Exercı́cios de Cálculo Numérico Zero de Função 1. Dê um exemplo de função f (x), que tenha pelo menos uma raiz, que não pode ser determinada usando o Método da Bisseção. 2. Dê um exemplo de função f (x), que tenha pelo menos uma raiz, onde o Método de Newton-Raphson não converge. 3. A equação x2 − 7x + 12 = 0 tem 3 e 4 como raı́zes. Considere a função de iteração dada por ϕ(x) = x2 − 6x + 12. Determine o intervalo (a, b), onde para qualquer que seja x0 escolhido a sequência xn+1 = ϕ(xn ) converge para a raiz x = 3. Mostre que a convergência é quadrática. 4. Para determinar a raiz quadrada de um número c ≥ 0, basta resolver a equação x2 −c = 0. É possı́vel determinar sua raiz quadrada usando a função de iteração ϕ(x) = c/x. Justifique a resposta. 5. As funções de iterações ϕ1 (x) = x2 /2 − 2x + 4 e ϕ2 (x) = x2 /2 − 2.5x + 5, geram sequências convergentes para a raiz x = 2, para qualquer aproximação inicial x0 ∈ (1.5, 3). Qual das duas funções geram sequências mais rapidamente convergente para esta raiz. Justifique a resposta. 6. Determine um intervalo (a, b) e uma função de iteração ϕ(x) associada, de tal forma que ∀x0 ∈ (a, b) a função de iteração gere uma sequência convergente para a(s) raiz(es) de cada uma das funções abaixo, usando o método iterativo linear (MIL) com tolerância ² ≤ 1.10−3 . √ (a) f1 (x) = x − e−x (b) f2 (x) = ln(x) − x + 2 (c) f3 (x) = ex/2 − x3 (d) f4 (x) = sen(x) − x2 (e) f5 (x) = x/4 − cos(x) 7. Determine a(s) raiz(es) da função f1 (x), usando o método da Bisseção, Método da Falsa posição e da Falsa posição modificada com tolerância ε = 1.10−3 . Quantas iterações foram necessárias para cada um dos métodos. 8. Determine as raı́zes do exercı́cio (6), usando o Método de Newton-Raphson. 9. Determine as raı́zes do exercı́cio (6), usando o Método das Secantes. 10. Determine os pontos extremos do exercı́cio (6), usando o Método de NewtonRaphson. 11. Determine o ponto de intersecção entre as funções f1 (x) e f2 (x), f2 (x) e f3 (x) e entre f1 (x), f2 (x) e f3 (x). 12. O Teorema do Valor Médio, diz que para função diferenciável f (x), existe um número 0 < α < 1, tal que : f (x) = f (a) + (x − a)f 0 (a + α(x − a)) Considere a = 0; α = 1/2 e f (x) = arctan(x). Determine o x > 0 que satisfaz a igualdade acima. 13. Sabe-se que se x = ξ é uma raiz dupla de f (x) então o Método de NewtonRaphson não converge quadraticamente. Mostre que se f 0 (ξ) = 0, mas todas as outras condições de convergência estão satisfeitas, então a iteração: 2f (xn ) xn+1 = ϕ(xn ) = xn − 0 f (xn ) converge quadraticamente. 14. Seja x = ξ uma raiz de f (x), tal que f 0 (ξ) 6= 0 e f ”(ξ) = 0. Mostre que neste caso o Método de Newton-Raphson tem convergência cúbica. 