Revista Brasileira de Atenção Domiciliar

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Revista Brasileira
de Atenção Domiciliar
ISSN 2446-841X
Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Editorial
Resumos do
Congresso Brasileiro
Interdisciplinar de
Assistência Domiciliar
2014
Revista Brasileira de Atenção Domiciliar
Volume I
Número I
Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
jan./jun. 2015
2
Revista Brasileira de Atenção Domiciliar
Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
Revista Brasileira
de Atenção Domiciliar
Revista Brasileira
de Atenção Domiciliar
Publicação periódica do Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência
Domiciliar, realizado pelo NADI – Núcleo de Assistência Domiciliar
Interdisciplinar – do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
ISSN 2446-841X
Holambra (SP)
2015
CIAD – Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
NADI – Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar do Instituto Central do
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar nº 255
4º andar – Bl. 5 – São Paulo (SP) – CEP 05403-000
Rua Antônio Jorge Frade, 202 – Centro – Holambra (SP) - CEP 13825-000
Rua Barão de Jaguará, 1091 – 5º andar – Campinas (SP) - CEP 13015-970
Fone (19) 3324-6419 / 3802-2306
Site: www.editorasetembro.com.br
Ficha Catalográfica
Revista Brasileira de Atenção Domiciliar. Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência
Domiciliar. Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar – NADI. Holambra: Editora
Setembro, SP
Ano I n. 1 jan./jun. 2015
Semestral
ISSN 2446-841X
1. Atenção domiciliar – Periódicos. I. Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar - NADI.
Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar.
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Revista Brasileira de Atenção Domiciliar
Publicação periódica do Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar, realizado pelo
NADI – Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar – do Instituto Central do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
ISSN 2446-841X
Editor-Chefe
Wilson Jacob Filho
Conselho Editorial
Angélica Massako.Yamaguchi – NADI/ICHCFMUSP
Aliciana Basílio Ramos de Oliveira – NADI/ICHCFMUSP
Aline Kube – NADI/ICHCFMUSP
Claudia Fernandes Laham – NADI/ICHCFMUSP
Fábio Campos Leonel – NADI/ICHCFMUSP
Fernanda de Souza Lopes – NADI/IHCFMUSP
Ivanete Macedo de Carvalho – NADI/ICHCFMUSP
Ivone Bianchini de Oliveira – NADI/ICHCFMUSP
Keila T. Higa Taniguchi – NADI/ICHCFMUSP
Letícia Andrade – NADI/ICHCFMUSP
Ligia Stungis Spedanieri – NADI/ICHCFMUSP
Maria Aquimara Zambone – NADI/ICHCFMUSP
Sibele Silva dos Santos – NADI/ICHCFMUSP
Solange Brícola – NADI/ICHCFMUSP
Wilson Jacob Filho – NADI/ICHCFMUSP
Colaboradores
Ana Cristina Mancussi e Faro – EEUSP/Enfermagem
André Minchillo – Grupo Ideal Care
Clarice Tanaka – FMUSP/Fisioterapia
Maria Carolina Gonçalves Dias – HCFMUSP/Nutrição
Silvia Maria de Macedo Barbosa – ICR/HCFMUSP/Pediatria
Política editorial
O conteúdo dos artigos publicados não reflete necessariamente a opinião do corpo editorial.
Editorial
Esta é uma oportunidade imperdível!
Expressar a minha opinião na primeira edição da Revista Brasileira de Assistência Domiciliar certamente
me permitirá ter o nome incluído na história deste, que será um dos mais importantes periódicos nacionais
sobre a atenção domiciliar à saúde.
Há muito reconhecíamos a necessidade de que este espaço fosse ocupado. Muito se produz de conhecimento sobre o tema nos diferentes ambientes de atuação, mediante olhares diversificados e complementares,
mas há escasso registro dessas criativas experiências.
Por esse motivo, optamos por tornar este primeiro volume da Revista Brasileira de Assistência Domiciliar
nos Anais do CIAD 2014, com um conteúdo perfeitamente adequado à sua missão: divulgar todos os esforços,
incluindo as dificuldades, os insucessos e os êxitos de quem aprende fazendo e faz aprendendo.
Esta prolífera coletânea dos resumos dos temas apresentados no último CIAD tornar-se-á um incomparável campo de exploração para que os interessados possam encontrar os elementos raros com que construirão
suas próprias convicções e planejarão os seus primeiros ou próximos passos.
Esta será, tenho a certeza, a bandeira principal da Revista Brasileira de Assistência Domiciliar: dar espaço
a quem precisa ser melhor conhecido. Este registro em texto permitirá a necessária manutenção de um acervo
que não se pode perder no tempo e que terá, neste mesmo ambiente, a oportunidade de ser analisado, criticado,
contrariado e complementado.
Ademais, este periódico também pretende ser a reserva natural da interdisciplinaridade, que tão bem prolifera nas ações domiciliares. Profissionais e cientistas das áreas biológicas, humanas, ambientais e econômicas
convergem seu olhar para este universo que, progressivamente, demonstra ser o futuro da atenção à saúde,
mormente aos portadores de doenças crônicas com limitações à movimentação. Com o progressivo envelhecimento populacional, será inexorável o crescimento exponencial desse segmento assistencial.
Em resumo, estamos iniciando a edição de um veículo que unirá quem oferece com quem busca em uma
área estratégica do conhecimento científico.
Quem ler, verá.
Quem escrever, terá.
Quem participar, incluir-se-á.
Sejam todos bem-vindos à Revista Brasileira de Assistência Domiciliar!
Prof. Dr. Wilson Jacob Filho
Sumário
Artigo
Tecendo redes: a assistência domiciliar e busca da integralidade do cuidado........................................................................................... 13
Resumos
SESSÃO ORAL
1. A experiência da implantação do SAD no município de Mauá........................................................................................................... 16
2. O enfoque epidemiológico do diabetes mellitus e da hipertensão arterial como subsídios para o planejamento e gestão
em saúde.......................................................................................................................................................................................................16
3. Disfagia: estudo de uma população assistida por um Programa de Assistência Domiciliar em Fortaleza/CE........................... 17
4. Cuidador familiar de idosos: busca por apoio e capacitação no contexto das redes de atenção a saúde..................................... 17
5. Perfil das enfermidades no serviço de internação domiciliar do Hospital Cruz Vermelha Brasileira, filial Barra do Piraí/RJ.18
6. Hipodermóclise: relato de uma capacitação no Programa Melhor em Casa de Uberlândia/MG................................................. 18
7. Relatos de familiares sobre experiência do óbito no domicílio........................................................................................................... 19
8. O impacto psicossocial decorrente do agravo do estado de saúde do provedor, com ou sem vínculo empregatício,
de pacientes acompanhados pela equipe do Programa Melhor em Casa.......................................................................................... 19
9. Acolhimento educativo e biopsicossocial: uma ferramenta para admissão de pacientes no Programa Melhor em Casa de
Uberlândia/MG..........................................................................................................................................................................................20
10. Estratégias utilizadas para orientação de curativo domiciliar no Programa Melhor em Casa de Uberlândia/MG..................... 20
11. Processo educativo do idoso que faz uso de anticoagulante oral........................................................................................................ 21
12. Treinamento do cuidador dos pacientes em pós-operatório ortopédico no domicílio................................................................... 21
13. O processo de luto pela perda de um filho em uma idosa cuidadora de um paciente crônico...................................................... 22
14. Papel do cuidador na intervenção fisioterapêutica domiciliar............................................................................................................. 22
15. Laser de baixa potência no tratamento de radiodermatite em pacientes traqueostomizados atendidos em assistência
domiciliar da unidade de cuidados paliativos do Hospital da Cruz Vermelha filial Barra do Piraí/RJ ........................................ 23
16. Experiência em atendimento a crianças e adolescentes no Programa Melhor em Casa de Angra dos Reis................................ 23
17. Relato assistencial: pacientes portadores de úlceras por pressão atendidos no serviço domiciliar por operadora de saúde
privada no município de João Pessoa/PB............................................................................................................................................... 24
18. Oximetria de pulso portátil como critério objetivo para utilização de oxigenoterapia domiciliar................................................. 24
19. Acompanhamento fisioterapêutico domiciliar em paciente portadora de miopatia mitocondrial (MM)..................................... 25
20. Atenção farmacêutica domiciliar a pacientes idosos e hipertensos do bairro Vila Tupi na cidade de Praia Grande/SP ......... 25
SESSÃO PÔSTERES
21. Projeto Reformando Vidas ......................................................................................................................................................................26
22. A relevância da imunização para a longevidade e a necessária anuência de indivíduos do Programa Acompanhante
de Idosos......................................................................................................................................................................................................26
23. Reabilitação domiciliar pós-TCE grave: relato de caso......................................................................................................................... 27
24. Evolução do estado nutricional de paciente em terapia nutricional enteral domiciliar: relato de caso......................................... 27
25. Criação de álbum de memória autobiográfica em paciente com esclerose lateral amiotrófica no Programa Melhor em Casa
do Hospital Municipal Dr. Moyses Deutsch do M’Boi Mirim............................................................................................................ 28
26. O grupo de cuidadores como abordagem acolhedora e interventiva no Programa Melhor em Casa do Hospital Municipal
Dr. Moyses Deutsch doM’Boi Mirim......................................................................................................................................................28
27. Parceria hospitalar na captação segura de pacientes colonizados/ infectados com multi-R e particularidades na sua
assistência no Programa Melhor em Casa – OSS Hospital Cidade Tiradentes................................................................................. 29
28. Atenção domiciliar como observatório vivo da rede de saúde............................................................................................................ 29
29. Procedimento operacional padrão (POP) para ação da fonoaudiologia na assistência domiciliar................................................ 30
30. Análise epidemiológica de UPP, resultados, abordagem multiprofissional e evolução das lesões por acompanhamento
fotográfico no Programa Melhor em Casa............................................................................................................................................. 30
31. Adaptação transcultural da versão brasileira do interRAI-Home Care: avaliação multidimensional em assistência domiciliar..... 31
32. Construção de ações de matriciamento em uma ILPI: um relato de experiência da EMAD........................................................ 31
33. Reabilitação paliativa de idosos na assistência domiciliar: discussão da literatura sobre atuação do fisioterapeuta.................... 32
34. A assistência domiciliaria na perspectiva de cuidadores familiares de pacientes idosos e profissionais da saúde....................... 32
35. A importância dos cuidadores para êxito na assistência domiciliar.................................................................................................... 33
36. Assistência domiciliar: uma reflexão sobre a integralidade no cuidado............................................................................................. 33
37. Perfil de profissionais e de idosos atendidos em domicílio por um serviço ambulatorial especializado...................................... 34
38. Gestão de equipes Melhor em Casa: modelo atenção primária à saúde Santa Marcelina............................................................... 34
39. Como o perfil do paciente pode determinar as condições do cuidado.............................................................................................. 35
40. Ação educativa de promoção à saúde e proteção específica como forma de atendimento fisioterapêutico na saúde coletiva.35
41. Proteção ao idoso: rede social primária como possibilidade de interdição e curatela...................................................................... 36
42. Cuidados paliativos e assistência domiciliar: em busca da integralidade do cuidado por meio da rede de saúde....................... 36
43. Abordagem das diretrizes de cuidados paliativos na assistência domiciliar: uma decisão compartilhada.................................... 37
44. Perfil odontológico dos pacientes assistidos pela atenção domiciliar em hospital de alta complexidade..................................... 37
45. Desenvolvimento de cadeira de banho de baixo custo para uso domiciliar...................................................................................... 38
46. Elaboração de andador regulável de baixo custo para crianças com paralisia cerebral................................................................... 38
47. Perfil de cuidadores de idosos sob cuidados domiciliares atendidos por um serviço ambulatorial especializado...................... 39
48. Protocolo de segurança pelo Home Care Amil..................................................................................................................................... 39
49. Morte em domicílio: uma possibilidade real .......................................................................................................................................... 40
50. Familiar cuidador: dificuldades para cuidar do idoso dependente no domicílio.............................................................................. 40
51. A atenção domiciliar e o cuidador: tecendo redes para melhorar o cuidar-se................................................................................... 41
52. O uso do WhatsApp como instrumento de comunicação imediata entre profissionais do atendimento domiciliar
em atendimento..........................................................................................................................................................................................41
53. O perfil da assistência domiciliar da unidade de cuidados paliativos do Inca (HC IV)............................................................... 42
54. A importância da atualização de cuidadores por meio de minicursos ministrados pela equipe multidisciplinar........................ 42
55. Programa de atendimento domiciliar: descrição socioeconômica dos pacientes com alimentação enteral................................. 43
56. O atendimento em rede como um diferencial para muitos usuários da assistência domiciliar do Inca.................................... 43
57. A experiência da introdução da escala reduzida de Zarit para avaliação do desgaste do cuidador na atenção domiciliar......... 44
58. Programa de Assistência Domiciliar do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará (Iasep).......................... 44
59. Cuidado domiciliar: as vivências de ser cuidador familiar de idosos dependentes........................................................................... 45
60. Perfil dos pacientes atendidos no Programa de Assistência Domiciliar de enfermagem por uma operadora de saúde
de Viçosa/MG, no período de janeiro de 2013 a agosto de 2014...................................................................................................... 45
61. Perfil dos óbitos no serviço de internação domiciliar do Hospital Cruz Vermelha Brasileira, filial Barra do Piraí/RJ............. 46
62.A integração da rede de urgência com o Serviço de Atenção Domiciliar de Contagem/MG....................................................... 46
63. Relato assistencial: atendimento domiciliar aos clientes gastrostomizados acompanhados pela saúde integral da Unimed
Uberaba/MG...............................................................................................................................................................................................47
64. Análise da capacidade funcional dos idosos cadastrados na Unidade Básica de Saúde Henrique Octávio Pool do município
de Coari/AM...............................................................................................................................................................................................47
65. Perfil e ocorrência de quedas em pacientes atendidos em um serviço de assistência domiciliar da Prefeitura Municipal de
Uberlândia/MG..........................................................................................................................................................................................48
66. Terapia nutricional em cuidados paliativos: bioética da proteção como apoio para tomada de decisão...................................... 48
67. A prática de um Home Care na assistência domiciliar.......................................................................................................................... 49
68. Dispensação de materiais: relato da criação de um protocolo na assistência domiciliar no município de Uberlândia/MG..... 49
69. A bioética da proteção na atenção domiciliar........................................................................................................................................ 50
70. Atuação do fisioterapeuta na atenção domiciliar................................................................................................................................... 50
71. Visita domiciliar na perspectiva de atenção integral ao idoso: ações de cuidados paliativos.......................................................... 51
72. Síndrome de Guillain-Barré: relato de caso com desfecho favorável relacionado ao Serviço de Atenção Domiciliar
(SAD-Uberlândia/MG).............................................................................................................................................................................51
73. Vulnerabilidade social: reflexos na atuação do assistente social.......................................................................................................... 52
74. Relato de caso: assistência domicilar na evolução de doença oncológica paliativa........................................................................... 52
75. Hemoglobina glicada (A1c) na avaliação do controle de diabéticos no programa de gerenciamento de doenças crônicas
não transmissíveis.......................................................................................................................................................................................53
76. Acompanhamento de familiares após o óbito....................................................................................................................................... 53
77. Programa de cuidados paliativos do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) da Unimed Joinville/SC......................................... 54
78. A construção do trabalho interprofissional na atenção domiciliar ao idoso..................................................................................... 54
79. Atuação da equipe multiprofissional em atenção domiciliar no Programa Melhor em Casa: relato de caso............................... 55
80. Serviço de Atenção Domiciliar e medicina preventiva: integração que fortalece a busca pela qualidade de vida....................... 55
81. Nível de independência funcional em uma paciente acamada após atendimento domiciliar multiprofissional.......................... 56
82. Luto: vivência do profissional de saúde em atendimento domiciliar, em um serviço de Home Care, na cidade de Londrina,
Paraná...........................................................................................................................................................................................................56
83. Relato assistencial: oxigenoterapia domiciliar prolongada: descrição dos clientes atendidos pelo serviço prestado por uma
cooperativa médica de Uberaba/MG......................................................................................................................................................57
84. Serviço social e intersetorialidade no atendimento domiciliar do into.......................................................................................... 57
85. Implantação do programa de atenção domiciliar para pacientes oncológicos em cuidados paliativos do Hospital de Câncer
de Barretos/SP............................................................................................................................................................................................58
86. Assistência domiciliar à paciente em cuidados paliativos: um relato de caso sobre qualidade ao final de vida........................... 58
87. Atuação do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) no atendimento dos usuários que necessitam de intervenções cirúrgicas
ortopédicas de urgência.............................................................................................................................................................................59
88. Avaliação fonoaudiológica em pacientes disfágicos e traqueostomizados de um programa atendimento domiciliar................ 59
89. Análise de medida de independência funcional no atendimento domiciliar..................................................................................... 60
90. Terapia fotodinâmica com laser de baixa potência em candidíase oral de pacientes oncológicos submetidos à quimio/
radioterapia, atendidos em assistência domiciliar da unidade de cuidados paliativos do Hospital da Cruz Vermelha,
filial Barra do Piraí/RJ.............................................................................................................................................................................60
91. Acompanhamento multidisciplinar de paciente em cuidados paliativos inserida no Serviço de Atenção Domiciliar do
Hospital São Judas Tadeu/Hospital de Câncer de Barretos/SP...................................................................................................... 61
92. Abordagem interdisciplinar de avaliação e orientação pós-operatória dos pacientes da coluna de um instituto ortopédico.61
93. Um olhar diferente e humanizado no atendimento domiciliar......................................................................................................... 62
94. Implantação de uma solução móvel de georreferenciamento na atenção domiciliar.................................................................... 62
95. Assistência domiciliar na terminalidade: humanizar sempre............................................................................................................. 63
96. Programa Melhor em Casa Curitiba/PR: transformação do processo de trabalho para uma organização tipo cérebro........ 63
97. Avaliação do nível de dependência dos idosos inscritos no SAD Vila Virgínia (Sul)................................................................... 64
98. Internações sensíveis à atenção domiciliar em um hospital de ensino em Montes Claros/MG................................................. 64
99. Tratamento de úlcera por pressão com creme contendo ácido hialurônico 0,2%: relato de caso do Programa
Melhor em Casa.......................................................................................................................................................................................65
100. Tecendo redes na linha do cuidado domiciliar.................................................................................................................................... 65
101. Perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no serviço domiciliar por operadora de saúde privada no município de
João Pessoa/PB........................................................................................................................................................................................66
102. Coberturas ofertadas aos pacientes: gestão a partir do protocolo clínico de assistência integral às pessoas com feridas...... 66
103. Reabilitação odontológica do paciente no domicílio.......................................................................................................................... 67
104. Assistência ao paciente com úlceras crônicas no Serviço de Atenção Domiciliar: enfoque multidisciplinar........................... 67
105. Atenção domiciliar ao paciente com esclerose lateral amiotrófica: enfoque nos cuidados paliativos........................................ 68
106. A prática interdisciplinar como fator impactante para a atenção domiciliar: relato de caso........................................................ 68
107. Relato assistencial: construção de uma escala de avaliação da complexidade assistencial para o atendimento domiciliar...... 69
108. Relato de caso: assistência domiciliar na desospitalização precoce e na prevenção da hospitalização....................................... 69
109. Avaliação social como instrumento de formação de redes de apoio aos pacientes em cuidados paliativos.............................. 70
110. Estado nutricional e HIV: qual real prognóstico?............................................................................................................................... 70
111. Projeto Terapêutico Singular: uma abordagem domiciliar................................................................................................................ 71
112. Planejamento, fluxo, segurança e a qualidade da atenção domiciliar............................................................................................... 71
113. Levantamento dos riscos de trabalho em ambiente de internação domiciliar: segurança no trabalho...................................... 72
114. Adaptação da válvula de fala e deglutição Passy Muir em uma paciente com ela em ventilação mecânica: trabalho
interdisciplinar em Home Care..............................................................................................................................................................72
115. Perfil nutricional dos pacientes adultos e idosos em terapia nutricional enteral atendidos no Serviço de Atenção
Domiciliar da região Noroeste de Campinas/SP................................................................................................................................ 73
116. Caracterização do atendimento de duas equipes multidisciplinares de atenção domiciliar do município de
Ribeirão Preto/SP....................................................................................................................................................................................73
117. Fisioterapia domiciliar: relato de caso de paciente com trauma raquimedular............................................................................... 74
118. Características do serviço de oxigenoterapia domiciliar prolongada na atenção domiciliar em Ribeirão Preto/SP................ 74
119. Tecendo saberes no curso de cuidadores informais........................................................................................................................... 75
120. O serviço social dentro do Programa de Assistência Domiciliar (PAD) de Taboão da Serra/SP.............................................. 75
121.Prever.........................................................................................................................................................................................................76
122. Assistência domiciliar à criança com câncer em cuidados paliativos e à sua família: relato assistencial da equipe
multiprofissional.......................................................................................................................................................................................76
Artigo
Tecendo redes: a assistência domiciliar e busca da integralidade do cuidado
Letícia Andrade, Professora Doutora
Poucas são as palavras como “rede” que, utilizadas em diferentes áreas, abarcam significados tão distintos
– para não dizer antagônicos. Rede de pesca, de arame, de pessoas, de serviços, instituições... Rede como conjunto articulado de ações, como um sistema organizado, um conjunto de serviços, infraestrutura que propicia
trocas, emaranhado, cilada etc.
Na visão de Milton Santos (2012a, p. 261):
A voga que a palavra e a ideia de rede estão encontrando, tanto nas ciências exatas e sociais, como na
vida prática, paga o preço devido a essa popularidade. A polissemia do vocábulo tudo invade, afrouxa
o seu sentido e pode, por isso, prestar-se a imprecisões e ambiguidades, quando o termo é usado para
definir situações.
Na área da saúde, tanto pode ser vista como um conjunto estruturado, já articulado de ações e de serviços
e circunscrita a um território, no qual a estabilidade e a impossibilidade de seu alargamento são características
que se sobressaem, quanto pode ser reconhecida como em processo, estando em construção permanente.
Rede sempre dependente de adesão, sempre passível de extensão e, por isso, às vezes, tão cheia de ramificações, surgidas frente às necessidades, que tende ao infinito.
A busca pela integração nas ações sempre esteve presente na área desde a implantação do Sistema Único
de Saúde (SUS) há mais de 20 anos; já a integralidade no cuidado, desde que o primeiro homem precisou de
atenção.
No que se refere ao atendimento em rede e a assistência domiciliar (AD) nela inserida, a proposta não é
nova, mas nem, por isso, efetiva.
Tanto as análises teóricas quanto os modelos conhecidos no cotidiano de intervenção nos mostram que
a AD pode estar inserida nos diferentes níveis de atenção propostos pelo SUS, levando-se em conta o objetivo
do serviço, o perfil de pacientes atendidos e a estrutura interna da instituição e das equipes em questão. Apesar da disparidade de modelos, algo é comum: a necessidade do referido serviço domiciliar estar vinculado a
uma instituição maior, responsável pela garantia de retaguarda que se faz necessária. Retaguarda esta que pode
garantir desde somente a análise de material colhido em domicílio para exames laboratoriais simples de rotina
até as internações emergenciais quando o cuidado domiciliar não se faz mais suficiente. Daí a preocupação dos
serviços em atender perfis de pacientes compatíveis com a retaguarda oferecida por suas instituições de origem;
e daí também a impressão, às vezes, de que quando o paciente mais precisa da atenção domiciliar, isto é, na piora
de seu quadro clínico, esse serviço se mostra ineficaz para o cuidado surgido.
Revista Brasileira de Atenção Domiciliar
Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
15
A proposta do SUS de integração dos serviços em rede frente a diversas demandas e a diferentes graus
de necessidade também se concretiza na AD. Visita, atendimento e internação domiciliar se integram em um
continuum de ações em prol daquele que depende do cuidado em domicílio, mas nem sempre em número suficiente diante da demanda do lugar.
Não reconhecer os limites e as possibilidades da atenção domiciliar condena profissionais e pacientes a
um cuidado inadequado frente à possibilidade de acionamento da rede de atenção em saúde, quando o domicílio se faz insuficiente para a assistência necessária.
Em diferentes estudos, a proposta de rede se firma em alguns pilares: a espontaneidade, o caráter deliberativo de sua formação e a sua base social e política, características essas que se integram formando também
entre si uma rede.
No que se refere à AD: a espontaneidade é o que firma o compromisso entre os atores que assumem o
papel de cuidadores, seja no que se relaciona aos familiares que abarcam tal tarefa, seja nos profissionais que
optam por atender em domicílio e perseveram mediante tantos obstáculos.
Quanto às famílias que assumem os cuidados de seus familiares, é importante pontuar que, apesar de
social e legalmente ser uma prerrogativa familiar, nem sempre nos deparamos com famílias cuidadoras e aptas a
assumir essa tarefa. Em algumas situações, presenciamos inadequações de cuidado simplesmente porque a esse
núcleo familiar não houve alternativa senão a de assumir a atenção exigida por seu familiar, mesmo não estando
técnica e emocionalmente preparadas para tal. Em outros casos, o que presenciamos não são ações negligentes, mas ações que caracterizam a falência familiar para o cuidado. Essa segunda situação é mais característica
nos casos em que o cuidado ao familiar doente e dependente se estende por décadas, o que leva à exaustão, ao
adoecimento e, às vezes, ao falecimento do cuidador principal. Essa realidade é bastante comum nos dias atuais
para as equipes de AD, apesar de bem pouco comentada fora de seus círculos.
O paciente com doenças crônicas, nosso principal alvo de intervenção nos diferentes modelos de assistência, requer uma proposta integral de cuidados, tanto pela necessidade de ser visto como um ser biográfico
quanto pelo cuidado em si, que só se consolida em rede. Quanto maior e mais eficaz a rede de suporte social
na qual a família e o serviço estão inseridos, maior a possibilidade de cuidado, sendo o contrário também verdadeiro. Porém os estudos já mostram a necessidade de paciente e família se sentirem inseridos e parte efetiva
dessa falada rede; do contrário, não passa de uma sucessão de serviços, instituições ou pessoas existentes em
um determinado território não acionáveis pelo grupo em questão.
Dessa forma, deve-se incentivar família e paciente a construir suas próprias redes, que serão acionadas
nos momentos críticos, ou perceber aqueles que já fazem parte de seu cotidiano. Aqui também cabe ao Estado,
por meio de suas políticas públicas, ofertar serviços de qualidade e em número suficiente, sempre pautado na
certeza de que vivemos em um país terrivelmente desigual e que a precariedade dos serviços e das políticas ainda é o que impera, principalmente nas áreas consideradas de alta vulnerabilidade social, nas quais a população
sabidamente depende dessa oferta para viver de modo adequado e cuidar de seus doentes.
Não considerar condições sociais e econômicas favoráveis ou desfavoráveis para o cuidado, propiciadoras
ou impeditivas da atenção que requer o paciente, escondendo-se atrás do discurso falacioso de que para cuidar
do outro basta “boa vontade e amor”, é desprezar o contexto social em que vivemos e infligir à família maior
sofrimento e estresse por exigir mais do que ela pode oferecer.
As técnicas utilizadas há longa data nas instituições hospitalares passam a ser usadas de maneira planejada
no cuidado em domicílio. Muito mais do que oferecer alternativas para a resolução de problemas já instalados,
o grande mote está na previsão do que pode ocorrer e nas propostas que antecedem aos entraves.
Tanto no que se refere aos diferentes pilares que sustentam os trabalhos em rede quanto ao que se relaciona aos eixos presentes nos modelos de atendimento domiciliar, nada se efetiva sem a participação de seus
16
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atores. As redes de cuidado não se consolidam com eficácia sem a participação social, sem o envolvimento
dos sujeitos, na certeza de que, se a atenção individual deve ser buscada, a luta pelo coletivo se faz constante.
Sendo assim, pelo envelhecimento populacional crescente, que poderá levar muitos à dependência, e pela maior
sobrevida dos sujeitos acometidos por doenças neurodegenerativas, faz-se necessário o incentivo à população
a reconhecer e a exigir o cuidado domiciliar como direito, e não como uma benesse de específicas instituições.
Redes buscam abraçar o maior número possível de sujeitos em uma interligação contínua, por isso dependem de várias mãos a tecê-las e sustentá-las. Poucas vezes podem ser construídas por um único sujeito ou serviço e, em raríssimas oportunidades, mantêm-se, ao longo do tempo e do espaço, sem a intenção de continuidade
de seus atores. Na perspectiva de Jacob-Filho (2009, p. 4D): “O compromisso individual com as próprias metas
e os deveres devem estar de acordo com um compromisso coletivo com todos os que dependem do resultado
desta atuação”.
Sem essa intenção de continuidade, compromisso com o coletivo, consciência de direito e dever de
participação efetiva, a rede limita quando deveria ampliar horizontes; prende e não protege; isola em vez de
propiciar mais conexões; restringe-se à participação de poucos, quando, na realidade, a busca é pela atenção
completa e irrestrita.
Referências
JACOB-FILHO, Wilson. Compromisso com o coletivo. Folha de São Paulo, São Paulo, p. 4D, 24 set. 2009.
Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq2409200901.htm>. Acesso em: 29 jun. 2015.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EDUSP, 2012a.
______. Espaço e método. São Paulo: EDUSP, 2012b.
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A experiência da implantação do SAD no município de Mauá
Autores: Loura, AS; Sorce, APMS; Costa, GA; Rosa, LRLS; Kurokawa, M.
Instituição: Prefeitura Municipal de Mauá/SP
O município de Mauá contava com Programa de Assistência Domiciliar (PAD) como um serviço de
saúde vinculado à Atenção Básica. Atuava em todo o território de Mauá, em São Paulo, atendendo a pacientes
com impossibilidade de locomoção até a Unidade Básica de Saúde (UBS), residentes em área onde não havia
cobertura de equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF). O serviço que prestava atendimento a pacientes com idade superior a 12 anos passou por diversas reestruturações, e o PAD deixou de existir e deu lugar
ao Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), enquadrando-se nos preceitos do Programa Melhor em Casa do
Governo Federal. Assim, aumentou seu horário de funcionamento e ampliou o atendimento a todas as faixas
etárias. O SAD produz um novo modelo de assistência domiciliar, no qual os pacientes são distribuídos em três
categorias de acordo com sua complexidade: AD1(Atenção Domiciliar Tipo 1), que se mantém sob cuidados
das ESF; AD2 (Atenção Domiciliar Tipo 2), que trata dos pacientes em fase aguda de cuidado ambulatorial ou
desospitalizados, sendo o foco atual do serviço; por fim, AD3 (Atenção Domiciliar Tipo 3), que trabalha a meta
para ampliação e qualificação do SAD. Como forma de entrada dos pacientes no AD2, o serviço realiza um
processo de desospitalização no Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardine (HCDRN) e Santa Casa de Mauá,
assim como avaliações in loco nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O HCDRN utiliza a ferramenta
Kanban para diminuir o tempo de internação dos pacientes, e, durante as discussões, a equipe define para quais
casos o SAD será acionado, aumentando a rotatividade de leitos hospitalares e gerando satisfação da equipe.
Palavras-chave: Melhor em Casa; Atenção Domiciliar; Rede de Saúde.
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O enfoque epidemiológico do diabetes mellitus e da hipertensão arterial como subsídios para o planejamento e gestão em saúde
Autores: Dazio, EMR; Fava, SMCL; Paiva, FAP; Pereira, LF; Mendes, RA.
Instituição: Universidade Federal de Alfenas/MG
Trata-se de um estudo realizado em duas Estratégias de Saúde da Família de um município
do sul de Minas Gerais para o planejamento estratégico em saúde. Os objetivos eram elaborar o
planejamento estratégico situacional a fim de organizar a assistência aos clientes e propor intervenções necessárias para possível resolução dos diagnósticos encontrados. O estudo foi realizado
em 2014 com 143 pessoas com hipertensão e/ou diabetes, e os dados, colhidos por meio de visitas domiciliárias. Constatou-se a prevalência da hipertensão arterial sistêmica em 50,3%, diabetes
mellitus e hipertensão arterial em 42% e diabetes mellitus em 7,7%. Verificou-se o predomínio do
gênero feminino (67,8%), com a etnia negra (59,4%) e baixo nível de escolaridade, sendo 30,1%
com o ensino fundamental incompleto, 21,6% analfabetos e 5,6% com ensino médio completo.
Além disso, 58% são sedentários, 24,9% são tabagistas, 79,7% apresentavam índice de massa corporal acima dos valores preconizados e 79,8% apresentavam complicações, dentre as quais 24,4%
coronariopatias e 18,2% doença renal. Constatou-se que o uso do planejamento estratégico nas
unidades de saúde é considerado relevante instrumento para reorganização do processo de trabalho da equipe, permitindo que esta tenha o real diagnóstico da situação de saúde local e possa
atuar com mais resolubilidade, por meio da elaboração de ações pertinentes, favorecendo a um
menor gasto de recursos políticos, organizacional e cognitivo.
Palavras-chave: Diabetes; Hipertensão; Visita Domiciliar.
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Disfagia: estudo de uma população assistida por um Programa de Assistência Domiciliar em Fortaleza/CE
Autores: Soares, MDA; Nóbrega, JD; Matos, KC.
Instituição: Hospital Geral de Fortaleza/CE
A deglutição é um ato neuromuscular complexo, mas para a maior parte da população é uma ação inconsciente; no entanto, para pacientes com disfagia, a realidade é outra, dada a dificuldade ou problemas ao engolir,
sendo uma condição comum em pacientes com doenças neurológicas e naqueles com tumores ou traumas da
boca ou garganta. Por meio de pesquisa documental, realizada com prontuários de pacientes atendidos pelo
Programa de Assistência Domiciliar de um hospital referência de Fortaleza, no Ceará, no segundo semestre de
2013, e aprovado pelo comitê de ética sob o número 576.466, constatou-se que, dos 67 pacientes acompanhados, 58% eram do sexo feminino e 42% do sexo masculino; 41 (61,2%) faziam uso de via alternativa de alimentação: 21 pacientes (51,2%) com sonda nasoentérica, um (2,4%) com sonda nasogástrica, ambas designativas de
disfagia moderada com indicação de suporte nutricional enteral por um curto período de tempo, e 19 (46,4%)
com gastrostomia, assinalativo de disfagia severa com indicação de suporte nutricional enteral prolongado e
inevitável. Mesmo com suporte nutricional, 21 pacientes (51,2%) ainda apresentavam desnutrição, ou seja, não
alcançaram o estado nutricional adequado, definido como a necessidade fisiológica de nutrientes pelo indivíduo. A desnutrição, nesse caso, é multifatorial, pois se relaciona com as características da ingestão alimentar,
características bioquímicas, fatores intrínsecos a história clínica e aos dados psicossociais. Ressalta-se também
que 18,8% desses pacientes tinham traqueostomia e 51,4% faziam uso de cinco a sete medicamentos diários.
Conclui-se, portanto, que a abordagem terapêutica para disfagia deve ser multidisciplinar para atender às necessidades do paciente de forma completa, realizando um diagnóstico seguro e um plano de terapia detalhado e
eficaz, contribuindo para melhoria da qualidade de vida do paciente.
Palavras-chave: Alimentação Enteral; Disfagia; Desnutrição.
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Cuidador familiar de idosos: busca por apoio e capacitação no contexto das redes de
atenção à saúde
Autores: Caldas, CP; Friedrich, DBC; Castro, EAB; Couto, AM.
Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora/MG
Ao tornar-se cuidador principal, o familiar vivencia situações na relação cotidiana de cuidado ao idoso
dependente, que influenciam os níveis de sobrecarga e desconforto emocional, gerando tensões e desgaste no
papel desempenhado. Como forma de buscar alívios nesse desgaste, procura por capacitação e apoio nas redes de
suporte social e nos serviços de saúde. Este estudo teve como objetivo analisar as experiências de cuidar de idosos
dependentes no domicílio por um cuidador familiar. Trata-se de uma investigação qualitativa, com aporte teórico-metodológico da teoria fundamentada nos dados. A coleta de dados foi realizada durante visitas domiciliares
a nove famílias de idosos dependentes, residentes em Juiz de Fora, em Minas Gerais. Nesse recorte do estudo, é
apresentada a categoria “busca por apoio e capacitação”. Os resultados dessa categoria permitiram conhecer as
estratégias adotadas pelos cuidadores na busca pela capacitação e suporte para desempenharem o seu papel em
ambientes domiciliares. Essa busca pôde ser identificada por intermédio da participação em palestras e encontros
de associações, pesquisa de informações na internet, em manuais de cuidadores, participação em grupos educativos e até mesmo na rede de suporte social, por meio da convivência com outros familiares de idosos dependentes
que vivem ou viveram situações semelhantes na comunidade. Mediante uma reflexão crítica sobre as trajetórias dos
cuidadores pelos serviços de saúde em busca por apoio e capacitação, foi possível verificar que a atenção à saúde
no município-sede da pesquisa ainda está organizada segundo níveis de atenção, o que dificulta a efetivação do
cuidado e da prática da integralidade conforme o ideário do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta de linhas
de cuidado e a organização do sistema em redes de atenção ainda precisam ser efetivadas.
Palavras-chave: Educação em Saúde; Idoso; Cuidadores Familiares.
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Perfil das enfermidades no serviço de internação domiciliar do Hospital Cruz Vermelha
Brasileira, filial Barra do Piraí/RJ
Autores: Melo, F; Almeida, J; Neves, RE.
Instituição: Hospital Cruz Vermelha Brasileira, filial do município de Barra do Piraí/RJ
Introdução: O aumento do número de pacientes com doenças crônicas evidencia a demanda por atendimento especializado em assistência domiciliar. O Hospital Cruz Vermelha Brasileira, especializado em cuidados
prolongados, referência para as unidades de atenção básica da Região do Médio Paraíba, no Rio de Janeiro,
no Sistema Único de Saúde (SUS), oferece internação domiciliar com 30 leitos e atendimento ambulatorial.
Material e métodos: Estudo descritivo por meio de consulta em banco de dados dos prontuários de pacientes
falecidos no período de agosto de 2013 a agosto de 2014, encaminhados pelas unidades da Região do Médio
Paraíba. Resultados: Foram avaliadas 484 internações no período de 12 meses, com idade média masculina de
75,5 anos e feminina de 78 anos, divididas por enfermidades: neurológicas (40%), oncológicas (25%), cardiovasculares (18%), devido a causas externas (11%), pneumológicas (4%), osteomusculares e do tecido conjuntivo, decorrentes da SIDA e hanseníase (menos que 1%). Em relação ao gênero, as enfermidades distribuem-se
do seguinte modo: neurológicas são 79 pacientes masculinos (16%) e 115 femininos (23%); oncológicas, 68
masculinos (14%) e 53 femininos (11%); cardiovasculares, 32 masculinos (6,6%) e 58 femininos (12%); devido
a causas externas, 24 masculinos (5%) e 33 femininos (7%); demais enfermidades, menos de 1%. Conclusão: Os
dados apresentados demonstram um perfil das patologias em pacientes crônicos, com predomínio de enfermidades oncológicas em homens e neurológica em mulheres. Esses dados demonstram a objetividade do serviço
de internação domiciliar na desospitalização de pacientes com perfil de enfermidades crônicas prolongadas,
para controle de sinais e sintomas eficiente, garantindo a permanência domiciliar e beneficiando pacientes e
seus familiares por meio do alívio do sofrimento nas comorbidades.
Palavras-chave: Crônico; Doenças Crônicas; Internação Domiciliar.
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Hipodermóclise: relato de uma capacitação no Programa Melhor em Casa de Uberlândia/MG
Autores: Silva, ÉCL; Mendes, MM; Pimenta, TF; Sousa, TA; Silva, PL.
Instituição: Prefeitura Municipal de Uberlândia-MG
Introdução: O Programa Melhor em Casa (PMC) de Uberlândia, em Minas Gerais, assiste a pacientes em
condições físicas e clínicas debilitadas. Durante o tratamento medicamentoso, as punções acontecem de forma
dificultosa e os pacientes acabam sofrendo com repetidas tentativas, sendo necessário o uso de métodos alternativos, como a Hipodermóclise (HDC), que consiste em uma terapia subcutânea para infusão de fluídos isotônicos
e/ou medicamentos e reposição hidroeletrolítica e que é também caracterizada por ser uma prática segura e de
fácil manuseio em domicílio. Objetivo: Relatar a experiência da capacitação e implementação da terapia subcutânea
pela equipe do PMC. Métodos: Conforme as características físicas dos pacientes atendidos e em meio à fragilidade
e escassez de acesso venoso, foi realizada uma capacitação da equipe do PMC, em fevereiro 2014, na qual foram
abordados o conceito, as indicações, as contraindicações, as vantagens e desvantagens, as medicações e os fluídos
compatíveis, as possíveis reações e a técnica do procedimento. Resultados: Após a capacitação da equipe, observou-se o aumento das prescrições médicas para a HDC, e os profissionais se mostraram mais seguros em relação
à técnica, o que aumentou o número da realização de punções subcutâneas, maior conforto e facilidade do cuidador/paciente ao manusear a via e analisar possíveis complicações, além de minimizar o sofrimento do paciente em
relação à redução do número de punções. Outro fator relevante é a otimização dos recursos do Sistema Único de
Saúde (SUS), devido ao baixo custo da técnica. Considerações finais: Por meio dos resultados apresentados, verificou-se que o uso da técnica de HDC ocorreu de forma positiva, trazendo benefícios para a assistência domiciliar
do PMC e incentivo para futuros estudos e aperfeiçoamento da técnica profissional.
Palavras-chave: Terapia Subcutânea; Hipodermóclise; Assistência Domiciliar.
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Relatos de familiares sobre experiência do óbito no domicílio
Autores: Hoepfner Junior, H; Langaro, F.
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar da Unimed Joinville/SC
O atendimento em domicílio faz com que a equipe de saúde estabeleça forte vínculo com paciente, família e seu ambiente de convívio. Assim, cada paciente que morre envolve uma família que ainda aguarda por cuidados, de modo que a equipe de saúde ainda possui uma função em aberto diante dela. Frente a esse contexto,
entre 2013 e 2014, foi realizada uma pesquisa com objetivo de investigar vivências de familiares relacionados
aos processos de cuidados em final de vida e de luto. Dos 45 pacientes falecidos, 35,55% estavam no domicílio
e 64,45% no hospital. Nos casos de óbito no domicílio, relatos apontam que esse evento foi vivenciado com
tranquilidade e, na maioria, por opção dos pacientes e familiares. Assim, as famílias, embora experienciassem
tristeza pela perda iminente e dúvidas quanto à sua reação frente à morte, mobilizaram esforços para possibilitar que o paciente falecesse em casa, em seu leito, pois havia sido um pedido dos próprios enfermos. Sobre
o período após o óbito, já em processo de luto, esses mesmos familiares referiram estar tranquilos por terem
feito a vontade dos pacientes em permanecer no domicílio; acreditam que fizeram o melhor, pois os pacientes
“não suportavam a ideia de ir ao hospital”. Contribuíram para o enfrentamento desse evento: apoio nas intercorrências, capacitação para cuidados, orientações sobre como proceder no momento do óbito. Os familiares
destacaram a importância de ter uma equipe de saúde prestando assistência nesse período crítico, pois significou
amparo e segurança. O óbito no domicílio é, assim, um evento que deve ser planejado e pode ocorrer sem riscos
de iatrogenias, principalmente quando é desejo dos familiares e dos pacientes.
Palavras-chave: Óbito; Domicílio; Atenção Domiciliar; Familiares.
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O impacto psicossocial decorrente do agravo do estado de saúde do provedor, com ou
sem vínculo empregatício, de pacientes acompanhados pela equipe do Programa Melhor em Casa
Autores: Vidal, MBS; Biassi, IS; Pinto, BCA; França, EPS; Simões, DB.
Instituição: Hospital Cidade Tiradentes / Organização Social de Saúde (OSS) Santa Marcelina
Reconhece-se que o processo de doença causa impacto no âmbito psicossocial nos pacientes e familiares
que sofrem ao terem ciência do adoecimento do provedor, o qual é alijado do processo produtivo e de contribuição financeira do lar. Fatores extrínsecos, como extrema pobreza e vulnerabilidade social, intensificam a
complexidade da situação das famílias, tornando o paciente mais vulnerável. Em tal cenário, atuam a equipe
multidisciplinar do Programa Melhor em Casa do Hospital Municipal de Cidade Tiradentes, localizado no extremo da zona leste de São Paulo. Diante desse panorama, as demandas emocionais, comportamentais e sociais
se tornam mais delicadas, uma vez que o paciente precisa lidar com as perdas advindas do adoecimento que impactam de forma direta a rotina familiar, o que pode ocasionar alterações psicológicas importantes no paciente.
Dessa forma, o trabalho da equipe do serviço social e psicologia do programa visa encontrar mecanismos de
enfrentamento e ações sociais para que haja o fortalecimento familiar e pessoal, com o objetivo de melhorar a
qualidade de vida para os pacientes e sua família. Foram selecionados cinco casos que exemplificam o trabalho e
orientações fornecidas aos pacientes e seus familiares a fim de minimizar o impacto da perda funcional do provedor da casa. Observa-se por tais ilustrações que o apoio psicológico e social oferecido gerou impacto positivo
aos familiares e pacientes, visto que encontraram recursos com a rede socioassistencial para auxiliá-los em suas
dificuldades financeiras e sociais e que reforçaram positivamente os aspectos psicológicos envolvidos, uma vez
que os pacientes sentem-se mais motivados e aderentes por perceberem sua família segura.
Palavras-chave: Psicossocial; Adoecimento; Provedor; Familiar.
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Acolhimento educativo e biopsicossocial: uma ferramenta para admissão de pacientes
no Programa Melhor em Casa de Uberlândia/MG
Autores: Silva, PL; Rodrigues, IG; Silva, ÉCL; Mendes, MM; Sousa, TA.
Instituição: Prefeitura Municipal de Uberlândia/MG
Introdução: No âmbito da saúde, verifica-se ainda uma cultura hospitalocêntrica, que acarreta limitações
na aceitação da assistência domiciliar e insegurança quanto à efetividade e à continuidade dos cuidados. É necessário o uso de ferramentas para fornecer os devidos esclarecimentos e o suporte às pessoas envolvidas nesse
processo. Objetivo: Relatar experiência de um projeto piloto de acolhimento educativo e biopsicossocial do
Programa Melhor em Casa (PMC) da Prefeitura de Uberlândia, em Minas Gerais. Metodologia: A proposta se
baseia em encontros mensais, realizados por equipe multidisciplinar, com a presença de cuidadores de pacientes recém-admitidos no PMC. Durante a reunião, são abordados temas educativos como: a apresentação do
Programa, normas, relacionamento família e equipe, orientações de cuidados básicos, o fluxo dos atendimentos
em rede de saúde e abertura de espaços para discussões. Resultados: Observou-se a relevância desse projeto
pelo expressivo número de admissões, com média mensal de 74 pacientes, representando 24,6% da capacidade
máxima de atendimento. Constatou-se também uma boa receptividade por parte dos cuidadores por meio do
convite a pensar, falar e expor suas necessidades, criando espaço para reflexão de suas limitações e sofrimentos
e contribuindo na aliança de cuidado compartilhado. Conclusão: A realização do projeto contempla os pilares
básicos de uma boa relação terapêutica que são: acolhimento, escuta, suporte e esclarecimentos, o que contribui
para uma maior segurança e organização no processo de cuidar em domicílio.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Cuidadores; Acolhimento.
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Estratégias utilizadas para orientação de curativo domiciliar no Programa Melhor em
Casa de Uberlândia/MG
Autores: Sousa, TA; Silva, PL; Silva, ÉCL; Rodrigues, N; Mendes, MM.
Instituição: Prefeitura Municipal de Uberlândia/MG
Introdução: O Programa Melhor em Casa (PMC) assiste a diferentes tipos de pacientes, como os que
necessitam de curativos em decorrência das consequências de suas patologias e comorbidades. No período
de julho a agosto de 2014, 47% necessitaram de algum tipo de curativo e 38% possuem úlceras por pressão
(UPP). Na atenção domiciliar, os profissionais especializados devem orientar a técnica de curativo ao cuidador
imediato. Para que fosse efetivo o cuidado das úlceras, as equipes multiprofissionais depositaram extrema confiança nos cuidadores e se dispuseram de instrumentos, muitas vezes lúdicos, para a prescrição dos curativos.
Objetivo: Relatar as estratégias utilizadas na orientação ao acompanhante e/ou cuidadores sobre curativos
domiciliares a pacientes assistidos pelo PMC. Metodologia: A técnica utilizada foi a confecção de prescrições
impressas, explicativas, sistematizadas, desde a higienização até a cobertura adequada para cada lesão e tecido.
Também foram utilizadas ilustrações coloridas a fim de esboçar a úlcera e seus diferentes aspectos, promovendo a identificação dela por meio de cores e formas. Resultados: Constatou-se a melhora das lesões, segundo
evolução observada semanalmente pela equipe multiprofissional; também foi possível verificar a autonomia do
cuidador, fazendo com que ele se sentisse responsável por parte do tratamento. Conclusão: Foram observadas
uma boa receptividade por parte do cuidador ao receber as orientações e uma melhora na comunicação entre
equipe e família, contribuindo, sobremaneira, para o sucesso da estratégia proposta.
Palavras-chave: Curativo; Assistência Domiciliar; Cuidador.
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Processo educativo do idoso que faz uso de anticoagulante oral
Autores: Faro, ACM; Bianchi, ERF; Simonetti, SH.
Instituição: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP)
Introdução: As ações educativas em saúde orientadas pela educação popular contribuem para uma visão
integradora da promoção da saúde, pois trazem para debate a relação do Estado e das políticas públicas com as
questões que envolvem a prevenção e o controle de doenças no contexto da vida cotidiana. A manutenção da
saúde e da autonomia no idoso, identificada como boa qualidade de vida física, mental e social, é o horizonte
desejável para se preservar o potencial de realização e de desenvolvimento nessa fase da vida. O idoso necessita
de informação estruturada para dar continuidade na terapêutica em domicílio. Objetivo: Descrever as ações do
enfermeiro junto aos idosos na manutenção da adesão terapêutica. Método: Estudo descritivo e exploratório
das atividades educativas do enfermeiro do setor de anticoagulação de instituição pública de referência em
cardiologia. Resultados: As ações educativas abrangem: aula expositiva para iniciantes quanto à importância e
forma de adesão à terapêutica, com a utilização do anticoagulante oral; desenvolvimento e construção de um
fôlder educativo e ilustrativo que fornece informações referentes ao conceito, manipulação, principais complicações e resultados da terapêutica indicada. O enfermeiro aborda os idosos, tanto de forma coletiva como na
consulta de enfermagem, de forma individualizada. Conclusão: As ações educativas realizadas pelo enfermeiro
impactam de maneira direta nas necessidades, nas atividades de vida diária e fortalece a autonomia, diminuindo
as complicações e custos pessoais. O enfermeiro é uma força vital no desenvolvimento da adesão do idoso na
terapia de anticoagulação.
Palavras-chave: Idoso; Assistência Domiciliar; Enfermagem.
E-mail: [email protected]
Treinamento do cuidador dos pacientes em pós-operatório ortopédico no domicílio
Autores: Araújo, CM; Pires, VG; Oliveira, LAM; Silva, MS; Carvalho, MOVCD.
Instituição: Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (INTO)
O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) destaca-se como um centro de referência no
tratamento de doenças e traumas ortopédicos de média e alta complexidade. O atendimento domiciliar assume
um lugar cada vez mais significativo nos sistemas de cuidados à saúde nessa instituição. Atualmente, o período
de internação do paciente em pós-operatório ortopédico tem sido bastante reduzido, ocorrendo no ambiente
doméstico grande parte da sua recuperação cirúrgica, e a visita domiciliar é um recurso utilizado para prestar
assistência de qualidade aos pacientes. A educação em saúde e a promoção da independência do cliente são
os principais objetivos do cuidado domiciliar, e o treinamento do cuidador no domicílio compreende uma das
atividades mais importantes desenvolvidas pela equipe de atendimento domiciliar do INTO, a qual é composta
por 21 enfermeiros, dez fisioterapeutas, um terapeuta ocupacional e quatro assistentes sociais. A reabilitação,
pelos seus princípios e prática multidisciplinar, proporciona ao binômio paciente-família a melhor independência possível. O treinamento do cuidador aborda orientações sobre a rotina da Unidade de Atendimento
Domiciliar (UDOMI), cuidados com higiene, alimentação, hidratação, administração de medicamentos, ensino
e estímulo para realização dos exercícios fisioterápicos, mobilidade, correções ou adequações para adaptação
do paciente ao ambiente domiciliar, respeitando os valores e condições socioeconômicas familiares, condutas
nas situações de emergência, prevenção de úlceras por pressão, quedas, trombose venosa profunda, infecções
e luxações, orientações sobre benefícios previdenciários, aposentadoria, pensões e seguro DPVAT e referência
para outras unidades de saúde. Além de contribuir para a educação em saúde, a visita domiciliar cumpre com
o papel de reforçar no paciente e em seus cuidadores a importância de uma rede de suporte familiar e social.
Palavras-chave: Visita Domiciliar; Reabilitação; Capacitação.
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O processo de luto pela perda de um filho em uma idosa cuidadora de um paciente
crônico
Autores: Gomes, SS; Laham, CF; Ferrari, S; Jacob Filho, W; Lucia, MCS.
Instituição: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP)
Diante do aumento de idosos e da prevalência de doenças crônicas, a assistência domiciliar (AD) é opção de atendimento a essa população. Não raro, o cuidador, que é também idoso, passa por diversas situações
de perda que requerem o trabalho de luto. O objetivo deste trabalho foi compreender o processo de luto pela
perda de um filho em uma idosa cuidadora de paciente crônico, acompanhado por serviço de AD de um
hospital público terciário de São Paulo. Realizou-se estudo de caso após 16 sessões de psicoterapia breve no
domicílio com cuidadora do marido atendido pelo serviço de AD. O luto ocorreu pela perda do filho do casal.
Compreendeu-se o luto como um processo permeado de dor e de apego, especialmente devido ao intenso
vínculo estabelecido entre mãe e filho, à falta de representação para essa perda e à ocorrência da situação em
meio às perdas do envelhecimento. O fato de cuidar do esposo parece ter sido importante para dar sentido à
vida da cuidadora após a perda do filho. Constatou-se que o processo de luto não tem tempo definido, e sua
não elaboração, nesse caso, parece não ter acarretado a melancolia, como postulada por Freud. O psicólogo,
parte da equipe multiprofissional, foi importante por proporcionar a escuta diferenciada e a intervenção para
um sofrimento que influenciava a situação de cuidados. Concluiu-se que o trabalho de luto, na perda desse filho,
foi lento e parcial, sobretudo por tratar-se de uma perda abrupta. Foi possível verificar a função de cuidadora
como fator positivo e a psicoterapia como possível auxílio na nomeação dessa perda, principalmente frente às
exigências sociais atuais de combate à tristeza.
Palavras-chave: Luto; Idoso; Cuidadores.
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Papel do cuidador na intervenção fisioterapêutica domiciliar
Autores: Mestriner, TT; Bernardes, IM; Marin, MAS; Chayamiti, EMPC.
Instituição: Secretaria Municipal da Saúde Ribeirão Preto/SP
Introdução: A melhora da expectativa de vida no mundo aumentou o número de pessoas apresentando
doenças crônico-degenerativas, como hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, com a ocorrência de
casos de isquemia ou hemorragia cerebral e amputação. O cuidador está diretamente envolvido nos cuidados
do paciente, necessitando esclarecer dúvidas e ter suporte da equipe multidisciplinar para que seja possível sua
contribuição. Objetivos: Verificar os efeitos do programa de reabilitação funcional, associado a orientações
domiciliárias específicas na abordagem terapêutica de pacientes com sequelas de diabetes. Materiais e Métodos:
A funcionalidade do paciente foi concedida por meio de testes de função muscular, perimetria do coto, goniometria do joelho esquerdo, fortalecimento de quadríceps, isquiotibiais e MMSS, descarga de peso em posição
ortostática, treino de marcha com andador e prótese transtibial. A cuidadora foi orientada nos cuidados gerais.
Resultados: Relato de caso de L.C.C., com 67 anos, hipertenso, vítima de cirurgia vascular, amputação transtibial
na perna esquerda, edema no pé direito, úlceras por pressão em região sacral e calcâneo direito, traqueostomizado, uso de sonda nasogástrica (SNG), recebeu atendimento fisioterapêutico. A fisioterapia domiciliar e a
cuidadora foram fundamentais para que o paciente evoluísse para excelente prognóstico. No momento da alta
domiciliar, observou-se evolução do aspecto clínico/funcional geral, retirada de traqueostomia e SNG, cicatrização das lesões, coto esquerdo já protetizado, deambulando com auxílio de andador, apresentando controle
de musculatura de tronco, amplitude de movimento e força em membros superiores preservadas. A sobrecarga
vivenciada pela cuidadora foi eliminada, já que o paciente apresentou melhora no seu estado funcional. Conclusão: Os resultados foram positivos, com intervenção da equipe multidisciplinar, no enfoque fisioterapêutico
domiciliar quanto ao nível de funcionalidade do paciente e ao papel exercido pela cuidadora.
Palavras-chave: Diabetes Mellitus; Cuidadora; Fisioterapia Domiciliar.
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Laser de baixa potência no tratamento de radiodermatite em pacientes traqueostomizados atendidos em assistência domiciliar da unidade de cuidados paliativos do Hospital da Cruz Vermelha filial Barra do Piraí/RJ
Autores: Nascimento, HF; D’Almeida, J; Esperança, R.
Instituição: Hospital Cruz Vermelha, filial do município de Barra do Piraí/RJ
As dermatites são caracterizadas por lesões agudas ou crônicas, primárias ou secundárias, com perda de
integridade da pele periestoma. A radioterapia leva a uma vulnerabilidade da pele, precipitando o aparecimento de alterações, tais como: eritema ou irritação, erosão, pústulas e até ulcerações. Todos os sintomas podem
levar do grande desconforto de dor até a parada do tratamento anticâncer para total cicatrização das feridas
formadas. O laser de baixa potência (LBP) é uma das modalidades bioestimulantes mais utilizadas em reabilitação com resultados positivos sem efeitos colaterais. Dentre os inúmeros efeitos desencadeados pela aplicação
da radiação laser em feridas, podemos destacar: o aumento do número de células no tecido de granulação, o
aumento na produção de ATP celular, neoformação de vasos, aumento na produção de fibras de colágeno e
ação sobre mediadores químicos que agem sobre a permeabilidade vascular. Foram tratados dois pacientes
com carcinoma de células escamosas em região orofaríngea, traqueostomizados, submetidos à radioterapia, que
apresentaram durante o tratamento os sinais e os sintomas de radiodermatite. Eles foram tratados com LBP de
diodo (100mW), 4J de energia e com comprimentos de onda (660/808nm) concomitantes, pelo tempo de 40s
em modo varredura. O LBP foi utilizado a parir da oitava sessão de radioterapia até oito dias pós-radioterapia,
com total de 38 sessões diárias, excluindo sábado/domingo. Concluímos que a LBP acelerou o processo de
cicatrização, redução da dor, edema e do processo inflamatório, impedindo, assim, a interrupção do tratamento
oncológico e proporcionando alívio do desconforto dos sinais e sintomas.
Palavras-chave: Dermatite; Radioterapia; Traqueostomia; Laserterapia.
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Experiência em atendimento a crianças e adolescentes no Programa Melhor em Casa
de Angra dos Reis
Autores: Lisboa, AN; Muniz, RA; Cruz, CSC; Parente, MS; Vieira, DKR.
Instituição: Fundação de Saúde de Angra dos Reis/RJ (FUSAR)
Com a mudança no perfil de morbimortalidade, crianças e adolescentes com doenças crônicas e dependentes
de tecnologia vêm sobrevivendo e necessitando de estratégias de acompanhamento à saúde. Parte desses pacientes
demanda assistência domiciliar e preenche critérios do Ministério da Saúde para inclusão no Programa Melhor em
Casa. O objetivo deste trabalho é descrever o perfil epidemiológico de pacientes atendidos no Programa em Angra
dos Reis, no Rio de Janeiro, entre junho de 2013 e setembro de 2014, na idade de 0 a 18 anos. As variáveis avaliadas
foram: sexo, idade, tempo de acompanhamento, diagnóstico, dependência de tecnologias, número de internações,
desfecho do seguimento. Nossos resultados mostraram o acompanhamento de seis pacientes, sendo dois menores
de 1 ano, dois de 1 a 10 anos e dois de 10 a 18 anos. Em relação ao sexo, quatro pacientes eram masculinos e dois
femininos. Os diagnósticos encontrados foram: um paciente com distrofia muscular de Duchenne, um paciente
com amiotrofia espinhal do tipo 1, dois pacientes com sequela de asfixia perinatal, um paciente com sequela de
traumatismo crânio-encefálico e um paciente com hipertensão pulmonar e lúpus eritematoso sistêmico. Em relação à dependência de tecnologia, quatro pacientes eram traqueostomizados, quatro eram gastrostomizados, dois
pacientes usavam oxigênio domiciliar e um paciente necessitava de suporte ventilatório. Durante o acompanhamento, quatro pacientes não necessitaram de internação. Em relação ao desfecho, quatro pacientes foram a óbito
e dois seguem em acompanhamento. A experiência de Angra dos Reis revela que é possível acompanhar pacientes
pediátricos em assistência domiciliar no Sistema Único de Saúde (SUS), contribuindo para humanização da assistência, redução das internações e infecções hospitalares e a melhoria da qualidade de vida de pacientes e famílias.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Crianças; Perfil.
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Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
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Relato assistencial: pacientes portadores de úlceras por pressão atendidos no serviço
domiciliar por operadora de saúde privada no município de João Pessoa/PB
Autores: Gois, GC; Araújo, EMNF; Holanda, AR.
Instituição: Associação dos Auditores Fiscais do Estado da Paraíba
Introdução: O perfil prevalente da população deste estudo são idosos acometidos por patologias crônicas, como diabetes, hipertensão e doença de Alzheimer, as quais predispõem esses indivíduos a desenvolver
úlcera por pressão. Essa lesão da pele é ocasionada por circulação sanguínea diminuída na área afetada e, consequentemente, leva à morte celular e necrose do tecido. Esses pacientes com ferida na pele utilizam recursos
variados na rede de cuidados e podem passar pelos três níveis de atenção: primária, secundária e terciária. Porém é o nível primário na assistência domiciliar que obtém a melhor qualidade de cuidados devido à redução
dos riscos de infecção, por disponibilizar de um conforto satisfatório no seu lar, já que é um ambiente de seu
convívio e com pouca utilização de tecnologias para seu tratamento. Objetivo: Relatar a assistência prestada aos
pacientes portadores de úlceras por pressão, atendidos pelo serviço domiciliar, beneficiários da operadora de
saúde no município de João Pessoa, na Paraíba. Metodologia: Foi realizada visita em domicílio aos pacientes,
fez-se a evolução no prontuário do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) e, para sistematizar o processo
de enfermagem, foram utilizados impressos constantes no protocolo do serviço. Conclusão: Evidenciou-se que
a atenção básica por meio de visitas domiciliares é imprescindível para o cuidado dos idosos com movimentação restrita ao leito, tanto para avaliação da pele do idoso como para a cicatrização das úlceras, sendo, assim,
de fundamental importância à assistência de toda equipe envolvida no cuidado especialmente do enfermeiro.
O diagnóstico precoce da lesão e o tratamento adequado proporcionam uma melhor qualidade de vida aos
beneficiários e a cura desejada.
Palavras-chave: Úlcera por Pressão; Idosos; Atendimento Domiciliar.
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Oximetria de pulso portátil como critério objetivo para utilização de oxigenoterapia
domiciliar
Autores: Lisboa, AN; Soares, NAK; Cabral, CC; Nogueira, LF; Santos, AC.
Instituição: Fundação de Saúde de Angra dos Reis/RJ (FUSAR)
O Programa Melhor em Casa de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, recebe pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), internados, frequentemente, por dispneia. Muitas vezes, eles recebem
alta hospitalar com indicação de oxigenoterapia domiciliar sem, no entanto, haver monitoramento e critérios
claros de utilização desse gás. Este trabalho objetiva relatar a experiência do acompanhamento domiciliar do
paciente J.A., 63 anos, portador de enfisema pulmonar. No ano anterior à entrada no Programa, foram diversos
os atendimentos de emergência devido à descompensação do quadro pulmonar. Na primeira visita, apresentava
SO2 de 76%, frequência respiratória de 26 ipm e pulso de 103 bpm. Usava antibioticoterapia oral e nebulização. O oxigênio estava sendo usado de forma contínua (inclusive durante o repouso) de acordo com critérios
subjetivos e sem parâmetro de retirada. Mesmo após a resolução do processo infeccioso pós-antibioticoterapia
e a estagnação do quadro, a utilização do O2 mantinha-se indiscriminada. Sabendo-se que o uso excessivo de
oxigênio em pacientes retentores pode ser danoso sem agregar benefício, optou-se pelo desenho de um projeto terapêutico singular que pudesse empoderar a família e o próprio paciente no manejo do O2, com base
na oximetria de pulso e em critérios objetivos individualizados baseados na resposta clínica. Assim, indicou-se
a suplementação de O2 apenas quando a saturação estivesse abaixo de 84% ou quando do aparecimento de
sintomatologia respiratória, principalmente na realização de atividades de vida diária que demandassem maior
consumo de O2, como tomar banho. O fluxo prescrito foi 2L/min por até 20 minutos. Contrastando com dados bibliográficos, observou-se que, após três semanas, o uso suplementar de oxigênio pelo paciente decresceu
de oito vezes (ou uso contínuo) para, em média, duas vezes por dia, sendo ainda menor no repouso.
Palavras-chave: Oxigenoterapia Domiciliar; Monitoramento; Oximetria.
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Revista Brasileira de Atenção Domiciliar
Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
Acompanhamento fisioterapêutico domiciliar em paciente portadora de miopatia mitocondrial (MM)
Autores: Aureliano, AS; Santos, CX; Torelli, JD; Perestrelo, AFR; Bernardo, FO.
Instituição: Faculdade Santa Marcelina
Introdução: Miopatias mitocondriais (MMs) são consideradas desordens genéticas que podem comprometer diversos órgãos, com maior frequência o sistema nervoso central e a musculatura esquelética cardíaca,
nos quais o metabolismo energético oxidativo torna-se reduzido. São consideradas raras, e os estudos, muito limitados em sua abordagem fisioterapêutica. A fisioterapia apresenta papel importante no retardo dos agravos e
na manutenção das funções vitais, especialmente em domicílio, considerando a qualidade de vida e a prevenção
de infecções. Objetivo: Descrever a prática do acompanhamento fisioterapêutico domiciliar de uma paciente
com MM. Metodologia: Por meio de relato de caso, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e de utilização de imagem. Resultados/Discussão: Paciente de 33 anos, sexo feminino, diagnosticada
há quatro anos com MM, manteve período de hospitalização por três anos e recebeu alta com indicação de
fisioterapia domiciliar. Apresenta-se traqueostomizada sob ventilação mecânica não invasiva (BiPAP) contínua.
Foram realizadas perimetria, avaliação de forma muscular e respiratória com Voldyne. Em relação à conduta,
foram realizados alongamento dos principais grupos musculares, exercícios passivos e isométricos dos membros superiores e inferiores, levando-se em conta a fadiga muscular excessiva, e fisioterapia respiratória, com
manobras de higiene brônquica e manobras de reexpansão pulmonar. Ainda em atendimento, a paciente apresentou melhora nos parâmetros da perimetria, manteve-se no máximo 40 minutos fora do suporte ventilatório
de forma confortável com achados monitorados (saturação, frequência cardíaca e coloração de pele), podendo
permanecer em tratamento domiciliar sem necessidade de reinternações. Conclusão: O trabalho permite perceber a importância do acompanhamento domiciliar em pacientes com MM na permanência em ambiente domiciliar, visto que há diminuição dos riscos de infecção, além de tornar o tratamento mais próximo da família.
Palavras-chave: Miopatia Mitocondrial; Fisioterapia; Atenção Domiciliar.
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Atenção farmacêutica domiciliar a pacientes idosos e hipertensos do bairro Vila Tupi
na cidade de Praia Grande/SP
Autor: Pereira, JS.
Instituição: Universidade Santa Cecília de Santos/SP
Introdução: Devido às mudanças fisiológicas, como diminuição de massa muscular e de água corporal,
metabolização hepática e renal, as propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas nos idosos ficam comprometidas, o que leva ao maior acúmulo de medicamento e a reações adversas. A hipertensão arterial é uma doença crônica insidiosa, de longa duração, na maior parte do tempo assintomática, fato que induz muitas pessoas
a não se reconhecerem como doentes. A atenção farmacêutica pode ser considerada como a responsabilidade
da farmacoterapia na obtenção de resultados clínicos para melhoria da qualidade de vida do paciente. Objetivo:
O trabalho tem como objetivo a atenção farmacêutica a pacientes idosos e hipertensos do bairro Vila Tupi na
cidade de Praia Grande, Estado de São Paulo. Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo intervencionista
no domicílio de 75 idosos com idade igual ou superior a 60 anos, portadores de hipertensão arterial, localizado
no bairro Vila Tupi, na cidade Praia Grande. Aplicaram-se o termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o
questionário com nove perguntas, além da aferição da pressão arterial e da administração e armazenagem dos
medicamentos. Conclusão: Tendo em vista a dificuldade apresentada pelos pacientes, ficou clara a importância
do farmacêutico no auxílio, principalmente, em domicílio, pois permite a melhora na adesão ao tratamento e na
diminuição dos problemas relacionados aos pacientes.
Palavras-chave: Idoso; Hipertensão Arterial; Atenção Farmacêutica Domiciliar.
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Projeto Reformando Vidas
Autores: Zaicaner, R; Santos, IF; Minei, N; Araújo, RC; Gressler, CA.
Instituição: Programa de Assistência Domiciliar (PAD) da Prefeitura de Taboão da Serra/SP
Introdução: O Programa de Assistência Domiciliar (PAD) do município de Taboão da Serra, Estado
de São Paulo, conta com um número grande de pacientes sequelados e vítimas de acidentes, o que resulta em
incapacidade motora. Avaliando isso, por meio das visitas realizadas, observamos a necessidade de um projeto
que viabilizasse essas incapacidades, promovendo uma melhora da qualidade de vida e uma melhor autoestima. Observamos também a necessidade de orientar os cuidadores e/ou familiares sobre os cuidados a serem
realizados. Objetivos: Promover uma maior independência e autoestima de pacientes sequelados de acidente
vascular encefálico (AVE) e/ou com perda de mobilidade física por meio de pequenas adaptações no domicílio.
