CONTABILIDADE PARA PESSOAS FÍSICAS Uma

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CONTABILIDADE PARA PESSOAS FÍSICAS
Uma proposta de Balanço Patrimonial e Orçamento Pessoal
Área Temática: Ciências Contábeis
Modalidade: Artigo Científico
Fabíola Graciele Besen (UNIOESTE) [email protected]
Marcos Vieira (UNIOESTE) [email protected]
Tércio Vieira de Araújo (UNIOESTE) [email protected]
Welinton Camargo Ferreira (UNIOESTE) [email protected]
Resumo
A globalização dos mercados financeiros, com seus altos e baixos, afeta os consumidores de
todo o globo, influenciando, inclusive, na gestão financeira pessoal de muitos indivíduos
(SOUSA e TORRALVO, 2004). Esse período de mudanças pode ser percebido por três
aspectos importantes: as facilidades de se adquirir informação, a multiplicação e a
diversificação das formas de saber e conhecer e a demanda por uma educação contínua e
eficiente, características que fazem com que a atual sociedade da informação se torne cada
vez mais dependente do conhecimento. (CERETTA et. al, 2007). Ainda, neste sentido,
(CERETTA et. al 2007) afirma que dentre essas novas mudanças podemos incluir a educação
financeira como ferramenta de controle, que adquire cada vez mais relevância em um
ambiente marcado pela instabilidade e pela crescente competitividade. Neste ambiente, as
dificuldades financeiras deixaram de caracterizar apenas os indivíduos de classes sociais
inferiores e com menos escolaridade passando a atingir a pessoas de todos os segmentos.
Diante do exposto, este estudo se concentrará em torno da seguinte questão: Como utilizar o
balanço patrimonial como ferramenta de controle na contabilidade gerencial para pessoas
físicas? Para isso, será feita uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório baseado em
uma revisão de literatura, para a qual foram utilizados dados secundários e informações
obtidas em livros, teses, artigos e em sites oficiais. O objetivo principal será demonstrar o
funcionamento do balanço patrimonial para pessoas físicas como ferramenta de auxílio no
orçamento pessoal.
Palavras Chave: Balanço Patrimonial, finanças, pessoas físicas.
1 Introdução
No Brasil, onde as dificuldades financeiras atingem uma grande parcela da população,
a educação financeira é muito escassa. Um elevado número de pessoas não tem conseguido se
adaptar a esse novo ambiente desenvolvendo as habilidades financeiras necessárias. Apesar
das mudanças contempladas pela globalização nos últimos anos e do novo panorama
econômico trazido pelo Plano Real, a maioria dos brasileiros ainda não possui orientação
necessária para se adaptar a essa nova realidade (SOUZA e TORRALVO, 2004). A
administração das finanças pessoais é um tema que vem ganhando destaque no Brasil,
1
principalmente, após a implantação do Plano Real, em 1994, com a estabilização da moeda.
Desde então, nota-se que o planejamento financeiro pessoal alcançou prazos mais longos,
sendo possível prever o valor do dinheiro ao final de alguns meses e até anos. (SOUZA e
TORRALVO, 2003)
De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF 2008-2009 – (2010, p.80)
constaram que 75% das famílias brasileiras referiram algum grau de dificuldade para chegar
ao final do mês com o rendimento familiar e somente 25% fizeram menção a alguma das
opções de resposta referentes a facilidades.
A importância do conhecimento contábil é enfatizada por Kiyosaki e Lechter (2001,
p.62) quando afirmam que: “A maioria das pessoas tem dificuldades financeiras porque não
conhece a diferença entre um ativo e um passivo”. Os autores ainda ressaltam que as
demonstrações financeiras passam a ser o boletim das pessoas depois que elas saem da escola.
Franco (1989, p. 37) salienta também que “não é somente às entidades coletivas, formadas
pela reunião de pessoas, que interessa a colaboração da Contabilidade, mas também aos
indivíduos que, possuindo um patrimônio, uma riqueza individualizada, necessitem
administrá-la e controlá-la”.