15. Encontre todas as raı́zes reais do polinômio abaixo pelo método de NewtonRaphson. p(x) = x4 − 2x3 + 4x − 1.6 16. Uma pessoa tomou um empréstimo de A reais, que acrescenta os juros no total antes de computar o pagamento mensal. Assim, se a taxa mensal de juros, em porcentagem, é q e o empréstimo é pelo prazo de n meses, a quantia total que o tomador concorda em pagar é: C = A + A.n. q . 100 Isto é dividido por n para dar o total de cada pagamento P , ou seja P = ³1 C q ´ =A + n n 100 Isto é perfeitamente legal e muito usado em lojas de departamento .( É chamado o empréstimo com acréscimo). Mas a verdadeira taxa de juros que o tomador está pagando é alguma coisa além de q%, porque ele não conserva o total do empréstimo por todos os n meses: Ele está pagando-o de volta com o decorrer do tempo. A verdadeira taxa de juros pode ser encontrada pela determinação de uma raiz x da equação: F (x) = (Ax − P )(1 + x)n + P = 0 Isto fornece a taxa de juros por perı́odo de pagamento, que pode ser convertida em taxa anual multiplicando-se a mesma por 12. Seja A = R$1000, n = 24 e q = 5%. Determine a verdadeira taxa de juros. Gabarito – Zero de Função Exercí ci o 1: 2 Um exemplo é f(x) = (x - r ) , r ∈ R A raiz x = r não pode ser determinada pelo Método da Bisseção porque f(x) ∀ x ∈ R. ′ muda de sinal quando x se aproxima de r. Temos também que f (x) Exercí ci o 2: Seja r a raiz de f(x). O método de Newton-Raphson pode não convergir se [ −U é “grande”. Um exemplo: f(x) = arctg(x). Para algum xc ∈ [1.39,1.40] , se x0 > xc , a seqüência {x n } diverge, xn − r cada iteração. Duas observações-extras: 1. Se x0 = xc , então o método produz o ciclo x1 = −xc , x 2 = xc , x3 = −xc,... 2. Se x0 < xc , a seqüência {x n } converge para r = 0. Exercí ci o 3: I = (2, 4). (x) = x 2 − 6x + 12 f(x) = x 2 − 7x + 12 Supondo x0 = 2.1 , temos: x1 = (2.1) 2 − 6(2.1) + 12 = 3.81 x 2 = 3.6561 cresce a x 3 = 3.43046721 x4 = 3.185302019 x5 = 3.03433683 7 x6 = 3.001179018 x7 = 3.00000138 9 x8 = 2.999999997 x9 = 3.00000000 2 x10 = 2.999999998 x11 = 3 x12 = 3 . . . xk = 3, k → ∞ Obs.: Se eu escolher x0 = 2, xk = 4, quando k → ∞. Se eu escolher x0 = 4, xk = 4, quando k → ∞. Mas, se eu escolher 2 < x0 < 4, xk = 3, quando k → ∞. Para mostrar que a convergência é quadrática, temos que aplicar: lim n →∞ xn +1 − r xn − r 2 = C, 0 ≤ C ≤ 1, quando n → ∞ Então: lim n →∞ x n +1 − 3 xn − 3 2 = lim n →∞ (( n ) −3 xn − 3 2 = lim x n 2 − 6x n + 12 − 3 n →∞ xn − 3 2 = lim x n 2 − 6x n + 9 n →∞ xn − 3 2 = lim n →∞ xn − 3 2 xn − 3 2 Portanto, a convergência é quadrática. Exercí ci o 4: Condição suficiente para convergência: × ′(r) < 1 ⇒ -1 < × ′(r) < 1 Aqui, sabemos que as raízes são: r1 = c e r2 = − c Então, × ′(x) = c x 2 <1 ⇒ x 2 > c ⇒ x > c ⇒ x < − c ou x > c Como r1 e r 2 não pertencem ao intervalo I = (- ∞, - c ) ∪ ( c , + ∞ ), logo não é possível determinar a raiz quadrada de um número c ≥ 0 usando a função de iteração ×(x) = Exercí ci o 5: ×1 (x) = x2 − 2x + 4 ⇒ ×1' (x) = x − 2 2 Nas proximidad es da raiz (r ≈ 2), temos que ×1' (2) = 0 c . x =1 × 2 (x) = x2 − 2.5x + 5 ⇒ × 2 ' (x) = x − 2.5 2 Nas proximidad es da raiz (r ≈ 2) temos que × 2 ' (2) = 0.5 Como ×1' (2) < × 2' (2) , então ×1 (x) convergirá mais rapidamente para a raiz. Veja o comportamento de ambas as funções: Para ϕ1 (x) Exercí ci o 6: (a) f 1 (x) = − x −e x − x −e x =0 ⇒ − − − x = e x ⇒ x = e 2x ⇒ ×1 (x) = e 2x Graficamen te, percebemos que r ∈ (0,1). Um bom intervalo para encontrar a raiz é I = (0.42, 0.44). Usando x0 = 0.43 , temos: x1 = 0.42316208 2 ⇒ Æ = 0.006837.. . > 0.001 x 2 = 0.42898893 ⇒ Æ = 0.005826.. . > 0.001 x 3 = 0.42401864 1 ⇒ Æ = 0.0049702. .. > 0.001 x4 = 0.42825465 ⇒ Æ = 0.00423600 9... > 0.001 x5 = 0.42464179 5 ⇒ Æ = 0.0036128. .. > 0.001 x6 = 0.42772124 6 ⇒ Æ = 0.00307945 ... > 0.001 x7 = 0.42509504 8 ⇒ Æ = 0.00262619 ... > 0.001 x8 = 0.42733368 9 ⇒ Æ = 0.00223864 ... > 0.001 Para ϕ 2 (x) x9 = 0.42542467 3 ⇒ Æ = 0.00190901 5... > 0.001 x10 = 0.42705206 2 ⇒ Æ = 0.00162738 9... > 0.001 x11 = 0.42566436 2 ⇒ Æ = 0.00138769 9... > 0.001 x12 = 0.42684739 2 ⇒ Æ = 0.00118303 06... > 0.001 x13 = 0.42583863 9 ⇒ Æ = 0.00100875 208... > 0.001 x14 = 0.42669863 9 ⇒ Æ = 0.00086000 0166 < 0.001 ⇒ aqui está a aproxim ação! (b) f 2 (x) = ln(x) − x + 2 ln(x) − x + 2 = 0 ⇒ x − 2 = ln(x) ⇒ x = e x −2 ⇒ 2 (x) = e x −2 Temos duas raízes : r1 ∈ (0, 0.5) e r2 ∈ (3, 3.5) usando x0 = 0.43, temos : x1 = 0.20804518 2 ⇒ Æ = 0.22195481 8 > 0.001 x 2 = 0.16663411 1 ⇒ Æ = 0.04141107 1 > 0.001 x 3 = 0.15987454 1 ⇒ Æ = 0.00675957 > 0.001 x4 = 0.15879750 2 ⇒ Æ = 0.00107703 9 > 0.001 x5 = 0.15862656 3 ⇒ Æ = 0.00017093 9 < 0.001 ⇒ aqui está a aproximaçã o! (c)f 3 (x) = e x/2 − x 3 ( e x/2 − x 3 = 0 ⇒ e x/2 = x 3 ⇒ e x/2 Então, pelo gráfico, r ∈ (1, 2). ) 1/3 ( ) = x3 1/3 ⇒ e x/6 = x ⇒ 3 (x) = e x/6 x0 = 1.3 (uma a proximação inicial a rbitrária) x1 = 1.24193005 6 ⇒ Æ = 0.05806994 4 > 0.001 x 2 = 1.22996823 4 ⇒ Æ = 0.01196182 2 > 0.001 x 3 = 1.22751856 6 ⇒ Æ = 0.0024496. .. > 0.001 x 4 = 1.2270175 ⇒ Æ = 0.00050106 ... < 0.001 ⇒ aqui está a aproxima ção! (d)f4 (x) = sen(x) − x 2 41(x) = sen(x) r1 ∈ (0, Ñ x0 = 1.5 x1 = 0.99874670 7 x 2 = 0.91694774 5 x 3 = 0.89092581 x 4 = 0.88184699 9 x5 = 0.87858658 1 x6 = 0.87740386 8 ⇒ Æ = 0.00118271 3 > 0.001 x7 = 0.87697329 2 ⇒ Æ = 0.00043057 6 < 0.001 ⇒ uma das