Metodologia: Foram levantados 30 pacientes para projeto piloto e realizada pesquisa por intermédio de questionário para identificação de necessidades em cada domicílio. As necessidades encontradas foram discutidas
em equipe multiprofissional, composta por enfermeiro, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e engenheiro.
Posteriormente, foi elaborada uma planilha com os equipamentos que seriam fornecidos pelo projeto e foi
estabelecida parceria com a Igreja de Jesus Cristo dos Santos Últimos Dias, que providenciou a aquisição do
material para viabilização do projeto. Resultado: Os 30 pacientes inscritos no projeto foram beneficiados com
a aquisição total de 62 barras de segurança e 22 elevadores de assentos sanitários, viabilizando o processo de
reabilitação. Os equipamentos foram entregues em domicílio e instalados pela equipe do PAD e parceiros da
Igreja. Conclusão: Destacamos que o Projeto Reformando Vidas teve como maior benefício a motivação e o
incentivo na qualidade de vida para nossos pacientes e famílias, além de uma nova perspectiva gerada na equipe
multidisciplinar para novos projetos, visando sempre melhor parceria entre PAD e Igreja e ampliando o atendimento para além da assistência domiciliar terapêutica.
Palavras-chave: Projeto Reformando Vidas; Parceria; Identificar Necessidades.
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A relevância da imunização para a longevidade e a necessária anuência de indivíduos
do Programa Acompanhante de Idosos
Autores: Rodrigues, CL; Kobiraki, CM; Lúcio, LM; Gonçalves, SEM; Lodovici, FMM; Iannarelli, M.
Instituição: Associação Saúde da Família de São Paulo
A vacina tem, por meio da imunização, atestado efeitos de proteção imunológica contra determinadas doenças infecciosas, ao aumentar a resistência do organismo humano. Um grupo de risco, tal como o dos idosos, por
sua vulnerabilidade aos vírus da gripe, precisa aderir efetivamente às campanhas de imunização anual. Atualmente,
ainda se registra uma baixa adesão desse público à aplicação, o que eleva o número de internações hospitalares,
complicações e óbitos decorrentes de gripes sazonais. Neste estudo, apresentamos dados de um levantamento,
feito em 2014, durante a campanha de vacinação contra a Influenza, sob a anuência, ou não, de um grupo de 108
pessoas atendidas pelo Programa Acompanhante de Idosos, da região Centro-Oeste do município de São Paulo.
Verificamos o número de idosos anuentes e não anuentes à campanha de vacinação, suas possíveis queixas às reações adversas, aos mitos e aos preconceitos sobre a vacina e relatamos a ação da equipe na conscientização para
esclarecimento das dúvidas e fornecimento de informações baseadas em evidências científicas. Os dados foram
obtidos por meio de entrevistas realizadas com idosos do Programa Acompanhante de Idosos, que foram analisados segundo autores incluídos na revisão da literatura. A imunização domiciliar foi feita em idosos com dificuldade
de ir à Unidade Básica de Saúde (UBS) a fim de facilitar-lhes o acesso à vacina. Ao escutar os idosos, foi possível
analisar os motivos de sua não adesão à campanha de vacinação contra a Influenza e criar, em seguida, ferramentas
para conscientização da importância dessas ações, esclarecendo e afastando os mitos.
Palavras-chave: Vacina; Idoso; Influenza.
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Revista Brasileira de Atenção Domiciliar
Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
Reabilitação domiciliar pós-TCE grave: relato de caso
Autores: Caravaggi, S; Bonini, MV; Colombo, AS; Zenaro, MP; Nascimento, KG; Valente, IAT; Yamamoto, FA;
Sakurada, C.
Instituição: Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP)
Introdução: O traumatismo cranioencefálico (TCE) é qualquer agressão traumática que acarrete comprometimento anatômico ou funcional do couro cabeludo, crânio, meninges, encéfalo ou seus vasos. Pode ocasionar
sequelas motoras, cognitivas e disfagia. Imobilização prolongada associada à disfagia aumenta o risco de pneumonias, minimizando as possibilidades de reabilitação. A disfagia ocorre em 25 a 61% dos casos, variando de acordo
com a gravidade, estado cognitivo e ventilatório. A atenção domiciliar minimiza os riscos de infecções, favorece interação familiar e adequação dos objetivos terapêuticos ao ambiente. Objetivo: Apresentar acompanhamento domiciliar fonoaudiológico e fisioterapêutico de paciente pós-TCE grave. Resultados: Relato de caso de uma paciente
de 63 anos, gênero feminino, diarista, vítima de atropelamento, incluída no Programa de Assistência Domiciliária
(PAD) após cinco meses de internação hospitalar. Na visita inicial, a paciente estava com traqueostomia metálica
e alimentação exclusivamente por gastrostomia. Com escala de coma de Glasgow 10T, utilizava-se do olhar e da
flexão de quirodáctilos para comunicar-se. A reabilitação objetivou, inicialmente, minimizar complicações pela
imobilização prolongada e realizar a decanulação da traqueostomia. Após melhoras cognitiva e motora, foram
ampliados os objetivos para reintrodução de dieta via oral, adequação da fonação, estimulação da comunicação,
ganho de força muscular e treino de transferências/equilíbrio. Após dez meses de acompanhamento, variando de
semanal a quinzenal, foi possível a decanulação da traqueostomia, retomada parcial de dieta via oral, melhora da
capacidade pneumofonoarticulatória e da mobilidade global, permitindo auxiliar nas mudanças de decúbito. Conclusão: A abordagem interdisciplinar, associada à coparticipação familiar, proporcionou estabilidade do quadro
clínico e maior interação com o ambiente, otimizando os cuidados no domicílio.
Palavras-chave: Atenção Domiciliar; Reabilitação; TCE.
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Evolução do estado nutricional de paciente em terapia nutricional enteral domiciliar:
relato de caso
Autor: Souza, MD.
Instituição: Prefeitura de São Paulo
Introdução: Devido à ampliação da assistência domiciliar, a terapia nutricional enteral domiciliar (TNED)
tem sido mais indicada como tratamento a pacientes ao utilizar fórmulas artesanais, mistas ou industrializadas. O
alto custo das últimas as torna inacessíveis à maioria da população. Objetivo: Relatar a evolução do estado nutricional de uma paciente em TNED atendida por Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD) da região de
São Mateus, em São Paulo. Métodos: Dados das avaliações nutricionais realizadas (índice de massa corporal – IMC
–, com peso e altura estimados pelas equações de Chumlea et al., circunferências de braço e panturrilha medidas
com fita métrica inelástica e prega cutânea tricipital com adipômetro digital científico) e das condutas nutricionais
foram obtidos por consulta ao prontuário utilizado pelos profissionais da equipe. Foi realizada revisão de literatura
nas bases de dados Scielo e Medline com os termos: terapia nutricional, nutrição enteral e assistência domiciliar.
Resultados e Discussão: Paciente de 77 anos, com sequela de acidente vascular encefálico (AVE) há três anos. No
início do acompanhamento, encontrava-se desnutrida (IMC=16,98Kg/m2) e mantinha TNED com dieta artesanal. Foi encaminhada solicitação de dieta industrializada ao Sistema Único de Saúde (SUS), iniciando três meses
depois com dieta normocalórica, normoproteica, 1,0kcal/ml, 255ml seis vezes ao dia. Observou-se ganho de
12,1kg no período de 11 meses de acompanhamento, com aumento em todas as medidas antropométricas. Essa
melhora refletiu no estado geral da paciente e auxiliou na atuação dos outros profissionais. Conclusão: Conclui-se
que houve melhora no estado nutricional da paciente após o início da dieta industrializada. As vantagens do uso
desse tipo de dieta justificam a importância da disponibilização para os pacientes em TNED.
Palavras-chave: Terapia Nutricional; Nutrição Enteral; Assistência Domiciliar.
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Criação de álbum de memória autobiográfica em paciente com esclerose lateral amiotrófica no Programa Melhor em Casa do Hospital Municipal Dr. Moyses Deutsch do
M’Boi Mirim
Autor: Rubio, ME.
Instituição: Hospital Municipal Dr. Moyses Deustch do M’Boi Mirim na cidade de São Paulo
A esclerose lateral amiotrófica enquanto quadro neurológico que compromete os movimentos, e não a
capacidade intelectual, é um desafio maior ainda na atuação psicoterápica, pois depende da comunicação verbal
do paciente para poder atuar. A equipe de psicologia do atendimento domiciliar do Hospital Municipal Dr.
Moyses Deutch, por meio de uma forma alternativa de comunicação, desenvolveu maior proximidade com o
estado emocional da paciente. Com a prancha de comunicação alternativa confeccionada, foi proposto como
atividade psicoterapêutica, por intermédio de recortes de revistas e de jornais, resgatar o histórico e os momentos significativos da paciente, estimulando-a em suas lembranças e relatos. Criou-se, assim, um álbum de
memórias para que, em cada sessão, ela pudesse expressar os sentimentos na época, trazendo-os para a atual
realidade e registrando também para a família essa lembrança criada por ela mesma. Dentre todos os impactos,
o resgate do passado com amenização das dificuldades do presente foi a mais apontada pela equipe de psicologia com a própria paciente.
Palavras-chave: Sentimento; Comunicação Alternativa; Álbum de Memórias.
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O grupo de cuidadores como abordagem acolhedora e interventiva no Programa Melhor em Casa do Hospital Municipal Dr. Moyses Deutsch do M’Boi Mirim
Autores: Aizawa, MM; Rubio, ME.
Instituição: Hospital Municipal Dr. Moyses Deustch do M’Boi Mirim na cidade de São Paulo
O Programa Melhor em Casa tem como uma de suas diretrizes o grupo de cuidadores. O atendimento
domiciliar do Hospital Municipal Dr. Moyses Deustsch do M’Boi Mirim, na cidade de São Paulo, teve o primeiro encontro em dezembro de 2012 e assim segue com encontros mensais. Foi iniciado com a proposta de aulas
educativas temáticas sobre o cuidar no domicílio (úlceras por pressão, feridas, gastrostomia, sonda nasoenteral e
mobilização), ou seja, orientar sobre a assistência adequada. Porém, com o tempo, foi identificada a necessidade
de ser um encontro que significasse um momento de troca de experiência, reflexão, sensibilização e solidariedade entre eles. A partir de fevereiro de 2014, a estrutura do grupo se alterou, tendo como objetivo acolher,
desenvolver o fortalecimento do autocuidado, aproximar o vínculo entre equipe e cuidadores e estimular rede
de apoio entre os participantes. São realizadas dinâmicas, atividades de ginástica laboral e apresentação de vídeos motivacionais. O grupo tem a participação de toda equipe interdisciplinar (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionista, fonoaudióloga, assistente social e psicóloga, além do administrativo). Os cuidadores são
convidados durante as visitas e recebem o convite impresso; vale ressaltar que a participação é voluntária. Nesse
novo formato de grupo, foram realizados até o momento oito encontros com a participação de 66 cuidadores.
A equipe avalia que o grupo é um local potente para desenvolver atividades construtivas e terapêuticas de autoestima, sobrecarga, alteridade, dificuldades, estresse, comunicação, entre outros. Observou-se que, por meio da
participação assídua, há um diferencial no enfrentamento da situação de cuidados, reconhecidos mediante os
depoimentos e as melhorias em sua qualidade de vida.
Palavras-chave: Cuidador; Grupo Terapêutico; Acolhimento.
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Parceria hospitalar na captação segura de pacientes colonizados/ infectados com multi-R e particularidades na sua assistência no Programa Melhor em Casa – OSS Hospital
Cidade Tiradentes
Autores: Pinto, BCA; Biassi, IS.
Instituição: Hospital Cidade Tiradentes / Organização Social de Saúde (OSS) Santa Marcelina
No Programa Melhor em Casa, a atenção domiciliar está fundamentada no trabalho interdisciplinar, com
foco na educação em saúde e na busca de autonomia do cuidador e do paciente, e conta com a parceria da equipe do Setor de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), do Hospital Cidade Tiradentes, para que seja realizada
a assistência com segurança e com qualidade, permitindo, assim, uma melhora da equipe que realiza os cuidados
e também na qualidade de vida do paciente. Aproximadamente 10% dos pacientes hospitalizados infectam-se
frequentemente em consequência de procedimentos invasivos ou de terapia imunossupressora. Em ambiente
hospitalar, comumente podemos encontrar paciente colonizado por alguma bactéria multirresistente, o que
pode agravar o quadro de saúde dele. Para tanto, é necessário um cuidado especial com o paciente e com os
profissionais envolvidos na assistência. Em ambiente domiciliar, o uso de Equipamento de Proteção Individual
(EPI) é muito importante porque protege o colaborador. A higiene correta das mãos é a principal precaução-padrão, devendo ser realizada antes e após o atendimento, no contato ambiente x paciente e a cada troca de
luva. Este trabalho tem como objetivo relatar a implantação do controle de captação de pacientes multi-R em
Programa Melhor em Casa. Para tanto, é realizada uma rotina de solicitação de avaliação de paciente colonizado com preenchimento de ficha de identificação. Com isso, a parceria SCIH na captação segura contribui para
diminuição de reinternação e para a reabilitação do paciente em domicílio. Ainda no ambiente hospitalar, realizam-se a identificação e a tomada de conduta para a melhora clínica e os cuidados com o paciente no domicílio,
destacando a importância de EPIs e precaução-padrão.
Palavras-chave: Assistência; Pacientes Colonizados; Multi-R.
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Atenção domiciliar como observatório vivo da rede de saúde
Autores: Feuerwerker, LCM; Pereira, PBA.
Instituição: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP)
Introdução: No Sistema Único de Saúde (SUS), apesar de muito falada, a operacionalização da ideia de rede
ainda é muito tímida, calcada, principalmente, em medidas burocráticas. As estratégias para a construção de rede,
geralmente, implicam apenas no conhecimento da existência dos serviços e no estabelecimento de regras de convivência. Na atenção domiciliar (AD), isso não é diferente. A ideia de rede se manifesta na AD por sua necessidade
intrínseca de articulação, uma vez que, para produzir o cuidado necessário, é preciso criar conexão com todos os
pontos da rede de atenção à saúde, o que implica em construir arranjos e conexões com outros serviços de saúde
e com atores e instituições extrassetoriais. Dessa forma, a AD pode ser tomada como um observatório vivo dos
conflitos e tensões que acontecem diariamente no sistema de saúde, bem como dar visibilidade aos vazios assistenciais ativamente produzidos. Objetivo: Tomar a AD como observatório vivo da rede de saúde. Metodologia:
Pesquisa qualitativa de abordagem cartográfica, parte da dissertação de mestrado, em que foram construídos analisadores sobre apostas e desafios na AD a partir da imersão em três serviços de AD âmbito do SUS. Resultados: A
AD enquanto observatório vivo da rede deu visibilidade a limites da atenção básica para produzir a intensividade
necessária aos cuidados de vários casos, como os vazios assistenciais no campo da reabilitação, com insuficiência
de profissionais, transporte e materiais. Conclusão: A AD pode ser um importante dispositivo para dar visibilidade
aos gargalos, apostas e desafios existentes na rede, tais como os vazios assistenciais produzidos no cotidiano dos
serviços. Também pode se tornar um dispositivo interessante para a criação de estratégias que possibilitem a construção de corresponsabilidade e de compartilhamento do cuidado.
Palavras-chave: Atenção Domiciliar; Rede de Saúde; Vazio Assistencial; Produção de Cuidado.
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Procedimento operacional padrão (POP) para ação da fonoaudiologia na assistência
domiciliar
Autores: Souza, LAP; Ferreira, RM; Duarte, MJF.
Instituição: Hospital Santa Paula
Introdução: Este trabalho surgiu da necessidade em padronizar as rotinas da fonoaudiologia no âmbito
domiciliar, com vistas a uma melhor qualificação dos serviços. Sabe-se que os programas de qualidade preconizam o estabelecimento de padrões de trabalho voltados ao atendimento das necessidades dos pacientes e seus
familiares. Tal padronização é um eixo central no gerenciamento da qualidade dos serviços prestados na assistência domiciliar, o que contemplamos, na fonoaudiologia, por meio de protocolos de avaliação e tratamento. A
presente pesquisa analisou a implementação de procedimentos operacionais padrão (POPs) para as atividades
realizadas no setor de fonoaudiologia, com o objetivo de maior eficiência e eficácia no processo de avaliação e
de reabilitação dos pacientes, a partir das normas de gestão de qualidade do serviço, inclusive introduzir alterações e aprimoramentos, quando necessários, para acompanhar progressos técnico-científicos e contribuir com
o desenvolvimento das atividades de rotina da prática clínica da equipe de saúde. Objetivo: Analisar o uso de
protocolos no atendimento domiciliar para sistematizar a assistência da fonoaudiologia, bem como suas relações e processos de trabalho na equipe multiprofissional de saúde. Metodologia: Levantamento dos protocolos
da fonoaudiologia utilizados com pacientes em acompanhamento domiciliar, análise dos resultados de seus
usos e elaboração de eventuais sugestões de revisão e aprimoramento. Resultados: A implementação dos procedimentos operacionais na sistematização da assistência fonoaudiológica mostrou a necessidade de adequações
e formulação de instruções para equipe multidisciplinar, auxiliando na otimização do uso dos protocolos na
assistência. Conclusão: A utilização dos POPs pela fonoaudiologia tem possibilitado a padronização e a otimização de ações, inclusive nas realizadas com a equipe multidisciplinar em âmbito domiciliar, contribuindo com
a qualidade da assistência à saúde ofertada.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Procedimento Operacional Padrão; Equipe Multidisciplinar.
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Análise epidemiológica de UPP, resultados, abordagem multiprofissional e evolução
das lesões por acompanhamento fotográfico no Programa Melhor em Casa
Autores: Biassi, IS; Carlo, MFAD.
Instituição: Hospital Cidade Tiradentes / Organização Social de Saúde (OSS) Santa Marcelina
Com o crescimento populacional de idosos em nossa sociedade, somado às enfermidades crônicas e degenerativas, surge o aumento de úlceras por pressão (UPP), que são lesões localizadas na pele e/ou tecido ou
estrutura subjacente, geralmente sobre uma proeminência óssea, resultantes da pressão isolada ou de pressão
combinada com a fricção e/ou cisalhamento. A ferramenta inicial para avaliação de lesão é a aplicação de escala
de Braden, já que os pacientes são admitidos já com lesão de pele ou alto risco de desenvolvê-la, devendo ser
realizada a higiene correta das mãos, antes e após o atendimento e a cada troca de luva. O objetivo deste trabalho é avaliar a incidência e a prevalência de UPP no Programa Melhor em Casa no período de janeiro a julho
de 2014. Com uso da planilha Kanban, é possível registrar dados de avaliação da lesão, como tamanho, local
anatômico, proposta terapêutica e fotoacompanhamento. Tivemos como resultado nesse período a incidência e
a prevalência de UPP, respectivamente, de 4,7% e 14,4%, com 299 pacientes admitidos no total e 43 pacientes
com UPP. Concluímos que o envolvimento do paciente/familiares e as orientações da equipe multiprofissional
contribuem bastante para o sucesso no tratamento e boa evolução das lesões. O estudo possibilitou conhecer a
incidência e a prevalência de UPP no serviço de forma a notificar os indicadores de qualidade e a desenvolver
métodos de melhoria na assistência a fim de prevenção/controle de lesões de pele.
Palavras-chave: Úlcera Por Pressão; Assistência; Pacientes.
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Revista Brasileira de Atenção Domiciliar
Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
Adaptação transcultural da versão brasileira do interRAI-Home Care: avaliação multidimensional em assistência domiciliar
Autores: Yamaguchi, AM; Jacob Filho, W; Ferreira, FPC.
Instituição: Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (NADI-HCFM-USP)
Introdução: O acelerado processo de envelhecimento populacional é desafiador para a elaboração de estratégias de atenção à saúde nos diferentes níveis de complexidade. Em concordância com a integralidade do cuidado
em assistência domiciliar, o interRAI-Home Care Assessment System (interRAI-HC) é um exemplo de avaliação
multidimensional utilizado internacionalmente em vários países na gerência de casos e na gestão em saúde pública.
Objetivo: Realizar a adaptação transcultural do InterRAI-HC para a população brasileira. Materiais e Métodos:
Foram seguidas as etapas do processo de adaptação transcultural com tradução do instrumento para o português
brasileiro, retrotradução para a língua de origem, avaliação da equivalência das versões do instrumento por uma comissão de especialistas e pré-teste com aplicação da versão pré-final em uma amostra selecionada por conveniência
de 30 indivíduos (n=30), matriculados e atendidos no Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (NADI-HCFM-USP). Resultados: Os
procedimentos para a adaptação transcultural foram realizados com ajustes necessários para garantir a equivalência
de conteúdo das versões original, traduzida e retrotraduzida após revisão e consenso da comissão de especialistas.
Na fase pré-teste, verificaram-se a compreensão de todos os itens da versão pré-final por parte dos entrevistados e
a concordância entre os avaliadores superior a 85% para cada item do instrumento. Assim, obteve-se a versão final
do interRAI-HC, traduzido e adaptado para o português como interRAI-Assistência Domiciliar (interRAI-AD).
Conclusão: A adaptação transcultural de um instrumento de avaliação multidimensional em assistência domiciliar
mostrou-se adequada para elaboração da versão brasileira do interRAI-HC. Sugere-se a avaliação das propriedades
psicométricas do interRAI-AD para viabilizar o seu uso e a aplicabilidade prática em assistência domiciliar.
Palavras-chave: Avaliação Geriátrica; Serviços de Assistência Domiciliar; Idoso; Administração de Caso; Sistemas de Informação.
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Construção de ações de matriciamento em uma ILPI: um relato de experiência da EMAD
Autores: Souza, MD; Dib, KM; Calore, NN.
Instituição: Prefeitura de São Paulo
Introdução: O matriciamento é um novo modo de produzir saúde, o qual tem assegurado retaguarda
especializada da assistência, ofertando suporte técnico a uma equipe de saúde a fim de qualificar suas ações.
Funciona em forma de rede, na qual a construção deve ser compartilhada entre a referência e o apoio matricial.
Objetivo: Relatar a experiência de utilizar o matriciamento da equipe de saúde de uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI) pública. Metodologia: Trata-se de um estudo de caráter qualitativo, do tipo relato
de experiência. Resultados: A proposta inicial foi o atendimento individual, devido a problemas de deglutição,
e uma possível internação hospitalar a uma paciente da ILPI com Alzheimer, por meio de uma visita de avaliação pela Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD). Foi garantida a assistência nutricional, de
enfermagem e médica, com orientações adequadas e com o encaminhamento à fonoaudiologia. Em conversa
com equipe de saúde da ILPI, detectou-se a necessidade de realizar matriciamento dos profissionais em relação
às orientações nutricionais. Os matriciados foram: enfermeiro, cuidadores e cozinheiros. Foram abordados os
seguintes temas pelo nutricionista e enfermeiro: envelhecimento, posicionamento, higiene bucal, processo de
deglutição, riscos de engasgos, broncoaspiração e manejo alimentar. Conclusão: Para paciente inicial, preveniu-se a hospitalização e garantiu a assistência especializada. Para ILPI, possibilitou-se, por meio do suporte técnico, maior qualificação da equipe em realizar ações de prevenção e na identificação de outros casos. Contribuiu
também para o serviço vincular-se à rede, garantindo a integralidade no cuidado dos pacientes institucionalizados. Para a equipe EMAD, ampliaram-se as ações de saúde, fazendo-os repensar na sua atuação.
Palavras-chave: Promoção da Saúde; Assistência Domiciliar; Instituição de Longa Permanência para Idosos;
Transtornos de Deglutição.
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Revista Brasileira de Atenção Domiciliar
Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
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Reabilitação paliativa de idosos na assistência domiciliar: discussão da literatura sobre
atuação do fisioterapeuta
Autores: Yamaguchi, AM; Pompeu, JE; Varanda, RR.
Instituição: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFM-USP)
Introdução: Com o aumento da expectativa de vida e da transição epidemiológica, observou-se maior
necessidade de cuidados aos idosos. A assistência domiciliar é braço assistencial fundamental à manutenção
da qualidade de vida desse grupo etário e tem intersecção de objetivos com a filosofia de cuidados paliativos.
Objetivos: Realizar uma análise crítica das evidências da atuação do fisioterapeuta na reabilitação paliativa de
idosos na assistência domiciliar. Métodos: Realizou-se uma análise crítica da literatura, baseando-se em consensos, guidelines e revisões sistemáticas. Resultados: Em relação ao manejo não farmacológico dos sintomas mais
frequentes em pacientes em cuidados paliativos e à reabilitação em cuidados paliativos, a fisioterapia atua no
manejo de diversos sintomas, como dor, complicações osteomusculares e linfáticas, fadiga, dispneia e capacidade funcional com recursos físicos, massoterapia, mudanças de decúbito, cinesioterapia física e respiratória, ortostatismo e marcha; participa também das orientações de adaptação ambiental e na educação dos cuidadores;
e mais, vai ao encontro da definição de reabilitação paliativa, que é dividida em prevenção, restauração, suporte
e cuidados paliativos exclusivos, derivada do conceito de reabilitação de Dietz. Porém, como limitação, este estudo encontrou escassas fontes de evidência sobre a eficácia de tais medidas na assistência domiciliar. São mais
escassas ainda fontes confiáveis para tomada de decisões. Conclusão: A fisioterapia na assistência domiciliar
atua no manejo dos principais sintomas físicos que causam desconforto nos pacientes em cuidados paliativos
com uso, geralmente, de tecnologia leve e leve-dura, evitando-se sofrimento ao paciente. Há escassez de produção científica em relação à atuação do fisioterapeuta e da reabilitação dos pacientes em cuidados paliativos
domiciliares, ainda mais no contexto de doenças não oncológicas e em idosos frágeis, e denota-se a necessidade
de mais estudos na área.
Palavras-chave: Fisioterapia; Cuidados Paliativos; Assistência Domiciliar; Idoso.
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A assistência domiciliária na perspectiva de cuidadores familiares de pacientes idosos
e profissionais da saúde
Autores: Onofre, EPP; Garcia, RR; Rugene, OT.
Instituição: Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia José Ermírio de Moraes
Devido à especificidade do atendimento domiciliar, tanto o profissional quanto o usuário, neste caso
representado pelo cuidador principal, podem se defrontar com várias questões objetivas e subjetivas que envolvem essa tarefa. Em um contexto diferente do atendimento em ambulatório, os profissionais de saúde e
os cuidadores experimentam uma variedade de sentimentos em relação a essa vivência, que pode influenciar
sua forma de atuar/cuidar. A presente pesquisa, descritivo-exploratória, com abordagem qualitativa, procurou investigar a percepção dos profissionais e dos cuidadores envolvidos. Foram entrevistados 16 cuidadores
principais de 16 pacientes atendidos em assistência domiciliar, em um serviço especializado em geriatria até o
mês de julho/2013, e 18 profissionais que realizam essa atividade, sendo: geriatras, enfermeiras, auxiliares de
enfermagem, visitadores sanitários, psicólogas, assistentes sociais, fonoaudiólogas, nutricionistas, terapeutas
ocupacionais, fisioterapeutas, educadores físicos e farmacêuticos. A coleta dos dados ocorreu de julho a dezembro do mesmo ano. Os profissionais entrevistados descreveram a assistência domiciliar ao idoso como um
serviço diferenciado, que contribui para o aperfeiçoamento das ações em resposta às necessidades específicas
dos idosos mais fragilizados e como uma prática enriquecedora para os profissionais. As relações entre o cuidador, familiares e pacientes, as dificuldades socioeconômicas e a resistência, em alguns casos, em aceitar as
orientações da equipe foram elencadas como os principais problemas. Os cuidadores apontam como fatores
positivos a melhora na forma de cuidar, a diminuição dos custos e o conforto de não ter mais que transportar o
paciente. Ter com quem contar foi a maior mudança percebida. Um cuidado mais humanizado, permitindo ao
paciente que ele permaneça com os seus, foi apontado por ambas as partes.
Palavras-chave: Assistência domiciliar; Idoso; Cuidador; Envelhecimento; Equipe de Saúde.
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Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
A importância dos cuidadores para êxito na assistência domiciliar
Autores: Medeiros, ACG; Oliveira, ACF.
Instituição: Atenção Primária à Saúde (APS) Santa Marcelina/Organização Social de Saúde (OSS) Santa Marcelina na microrregião Cidade Tiradentes/Guaianases
A assistência domiciliar (AD) é uma modalidade de atenção à saúde caracterizada por um conjunto de
ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação, prestadas em domicílio, com
garantia de continuidade de cuidados e integrada às redes de atenção à saúde. Para realização de AD, tem-se
como pressuposto a presença do cuidador, definido como uma pessoa capacitada para auxiliar o usuário em
suas necessidades e atividades da vida diária (AVDs); logo, o cuidador é peça essencial. Uma das suas principais
atribuições é atuar como elo entre a pessoa cuidada, a família e a equipe de saúde. O objetivo foi apresentar
casos de pacientes acompanhados com Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD) da Unidade
Básica de Saúde (UBS) Jd. São Carlos, na cidade de São Paulo, evidenciando a participação efetiva do cuidador
no processo do cuidado. Para abordar essa temática, foi realizado um relato assistencial com a descrição de
três casos de pacientes com perfil AD2 e AD3 acompanhados pela EMAD. Os casos abordados mostram o
cuidador como personagem ativo nos cuidados diários. Para realização da AD, é fundamental a interação entre
a família e a equipe assistencial. A boa qualidade da assistência só ocorre com a presença de um cuidador comprometido com o cuidado, disposto a participar com equipe de saúde no processo de recuperação/cuidado do
paciente. Por isso a comunicação, o respeito e a parceria se fazem essenciais no processo de cuidar. É preciso
lembrar que o elo dos profissionais de saúde com o paciente está na figura do cuidador, que deve ser acolhido
e orientado pela equipe e também reconhecido como parte desse processo de atenção à saúde.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Cuidadores; Cuidados no Domicílio.
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Assistência domiciliar: uma reflexão sobre a integralidade no cuidado
Autor: Dib, KM.
Instituição: Prefeitura Municipal de São Paulo
Introdução: Ministério da Saúde adverte: Assistência domiciliar (AD) nos convoca para prática integral e a
superação de um cuidado fragmentado, exigindo articulação entre pessoas e serviços para troca de saberes, pressupondo um trabalho integrado e fazendo-se necessário o fortalecimento da integralidade do cuidado. Objetivo:
Realizar discussão sobre o princípio da integralidade na prática da assistência domiciliar. Metodologia: Refletir
sobre o objeto deste estudo. Resultados: A transformação dos modos de organizar a atenção à saúde para consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) e a qualificação no cuidado são fundamentais para prática integral e
reorientação do modelo assistencial vigente e hegemônico. A AD surge como espaço novo na criação de novas
formas de produção do cuidado, com estrutura na assistência às necessidades do paciente, família, contexto
domiciliar, cuidador e equipe multiprofissional. Fundamenta-se em três modificações: 1.Organizacional, que é a
incorporação da AD nas redes de atenção à saúde, superação do modelo hierárquico e fragmentado substituído
por redes flexíveis. Por exemplo: criação de fóruns para discussão, continuidade do cuidado diante da alta e a
retaguarda hospitalar. 2.Clínica, que é a incorporação de uma prática profissional ampliada, considerando como
ferramenta o plano terapêutico singular contextualizado; de uma nova formação dos profissionais que hoje se
sustenta na atenção curativa. Por exemplo: educação em saúde focando a integralidade e a nova política educacional. 3. Trabalho Cooperativo, que é a incorporação de ações de responsabilização entre os sujeitos, acolhimento
da subjetividade, escuta qualificada, novas relações com o usuário, cuidador e família. Por exemplo: construção
de vínculo, resolutividade da atenção e alívio do sofrimento. Considerações Finais: Diante dessa discussão, a incorporação da AD na rede de atenção, a inserção de práticas integrativas, a cooperação entre sujeitos e atores e o
ressignificado do sentido de SER profissional de saúde nortearão a integralidade da assistência.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Integralidade em Saúde; Rede de Cuidados Continuados de Saúde.
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Ano I - Número I - jan./jun. 2015
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Perfil de profissionais e de idosos atendidos em domicílio por um serviço ambulatorial
especializado
Autores: Rugene, OT; Garcia, RR; Onofre, EPP.
Instituição: Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia José Ermírio de Moraes
Introdução: O atendimento domiciliário exige profissionais qualificados para tal atividade, embora muitos
sejam inseridos nessa prática de modo repentino e improvisado. Objetivo: Identificar o perfil de profissionais e
idosos envolvidos na assistência domiciliária de serviço ambulatorial especializado em envelhecimento. Metodologia: Aplicação e análise de questionário semiestruturado para caracterização dos participantes, além de outras
questões. Resultados: Dos 18 profissionais de dez áreas da saúde, observou-se que a maioria era mulheres (83%),
com idade entre 30 e 40 anos (56%), com 11 ou mais anos de formação profissional (89%, média de 18 anos) e
com atuação na assistência domiciliária nessa ou em outra instituição, em média, entre seis e dez anos (61%). Os
motivos de estarem nessa atividade são: solicitação de chefias, possuírem perfil profissional para esse tipo de atendimento, demanda gerada pelos idosos assistidos e posse de experiência na área. Foram caracterizados 16 idosos,
oito mulheres e oito homens, a maioria com 80 anos ou mais (62,5%), casados (37,5%) e viúvos (37,5%), residindo
em moradia própria (75%) ou em convivência multigeracional (68,7%), religião católica (62,5%) e renda de até um
salário mínimo (75%). Com relação à escolaridade, 37,5% eram analfabetos e 31,2% tinham entre quatro a oito
anos de estudo. A maioria está inserida na assistência domiciliária entre um a cinco anos (68,7%). Quanto à capacidade funcional, 31,2% são dependentes para atividades básicas de vida diária entre um a cinco anos; 25%, entre
seis a dez anos; 18,7% são dependentes há mais de 20 anos. Conclusão: Notou-se que, em geral, os profissionais
realizam atendimento domiciliário por necessidade do serviço e por identificarem-se com tal prática. Quanto aos
idosos, notou-se maior prevalência entre aqueles que necessitam de cuidados de longa duração.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Idoso; Equipe de Saúde.
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Gestão de equipes Melhor em Casa: modelo atenção primária à saúde Santa Marcelina
Autores: Pissinatti, K; Folhe, ACF.