Diante do exposto, este estudo se concentrará em torno da seguinte questão: Como
utilizar o balanço patrimonial como ferramenta de controle na contabilidade gerencial
para pessoas físicas?
A necessidade de realizar este estudo ganha relevância, ao determinar que o balanço
patrimonial possa ser adaptado e utilizado pelas pessoas físicas, buscando junto à
contabilidade solucionar problemas de planejamento e controles financeiros encontrado na
maioria das vezes por pessoas que se encontram endividadas.
2 Revisão da Literatura
2.1 História e evolução da Contabilidade
A necessidade de controle patrimonial se torna um dos primeiros registros da Ciência
Contábil, onde “o homem primitivo passou a evidenciar a riqueza patrimonial que detinha, em
inscrições nas paredes das grutas e também em pedaços de ossos” (SÁ, 1998, p.18). Segundo
Schmidt e Santos (2006, p.16) cita:
Em sítios arqueológicos em Israel, Síria, Iraque, Turquia e Irã, foram encontrados
pequenos artefatos de barro, chamados de fichas, datando de 8.000 a 3.000 a.C.
escavações também revelaram a existência de outros artefatos de barro
assemelhados a caixas que continham fichas no seu interior e impressões externas –
costume sumeriano para identificar devedores ou outras pessoas – que datavam, os
mais antigos, de aproximadamente 3.250 a.C., denominados envelopes.
Segundo Monteiro (1983, p.37) “na Grécia antiga, a escrita contábil foi enaltecida,
porém, a conta, os orçamentos, as planilhas, os livros contábeis ainda eram o principal
problema da Contabilidade, que era utilizada mais para informar do que para explicar os
acontecimentos e estados da riqueza”.
Na Roma antiga, “o uso de livros contábeis era comum até nas famílias, que
registravam os seus gastos e despesas, no Tabula Rationum Domesticarum. Também, os
argentarius (bancários romanos) utilizavam o registro para historiar as movimentações
bancárias. Nesta época a Contabilidade deixava de ser um método para se transformar em
uma ciência” (MONTEIRO, 1983, p. 37).
No que tange a evolução Contabilidade muitos são os estudos voltados às escolas de
cada período, neste estudo não se faz necessário citar todas as escolas do período evolutivo.
2
Mas a Escola Personalista ganha grande importância devido suas características estarem
enraizadas juntamente com o objeto de pesquisa desse trabalho.
Schimdt e Santos (2006, p.46) afirmam que “a escola personalista era a mais
direcionada. Segundo ela, toda entidade tem um proprietário que deve ser considerado no
processo de escrituração. Uma coisa é ter, outra é administrar; uma coisa é administrar, outra
é guardar os bens”.
Para os teóricos do personalismo, as contas deveriam ser abertas a pessoas
verdadeiras, físicas ou jurídicas e o dever e o haver representavam débitos e créditos das
pessoas a quem as contas foram abertas (SCHIMDT E SANTOS, 2006, p.47). Schimdt e
Santos (2006, p.50) citam que:
Para Cerboni, uma entidade é composta pelas pessoas do proprietário (pessoa a
quem pertence a entidade e que a dirige de forma direta ou por intermédio de
administradores), dos correspondentes (terceiros que transacionam com a entidade) e
dos agentes consignatários (empregados a quem o proprietário confia a guarda dos
valores que lhe pertencem – aparecem na figura do tesoureiro, fiel de armazém etc.).
Observando criteriosamente esse processo da história e evolução da Contabilidade,
percebe-se que desde o início das civilizações a ciência contábil esteve voltada única e
exclusivamente ao patrimônio das pessoas físicas (surgimento da contabilidade comercial) e
com o processo evolutivo das atividades mercantis foi sendo realocada para o controle das
empresas.
Restabeleceu uma nova aproximação das pessoas físicas com o surgimento da Escola
Personalista que tinha suas contas focadas nas pessoas que estavam inseridas no processo de
rotação da atividade jurídica, mas, que foi deflagrada ao longo dos anos, devido às
necessidades de cada período.