ra ízes A outra raiz terá de ser encontrada em (e ) f5 ( x ) = 42 (x) = − sen(x) x − cos( x ) 4 x x x − cos( x ) = 0 ⇒ cos( x ) = ⇒ x = arccos ⇒ 4 4 4 5(x) x = arccos 4 Usando x0 = 1.5 temos : x1 = 1.18639955 2 ⇒ Æ = 0.31360044 8 > 0.001 x 2 = 1.26966597 1 ⇒ Æ = 0.08326641 9 > 0.001 x 3 = 1.24779248 2 ⇒ Æ = 0.02187348 8 > 0.001 x 4 = 1.25355354 3 ⇒ Æ = 0.00576106 147 > 0.001 x5 = 1.25203725 5 ⇒ Æ = 0.00151628 804 > 0.001 x6 = 1.25243640 9 ⇒ Æ = 0.00039915 439 < 0.001 ⇒ uma aproxi mação para a raiz Exercí ci o 7: (i) Método da Bisseção: f 1 (x) = x − e −x r ∈ (0, 1); x0 = 0 +1 = 0.5 ⇒ f 1 (0.5) = 0.10057612 1 > 0 ⇒ r ∈ (0, 0.5) 2 x1 = 0 + 0.5 = 0.25 ⇒ f 1 (0.25) = -0.2788007 83 < 0 ⇒ r ∈ (0.25, 0.5) 2 x2 = 0.25 + 0.5 = 0.375 ⇒ f 1 (0.375) = -0.0749168 43 < 0 ⇒ r ∈ (0.375, 0.5) 2 x3 = 0.375 + 0.5 = 0.4375 ⇒ f 1 (0.4375) = -0.8873924 7 < 0 ⇒ r ∈ (0.4375,0. 5) 2 x4 = 0.4375 + 0.5 = 0.46875 ⇒ f 1 (0.46875) = 0.05886918 7 > 0 ⇒ r ∈ (0.4375,0. 46875) 2 x5 = 0.4375 + 0.46875 = 0.453125 ⇒ f 1 (0.453125) = 0.03750692 7 > 0 ⇒ r ∈ (0.4375,0. 453125) 2 0.4375 + 0.453125 = 0.4453125 2 ⇒ r ∈ (0.4375,0. 4453125) x6 = ⇒ f 1 (0.4453125 ) = 0.02669334 1 > 0 0.4375 + 0.4453125 = 0.44140625 2 ⇒ r ∈ (0.4375,0. 44140625) x7 = ⇒ f 1 (0.4414062 5) = 0.02125273 1 > 0 0.4375 + 0.44140625 = 0.43945125 2 ⇒ r ∈ (0.4375,0. 43945125) x8 = x9 = ⇒ f 1 (0.4394512 5) = 0.01852126 > 0 0.4375 + 0.43945125 = 0.43847562 5 ⇒ Æ = 0.43945125 -0.4384756 25 = 0.00097562 5 < 0.001 2 Portanto, a raiz apr oximada é x 9 = 0.43847562 5 (ii) Método da Falsa Posição: Aqui, usamos média ponderada entre a e b com pesos |f(b)| e |f(a)|, respectivamente. a f(b) + b f(a) x = f(b) + f(a) = af(b) − bf(a) , visto que f(a) e f(b) têm sinais opostos. f(b) − f(a) r ∈ (0, 1) ⇒ f 1 (0) = −1 < 0 ; f 1 (1) = 0.63212055 8 > 0 0(0.632120 558) − 1( −1) = 0.61269983 7 ⇒ f 1 (0.6126998 37) = 0.24086556 4 > 0 0.63212055 8 − ( −1) ⇒ r ∈ (0, 0.61269983 7) x0 = - 0.612699837(-1) = 0.379921807 ⇒ f1(0.379921807) = - 0.067536909 < 0 ⇒ 1.612699837 r ∈ (0.379921807, 0.612699837) x1 = 0.379921807(0.240865564) − 0.612699837( −0.067536909) = 0.430897755 0.240865564 − ( −0.067536909) ⇒ f1(0.430897755) = 0.00650268784 > 0 ⇒ r ∈ (0.379921807, 0.430897755) x2 = 0.379921807(0.006502668784) − 0.430897755( −0.067536909) = 0.426420694 0.006502668784 + 0.067536909 ⇒ f1(0.426420694) = 0.000167316215 > 0 ⇒ r ∈ (0.379921807, 0.426420694) x3 = x4 = 0.426305782 ⇒ Æ = 0.000114911851 < 0.001 ⇒ aqui está uma aproximação! Exercí ci o 8: Usar Método de Newton-Raphson para as letras (a), (b), (c), (d), (e) do Ex. 6. Exercí ci o 9: Usar Método das Secantes para as letras (a), (b), (c), (d), (e) do Ex. 6. Exercí ci o 