Instituição: Atenção Primária à Saúde (APS) Santa Marcelina/Organização Social de Saúde (OSS) Santa Marcelina na microrregião Cidade Tiradentes/Guaianases
A Atenção Primária à Saúde (APS) Santa Marcelina, em contrato de gestão com a Secretaria da Saúde do
município de São Paulo, atualmente, administra quatro equipes do Programa Melhor em Casa (PMC), sendo três
equipes Equipe Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD) e uma equipe Equipe Multidisciplinar de Apoio
(EMAP), localizadas nos distritos de saúde de Cidade Tiradentes e Guaianases, região leste do município. A gestão
das equipes do PMC na APS é realizada por valores, sendo o modelo atual composto por um gestor estratégico
sediado na coordenação da APS Santa Marcelina e um coordenador multiprofissional de equipe, com agenda
disposta de modo a atender as equipes in loco. São atividades do coordenador multiprofissional: elaboração de
cronograma individual e de equipe (organização do processo de trabalho em atividades assistenciais, educação permanente mensal, reuniões de rede intersetorial), participação em reunião clínica semanal (com enfoque na gestão
de casos), estruturação de reunião de coordenação semanal (alinhamentos administrativos) e participação em atendimentos domiciliares e reuniões de família (com foco no monitoramento da qualidade da assistência prestada). A
inserção do coordenador em grupo de cuidadores, os atendimentos domiciliares e as reuniões de família ocorrem
como facilitador na gestão de conflitos decorrentes do processo de cuidado instituído pela equipe assistencial.
A análise dos indicadores assistenciais é realizada mensalmente com as equipes em reunião de coordenação, de
modo a oportunizar a reflexão dos profissionais para a prática assistencial e resultados alcançados. O planejamento
estratégico situacional é realizado anualmente, com cada equipe em separado, com o objetivo de detectar nuances
específicas de cada contexto e de cada território e consequente estabelecimento de metas e de prioridades focais.
Palavras-chave: Gestão de Serviços de Saúde; Atenção Domiciliar; Equipe Multiprofissional.
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Como o perfil do paciente pode determinar as condições do cuidado
Autores: Oliveira, ABR; Spedanieri, LS; Bianchini, I.
Instituição: Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (NADI-HCFM-USP)
Introdução: O Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar (NADI), criado em 1996, tem por finalidade, por meio de uma equipe interdisciplinar, prestar assistência aos pacientes acometidos por graves enfermidades e que têm dificuldades em dar continuidade ao seu tratamento no âmbito ambulatorial. São pacientes
portadores de doenças crônico-degenerativas e aqueles que se encontram em cuidados paliativos. Tem por finalidade, ainda, possibilitar sua permanência em seus domicílios, evitando idas constantes aos prontos-socorros
e longas internações. Objetivo: Destacar o perfil dos pacientes assistidos pelo serviço nos dias atuais e aferir os
responsáveis pelos cuidados. Metodologia: O estudo quantitativo baseou-se em levantamento, realizado pelo serviço social, de dados colhidos em 95 prontuários correspondentes aos pacientes atendidos no mês de setembro
de 2014. Resultados: 62% dos pacientes são do sexo feminino, 36% têm idade entre 81 e 90 anos, 23% têm idade
entre 71 e 80 anos, 23% estão acima de 91 anos e 17% estão abaixo de 70 anos. Verificou-se ainda que 90% recebem benefício previdenciário, 5% recebem benefício assistencial e 5% não possuem benefício. Além disso, 48%
têm renda familiar de dois a três salários mínimos mensais. Em relação aos estudos, 7% são analfabetos, 60%
possuem o ensino fundamental, 23% possuem o ensino médio e 9% concluíram o ensino superior. E, ainda: 49%
têm filhos como cuidadores; 25%, cônjuges; 11%, irmãos; 6%, sobrinhos; 3%, mães; 5%, outros, sendo que 80%
são do sexo feminino. Conclusão: O resultado apresentado sugere que a idade avançada do paciente e a viuvez
apontam a presença dos filhos como principais cuidadores, principalmente mulheres, fatores importantes para
nortear as ações e as práticas da equipe interdisciplinar atuante no domicílio, a qual, conhecendo o universo e as
circunstâncias, poderá traçar estratégias mais eficazes para a garantia dos cuidados no domicílio.
Palavras-chave: Domicílio; Cuidador; Perfil.
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Ação educativa de promoção à saúde e proteção específica como forma de atendimento
fisioterapêutico na saúde coletiva
Autores: Machado, AFP; Pereira, ICB; Santos, CX; Nascimento, NH; Perestrelo, AFR.
Instituição: Faculdade Santa Marcelina
Introdução: A fisioterapia na saúde coletiva é responsável por atuar, prioritariamente, na atenção primária
à saúde, nos níveis de promoção à saúde e proteção específica. Objetivo: Relatar a experiência da ação educativa de promoção à saúde e proteção específica como forma de atendimento fisioterapêutico na saúde coletiva.
Metodologia: Participaram deste estudo os usuários provenientes de outras atividades em uma Unidade Básica
de Saúde (UBS). Foram propostos 13 temas, com enfoque na promoção à saúde e na proteção específica. A
ação educativa foi desenvolvida por cinco alunos do último semestre da graduação do curso de fisioterapia,
com supervisão de um professor responsável, os quais eram responsáveis pelo planejamento e pela execução
do atendimento fisioterapêutico na saúde coletiva. O atendimento fisioterapêutico foi dividido em três etapas, sendo que, inicialmente, era ministrada uma palestra educativa em grupo, entregue um fôlder educativo
contendo as principais informações sobre o assunto abordado e, por fim, realizada uma atividade motora que
exemplificasse o tema. A disponibilização do fôlder educativo teve o enfoque da atenção domiciliar dos demais
moradores da residência do usuário. A ação educativa foi realizada uma vez por semana, com duração de 30 minutos. Resultados/Discussão: Observou-se que houve um aumento expressivo e progressivo da quantidade de
usuários que frequentavam o grupo ao longo desse período. A ação educativa despertou o interesse das agentes
comunitárias em saúde, que participavam da ação educativa em grupo e solicitavam uma maior quantidade de
fôlder educativo para disponibilização aos pacientes em situação de visitas domiciliares. Tudo isso permitiu que
os alunos aprendessem a realizar um planejamento.
Palavras-chave: Saúde Coletiva; Fisioterapia; Atenção Primaria à Saúde.
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Proteção ao idoso: rede social primária como possibilidade de interdição e curatela
Autores: Andrade, L; Yamaguchi, AM; Bueno, ÉP.
Instituição: Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (NADI-HCFM-USP)
Relato de caso: Sra. M.A.P., 94 anos, natural de Portugal, viúva, sem filhos, sem família no Brasil, aposentada, reside sozinha. Encaminhada pela clínica de endocrinologia, em 22 de junho de 2007, com diagnóstico
de demência de Alzheimer provável, osteoartrite de joelhos, catarata, hipoacusia, submetida à tireoidectomia
total e traqueostomia de proteção em 2007. Foi avaliada pelo Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) em 6 de
julho de 2007. Paciente ainda com autocuidado preservado, mas incapaz para decisões sobre atos da vida civil, é
acompanhada pelo casal de amigos vizinhos de porta, em uma amizade de 40 anos. O casal sr. J.C. e sra. M.L.C.
acompanham a paciente em rotina diária, consultas médicas, orçamento doméstico, vida social em geral. Após
esclarecimento quanto ao diagnóstico, necessidade de cuidador responsável legal, procedimento de interdição
e curatela, o casal de vizinhos solicitou laudo médico sobre incapacidade para decisões da vida civil da paciente
para pedido de interdição e curatela por meio de ação judicial. A equipe de saúde reconhece o casal como cuidadores da paciente, reforça que a curatela é o processo para tornar legal a ação que realizam e apoia essa decisão.
Conclusão: Observamos a relevância do trabalho interdisciplinar no domicílio e a importância em conhecer o
paciente e a rede de suporte social, por meio dos vínculos que foram construídos. Neste caso, a rede primária
não foi constituída por laços consanguíneos, mas sim por laços de vizinhança e é nessa trama do cotidiano que
identificamos as possibilidades de atuação profissional para defesa e garantia dos direitos sociais.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Rede Primária; Idoso; Interdição; Curatela.
E-mail: [email protected]
Cuidados paliativos e assistência domiciliar: em busca da integralidade do cuidado por
meio da rede de saúde
Autores: Bueno, ÉP; Andrade, L; Yamaguchi, AM.
Instituição: Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (NADI-HCFM-USP)
Introdução: A assistência domiciliar consiste na provisão de serviços de atenção à saúde às pessoas
doentes em seu domicílio, promovendo tratamento e/ou funcionamento efetivo. Cuidado paliativo, segundo
Organização Mundial de Saúde, é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e familiares,
que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio de prevenção e alívio do sofrimento.
Objetivo: Identificar a rede de saúde utilizada pelos pacientes do Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar (NADI). Método: Trata-se de estudo retrospectivo, transversal, quantitativo, de natureza documental,
realizado por meio de análise de prontuários e entrevistas com cuidadores, no período de janeiro a outubro de
2014. Resultados: Do total de 100 pacientes inscritos no NADI, 65 encontram-se em cuidados paliativos. Destes, 71% estão em abordagem paliativa, e 29%, em cuidados paliativos exclusivos. Quanto à origem da clínica:
37% correspondem à geriatria; 14%, clínica médica; 12%, cuidados paliativos; 11%, neurologia; 6%, psiquiatria;
9%, Hospital Dia, CSE Paula Souza e Clínica Cirúrgica; 1,5% cada, pronto-socorro, cardiologia, infectologia,
Hospital Auxiliar de Suzano, nefrologia, CEREDIC e hematologia. Em assistência domiciliar e durante o período da pesquisa, dos 65 pacientes em cuidados paliativos, 45% receberam encaminhamento para internação em
enfermaria; 8%, para internação em Hospice; 55% dos pacientes utilizaram o pronto-socorro; 8% utilizaram o
Hospital-Dia; 65%, Unidade Básica de Saúde (UBS). Conclusão: O serviço de assistência domiciliar deve estar
inserido em uma rede mais ampla, estruturada e integrada frente às demandas apresentadas ao final da vida,
visto que nem todas as intervenções são passíveis de serem realizadas em domicílio e nem todos os pacientes
apresentam condições de serem cuidados até o final da vida em suas próprias residências.
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Assistência Domiciliar; Rede de Saúde.
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Abordagem das diretrizes de cuidados paliativos na assistência domiciliar: uma decisão compartilhada
Autores: Bueno, ÉP; Yamaguchi, AM; Andrade, L.
Instituição: Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (NADI-HCFM-USP)
Relato de caso: Sra. Z.B.C., 93 anos, solteira, sem filhos, natural de São Paulo, aposentada, reside com
cuidadora contratada. Encaminhada pelo ambulatório de geriatria, em 3 de janeiro de 2013, com diagnóstico
de doença de Parkinson, artroplastia de quadril, osteoartrite de joelhos incapacitante, osteopenia, hipertensão
arterial sistêmica, glaucoma, síndrome da fragilidade, anemia e insuficiência renal crônica. Foi avaliada em 28 de
janeiro de 2013 e incluída na assistência domiciliar em 18 de fevereiro de 2013, no modelo de gerenciamento
de caso geriátrico, e evoluiu com poucas intercorrências. Em setembro de 2014, devido a agravo subagudo de
quadro cardiorrespiratório, os familiares mais próximos foram convidados a participar de consulta seguinte.
Na ocasião, 19 de setembro de 2014, estiveram reunidos médica-assistente, residente clínico, assistente social,
enfermeira e nutricionista do Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar (NADI), sobrinha-neta R.,
sobrinha R.M. e cuidadora contratada S. Na reunião familiar, foram diagnosticados o prognóstico e o plano
de cuidados, direcionando para abordagem paliativa e de conforto. Foi esclarecido que os cuidados paliativos
afirmam a vida e consideram a morte como processo natural, buscando aliviar a dor, manejando os sintomas
e englobando aspectos psicossociais, espirituais e diretrizes de vontade. Houve um consenso terapêutico da
família e da paciente, e expressou-se a vontade de falecimento no domicílio e cremação. Conclusão: A abordagem das diretrizes de cuidados paliativos deve ser clara e objetiva para paciente e família; deve também ser
direcionada de forma horizontal para que sintam as necessidades e os anseios de todos. Trata-se de uma decisão
compartilhada entre equipe de saúde, familiares e paciente, reconhecendo as decisões de uma grande idosa no
seu final de vida.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Cuidados Paliativos; Reunião Familiar.
E-mail: [email protected]
Perfil odontológico dos pacientes assistidos pela atenção domiciliar em hospital de alta
complexidade
Autores: Passos, F; Carrilo, C; Franco, JB; Jales, SMCP; Peres, MPSM.
Instituição: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFM-USP)
A condição de saúde bucal tem um grande impacto na saúde geral. Doenças da cavidade oral estão relacionadas ao desenvolvimento, estabelecimento e manutenção de infecções sistêmicas. É de grande importância
tratar e prevenir focos infecciosos para garantir qualidade de vida e cooperar no tratamento sistêmico. Grande
parte dos pacientes assistidos em domicílio possui deficiência no autocuidado, é, muitas vezes, dependente de
cuidados e apresenta elevado índice de dentes cariados, perdidos e obturados (CPOD), doença periodontal e
infecções oportunistas. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a condição de saúde bucal e a necessidade de
tratamento odontológico de pacientes assistidos pela atenção domiciliar interdisciplinar de um hospital de alta
complexidade. Foi realizado um estudo retrospectivo de 30 prontuários, referente ao período de julho a setembro de 2014, de assistência odontológica domiciliar desse serviço, avaliando os seguintes domínios: doença de
base em seguimento, índice CPOD e o tipo de tratamento odontológico a ser realizado. O gênero feminino foi
mais prevalente na amostra estudada (80%), com idade média de 76,2 anos, apresentando como doença de base
mais prevalente o acidente vascular cerebral (33%). Em relação ao índice CPOD, observamos uma média de
19,03, sendo 30% dos pacientes desdentados totais. O tratamento periodontal foi o procedimento mais indicado em 30% dos pacientes, as extrações dentárias totalizaram 20% e outros procedimentos representaram 50%
do total. Os pacientes assistidos apresentaram uma condição bucal precária, com necessidade de tratamento
odontológico e acompanhamento para enfatizar as orientações e o treinamento de higiene bucal.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Assistência Odontológica; Saúde Bucal.
E-mail: [email protected]
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Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
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Desenvolvimento de cadeira de banho de baixo custo para uso domiciliar
Autores: Pereira, AF; Nascimento, NH; Santos, CX.
Instituição: Faculdade Santa Marcelina
Introdução: O envelhecimento é um processo multifatorial e subjetivo, que vai além da idade cronológica.
Devem-se levar em consideração as condições biológicas, intimamente relacionadas com a idade cronológica,
traduzindo-se por um declínio harmônico de todo conjunto orgânico, tornando-se mais acelerado quanto maior
a idade. As condições sociais variam de acordo com o momento histórico e cultural, e as condições econômicas
são marcadas pela aposentadoria, agravadas pelo declínio intelectual e funcional, o que gera perda da independência e da autonomia, levando o idoso a precisar de ajuda para desempenhar suas atividades básicas do dia a
dia, como banho e higiene pessoal. Objetivo: Desenvolver cadeira de banho de baixo custo para uso domiciliar
com material PVC, com o objetivo de atender à população do entorno que possua necessidades funcionais,
em especial de realização do banho, considerando o contexto em que se insere o local de estudo em relação ao
acompanhamento domiciliar. Metodologia: Por meio de pesquisa exploratória experimental realizada na Clínica-Escola de Fisioterapia da Faculdade Santa Marcelina. Resultado/Discussão: Foi desenvolvido um projeto
com a utilização de canos PVC, com a elaboração de uma cadeira com apoios para sustentação. A proposta é
descrita detalhadamente, com o estabelecimento da relação sustentação/estrutura, resistindo a testes de peso
com sacos de areia de 20kg cada, em um total de 80kg, com observação de 1 hora com cada saco, totalizando
4 horas de teste. Os testes também foram realizados com seres humanos correspondentes ao peso máximo.
Considerações Finais: A cadeira apresentou baixo custo, quando relacionada às cadeiras do mesmo material
comercializadas, e foi de fácil manuseio dos materiais. Considera-se a importância da realização de “oficinas”
que proporcionem à comunidade as condições necessárias para a confecção em ambiente domiciliar.
Palavras-chave: Atenção Domiciliar; Envelhecimento; Material Baixo Custo.
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Elaboração de andador regulável de baixo custo para crianças com paralisia cerebral
Autores: Santos, CX; Zaharur, M; Nascimento, NH; Bertoni, ICBP; Pereira, AF.
Instituição: Faculdade Santa Marcelina
Introdução: A paralisia cerebral é definida como um distúrbio permanente, embora não invariável, do
movimento e da postura, devido à defeito ou lesão não progressiva do cérebro no começo da vida. É caracterizada por uma alteração dos movimentos controlados ou posturais dos pacientes, secundária a uma lesão, danificação ou disfunção do sistema nervoso central, e não é reconhecida como resultado de uma doença cerebral
progressiva ou degenerativa. O evento lesivo pode ocorrer no período pré, peri ou pós-natal. A criança com
paralisia cerebral mostrará variações adicionais em virtude das dificuldades neurológicas e mecânicas. Objetivo:
Desenvolver um andador de baixo custo, com o objetivo de atender a essas crianças da clínica, considerando o
contexto socioeconômico da região em que se insere. Metodologia: Pesquisa experimental realizada na Clínica-Escola de Fisioterapia da Faculdade Santa Marcelina. Resultados/Discussão: Foi desenvolvido um projeto
inicial para uso exclusivo de uma determinada criança, feita sob medida com a utilização de cano PVC 3/4. Os
testes do andador foram feitos durante as sessões de fisioterapia, suportando o peso de uma criança de 8 anos
(aproximadamente 25kg). De início, não foi colocado rodinhas para melhor adaptação da criança. O andador é
portátil, leve e pode ser adaptado de acordo com o crescimento do usuário. Considerações Finais: Acredita-se
que a utilização de equipamentos de baixo custo, quando socializada com a comunidade, pode favorecer a aquisição de órteses que auxiliam nas atividades de vida diárias das crianças portadoras de paralisia cerebral, visto
que o custo final do material é muito baixo, e a família, quando orientada por um profissional qualificado, pode
confeccionar o material sem dispor de custo expressivo.
Palavras-chave: Paralisia Cerebral; Baixo Custo; Andador.
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Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
Perfil de cuidadores de idosos sob cuidados domiciliares atendidos por um serviço ambulatorial especializado
Autores: Onofre, EPP; Garcia, RR; Rugene, OT.
Instituição: Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia José Ermírio de Moraes
Este estudo teve por objetivo identificar o perfil de cuidadores informais de idosos atendidos pela assistência domiciliária de um serviço ambulatorial especializado em geriatria e gerontologia. Foram entrevistados
16 cuidadores, sendo 87,5% mulheres, 62,4% com 60 anos ou mais. Isso confirma a tendência mundial de “idosos cuidando de idosos”, inclusive porque a faixa etária dos idosos cuidados era, em sua maioria, de 80 anos
ou mais (62,5%), dependentes para realização de atividades básicas de vida diária (78,9%). Observou-se que os
cuidadores entrevistados encontram-se em franco processo de prestação de cuidados de longa duração domiciliares aos seus familiares, sendo que 50% são filhos, 31,2% são cônjuges das pessoas cuidadas e 56,2% exercem
o cuidado há cinco anos ou mais. Esse cuidado é realizado, em sua maioria, em tempo integral, considerando
que 75% não possuem atividade remunerada, embora 62,5% recebam até um salário mínimo (proveniente de
aposentadoria ou pensão). Com relação às afecções informadas por 75% dos cuidadores, 43,7% referiram-se a doenças cardiovasculares, 37,5% apresentam distúrbios musculoesqueléticos, 37,5% relataram afecções
endocrinometabólicas e 18,7% informaram doenças psiquiátricas ou neurológicas. Considerando o perfil de
comorbidades e a sobrecarga decorrente do cuidado, observa-se, no grupo estudado, o risco aumentado para
desenvolvimento de estresse do cuidador, agudização de patologias preexistentes, comprometendo, consequentemente, o cuidado ao idoso e desencadeando vários agravos à qualidade de vida de ambos. O serviço oferece
aos cuidadores atendimento em psicoterapia individual, na própria instituição ou em domicílio, e grupo de
apoio, para que o cuidador possa falar de seus sentimentos, trocar experiências, compartilhar soluções, sempre
com grande aderência e demanda. Observou-se que esse cuidado com o cuidador resulta no alívio de tensões e
angústias, o que reflete em qualidade dos cuidados prestados.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Idoso; Cuidador.
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Protocolo de segurança pelo Home Care Amil
Autores: Zamponi, H; Callado, M; Araujo, C; Santos, DBS.
Instituição: Cemed Care
Introdução: Na internação domiciliar, proporcionamos ao paciente um ambiente com menor risco de
adquirir infecções, mais conforto, menor custo econômico e, principalmente, melhor qualidade de vida ao paciente. Esta, porém, demanda uma estrutura de apoio considerável, incluindo aparato tecnológico, profissionais,
fornecimento de insumos, um ambiente físico preparado e serviços de emergência. No Home Care Amil, absorvemos demandas de desospitalização para pacientes de alta complexidade, sendo necessária a avaliação em
âmbito hospitalar, pois se encontram em suporte ventilatório contínuo. Para esses pacientes, faz-se necessária a
avaliação residencial, na qual nos baseamos no Protocolo de Segurança, criado pela coordenação de fisioterapia,
mediante aos apagões ocorridos no Estado do Rio de Janeiro, para uma admissão segura e eficaz do paciente ao
domicílio. Objetivo: Demonstrar o protocolo de segurança no fluxo da desospitalização. Esse processo ocorre
quando é oferecido ao cliente níveis de intervenção terapêutica e intensidade de cuidados realizados de forma
segura nos ambientes domiciliares com recursos físicos e humanos especializados. Com esse procedimento,
buscamos garantir a segurança e logística na alta complexidade e atuação na falta de luz. Resultados: Minimizamos complicações inerentes à internação domiciliar e ao risco a vida. Conclusão: Não possuímos nenhuma lei
que descreva o procedimento de segurança em domicílio na falta de luz, de acordo com a Anvisa (RDC/11 e
RDC/36). Devido a isso, foi criado nosso próprio fluxograma de ações. Assim, a base (setor de emergência) do
HCRJ consegue agir, evitando complicações clínicas e risco à vida.
Palavras-chave: Ventilação; Falta de Luz; Domicílio.
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Revista Brasileira de Atenção Domiciliar
Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
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Morte em domicílio: uma possibilidade real
Autor: Moura, MF.
Instituição: Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (NADI-HCFM-USP)
Introdução: O Núcleo de Assistência Domiciliar Interdisciplinar (NADI) surgiu em 1996 com o objetivo
de realizar atendimento domiciliar aos pacientes que possuem dificuldade no acesso e/ou de locomoção e que
estão na área abrangente determinada. É composto por equipe interdisciplinar formada por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas etc. Relato de caso: Sra. B.M.A.S., 88 anos, viúva, católica,
aposentada, reside com sua única filha, principal cuidadora. Encaminhada para o programa pelo Ambulatório
de Cuidados Paliativos, sendo admitida em 4 de abril de 2014, com baixo status funcional e diagnóstico de neoplasia de pâncreas sem indicação cirúrgica ou de tratamento curativo. Por sua baixa performance e seu prognóstico reduzido, seguiu em atendimento semanal, contando com o suporte de toda equipe, e, quando identificado
processo ativo de morte, tais atendimentos davam-se a cada dois dias. Apesar do pouco tempo, as visitas foram
intensas e toda a equipe conseguiu estabelecer vínculo com a paciente e sua filha. Por meio da escuta aguçada,
tornaram-se conhecidas as preferências da sra. B., inclusive seu desejo de falecer em domicílio. A partir daí,
foram dadas orientações para o óbito na residência, desde os prováveis sintomas até as questões burocráticas.
Essas informações são fundamentais para amenizar o sofrimento de todos os envolvidos em um momento tão
único e delicado. A sra. B. faleceu em 27 de abril de 2014, em um domingo, em sua residência, próximo de sua
família, como era de sua vontade. Considerações Finais: A equipe deve estar atenta às demandas que surgem
a todo momento, tornando o paciente elemento central. A morte na residência é possível desde que se tenha
um suporte adequado e que o indivíduo seja atendido, dentro do possível, em todos seus aspectos biográficos.
Palavras-chave: Morte; Domicílio; Possibilidade.
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Familiar cuidador: dificuldades para cuidar do idoso dependente no domicílio
Autores: Oliveira, APP; Arruda, YMBC; Faro, ACM; Reis, DA.
Instituição: Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
O envelhecimento, associado às doenças crônico-degenerativas que acometem os idosos, tem contribuído para que uma parcela significativa de idosos apresente alterações na capacidade funcional. A perda dessa
capacidade está relacionada à predisposição à dependência. E, nesse contexto, surge a necessidade de cuidados
prestados pela família, como no caso do cuidador familiar, que é uma pessoa que se envolve em um processo de
cuidar do outro, vive uma experiência contínua de aprendizagem e de vida junto com seu familiar dependente.
Objetivou-se levantar as dificuldades vivenciadas pelos cuidadores familiares de idosos dependentes da área de
abrangência das Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município de Coari, no Estado do Amazonas. Trata-se
de um estudo transversal e descritivo com abordagem quantitativa. A amostra constitui-se por 76 cuidadores
familiares de uma população de 143 cadastrados. A coleta de dados foi por meio de um formulário. Os dados
foram compilados e analisados com auxílio do programa Microsoft Excel 2007. Os resultados demonstraram
que as dificuldades dos familiares cuidadores estavam relacionadas aos aspectos físicos, comportamentais e financeiros. Em relação aos aspectos físicos, 36,8% referem-se à locomoção, ao peso do idoso e ao cansaço. Os
aspectos comportamentais do idoso e do próprio cuidador estão representadas por 32,9%, que são referentes
à teimosia, à agressividade do idoso e ao medo. Outra dificuldade citada pelos cuidadores está relacionada à
falta de dinheiro, representando 5,3%. E, por fim, outro dado que chamou atenção foi que 25% dos cuidadores
deste estudo referiram não enfrentar dificuldades. Conclui-se a partir do estudo que os profissionais de saúde
precisam planejar a melhor estratégia para oferecer orientação e ajuda aos familiares.
Palavras-chave: Família; Idoso Fragilizado; Saúde da Família; Domicílio.
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Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
A atenção domiciliar e o cuidador: tecendo redes para melhorar o cuidar-se
Autores: Andrade, DS; Medeiros, CM.
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte
(SAD-SESAP/RN)
Introdução: A integralidade no cuidado domiciliar presume-se um compromisso entre os personagens
envolvidos – familiares, cuidadores e profissionais – que se integram em prol daquele que necessita ser assistido. Tecer essa rede microestruturada pode ser de grande valia para melhor atender ao paciente. Objetivo:
Avaliar o impacto do curso de noções básicas para cuidadores de idosos e portadores de necessidades especiais sobre os seus participantes. Metodologia: Análise de depoimentos dos 130 participantes que responderam aos questionários e aos relatórios do curso para cuidadores de idosos e portadores de necessidades
especiais, realizado pelo Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) do Hospital José Pedro Bezerra, ao longo dos
últimos cinco anos. Resultados: Foi satisfatória a avaliação da equipe acerca do aprendizado pedagógico e do
crescimento pessoal dos participantes, apesar da opinião geral sobre a insuficiência da carga horária; logo, foi
sugerido o aumento de carga horária e do número de vagas. De acordo com a opinião dos participantes, o
curso contribuiu para melhorar “conhecimento, segurança e habilidade de como lidar com idosos”; “satisfação, sabedoria, muita paz interior e a gostar mais do que faço”; “melhorar minhas maneiras, aperfeiçoar-me e
conhecer pessoas com os mesmos objetivos”; “praticidade e inovação nas coisas rotineiras que, muitas vezes,
esquecemo-nos de adequar para facilitar meu cuidar”. Conclusão: O curso contribuiu para o desenvolvimento pessoal e profissional dos participantes. Por meio da avaliação das respostas, a equipe vem contemplando
algumas sugestões colocadas pelos participantes.
Palavras-chave: Cuidadores; Assistência Domiciliar; Cursos de Capacitação.
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O uso do WhatsApp como instrumento de comunicação imediata entre profissionais
do atendimento domiciliar em atendimento
Autor: Paiva, CT.
Instituição: Unimed Volta Redonda/RJ
Introdução: Desde os primórdios da saga humana que o homem tem a necessidade de se comunicar,
seja por meio da fumaça, pinturas, prensa, telefonia fixa e móvel até chegar ao uso da internet, que favorece
a globalização e a comunicação. Como exemplo disso, temos o aplicativo WhatsApp, que proporciona a comunicação em tempo real. Justificativa: A comunicação entre a equipe do atendimento domiciliar e a base necessita de constante melhoria para resolução de intercorrências. Nesse contexto, o uso do WhatsApp facilita
a vida dos profissionais e dos pacientes que necessitam de atendimento imediato. Objetivo: Avaliar o uso do
aplicativo WhatsApp como meio de comunicação pelos profissionais médicos, enfermeiros, fisioterapeutas,
fonoaudiólogos, nutricionista, psicóloga, assistente social e administrativo de atendimento domiciliar. Metodologia: Análise observacional quantitativa e qualitativa do uso do aplicativo WhatsApp entre a equipe de
atendimento com a base durante o horário de atendimento, das 7h às 18h, no período de outubro de 2013 a
abril de 2014, por meio de questionário elaborado pelos autores, respondido pela equipe. Resultados: Dos 25
profissionais que responderam ao questionário, 100% conhecem o aplicativo, 13% não utilizam o aplicativo,
100% acham importante esse meio de comunicação entre a equipe e 100% relatam a agilidade na resolução
das intercorrências. Sobre os pontos positivos, destacam-se a resolutividade e a rapidez nas soluções de intercorrências. Sobre os pontos negativos, destacam-se a disponibilidade de rede e as postagens particulares
no grupo. Conclusão: O aplicativo é importante, agiliza as resoluções, melhora a comunicação entre os profissionais da equipe e contribui para o atendimento ao paciente.
Palavras-chave: Comunicação; Tecnologia; Aplicativo; Atendimento Domiciliar; Equipe.
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Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
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O perfil da assistência domiciliar da unidade de cuidados paliativos do Inca (HC IV)
Autores: Azevedo, EF; Souza, FN; Sales, BR; Souza, JCS; Alvarez, MMR.
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) José Alencar Gomes da Silva
A assistência domiciliar (AD) do Instituto Nacional de Câncer (INCA) atende aos pacientes em cuidados
paliativos oncológicos com capacidade funcional limitada. Visa ao efetivo controle dos sintomas, à redução
da demanda por atendimento hospitalar e/ou ao período de permanência de pacientes internados, além da
humanização do atendimento e da ampliação da autonomia dos usuários. Este trabalho tem como objetivo
apresentar o perfil da AD do Inca. Os pacientes da AD são encaminhados pelas outras unidades do Inca,
após o término da proposta curativa, com KPS até 50%, que possua um cuidador, em uma área de abrangência
de até 80 km do HC IV. Em média, são atendidos 264 pacientes por mês, em um total de 1.200 consultas/mês.
Possui uma equipe multiprofissional: enfermeiros (sete), médicos (três), assistentes sociais (dois), fisioterapeuta
(um), psicóloga (um), nutricionista (um), administrativos (três), motoristas (12). Conta também com o apoio
técnico da farmácia/almoxarifado, arquivo, estatística e faturamento. Cada profissional realiza consulta a seis
pacientes por dia, residentes em uma mesma área geográfica. Dessa forma, o paciente recebe atendimento de
algum profissional a cada 3,5 dias em média. A fim de garantir a qualidade do atendimento e o efetivo controle
dos sintomas, o serviço disponibiliza os medicamentos e os materiais necessários aos cuidados do paciente. É
disponibilizado também o empréstimo de camas hospitalares, cadeiras higiênicas e de rodas, aparelhos de nebulização, aspiradores e cilindros de oxigênio. O serviço atende a um número expressivo de pacientes oncológicos
em tratamento paliativo, tem uma grande área de abrangência e conta com uma equipe interdisciplinar com
objetivo de garantir o conforto e a qualidade de vida ao paciente e aos familiares no domicílio.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Cuidados Paliativos Oncológicos; Perfil do Serviço.
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A importância da atualização de cuidadores por meio de minicursos ministrados pela
equipe multidisciplinar
Autores: Andrade, CM; Alves, YM; Mont’Alverne, RRA; Barreto, RM; Veríssimo, FKS; Dias, C.
Instituição: Unimed Lar Sobral
A assistência domiciliar é um tema que, atualmente, traz muita discussão entre profissionais da área da
saúde e entre administradores. Essa modalidade de assistência, também conhecida como Home Care (do inglês,
cuidado do lar), pode ser definida como um conjunto de procedimentos hospitalares possíveis de serem realizados na casa do paciente por uma equipe multidisciplinar. A tarefa do Home Care é bem complexa, exigindo
que a família e a equipe estejam bem envolvidos e treinados, pois a abordagem educativa é base para a atenção
domiciliar, sendo um momento de incentivar as habilidades dos cuidadores e da família, o que contribui também para o seu crescimento pessoal. Durante o ano de 2013, a Unimed Lar Sobral realizou minicursos para os
cuidadores abordando temáticas relacionadas com as patologias dos pacientes do serviço. Os minicursos foram
ministrados pela equipe multidisciplinar (nutricionista, enfermeira, fisioterapeutas e psicólogo) e tinha como
abordagens os temas: cuidados de nutrição enteral, cuidados com pacientes hipersecretivos, cuidados com pacientes portadores de Parkinson e Alzheimer, cuidados alimentares para pacientes com disfagia, estimulação
das atividades de vida diária. Concluímos por meio de conversas com os cuidadores e familiares que é de fundamental importância a participação dos cuidadores para a atualização e o treinamento em cursos destinados ao
cuidado domiciliar. Os cuidadores relataram que se sentem mais seguros após aprenderem um pouco sobre os
temas abordados. Conseguimos, por intermédio desses minicursos, melhorias e cuidadores qualificados em suas
funções, aprendizado de novas habilidades, ampliação dos conhecimentos, modificando, assim, suas atitudes e
comportamentos pelo processo de ensino-aprendizado.
Palavras-chave: Cuidadores; Assistência; Minicursos; Multidisciplinar.
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Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
Programa de atendimento domiciliar: descrição socioeconômica dos pacientes com
alimentação enteral
Autores: Leite, RFP; Matos, KC.
Instituição: Hospital Geral de Fortaleza/CE
Uma das principais dificuldades enfrentadas pelo setor saúde é determinar quem necessita de cuidados no
domicílio e identificar as necessidades de saúde dessas pessoas. O presente estudo teve como objetivo descrever os achados relacionados ao perfil socioeconômico dos pacientes usuários de alimentação enteral assistidos
pelo Programa de Assistência Domiciliar (PAD) do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), no Estado do Ceará.
A partir desse estudo, foram conhecidas as características desses pacientes e, consequentemente, a elaboração
de projetos visando à melhoria de sua qualidade de vida, além de servir como ferramenta para o dimensionamento do cuidado a ser prestado. Este estudo foi do tipo retrospectivo, transversal, quantitativo, de natureza
documental. Realizou-se no PAD do HGF no período de 1 de julho até 31 de dezembro de 2013. Amostra foi
composta por 41 prontuários de pacientes usuários de alimentação enteral. O projeto foi submetido ao Comitê
de Ética em Pesquisa do HGF, sob o parecer 576.466. Como resultados encontrados, foi verificado que, dos
41 prontuários, 16 pacientes (39,03%) eram do gênero masculino e 25 (60,97%) do gênero feminino. Quanto
à idade, 44% tinham entre 61 e 80 anos, seguido de 32% com idade maior de 80 anos. Analisando seu grau
de instrução, 63% possuíam o primeiro grau. Em relação à renda familiar, 46,4% possuíam renda entre dois e
cinco salários mínimos. Sobre os cuidadores, 97% tinham cuidadores disponíveis em casa e 3% não possuíam
cuidador. Quanto ao gênero dos cuidadores, 97% eram do gênero feminino e 3% eram do gênero masculino.