Na era industrial surgiu a Contabilidade de Custos e a Financeira, teorias que
estabelecem métodos de controle de produção e ferramentas financeiras. Com a necessidade
de um maior controle das finanças e uma redução nos custos de produção, o período pós industrialização desenvolve a contabilidade gerencial que tem como função analisar todas as
demonstrações contábeis e auxiliar na tomada de decisões das empresas.
Diante desse contexto histórico-evolutivo, nota-se que a Contabilidade vem
acompanhando a evolução do ser humano, justamente pela necessidade deste em controlar seu
patrimônio. Observa-se assim que a contabilidade do indivíduo (pessoa física) pode ser
tratada através dos conceitos apresentados pela escola Personalista e através de conceitos e
definições da contabilidade comercial praticada na época mercantilista.
2.2 Conceito de Finança
Finança pertence a uma área ampla e muito dinâmica que, influencia diretamente na
vida de todas as pessoas e organizações. Segundo Gitman (2004, p.4) finança pode ser
definida como “a arte e a ciência da gestão do dinheiro”. Fazem parte do seu foco os
processos, as instituições, os mercados e os instrumentos associados à transferência de
dinheiro entre indivíduos, empresas e órgãos governamentais (GITMAN, 2004, p.4).
2.2.1 Conceito de Finanças Pessoais
Tão importante quanto ter uma atividade visando adquirir uma estabilidade financeira
é desenvolver o hábito e a cultura de organizá-la. Saber lidar com o dinheiro é algo
indispensável para que as pessoas atinjam seus objetivos e tenham uma vida financeira
estável.
3
Os objetivos pessoais devem estar bem claros e, para que seja possível o seu alcance,
se faz necessário o planejamento, a organização e o controle de tudo aquilo que o cidadão
receber. Para isso, torna-se imprescindível que o mesmo desenvolva o controle de suas
finanças pessoais.
Conforme Cadorin (2012, p.17) apud Ferreira (2006) as finanças pessoais são
definidas “como o processo de planejar, organizar e controlar nosso dinheiro, tanto em curto
quanto em médio e longo prazo.”
Para Luquet (2000, p.14), ao organizar as finanças com critérios definidos e sendo
bastante realista com suas receitas e despesas, o indivíduo poderá descobrir que tem mais
recursos do que imagina para fazer suas aplicações. A autora ainda ressalta que “dedicar um
pouco de tempo para se planejar pode ser o primeiro grande investimento”.
Souza e Torralvo (2003, p.9), afirmam que:
Quando planejam suas finanças, os indivíduos se deparam com a necessidade de
alocar recursos para a satisfação de necessidades básicas e desejos de consumo. A
partir do momento em que esse planejamento é seguido de maneira sistemática para
o período programado, é provável que decisões de impacto sejam menos constantes
e que o consumidor seja menos influenciado por fatores externos.
Diante do contexto, para compreender melhor as finanças, cabe ao indivíduo refletir
sobre hábitos e costumes, analisar onde e como estão sendo aplicados os recursos, se os gastos
são realmente obrigatórios ou se as aquisições não estão sendo impulsionadas pelo marketing
maçante que induz o consumidor a adquirir novas necessidades, com a criação de produtos e
serviços.
2.2.2 Planejamento e Controle Financeiro
O planejamento e controle financeiro pessoal significam estabelecer e seguir uma
estratégia que esteja voltada para a acumulação de bens e direitos que irão compor o
patrimônio de uma pessoa ou de sua família. Essa estratégia pode estar voltada para curto,
médio ou longo prazo, e a tarefa para atingi-la não é simples, devido aos vários imprevistos e
incertezas da vida. O processo de planejamento financeiro decorre da análise de todos os
aspectos relevantes da situação do indivíduo em uma ampla gama de atividades de
planejamento financeiro, incluindo inter-relações entre objetivos muitas vezes conflitantes.
Segundo Rojo et al (2012, p.66), “para controlarmos nossas despesas precisamos
praticar planejamento financeiro”. O autor ressalta que o planejamento serve para saber o que
e quando fazer, quais desejos podemos realizar e quando iremos atingi-los e que o controle
serve para verificarmos qual o sucesso obtido na execução do planejamento.
