sem antecedentes ou sintomas, com sopro sistólico rude de
média intensidade em foco aórtico com irradiação para foco mitral, fúrcula e carótidas, o
eletrocardiograma de repouso mostrou ritmo sinusal e alterações discretas e secundárias
da repolarização ventricular. Hemograma e exames bioquímicos gerais sem alterações
expressivas.
14. O provável diagnóstico clínico é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Estenose subaórtica hipertrófica.
Estenose aórtica por calcificação valvar do idoso.
Estenose supra-aórtica.
Insuficiência mitral por prolapso da cúspide posterior.
Sopro inocente, sem doença cardíaca.
15. A melhor conduta é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Teste de esforço para avaliar possível doença arterial coronária associada.
Cateterismo cardíaco para confirmação diagnóstica e avaliar a gravidade da lesão
valvar.
Ecocardiografia para confirmação diagnóstica e avaliar a gravidade da lesão valvar.
Teste cardiopulmonar para avaliar a classe funcional (NYHA).
Acompanhamento clínico e indicação de estatinas e inibidor da enzima de conversão
da angiotensina.
16.
Uma mulher de 26 anos vem ao pronto-socorro queixando-se de dispneia aos
pequenos esforços e de decúbito, sem uso de medicamentos. Há um mês parto normal de
criança saudável; na primeira gestação há 4 anos nada sentiu. Ao exame clínico,
dispneica, acianótica, com frequência cardíaca de 90bpm (rítmica) e respiratória de 20.
Ausculta cardíaca com sopro diastólico em ruflar 2+/4 em foco mitral e sopro sistólico
suave 2+/4 também em foco mitral com pouca variação respiratória; estalido de abertura
intermitente e segunda bulha pouco aumentada. O eletrocardiograma mostrou ritmo
sinusal com sobrecarga de átrio esquerdo. O ecocardiograma diagnosticou estenose
mitral com insuficiência leve a moderada, insuficiência tricúspide leve, pressão pulmonar
de 52mmHg e escore de Wilkins-Block de 8. A função sistólica de ambos os ventrículos
era normal. A melhor conduta para esta paciente é:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Compensação clínica com diuréticos, betabloqueadores e reavaliação.
Compensação clínica e valvotomia com cateter-balão.
Ecocardiograma transesofágico.
Exame radiológico do tórax para avaliar melhor grau de congestão pulmonar.
Compensação clínica com vasodilatadores, bloqueadores do canal de cálcio e
reavaliação clínica.
UNIFESP – Residência Médica – 2013 - Cardiologia - 7
17.
Em pacientes com insuficiência mitral crônica primária grave, a recomendação
terapêutica deve ser:
(A) Iniciar uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina na ausência de
sintomas e com função sistólica do ventrículo esquerdo normal.
(B) Tratamento cirúrgico se a causa for prolapso da valva mitral, independente da
apresentação clínica e do remodelamento do ventrículo esquerdo.
(C) Aguardar sempre o desenvolvimento de sintomas e de fibrilação atrial para indicação
cirúrgica.
(D) Recomendar tratamento cirúrgico apenas após o aparecimento de hipertensão
pulmonar.
(E) Tratamento cirúrgico se o paciente não tiver sintomas, mas o diâmetro sistólico do
ventrículo esquerdo ao ecocardiograma for acima de 40mm.
18.
Conforme diretriz nacional, em uma paciente de 15 anos com dupla disfunção da
valva mitral (insuficiência de grau moderado) de causa reumática, a profilaxia secundária:
(A) É recomendada apenas se o paciente teve surtos repetidos de febre reumática.
(B) Deve ser feita com penicilina benzatina com intervalos de 21 dias por toda vida ou
até os 40 anos.
(C) Deve ser recomendada até a idade de 25 anos com uso de sulfadiazina.
(D) Não é mais indicada após o estabelecimento da disfunção valvar.
(E) Deve ser suspensa caso seja introduzido anticoagulante oral.
19.
Em pacientes com insuficiência aórtica importante, qual a alternativa que inclui os
critérios classe I de indicação de tratamento cirúrgico:
(A) Sintomas, diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo entre 45 e 50mm, e fração de
ejeção acima de 50%.
