Sumário 1. Conceito de Depressão ........................................................................................... 1 2. Causas da doença .................................................................................................. 1 3. Tipos de Depressão ................................................................................................ 1 4. Tipos de Depressão ................................................................................................ 3 4.1. Depressão reativa ou secundária ..................................................................... 3 4.2. Depressão menor ou distimia ........................................................................... 4 4.3. Depressão maior ou unipolar ............................................................................ 4 4.4. Depressão bipolar ou psicose maníaco-depressiva ......................................... 4 5. Subtipos de Depressão ........................................................................................... 5 5.1. Depressão melancólica ou endógena ............................................................... 5 5.2. Depressão atípica ............................................................................................. 5 5.3. Depressão sazonal ........................................................................................... 5 5.4. Depressão com sintomas psicóticos ................................................................. 5 5.5. Depressão pós-parto ........................................................................................ 5 6. Sintomas de depressão e mania ............................................................................. 6 6.1. Depressão ........................................................................................................ 6 6.2. Mania ................................................................................................................ 6 7. Avaliação diagnóstica e tratamento ......................................................................... 7 8. Conceito de Stress .................................................................................................. 8 9. Medidas para combater o "Stress" .......................................................................... 9 10. Causas do Stress .................................................................................................. 9 11. Sintomas do Stress ............................................................................................. 10 11.1. Quadro emocional ........................................................................................ 10 11.2. Quadro Orgânico .......................................................................................... 10 12. Tipos de Stress ................................................................................................... 11 12.1 Stress de perda ............................................................................................. 11 12.2. Stress de ganho ............................................................................................ 11 12.3. Stress de insulto ao amor próprio ................................................................. 11 12.4. Stress de ameaça e segurança .................................................................... 11 12.5. Stress de decisões ....................................................................................... 11 12.6. Stress de estimulação................................................................................... 11 12.7. Stress de mudança ....................................................................................... 12 12.8. Stress de frustração ...................................................................................... 12 1 STRESS E DEPRESSÃO 1. CONCEITO DE DEPRESSÃO A depressão é uma síndrome clínica constituída de sintomas básicos, tais como: humor básico deprimido, inibição mental, inibição do impulso vital e transtornos do sono. Além destes, podem ocorrer os sintomas chamados associados, que são: ansiedade, transtornos do caráter e perturbações físicas. Os quadros clínicos dos estados depressivos são muito variados, de acordo com a predominância deste ou daquele sintoma. A depressão é uma doença "do corpo como um todo", que compromete seu corpo, humor e pensamento. Ela afeta a forma como você se alimenta e dorme, como se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas. Uma doença depressiva não é uma "fossa" ou um "baixo astral" passageiro. Também não é sinal de fraqueza ou uma condição que possa ser superada apenas pela vontade ou com esforço. As pessoas com doença depressiva (estima-se que 8% das pessoas adultas sofram de uma doença depressiva em algum período da vida) não podem simplesmente recompor-se e melhorar por conta própria. Sem tratamento, os sintomas podem durar semanas, meses ou anos. O tratamento adequado, entretanto, pode ajudar a maioria das pessoas que sofrem de depressão. 