Podemos concluir que a população desta pesquisa era na maioria do gênero feminino e idosa, com 1°grau escolar completo, renda familiar entre dois e cinco salários mínimos e possuía cuidadores.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; SUS; Idoso.
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O atendimento em rede como um diferencial para muitos usuários da assistência domiciliar do Inca
Autores: Azevedo, EF; Souza, JCS; Alvarez, MMR; Santos, LJO.
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) José Alencar Gomes da Silva
A unidade de cuidados paliativos do Instituto Nacional do Câncer, o HC IV, presta assistência domiciliar
aos usuários por meio de equipes interdisciplinares. A fim de garantir o atendimento humanizado e efetivo
ao usuário e seu familiar, a equipe não fica restrita ao atendimento no domicílio. O trabalho em rede requer
articulação e integração dos serviços e profissionais de saúde dos diferentes níveis de complexidade e entre
vários setores. Busca reforçar a importância da rede para a garantia do atendimento em sua integralidade.
Existem diversas situações na assistência domiciliar que exemplificam essa importância: cuidador familiar que
não consegue, por exemplo, realizar curativo em grandes feridas tumorais; local de domicílio do usuário onde
a equipe não tem fácil e/ou livre acesso, diante da violência urbana. Nesses casos, o serviço social, visando à
garantia de direito à assistência, de acordo com os princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS),
realiza parcerias com a rede de saúde (policlínicas, Melhor em Casa, Médico de Família e Programa de Saúde
da Família-PSF), existentes nos locais de moradias de diferentes cidades. No primeiro caso, profissionais PSF e
do Médico de Família colaboram na realização dos curativos, atenuando a sobrecarga do cuidador, e recebem
orientações da enfermagem sempre que necessário. Já no segundo caso, o atendimento é realizado na unidade
de saúde de acordo com a área de abrangência. Conclui-se que o trabalho integrado e o compartilhamento do
cuidado com a rede de atenção básica de saúde pode garantir a concretização e a eficácia da assistência. É um
desafio a ser conquistado em cuidados paliativos, mas já é uma realidade.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Cuidados Paliativos; Redes.
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A experiência da introdução da escala reduzida de Zarit para avaliação do desgaste do
cuidador na atenção domiciliar
Autores: Milani, HGSB; Sorce, APMS.
Instituição: Prefeitura Municipal de Mauá/SP
A atenção domiciliar (AD) proporciona maior agilidade na alta hospitalar e continuidade da assistência
no domicílio, minimizando intercorrências clínicas a partir da manutenção do cuidado sistemático pelas suas
equipes. Reduz-se, assim, o risco de infecções hospitalares e aumenta-se a rotatividade de leitos hospitalares
e de pronto atendimento. A efetivação do cuidado no domicílio tem como norma e elemento fundamental a
função do cuidador – que pode ser um familiar, um vizinho ou qualquer pessoa com vínculo emocional com o
paciente – que irá se corresponsabilizar pelas práticas de cuidado junto à equipe. O cuidar de uma pessoa com
dependências provoca mudanças na vida do cuidador e da família, com a limitação do convívio social devido
às novas funções assumidas, assim como pode, na maioria das vezes, levar a uma inversão de papéis na estrutura familiar. O processo de reabilitação do paciente em AD pode ser comprometido por esse contexto, uma
vez que o desgaste e a sobrecarga do cuidador condicionam a qualidade do cuidado. A escala de Zarit original
possui 22 perguntas e avalia o contexto do portador de demência, medindo a sobrecarga experimentada pelo
cuidador, o abandono, a sensação de culpa por não fazer o suficiente pelo paciente, a vergonha perante a sociedade, a irritabilidade, entre outros. Selecionamos a escala reduzida, pois suas questões relacionam-se diretamente com o paciente acamado, dependente de cuidados no domicílio. Foram mantidas as questões destinadas
à sobrecarga, autocuidado, perda do papel social ou familiar, sem riscos de perder informações para o cuidado
paliativo e crônico. Foram excluídas questões referentes à doença mental.
Palavras-chave: Atenção Domiciliar; Sobrecarga do Cuidador; Cuidados Domiciliares.
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Programa de Assistência Domiciliar do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará (Iasep)
Autores: Ferreira, ILFV; Freitas, RV; Fonseca, DSP.
Instituição: Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará (IASEP)
A assistência domiciliar é uma categoria de atenção à saúde viabilizada pelos seus benefícios, como a redução de custos, o menor risco de infecções, o maior conforto para o paciente e a maior proximidade da equipe multiprofissional com o paciente, sua família/cuidador. O Programa de Assistência Domiciliar (PAD) é o conjunto
de atividades de caráter ambulatorial, programadas, continuadas, desenvolvidas no domicílio e instrumentalizadas
pela visita técnica. O PAD do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará (Iasep) tem como perfil
os usuários que estão incapacitados de se locomoverem aos serviços de saúde em âmbito ambulatorial, temporária ou permanentemente, não se especificando a patologia e/ou grupo etário. O PAD conta com uma equipe
multidisciplinar, atualmente composta de fisioterapeuta (um), fonoaudiólogos (dois), médico clínico geral (um),
psicólogos (quatro), nutricionista (um), assistentes sociais (dois) e técnicos em enfermagem (19), responsável pela
mediação e intervenção junto ao paciente e sua família, bem como pelo acompanhamento e avaliação do plano de
tratamento sequencial executado pela rede credenciada ao Iasep. Em atendimento no Programa, encontram-se
216 pacientes, sendo 57,87% do sexo feminino e ocorrendo uma prevalência de 54,16 % de doenças do sistema
nervoso, entre elas o acidente vascular cerebral (AVC), Alzheimer e Parkinson, 8,33% de fraturas e 7,87% de doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo. Conclui-se que o PAD tem por finalidade preservar e promover o conforto e a dignidade aos pacientes, favorecendo a estabilização do quadro clínico e retardando, sempre
que possível, a progressão de patologias crônicas, além de reduzir a permanência hospitalar e, consequentemente,
a incidência de infecções hospitalares, reintegrando o paciente ao meio familiar e social.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Equipe Multidisciplinar; Atenção à Saúde.
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Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
Cuidado domiciliar: as vivências de ser cuidador familiar de idosos dependentes
Autores: Caldas, CP; Couto, AM; Friedrich, DBC; Castro, EAB.
Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora/MG
A dependência de cuidados no domicílio evidencia-se como problema de saúde pública no acelerado
processo de envelhecimento populacional brasileiro. Diante desse contexto, teve-se como objetivo neste estudo
compreender as vivências e as experiências de ser cuidador familiar de idosos dependentes no contexto domiciliar. Consiste em uma investigação qualitativa, com aporte na teoria fundamentada nos dados. Realizaram-se
visitas domiciliares para observação e entrevista semiestruturada junto a nove famílias de idosos dependentes em
autocuidado, cadastrados no serviço de gerontologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz
de Fora, em Minas Gerais. Com as codificações e a análise do material empírico, pode-se compreender que as vivências dos familiares no desempenho desse papel apresentam, ao mesmo tempo, aspectos positivos e negativos.
Destacaram-se como aspectos positivos: sentimentos na relação com o familiar dependente, como afetividade,
solidariedade e gratificação, os momentos de interação entre o binômio idoso/cuidador e a manutenção da autoestima diante de situações de dificuldades e de comprometimento das próprias condições de saúde do cuidador.
Quanto aos aspectos negativos vivenciados pelo cuidador, foram identificados: o abandono do trabalho para
cuidar, a vida afetiva ocupando um segundo plano, o comprometimento das atividades sociais, principalmente
de lazer, alterações no processo saúde-doença, dificuldades em relação ao atendimento da necessidade do sono e
repouso e presença constante de sentimentos negativos em seus cotidianos, além da identificação do diagnóstico
de enfermagem tensão do papel de cuidador. Assim foi possível concluir que se tornar um cuidador familiar
configurou-se como uma atividade que mudou toda a rotina de vida da pessoa, pois ela precisa de uma rede de
suporte como apoio, com destaque para a necessidade de uma atenção domiciliar efetiva.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Idoso; Cuidadores Familiares.
E-mail: [email protected]
Perfil dos pacientes atendidos no Programa de Assistência Domiciliar de enfermagem por uma operadora de saúde de Viçosa/MG, no período de janeiro de 2013 a
agosto de 2014
Autor: Caetano, VRG.
Instituição: Agros – Instituto UFV de Seguridade Social
O estudo tem como objetivo descrever o perfil dos pacientes acompanhados por uma enfermeira no
Programa de Assistência Domiciliar (PAD) de uma operadora de saúde da modalidade de autogestão. Trata-se
de um estudo transversal, retrospectivo, realizado por meio da análise dos prontuários de todos os pacientes
atendidos no período de janeiro de 2013 a agosto de 2014. Durante o período analisado, foram realizados
1.115 atendimentos a 53 pacientes. Destes, 37 foram inseridos no PAD da operadora, sendo 57% dos pacientes
do sexo masculino e 43% do sexo feminino. A maioria dos pacientes (89%) era idosa. O estado civil desses
pacientes era: 22 casados, dez viúvos, três solteiros, dois divorciados ou outros. A partir da classificação dos
cuidadores, constatamos que 60% dos pacientes possuíam cuidadores informais, sendo que a metade destes
eram filhos do paciente. Já com relação aos cuidadores formais, 55% eram técnicos de enfermagem, e os demais, empregadas domésticas. A partir da análise da patologia principal do paciente que levou à necessidade
de cuidados domiciliares, observa-se que houve predomínio das doenças neoplásicas (21%) e neurodegenerativas (18%). Ao final do período avaliado, havia 21 pacientes ativos no PAD, 12 pacientes faleceram e quatro
receberam alta. Dos 12 óbitos ocorridos, 42% foram de pacientes oncológicos e 25% de pacientes portadores
de doenças neurodegenerativas. A maioria dos óbitos (83%) ocorreu em ambiente hospitalar e somente dois
pacientes evoluíram a óbito no domicílio. Conclui-se que o perfil de pacientes acompanhados no PAD é, predominantemente, idoso, do sexo masculino, casado, com cuidadores informais (geralmente filhos), portadores
de doenças neoplásicas ou neurodegenerativas.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Enfermagem; Perfil.
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Ano I - Número I - jan./jun. 2015
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Perfil dos óbitos no serviço de internação domiciliar do Hospital Cruz Vermelha Brasileira, filial Barra do Piraí/RJ
Autores: Almeida, JD; Neves, RE; Melo, FG.
Instituição: Hospital Cruz Vermelha Brasileira, filial do município de Barra do Piraí/RJ
Introdução: O aumento do número de pacientes portadores de doenças crônicas evidencia a demanda
por atendimento especializado em assistência domiciliar. O Hospital Cruz Vermelha Brasileira, especializado em cuidados prolongados, oferece internação domiciliar e atendimento ambulatorial e possui 30 leitos de
internação domiciliar. Material e Métodos: Estudo descritivo, por meio de consulta em banco de dados dos
prontuários de pacientes que faleceram no período de agosto de 2013 a agosto de 2014, encaminhados pelas
unidades da Região do Médio Paraíba, no Estado do Rio de Janeiro. Resultados: Foram avaliados 31 prontuários
no período de 12 meses, com idade média masculina de 75,5 anos e feminina de 78 anos, com enfermidades:
oncológicas (48,38%), neurológicas (22,50%), cardiovasculares (16,12%), pneumológicas, devido a causas externas, osteomusculares e do tecido conjuntivo, decorrentes da SIDA e hanseníase (menos que 1%). Em relação
ao gênero, as enfermidades distribuem-se do seguinte modo: oncológicas são nove pacientes masculinos (60%)
e seis femininos (40%); neurológicas, um masculino (14,28%) e seis femininos (85,71%); cardiovasculares, dois
masculinos (40%) e três femininos (60%); as demais enfermidades, menos de 1%. Conclusão: Os dados apresentados demonstram um perfil de pacientes em fim de vida com predomínio de enfermidades oncológicas em
homens e neurológica em mulheres. A idade demonstra que a internação domiciliar foi utilizada por pacientes
que estariam incluídos na atenção especializada e que, no momento de agudização da doença crônica, utilizariam a rede convencional do Sistema Único de Saúde (SUS), deixando de beneficiar pacientes e seus familiares
por meio do alívio do sofrimento na terminalidade.
Palavras-chave: Crônico; Doenças Crônicas; Internação; Domiciliar.
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A integração da rede de urgência com o Serviço de Atenção Domiciliar de Contagem/MG
Autor: Ribeiro, AD.
Instituição: Fundação de Assistência Médica e de Urgência de Contagem/MG
O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) de Contagem, no Estado de Minas Gerais, foi implantado em
maio de 2012 e passou por várias pactuações, entre elas uma de destaque: a parceria entre a Superintendência de Urgência e Emergência e a Superintendência de Atenção à Saúde, a partir da integração do Serviço de
Atenção Domiciliar (SAD) e o Serviço Móvel Urgência (SAMU), ficando acordado que o SAMU atenderá e
transportará os usuários do SAD e verificará os óbitos em domicílio por meio da emissão de eletrocardiograma
(ECG) e relatório médico que comprove o óbito. Com a verificação do óbito, a equipe médica do Programa
Melhor em Casa de Contagem fica responsável pela emissão da Declaração do Óbito (DO). Assim, a família
do usuário se desloca até a unidade do Programa ou ao hospital com o prontuário e a verificação do SAMU
para que seja emitida a DO. Em seguida, o serviço social do Programa orienta a família sobre as medidas para o
funeral. Além disso, em até sete dias após o óbito ocorre a visita pós-óbito, encerrando, assim, o atendimento.
As ocorrências para verificação de óbitos representaram 6%; retirada de sondas entéricas, 20%; urgências, 17%;
outras ocorrências, 57%.
Palavras-chave: Serviço Móvel Urgência (SAMU); Verificação do Óbito; Declaração do Óbito (DO).
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Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
Relato assistencial: atendimento domiciliar aos clientes gastrostomizados acompanhados pela saúde integral da Unimed Uberaba/MG
Autores: Cardoso, RL; Souza, AGD; Rodrigues, RA; Rodrigues, BR; Santiago, LB.
Instituição: Cooperativa de Trabalho Médico LTDA – Unimed Uberaba/MG
O cliente gastrostomizado requer acompanhamento contínuo do enfermeiro até que readquira independência diante dessa nova condição de vida. O objetivo deste relato assistencial foi avaliar os cuidados domiciliares em clientes que utilizam gastrostomia, acompanhados pelo Programa de Gerenciamento de Casos Especiais
(PGCE) da Saúde Integral da Unimed Uberaba, no Estado de Minas Gerais. Esse apoio é realizado por uma
equipe interdisciplinar, que incentiva a família a participar no cuidado, dando suporte às suas ações, ensinando-lhes os cuidados em relação aos aspectos físicos e emocionais. Atualmente, são atendidos 20 clientes portadores de gastrostomia, cuja percepção dos cuidadores foi avaliada por meio da comparação entre a adesão dos
cuidados propostos, a evolução clínica do cliente e a redução do custo após o procedimento. Os familiares e os
cuidadores têm demonstrado competência e conhecimento em relação ao cuidado, uma vez que todo processo
é ensinado e reforçado em domicílio, além da participação do curso de cuidadores, um dos principais critérios
para eleger o cliente no programa. O curso proporciona a capacitação referente ao cuidado com o cliente em
domicílio. Cuidadores e familiares relataram que adquiriram essa competência e conhecimento por meio das
orientações da equipe de enfermagem e nutricionistas, do auxílio em recursos comunitários propostos pelas
assistentes sociais, da atenção psicológica, das orientações de exercícios físicos ensinados pela fisioterapia e do
acompanhamento médico. Fica evidente a melhora do quadro clínico e a redução dos números de internações
dos clientes que necessitaram da gastrostomia não só pela prevenção de complicações da deglutição prejudicada, mas também por garantir as necessidades humanas básicas de nutrição e hidratação satisfatória do cliente,
garantindo as necessidades corporais.
Palavras-chave: Enfermeiro; Gastrostomia; Cuidado Domiciliar.
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Análise da capacidade funcional dos idosos cadastrados na Unidade Básica de Saúde
Henrique Octávio Pool do município de Coari/AM
Autores: Reis, DA; Morais, CP; Faro, ACM.
Instituição: Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
O envelhecimento populacional é um dos grandes desafios a serem enfrentados nas próximas décadas,
pois, à medida que os anos passam, a pessoa idosa pode ter a sua capacidade funcional comprometida, resultante da combinação do processo fisiológico do envelhecimento somada à comorbidade prévia. A avaliação geriátrica ampla é um conjunto de técnicas, procedimentos e ambientes operacionais, no qual a avaliação abrangente
e estruturada se associa aos métodos clássicos padronizados de avaliação de saúde das diversas especialidades.
A dimensão mais estudada é o estado funcional na área da geriatria. Objetivou-se analisar a capacidade funcional dos idosos cadastrados na Unidade Básica de Saúde Henrique Octávio Pool do bairro Duque de Caxias,
do município de Coari, no Estado do Amazonas. Trata-se de um estudo transversal de caráter quantitativo, no
qual foram selecionados aleatoriamente 30 idosos de uma população de 183 cadastrados. A coleta de dados foi
por meio de instrumento validado chamado de índice de Barthel e um formulário. Na análise dos dados, foram
utilizados tabelas e gráficos. Os resultados demonstraram que a população é predominante de idosos jovens,
com idade de 60 a 69 anos (40%), do sexo masculino, casados, não alfabetizados e aposentados. Em relação
à capacidade funcional, observou-se que: 26 participantes (87%) são independentes para a realização das atividades da vida diária (AVDs); dois (7%) foram classificados como sendo dependentes, necessitando de ajuda
ou supervisão mínima para algumas AVDs; um (3%), como parcialmente dependente, necessitando um pouco
mais de ajuda; um (3%), como totalmente dependente, necessitando de ajuda para quase todas AVDs. Concluise a partir do estudo que a maioria dos participantes revelou autonomia e independência no autocuidado.
Palavras-chave: Capacidade Funcional; Idoso; Atividades da Vida Diária.
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Perfil e ocorrência de quedas em pacientes atendidos em um serviço de assistência domiciliar da Prefeitura Municipal de Uberlândia/MG
Autores: Silva, MR; Rodrigues, IG; Reis, JAAA; Gonçalves, EC; Matos, LB.
Instituição: Prefeitura Municipal de Uberlândia/MG
Introdução: O processo de envelhecimento favorece a ocorrência de eventos incapacitantes, sendo as
quedas um dos mais representativos, tornando-se um problema de saúde pública, pois acarreta em graves sequelas, com perda de autonomia, dependência funcional e institucionalização. Objetivo: Realizar levantamento
do perfil e prevalência de quedas em pacientes admitidos em um serviço de assistência domiciliar. Metodologia:
Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal, no qual foram realizadas entrevistas em visitas domiciliares, que ocorreram no mês de setembro de 2014. As entrevistas foram realizadas por meio de questionário
aplicado por fisioterapeutas do Programa Melhor em Casa da cidade de Uberlândia, no Estado de Minas Gerais.
A amostra foi caracterizada por pacientes com idade igual ou superior a 50 anos, admitidos no Programa. A
análise deu-se por meio de estatística descritiva. Resultados: A amostra total foi de 70 pacientes, sendo 43% do
sexo masculino e 57% sexo feminino. Foi verificado que 73% dos entrevistados se referiram a algum episódio
de queda nos últimos três anos. Em relação ao número de quedas, 54,9% relataram de duas a dez quedas. O lugar mais frequente foi o interior do domicílio, com 52,9% das ocorrências. Daqueles que se referiram a alguma
consequência, 54,2% apresentaram fraturas, sendo o local mais prevalente a articulação do fêmur. Conclusão:
Os dados revelam a necessidade de se estabelecer planos de ação para prevenção de quedas, cabendo aos profissionais do Programa criarem estratégias de intervenção e adaptação dos domicílios a fim de evitar a ocorrência
desse evento, visando à promoção e à recuperação da capacidade funcional.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Acidentes por Queda; Envelhecimento.
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Terapia nutricional em cuidados paliativos: bioética da proteção como apoio para tomada de decisão
Autores: Brondani, CM; Lampert, MA; Donati, L; Rizzatti, SJS; Zimmermann, C.
Instituição: Serviço de Internação Domiciliar do Hospital Universitário de Santa Maria, Rio Grande do Sul
Introdução: Cuidado paliativo (CP) indica o cuidar global do paciente presente em todas as fases de adoecimento, principalmente quando não há resposta a tratamentos curativos. A bioética da proteção (BP) instrumentaliza o entendimento e a resolução de conflitos, visando à proteção dos vulneráveis. As discussões éticas
sobre terapia nutricional (TN) em CP são vistas como campo fértil para a BP. Os CPs baseiam-se no controle da
dor, sofrimento e manutenção das necessidades básicas de nutrição, mas seu formato pode ser diverso, dependendo da equipe assistente, paciente e família envolvidas, principalmente na atenção domiciliar (AD). Objetivo:
Relatar a atuação do nutricionista na perspectiva da BP. Metodologia: Revisão bibliográfica sobre CP em AD e
relato do papel do nutricionista com a equipe multiprofissional, paciente e cuidadores, considerando a BP. Resultados: A atuação prevê condutas dietoterápicas, abordagem de sintomas ou intercorrências e enfrentamento
de conflitos. Em CP, o paciente pode apresentar inapetência e recusa alimentar, desencadeando perda ponderal
e caquexia. O nutricionista pode auxiliar no manejo de sintomas como náuseas, vômitos e saciedade precoce.
A TN instituída depende da condição clínica do paciente, integridade do trato gastrointestinal, expectativa de
vida, estado nutricional e psicológico. A conduta dietoterápica deve fornecer as necessidades nutricionais, ser
individualizada, conforme aceitação do indivíduo, respeitando sua vontade, para proporcionar prazer e conforto. A via oral é a preferencial, pois considera a autonomia do paciente. A TN enteral não aumenta a sobrevida
e, provavelmente, não proporciona melhor qualidade de vida. Conclusão: A TN sob o olhar da BP privilegia
a individualização, a autonomia do paciente e a habilidade de comunicação entre os envolvidos, mostrando a
importância da atuação multidisciplinar nesse processo.
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Terapia Nutricional; Bioética da Proteção.
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A prática de um Home Care na assistência domiciliar
Autores: Calixto, T; Bosso, D; Santos, AFG.
Instituição: Sorocaba Serviços de Saúde
O Sorocaba Home Care (nome fantasia) é um serviço alternativo e complementar ao modelo hospitalar,
no qual envolve profissionais especializados que elaboram, na residência, um tratamento clínico em que não é
preciso, obrigatoriamente, da assistência hospitalar para seu acompanhamento. Busca atuar de forma preventiva,
terapêutica e reabilitadora, promovendo qualidade de vida ao paciente e família, utilizando critérios técnico-científicos e decisões baseadas no melhor nível de evidência clínica possível, para cada procedimento. O gerenciamento do serviço é realizado na sede da empresa em uma cidade do interior paulista, com o horário de funcionamento de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h; nos demais horários, é acionado o telefone de plantão. As ações
desenvolvidas na prestação de serviços são: enfermagem 24 horas; equipe multiprofissional (fisioterapia, terapia
ocupacional, nutrição, fonoaudiologia, psicologia, enfermeiro e médico); cuidador de idoso; fornecimento de
materiais e insumos; planejamento, gerenciamento e recrutamento de pessoal; planejamento e gerenciamento de
materiais; educação continuada dos profissionais; remoção de pacientes (ambulância simples e uti); supervisão
da assistência. Para o desenvolvimento do serviço, a sede da empresa conta com 19 funcionários, compreendendo equipe administrativa, de enfermagem, de recursos humanos, responsável técnico de equipe multiprofissional,
de limpeza, almoxarifado e remoção. A implementação do serviço contribui para o atendimento de pacientes no
conforto de seu lar, por meio do cuidado integral e humanizado, bem como o processo de educação e promoção
de saúde tanto para o paciente quanto para a família, buscando qualidade de vida para ambos. Como diferencial,
mantemos enfermeiros à disposição, visando a um cuidado de qualidade e vínculo com a equipe e familiares, o
que aumenta a confiança, segurança, respeito e satisfação na assistência prestada.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Enfermagem; Serviços de Assistência Domiciliar.
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Dispensação de materiais: relato da criação de um protocolo na assistência domiciliar
no município de Uberlândia/MG
Autores: Silva, PL; Mendes, MM; Sousa, TA; Rodrigues, IG; Silva, ÉCL.
Instituição: Prefeitura Municipal de Uberlândia/MG
Introdução: Visando à alocação, à otimização dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e ao aumento da acessibilidade do usuário a materiais médico-hospitalares, estabeleceu-se no município de Uberlândia, no
Estado de Minas Gerais, o Protocolo de Dispensação de Materiais para Assistência Domiciliar. O Protocolo
integra a atenção primária e o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), o qual está em vias de implementação e
validação pela Secretaria Municipal de Saúde. Objetivo: Relatar os benefícios e os desafios que a rede municipal
de saúde terá com a implementação desse protocolo. Métodos: Trata-se do relato da experiência da elaboração
do Protocolo por um grupo de trabalho, composto por representantes da atenção primária, coordenação de
enfermagem do município e com enfermeiras do SAD, realizando reuniões semanais. A princípio, discutimos
a padronização da dispensação de materiais e descrevemos os procedimentos como aspiração de vias aeríferas,
manuseio com sonda nasoenteral e gastrostomia, além de cateterismo vesical, detalhando os materiais necessários para realização desses procedimentos e, posteriormente, a necessidade de vincular ao Protocolo a descrição
do procedimento operacional padrão (POP), para, assim, capacitarmos os servidores da rede. Resultado: Maior
credibilidade da equipe que realiza assistência domiciliar aos usuários, otimização e alocação de recursos do
Sistema Único de Saúde (SUS), compatibilidade no fornecimento de informações para os usuários entre os colaboradores da rede de saúde, favorecer previsão e provisão da dispensação dos materiais pelos colaboradores
da rede. Conclusão: A sistematização dos serviços de saúde, por meio da implementação do Protocolo, além de
otimizar racionalmente os recursos do SUS, permitirá aos servidores da rede o melhor planejamento quanto à
logística e à quantidade de materiais dispensados em cada instituição de saúde.
Palavras-chave: Protocolos; Recursos; Assistência Domiciliar.
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A bioética da proteção na atenção domiciliar
Autores: Rizzatti, SJS; Lampert, MA; Donati, L; Cerezer, LG; Brondani, CM.
Instituição: Hospital Universitário de Santa Maria, Rio Grande do Sul
Introdução: A bioética da proteção (BP) busca entender e resolver conflitos entre quem dispõe ou não
de meios para realizar sua vida. Ao repensar a atenção domiciliar, ferramentas como a BP são válidas no enfrentamento de situações como reinserção do paciente em núcleo familiar desfavorecido e transferência de tecnologias para domicílio. Objetivo: Relatar a experiência de um serviço de internação domiciliar na perspectiva
da BP. Metodologia: Na rotina do Serviço de Internação Domiciliar do Hospital Universitário de Santa Maria (SID-HUSM), identificaram-se elementos que podem ser associados à BP: acesso, consentimento do paciente/
cuidador, respeito às peculiaridades do domicílio, comunicação para tomada de decisão compartilhada e medidas de suporte para cuidador. Resultados: Quanto ao acesso no serviço, este depende do encaminhamento da
equipe hospitalar. O consentimento e o respeito à vontade do paciente/cuidador são realizados após o contato
da equipe, que busca explicar a modalidade de atendimento e o funcionamento do serviço, compartilhando com
a família a decisão de receber o paciente. Em relação ao domicílio, procura-se realizar as adaptações possíveis
e necessárias à segurança e ao conforto do paciente. Na comunicação e na tomada de decisão compartilhada,
procura-se clareza da conduta entre os membros da equipe, e destes com o paciente e com o cuidador, considerando as diferenças culturais. Para suporte do cuidador, realizam-se as orientações das demandas de cuidado do
paciente, fornecem-se materiais e medicamentos e disponibiliza-se contato telefônico para esclarecer dúvidas,
buscando minimizar a sobrecarga do cuidador. Conclusão: Exercer a BP é um desafio constante, construído
no cotidiano de trabalho, embasado na comunicação adequada e clara entre os diversos atores envolvidos na
atenção domiciliar e no comprometimento diante da resolução das necessidades de saúde dos usuários.
Palavras-chave: Bioética; Doença Crônica; Serviços de Assistência Domiciliar.
E-mail: ceciliabrondani@hotmail
Atuação do fisioterapeuta na atenção domiciliar
Autores: Donati, L; Brondani, CM; Cerezer, LG; Lampert, MA; Rizzatti, SJS.
Instituição: Hospital Universitário de Santa Maria, Rio Grande do Sul
Introdução: A atenção domiciliar caracteriza-se por um conjunto de ações de promoção à saúde, prevenção, tratamento de doenças e reabilitação prestadas no domicílio. O envelhecimento reduz tanto a força
muscular como a mobilidade articular, o que influencia na capacidade funcional, sendo necessária a intervenção
multiprofissional. Objetivo: Descrever a atuação do fisioterapeuta no Serviço de Internação Domiciliar do Hospital Universitário de Santa Maria (SIDHUSM). Metodologia: De acordo com a avaliação do grau de dependência do paciente, elabora-se o plano terapêutico individualizado, baseado na avaliação funcional, mobilidade
articular, força muscular, equilíbrio e marcha. Esse plano se divide em prevenção, suporte, restauração e paliativo. Na prevenção, os pacientes recebem orientações visando à estabilidade ou à melhora do estado de saúde:
cuidados posturais durante realização das atividades cotidianas, exercícios motores ativos, bem como avaliação
do ambiente e dos fatores de risco de quedas e prevenção de úlceras de decúbito. No plano de suporte, recebem
manutenção da mobilidade articular e força muscular, treinamento das técnicas de economia de energia durante
realização das atividades cotidianas, exercícios metabólicos, higiene brônquica e reexpansão pulmonar. No de
restauração, priorizam-se a manutenção do quadro funcional, objetivando melhora da mobilidade articular e
fortalecimento muscular, treino de equilíbrio, coordenação motora e marcha com e sem dispositivo de apoio,
condicionamento cardiorrespiratório, higiene brônquica e reexpansão pulmonar. No paliativo, priorizam-se
medidas de conforto: uso correto de coxins no posicionamento do paciente no leito, mudança de decúbito, treinamento do cuidador quanto à realização dessas atividades, cinesioterapia passiva na amplitude de movimento
indolor, higiene brônquica e reexpansão pulmonar. Conclusão: O fisioterapeuta como integrante de equipe
multiprofissional presta assistência domiciliar preventiva, reabilitadora, paliativa e de suporte, dependendo do
plano terapêutico e das incapacidades do paciente.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Fisioterapeuta; Tratamento.
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Visita domiciliar na perspectiva de atenção integral ao idoso: ações de cuidados paliativos
Autores: Maia, PSM; Leite, PF; Caló, FO; Silva, JÁ; Boas, ILV.
Instituição: Núcleo de Atenção ao Idoso da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (NAI-UERJ)
Introdução: O projeto de visita domiciliar constitui parte do programa assistencial e de ensino no Núcleo
de Atenção ao Idoso da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (NAI-UERJ) e conta com profissionais de
enfermagem, fisioterapia, medicina, nutrição e serviço social. São atendidos idosos em estágios mais avançados
do processo de adoecimento, com foco nos cuidados paliativos, visando à qualidade de vida tanto dos pacientes
quanto de seus familiares e oferecendo suporte efetivo ao cuidador. Objetivo: Apresentar as ações de cuidados
paliativos realizadas no período. Metodologia: Revisão e estudo em prontuários de nove pacientes acompanhados durante o ano de 2014. Resultados: As doenças crônico-degenerativas foram as mais prevalentes nos idosos
atendidos, além da faixa etária avançada, exigindo cuidados sistemáticos por parte da família e atenção diferenciada da equipe. Verificamos o aumento progressivo de idosos em cuidados paliativos, configurando, aproximadamente, a totalidade dos casos acompanhados. Diversas ações foram realizadas e sistematizadas neste trabalho,
voltadas para as seguintes questões identificadas: progressão da doença, disfagia, imobilidade, envolvimento e
suporte familiar, risco de quedas, manejo da dor, distúrbios de comportamento, sobrecarga do cuidador, acesso
a recursos e direitos, dentre outros. Conclusão: O debate sobre a terminalidade e sobre os cuidados paliativos
requer preparo das equipes, considerando-se a maior vulnerabilidade dos idosos portadores das doenças que
comprometem sua funcionalidade e qualidade de vida. Além disso, exige-se habilidade para trabalhar com a
família no domicílio e articular os conhecimentos técnicos com a realidade de vida das pessoas, além de aptidão
para compreender o significado do processo saúde-doença, da morte e do morrer dentro do núcleo familiar.
Palavras-chave: Ensino; Cuidado; Terminalidade.
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Síndrome de Guillain-Barré: relato de caso com desfecho favorável relacionado ao Serviço de Atenção Domiciliar (SAD-Uberlândia/MG)
Autores: Pimenta, TF; Lawal, NO; Resende, GCC; Rezende, JPC.
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) / Programa Melhor em Casa da Prefeitura Municipal de
Uberlândia/MG
A neuropatia axonal motora aguda (AMAN) é uma forma pura motora axonal da Síndrome de Guillain-Barré (GBS). A incidência anual da GBS está entre 1/91.000 e 1/55.000, com apresentação de rápido início de
fraqueza muscular e reflexos ausentes. Relatamos um caso de GBS grave que apresentou melhora clínica significativa durante o acompanhamento pelo Serviço de Atenção Domiciliar (SAD). Foi realizada revisão detalhada
do prontuário do paciente. Paciente R.V.S, 17 anos, iniciou em dezembro de 2013 com dor seguida de perda de
força muscular em membros inferiores, com piora rápida e progressiva de forma ascendente. Foi submetido a
exames laboratoriais gerais e exame de líquor sem alterações importantes. A eletroneuromiografia evidenciou
polineuropatia axonal assimétrica com comprometimento sensorial leve e motor gravíssimo, compatíveis com a
suspeita clínica de GBS. Foi internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com insuficiência respiratória aguda, necessitou de intubação orotraqueal, ventilação mecânica, e posterior traqueostomia, alimentação por sonda
nasoenteral e gastrostomia. Recebeu alta para o domicílio em ventilação mecânica invasiva por traqueostomia
(Bilevel Positive Airway Pressure – BiPAP) no dia 10 de fevereiro de 2014. A assistência da equipe multidisciplinar com fisioterapia respiratória e motora, assistência médica, nutricional e psicológica possibilitou melhora
clínica progressiva, com desmame da ventilação mecânica concluído em abril de 2014 e retirada de traqueostomia
após um mês. Nesse período, foi reintroduzida alimentação oral e retirada gastrostomia em maio de 2014. Apresentou melhora motora importante, recebendo alta do SAD já inserido para acompanhamento pela Estratégia de
Saúde da Família e serviço de reabilitação multidisciplinar ambulatorial. A alta precoce da UTI para o domicílio
com apoio multidisciplinar pelo SAD possibilitou o desfecho clínico favorável e reabilitação precoce.