(B) Sintomas, fração de ejeção menor ou igual a 50% e diâmetro sistólico do ventrículo
esquerdo entre 40 e 50mm.
(C) Sintomas, fração de ejeção menor ou igual a 50% e outra doença cardíaca com
indicação cirúrgica.
(D) Etiologia reumática, sintomas e diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo entre 50 e
55mm.
(E) Fração de ejeção abaixo de 50%, diâmetro sistólico entre 40 e 45mm e diâmetro
diastólico entre 60 e 65mm.
20. Em pacientes com disfunção valva aórtica por valva aórtica bivalvular (bicúspide) é
importante:
(A) Avaliação inicial e sequencial das dimensões da raiz da aorta e a aorta ascendente.
(B) Evitar esforço físico para não deteriorar a função ventricular.
(C) Manter esquema de profilaxia secundária de febre reumática.
(D) Observar atentamente a função ventricular esquerda que pode ser alterada
independente do grau e tipo de disfunção.
(E) Indicação de tratamento cirúrgico sempre que a disfunção valvar for importante,
independente dos sintomas.
8 – UNIFESP – Residência Médica – 2013 - Cardiologia
21. Em relação à insuficiência mitral isquêmica pode-se afirmar:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
O mecanismo mais comum é a isquemia isolada do músculo papilar ântero-lateral.
Apesar de algumas vezes ter significado hemodinâmico, não altera o prognóstico de
pacientes com doença arterial coronariana.
Na fase aguda do infarto, o tratamento é sempre cirúrgico.
O mecanismo principal é o remodelamento local do ventrículo esquerdo com tração
dos músculos papilares e diminuição da contração do anel valvar.
A única estratégia cirúrgica é a substituição por prótese valvar.
22. Um paciente de 58 anos com antecedente de infarto do miocárdio há dois anos está
em uso de aspirina 100mg ao dia e sinvastatina 40mg ao dia. Durante avaliação de rotina,
queixa-se de palpitações ocasionais e irregulares, sem angina, dispnéia, tonturas ou
desmaios. Ao exame clínico encontra-se normotenso, com coração rítmico (86bpm), sem
sinais de insuficiência cardíaca. Seu ecocardiograma revela uma fração de ejeção de 50%
ao repouso, com acinesia inferior. Ao teste ergométrico, exercita-se por 9 minutos sem
alterações isquêmicas, com algumas extra-sístoles ventriculares monomórficas e isoladas
durante o esforço. O Holter de 24 horas mostra 6 extra-sístoles ventriculares por hora,
com 2 salvas de taquicardia ventricular não sustentada (máximo de 4 batimentos de
duração). Qual a próxima medida mais importante na avaliação e tratamento deste
paciente?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Amiodarona 200mg por dia.
IPropafenona 150mg de 8/8horas.
Estudo eletrofisiológico (EEF) para diagnóstico e orientação terapêutica.
Atenolol 50mg por dia.
Considerar implante de CDI (cardiodesfibrilador implantável).
23. Um homem de 76 anos tem história de fibrilação atrial (FA) paroxística na presença e
hipertensão não controlada. Evolui com episódios de arritmia apesar da normalização da
pressão arterial com captopril e diuréticos. Encontra-se em classe funcional II (NYHA)
para insuficiência cardíaca. O eletrocardiograma dinâmico revela períodos de ritmo sinusal
com períodos de FA paroxística e distúrbio de condução intraventricular inespecífico. O
ecocardiograma mostra fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 38%. Hemograma e
eletrólitos são normais e sua creatinina é de 2,4mg/dL. Qual sua melhor conduta para
controle da arritmia deste paciente?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Sotalol.
Propafenona.
Implante de Marca-passo de Ressincronização Cardíaca.
Combinação quinidina e digoxina.
Amiodarona.
UNIFESP – Residência Médica – 2013 - Cardiologia - 9
24.