2. CAUSAS DA DOENÇA A hipótese mais aceita é aquela que justifica a depressão pela menor quantidade ou disponibilidade de neurotransmissores na junção entre os neurônios. Consideram-se também como causas os aspectos genético e psicológico. Os Transtornos do Humor (a depressão, entre eles) são observados em diversos membros de uma mesma família. Já as teorias que apontam os fatores psicológicos como contribuintes para o aparecimento da depressão são: perdas reais, luto, agentes estressores, desordem familiar, desamparo e visão negativa de si mesmo. 3. TIPOS DE DEPRESSÃO As doenças depressivas manifestam-se de diversas maneiras, da mesma forma que outras doenças, como, por exemplo, as do coração. Descreveremos três dos tipos mais freqüentes de doenças depressivas. Entretanto, dentro eles, ocorrem variações quanto ao número, gravidade e duração dos sintomas. 1 2 A depressão maior caracteriza-se por uma combinação de sintomas que interferem na capacidade de trabalhar, dormir, alimentar-se e desfrutar de atividades anteriormente consideradas agradáveis pela pessoa. 2 3 Estes episódios depressivos incapacitantes podem ocorrer uma ou duas ou várias vezes durante a vida.Um tipo menos grave de depressão é a destimia, que envolve sintomas crônicos e prolongados, não tão incapacitantes, mas que impedem a sua plena capacidade de ação ou que você se sinta bem. Às vezes, pessoas com destemia apresentam também, episódios de depressão maior.Outro tipo é o distúrbio bipolar, antigamente denominado doença maníaco-depressiva. Não é tão freqüente quanto as outras formas de doenças depressivas. Caracteriza-se por ciclos de depressão e euforia ou mania. Estas oscilações de humor, em geral, ocorrem gradualmente; porém,, às vezes, são abruptas e acentuadas. Tanto no ciclo depressivo, quanto no ciclo maníaco, você pode apresentar alguns ou todos os sintomas correspondentes a cada um desses ciclos, relacionados no tópico seguinte. A mania, em geral, afeta o pensamento, o julgamento (senso crítico) e o comportamento social, causando graves problemas e constrangimentos. por exemplo, uma pessoa em fase de mania pode tomar decisões profissionais ou financeiras insensatas. O distúrbio bipolar freqüentemente é uma condição crônica recorrente (ocorre repetidamente). A depressão pode ser classificada de acordo com a causa, com a presença ou não de um componente genético (história familiar), com os sintomas e com a gravidade do quadro, em: Primária (quando não tem uma causa detectável) ou secundária (atribuível a doenças físicas ou a medicamentos). Genética, de acordo com o padrão de aparecimento em membros de uma mesma família (esporádica, espectral ou familial). Unipolar (quando não há ocorrência de episódios de mania) ou bipolar (quando ocorrerem sintomas intercalados ou concomitantes de mania). Leve ou grave, de acordo com a gravidade dos sintomas e o grau de comprometimento funcional. 4. TIPOS DE DEPRESSÃO 4.1. Depressão reativa ou secundária Surge em resposta a um estresse identificável como perdas (reações de luto), doença física importante (tumores cerebrais, AVC, hipo ou hipertireoidismo, doença de Cushing, LES, etc.), ou uso de drogas (reserpina, clonidina, metildopa, propranolol, promazina, clorpormazina, acetazolamida, atropina, hioscina, haloperidol, corticosteróides, benzodiazepínicos, barbitúricos, anticoncepcionais, hormônios tireoidianos, etc). Corresponde a mais de 60% de todas as depressões. 3 4 4.2. Depressão menor ou distimia É uma desordem depressiva crônica durando pelo menos 2 anos em adultos e que se manifesta pela presença da síndrome depressiva, onde o paciente consegue funcionar socialmente mas sem experimentar prazer. 