O uso do software MultiSpec para a elaboração de mapas temáticos: subsídio ao planejamento urbano. Isabela Taici Lopes Gonçalves Horta ([email protected]), Magda Adelaide Lombardo, Jefferson Lordello Polizel. UNESP, Campus de Rio Claro, Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Geografia. Pesquisa Iniciação Científica fomentada pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Palavras Chave: Geotecnologias, mapas temáticos, planejamento urbano. Introdução De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a população brasileira urbana têm ultrapassado a população rural desde a década de 70. O planejamento urbano bem como a análise da tendência de urbanização devem privilegiar a prevenção de impactos ambientais negativos na cidade. Os estudos geográficos permitem a identificação, distribuição, quantificação e qualificação dos elementos que compõem a paisagem urbana. O uso de geotecnologias e suas técnicas como a classificação supervisionada auxiliam no trabalho de identificação dos padrões e quantificação dos elementos que compõem o arcabouço urbano. Softwares de classificação automática como o MultiSpec auxiliam nesse trabalho e facilitam na produção de mapas temáticos. Objetivos Aplicar o uso do software MultiSpec para elaboração de mapas temáticos da cidade de São Paulo-SP com o objetivo de caracterizar os padrões de urbanização, de modo a colaborar com políticas de planejamento urbano. Material e Métodos A metodologia da presente pesquisa consistiu na utilização de imagens orbitais de alta resolução QuickBird do ano de 2009 das áreas do Parque Ibirapuera, Parque Jardim da Luz e Praça da República. A classificação supervisionada dos alvos foi realizada com o software Multispec, desenvolvido por Larry Biehl e David Landgrebe, da Universidade de Purdue, pela função ECHO spectral spatial. As bandas relacionadas às cores seguiram o padrão: Red: 4, Green: 3, Blue: 2. Resultados e Discussão As classes geradas tendo como base a classificação supervisionada foram: Copa de Árvore, Relva, Asfalto, Lago, Sombra, Telha clara, Telha escura, Telha cinza, Telha Cerâmica, Solo Exposto. A cor das classes seguiu o padrão determinado pelo Laboratório de Silvicultura Urbana, da ESALQ. XXV Congresso de Iniciação Científica Foi possível identificar os padrões que constituem o arcabouço urbano como a configuração radial tendo o Parque Ibirapuera ao centro, destacando sua importância para a região e também moradias de alto padrão, caracterizando a exploração imobiliária do espaço. Figura 1: Classificação supervisionada do Parque Ibirapuera e seu entorno. Conclusões Com a classificação supervisionada por pixel podese inferir que o software Multispech pode auxiliar na classificação dos alvos urbanos. Entretanto é necessário realizar constante trabalho de campo para conferência e identificação dos parâmetros classificados. A classe vegetação foi a que teve melhor resposta, pois por sua assinatura espectral esta classe se diferencia dos outros alvos urbanos. Entretanto houve dificuldade na identificação nas classes: telhas cinza, telhas claras, solo exposto e asfalto que possuem assinatura espectral semelhante. Agradecimentos As autoras da presente pesquisa agradecem à FAPESP pelo financiamento da mesma e à colaboração do Laboratório de Silvicultura Urbana da ESALQ – USP. 1. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (Piracicaba). Departamento de Ciências Florestais. Laboratório de Silvicultura Urbana. Cor das Classes. 2012. Disponível em <http://cmq.esalq.usp.br/silvaurba/doku.php?id=cordasclasses> Acesso em: 15 maio 2013. 2. COSTA, Juliana Amorim da. Uso de Imagens de alta resolução para definição de corredores verdes na cidade de São Paulo. 2010. 114 f. Dissertação (Mestrado) - Esalq, Piracicaba, 2010.