Rotinas da Enfermaria 47 Posto 9D I) Introdução: Este texto visa fundamentalmente dar as boas-vindas aos novos alunos do período e apresentar-lhes nossa rotina de funcionamento, montada a partir da experiência que tivemos até aqui. Para que sejam alcançados os objetivos da disciplina Medicina Interna II, que envolve treinamento em serviço com aperfeiçoamento da Semiologia e desenvolvimento do raciocínio clínico, é fundamental que o aluno compreenda seu papel como parte integrante de uma equipe médica e que, portanto estará sujeito a alguns deveres. A Chefia do Serviço de Clínica Médica cabe ao Dr. Carlos Henrique Castelpoggi e ao Dr. Gil Salles. A Dra. Ana Lúcia chefia o Posto 9D. A chefia das enfermarias cabe aos seguintes profissionais: 6o -Enfermaria 27- Dr. Mauro Castagnaro -Enfermaria 33- Dra. Glória Benamour -Enfermaria 37- Dra. Cláudia Setta -Enfermaria 43- Dr. Flávio Signorelli -Enfermaria 47- Dr. Leonam Martins II) Disposições gerais: 1. O início das atividades se dá às 7:30, quando realizamos uma rápida passagem dos casos, enfatizando os resultados de exames checados na tarde da véspera, a tomada de ciência das internações e a ocorrência ou não de intercorrências durante o plantão. 2. A evolução médica se faz nos computadores da ilha de informática e é feita diariamente pelos internos e residentes de cada enfermaria. Toda evolução deve estar assinada e carimbada pelo residente do leito ou pelo staff da enfermaria após a discussão do caso com o membro responsável. 3. A prescrição também é feita no computador e deve igualmente ser assinada e carimbada pelo residente ou staff e a seguir entregue a enfermeira do posto para que seja aprazada. Qualquer modificação feita à mão deve também constar em uma segunda via da prescrição, que será entregue à farmácia. É fundamental que seja observada a circular interna que é afixada diariamente no quadro de avisos apontando quais medicações padronizadas estão em falta naquele momento. Toda e qualquer medicação de uso controlado, tanto de uso regular quanto SOS deve ser prescrita também em folha de receituário sem rasuras e entregue à enfermeira juntamente com a prescrição. 4. É obrigatório que seja respeitado o silêncio dentro da Enfermaria, devendose manter um tom de voz baixo e evitando-se falar sobre assuntos nãomédicos. 5. Os exames de imagem (radiografias e tomografias) devem permanecer junto ao paciente (dentro do armário ou sob o colchão) ou no escaninho sob os prontuários, nunca se deixando fora deste local após sua análise pela equipe, pois isto evita o extravio dos mesmos. Ao tomar uma tomografia emprestada o residente deve preferencialmente apresentá-la a um staff da radiologia e subir para a enfermaria já com um laudo provisório da mesma. As tomografias devem ser devolvidas assim que tiverem sido analisadas pelo staff e pelos pareceristas envolvidos no caso, permitindo assim que sejam logo laudadas e evitando o seu extravio. 6. As medicações que necessitem ser feitas de urgência devem ser comunicadas à enfermeira do setor ou na ausência desta ao auxiliar de enfermagem do leito e prescritas na primeira oportunidade. 7. O transporte de pacientes graves ou instáveis será feito com a participação de um médico. 8. A passagem dos casos se fará à beira do leito com a presença de toda a equipe para que esta possa inteirar-se de todos os casos e participar ativamente da tomada de decisões, que serão anotadas no livro de passagem e devem ser checadas na medida em que forem sendo efetuadas. 9. Às 7:30 das quartas-feiras é realizada a Sessão de Altas e Óbitos. O comparecimento dos alunos é permitido desde que não haja prejuízo dos deveres do mesmo na Enfermaria. 10. Ao término da passagem de casos um residente ou o staff deverá procurar a enfermeira do setor para comunicar-lhe a situação dos pacientes naquele momento, isto é, quais têm previsão de alta, quais deverão iniciar preparo para exames, quais merecem algum tipo de cuidado especial ou qualquer outra informação que julgar relevante. 11. É recomendável que, ao término da visita de final de semana, o residente faça um contato telefônico com o staff da enfermaria e que seja feita uma breve passagem dos casos. 12. A solicitação de todo e qualquer exame complementar deve ser registrada no livro de passagem de casos, de modo a evitar que um mesmo exame seja solicitado duas ou mais vezes desnecessariamente. 