4.3. Depressão maior ou unipolar É uma desordem depressiva primária, endógena, e que não tem relação causal com situações estressantes, patologias orgânicas ou psiquiátricas, caracterizandose por episódios puramente depressivos em períodos variáveis da vida do paciente geneticamente predisposto à doença. Resultaria de uma inclinação inata determinada por fatores hereditários e bioquímicos que produziriam um distúrbio da neurotransmissão central, secundária a um déficit funcional de neurotransmissores (dopamina, noradrenalina e/ou serotonina) e/ou a uma alteração transitória de seus receptores ao nível do SNC. Durante o episódio, os sintomas depressivos são severos e intensos, impedindo o indivíduo de agir normalmente, havendo alto risco de suicídio se não tratado. Corresponde a cerca de 25% de todas as depressões. 4.4. Depressão bipolar ou psicose maníaco-depressiva É também uma desordem primária, endógena e que se caracteriza por episódios depressivos alternados com fases de mania ou de humor normal, com estados de significativa mudança de humor do paciente (oscilações cíclicas do humor entre "altos" (mania) e "baixos" (depressão)). Quando deprimida, a pessoa pode ter alguns ou todos os sintomas de depressão. Quando em mania, torna-se falante, eufórica e/ou irritável, cheia de energia, grandiosa. A mania prejudica o raciocínio, a crítica (capacidade de julgamento) e o comportamento social, podendo ocasionar graves conseqüências e constrangimentos, pois a pessoa em fase mania se envolve facilmente em negócios mirabolantes e incertos ou em aventuras românticas e toma atitudes precipitadas e inadequadas. Se não tratada, a mania pode piorar, evoluindo para quadro psicótico (com delírios e/ou alucinações). Essa desordem afetiva estaria relacionada com um distúrbio da neurotransmissão central secundário a um déficit de neurotransmissores ou hipossensibilidade de seus receptores na fase depressiva e a um aumento destes neuro-hormônios ou da hipersensibilidade de seus receptores na fase maníaca. Corresponde a cerca de 10% de todas as depressões. 4 5 5. SUBTIPOS DE DEPRESSÃO A depressão pode variar muito em relação a sintomas, história familiar, resposta ao tratamento e evolução. Alguns subtipos de depressão são claramente distintos, com implicações na escolha do tratamento e no prognóstico: 5.1. Depressão melancólica ou endógena Forma grave, com acentuado retardo ou agitação psicomotora, anedonia, humor não reativo a estímulos agradáveis, despertar matinal precoce, sintomas piores de manhã. 5.2. Depressão atípica Humor reativo a estímulos (a pessoa consegue se alegrar com estímulos agradáveis), inversão dos sintomas vegetativos (ao invés de insônia e falta de apetite, a pessoa tem hipersonia e aumento de apetite), ansiedade acentuada, queixas fóbicas. 5.3. Depressão sazonal Relacionada à luminosidade diurna, com episódios que se repetem no outono/inverno e sintomas atípicos. Mais freqüente em países com inverno rigoroso, melhora com fototerapia (exposição diária prolongada a luz forte). 5.4. Depressão com sintomas psicóticos Forma rara, porém grave, com delírios e alucinações. 5.5. Depressão pós-parto Ocorre entre 2 semanas a 12 meses após o parto, com risco maior em mulheres com antecedentes de depressão. Considera-se que o parto (e as mudanças que ele traz, hormonais e de vida) seja um potente estressor, desencadeando depressão em mulheres com tendência à mesma. 5 6 6. SINTOMAS DE DEPRESSÃO E MANIA Nem todas as pessoas com depressão apresentam todos os sintomas relacionados a seguir. Algumas apresentam poucos, outras, muitos. A gravidade dos sintomas também varia de indivíduo para indivíduo. 6.1. Depressão Tristeza persistente, ansiedade ou sensação de vazio Sentimentos de desesperança, pessimismo Sentimentos de culpa, inutilidade, desamparo Perda do interesse ou prazer em passatempos e atividades que anteriormente causavam prazer, incluindo a atividade sexual Insônia, despertar matinal precoce ou sonolência excessiva Perda de apetite e/ou de peso, ou excesso de apetite e ganho de peso Diminuição da energia; fadiga, sensação de desânimo Idéias de morte ou suicídio; tentativas de suicídio Inquietação, irritabilidade Dificuldade para concentrar-se, recordar e tomar decisões Sintomas físicos e persistentes que não respondem a tratamento; por exemplo: dor de cabeça, distúrbios digestivos e dor crônica. 