tratamento fisioterápico de uma criança internada em um hospital

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TRATAMENTO FISIOTERÁPICO DE UMA CRIANÇA INTERNADA
EM UM HOSPITAL DE FORTALEZA COM SUSPEITA DE
MALFORMAÇÃO ADENOMATÓIDE CÍSTICA (MAC) /ABSCESSO
PULMONAR
Sávya Albuquerque Barros
Ana Paula de Souza Barros
Lucilene Teodoro Barros
Francisca Elizangela Bezerra
Geórgia Lopes
INTRODUÇÃO: O abscesso pulmonar é uma infecção supurativa que produz destruição do
parênquima, formando uma cavidade arbitrariamente definida com pelo menos 2cm de
diâmetro. Pode se instalar no pulmão através de aspiração de material da orofaringe e
estômago, por obstrução brônquica, contiguidade de um abscesso hepático ou subfrênico,
tendo maior incidência no pulmão direito, situando-se posteriormente no lobo inferior e
apicalmente no lobo superior. A Malformação Adenomatóide Cística (MAC), trata-se de uma
rara anomalia pulmonar caracterizada por crescimento excessivo dos bronquíolos terminais,
formando cistos de vários tamanhos resultando também em uma deficiência alveolar. Essa
lesão é resultado de um comprometimento da interação entre os componentes pulmonares do
mesoderma e ectoderma durante o desenvolvimento embrionário, sendo de causa
desconhecida. A fisioterapia é indicada como tratamento coadjuvante, no que diz respeito à
manutenção e higiene das vias aéreas, diminuição do período de internação, como terapia
alternativa às técnicas invasivas e promoção do bem estar geral do paciente. Constatou-se que
ainda há poucos estudos relacionados ao tratamento fisioterapêutico das consequencias da
MAC associada ao abscesso pulmonar, com intuito de desenvolver mais sobre esse tema,
realizou-se esse estudo mediante relato de caso de um paciente em internação hospitalar com
as patologias citadas. OBJETIVO: O objetivo desse trabalho foi expor a evolução clínica e
fisioterapêutica de um paciente com patologias obstrutivas, das quais, suspeitava-se de MAC/
abscesso pulmonar, através da evolução clínica geral do paciente, ausculta pulmonar,
frequência e aspecto da expectoração. METODOLOGIA: O presente estudo, de caráter
longitudinal, intervencional, com abordagem qualitativa dos dados, foi realizado no Hospital
Infantil Albert Sabin (HIAS) tendo como instrumento de coleta de dados o prontuário do
paciente e a sua observação direta. Paciente J.V.C.O., 10 anos, masculino, apresentando tosse
nas duas semanas anteriores a internação, inicialmente seca e posteriormente apresentando-se
produtiva e não sanguinolenta, em estado febril variando em 38º, com perda ponderal, palidez
e inapetência, havendo suspeita de cisto broncogênico infectado, sequestro pulmonar,
pneumatocele infectada, abscesso pulmonar, MAC. O tratamento fisioterápico constituiu-se
de manobras desobstrutivas como: ciclo ativo respiratório, vibrocompressão, aumento do
fluxo expiratório e técnicas reexpansivas como: padrões respiratórios com sustentação
máxima inspiratória associado à flexão de membros superiores, soluços inspiratórios,
An da Jor de Fisiot da UFC. Fortaleza, 2010; 1(1):24
compressão/descompressão e incentivador respiratório. RESULTADOS: Paciente evoluiu
com melhora da febre, aspecto e produção de secreção ausculta pulmonar e redução dos
episódios de tosse. CONCLUSÃO: A fisioterapia mostrou-se eficiente em relação a melhoria
da ventilação pulmonar, fator identificado através da ausculta, e na melhoria da secreção,
fator que pode ser confirmado pelos exames de imagem, entretanto, mais pesquisas sobre o
tema devem ser realizadas com um número de amostra maior.
PALAVRAS-CHAVE: Serviço Hospitalar de Fisioterapia. Evolução Clínica. Abscesso
Pulmonar.
An da Jor de Fisiot da UFC. Fortaleza, 2010; 1(2):25
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