LEIA ABAIXO O TEXTO PARCIAL DAS DUAS PRIMEIRAS PÁGINAS DO CAPÍTULO 6 CAPÍTULO 6 ÓLEO DE ALHO INTRODUÇÃO O alho (Allium Sativum), um membro da família da cebola, originado dos desertos da Ásia central, tem sido utilizado através da história no tratamento de diversas enfermidades, incluindo a praga na Europa, a febre tifóide e a disenteria na Primeira Guerra Mundial. Os tratados do Egito Antigo já traziam citações do uso do alho como remédio efetivo para uma variedade de condições incluindo hipertensão, dores de cabeça, picadas e tumores. Em geral, o alho tem sido utilizado através do mundo no tratamento de gripes, resfriados, caspa, hipertensão, aterosclerose e outras condições, Sua atividade antibiótica foi observada por Pasteur, em 1858. O alho é uma das ervas mais citadas na literatura para propósitos medicinais, portanto, não é de se surpreender que tenha sido a segunda erva mais vendida nos Estados Unidos nos últimos anos. Os usos do alho e suas preparações abrangem efeitos cardiovasculares (diminuição de gorduras, redução dos níveis de açúcar e pressão arterial e atividade fibrinolítica); atividades quimiopreventivas, antimicrobianas, antifúngicas e antioxidantes; atividade imunológica, dentre outras. Até 1996, existiam cerca de 1.800 estudos científicos (químicos, farmacológicos, clínicos e epidemiológicos) investigando as atividades do alho. COMPOSIÇÃO QUÍMICA O alho contém cerca de 0,3% da composição volátil de seu óleo formada por compostos sulfurados, dos quais se destacam a alicina e o disulfeto de dialila. Seu óleo é obtido por arraste de vapor dos bulbos frescos. Os compostos da fração volátil são geralmente considerados os responsáveis pela maioria das propriedades farmacológicas do alho. Outros componentes importantes incluem a aliina, sulfóxido de S-metil-L-cisteína, proteínas (16,8% do peso seco), minerais (principalmente selênio), vitaminas, glucosinolatos e enzimas. A alicina é o principal responsável pelo odor pungente do alho. Esse composto é formado pela ação da enzima aliinase sobre a aliina. O óleo essencial do alho rende aproximadamente 60% do seu peso em aliina após a exposição a aliinase. Essa enzima é inativada pelo calor, o que contribui para o fato do alho cozido não possuir os poderosos efeitos fisiológicos do alho in natura. ATIVIDADES FARMACOLÓGICAS Muito embora o alho tenha uma extensa lista de efeitos bem documentados, os uso clínicos mais importantes estão nas áreas de infecção, prevenção do câncer e doenças cardiovasculares. ATIVIDADE ANTIMICROBIANA O alho possui um largo espectro de atividades antimicrobianas contra muitos gêneros de bactérias, vírus, vermes e fungos. Diversos estudos dão suporte para os usos históricos deste bulbo no tratamento de diversas condições infecciosas. ATIVIDADE BACTERICIDA Desde a década de 40, estudos mostram que concentrados de alho e alicina inibem o crescimento de espécies como Staphylococcus, Streptococcus, Bacillus, Brucella e Vibrio em baixas concentrações. Estudos mais recentes utilizando técnicas de diluição em série com preparações de alho pulverizado mostraram uma atividade antibiótica efetiva contra vários tipos de microrganismos, conforme listado na tabela a seguir (tabela 7). Nesses estudos, os efeitos antimicrobianos do alho foram comparados com antibióticos utilizados normalmente, incluindo a penicilina, a estreptomicina, o clorafenicol, a eritromicina e tetraciclinas. Além de confirmar os efeitos bem estabelecidos do alho, os estudos demonstraram sua eficácia na inibição do crescimento de algumas bactérias que haviam se tornado resistentes a um ou mais antibióticos. A administração do alho mostrou ainda ... O RESTANTE DO TEXTO PODE SER LIDO NA VERSÃO COMPLETA IMPRESSA OU DIGITAL.