13. Nunca é demais reforçar a necessidade de respeitarmos com rigor as normas estabelecidas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) para profilaxia da transmissão cruzada de infecções entre os pacientes da enfermaria. Ênfase especial deve ser dada à lavagem das mãos e à desinfecção do estetoscópio após o exame dos pacientes bem como a observância das precauções de contato nos pacientes colonizados ou infectados por germes multi-resistentes. Qualquer membro da equipe pode e deve comunicar ao profissional competente (enfermeira do setor ou responsável pela Higiene) a falta de sabão, toalha de papel ou álcool-gel na enfermaria. 14. São deveres do Aluno do 6o. período: - Inteirar-se por completo do caso de seu paciente, realizando a coleta de seu histórico clínico com o mesmo ou seu acompanhante, efetuando seu exame físico, revisando seu prontuário e dialogando com o interno ou residente responsável por seu leito. - Realizar a evolução médica do paciente, sob a supervisão do interno ou do residente do leito. É absolutamente mandatório que, ao final de seu exame clínico, o aluno apresente sua evolução e sua impressão ao interno ou residente do leito, jamais deixando a enfermaria antes de fazê-lo. - Estudar o caso de seu paciente, trazendo dúvidas e sugestões. 15. São deveres do Interno: - Passar o resultado dos exames laboratoriais para a folha específica, e trazê-la consigo na hora do round . - Sempre que possível e sem prejuízo da atividade assistencial, auxiliar os alunos do 3o ano, auxiliando-os no entendimento do caso de seus pacientes, sobretudo no dia do day-off do staff, prestando ensinamentos à beira do leito e discutindo resultados dos exames complementares. - Realizar a evolução médica de seu paciente juntamente com o aluno e contando com seu auxílio. Comunicar ao residente ou staff quaisquer alterações que mereçam solução imediata. - Estudar o caso de seu paciente, trazendo dúvidas e sugestões. 16. São deveres do Médico Residente: - Supervisionar o trabalho dos internos, auxiliando-os em suas dúvidas. - Realizar evolucão e prescrição médicas caso as mesmas não tenham sido feitas pelo interno. - Auxiliar o treinamento dos alunos do 3o ano sempre que possível e sem prejuízo da atividade assistencial, sobretudo no dia do day-off do staff, prestando ensinamentos à beira do leito e discutindo resultados dos exames complementares. - Certificar-se de que o caso dos pacientes que são transferidos dos leitos de isolamento respiratório ou de maca extra, ou ainda para uma enfermaria de outra especialidade sejam passados pessoalmente ao residente da enfermaria de destino. - Receber de forma atenciosa as equipes de pareceristas (CCIH, DIP, Oncologia, PCTH, Pneumologia, etc.) - Estudar os casos de todos os pacientes, procurando sempre que possível trazer atualidades no manejo daquelas condições clínicas. 17. São deveres do Staff da Enfermaria: - - Permanecer junto a toda equipe durante os trabalhos matinais, auxiliando ativamente toda e qualquer etapa do trabalho médico, desde a coleta da história até as decisões terapêuticas. Realizar a passagem dos casos à beira do leito. Prestar assistência especial aos alunos durante sua permanência na Enfermaria (até às 10 h) Permanecer à disposição dos residentes a qualquer momento para a retirada de dúvidas ou discussão de casos, inclusive fora do horário da enfermaria por telefone. 18. Todos os pacientes que necessitem de Terapia Intensiva devem ter seu pedido de parecer precocemente encaminhado ao CTI e o fato deve ser comunicado ao chefe do posto. 19. O vestuário dos alunos e alunas deve ser compatível com um ambiente hospitalar, devendo ser evitadas saias curtas e roupas decotadas. Também é recomendável que as alunas prefiram os calçados fechados, pois estes evitam o contato direto de materiais biológicos (sangue, urina, secreções) com a pele dos pés em caso de um eventual acidente com estes. 20. Todo e qualquer problema surgido durante o atendimento aos pacientes deve ser resolvido através das vias administrativas e legais e mediante o conhecimento da chefia da enfermaria e do posto, que tomará as providências cabíveis a cada caso. 21. É obrigação de toda a equipe médica tratar todos os integrantes da equipe multi-profissional que atuam no setor com respeito e cordialidade, preservando assim a harmonia no ambiente de trabalho. Desejamos aos novos integrantes da equipe médica da Enfermaria 47 um bom aproveitamento durante a passagem por este setor e nos colocamos à disposição para quaisquer sugestões ou críticas. Dr. Leonam da Costa Martins CRM: 5262675-9 Agosto de 2003