Segundo definição do website Serasa, planejamento financeiro:
Significa ordenar a nossa vida financeira de tal maneira que possamos sempre ter
reservas para os imprevistos da vida e sistematicamente, vagarosamente, construir
um patrimônio (financeiro e imobiliário), que garanta na aposentadoria fontes de
renda suficientes para termos uma vida tranquila e confortável.
Souza e Torralvo (2003, p.10) ressaltam que a partir do planejamento financeiro
pessoal, “é possível para o consumidor delimitar objetivos e tomar decisões de forma a atingilos, algo que tende a ser uma boa opção para administrar bem os próprios recursos, ou seja,
satisfazer necessidades básicas como desejos de consumo e, paralelamente, formar uma
poupança que sirva de suporte em caso de problemas inesperados e como garantia de uma
aposentadoria sem maiores turbulências no tocante à área financeira”.
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Apesar de o planejamento ter características aparentemente básicas e de fácil
compreensão, ainda não há um modelo pré-definido para sua aplicação, pois cada indivíduo
tem um comportamento e suas peculiaridades distintas. A importância de se adotar um
planejamento está no auxílio às tomadas de decisões, mesmo que sua definição sofra algumas
alterações ao longo do período, permitindo que no prazo pré-estabelecido pelo usuário seu
objetivo principal seja realizado.
2.3 Demonstrações contábeis
Sá (2008, p.104), em caráter sucinto define demonstração contábil como sendo “uma
peça técnica que visa a tornar evidente uma situação determinada, espelhando um sistema
patrimonial de funções ou um grupo específico de fatos”.
Demonstrações financeiras ou demonstrações contábeis são relatórios elaborados com
base na escrituração mercantil mantida pela entidade, com a finalidade de apresentar aos
diversos usuários informações principalmente de natureza econômica e financeira, relativas à
gestão do patrimônio ocorrida durante o exercício social (RIBEIRO, 2008, p.37).
As demonstrações contábeis utilizadas pelas empresas podem perfeitamente serem
adaptadas e utilizadas no auxílio as pessoas físicas, algumas com pequenas modificações,
desta forma se torna possível se perceber para onde está indo o dinheiro. E com a análise
dessas demonstrações proverem informações que se tornem de extrema importância para a
tomada de decisões. Diversas são as ferramentas financeiras voluntárias ou obrigatórias pelas
grandes corporações, empresas de menor porte e pelo setor público que possam ser utilizadas
para a análise das demonstrações contábeis. Mas devido ao caráter dessa pesquisa ser limitado
ao orçamento e o balanço patrimonial pessoal, não se faz necessário tratar de outras
ferramentas.
2.3.1 Balanço Patrimonial
Para Marion (2012, p.44) o balanço patrimonial é a principal demonstração contábil,
pois “reflete a posição financeira em determinado momento, normalmente no fim do ano ou
de um período prefixado. É como se tirássemos uma foto da empresa e víssemos de uma só
vez todos os bens, valores a receber e valores a pagar em determinada data”.
Conforme definição no dicionário de termos de Contabilidade Iudícibus, Marion e
Pereira (2003, p.30) balanço patrimonial é uma:
Demonstração contábil fundamental constituída de duas partes: a coluna do lado
direito, denominada passivo e patrimônio liquido; a coluna do lado esquerdo,
denominada ativo. Conforme a lei n. 6.404/76, no balanço as contas serão
classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de
modo que facilite o conhecimento e a analise da situação da empresa. Antigamente
conhecido como balanço geral.
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO
PASSIVO e PATRMÔNIO LÍQUIDO
Quadro 1 – Balanço Patrimonial
Fonte: Marion (2012, p.45)
a) Ativo – para Marion (2012, p. 48) são todos os bens e direitos de propriedade da
empresa, mensuráveis monetariamente, que representam benefícios presentes ou benefícios
futuros.
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b) Passivo – para Padoveze (2012, p.7) compreende os elementos patrimoniais
negativos (as obrigações).
c) Patrimônio Líquido – segundo Ribeiro (2008, p.45) é a parte do Balanço
Patrimonial que corresponde aos capitais próprios. Os elementos que o compõem representam
a origem dos recursos próprios, derivados dos proprietários (titular, sócios ou acionistas) ou
da gestão normal do patrimônio (lucros ou prejuízos apurados).