6.2. Mania Euforia inadequada Irritabilidade inadequada Insônia grave Idéias de grandeza Aumento do discurso (tagarelice) Pensamentos desconexos ou muito rápidos Aumento do interesse sexual Aumento acentuado da energia Redução do senso crítico Comportamento social inadequado 6 7 7. AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E TRATAMENTO O primeiro passo para se iniciar um tratamento apropriado são os exames físicos e psicológico com os quais se pode determinar se você tem uma doença depressiva e de que tipo. Certos medicamentos e algumas doenças podem causar sintomas de depressão, e o exame médico pode verificar estas possibilidades através da entrevista e dos exames físicos e laboratorial. Uma boa avaliação diagnóstica também deve incluir a história completa dos seus sintomas, como, por exemplo, quando começaram, há quanto tempo duram, qual a intensidade deles e se já ocorreram antes, e, neste caso, se você fez tratamento e de que tipo. Seu médico deve perguntar sobre o uso de álcool e drogas, e se você pensa em morte ou suicídio. Além disso, a avaliação deve incluir perguntas sobre a ocorrência da doença depressiva em seus familiares, e eventuais tratamentos que eles possam ter recebido para depressão e qual sua eficácia. O tratamento de escolha dependerá do resultado da avaliação. Existe uma variedade de medicamentos antidepressivos e de psicoterapias que podem ser empregados para tratar distúrbios depressivos. Algumas pessoas se dão bem com psicoterapia e outros com antidepressivos. Há os que reagem melhor com a combinação dos dois tratamentos: medicamento para obter alívio relativamente rápido dos sintomas e psicoterapia para aprender maneiras mais eficazes de lidar com problemas diários. Dependendo do diagnóstico e da gravidade de seus sintomas, você poderá receber medicamentos e/ou ser tratado com uma das formas de psicoterapia reconhecidamente eficazes no tratamento da Depressão. As formas de tratamento podem ser agrupadas em medicamentosas e não medicamentosas. A eletroconvulsoterapia (ECT), introduzida em 1938, é considerada tão ou mais eficaz que a terapia medicamentosa nos casos agudos. É utilizada em pacientes com depressão grave que apresentam risco de suicídio ou resistência ao tratamento com antidepressivos. A psicoterapia tem como objetivo ajudar o paciente a superar sentimentos de inabilidade, incompetência e insuficiência Na terapia medicamentosa, os antidepressivos, prescritos nas doses terapêuticas, são extremamente úteis em diferentes aspectos da depressão nos seus diversos graus de severidade. O tratamento deve ser mantido por, pelo menos, seis meses após a remissão do quadro agudo para evitar o reaparecimento da doença. Considera-se que 50% a 85% dos indivíduos que apresentam um episódio voltarão a ter outro. Por esta razão, recomenda-se tratamento preventivo após o segundo episódio depressivo, que pode ser de longa duração. 7 8 8. CONCEITO DE STRESS Stress não é uma doença, como pensa a maioria das pessoas. É o estado do organismo quando submetido à tensão, seja ela física ou psicológica. É um mecanismo que prepara o nosso corpo para situações de perigo da vida selvagem, deixando-o em condições para fuga ou luta. Sob seu efeito, as glândulas descarregam no nosso organismo substâncias químicas que esquentam, os músculo e deixam o cérebro em estado de alerta. Passada a situação de perigo, o organismo volta ao seu equilíbrio original. É claro que hoje em dia, nas grandes cidades, dificilmente iremos lutar por caça ou fugir de um tigre ou uma onça esfaimada. Mas este "estado de alerta total" continua funcionando em momentos de susto, tensão e ansiedade, quando nos sentimos "aprisionados" pelas armadilhas da vida moderna. Pouco antes da segunda guerra mundial, um fisiologista chamado Selye elaborou uma teoria que dizia existir um estado intermediário entre a saúde e a doença. Ele procurou uma comparação com o mundo físico, chamado esse estado de stress - termo usado para definir desgaste dos materiais submetidos a excesso de peso, calor ou radiação. O resultado é que stress virou sinônimo de tensão, fadiga, estafa. O que está errado, pois, como já foi dito, stress não é doença, apenas uma reação do organismo à tensão. Causa danos quando vira um estado crônico, constante. O "STRESS" é o resultado de uma reação que o nosso organismo tem quando estimulado por fatores externos desfavoráveis. A primeira coisa que acontece com o nosso organismo nestas circunstâncias é uma descarga de adrenalina no nosso organismo, e os órgãos que mais sentem são o aparelho circulatório e o respiratório. No aparelho circulatório a adrenalina promove a aceleração dos batimentos cardíacos (taquicardia) e uma diminuição do tamanho dosvasos sangüíneos periféricos. Assim, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro já que ficou pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimentos superficiais. No aparelho respiratório, a adrenalina promove a dilatação dos brônquios (broncodilatação) e induz o aumento dos movimentos respiratórios(taquipnéia) para que haja maior capitação de oxigênio, que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela adrenalina. Quando o perigo passa, o nosso organismo para com a super produção de adrenalina e tudo volta ao normal. No mundo de hoje as situações não são tão simples assim e o perigo e a agressão estão sempre nos rodiando. Por isso a reação do organismo frente ao stress é de taquicardia, palidez, sudorese e respiração ofegante. Pode haver também um descontrole da pressão arterial e provocar um aumento da pressão à níveisbem altos, mas não siginifica que a pessoa seja hipertensa. 8 9 9. MEDIDAS PARA COMBATER O "STRESS" O combate ao stress não é fácil, mas existem algumas medidas que aliviam e podem ajudar muito. Quaisquer que sejam as medidas indicadas, o reconhecimento do problema é o primeiro passo para a cura. A partir de então programe o que fazer, o importante é tentar e mudar. Faça exercícios físicos ou pratique esportes regularmente. Abaixa a pressão e alivia as tensões causadas pelo stress. Arrume um hobby ou um passatempo, isto ajuda a desviar a sua atenção e alivia o stress. Controle a sua dieta, melhorando seus hábitos, diminuindo o consumo de bebidas alcóolicas e deixe de fumar. Ao contrário do que muita gente pensa estas atitudes não são estressantes mas, contribuem para a diminuição do stress. Procure conversar mais com as outras pessoas, melhore o seu relacionamento, isto não vai curar mas alivia as tensões. Procure sair de férias, se for possível, e deixe de se preocupar tanto. 10. CAUSAS DO STRESS São os chamados estressores, que, segundo Osmar de Almeida Santos, autor do livro Ninguém morre de trabalhar, são todas as coisas que atacam o indivíduo, física ou mentalmente. Pode ser um vírus, um tóxico, um acidente, mudanças no meio ambiente, medo, frustração, sentimento de perda, culpa e ansiedade. Os estressores são agressores do equilíbrio do nosso corpo e mente. Dentro do ambiente de trabalho existem estressores como excesso de flexibilidade da função, ambiguidade dos papéis desempenhados e falta de comunicação. Osmar de Almeida Santos cita um exemplo: "Uma secretária inteligente e flexível é capaz de fazer seu trabalho normal e também um cafezinho ou uma pequena compra para o chefe. Ela também é capaz de realizar uma venda por telefone quando o encarregado de vendas não está. Se ela começar a "pular" frequentemente de uma função para outra, teremos um abuso de flexibilidade, que com o tempo se torna um estressor". É a combinação e o acúmulo de vários estressores que vão causar o stress. Como já foi dito, o organismo, quando percebe um agressor encarando-o como perigo, desencadeia uma complexa reação fisiológica. Ocorre liberação de substâncias químicas como a adrenalina, que mantém o corpo alerta, ácidos no estômago, suor frio nas mãos e pés, além de substâncias que aceleram o batimento cardíaco e a respiração. Tudo isto serve para preparar o nosso corpo para a fuga ou a luta (proteção e defesa). Mas essa reação não é completada, porque luta corporal ou uma corrida para fugir do escritório não fazem parte (ou pelo menos não deveriam fazer) da vida civilizada do homem e da mulher modernos. 9 10 Deve-se entender o Stress, como um sinal de desgaste de nosso sistema humano como um todo, quando se atinge um nível de sobrecarga muito grande, oriundo de pressões e mudanças na vida de uma pessoa, estamos diante das possibilidades do STRESS se manifestar. Classicamente poderíamos citar algumas causas para o stress, seriam elas associadas às situações de mudança, tais como: PERDAS, (morte e separações); SITUAÇÕES DE MUDANÇA, como de emprego, de pais, cidade, emprego, estado civil, doença em família e outras. Junto com a evolução da nossa sociedade, voltada aos padrões de produção, e a necessidade do ser humano de lutar para a manutenção de sua própria subsistência, de sua família, da busca de padrões melhores de vida, melhores condições para seus filhos, o ser humano vem tentado se desdobrar, e muitas vezes acaba por se impor um ritmo acima de sua estrutura humana. O STRESS, uma doença muito comum nos dias de hoje e como abordarei a seguir desencadeia vários sintomas tanto de origem física, como de origem emocional, de acordo é claro com as tendências da estrutura do indivíduo em questão 11. SINTOMAS DO STRESS Irritabilidade excessiva, perda de memória, insônia,tremores, perda de libido, cansaço, ansiedade, agitação. Se tais sintomas não forem tratados da maneira adequada, com a eliminação da carga emocional energética contida, poderão gerar quadros mais graves com sintomatologia orgânica e emocional. 