Palavras-chave: Guillain-Barré; Ventilação Mecânica Invasiva Domiciliar.
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Vulnerabilidade social: reflexos na atuação do assistente social
Autores: Rizzatti, SJS; Brondani, CM; Lampert, MA; Costa, LC; Donati, L.
Instituição: Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul
Introdução: A atenção domiciliar é uma estratégia de cuidado aos usuários com doenças crônicas. Observamos cotidianamente que muitos estão em situação de vulnerabilidade social e apresentam dificuldades
consideráveis para aderir ao tratamento, o que acaba interferindo na evolução clínica destes. Objetivo: Relatar a
experiência do assistente social no acompanhamento de usuários no Serviço de Internação Domiciliar do Hospital Universitário de Santa Maria (SIDHUSM). Metodologia: No cotidiano das visitas domiciliares, identificam-se
elementos que denotam as dificuldades sociais que envolvem as famílias, tais como: dificuldades econômicas,
habitacionais, estrutura familiar, baixa escolaridade e a não disponibilidade de um cuidador definido. Resultados:
Dentre as situações, destacam-se a dificuldade das famílias no manuseio e a administração dos medicamentos.
Esta decorre, por vezes, do baixo nível de escolaridade, que impede o entendimento quanto à dosagem, horários
ou pela dificuldade econômica na aquisição dos medicamentos e desconhecimento sobre os direitos de acesso a
esses benefícios na rede pública. Os usuários que estão nessa situação de enfrentamento de suas vulnerabilidades
e, ao mesmo tempo, fragilizados com a situação da doença acabam em alguns momentos sendo rotulados pela
equipe de saúde como não aderentes ao tratamento. O assistente social, diante dessa realidade, utiliza-se dos
seus instrumentais técnico-operativos para elucidar a situação e garantir aos usuários o acesso aos seus direitos.
Conclusão: Desvendar a historicidade, a dinâmica familiar e as contradições que se fazem presentes na vida dos
usuários é fundamental para uma adequada intervenção dos profissionais de saúde, especialmente do assistente
social, que possui sua atuação direcionada na busca da garantia dos direitos sociais dos usuários.
Palavras-chave: Vulnerabilidade Social; Doenças Crônicas; Direitos Sociais.
E-mail: [email protected]
Relato de caso: assistência domicilar na evolução de doença oncológica paliativa
Autores: Pimenta, TF; Lawal, NO; Resende, GCC; Rezende, JPC.
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD)/Programa Melhor em Casa da Prefeitura de
Uberlândia/MG
Introdução: Os pacientes oncológicos paliativos necessitam de atendimento personalizado em diversos
níveis de assistência, desde o diagnóstico até o óbito, com adequado controle de sintomas e manutenção de um
ambiente humanizado em todos os momentos. Objetivo: Relatar caso de experiência positiva da assistência do
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) em Uberlândia, no Estado de Minas Gerais, a uma paciente em cuidados
paliativos oncológicos. Metodologia: Revisão detalhada do prontuário de paciente em cuidados paliativos oncológicos desde sua admissão até o óbito no domicílio. Caso: E.M.U.S.C., 32 anos, com diagnóstico de neoplasia
de mama em dezembro de 2012, sem possibilidade cirúrgica por presença de metástases hepáticas, óssea e pulmonar, realizou quimioterapia e radioterapia paliativas. Apresentou fratura patológica de fêmur com necessidade
de artroplastia de quadril. Foi encaminhada em janeiro de 2014 ao SAD para heparinização profilática. Evoluiu
com dor intensa devido às metástases ósseas, com necessidade de altas doses de opioides, com difícil controle
álgico. Evoluiu com piora clínica, rebaixamento do nível de consciência e impossibilidade de ingestão oral. Foi
iniciada hidratação e analgesia por hipodermóclise em bomba de infusão com boa resposta. A paciente evoluiu
para óbito em domicílio após 24 horas em junho de 2014, acompanhada pela equipe e familiares de forma tranquila e humanizada. A constatação e a declaração do óbito foram realizadas no domicílio. Após o óbito, a equipe
manteve apoio psicossocial aos familiares. Conclusão: A equipe multidisciplinar do SAD proporciona assistência
domiciliar de forma integral em um ambiente confortável com a presença constante dos familiares em todos os
períodos da evolução da doença, amenizando sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais até o pós-óbito.
Palavras-chave: Oncologia; Cuidados Paliativos; Assistência Domiciliar.
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Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
Hemoglobina glicada (A1c) na avaliação do controle de diabéticos no programa de gerenciamento de doenças crônicas não transmissíveis
Autores: Langaro, F; Moreira, MZS; Liell, MVV; Nery, SA.
Instituição: Unimed Joinville/SC
Um nível de hemoglobina glicada (A1c) abaixo de 7% reduz risco de complicações micro e macrovasculares. O nível de 1% de redução da A1c resulta em 35% de redução de complicações microvasculares, de
25% nas mortes relacionadas ao DM2 e em 18% na ocorrência de infarto agudo do miocárdio. Partindo dessa
premissa, a Unimed Joinville, no Estado de Santa Catarina, gerencia beneficiários com a utilização do A1c
como indicador para o controle metabólico. Para obter melhoras nos níveis de A1c, participantes do programa
recebem telemonitoramento e visitas domiciliares de equipe multidisciplinar; podem participar de grupos operativos e de academia gratuita por seis meses; podem se consultar com endocrinologista, psicóloga, terapeuta
ocupacional e nutricionista. Os participantes que mantêm bons níveis de A1c realizam exame duas vezes ao
ano. Os demais realizam exame a cada três meses. Para analisar o impacto dessas ações, entre julho de 2013 e
julho de 2014 foram analisadas comparativamente primeira e última A1c de 87 participantes diabéticos dos 115
usuários acompanhados. Observou-se que 75,86% diminuíram (média da primeira A1c foi de 8,51%; média
da última A1c, 6,97%) e 23% aumentaram, porém a variação foi menor (média da primeira A1c foi de 6,75%;
média da última A1c, 7,5%). Muitos pacientes conseguiram mais que 1% de redução das suas A1c. No início do
gerenciamento, 31% dos pacientes apresentavam A1c igual ou inferior a 7% (controle ideal). Na última análise,
48,7% tinham controle ideal. Assim, considerando que a literatura sugere que o gerenciamento de níveis de A1c
é o principal indicador para avaliação do controle glicêmico, reduzir esses índices tem possibilitado diminuir
chances de complicações, como retinopatia, nefropatia, neuropatia, úlceras diabéticas, doença vascular periférica e doenças cardiovasculares.
Palavras-chave: Visita Domiciliar; Hemoglobina Glicada; Diabetes Mellitus; Gerenciamento de Crônicos.
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Acompanhamento de familiares após o óbito
Autores: Langaro, F; Hoepfner Junior, H; Nery, SA; Liell, MVV.
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) da Unimed Joinville/SC
O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) atende em média 150 pacientes por mês, sendo aproximadamente
78% idosos. Entre suas rotinas, está o acompanhamento após o óbito, visando oferecer finalização humanizada
da assistência, identificar vivências frente aos cuidados na terminalidade e processo de luto, realizar prevenção e
promoção em saúde para familiares, fazer encaminhamentos e buscar informações para melhorar a qualidade assistencial. As práticas realizadas são: 1) visitas domiciliares com familiares/cuidadores que participavam mais ativamente dos cuidados; 2) participação em velórios nos casos em que houve importante vínculo entre familiares e
equipe; 3) envio de carta de condolências contendo texto-padrão e assinada pela equipe; 4) encontro de familiares
em comemoração ao dia mundial de cuidados paliativos para roda de conversa, homenagem por meio da soltura
de balões e oferecimento de café para trocas entre familiares e equipe; 5) contatos telefônicos para orientações
e encaminhamentos. Desde 2009, foram realizados 133 acolhimentos, e, desde 2011, 46 familiares participaram
dos encontros em comemoração ao dia mundial de cuidados paliativos. Nesses momentos, foi possível verificar
que em torno de 10% dos familiares necessitavam de algum encaminhamento para continuidade do acompanhamento de seus processos de luto. Nos demais casos, observou-se que o acompanhamento do SAD possibilitou
aos familiares a elaboração de luto antecipatório, despedidas e tomadas de decisões compartilhadas, o que pode
ter contribuído para processos de luto sem complicações. Tem-se observado satisfação das famílias quanto ao
atendimento, valorização de sua participação nos cuidados no adoecimento e morte, apoio ao luto e desfechos
humanizados dos atendimentos. Tem-se possibilitado, assim, dar continuidade aos processos de cuidados em
saúde e contribuído para a melhoria contínua na assistência a pacientes em final de vida e a seus familiares.
Palavras-chave: Óbito; Acolhimento; Luto; Atenção Domiciliar.
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Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
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Programa de cuidados paliativos do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) da Unimed
Joinville/SC
Autores: Langaro, F; Nery, SA; Hoepfner Junior, H.
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) da Unimed Joinville/SC
O programa de cuidados paliativos do Serviço de Atenção Domiciliar(SAD) da Unimed Joinville, no Estado de Santa Catarina, conta com equipe de médico, psicóloga, terapeuta ocupacional, enfermeiras e técnicos
de enfermagem. Cuidado paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de familiares e pacientes
com doenças sem perspectiva de cura, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento. Ocorre após indicação
do médico assistente ou da equipe. Critérios para indicação são: 1) ter 80 anos ou mais e possuir duas comorbidades; 2) índice de PPS (Palliative Performance Scale) menor que 30 (acamado, doença extensa, dependência
completa, ingestão reduzida consciente ou períodos de confusão); 3) câncer em estágio IV; 4) casos em que
equipe percebe que mudança de foco traria benefícios. Em conferência, paciente e família são orientados sobre objetivos dos cuidados paliativos, podendo aceitar ou não inserção. Se aceitam, paciente é identificado em
prontuário e são registradas decisões e metas de tratamento. Decisões incluem opção por medidas não invasivas
de tratamento e local do falecimento. Ações realizadas são: visitas multidisciplinares e avaliações visando ao
alívio de sofrimento biopsicosocioespiritual. Entre janeiro de 2013 e agosto de 2014, 27 pacientes estiveram
em protocolo, representando 18% dos pacientes do SAD, sendo 37% com doenças neurológicas, 33,33% com
doenças crônico-degenerativas e 29,62% com câncer. Destes, 16 faleceram, sendo que 68,75% no domicílio.
Com o programa, observa-se mudança de paradigma quanto aos cuidados, melhora na comunicação, melhores
práticas em cuidados paliativos, melhora do controle de sintomas e da qualidade de vida de pacientes e familiares, que registram altos índices de satisfação. Além disso, possibilitaram-se processos de despedida no domicílio,
participação ativa nos cuidados, mudança de paradigmas quanto à morte, conforto e respeito ao paciente.
Palavras-chave: Cuidados Paliativos; Atenção Domiciliar; Programa Assistencial.
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A construção do trabalho interprofissional na atenção domiciliar ao idoso
Autores: Silva, NBT; Brites, AS; Silva, NS; Bernardo, MHJ; Maia, PSM.
Instituição: Núcleo de Atenção ao Idoso da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (NAI-UERJ)
Introdução: O envelhecimento populacional ocorre acentuadamente, e uma das demandas é a qualificação de profissionais aptos a lidar com as complexas necessidades de saúde do idoso. A atenção domiciliar visa
atender essa perspectiva, envolvendo o cuidado direto ao paciente, além de representar um espaço de interação
com a família, fortalecimento de vínculos, conhecimento da realidade local e identificação da rede de suporte
formal e informal. A equipe é composta por residentes do programa multiprofissional em saúde do idoso e
geriatria. Objetivos: Apresentar os principais eixos conceituais e as habilidades desenvolvidas, partindo do
aprendizado do trabalho em equipe interprofissional. Metodologia: Trata-se de um relato assistencial construído a partir da descrição da experiência, verificado por meio de seminário anual de avaliação realizado em 2013.
Resultados: O projeto caracteriza por atendimentos realizados em domicílio a idosos com perda funcional e
dificuldades de mobilidade. As ações realizadas consistem no acompanhamento do quadro clínico, buscando-se
reduzir as complicações e a promoção de cuidados paliativos. A equipe fornece orientações de cuidado e acesso
aos direitos do idoso e/ou familiares. A atenção domiciliar possibilita acionar as tecnologias leves estabelecidas
na relação humanizada e acolhedora entre equipes de saúde e usuários, valorizando o compartilhamento de saberes e respeito ao universo cultural dos segmentos populacionais. Conclusões: As ações desenvolvidas de forma horizontal mostraram a importância da valorização dos pactos construídos nas relações interprofissionais.
O impacto na formação é traduzido por meio do desenvolvimento de habilidades, como o trabalho em equipe
e em rede, o plano de cuidados e a compreensão dos determinantes sociais de saúde.
Palavras-chave: Formação; Trabalho Interprofissional; Fortalecimento de Vínculos.
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Atuação da equipe multiprofissional em atenção domiciliar no Programa Melhor em
Casa: relato de caso
Autores: Rodrigues, IP; Santos, MFC; Lopes, PG; Batista, RR; Okaji, SS.
Instituição: Programa Melhor em Casa da Prefeitura Municipal de Jacareí/SP
Introdução: As múltiplas incapacidades apresentadas por pacientes que não conseguem se locomover até
a unidade básica mais próxima ou centros de reabilitação da rede de saúde, seja por suas limitações físicas ou
por barreiras arquitetônicas do próprio domicílio, exigem uma abordagem diferenciada, que não se restrinja aos
aspectos biológicos da doença, mas que proporcione atendimento humanizado dentro do contexto familiar em
que estão inseridos. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente atendida por equipe multiprofissional. Método:
Paciente M.G.O., 85 anos, sexo feminino, diagnóstico clínico de doença de Parkinson, restrita ao leito há sete
meses, fazendo uso de sonda nasoenteral, fralda geriátrica, emagrecida e pouco comunicativa. Quadro motor:
força muscular diminuída globalmente, grau dois pela escala de Kendall, não auxilia nas mudanças transposturais no leito, reduzida tolerância para se manter sentada. Quadro respiratório: taquipneica, ritmo respiratório
de uma inspiração para uma expiração, apresenta tosse produtiva, murmúrio vesicular presente, diminuído em
bases e presença de estertores. Foram realizados os seguintes atendimentos em um período de quatro meses e
meio: dois de fonoaudióloga, dois de enfermeira, seis consultas médicas, 22 de fisioterapeutas e 28 de auxiliares
de enfermagem. Resultados e Discussão: Após atendimento multiprofissional, a evolução foi significativa. A
medida de independência funcional (MIF) passou de 27 para 55 e houve melhora acentuada da autoestima. Não
mais restrita ao quarto, a paciente voltou a conviver com os familiares. Conclusão: Apesar de não deambular
ainda, observou-se uma ressignificação do antigo estado de dependência com a atuação multidisciplinar, para
que a paciente possa, dentro de seus limites, manter potencialidades e qualidade de vida.
Palavras-chave: Equipe de Assistência ao Paciente; Assistência Domiciliar; Serviços de Cuidados Domiciliares.
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Serviço de Atenção Domiciliar e medicina preventiva: integração que fortalece a busca
pela qualidade de vida
Autores: Liell, MVV; Araújo, SP; Mendes, JS; Langaro, F; Nery, SA.
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) da Unimed Joinville/SC
A atenção à saúde tem sido amplamente discutida, pois o perfil epidemiológico da população está em mudança com o envelhecimento, evidenciando-se aumento das doenças crônicas. Com isso, o custo dos sistemas
está cada vez mais elevado, surgindo, assim, a necessidade de novas modalidades de assistência. A Unimed Joinville, no Estado de Santa Catarina, tem buscado alternativas com programas de educação em saúde de forma a
promover cuidados multiprofissionais, englobando a interface nos serviços com foco na prevenção secundária e
terciária, visando à integralidade do cuidado. O Núcleo de Atenção à Saúde é composto pelo Serviço de Atenção
Domiciliar (SAD), que atende em média 150 pacientes, dos quais 78% são idosos, na maioria semidependentes
ou dependentes, e pelo Programa de Medicina Preventiva (MP), que atende em média 217 pacientes, sendo 69%
idosos. Portanto, trata-se de população predominantemente acima dos 60 anos. Os serviços se integram para
prestar ao paciente cuidado interdisciplinar e específico conforme sua complexidade. Encaminhamento da MP
para o SAD acontece, predominantemente, quando há necessidade no tratamento das agudizações, mudança
no plano terapêutico com agravamento da enfermidade, prevalecendo os portadores de diabetes mellitus. Os
encaminhamentos de pacientes do SAD para a MP acontecem quando estes obtêm uma melhora no seu estado
de saúde e autonomia para o autocuidado, mas necessitam acompanhamento devido a doenças crônicas já existentes. A integração das ações do SAD e MP tem possibilitado manter gerenciamento de pacientes com probabilidade de complicações futuras, garantindo integralidade e longitudinalidade do cuidado. Assim, possibilita-se
prevenção de agravos favorecendo qualidade de vida e viabilizando redução de custos para o sistema.
Palavras-chave: Atenção Domiciliar; Medicina Preventiva; Doenças Crônicas.
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Nível de independência funcional em uma paciente acamada após atendimento domiciliar multiprofissional
Autores: Lopes, PG; Batista, RR; Okaji, SS; Soares, MH; Santos, MFC.
Instituição: Programa Melhor em Casa Prefeitura Municipal de Jacareí/SP
Introdução: O atendimento domiciliar tem a função atual de prestar assistência ao paciente em sua
residência, oferecendo condições de atendimento e recursos para melhor evolução possível do quadro clínico
dentro dos limites impostos pela doença e com caráter técnico-científico. Objetivos: Analisar o nível de independência funcional da paciente após período de atendimento domiciliar multiprofissional com a medida
de independência funcional (MIF). Métodos: Paciente G.V.F., 82 anos, sexo feminino, diagnóstico clínico de
fratura de côndilo femoral esquerdo há dois anos, diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica, acamada,
obesa, cuidador era o marido de 77 anos. Quanto ao quadro motor, força muscular diminuída globalmente
(grau três na escala de Kendall). A MIF avalia de forma quantitativa os cuidados demandados por uma pessoa para a realização de tarefas de vida diária. Entre as atividades estão os autocuidados, as transferências, a
locomoção, o controle esfincteriano, a comunicação e a cognição social. A pontuação total varia de 18 a 126.
No total, foram realizadas 31 sessões de fisioterapia, 19 consultas de enfermeira, 50 atendimentos de auxiliar
de enfermagem e 11 consultas médicas. Resultados e Discussão: Na admissão, a paciente encontrava-se restrita ao leito, inclusive para se alimentar e realizar a higiene, apresentando a MIF total de 64. Após 65 dias,
realizou-se a segunda avaliação, com MIF total de 78. Foi então que a paciente passou a se transferir com
ajuda para a cadeira de rodas e realizar a higiene no sanitário. Na terceira avaliação, 107 dias após o início,
a paciente passou para posição ortostática, deambulando com andador e auxílio mínimo do cuidador, com
MIF total de 95. Conclusão: Observou-se evolução importante da independência funcional em quatro meses
de atendimento multiprofissional.
Palavras-chave: Equipe de Assistência ao Paciente; Assistência Domiciliar; Serviços de Cuidados Domiciliares.
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Luto: vivência do profissional de saúde em atendimento domiciliar, em um serviço de
Home Care, na cidade de Londrina, Paraná
Autores: Leite, EP; Hossette, KL.
Instituição: Unimed Londrina/PR
Introdução: O luto do profissional de saúde é um luto não reconhecido socialmente e, portanto, não cuidado, podendo ser fonte de intenso sofrimento e de adoecimento físico e mental. Objetivo: Analisar a percepção que os profissionais de saúde têm da morte no contexto domiciliar e como vivenciam as perdas e o luto na
sua rotina de trabalho, identificando o modo como lidam e buscam enfrentar o sofrimento e estresse próprios
dessa situação. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, que se utiliza de questionário adaptado, aplicado em 18 profissionais de uma equipe interdisciplinar, composta por enfermeiros, psicólogos, nutricionistas,
assistentes sociais e fisioterapeutas, atuando na assistência domiciliar de um serviço de Home Care, na cidade de
Londrina, no Estado do Paraná. Foram analisadas anotações do discurso literal do entrevistado, e os resultados,
após serem agrupados em categorias, foram submetidos à análise de conteúdo. Resultados: As respostas obtidas
demonstram que existe uma vivência importante de situações de luto e perda gerada pela morte dos pacientes
assistidos e pelo sofrimento dos familiares, que são intensificadas pelo vínculo que os profissionais criam com
essas famílias e pela impossibilidade de expressar seus sentimentos. Apesar das dificuldades e das limitações,
identificam apoio e suporte social eficaz na própria equipe de trabalho, na família e na religião, porém esse suporte se dá de maneira informal e espontânea. Conclusão: Concluiu-se a necessidade de algumas intervenções
no sentido de possibilitar a expressão e favorecer o reconhecimento do luto desses profissionais.
Palavras-chave: Luto Não Reconhecido; Atendimento Domiciliar; Equipe de Saúde.
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Relato assistencial: oxigenoterapia domiciliar prolongada: descrição dos clientes atendidos pelo serviço prestado por uma cooperativa médica de Uberaba/MG
Autores: Rodrigues, BR; Rodrigues, RA; Souza, AGD; Santiago, LB; Cardoso, RL.
Instituição: Cooperativa de Trabalho Médico Ltda. Unimed Uberaba/MG
Introdução: A prática de oxigenoterapia domiciliar prolongada (ODP) é utilizada há 50 anos, porém
apenas na década de 1970 foi confirmada sua eficácia no tratamento de clientes com doença pulmonar
obstrutiva crônica (DPOC) e outras insuficiências respiratórias, prolongando a expectativa de vida daqueles
com hipoxemia crônica. Objetivo: Descrever perfil (idade, sexo, diagnóstico médico), o grau de risco e modalidades de ODP dos clientes atendidos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo dos
dados assistenciais, do serviço de ODP, de uma cooperativa médica. Resultados: Atualmente, dos 48 clientes atendidos, 85% são adultos, sendo que, destes, 81% são idosos. O sexo feminino predomina com 60%.
Em relação ao diagnóstico médico, conforme a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), 77% dos
clientes possuem alguma doença pulmonar, com predomínio de 50% de DPOC. O grau de risco é designado
por um questionário desenvolvido pela Unimed Federação Minas, o qual associa dados de cognição e atividades da vida diária. Clientes classificados com o maior nível (III) são considerados mais dependentes; nível
intermediário (II) e nível baixo (I), menos dependentes em relação à cognição e às atividades da vida diária.
Dos clientes atendidos, 63% possuem nível III; 23%, nível II; 14%, nível I. As modalidades de oxigênio dos
clientes inseridos são: 6% ventiladores mecânicos, 6% cilindros de oxigênio e 88% concentradores de oxigênio. Conclusão: Em acordo com o descrito na literatura, há uma prevalência de casos de clientes idosos com
DPOC em uso de ODP, o que evidencia a necessidade no tratamento domiciliar. Na prática assistencial, observa-se que o conforto do domicílio é favorável para cuidar dessa clientela de idosos que é mais abrangente
e considerada com o maior grau de risco.
Palavras-chave: Oxigenoterapia; Serviço de Assistência Domiciliar; Enfermagem Domiciliar.
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Serviço social e intersetorialidade no atendimento domiciliar do into
Autores: Simões, VP; Maçanti, MP; Carvalho, LSFD; Albino, AVS.
Instituição: Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) / Ministério da Saúde
A unidade de atendimento domiciliar (UDOMI) atende aos usuários do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) em pós-operatório, residentes na região metropolitana do Rio de Janeiro, com fins de
antecipação da alta hospitalar, retorno ao convívio familiar e continuidade do atendimento no domicílio. Tratase de uma atuação multidisciplinar, com vistas a um trabalho integrado pela equipe, formada por enfermeiros,
fisioterapeutas, assistentes sociais e terapeuta ocupacional. Os atendimentos têm a perspectiva da reabilitação
imediata do paciente, e, havendo a necessidade da continuidade no atendimento por outras especialidades, seja
pelo usuário residir em área de violência urbana ou de difícil acesso, seja pelo cumprimento dos objetivos do
serviço, o serviço social busca articulação e encaminhamentos adequados para garantir seu direito à saúde.
Objetivamos com este trabalho garantir a continuidade da assistência em saúde, o encaminhamento adequado
das demandas sociais para os serviços disponíveis, o fortalecimento de ações integradas em saúde e a produção
de mudanças nos processos de trabalho dos profissionais envolvidos. As ações intersetoriais aqui propostas
são pautadas pelo entendimento crítico da realidade, buscando pontuar a necessidade da luta pelos direitos já
garantidos em lei, porém reduzidos na ótica neoliberal, aos usuários, equipe e outros serviços. Para tanto, buscamos espaços de reflexão e troca de ideias entre equipe para conhecimento das demandas observadas; reflexão
conjunta do caminho a tomar e avaliação permanente das ações (estudos de casos); momentos de identificação
e orientação aos usuários (atendimento em domicílio); espaços de troca e efetiva integração com serviços e
complexos reguladores de vagas para posteriores ações com os usuários e equipe (visitas institucionais, contatos); espaço para reflexão, planejamento e avaliação do trabalho (reunião).
Palavras-chave: Serviço Social; Saúde; Intersetorialidade.
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Implantação do programa de atenção domiciliar para pacientes oncológicos em cuidados paliativos do Hospital de Câncer de Barretos/SP
Autores: Pacheco, LS; Souza, AV; Souza, GL; Chubaci, EF.
Instituição: Hospital de Câncer de Barretos/SP – Fundação PIO XII
O trabalho tem como objetivo descrever a implantação do programa de atenção domiciliar para pacientes
oncológicos em cuidados paliativos do Hospital de Câncer de Barretos, interior do Estado de São Paulo, com
informações referentes às características da infraestrutura e processo de trabalho da equipe multidisciplinar.
A atenção domiciliar é uma modalidade de cuidado no domicílio realizada por meio da visita de uma equipe
multiprofissional. O programa foi implantado visando melhorar qualidade de vida e atendendo ao desejo da
maioria dos pacientes de permanecer no domicílio até sua morte. Para início do trabalho no Hospital de Câncer
de Barretos, a equipe foi composta por médico, enfermeiro, psicólogo, fisioterapeuta e assistente social. Os
pacientes selecionados devem atender aos critérios de inclusão: ser paciente do Hospital de Câncer de Barretos
com diagnóstico de câncer avançado, em cuidados paliativos exclusivos; residir em Barretos ou abrangência
da Diretoria Regional de Saúde; apresentar dependência física e dificuldade de locomoção; o domicílio precisa
ter condições mínimas de higiene, água e eletricidade; ter no mínimo um cuidador 24 horas maior de 18 anos;
expressar desejo ou concordância em receber cuidados em seu domicílio. Na visita de avaliação, toda equipe vai
até o domicílio do paciente. Caso seja elegível ao programa, assinará termo de consentimento livre e esclarecido,
sendo assistido com visitas assistenciais pelo período e profissionais necessários no momento. Conclui-se que a
implantação do programa de atenção domiciliar em cuidados paliativos é de grande importância para melhorar
as condições de vida dos pacientes oncológicos, pois permite qualidade de vida e cuidados de final de vida sem
sair de casa e perto da família.
Palavras-chave: Atenção Domiciliar; Cuidados Paliativos; Equipe Multidisciplinar.
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Assistência domiciliar à paciente em cuidados paliativos: um relato de caso sobre qualidade ao final de vida
Autores: Batista, NR; Rezende, M; Gonçalves, FM; Sousa, TA; Matos, LB.
Instituição: Prefeitura Municipal de Uberlândia/MG
Introdução: Doenças crônico-degenerativas são progressivas e interferem na qualidade de vida de seus
portadores. O Brasil tem uma expectativa de vida de 74,6 anos. A humanização das relações e do cuidado ao
ser humano é uma preocupação de profissionais de saúde. Objetivo: Relatar caso clínico de paciente, 92 anos,
em cuidados paliativos, enfocando benefício do paciente e do cuidador por meio da assistência domiciliar multidisciplinar. Metodologia: Revisão do prontuário de paciente da admissão no Programa Melhor em Casa de
Uberlândia, no Estado de Minas Gerais, ao óbito no domicílio, considerando a avaliação da equipe no período.
Relato do caso: Paciente admitida com antecedentes de demência vascular avançada, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, doença vascular periférica, obesidade, transtorno depressivo, síndrome
do imobilismo, úlceras por pressão e sonda nasoentérica, esta substituída por gastrostomia após dois meses do
acompanhamento. Resultado: Permaneceu no Programa durante seis meses, sendo assistida semanalmente por
membros da equipe multidisciplinar com atuação integrativa, além da participação dos cuidadores no grupo
de apoio psicológico. Houve inúmeras intercorrências clínicas: infecções recorrentes, desidratação e distúrbios
hidroeletrolíticos, porém com assistência e resolução no domicílio. Fez-se abordagem holística e progressiva do
paciente e cuidador, preparando-os para o óbito domiciliar, com esclarecimentos acerca da piora clínica e opções terapêuticas paliativas, possibilitando o óbito sem sinais de sofrimento clínico, sob supervisão de membros
da equipe do Programa e na presença de familiares. Conclusão: Este caso evidencia que o atendimento domiciliar multidisciplinar ao paciente paliativo por doença crônico-degenerativa favorece qualidade e humanização
ao final de vida, devendo estimular tal prática.
Palavras-chave: Cuidado Paliativo; Assistência Domiciliar; Equipe de Cuidados em Saúde.
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Atuação do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) no atendimento dos usuários que
necessitam de intervenções cirúrgicas ortopédicas de urgência
Autor: Ribeiro, AD.
Instituição: Fundação de Assistência Médica de Urgência de Contagem/MG
O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) é um programa da Secretaria Municipal de Saúde de Contagem,
no Estado de Minas Gerais, criado em 2012, atualmente sob a coordenação da Superintendência de Atenção
a Saúde (SAS). Os usuários atendidos pelo SAD estão sempre vinculados a unidades de urgência (unidade de
pronto atendimento ou hospital), responsáveis pela solicitação de inclusão no serviço e com suporte do Serviço
de Urgência Móvel (Samu). A escassez de vagas para cirurgias ortopédicas de urgência é uma das situações
enfrentadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Contagem, no qual o manejo diário e a busca por soluções
são compartilhados pelas gerências de urgência e regulação. Os usuários que possuem autorização de internação hospitalar (AIH) aberta na central de leito aguardando transferência para cirurgia, após serem devidamente
medicados, e as fraturas, imobilizadas, são transferidos. Por outro lado, quando há demora em liberação de leito
hospitalar ou abordagem conservadora de fraturas, uma alternativa utilizada é a realização de cuidados clínicos
em domicílio, sob a supervisão de uma equipe de saúde do SAD, que realiza monitoramento telefônico e visitas
domiciliares, com o objetivo de oferecer segurança e conforto aos usuários que aguardam intervenção cirúrgica.
No caso dos usuários ortopédicos em tratamento conservador, serão iniciadas, imediatamente, as sessões de
fisioterapia pelo serviço de reabilitação do município. Os usuários serão atendidos pelo SAD, caso haja indicação cirúrgica. O ortopedista do SAD deverá agendar a cirurgia a ser realizada por ele e sua equipe. O usuário
ortopédico é acompanhado pelo SAD no pré e no pós-operatório em domicílio até a alta. Nos últimos seis
meses, o SAD atendeu 101 usuários dos 260 que aguardaram cirurgia.
Palavras-chave: SAD; Ortopédicos; Usuários.
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Avaliação fonoaudiológica em pacientes disfágicos e traqueostomizados de um programa atendimento domiciliar
Autores: Cechinel, C; Brambilla, VM; Losso, E.
Instituição: Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde (FEAES) / Programa Melhor em Casa de
Curitiba/PR
Introdução: A traqueostomia traz implicações na comunicação oral e compromete as funções motoras
e sensoriais dos mecanismos de deglutição, resultando em graus variados de disfagia, que favorecem o aparecimento de complicações. A avaliação da disfagia nesses pacientes deve ser criteriosa e envolver o esforço da
equipe multiprofissional para prevenir e corrigir carências; avaliar a qualidade, a quantidade e a consistência da
ingesta; educar os cuidadores em nutrição; minimizar o risco de complicações e avaliações de vias alternativas
de alimentação. Objetivo: Avaliar a correlação entre grau de disfagia e a presença de traqueostomia em pacientes
do Programa Melhor em Casa de Curitiba, no Estado do Paraná. Método: Os critérios de encaminhamento
à fonoaudióloga são presença de distúrbio de deglutição, após avaliação da equipe médica. Os parâmetros da
avaliação são a idade, o sexo, a patologia, o grau de disfagia, a escala funcional de ingestão por via oral (Function
Oral Intake Scale – FOIS), o tipo de evolução, a via de alimentação, o tipo de terapia de disfagia e de linguagem
indicados. Resultados: Foram avaliados, entre setembro de 2013 e setembro 2014, 332 pacientes com disfagia,
sendo considerados na amostra apenas os traqueostomizados (n=34). A média de idade foi de 44 anos, com
predomínio do sexo masculino em 62,5%. Observou-se disfagia leve em 5,9%, moderada em 50% e grave em
44,10%, sendo 91,1% de evolução adquirida. Houve o predomínio de doenças neurológicas em 81%. As vias
de alimentação mais prevalentes foram a gastrostomia, via oral e sonda nasogástrica. A diferenciação entre
sequelas da doença de base e da traqueostomia é complexa na avaliação clínica. Conclusão: A traqueostomia
tem repercussão na deglutição, sendo mandatória uma abordagem multidisciplinar para avaliar os múltiplos e
complexos fatores associados, em conjunto com a instrumentalização da família no cuidado.
Palavras-chave: Traqueostomia; Disfagia.
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Análise de medida de independência funcional no atendimento domiciliar
Autores: Cechinel, C; Losso, E; Carvalhal, TFT; Cruz, PL; Stofella, AM.
Instituição: Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde (FEAES) / Programa Melhor em Casa de
Curitiba/PR
Introdução: A medida de independência funcional (MIF) é um instrumento multiprofissional de extrema
importância na prática clínica para quantificação da funcionalidade para atividades cotidianas. Objetivo: Analisar a MIF dos pacientes atendidos pelo Programa em Curitiba, no Estado do Paraná. Método: O instrumento
foi aplicado em todos os pacientes atendidos pela fisioterapia e apresenta 18 tarefas que avaliam os parâmetros:
autocuidado, controle de esfíncter, mobilidade, locomoção, comunicação e cognição social. Cada item pode
ser classificado em uma escala de graus de dependência, sendo valor 0 correspondente à dependência total, e
o valor 7, à independência. Trata-se de um estudo retrospectivo documental, realizado no período de maio de
2013 a maio de 2014. Acrescentaram-se idade e sexo aos dados da MIF. Subdividiram-se as avaliações de acordo com a faixa de funcionalidade: grupo I, dependência total (MIF 18); II, dependência moderada a máxima
(MIF 19-60); III, dependência mínima e supervisão (MIF 61 a 103); IV, independência total e ou modificada
(104 a 126). Resultados: A amostra foi de 1.051pacientes, idade média de 69,46 anos (intervalo 1 a 107 anos),
sendo 58,3% do sexo feminino. No grupo I (n=278), obtivemos 26,45%; no grupo II (n=391), 37,20%; no
grupo III (n=234), 22,25%; no grupo IV (n=148), 14,10%. Discussão: Observou-se grande comprometimento
da funcionalidade, pois 63% dos pacientes apresentam dependência total e/ou de moderada a máxima, o que
evidencia a necessidade de uma equipe multiprofissional para instrumentalização do cuidado, reabilitação e
estabelecimento de um plano de cuidados individualizado. Conclusão: A MIF é um método eficaz na avaliação
de funcionalidade, caracterizando de forma adequada seus avanços e suas reais necessidades, possibilitando
planejamento de intervenções, com vistas à autonomia e à dependência.