O balanço patrimonial pode também ser analisado sob uma ótica mais estritamente
financeira, fugindo um pouco da simples colocação de que representa os bens, direitos e
obrigações (PADOVEZE, 2012, p.8). Identifica-se de acordo com as citações feitas, que as
características do Balanço Patrimonial empresarial se assemelham com a de um indivíduo
pessoa física, pois, ambos possuem bens e direitos (ativo) e também possuem obrigações
(passivo) e riquezas (patrimônio líquido). Para isso o tópico a seguir trata dessa possibilidade
de adaptação.
2.3.2 Balanço Patrimonial Pessoal
Segundo Frankenberg (1999, p.73) qualquer processo de transformação exige resposta
firmes e concretas para duas perguntas “Onde estou?” e “Onde quero chegar?” tendo definido
seus objetivos, o passo seguinte é saber onde você se encontra hoje em termos financeiros e
patrimoniais. Isso pode ser obtido através de minucioso levantamento de tudo o que você
possui (imóveis, aplicações financeiras, carros, jóias etc.) e de tudo o que deve (com especial
atenção para as prestações mensais).
A partir desse contexto percebe-se que essa característica pode adquirir forma para o
modelo de Balanço Patrimonial Pessoal, onde o ativo pessoal irá conter informações dos bens
e direitos como: dinheiro no bolso, saldo da conta corrente e poupança, investimentos de curto
e longo prazo, bens móveis e imóveis e o passivo pessoal demonstrando as obrigações como:
compras, cartão de crédito, impostos e taxas, mensalidades (academia, escola, faculdade),
aluguel, condomínio, clube, mesadas, diarista, financiamentos (casa, carro, moto). E para que
o individuo descubra seu patrimônio líquido deverá fazer o seguinte cálculo:
PATRIMONIO LIQUIDO = ATIVO – PASSIVO
Quadro 2 – Como calcular o Patrimônio Líquido Pessoal
Fonte: Os autores
No quadro abaixo podemos visualizar a proposta do Balanço Patrimonial Pessoal.
BALANÇO PATRIMONIAL PESSOAL
ATIVO (DIREITOS)
PASSIVO (OBRIGAÇÕES)
Dinheiro vivo
R$ .......
Empréstimos Imobiliário
R$ .......
Conta-corrente
R$ .......
Financiamento do Carro
R$ .......
Caderneta de Poupança
R$ .......
Empréstimos Bancário
R$ .......
Fundos de Investimentos
R$ .......
Dividas em lojas
R$ .......
Ações
R$ .......
Dividas com Particulares
R$ .......
Participação em empresas
R$ .......
Cartão de Crédito
R$ .......
Clubes de investimentos
R$ .......
Cheques especiais
R$ .......
Planos de Previdência
R$ .......
R$ .......
R$ .......
R$ .......
R$ .......
R$ .......
Títulos Públicos
R$ .......
TOTAL DO PASSIVO
R$ .......
Debêntures
R$ .......
Outros ativos financeiros
R$ .......
Patrimônio Líquido O quanto eu tenho de fato
Veículos
R$ .......
Ativos – Passivos
R$ .......
Casa Própria
R$ .......
Casa de Praia
R$ .......
6
Sitio
Outros Imóveis
TOTAL
R$ .......
R$ .......
R$ .......
TOTAL
R$ .......
Quadro 3 – Modelo de Balanço Patrimonial Pessoal
Fonte: Macedo (2010, p.29).
2.3.2.1 Formação dos Saldos do Balanço Patrimonial Pessoal
Esse tópico irá abordar brevemente de que forma e como ocorrem os lançamentos
contábeis segundo o método das Partidas Dobradas e de que maneira seus saldos irão afetar as
contas do Balanço Patrimonial Pessoal.