11.1. Quadro emocional Ansiedade, crises depressivas, depressão, fobias, síndrome do pânico, impotência de fundo emocional,crises emocionais graves, ataques histéricos, somatizações generalizadas e outras manifestações emocionais 11.2. Quadro Orgânico Complicações cardíacas, enfarto, distúrbios de pressão, emagrecimento acentuado, disfunções hormonais, impotência, baixa na resistência com alta suscetibilidade a doenças infecciosas e viróticas, e várias outras doenças. 10 11 12. TIPOS DE STRESS Fatores ou acontecimentos estressantes: Stress e acontecimentos estressantes são duas coisas diferentes. Uma pessoa pode se estressar com um acontecimento e outra não. Em seguida, listamos alguns dos tipos de eventos mais encontrados como causa de stress. 12.1 Stress de perda Representado por situações de morte de um parente ou amigo, divórcio, separações, aposentadoria, etc 12.2. Stress de ganho Todas as vezes que o sucesso pessoal representa uma grande modificação de vida, por exemplo: promoções, casamento, entrada de um novo membro na família, sucesso pessoal marcante etc. 12.3. Stress de insulto ao amor próprio Todas as vezes que o indivíduo é ferido em seu orgulho, sua auto-imagem e mesmo em sua saúde ou função corporal. Exemplos: doenças, d isputas freqüentes, discussões, humilhações, deformidades corporais graves etc. 12.4. Stress de ameaça e segurança Todas as situações nas quais o individuo sente-se ameaçado e/ou incapaz de enfrentar e resolver os seus problemas. Muitas vezes, tal pessoa é mesmo incapaz de identificar qual o evento estressante pelo qual passa. Isto não é raro, talvez mesmo o mais freqüente; isto é, que não se saiba identificar “a causa” diante de sintomas de stress e insegurança. 12.5. Stress de decisões Seja no trabalho, quando o ritmo e importância das decisões ultrapassam as capacidades do indivíduo, ou em casa, quando mudam as condições de vida, toda decisão não rotineira é um stress. 12.6. Stress de estimulação Cada pessoa tem necessidade de uma certa quantidade de estímulos, dentro da qual ela se sente bem. E o ritmo correto de estimulação. 11 12 Nesta, o indivíduo capta bem a realidade, sabe o que se lhe pede e pode responder de uma maneira apropriada. Quando a quantidade de estimulos ultrapassa essa capacidade individual de “digerir” a realidade, encontramo-nos perante um stress de super-estimulação. Por exemplo: stress dos executivos, dos soldados em batalhas, dos controladores de vôo em aeroportos, dos imigrantes etc. O contrário, a sub-estimulacão também gera um stress, porque força o individuo a se adaptar a um novo ritmo, inferior àquele que precisa e gosta, a que está habituado. Exemplo: aposentadoria, certos trabalhos monótonos etc. 12.7. Stress de mudança Sendo o stress o próprio resultado da mudança, não podemos negligenciar os efeitos desta última, mesmo se a mudança em si nos parece minima. Na verdade, a vida consiste em uma alternância entre mudança e estabilidade. As situações possíveis de nos deparamos diuturnamente são de dois tipos: conhecidas ou desconhecidas. Nas primeiras, não há necessidade de nova adaptação (a não ser que ela seja repetitiva mas desagradável); nas últimas, entretanto, precisa haver um reconhecimento, interpretação e decisão em cima da circunstância. Este é o stress de mudança. Exemplo: mudança de domicílio, nas atividades regulares, nas atividades sociais, na comida. 12.8. Stress de frustração Sempre que alguém se encontra satisfeito com sua situação, ou que a mesma lhe dá prazer, contentamento, não surge este tipo de stress. Todavia, as situações de frustração, de insatisfação, de auto-punição e tantas outras, tensionam todo o sistema mente-corpo. Por exemplo: insatisfação com o seu trabalho, com o casamento, com a sua maneira de ser, com o seu desempenho em tal ou tal situação e assim por diante. Por outro lado, é muitas vezes a frustração e insatisfação que nos fazem progredir, ir adiante, bucar soluções. Poderíamos mesmo dizer que a maioria das grandes invenções e progressos da humanidade deveu-se a estados internos de insatisfação e desconforto 12