10: Pontos extremos são pontos onde f’(x) = 0. Resolver essa equação por Newton-Raphson para as letras (a), (b), (c), (d), (e) do Ex. 6. Exercí ci o 11: (i) f1(x) = f 2 (x) − x − e x = ln(x) − x + 2 isolando x no membro esquerdo da equação, obtemos : ln(x) = x − e −x + x − 2 ⇒ x = e x −e − x + x −2 w(x) Pelo gráfico abaixo, temos duas raízes : r1 ∈ (0, 1) e r2 ∈ (1, 2). Vamos resolver pelo Método de Newton-Raphson usando 4 casas decimais: Aqui, já uso as equações : h(x) = x − e − x − ln(x) + x − 2 h ′(x) = 1 + e −x − 2 x 1 +1 x Para aplicar a fórmula de Newton - Raphson : xn +1 = xn − h(x n ) h ′(xn ) Usando x0 = 0.07 temos : x1 = 0.0759 x 2 = 0.0762 x 3 = 0.0762 ⇒ Aqui, está uma aproximaçã o! f1(0.0762) = f 2 (0.0762) = −0.6506 Portanto, um dos pontos de interseção é P1 = (0.0762, - 0.6506) Agora, para r2 ∈ (1, 2). Usando x0 = 1.4, temos : x1 = 1.3998 x 2 = 1.3998 f1(1.3998) = f 2 (1.3998) = 0.9365 Então, outro ponto de interseção é P2 = (1.3998, 0.9365) (ii) f 2 (x) = f 3 (x) ln(x) - x + 2 = e x/2 − x 3 ⇒ e x/2 = ln(x) − x + 2 + x 3 h1 (x) h 2 (x) Pelo gráfico abaixo, temos apenas uma raiz r ∈ (0, 1) : Vamos resolver pelo Método de Newton-Raphson usando 4 casas decimais: Obs. : f(x) = e x/2 − x 3 − ln(x) + x − 2 ′ = f (x) 1 x/2 1 − 3x 2 − + 1 e 2 x Usando x 0 = 0.7, temos : x1 = 0.8116 x 2 = 0.8022 x 3 = 0.8021 x 4 = 0.8021 f 2 (0.8021) = f 3 (0.8021) = 0.9774 O ponto de interseção é (0.8021, 0.9774) f1 ∩ f 2 : P1 = (0.0762, −0.6506) P2 = (1.3998,0. 9365) f 3 (0.0762) = 1.0384 ≠ −0.6506 f 3 (1.3998) = −0.7293 ≠ 0.9365 f 2 ∩ f 3 ⇒ P = (0.8021,0. 9774) f 1 (0.8021) = 0.4472 ≠ 0.9774 Portanto, não existe ponto de interseção entre f1 , f 2 e f 3 simultanea mente. Exercí ci o 12: Substituin do os valores dados na equação, temos : x arctg(x) = arctg(0) + (x - 0) f ′ 2 0 x arctg(x) = x f ′ 2 ′ Sabendo que (arctg(x) ) = 1 , temos : + 1 x2 1 1 4x ⇒ arctg(x) = x arctg(x) = x 4 + x 2 /4 ⇒ arctg(x) = 4 + x 2 1 + x 2 4 h1 (x) h 2 (x) ( ) Obs. : O exercício pede x > 0, então r ∈ (1, 2). Vamos resolver por Método de Newton-Raphson com duas casas decimais: f(x) = arctg(x) - 4x x +4 2 5x 4 − 4x 2 x + 9x 4 + 24x 2 + 16 Usando x 0 = 1.4, temos : ′ = f (x) 8 x 1 = 1.29 x 2 = 1.29 Então, x ≈ 1.29 Exercí ci o 13: Definição: uma raiz ε da função f(x) é dita de multiplicidade p se 0 g(x) = (x - ε )-p f(x). _J ε )|0H Note que nessas condições: f( ε ) = f’( ε ) = f” ( ε ) = ... = f p-1 ( ε ) = 0. Vamos mostrar agora um algoritmo, que tem convergência quadrática, mesmo quando as raízes têm multiplicidade p > 1. Considere o desenvolvimento de Taylor de f(x) na vizinhança da raiz ε . Então: f ( x ) = f ( Æ ) + ( x − Æ ) f ′( Æ ) + (x − Æ)2 (x − Æ) p f ′′( Æ ) + ... + f 2! p! p (Æ) = ( x − Æ) p f p! p (  ), onde  ∈ ( x , Æ ) pois pela hipótese Æ é uma raiz de multiplicidade p. Derivando f(x), obtemos que: f ′( x ) = p ( x − Æ ) p −1 f p! Definimos h(x) = p ( ) = ( x − Æ ) p −1 f ( p − 1)! p ( ) f (x) . f ′( x ) Então, lim x →Æ h(x) f(x) = lim = lim ′ − Æ x →Æ x − Æ x →Æ f (x)(x (x − Æ p f p ( p! (x − Æ p −1 f p ( − Æ (p − 1)! = 1 ≠0 p Da definição de multiplicidade conclui-se que h(x) tem uma raiz x = Æ simples ou de multiplicidade 1, pois lim h(x) = x →Æ 1 lim (x − Æ = 0 p x →Æ Dessa forma pode ser empregado qualquer método numérico para obtenção da raiz de h(x), mantendo a ordem de convergência. Em particular para o Método de NewtonRaphson, temos: x n +1 = x n − h( xn ) , h ′( x n ) n = 0,1,... (1) Por definição, h( x ) = f (x) f ′( x ) ⇒ h ′(x) = 1 - ′ f ′(x)f(x) [f ′( x ) ] 2 = 1− f ′′( x ) h( x ) . f ′( x ) Assim temos o seguinte algoritmo para determinar a raiz simples da função h(x): f ( xn ) h ( x n ) = f ′( x n ) f ′′( x n ) h( xn ) , h ′( x n ) = 1 − f ′( x n ) h( xn ) x n +1 = x n − h ′( x n ) n = 0,1,... (2) Definição (Ordem de Convergência): Seja x n +1 = 3 ( x n ) , n = 0, 1, 2,... uma seqüência convergente com lim x n = 0 e seja V uma vizinhança da raiz 0 tal que x n ∈ V para todo n →∞ n. Então a iteração converge com ordem p > 1 em V, se × ∈ C p (V ) e × (j) (Æ ) = 0 , ∀j = 1,2,...,(p - 1) e × (p) (Æ ) ≠ 0 Proposição: Considere a seguinte modificação do Método de Newton-Raphson x n +1 = x n − p f ( xn ) , f ′( x n ) n = 0,1,... Seja p a multiplicidade da raiz Æ de f(x). Prove que o método iterativo acima tem convergência quadrática. Prova: Usando a definição acima, basta mostrar que × ′′(Æ ) ≠ 0 , onde ×( x ) = x − p f (x) f ′( x ) Exercí ci o 14: Seja x = Æ uma raiz de f(x), tal que f ′(Æ ) ≠ 0 e f ′′(Æ ) = 0 . Então do MNR tem-se que x n +1 = x n − f ( xn ) f ′( x n ) Subtraindo Æ em ambos os lados da igualdade e definindo o erro e n = x n − Æ tem-se e n +1 = e n − f ( xn ) f ′( x n ) (1) Fazendo o desenvolvimento de Taylor de x na vizinhança de x n temos: f ( x ) = f ( xn ) + ( x − xn ) f ′( xn ) + ( x − xn ) 2 ( x − xn ) 3 f ′′( xn ) + f ′′′( Ân ) , onde Ân ∈ (x , xn ) . 2! 3! Tomando x = Æ em (2), obtemos 0 = f ( Æ ) = f ( x n ) − e n f ′( x n ) + ( en ) 2 (e ) 3 f ′′( x n ) − n f ′′′(  n ) 2! 3! (3) ′ n ) ≠ 0 , obtemos Dividindo a igualdade por f (x − ( e ) 2 f ′′( x n ) ( e n ) 3 f ′′′(  n ) f ( xn ) − = −e n + n 2! 3! f ′( x n ) f ′( x n ) f ′( x n ) (4) Substituindo em (1), obtemos que e n +1 = ( e n ) 2 f ′′( x n ) ( e n ) 3 f ′′′(  n ) − 2! 