Para Iudícibus (2007, p.46) os leigos em Contabilidade, geralmente, são levados a
pensar que débito significa algo desconfortável, e crédito algo favorável. Na realidade, isto
não ocorre, pois tais denominações são, hoje, simplesmente convenções contábeis, com uma
função específica em cada conta. Dentro da conceituação contábil Iudícibus (2007, p.46) trata
que, o lado esquerdo de uma conta é chamado o lado do débito, o lado direito chamado o lado
do crédito. Um lançamento no lado esquerdo de uma conta é denominado lançamento a
débito ou simplesmente débito, um lançamento no lado direito de uma conta é chamado
lançamento a crédito ou, simplesmente, crédito.
A diferença entre o total de débitos e o total de créditos feitos em uma conta, em
determinado período, é denominado saldo. Se o valor dos débitos for superior ao valor dos
créditos, a conta terá um saldo devedor. Se acontecer o contrario, a conta terá um saldo
credor. (Iudicibus, 2007, p.46). Através das citações acima se pode ter um entendimento mais
amplo e de fácil compreensão a cerca dos lançamentos contábeis e com isso o estudo segue
com a fixação desses lançamentos.
O recebimento de salário deverá ser tratado como dinheiro no bolso ou saldo de conta
corrente, seguido pela ideia do orçamento. Exemplo:
SÁLARIO → DINHEIRO NO BOLSO/SALDO CONTA CORRENTE
Com pagamento de contas (obrigações) ocorrerá à quitação saldo remanescente, você
irá deduzir o valor da conta de seu ativo circulante (dinheiro no bolso ou conta corrente) e
saldar o valor de uma obrigação que está lançada no passivo. Exemplo desconsiderando
quaisquer outros saldos de outras contas:
Balanço Patrimonial Pessoal antes do pagamento.
Balanço Patrimonial Pessoal
Ativo
Passivo
Caixa - $800
Cartão - $500
Lançamento com o pagamento da dívida.
D – Cartão de Crédito
$500.00
C – Caixa
$500.00
Balanço Patrimonial Pessoal após o pagamento.
Balanço Patrimonial Pessoal
Ativo
Passivo
Caixa - $300
Cartão - $0.00
A geração de contas para pagamentos nos próximos meses poderá ser lançada com o nome da dívida em
seguida contas a pagar. Exemplo:
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Modelo de tratamento no Passivo acerca de Contas Futuras
IMPOSTO E TAXAS → IMPOSTO E TAXA A PAGAR
Para tratar de contas a receber, que poderão ser provenientes de empréstimos a familiares ou a terceiros.
Exemplo antes do empréstimo provido da própria renda.
Balanço Patrimonial Pessoal
Ativo
Passivo
Caixa - $300
Banco - $3000
Lançamento do empréstimo.
D – Empréstimo a familiares
C – Caixa
$2500.00
$2500.00
Exemplo antes do empréstimo provido da própria renda.
Balanço Patrimonial Pessoal
Ativo
Caixa - $300
Banco - $500
Passivo
Longo Prazo
Empréstimo a familiares – $2500
Para lançar a compra de um determinado bem. Exemplo:
Balanço Pessoal antes da compra do carro
Balanço Patrimonial Pessoal
Ativo
Dinheiro no Bolso - $600
Banco - $700
Poupança - $25.000
Passivo
Compra de um carro
D – Aquisição de veiculo novo $25.000
C – Poupança
$25.000
Balanço Pessoal após a compra do carro
Balanço Patrimonial Pessoal
Ativo
Dinheiro no Bolso - $600
Banco - $700
Poupança - $ 0
Passivo
Ativo Não Circulante
Imobilizado
Carro novo– $25.000
Inúmeros serão os lançamentos contábeis para os registros diários de um indivíduo,
nesse tópico se encontra um breve modelo de lançamentos contábeis e como o Balanço
Patrimonial Pessoal se comportou antes e depois das operações rotineiras.
2.3.3 Orçamento
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Para Padoveze (2011, p.197) “orçar significa processar os dados constantes do sistema
de informação contábil de hoje, introduzindo os dados previstos para o próximo exercício,
considerando as alterações já definidas para o próximo exercício”. O autor afirma que o ponto
fundamental é o processo de estabelecer e coordenar objetivos para todas as áreas da empresa,
de forma tal que todos trabalhem sinergicamente em busca dos planos de lucros.