Uma senhora de 81 anos, ativa e assintomática, apresenta-se em consulta
ambulatorial de rotina com pulso arrítmico de 72bpm e pressão arterial de 140x90 mmHg,
sem sinais de insuficiência cardíaca. Está em uso de losartana 100mg/dia, hidroclortiazida
12,5mg/dia e metformina 500mg 2 vezes ao dia. Um eletrocardiograma revela fibrilação
atrial com sobrecarga ventricular esquerda. Seu ecocardiograma transtorácico demonstra
discreto aumento do átrio esquerdo, com leve hipertrofia miocárdica e fração de ejeção de
64%, com alterações valvares esclero-degenerativas sem disfunção significativa, com
relação entre ondas E/e’ de 8mmHg e pressão sistólica pulmonar de 36mmHg. A melhor
conduta neste caso é:
(A) Acrescentar aspirina na dose de 200mg/dia.
(B) Considerar anticoagulação oral com warfarina após resultado do tempo de
protrombina e INR.
(C) Contraindicar anticoagulação oral pelo risco de sangramento devido à idade
avançada.
(D) Internação para início imediato de heparinização endovenosa plena devido ao
diagnóstico de tromboembolismo pulmonar crônico.
(E) Internação com início de heparinização plena, seguida de ecocardiograma
transesofágico visando cardioversão elétrica antecipada.
25. Um paciente portador de angina crônica estável aos esforços apresenta-se para teste
ergométrico para admissão em academia de ginástica. Você está escalado para
monitorizar o teste. Dentre os seguintes eventos fisiopatológicos, qual é o último processo
a ocorrer dentro da “cadeia sequencial da isquemia miocárdica”?
(A) Dor anginosa.
(B) Depressão do segmento ST.
(C) Elevação (supra) do segmento ST.
(D) Anormalidade sistólica de contração.
(E) Anormalidade diastólica de relaxamento.
26.
Um paciente de 50 anos, com hipertensão arterial controlada refere palpitações há
uma semana. Ao exame constatou-se ritmo cardíaco irregular, confirmando ser fibrilação
atrial ao ECG. Suas condições cárdio-circulatórias são estáveis. Qual abordagem
terapêutica NÃO deve ser realizada:
(A) Cardioversão elétrica após 48 horas de heparinização endovenosa plena e
ecocardiograma transesofágico negativo para presença de trombo no átrio
esquerdo.
(B) Cardioversão elétrica após 48 horas de heparinização terapêutica com clexane
subcutâneo e ecocardiograma transesofágico negativo para presença de trombo no
átrio esquerdo.
(C) Cardioversão elétrica 4 semanas após anticoagulação oral terapêutica.
(D) Cardioversão elétrica logo após ecocardiograma transesofágico negativo para
presença de trombo no átrio esquerdo.
(E) Tentativa de cardioversão química após 48 horas heparinização endovenosa plena e
ecocardiograma transesofágico negativo para presença de trombo no átrio
esquerdo.
10 – UNIFESP – Residência Médica – 2013 - Cardiologia
27. Uma paciente de 30 anos portadora de prótese mitral biológica há 4 anos, apresenta
quadro febril há 2 semanas, em classe funcional I (NYHA). Ao exame apresenta-se com
sopro mitral regurgitativo em área mitral. As hemoculturas colhidas (3 amostras) foram
positivas pra Stafilococcus epidermidis coagulase-negativo. O ecocardiograma
transesofágico demonstrou vazamento paraprotético discreto, porém não caracterizou
vegetações. Neste caso, deve-se no momento:
(A) Observar por mais 3 semanas e repertir o ecocardiograma transesofágico.
(B) Observar por 3 semanas e realizar ecocardiograma transtorácico.
(C) Realizar acompanhamento ambulatorial.
(D) Indicar cirurgia cardíaca de imediato para substituição da prótese.
(E) Tratar como endocardite infecciosa com antibioticoterapia endovenosa desde já.
28.
Qual das alternativas abaixo em paciente com dispneia aos esforços e fração de
ejeção normal melhor caracteriza insuficiência cardíaca diastólica?
(A) BNP: 200pg/mL, átrio esquerdo aumentado e fibrilação atrial de alta resposta.
(B) BNP: 200pg/mL, alteração do relaxamento diastólico do ventrículo esquerdo ao
ecocardiograma.