3! f ′( x n ) f ′( x n ) Fazendo n → ∞ tem-se que lim n →∞ lim n →∞ e n +1 ( en ) 3 = − lim n →∞ f ′′( x n ) = 0 . Logo, f ′( x n ) f ′′′(  n ) f ′′′( Æ ) =− =C ≠0 3! f ′( x n ) 3! f ′( Æ ) Portanto a ordem de convergência é cúbica nesse caso. (5) (2) Exercí ci o 15: p(x) = x 4 − 2x 3 + 4x − 1.6 x 4 – 2x 3 = 1.6 – 4x Gráfico de Pela tabela abaixo: x p(x) -2 22,4 -1 -2,6 0 -1,6 +1 1,4 +2 6,4 +3 37,4 +4 142,4 Temos duas raízes duplas: r1 ∈ ( −2,−1) e r2 ∈ ( 0, 1) Vamos então aplicar o algoritmo de Briot-Ruffini com Newton-Raphson: Para r1 ∈ ( −2,−1) , com uma aproximação inicial de decimais, temos: -1,50 -1,50 x1 = x0 − -2 -3,50 -5,00 0 5,25 12,75 4 -3,88 -23,00 = p’(-1,50) -1,6 4,22 = p(1,50) 4 -1,78 -15,64 = p’(-1,32) -1,6 0,75 = p(-1,32) 4 -1,27 -13,87 = p’(-1,27) -1,6 0,01= p(-1,27)§ p(x0 ) 4,22 = −1,50 + ≈ −1,32 ′ p (x0 ) 23,00 -1,32 -1,32 x 2 = x1 − 1 1 1 x 0 = 1,50 e usando duas casas 1 1 1 -2 -3,32 -4,64 0 4,38 10,50 p(x1 ) 0,75 = −1,32 + ≈ −1,27 p ′(x1 ) 15,64 -1,27 -1,27 1 1 1 -2 -3,27 -4,54 0 4,15 9,92 Então, r1 ≈ 1,27 Para r2 ∈ ( 0, 1) , com uma aproximação inicial de x 0 = 0,50, vamos usar duas casas decimais. Como já achamos uma das raízes ( r1 ≈ 1,27 ) então vamos usar apenas os coeficientes do último q(x). Assim, temos: 1 1 1 0,50 0,50 -3,27 -2,77 -2,27 4,15 2,75 1,62 = p’(0,50) -1,27 0,11 = p(0,50) 4,15 2,93 1,89 = p’(0,43) -1,27 -0,01 = p(0,43) 4,15 2,90 1,85 = p’(0,44) -1,27 0,01 = p(0,44) p(x0 ) 0,11 = 0,50 − ≈ 0,43 p′(x0 ) 1,62 x1 = x0 − 1 1 1 0,43 0,43 -3,27 -2,84 -2,41 p(x1 ) 0,01 = 0,43 + ≈ 0,44 p′(x1 ) 1,89 x 2 = x1 − 0,44 0,44 1 1 1 -3,27 -2,83 -2,39 § Então, r2 ≈ 0,44 Exercí ci o 16: Dados do problema: A = 1000 reais N = 24 meses = 2 anos q = 5% a.m = 60% a.a. Substituindo esses dados na segunda equação do enunciado, que dá o valor de P, temos: 60 1 P = 1000 + = 1000 (0,5 + 0,6 ) = 1000 (1,1) = 1100 reais 2 100 Agora, substituindo os valores de A, P e n na equação de F(x), temos: ( ) F(x) = (1000x - 1100)(1 + x) 2 + 1100 = 0 ⇒ F(x) = 10x 3 + 9x 2 − 12x = 0 ⇒ x 10x 2 + 9x − 12 = 0 Repare que x = 0 é uma das raízes da equação. Mas como se trata de taxa de juros, essa raiz é descartada. Vamos tentar resolver com o Algoritmo de Briot-Ruffini associado ao Método de NewtonRaphson. Pela tabela abaixo: x F(x) 0 -12 1 7 2 46 ... ... Vemos mudança do sinal de F(x) para [ ∈ . Com uma aproximação inicial de x 0 = 0,50 temos: 0,50 0,50 10 10 10 9 14 19 = p’ (0,50) -12 -5 = p(0,50) x1 = x0 − p(x0 ) 5 = 0,50 + ≈ 0,76 ′ p (x0 ) 19 10 10 10 0,76 0,76 x 2 = x1 − -12 0,62 = p(0,76) p(x1 ) 0,62 = 0,76 − ≈ 0,73 p ′(x1 ) 24,20 0,73 0,73 x 3 = 0,73 + Então, x 9 16,60 24,20 = p’ (0,76) 10 10 10 9 16,30 23,60 = p’ (0,73) -12 -0,10 = p(0,73) 0,10 ≈ 0,73 23,60 § ⇒ 73% a.a. ⇒ 73 %a.m. ≈ 6,08 % a.m. 12