Através desses conceitos podemos pontuar o orçamento com uma ferramenta essencial
para as empresas manterem o foco no planejamento e controle pré-estabelecidos. Desta forma
o próximo tópico abordará o orçamento para auxílio pessoal.
2.3.3.1 Orçamento Pessoal
Para que as metas e objetivos estabelecidos no planejamento financeiro sejam
alcançados, o orçamento pessoal servirá como uma ferramenta de controle mensal. Tendo em
vista que o mesmo oferece aos usuários de forma clara como as movimentações financeiras se
comportaram no decorrer dos períodos.
Souza e Torralvo (2008, p.81) apontam que a primeira etapa para elaborar um
orçamento doméstico é levantar os valores que irão compor as receitas (salário, alugueis, prólabore, dividendos, investimentos e empréstimos a terceiros) de uma pessoa ou de uma
família. Para a segunda etapa, os autores julgam importante levantar as despesas previsíveis
(moradia, automóvel, comunicações, alimentação, educação) e despesas variáveis (vestuário,
esporte e lazer, higiene e bem-estar), e guardar um valor para gastos inesperados. E
finalmente para a terceira etapa devem ser determinados os objetivos a serem seguidos, sejam
eles objetivos de consumo ou objetivos financeiros.
Definir o orçamento pessoal como ferramenta de auxílio na obtenção dos objetivos
propostos no planejamento financeiro é também aproximar da realidade dos indivíduos a
ferramenta que os tornará mais próximos do balanço patrimonial pessoal que é a proposta
deste estudo.
3 Procedimentos metodológicos
Neste tópico serão apresentados os procedimentos metodológicos da pesquisa, se
utilizando de métodos e técnicas de metodologia científica. Beuren (2010 p. 54) destaca que
“o rigor científico da pesquisa e a qualidade dos resultados do estudo dependem da correta
definição dos métodos e procedimentos a serem adotados para a observação e coleta de dados,
a mensuração das variáveis e as técnicas de análise de dados”.
Quanto à abordagem do problema será adotado o método de pesquisa qualitativa. Na
pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relações ao fenômeno que está
sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por
meio de um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade deste último. (BEUREN, 2010,
p. 92)
As tipologias utilizadas neste estudo são duas a exploratória e a bibliográfica. Beuren
(2010, p.80) acerca de pesquisa exploratória aborda que:
A caracterização do estudo como pesquisa exploratória normalmente ocorre quando
há pouco conhecimento sobre a temática a ser abordada. Por meio de estudo
exploratório busca-se conhecer com maior profundidade o assunto de modo a tornálo mais claro ou construir questões importantes para a condução da pesquisa.
Abordando a pesquisa bibliográfica Ribeiro (2010, p.54) afirma que “é uma pesquisa
realizada pela maioria dos pesquisadores mesmo em seu preâmbulo. Essa pesquisa explica e
discute um tema ou problema com base em referências teóricas já publicadas em livros,
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revistas, periódicos, artigos científicos etc”. No que diz respeito a estudos contábeis, percebese que a pesquisa bibliográfica está sempre presente, seja como parte integrante de outro tipo
de pesquisa ou exclusivamente enquanto delineamento. (BEUREN, p.87)
Diante das citações desses autores a pesquisa ganha caráter exploratório por estar se
tratando de assunto novo para os pesquisadores contábeis e se torna bibliográfica por se
utilizar de dados de outros autores que ainda pouco escreveram acerca do objetivo desta
pesquisa.
Ribeiro (2010, p.33) define método como “etapas dispostas ordenadamente para
investigação da verdade, no estudo de uma ciência para atingir determinada finalidade”. Este
estudo se utilizará do método dedutivo. Segundo Ribeiro (2010, p.34):
Método Dedutivo – transforma enunciados universais em particularidades. O ponto
de partida é a premissa antecedente, que tem valor universal, e o ponto de chegada é
o consequente (premissa particular).