(C) Átrio esquerdo aumentado, padrão de enchimento mitral do tipo pseudonormal e
relação E/e´=20 ao ecocardiograma.
(D) Átrio esquerdo aumentado, fibrilação atrial com frequência normal e relação E/e´ =10
ao ecocardiograma.
(E) Átrio esquerdo de tamanho normal, alteração do relaxamento diastólico do ventrículo
esquerdo ao ecocardiograma e relação E/e´ =7.
29. Qual das seguintes opções é indicação para uso da associação hidralazina/nitrato no
tratamento da insuficiência cardíaca crônica?
(A) Pacientes afrodescendentes em qualquer classe funcional.
(B) Pacientes afrodescendentes em classe funcional III-IV, em substituição ao iECA ou
BRA.
(C) Pacientes com indicação de espironolactona, em substituição ao iECA/BRA pelo
risco de hipercalemia com o uso associado de espironolactona e iECA/BRA.
(D) Pacientes com creatinina sérica > 1,8 mg/dL.
(E) Pacientes de qualquer etnia e contraindicação ao uso de iECA e BRA.
30. Qual o conjunto de condições abaixo constitue indicação de terapia de
ressincronização cardíaca?
(A) FEVE: 30%, Classe funcional I, medicação otimizada, QRS: 160ms.
(B) FEVE: 30%, Classe funcional II, medicação otimizada, QRS: 130ms e sinais de
dissincronia intraventricular ao ecocardiograma.
(C) FEVE: 40%, Classe funcional III, medicação otimizada, QRS: 150ms.
(D) FEVE: 30%, Classe funcional III, medicação otimizada, QRS: 160ms.
(E) FEVE: 40%, Classe funcional III, medicação otimizada, QRS: 100ms e sinais de
dissincronia ao ecocardiograma.
UNIFESP – Residência Médica – 2013 - Cardiologia - 11
31.
Qual das seguintes condições em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica NÃO
constitui isoladamente indicação para o implante de cardioversor desfibrilador implantável
(CDI)?
(A) Episódio prévio de taquicardia ventricular com necessidade de cardioversão elétrica.
(B) Irmão e primo com história de morte súbita.
(C) Espessura do septo de 32mm.
(D) Palpitações e obstrução dinâmica da via de saída do ventrículo esquerdo ao
ecocardiograma.
(E) Gradiente sistólico máximo na via de saída do ventrículo esquerdo de 100mmHg ao
ecocardiograma.
32. Paciente com insuficiência cardíaca apresenta mal estar, fadiga, tontura e falta de ar
em repouso. Exame físico: FC: 100bpm rítmico, PA: 80x50mmHg, enchimento capilar
lento, presença de terceira bulha e estertores em bases e terços médios de pulmões,
bilateralmente. Qual deve ser o tratamento inicial?
(A) Ventilação não invasiva, hidratação venosa e noradrenalina.
(B) Ventilação não invasiva, hidratação venosa, dobutamina e noradrenalina.
(C) Ventilação não invasiva, furosemida e dobutamina.
(D) Intubação orotraqueal, furosemida e dobutamina.
(E) Intubação orotraqueal, hidratação venosa, dobutamina e noradrenalina.
33. O movimento anterior sistólico da valva mitral está presente em qual cardiomiopatia?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Restritiva.
Dilatada.
Hipertrófica.
Chagásica.
Isquêmica.
34. Qual das seguintes opções é verdadeira na cardiomiopatia periparto?
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
É mais frequente na primeira gestação e em gestantes jovens.
É mais comum em mulheres com alteração cardíaca estrutural antes da gravidez.
A causa mais frequente é a pré-eclâmpsia.
Pode ocorrer até 5 meses após a gestação.
O risco de ocorrência cessa apenas após o término da amamentação.
35. NÃO faz parte dos achados na amiloidose cardíaca:
(A)
(B)
(C)
(D)
(E)
Aumento da espessura do ventrículo esquerdo.
Disfunção diastólica.
Dilatação do ventrículo esquerdo.
Derrame pericárdico.
Aumento dos átrios.
12 – UNIFESP – Residência Médica – 2013 - Cardiologia
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