Palavras-chave: Idoso; Cuidado Domiciliar; Funcionalidade.
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Terapia fotodinâmica com laser de baixa potência em candidíase oral de pacientes oncológicos submetidos à quimio/radioterapia, atendidos em assistência domiciliar da
unidade de cuidados paliativos do Hospital da Cruz Vermelha, filial Barra do Piraí/RJ
Autores: Nascimento, HF; D’Almeida, J; Esperança, R.
Instituição: Hospital Cruz Vermelha Brasileira, filial do município de Barra do Piraí/RJ
Candidíase oral é uma infecção fúngica oportunista que acomete, principalmente, pacientes imunocomprometidos. C. Albicans é a espécie mais comumente encontrada nessa infecção. A doença acomete a língua,
gengivas, bochechas internas, amígdalas e palato. Os sinais e os sintomas aparecem com lesões brancas cremosas, dor, ardência com presença ou não de sangramento, causando grande desconforto ao engolir e falar.
O aumento de casos de infecção causados por cepas de Candida e, consequentemente, a utilização excessiva
de antimicrobianos favoreceram nas últimas décadas a resistência dessas leveduras aos agentes antifúngicos
convencionais. Assim, a terapia fotodinâmica (TFD) vem como método alternativo no controle desses micro-organismos. Baseada na ativação de fotossensibilizadores por luz visível em baixas doses, com comprimento
de onda apropriado, geram-se espécies reativas de oxigênio. Esses produtos são citotóxicos para célula-alvo,
levando à morte do microrganismo por causarem desordens na parede celular e danos no DNA. Foram atendidos quatro pacientes com carcinoma de células escamosas em região orofaríngea, submetidos à quimio/
radioterapia, os quais apresentaram os sinais e os sintomas de candidíase oral. Eles foram tratados com terapia
antifúngica tópica sem sucesso. Assim sendo, foi usada como método alternativo eficaz, a TFD com o corante
azul de metileno a 0,01% e laser de baixa potência de diodo (100mW), comprimento de onda (660 nm), 9J de
energia no modo varredura. Obteve-se com três sessões em dias consecutivos de TFD o efeito fungicida necessário para promoção do alívio dos sinais e dos sintomas.
Palavras-chave: Candida; Oncologia; Laser; Terapia Fotodinâmica.
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Ano I - Número I - jan./jun. 2015
Acompanhamento multidisciplinar de paciente em cuidados paliativos inserida no Serviço
de Atenção Domiciliar do Hospital São Judas Tadeu/Hospital de Câncer de Barretos/SP
Autores: Pacheco, LS; Souza, AV; Souza, GL; Ciorlia, JB; Chubaci, EF.
Instituição: Hospital de Câncer de Barretos/SP – Fundação PIO XII
Paciente feminino, 46 anos, dois filhos, natural de Piumhi, em Minas Gerais, união estável, evangélica,
auxiliar de serviços gerais. Iniciou tratamento no Hospital de Câncer de Barretos, no interior de São Paulo,
em dezembro de 2013 com queixa de fogachos e volume abdominal aumentado. História de hipotireoidismo
e esclerose sistêmica acometendo pele, trato gastrintestinal, pulmão e sistema vascular. Exame de imagem de
pelve revela lesão volumosa multilobular. Após laparotomia exploradora, evidenciou-se pseudomixoma peritoneal de baixo grau de omento, optando-se por seguimento clínico sem indicação de quimioterapia. Procurou o
setor de emergência com queixa de dor abdominal, plenitude pós-prandial e náuseas. Diagnosticada progressão
da doença sem possibilidade de tratamento sistêmico ou cirúrgico, foi encaminhada para cuidados paliativos.
Com desconforto abdominal severo, náuseas e vômitos, foi internada na unidade de cuidados paliativos, permanecendo até controle dos sintomas. Após alta hospitalar, foi encaminhada ao Serviço de Atenção Domiciliar
(SAD). Em ambiente domiciliar, foram identificadas demandas clínicas relacionadas à progressiva debilidade
e à limitação funcional, demandas psicológicas importantes relacionadas à compreensão e à aceitação da enfermidade, sua evolução e prognóstico. Foram necessárias múltiplas medicações para manejo de sintomas e
orientações quanto ao cuidado, às demandas sociais concernentes à estrutura familiar e às questões econômicas
envolvidas. Iniciou-se seguimento pela equipe de atenção domiciliar (composta de psicólogo, assistente social,
fisioterapeuta, enfermeira e médico), com enfoque em medidas paliativas de alívio e controle de sintomas. A
abordagem foi multidimensional, atendendo às necessidades da unidade de tratamento. Como resultado, reduziu-se a procura pelo serviço de emergência e internação. O óbito ocorreu em domicílio (vontade expressa pela
paciente), e, posteriormente, realizou-se acompanhamento dos familiares enlutados.
Palavras-chave: Atenção Domiciliar; Cuidados Paliativos; Equipe Multidisciplinar.
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Abordagem interdisciplinar de avaliação e orientação pós-operatória dos pacientes da
coluna de um instituto ortopédico
Autores: Araújo, CM; Silva, MS; Carvalho, MOVCD; Oliveira, LAM; Pires, VG.
Instituição: Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) Jamil Haddad
O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) é uma referência no tratamento de doenças
e traumas ortopédicos de média e alta complexidade e tem como missão a promoção de ações multiprofissionais, visando à qualidade em traumatologia, ortopedia e reabilitação. De acordo com a patologia ortopédica que
apresente, o paciente é vinculado a um Centro de Atenção Especializada (CAE), que se baseia no dispositivo
da clínica ampliada e equipe de referência preconizada pela política nacional de humanização do Ministério da
Saúde. O CAE realizou, entre 18 e 22 de agosto de 2014, um mutirão de cirurgias que beneficiou 36 pacientes
com diferentes deformidades na coluna, doenças degenerativas, além de fraturas. No pós-operatório, os pacientes foram encaminhados à unidade de atendimento domiciliar. A equipe (composta por 21 enfermeiros,
dez fisioterapeutas, um terapeuta ocupacional e quatro assistentes sociais) escutou ativamente o cuidador e o
paciente, acolheu suas dúvidas e dificuldades, avaliando as condições de saúde, as características da ferida operatória, o nível funcional, o estado emocional, os aspectos socioeconômicos, o desempenho nas atividades de vida
diária, identificou os riscos referentes à estrutura física do ambiente domiciliar e propôs adequações necessárias
à adaptação do paciente, respeitando os valores e condições socioeconômicas das famílias. A visita domiciliar
permite situar o paciente nos limites de mobilização, habilitando-o a realizar suas atividades com segurança e
conforto. O sucesso da reabilitação depende, ao lado da equipe multidisciplinar, do envolvimento da família no
processo. Conclui-se que a visita domiciliar contribui para a melhoria da capacidade funcional, proporcionando
a recuperação da saúde e a reintegração do paciente ao convívio familiar e social.
Palavras-chave: Visita domiciliar; Reabilitação; Ortopedia.
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Um olhar diferente e humanizado no atendimento domiciliar
Autor: Bento, MMS.
Instituição: Programa Melhor em Casa de Jaguariúna/SP
Introdução: O atendimento domiciliar pode contribuir para desospitalizar os pacientes com doenças
crônicas e também atender àqueles que, por alguma dificuldade de locomoção, não conseguem ser consultados
nas unidades básicas de saúde. Visando a esses atendimentos, o Programa Melhor em Casa foi iniciado em
Jaguariúna, no interior de São Paulo, em 1 de julho de 2013, contando com a equipe multiprofissional formada por enfermeiro, médico, técnicos de enfermagem, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista,
assistente social e alunos dos cursos da área de saúde da faculdade local. Sua atuação visava proporcionar aos
pacientes um atendimento humanizado e individualizado e cultivar o elo entre paciente e profissional, sempre
respeitando o paciente e seus familiares em suas particularidades. Relato de Experiência: Este relato se dá com
os pacientes que utilizaram o Programa Melhor em Casa da cidade de Jaguariúna, entre 1 de julho de 2013 e
30 de setembro de 2014. O trabalho iniciou-se com 40 pacientes e com fila de espera de 21 a serem avaliados.
Atualmente, atende 103 pacientes. Foi desenvolvida uma atuação diferente, cercada de amor e carinho, fazendo
com que os pacientes se sentissem acolhidos e colocando os profissionais como parte de sua família. Contudo,
no decorrer do nosso trabalho, percebemos que o caminho para conseguirmos alcançar nosso objetivo era fazer
o acolhimento desses pacientes de forma integral, muito além de somente tratar suas doenças, pois, quando
adentramos na casa do paciente, também vivenciamos os seus problemas pessoais e familiares. Considerações
Finais: O Programa vem superando muitos desafios e crescendo com força e determinação. Os profissionais
envolvidos na assistência têm abraçado a causa, e, a cada dia, recebemos cartas de elogios vindas de todos os
serviços de saúde existentes no município.
Palavras-chave: Atendimento Domiciliar; Programa Melhor em Casa; Humanização.
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Implantação de uma solução móvel de georreferenciamento na atenção domiciliar
Autores: Benvenuti, GSA; Brito, FA; Martins, TB.
Instituição: Unimed – Cooperativa de Trabalho Médico de Belo Horizonte/MG
A atenção domiciliar da Unimed Belo Horizonte, em Minas Gerais, atende, por meio de uma equipe
externa de 143 profissionais de saúde, cerca de 3 mil pacientes em Belo Horizonte e região metropolitana.
Cada profissional possui uma carteira de pacientes e é responsável pelo cumprimento do plano de cuidados de
cada um. Esse plano de cuidados contempla a frequência de visitas a ser seguida, conforme quadro clínico ou
programa que o paciente está inscrito. O gerenciamento da equipe assistencial, bem como o acompanhamento
do cumprimento do plano de cuidados, sempre foi uma tarefa difícil, devido à abrangência, distribuição geográfica, quantidade de profissionais e pacientes. Em situações de intercorrência clínica, era moroso identificar
o profissional mais próximo ao domicílio do paciente para prestar o atendimento. Nesse contexto, para assegurar a qualidade assistencial e o crescimento sustentável, a atenção domiciliar implantou um aplicativo móvel
de georreferenciamento que possibilita: acompanhar as agendas; identificar visitas realizadas ou aquelas em
atraso ou pendentes; visualizar a localização dos profissionais em tempo real, permitindo acionamento daquele
mais próximo ao domicílio para atendimento das intercorrências; verificar o percurso realizado pela equipe e
o tempo de atendimento; certificar que o atendimento foi realizado, por meio da leitura de um código afixado
em cada domicílio. Nos primeiros três meses de utilização, observou-se importante mudança no perfil de atendimento. Antes da implantação, 54% dos enfermeiros cumpriam o plano de cuidados assistencial. Após três
meses, atingiu-se 75% do plano proposto. Houve ainda outros ganhos para o serviço: agilidade na localização
dos profissionais; acompanhamento em tempo real das visitas realizadas; identificação das rotas realizadas pela
equipe; extração de relatórios operacionais e gerenciais.
Palavras-chave: Mobilidade; Atenção Domiciliar; Tecnologia da Informação.
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Assistência domiciliar na terminalidade: humanizar sempre
Autores: Fernandes, TG; Oliveira, SS; Mytchell, TS; Silvino, MA; Oliveira, RS.
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) José Alencar Gomes da Silva
O processo morte e morrer afeta a equipe de enfermagem sempre atuante junto à criança e à sua família.
Esse processo, no qual a criança está inserida, estende-se à família, aos cuidadores, às relações sociais da criança.
A criança em fase terminal anseia em fazer tudo o que realizava antes do adoecer. Quando falamos em processo
morte e morrer, devemos analisar algumas fases muito importantes e verdadeiras, integrantes desse processo,
segundo Elizabeth Kübler-Ross, como a negação, a raiva, a barganha, a depressão e a aceitação. Este relato objetiva alertar a equipe de que a criança nessa fase ainda poderá ter momentos felizes, ver amigos, fazer passeios,
além de capacitar os cuidadores e a equipe multiprofissional no atendimento domiciliar. Trata-se de um relato
de experiência de uma equipe de cuidadores de um Home Care no Rio de Janeiro, entre os anos de 2008 a 2010.
Neste estudo, observou-se o relato dos familiares de crianças fora de possibilidades terapêuticas atuais, durante
um período de dois anos. Essas crianças foram estimuladas a viver dentro dos padrões da normalidade o mais
próximo possível, apesar das dificuldades, fazendo passeios, indo aos parques, brincando com seus animais de
estimação, visitando seus amigos. Como resultados, percebeu-se que todas as crianças que tinham uma rede familiar consistente apresentaram uma resposta positiva, uma sobrevida humanizada mesmo na terminalidade, como
também tiveram um desfecho calmo e digno dentro do seu seio familiar. Assim, concluímos que é importante
o apoio da família à criança, fazendo-a permanecer com suas atividades de rotina, mesmo com suas limitações.
Como dizia Rubem Alves: “A vida não pode ser economizada para amanhã, acontece sempre no presente”.
Palavras-chave: Criança; Família; Processo Morte e Morrer.
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Programa Melhor em Casa Curitiba/PR: transformação do processo de trabalho para
uma organização tipo cérebro
Autores: Cechinel, C; Urakawa, JMT; Carvalhal, TFT; Binotto, MA.
Instituição: Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde (FEAES) / Programa Melhor em Casa de
Curitiba/PR
Introdução: O trabalho na atenção domiciliar pode conter problemas organizacionais, com obrigatoriedade da avaliação do processo, da articulação com a rede de assistência e com a gestão local. Gareth Morgan,
por meio da metáfora organização tipo cérebro, destaca o processamento das informações, a aprendizagem e a
inteligência como meios de abordar tais situações. Objetivo: Desenvolver o processo de trabalho tipo cérebro,
bem como o desenvolvimento de uma ambiência adequada. Método: Envolve a equipe multiprofissional de
atendimento domiciliar e compreende o processo aprender a aprender e o desenvolvimento da percepção do
todo como em um holograma. Na implantação do processo holográfico, é importante perceber: princípio das
funções redundantes, variedade de requisitos e mínima especificação. O processo aprender a aprender é focado
na capacidade de autoquestionamento e desenvolvimento do circuito duplo de aprendizagem, que analisa os
problemas e as possíveis soluções, considerando diferentes percepções, encoraja a abertura e a flexibilidade,
aceita o erro e a incerteza como um aspecto natural dentro da complexidade do atendimento, evitando o desenvolvimento de protocolos rígidos. Resultado: Para implantação do processo, o acesso à informática é um grande
facilitador, pois universaliza as informações aos demais profissionais. Tão importante quanto à informação, são
as reuniões semanais de equipe, discussões de casos clínicos e utilização do SWOT (matriz que avalia as fraquezas e os pontos fortes internamente e as potencialidades e as ameaças externamente). Conclusão: Observa-se o
fortalecimento da unidade e da confiança entre os colaboradores, direcionando-os ao cumprimento das metas
de forma natural. A redução de níveis proporcionada pela horizontalidade aproxima as pessoas, criando uma
cultura de aprendizagem que possibilita melhor enfrentamento das solicitações e das dificuldades do dia a dia.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Administração de Serviços de Saúde.
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Avaliação do nível de dependência dos idosos inscritos no SAD Vila Virgínia (Sul)
Autores: Sguilla, LS; Chayamiti, EMPC; Taguchi, RD.
Instituição: Universidade Paulista (Unip), campus Ribeirão Preto/SP
Introdução: A utilização da avaliação funcional serve para medir o grau de dificuldade que o idoso se
encontra e para proporcionar dados, na tentativa de promover a sua independência, gerando uma qualidade de
vida mais produtiva, até mesmo para suas atividades de vida diária (AVDs). Objetivo: Avaliar o nível de dependência dos idosos inscritos no Serviço de Assistência Domiciliar (SAD) da Vila Virgínia, em Ribeirão Preto, no
Estado de São Paulo, por meio do índice de Katz. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, observacional,
transversal, sendo elegíveis 14 idosos cadastrados no SAD da Vila Virgínia. A coleta de dados foi feita por meio
de visita domiciliar. O questionário de índice de Katz foi aplicado nos 14 idosos, distribuídos por gênero, sendo
14,3% (n=2) do sexo masculino e 85,7% (n = 12) do sexo feminino. A média de idade dos participantes do estudo foi de 73,4 ± 7,2 anos. Resultados: Por meio do índice de Katz, observou-se que 28,6% da amostra (n=4)
se encontra independente para as AVDs; 50% (n=7), parcialmente dependentes; 21,4% (n=3), totalmente dependente. Conclusão: A utilização do índice de Katz como instrumento de avaliação do nível de dependência
dos idosos gera informações pertinentes sobre o nível de dependência que encontra esse idoso. Avaliando os
resultados obtidos pelo índice de Katz, concluiu-se que aproximadamente 70% dos idosos inscritos no SAD
da Vila Virgínia realmente possuem algum grau de dependência que possa justificar o uso desse sistema de
atendimento domiciliar.
Palavras-chave: Idoso; Capacidade Funcional do Idoso; Promoção da Saúde.
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Internações sensíveis à atenção domiciliar em um hospital de ensino em Montes Claros/MG
Autores: Dias, OV; Costa, FM; Rocha, PT; Damasceno, RF; Paiva, PA.
Instituição: Universidade Estadual de Montes Claros/MG
Este trabalho tem por objetivo analisar as internações hospitalares do Hospital Universitário Clemente de
Faria (HUCF) em Montes Claros, no Estado de Minas Gerais, sensíveis à atenção domiciliar (AD), no período
entre abril e julho de 2014. Estudo de abordagem quantitativa, descritiva e transversal, realizado com 45 usuários por meio de questionário semiestruturado aplicado à beira do leito. O formulário de avaliação e classificação para elegibilidade para AD descreve a complexidade assistencial, classificando o usuário em uma modalidade de cuidado. Os dados foram coletados após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Estadual de Montes Claros, sob o parecer nº 473.501, de 29 de novembro de 2013. O instrumento aplicado
permitiu observar que 53,4% dos participantes são do sexo feminino, 37,8% estão na faixa etária de 60 anos ou
mais, seguidos por 28,8% (13), que correspondem à faixa de 46 a 59 anos. Dentre os 45 participantes, 68,9%
residem em Montes Claros e 84,5% dos questionados não possuem plano de saúde. Predominou-se a faixa de
oito a 14 dias de internação com 15 usuários, dos quais 80% são de Montes Claros. Quanto à elegibilidade para
AD, foram classificados sete usuários, que correspondem a 15,5% dos participantes, sendo 8,9% a cargo da AD
de nível 1, 4,4% da AD de nível 2 e 2,2% da AD de nível 3. Conclui-se com este estudo que, dentre os 45 leitos
ocupados, sete poderiam ser aproveitados por usuários em estado agudo e/ou crítico que necessitassem maior
quantidade de procedimentos e tecnologias; e que os sete usuários elegíveis para AD poderiam ter a continuidade de seu tratamento com segurança no conforto do seu lar.
Palavras-chave: Internação Hospitalar; Desospitalização; Atenção Domiciliar.
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Tratamento de úlcera por pressão com creme contendo ácido hialurônico 0,2%: relato
de caso do Programa Melhor em Casa
Autores: Bento, MMS; Castilho, JC; Oliveira, PG; Mangueira, R.
Instituição: Programa Melhor em Casa de Jaguariúna/SP
Introdução: Úlceras por pressão (UPs) apresentam elevada prevalência tanto em ambiente hospitalar quanto em pacientes acamados que são atendidos em seus domicílios. Quanto mais avançado é o estadiamento das
UPs, mais difícil e oneroso é seu tratamento. Assim, torna-se interessante o uso de agentes capazes de acelerar
e melhorar o processo de reparação tecidual, visando prevenir o agravo do quadro clínico, o comprometimento
da qualidade de vida e os impactos sociais e econômicos negativos. Nesse cenário, destaca-se o uso de cremes
contendo ácido hialurônico (AH), um glicosaminoglicano, componente da matriz extracelular capaz de acelerar
a cicatrização de diversos tipos de lesões de pele. Objetivo: Relatar caso de tratamento de UP crônica com o uso
de creme de AH 0,2%. Materiais e Métodos: Durante três anos, os profissionais do Programa Melhor em Casa
de Jaguariúna, no interior de São Paulo, acompanharam o paciente A.S., de 18 anos, acamado, totalmente dependente, com diagnóstico de ataxia de Friedreich e apresentando UP grau II em ísquio direito de difícil fechamento.
Durante um ano, empregaram-se topicamente ácidos graxos essenciais, sem sucesso no fechamento. Em 28 de
julho de 2014, foi iniciado protocolo com limpeza diária (uma vez por dia) e aplicação de fina camada de AH
0,2% (Hyaludermin®). A evolução da reparação da ferida foi acompanhada e avaliada diariamente pela enfermeira responsável pelo Programa e pela técnica de enfermagem. Os resultados foram registrados em prontuários do
Programa e por meio de fotos da lesão. Resultados e Conclusões: A UP teve excelente cicatrização após oito dias
de tratamento com AH 0,2%, demonstrando a utilidade dessa alternativa para pacientes portadores de feridas.
Palavras-chave: Úlcera por Pressão; Assistência Domiciliar; Ácido Hialurônico.
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Tecendo redes na linha do cuidado domiciliar
Autores: Alencar, ES; Sales, MFP; Lima, LDQ; Tavares, SMC.
Instituição: Hospital São José de Doenças Infecciosas, Fortaleza/CE
O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) do Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ), em Fortaleza, no Estado do Ceará, busca a humanização nas diversas modalidades de atendimento assistencial envolvendo
os níveis dos serviços da rede de assistência à saúde. A assistência disponibilizada à paciente retrata o desafio da
manutenção, qualidade nos diversos níveis de atenção e a necessidade de estabelecimento de parcerias. Paciente S.
F.G., 39 anos, solteira, duas filhas (15 e 10 anos), recebe Bolsa Família e está acamada, com Sida, neurotoxoplasmose, traqueostomizada, sonda nasogástrica, úlcera sacral. No internamento, houve ações interventivas. Antes da
transferência, foram necessários: treinamento do familiar para o cuidado domiciliar; providências de aluguel por
parte da família, pois a moradia era área de risco para familiares/equipe; preparo do domicílio com instalação de
equipamentos; elaboração do plano terapêutico. Em domicílio, foram necessários: encaminhamento ao posto de
saúde, Programa de Saúde da Família (PSF) e Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para visita e
aquisição de insumos (cesta básica, fraldas.); elaboração pela equipe de relatórios para alimentação enteral junto
à defensoria pública, além de encaminhamento à curatela; orientação e encaminhamento para benefício assistencial pela Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) junto à Previdência. Após ações de intervenções diárias, foi
preciso acionar programa de estomaterapia do HSJ para tratamento especializado. Identificado o uso irregular
das medicações (adesão) e constatado desvio pela mãe, a paciente foi encaminhada para o Centro de Atenção
Psicossocial (Caps) Geral. Paciente ficou agitada pela redução da medicação psicotrópica. Houve decanulação
à noite, exigindo a chamada do Serviço Móvel Urgência (SAMU), que a levou ao Hospital Municipal. Retirou-se
a sonda nasogástrica por três vezes, quando o SAMU a conduziu ao hospital de origem. No momento, S.F.G.
tem indicação de gastrostomia, procedimento agendado em outro hospital da rede estadual. Em suma, a linha de
cuidado de S.F.G. exige a tessitura de uma rede que contemple a integralidade das ações.
Palavras-chave: Cuidado; Atenção; Integralidade.
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Perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no serviço domiciliar por operadora de
saúde privada no município de João Pessoa/PB
Autores: Gois, GC; Araújo, EMNF; Holanda, AR.
Instituição: Associação dos Auditores Fiscais do Estado da Paraíba
Introdução: A atenção básica na forma de atendimento domiciliar adquire a sensação de eficácia alta a
longo prazo, diferente dos demais níveis de complexidade. A população sem plano privado tem baixo nível
socioeconômico educacional e alta prevalência de doenças crônicas incapacitantes nas faixas etárias mais
avançadas. O idoso apresenta peculiaridades distintas das demais faixas etárias, e, por esse motivo, sua avaliação de saúde deve ser feita objetivando a identificação de problemas, incluindo as atividades de vida diárias,
que interferem diretamente na sua saúde e no grau de sua autonomia e independência. Os idosos consomem
mais dos serviços de saúde: suas taxas de internação são bem mais elevadas e o tempo médio de ocupação do
leito é muito maior quando comparados a qualquer outro grupo etário. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos 144 pacientes atendidos pelo serviço domiciliar, beneficiários da operadora de saúde no município
de João Pessoa, no Estado da Paraíba. Metodologia: Visita em domicílio dos pacientes, consulta aos registros
do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) e uso do aplicativo computacional Aptools na análise. Resultados e Conclusão: Quanto à faixa etária, observou-se uma concentração de pacientes assistidos na faixa acima
dos 60 anos (95%), caracterizando, no entanto, a prevalência de idosos acima de 80 anos (60%). Em relação
ao gênero, 73% são mulheres e 27% são homens. A maioria dos pacientes inscritos no SAD (53%) utiliza há
sete anos ou mais esse serviço. As principais patologias são as doenças crônicas, hipertensão (69%) e diabetes (38%), que afetam a capacidade funcional dos idosos, e doença de Alzheimer (33%). A análise serve no
planejamento das ações de saúde.
Palavras-chave: Perfil Epidemiológico; Serviço Domiciliar; Plano Privado.
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Coberturas ofertadas aos pacientes: gestão a partir do protocolo clínico de assistência
integral às pessoas com feridas
Autores: Lacerda, AM; Silva, LP.
Instituição: Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto/SP
Introdução: Acompanhar o tratamento tópico com produtos tradicionais e/ou coberturas interativas e
oclusivas na unidade de saúde ou na atenção domiciliar é importante para qualificar o cuidado. O protocolo
clínico contido no “Manual de Assistência Integral às Pessoas com Feridas”, elaborado pela Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, sistematizando a assistência aos pacientes com feridas,
auxilia nesse processo. Objetivo: Descrever a quantidade de pacientes atendidos e de coberturas dispensadas
na rede básica de atenção à saúde do município pelo Serviço de Atenção Domiciliar (SAD). Método: Trata-se
de um estudo descritivo e quantitativo. Para análise dos dados, foram utilizadas as planilhas de solicitações de
coberturas de 2013. Resultados: Os pacientes atendidos pelo município foram 1.637, distribuídos por distrito:
Oeste, 554; Central, 431; Norte, 364; Sul, 150; Leste, 138. Em relação às coberturas, as mais solicitadas foram
2.644 unidades de hidrocoloide, seguido de 1.367 unidades de hidrogel, 840 unidades de carvão ativado, 641 alginatos e 580 espumas. Conclusões: A elaboração e a implantação do manual e protocolo vêm proporcionando
a atualização dos profissionais, a padronização de várias opções de coberturas para curativos e uso pela equipe
de saúde, considerando as características da ferida, condições do usuário/cuidador e contexto domiciliar. Assim, o protocolo clínico pode ser uma potente ferramenta para o atendimento integral e humanizado, além de
proporcionar a autonomia dos profissionais, o gerenciamento e o monitoramento das coberturas, priorizando
a manutenção e a adequação dos produtos necessários para essa assistência.
Palavras-chave: Protocolo Clínico; Feridas; Coberturas Oclusivas; Interativas.
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Reabilitação odontológica do paciente no domicílio
Autores: Chayamitii, EMPC; Ignácio, DS; Ciampo, FAD; Lima, CMG.
Instituição: Secretaria Municipal da Saúde Ribeirão Preto/SP
Introdução: A perda dentária está entre os principais agravos à saúde bucal por sua alta prevalência e danos
funcionais, psicológicos, estéticos e sociais que acarreta. O Projeto SB Brasil 2010 mostrou ausência de dentição
funcional (menos de 21 dentes naturais) em 22,4% dos adultos entre 35 e 44 anos e edentulismo em 54% dos idosos entre 65 e 74 anos, aproximadamente, além da necessidade de algum tipo de prótese para 68,7% dos adultos
e 92,7% dos idosos. Objetivo: Descrever a confecção de prótese total no domicílio para idoso com dificuldade de
deambulação, atendido pelo Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Método: Relato de caso: J.M., sexo masculino, 83 anos, cadastrado no SAD em 2011, com diagnóstico de diabetes,
hipertensão arterial, câncer de próstata, pé diabético, extensa úlcera neuropática em membro inferior esquerdo
e independente parcial. Resultado: Paciente edêntulo, usando prótese total superior e inferior malconservadas,
foi atendido por equipe multiprofissional, composta por médico, enfermagem, fisioterapeuta e dentista. Após
estabilização de seu quadro geral de saúde, iniciou-se a confecção das próteses: moldagens das arcadas superior
e inferior com pasta zinco-enólica, usando suas próprias próteses; envio ao laboratório para confecção da base
de prova; ajuste dos roletes de cera, tomada de dimensão vertical e seleção dos dentes; realização de prova com
os dentes; envio ao laboratório para conclusão; instalação e ajuste oclusal. Houve necessidade de um retorno
para ajuste. Conclusão: Esta experiência evidencia possibilidade de confecção de prótese total no domicílio para
pacientes que se encontram em situação de restrição no leito ou de mobilidade. A oferta desse tipo de serviço
pode contribuir para melhoria da qualidade de vida de pacientes que se encontram nessas situações.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Prótese Total; Perda de Dente.
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Assistência ao paciente com úlceras crônicas no Serviço de Atenção Domiciliar: enfoque multidisciplinar
Autores: Braghetto, GT; Figueira, BPG; Chayamiti, EMPC; Silva, WG.
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) / Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto/SP
Introdução: A prevalência da doença venosa crônica é de 20,0% da população adulta em países ocidentais,
com 3,6% de casos de úlcera ativa ou cicatrizada. No Brasil, é a 14ª causa de afastamento do trabalho. A não
adesão ao tratamento está relacionada com presença de dor, desconforto, desmotivação, isolamento social, principalmente com a ausência de estilo de vida saudável. Objetivo: Descrever o acompanhamento e os resultados
frente ao tratamento à pessoa com úlcera pela equipe do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD). Método: Relato
de caso, L.A.A.C., 62 anos, sexo masculino, tabagista, consome bebida alcoólica socialmente, mora sozinho,
deambula com auxílio de bengala, passa a maior parte do tempo sentado, com pés em descanso. Resultados:
Acompanhado pela equipe multidisciplinar, desde 2008, com histórico de úlceras venosas crônicas, realizado tratamento com câmara hiperbárica e enxerto, evoluindo com necrose local. Os curativos são realizados duas vezes
por semana, com coberturas interativas e bota de Unna. Observaram-se melhoras nos sinais clínicos e sintomas,
com diminuição da área total da úlcera, com abordagem integral no cuidado, retratando aspectos biopsicossociais. Entretanto, os resultados esperados serão alcançados se agregados à mudança de comportamento, pois se
notam boa evolução por um período e alguns retrocessos frente às dificuldades do paciente. Conclusão: O cuidado multidisciplinar visa ao reconhecimento dos diversos aspectos do processo saúde-doença e, quando integrado
às atribuições do paciente, possui maior efetividade. A equipe de saúde deve elaborar um projeto terapêutico
singular compartilhado que promova atuação dirigida às necessidades reais e que estimulem o autocuidado.
Palavras-chave: Serviço de Assistência Domiciliar; Úlcera Varicosa; Cooperação do Paciente.
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Atenção domiciliar ao paciente com esclerose lateral amiotrófica: enfoque nos cuidados paliativos
Autores: Ratazimatakaara, CK; Ignácio, DS; Salomão, JLF; Chayamiti, EMPC; Caetano, GL.
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) / Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto/SP
Introdução: Os cuidados paliativos foram definidos pela Organização Mundial de Saúde como abordagem ou tratamento que melhora qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameacem a
continuidade da vida. Para tanto, é necessário avaliar e controlar não somente a dor, mas todos os sintomas de
natureza física, social, emocional e espiritual. A atenção domiciliar é uma modalidade que favorece o suporte ao
paciente/família de maneira humanizada e integral, com a equipe multidisciplinar preparada e habilitada para
auxiliar o paciente/família a se adaptar às mudanças de vida impostas pela doença, promovendo reflexão para
enfrentamento dessa condição de ameaça à vida. A esclerose lateral amiotrófica caracteriza-se por paralisia progressiva marcada por sinais de comprometimento neuromotor. Objetivos: Descrever relato de caso em cuidados
paliativos do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Métodos: Relato de
caso: P.F., sexo masculino, 54 anos, acamado, pele íntegra, sem comunicação verbal, em uso de BiPAP com cânula
de traqueostomia, sonda de gastrostomia, uso de fraldas e cateterismo vesical intermitente limpo realizado pela
esposa, cuidadora principal. Foi acompanhado pela equipe multidisciplinar do SAD desde a desospitalização, em
novembro 2013, com visitas domiciliárias programadas. Resultado: A atenção domiciliar proporcionou fornecimento de alívio para dor e sintomas estressantes, integrando aspectos biopsicossociais e auxílio à família para
suportar a condição crônica em seu próprio ambiente. Conclusão: Esta experiência evidencia a importância do
trabalho da equipe multidisciplinar na atenção domiciliar à família/paciente em cuidados paliativos.
Palavras-chave: Serviço de Assistência Domiciliar; Esclerose Lateral Amiotrófica; Cuidados Paliativos.
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A prática interdisciplinar como fator impactante para a atenção domiciliar: relato de
caso
Autores: Prado, MA; Silva, WG; Ignácio, DS; Figueira, BPG; Marin, MAS; Chayamiti, EMPC.
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) / Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto/SP
Introdução: Segundo o Ministério da Saúde e a prática diária profissional, o estresse entre paciente, família
e equipe pode ser evitado desde que ocorra a comunicação e o envolvimento das diversas áreas. Os profissionais
envolvidos na atenção domiciliar unem conhecimentos científicos, experiências práticas e recursos disponíveis
na rede de atenção à saúde. Objetivo: Descrever as intervenções do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) frente
à assistência pós-alta hospitalar. Metodologia: Relato de caso: L.C.C., masculino, 65 anos, aposentado, casado,
com hipertensão arterial, diabetes, sedentário. A medicação usada era hidroclorotiazida e losartana. Apresentou
trauma em dedos do pé esquerdo, evoluindo com flictemas, comprometimento da circulação periférica, internação hospitalar e amputação. Evoluiu com infecção hospitalar e intubação endotraqueal. O caso chegou ao
SAD via solicitação judicial para “internação domiciliar”. Dependente para atividades da vida diária, consciente,
hipocorado, sonda nasoentérica, traqueostomia, voz soprosa, audível e inteligível, padrão respiratório abdominal,
boa expectoração, fraqueza muscular generalizada, presença de úlceras por pressão, incisão cirúrgica. A equipe
do SAD assumiu o acompanhamento multidisciplinar com os cuidados necessários, além das orientações quanto
à higienização, manuseio, curativos, medicamentos, exercícios de fisioterapia e fonoaudiologia, exames laboratoriais, avaliação odontológica e social. Resultado: O paciente recebeu alta do SAD após 17 meses com reabilitação
alcançada, alimentando-se por via oral, sem traqueostomia, cicatrização das úlceras, deambulando com auxílio de
prótese e auxiliando nas atividades domésticas. Conclusão: Estabeleceu-se a necessidade de sistematizar condutas
para nortear a atuação quanto à prevenção de agravos de saúde, melhoria na comunicação em rede e parceria no
processo da alta segura para estabelecimento de vínculos entre família e equipes.
Palavras-chave: Serviço de Assistência Domiciliar; Alta do Paciente; Assistência Integral à Saúde.
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Relato assistencial: construção de uma escala de avaliação da complexidade assistencial para o atendimento domiciliar
Autores: Mansano, AP; Rodrigues, MO; Silva, VCG; Rossi, P; Paiva, HG.
Instituição: Programa Melhor em Casa do Hospital Municipal Vereador Jose Storopolli
Introdução: A avaliação da complexidade assistencial é uma possibilidade de auxiliar na caracterização das
modalidades de atendimento domiciliar, determinar o grau de dependência e estabelecer os objetivos do plano
de cuidados. Construiu-se uma escala de complexidade assistencial com a avaliação dos seguintes domínios: suporte terapêutico, suporte ventilatório, integridade cutâneo-mucosa, índice de dependência de Katz, avaliação de
possibilidade de acesso aos serviços de saúde, dependência de reabilitação (fisioterapia e fonoaudiologia), terapia
nutricional, participação do cuidador e rede de apoio ou suporte de saúde. Como já dito, permite estabelecer os
objetivos do plano de cuidado e também auxilia na classificação dos usuários de acordo com sua complexidade
assistencial domiciliar (AD): AD1 (baixa complexidade), AD2 (média complexidade) e AD3 (alta complexidade).
Objetivo: Considerando as dificuldades encontradas pela equipe de saúde em determinar a modalidade de atendimento domiciliar, bem como avaliar as necessidades da clientela, foi desenvolvido o trabalho com o objetivo
de adaptar as escalas de complexidade assistencial à realidade do atendimento domiciliar. Conclusão: O atendimento domiciliar é um importante diferencial como um incremento nas modalidades assistenciais em saúde.
Porém existe a necessidade de criação de instrumentos que contribuam no processo de avaliação para admissão,
acompanhamento e programação de alta. A existência de um instrumento possibilita uma avaliação contínua da
assistência domiciliar e funciona como um mecanismo facilitador na gestão do caso e na monitorização da mudança de modalidade, impactando positivamente no matriciamento entre os profissionais e os serviços de saúde.
Ainda existe a necessidade da complementação de um estudo para validação da adaptação.
Palavras-chave: Complexidade Assistencial; Atendimento Domiciliar.
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Relato de caso: assistência domiciliar na desospitalização precoce e na prevenção da
hospitalização
Autores: Mansano, AP; Hayashi, AML; Paiva, HG; Rossi, P; Abinader, B.
Instituição: Programa Melhor em Casa do Hospital Municipal Vereador José Storopolli
Introdução: A assistência domiciliar possibilita a não existência de rupturas no cuidado prestado aos pacientes ao potencializar a construção de “pontes” entre os pontos de cuidados. Pode-se observar essa característica na continuidade do cuidado no processo de desospitalização e na prevenção da hospitalização. O acompanhamento de dois pacientes no tratamento de lesões possibilita entender que o Programa Melhor em Casa é
um forte aliado na desospitalização precoce, fato confirmado no processo de alta e acompanhamento do usuário
D.V.M., 26 anos, portador de fasciotomia, após tratamento de síndrome compartimental causada por ferimento
corto-contuso, e na prevenção da hospitalização da paciente M.S.L., 89 anos, portadora de úlcera por pressão
em região sacra de grau 3, com cultura positiva para pseudômonas, encaminhada pela Unidade Básica de Saúde
(UBS) para tratamento da ferida e realização de antibioticoterapia parenteral. Objetivo: Abordar a importância
da assistência domiciliar na continuidade do cuidado na desospitalização e como uma modalidade assistencial
que evita a hospitalização. Metodologia: Por meio do relato de caso do acompanhamento de dois pacientes do
Programa Melhor em Casa do Hospital Municipal Vereador José Storopolli. Conclusão: O atendimento domiciliar é um importante incremento nas modalidades assistenciais em saúde e apresenta duas portas de entrada:
a pós-hospitalização e a pré-hospitalização. Com a realização do estudo, foi possível concluir que a criação de
fluxos assistenciais com os pontos de cuidados poderá garantir um cuidado continuado, impactando na melhora
qualidade de vida dos pacientes e minimizando os riscos à saúde decorrentes do ambiente hospitalar.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Desospitalização; Hospitalização.
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Avaliação social como instrumento de formação de redes de apoio aos pacientes em
cuidados paliativos
Autores: Carvalho, AG; Souza, LJO; Alvarez, MMR.
Instituição Instituto Nacional de Câncer (INCA) José Alencar Gomes da Silva
A avaliação social configura-se como um instrumento privilegiado de formação de redes de apoio aos pacientes em cuidados paliativos. Muitos dos referidos pacientes vivenciam a perda da funcionalidade em decorrência da progressão da doença, compondo uma situação de dependência parcial ou total de terceiros. Diante
do fato, acentua-se a necessidade de composição e fortalecimento de rede de cuidados e de apoio aos pacientes
e às suas famílias. Por meio da avaliação social, é possível realizar o levantamento das situações de vulnerabilidade social e das potencialidades vivenciadas pelo paciente e por sua família. É possível também realizar o
mapeamento da composição familiar, da renda, dos cuidadores no domicílio, da situação previdenciária, da rede
de proteção social de acesso a direitos e das instituições com as quais o paciente possui vinculação. Perante tal
análise, é possível aos profissionais contribuírem para a ampliação da rede de atenção aos cuidados com o paciente por meio de ações, como encaminhamentos, orientações sobre direitos do paciente e dos familiares, reuniões de família com a finalidade de ampliar a participação nos cuidados e a articulação com outras instituições
viabilizadoras de ações e de serviços. A avaliação social viabiliza a leitura da realidade vivenciada pelo paciente
em cuidados paliativos, possibilitando ações necessárias para a efetividade do direito ao cuidado.
Palavras-chave: Avaliação Social; Rede de Apoio.
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Estado nutricional e HIV: qual real prognóstico?
Autores: Tavares, SMC; Campos, VR; Lima, LDQ; Braz, MBM; Alencar, ES.
Instituição: Hospital São José de Doenças Infecciosas, Fortaleza/CE
Introdução: O estado nutricional de pacientes com HIV adquiriu importância na prática clínica devido à
desnutrição e aos efeitos colaterais da terapia antirretroviral (TARV). A sobrevida de indivíduos portadores do
HIV tende a ser maior por causa dos avanços do tratamento. No entanto, inúmeras alterações do metabolismo e
do estado nutricional (EN) podem afetar a qualidade de vida desses pacientes. Uma das implicações mais comuns
para a saúde é a desnutrição e a consequente deficiência de nutrientes, causadas por aumento do gasto energético, infecções oportunistas, má absorção e pela diminuição multifatorial da ingestão alimentar. Os pacientes com
HIV sofrem modificações importantes no seu EN, tornando-se importante uma intervenção nutricional adequada. Ressalta-se também o papel da dietoterapia na redução dos efeitos colaterais indesejáveis decorrentes do
uso da TARV e dos sintomas de infecções oportunistas, evitando a desnutrição e promovendo a saúde. Objetivo:
Verificar a associação entre estado nutricional e morbidade de um paciente com HIV, submetido aos cuidados
multidisciplinares da equipe do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) do Hospital São José (HSJ). Metodologia:
Paciente J.L.S., sexo masculino, 34 anos, HIV, neurotoxoplasmose, desorientado, acamado, alimentando-se por
sonda nasogástrica, úlcera sacral, trocânteres e calcâneos. Iniciou acompanhamento pelo SAD do HSJ em 8 de
julho de 2013. Possuía peso estimado de 39,8kg, IMC estimado em 16,3kg/m² indicando EN de desnutrição
grave. Possuía prognóstico preservado. Resultados: Após um ano, paciente alimenta-se por via oral, orientado e
contactuante. Possui peso estimado de 61,7 kg e IMC em 25,4 kg/m² indicando EN de eutrofia. Conclusão: Praticamente todos os pacientes com AIDS são acometidos pela perda de peso. Os pacientes sofrem grande redução de massa magra, diminuição de todos os compartimentos corporais e depleção da massa celular. Alterações
nutricionais podem ser evitadas nesses pacientes por meio de uma terapia dietoterápica adequada.
Palavras-chave: Desnutrição; HIV; Estado Nutricional.
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Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
Projeto Terapêutico Singular: uma abordagem domiciliar
Autores: Gomes, TCP; Alencar, ES; Braz, MBM; Lima, LDQ; Sales, MFP; Campos, VR; Tavares, SMC;
Boecker, CRLO.
Instituição: Hospital São José de Doenças Infecciosas, Fortaleza/CE
Considerando a complexidade evidenciada no encaminhamento da paciente S.F.G. ao Serviço de Atenção
Domiciliar (SAD), a equipe interdisciplinar entendeu a importância de um Projeto Terapêutico Singular para
o atendimento às necessidades da usuária e sua família, objetivando o cuidado na dimensão do sujeito em sua
condição plural e entendendo que se trata de um sujeito singular e complexo. Identificação: S.F.G., admitido em
23 de junho de 2013, 39 anos, SIDA, sequela de neurotoxoplasmose, traqueostomizada, disfagia, úlcera sacral.
Em relação ao planejamento de conduta: a enfermagem fez adesão medicamentosa e estomaterapia; a fisioterapia fez execução de exercícios de expansão e reexpansão pulmonar, fortalecimento do diafragma e aspiração
de traqueóstomo e de vias aéreas superiores. A cuidadora foi conscientizada da importância da mudança de
decúbito e orientada para a execução de exercícios passivos, ativo-assistidos, alongamento e relaxamento para
o tronco, membros superiores e inferiores; a nutrição fez cálculo das necessidades nutricionais e prescrição de
dieta enteral associada à suplementação para auxiliar na cicatrização da úlcera sacral; o serviço social ficou responsável pela escuta qualificada, identificação de demandas sociais, orientação e encaminhamento para inclusão
em benefícios assistenciais (Bolsa Família e Benefício de Prestação Contínua de acordo com Lei Orgânica da
Assistência Social – LOAS), orientação sociojurídica, com encaminhamento para a Defensoria Pública visando à petição de curatela e recebimento de alimentação enteral pelo Estado, articulação com a rede de atenção
básica (Unidade Básica de Saúde – UBS) para acompanhamento pela equipe de saúde da família, encaminhamento ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para visita e aquisição de insumos (cesta básica,
fraldas). O Projeto teve como proposta de ação: cuidado ao cuidador, visitas domiciliares, capacitação contínua
do cuidador, ações técnicas em intercorrências de acompanhamento, reuniões interdisciplinares, avaliação de
condutas e realinhamento do Projeto.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Plano Terapêutico.
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Planejamento, fluxo, segurança e a qualidade da atenção domiciliar
Autores: Alencar, ES; Tavares, SMC; Lima, LDQ; Campos, VR; Boecker, CRLO; Braz, MBM.
Instituição: Hospital São José de Doenças Infecciosas, Fortaleza/CE
Introdução: Os serviços de atendimento domiciliar devem ter parâmetros objetivos para a prestação da
assistência, buscando qualidade e reavaliação dos processos. Objetivos: Caracterizar a importância do planejamento para a qualidade da atenção domiciliar. Metodologia: Revisão bibliográfica conceitual do planejamento,
fluxo e segurança do paciente em bases indexadas. Resultados: Planejamento é “a predeterminação de um
curso de ações destinadas a chegar a um resultado desejado”. É a arte de fazer escolhas e elaborar planos para
favorecer a mudança. As escolhas devem refletir a singularidade da realidade do paciente, alinhando o plano aos
seus desejos e valores. Também cabe aos serviços de atenção domiciliar identificar eventos de risco à segurança
do paciente e monitorá-los, buscando causas e implementando estratégias para sua redução. O termo fluxo,
por sua vez, representa o movimento de pacientes e informações na via de cuidado ao paciente. A repetição
de processos por incoerências do fluxo esgota física e mentalmente as equipes e aumenta o adoecimento entre
profissionais. O aperfeiçoamento do fluxo reduz a “espera” e a “repetição” nos processos da atenção à saúde
humana em domicílio e a “reexposição” do paciente ao risco de eventos adversos. Conclusão: Após a caracterização do “nexo causal” entre o planejamento, a otimização do fluxo de processos e procedimentos, a segurança
do paciente e a qualidade da assistência à saúde humana em domicílio, apresentamos um modelo de plano terapêutico (passível de aperfeiçoamento) capaz de direcionar o cuidado rumo à objetividade, à humanização e à
transdisciplinaridade.
Palavras-chave: Atenção Domiciliar; Plano Terapêutico.
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Levantamento dos riscos de trabalho em ambiente de internação domiciliar: segurança
no trabalho
Autores: Vals, APG; Martins, PA; Machado, ACS.
Instituição: KZT – Atenção Médica Domiciliar, Campo Grande/MS
Segurança do trabalho objetiva promover a proteção do trabalhador no seu local de trabalho, inclusive no
ambiente de internação domiciliar, visando à redução de acidentes de trabalho e às doenças ocupacionais. As organizações empresariais modernas valorizam seus funcionários tanto quanto seus mais fiéis clientes. A adaptação de funcionários em postos de trabalho tem sido um dos desafios das organizações, priorizando sempre que
estes coloquem em prática as normas e os regulamentos em segurança no trabalho. No domicílio, a utilização
de material perfurocortante ou a realização de procedimentos com possível contato com fluídos corpóreos são
possíveis, e os riscos biológicos – de transmissão de patógenos – decorrentes dessa assistência não são tão conhecidos. Outro ponto é a necessidade de adaptação ao domicílio dos aparatos tecnológicos e medicamentosos
do paciente, sendo estes acondicionados de forma adaptada, de acordo com a disponibilidade de cada casa, havendo riscos de acidente e ergonômicos. A inadequação dos mobiliários e dos espaços, associada à não utilização da boa postura pelos trabalhadores de enfermagem, tem sido responsável por doenças musculoesqueléticas.
O manuseio dos pacientes de forma frequente, retirando-se do leito para banho ou modificações de decúbito,
faz com que haja esforços físicos repetitivos, ressaltando, assim, a possibilidade de doenças ocupacionais por
riscos ergonômicos. Conclui-se que se fez notória a presença de riscos de trabalho em ambiente de internação
domiciliar, conforme descrito anteriormente, e, dessa forma, evidencia-se a necessidade de gerenciamento desses riscos para melhor qualidade de vida e segurança, tanto do paciente e familiares quanto dos funcionários e
prestadores de serviço. Há escassez de materiais específicos na área de segurança do trabalho no ambiente de
atenção domiciliar, necessitando de novos estudos sobre esta tão nova área de trabalho.
Palavras-chave: Riscos de Trabalho; Ambiente Domiciliar; Saúde do Trabalhador.
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Adaptação da válvula de fala e deglutição Passy Muir em uma paciente com ela em
ventilação mecânica: trabalho interdisciplinar em Home Care
Autores: Machado, ACS; Martins, PA; Vals, APG.
Instituição: KZT – Atenção Médica Domiciliar, Campo Grande/MS.
Introdução: A cânula de traqueostomia pode trazer muitos impactos na fala e na deglutição. Nesses casos,
tem-se como recurso a válvula de fala. Outra aplicação de seu uso é em pacientes disfágicos, visando minimizar
a aspiração de saliva/alimentos para as vias aéreas respiratórias, por meio da restauração do mecanismo glótico
reflexo. Objetivos: Descrever a importância da equipe interdisciplinar na adaptação da válvula de “Passy Muir”
em uma paciente com esclerose lateral amiotrófica (ELA) em ventilação mecânica (VM). Materiais e Métodos:
Paciente D.G., 67 anos, em atendimento domiciliar, com diagnóstico de ELA há quatro anos, traqueostomizada, VM (Trilogy) alimentação via gastrostomia e oral assistida uma vez ao dia, apresentando sinais e sintomas
clínicos de fraqueza da musculatura lingual e faríngea, sialoestase em cavidade oral e faríngea, uso de anticolinérgico para redução da saliva. A adaptação da válvula de “Passy Muir” foi possível com a atuação conjunta
com o fisioterapeuta para regulagem do Trilogy. Após adaptação da paciente, houve o treinamento da equipe
de técnica em enfermagem para que seu uso fosse realizado diariamente. Resultados: A completa adaptação
da paciente com a válvula proporcionou o retorno da comunicação oral, a realização de exercícios diretos para
deglutição e fonação, bem como a oferta da via oral na consistência líquida espessada uma vez ao dia. Conclusão: Conclui-se que, com a adaptação da vávula de Passy Muir” em VM, podemos proporcionar o retorno da
comunicação oral e manutenção do prazer oral. O maior benefício foi em relação à interação com familiares e
amigos, mesmo necessitando de suporte ventilatório. O trabalho interdisciplinar foi imprescindível para que os
objetivos fonoaudiológicos fossem alcançados.
Palavras-chave: Passy Muir; ELA; Internação Domiciliar; Ventilação Mecânica; Trabalho Interdisciplinar.
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Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
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Perfil nutricional dos pacientes adultos e idosos em terapia nutricional enteral atendidos no Serviço de Atenção Domiciliar da região Noroeste de Campinas/SP
Autores: Moraes, PC; Oliveira, MAS.
Instituição: Hospital e Maternidade Celso Pierro/PUC-Campinas
Introdução: A assistência nutricional domiciliar tem como objetivo recuperar ou manter a saúde dos
pacientes atendidos. Nesse contexto, a avaliação nutricional é de extrema importância em pacientes em uso
de nutrição enteral e que estão em atendimento domiciliar, por detectar precocemente risco de desnutrição ou
até mesmo a sua presença para que seja traçado um plano nutricional adequado. Objetivo: Conhecer o perfil
nutricional dos pacientes adultos e idosos em terapia nutricional enteral atendidos no Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) da região Noroeste de Campinas, no Estado de São Paulo. Método: Os pacientes atendidos pelo
SAD no mês de julho de 2014 foram avaliados por meio de aferição de peso e altura (n=11) e, quando não
havia possibilidade de pesagem (n=15), por meio de aferição da circunferência do braço (CB), prega cutânea
do tríceps (PCT), circunferência muscular do braço (CMB) e circunferência da panturrilha (CP), sendo este
último utilizado apenas em idosos. Resultados: Participaram do estudo 26 pacientes, sendo 14 (53,8%) do sexo
feminino e 12 (46,2%) do sexo masculino. O índice de massa corpórea (IMC) dos pacientes revelou que nove
(81,81%) encontravam-se com baixo peso, e dois (18,19%), com sobrepeso. De acordo com a PCT em relação
à massa gorda, oito (53,4%) apresentavam-se com depleção; cinco (33,3%), com manutenção; dois (13,3%),
com excesso. Em relação à CMB referente à massa magra, dez (66,7%) apresentavam-se com depleção, e cinco
(33,3%), com eutrofia. Já em relação à CP, nove (100%) apresentavam-se desnutridos. Conclusão: Diante dos
resultados, podemos concluir que a maioria dos pacientes avaliados tanto pelo IMC quanto pelas medidas antropométricas apresenta desnutrição.
Palavras-chave: Avaliação Nutricional; Nutrição Enteral; Assistência Domiciliar.
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Caracterização do atendimento de duas equipes multidisciplinares de atenção domiciliar do município de Ribeirão Preto/SP
Autores: Prado, MA; Ignácio, DS; Lima, CMG; Chayamiti, EMPC.
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), Ribeirão Preto/SP
Introdução: No município de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, a primeira Equipe Multidisciplinar
de Atenção Domiciliar (EMAD 1) foi implantada em novembro de 2011, logo após a publicação da Portaria
nº 2.527 de outubro de 2011, sendo política nacional de financiamento para os serviços de atenção domiciliar,
iniciando o Programa Melhor em Casa do Ministério da Saúde. A segunda equipe (EMAD 2) foi implantada
em agosto de 2013. Objetivo: Apresentar dados sobre atendimentos e características das equipes EMAD 1 e 2.
Método: Foi utilizado o banco de dados do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) de Ribeirão Preto, de agosto
a dezembro de 2013. Resultados: Nesse período, no cadastro da EMAD 1, constavam 64 pacientes, sendo que:
22% tiveram alta; 19% foram a óbito; 59% seguiram em acompanhamento; 55% eram do sexo feminino; 33%
tinha entre 60 e 79 anos; 37% possuíam 80 anos ou mais. A EMAD 2 apresentou 39 pacientes, sendo que:
41% tiveram alta; 13% foram à óbito; 46% seguiram em acompanhamento; 51% eram do sexo feminino; 18%
tinham entre 60 e 79 anos; 47% possuíam 80 anos ou mais. Os principais diagnósticos encontrados nas duas
equipes foram acidente vascular cerebral e neoplasias. A média de visitas realizadas por mês foi de 44 para a
EMAD1 e 25,4 para a EMAD2. Conclusão: Observa-se que houve similaridade nos resultados entre as equipes
e também predomínio de idosos entre a população atendida. Conhecer o perfil dos pacientes e as características
do atendimento pode ajudar no planejamento e na avaliação do serviço.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Idoso; Saúde do Idoso.
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Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
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Fisioterapia domiciliar: relato de caso de paciente com trauma raquimedular
Autores: Lima, CMG; Ratazimatakaara, CK; Ignácio, DS; Chayamiti, EMPC; Marin, MAS.
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) / Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto/SP
Introdução: O trauma raquimedular pode ser definido como um conjunto de situações que compromete
a função da medula espinal em graus variados de extensão. É imprescindível para a reabilitação desses pacientes
o acompanhamento de equipe multiprofissional, além de intervenção fisioterapêutica precoce. Objetivo: Descrever a reabilitação fisioterapêutica realizada no domicílio em paciente com trauma raquimedular, atendido
pelo Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Método: Trata-se de relato
de caso, paciente sexo masculino, 59 anos, cadastrado no serviço em dezembro de 2013, com diagnóstico de
trauma raquimedular com sequela neurológica e motora, devido a acidente de trânsito, dependência total, fazendo uso de traqueostomia, com úlcera por pressão sacral. Resultado: O atendimento inicial foi realizado por
equipe multiprofissional. Os procedimentos da fisioterapia iniciaram-se com exercícios respiratórios, cinesioterapia passiva nos membros inferiores e ativo-assistida nos membros superiores e orientação de posicionamento.
O cuidador foi orientado a executar esses procedimentos de duas a três vezes ao dia. Na sequência, acrescentaram-se os exercícios de elevação da bacia, de dissociação do tronco, treino para ortostatismo, ortostatismo
com descarga de peso parcial e início do uso da órtese. Após cinco meses, o paciente encontrava-se com a lesão
sacral cicatrizada, traqueostomia fechada e deslocando-se com ajuda de andador. O seguimento do paciente
passou a ser realizado no Centro de Reabilitação do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, por ser espaço que
mantém equipamentos que podem favorecer sua reabilitação. Conclusão: Neste caso, o espaço do domicílio
mostrou-se apropriado para iniciar precocemente a realização de procedimentos fisioterapêuticos, particularmente em pacientes que se encontram em situação de restrição no leito ou de mobilidade, até poderem deslocar-se aos centros de reabilitação.
Palavras-chave: Fisioterapia; Assistência Domiciliar; Reabilitação.
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Características do serviço de oxigenoterapia domiciliar prolongada na atenção domiciliar em Ribeirão Preto/SP
Autores: Ignácio, DS; Lima, CMG; Chayamiti, EMPC; Stocco, VLT; Ciampo, FAD.
Instituição: Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) / Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto/SP
Introdução: A oxigenoterapia domiciliar prolongada (ODP) melhora a sobrevida de pacientes com insuficiência respiratória crônica. É uma modalidade de tratamento de custo elevado, com critérios de inclusão bem
estabelecidos pelas diretrizes brasileiras e internacionais de oxigenoterapia domiciliar. Objetivo: Descrever as
características do serviço e o perfil dos pacientes que utilizam ODP do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD).
Método: Trata-se de um estudo descritivo, desenvolvido com pacientes que fazem uso de ODP. Utilizou-se o
banco de dados do SAD de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, no período de janeiro a dezembro de 2013. Resultados: Durante esse ano, 541 pacientes utilizaram oxigênio suplementar no domicílio, sendo que 344 já faziam
uso no ano anterior e 197 eram casos novos. Nesse período, 161 pacientes foram a óbito, 42 foram excluídos por
outras causas e 338 continuaram em seguimento. Do total de pacientes, 57% são do sexo feminino; 53% tiveram
diagnóstico de doença pulmonar obstrutiva crônica; 16% ainda fumavam; 32% nunca fumaram; 47% eram extabagistas; 5% não informaram; 67% usavam concentrador de oxigênio; 31% usavam cilindros; 2% utilizavam
fonte mista (concentrador associado ao cilindro). Quanto à origem da prescrição, 68% vieram do Sistema Único
de Saúde (SUS), e 32%, da saúde suplementar. Conclusão: Observou-se grande número de óbitos (161), o que
pode ser atribuído à gravidade do estado de saúde no momento da inclusão. Identificar o perfil dos pacientes que
fazem uso de oxigênio no domicílio pode ajudar no planejamento e no seguimento de ações de saúde.
Palavras-chave: Oxigenoterapia; Assistência Domiciliar; DPOC.
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Revista Brasileira de Atenção Domiciliar
Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
Tecendo saberes no curso de cuidadores informais
Autores: Zaicaner, R; Funari, ALC.
Instituição: Secretaria de Saúde de Taboão da Serra/SP
Introdução: Atualmente, o município de Taboão da Serra, no Estado de São Paulo, possui 440 pacientes
cadastrados no programa de atendimento domiciliar, por isso as Secretarias de Saúde, de Esportes e de Assistência Social elaboraram um curso de cuidadores informais, articulando ações e serviços já existentes nos
territórios em busca da integração efetiva da rede. A finalidade desse curso é: capacitar cuidadores informais de
pessoas com limitações nas atividades de vida diária, além de propiciar um espaço de encontro e esclarecimento
de dúvidas. O curso foi elaborado em cinco módulos, com a participação de 16 profissionais de diversas categorias técnicas da rede, nos seguintes módulos: 1º: Senescência e Senilidade, Psicologia e Serviço Social; 2º: Enfermagem; 3º: Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional; 4º: Nutrição, Assistência Social, Farmacêutica,
Odontologia e Educador Físico; 5º: “Cine reflexão”. Ao final de cada módulo, é aplicado um questionário de
avaliação para o aprimoramento do curso. Metodologia: A metodologia utilizada foi a da problematização, baseada na pedagogia de Paulo Freire, aproximando a teoria da prática e respeitando a construção do saber. As
estratégias educacionais aplicadas foram por meio de oficinas de sensibilização, cine reflexão, dinâmicas e rodas
de conversa sobre o do papel do cuidador. Conclusão: Até o momento, 330 alunos participaram do curso de
cuidadores informais, com relatos significativos de melhoria na qualidade de vida, segurança na rotina e troca
de experiências com pessoas que vivem na mesma situação. Após o término do curso, ofertamos a participação
semanal de grupo psicoterapêutico, orientações e suporte emocional aos cuidadores.
Palavras-chave: Cuidadores; Rede; Equipe Multidisciplinar.
E-mail: [email protected]
O serviço social dentro do Programa de Assistência Domiciliar (PAD) de Taboão da
Serra/SP
Autores: Zaicaner, R; Haddad, A; Panizza, ACN; Oliveira, JC.
Instituição: Programa de Assistência Domiciliar (PAD) de Taboão da Serra/SP
Introdução: O Programa de Assistência Domiciliar (PAD) de Taboão da Serra, no Estado de São Paulo,
nos últimos dois anos, tornou-se referência e alternativa no pós-alta hospitalar do município. No ano de 2013,
eram atendidos em média 200 usuários; no ano de 2014, passou para média de 400 usuários. O crescimento e
o maior alcance do serviço se destacam não somente pelo aumento do atendimento, mas também de profissionais que passaram a compor a equipe multidisciplinar, hoje formada por médicos, fisioterapeutas, enfermeiras,
dentista, psicóloga, assistente social, engenheiro administrativo, motoristas e estagiária. Dentre estes, o serviço
social destaca sua experiência no Programa. Objetivo: Mostrar a contribuição do serviço social dentro do Programa. Método: Intervenções sempre orientadas, norteadas pelo código ética profissional, visando à garantia e
à efetivação dos direitos. Por meio de escuta, orientação permanente, acolhimento, mediação, encaminhamentos que facilitem e possibilitem o acesso a serviços e/ou benefícios e indicadores. Resultado: A intervenção
do serviço social dentro do PAD tem: possibilitado um conhecimento maior dos usuários em seu contexto
socioeconômico e sociofamiliar; permitido maior acesso aos direitos e aos benefícios oferecidos pelo município; contribuído com a construção de indicadores sociais para melhor planejamento; facilitado as relações dos
envolvidos famílias/paciente/equipe multidisciplinar/órgãos institucionais. Conclusão: O serviço social vem
conquistando seu espaço, buscando estimular maior trabalho em equipe e demonstrando ainda que o trabalho
multidisciplinar e interdisciplinar enriquece de forma positiva o processo de cuidar.
Palavras-chave: Serviço Social; Atuação; Equipe Multidisciplinar.
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Revista Brasileira de Atenção Domiciliar
Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
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Prever
Autores: Yago, AFM; Barbosa, AFS; Dias, SB; Manrique, IMS; Zaicaner, R.
Instituição: Programa de Assistência Domiciliar (PAD) de Taboão da Serra/SP
Introdução: Diante do crescimento de casos de acidentes vasculares encefálicos nos prontos-socorros de
Taboão da Serra, no Estado de São Paulo, o Programa de Assistência Domiciliar (PAD) desse município acabou
por criar o Projeto Prever, formado pelo Plano Terapêutico, com médico, enfermeiro, fisioterapeuta e assistente
social, com intuito de realizar precocemente a intervenção da assistência domiciliar em cada caso e, na fase aguda de sua patologia, elencar as necessidades imediatas e outras subsequentes, no intuito de prevenir e/ou tratar
possíveis sequelas que venham a ocorrer. Objetivo: Realizar antecipadamente intervenção de equipe do Plano
Terapêutico a fim de verificar as condições clínicas recentes no leito dos prontos-socorros e as necessidades
vigentes para o período pós-internação, além de programar seu retorno a casa, respaldando a família para com
os cuidados necessários. Metodologia: Atualização de informações do fluxo constante de entrada e saída (alta)
de pacientes nos prontos-socorros com perfil para o PAD; fornecer, coordenar e manter informações atualizadas de materiais fornecidos aos pacientes, como torpedos e concentradores de O2, fraldas, dietas, materiais
hospitalares, camas hospitalares e órteses; manter contato direto com redes sociais e de serviço dentro e fora
do município (Centro de Referência Especializado de Assistência Social, Centro de Referência de Assistência
Social, Farmácia de Alto Custo, serviço de reabilitação etc.), fornecendo auxílio socioassistencial; reuniões institucionais de parcerias. Resultado: Conseguimos, por meio desse sistema, realizar de forma eficiente a captação
dos casos, melhorando a precocidade no atendimento e, consequentemente, minimizando os agravos da sua
saúde. Conclusão: O conhecimento e o reconhecimento do serviço do PAD dentro do município têm se ampliado, permitindo maior atuação com mais qualidade aos pacientes.
Palavras-chave: Precocidade na Captação de Pacientes.
E-mail: [email protected]
Assistência domiciliar à criança com câncer em cuidados paliativos e à sua família: relato assistencial da equipe multiprofissional
Autores: Souza, LJO; Silva, FP; Carmo, SA; Sevilha, M.
Instituição: Instituto Nacional de Câncer (INCA) José Alencar Gomes da Silva
Muitas crianças são diagnosticadas com câncer avançado, trazendo como consequência a impossibilidade
de cura e a longa permanência hospitalar. A esperança da família pela cura e as tentativas incansáveis da equipe médica pediátrica prorrogam mais o cuidado paliativo, pois a morte de uma criança é considerada um dos
eventos mais estressantes. Em 2010, iniciou-se o serviço de assistência domiciliar para atender a crianças com
câncer em cuidados paliativos e à sua família no Instituto Nacional de Câncer (INCA) José Alencar Gomes
da Silva, situado no Rio de Janeiro. O atendimento é feito por uma equipe multidisciplinar especializada em
cuidados paliativos e em pediatria. As consultas de primeira vez são do serviço social; as semanais, de enfermagem; as quinzenais, médicas e de fisioterapia, conforme a necessidade. Além da consulta domiciliar, as famílias
contam com atendimento telefônico para dúvidas e emergências 24 horas. Contamos com carro e motorista,
farmácia para disponibilizar medicamentos e materiais de enfermagem, voluntariado para liberação de cesta
básica conforme avaliação da assistente social e a base administrativa para marcar, avisar consultas e guardar
materiais fisioterápicos. Implantamos o serviço visando proporcionar qualidade de vida, controlar os sintomas
com terapêutica não farmacológica, dar rede de apoio, estimular as atividades lúdicas, interagir com os irmãos,
amigos e escola, ensinar as mães quanto ao cuidado em domicílio e à reabilitação, cuidar da família, orientando
o fim da vida, morte e luto.
Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Pediatria; Cuidados Paliativos.
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Revista Brasileira de Atenção Domiciliar
Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar
Ano I - Número I - jan./jun. 2015
SISTEMA PARA ATENÇÃO DOMICILIAR
NA REDE PÚBLICA DE SAÚDE
PRINCIPAIS RECURSOS E FUNCIONALIDADES
√ CONTROLE DE PROSPECÇÃO
Busca ativa nas redes de saúde ou
domicílios
DE ATENDIMENTO
√ SOLICITAÇÃO
Avaliação clínica
Elegibilidade com score
- PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
√ PTS
Procedimentos das equipes Multidisciplinar
Necessidade de Materiais, Medicamentos,
Dietas, Equipamentos e Gases Medicinais
√ PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DO PACIENTE
Modalidades: AD1, AD2, AD3 e outras
Prescrição Médica e Enfermagem
Evolução Multidisciplinar
Cuidador; habilidades e benefícios
Acesso a exames Laboratoriais
√ GENOGRAMA E ECOMAPA
√ EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Banco de talentos
Escala de disponibilidade
Escala de atendimento
Agenda das equipes
Produtividade
DE ESTOQUES E FARMÁCIA
√ CONTROLE
Almoxarifados e kits
Rastreabilidade total
Código de barras e QR code
√ CONTAS MÉDICAS E FATURAMENTO
Gestão das contas e repasses
Integração com a RAAS
√ CONTROLE DE FROTA
Agenda, manutenção, consumo
DE POP
√ CONTROLE
Procedimentos Operacionais Padrão
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