A análise de dados significa trabalhar com todo material obtido durante a pesquisa,
ou seja, relatos de observações, transcrições, as informações dos documentos da pesquisa e
quaisquer outros dados disponíveis (Beuren, 2010). Ainda Beuren (2010, p 139), “a análise
descritiva pode ser empregada nos trabalhos monográficos que procuram descobrir e
investigar a relação entre variáveis e fenômeno”.
Os dados foram retirados do sistema em apresentação e depois contextualizados no
trabalho, onde se descreve o sistema workflow, sua funcionalidade, qual foi a demanda de
criação deste sistema e quais ferramentas são utilizadas para fazer o gerenciamento de tarefas
ao qual o sistema se destina.
4. Desenvolvimento
4.1 Qual sua relação com o dinheiro
Frankenberg (1999, p.33) afirma que “em razão dos muitos anos de regime autoritário
em nosso país, as pessoas aprenderam a engolir suas mágoas e queixas políticas, econômicas
e sociais. "O autor ainda ressalta que “em decorrência da era da inflação constante, muita
gente continua humilde e submissa, sem dar o devido valor ao seu dinheiro – geralmente,
ganho a duras penas”.
Outro fator que se instaurou junto com as dificuldades do período inflacionário e que
se arrasta ao longo dos anos é a questão da população deter pouco ou nenhum conhecimento
sobre educação financeira. A situação financeira vivida pelas famílias em nosso país se torna
o reflexo dessa falta de disciplina.
Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
que calculou o Índice de Expectativas das Famílias (IEF) – 2013, constatou que 54,15% das
famílias entrevistadas declararam ter alguma dívida. Entre as famílias endividadas, a dívida
média atingiu o valor de R$ 5.426,59. A pesquisa ainda verificou que quase 20% das famílias
têm alguma conta atrasada, mas cerca de 60% acreditam que conseguirão quitar essas dívidas
total ou parcialmente no próximo mês.
Gastar com prudência significa saber diferenciar o que é essencial do que é supérfluo.
Avaliar com cuidado se determinado eletrodoméstico, uma roupa, um produto alimentício é
necessário ou apenas capricho dispensável é uma capacidade que nem todos possuem. Quem
não sabe fazer isso pode se arrepender algumas horas após a compra, mas o estrago estará
feito. (FRANKENBERG, 1999, p.39)
Os fatos geradores do endividamento são inúmeros, ocorrem devido a escolhas
ocasionadas pela “necessidade” criada pelo indivíduo, pela facilidade em obter o crédito com
10
operadoras de cartão de crédito, crediário em lojas, pelo fato de demonstrar melhor condição
social através de bens e vestuário (status), fatores psicológicos, pois trará um bem estar
momentâneo na realização de compras, mas os resultados posteriores a esta aquisição
realizada de forma irracional terá consequências futuras.
Diante disso o indivíduo que realmente almeja sair da estatística do endividamento e
da falta de conhecimento ocasionado pelo processo que o país enfrentou nos últimos 20 anos,
deve se atentar rigorosamente aos objetivos que deseja alcançar e o planejamento financeiro
que pretende seguir.
Frankenberg (1999, p.77) ressalta que “depois de ter em mãos um completo
levantamento de receitas e despesas e de eliminar certos itens, é o momento de iniciar um
programa de poupança e investimento voltado para as metas prioritárias”. Através desta
perspectiva, Macedo (2010, p.37) realiza três análises e sugere dicas que se encontram no
quadro abaixo elaborado pelo autor desta pesquisa:
 Sinal Verde (Receitas maiores que as despesas)
Parabéns! Você faz parte de uma minoria. Aproveite para investir o dinheiro que sobra no fim do mês!
Porem lembre-se: gastar menos do que ganha é poupar, mas só poupar não resolve. Você precisa
investir bem o seu dinheiro.
 Sinal Amarelo (Receitas iguais a despesas)
Fique atento. Procure formas de fazer sobrar e comece a rever seu orçamento.
 Sinal Vermelho (Receitas menores que despesas)
Atenção! Você gosta de viver perigosamente. Tome medidas urgentes para deixar de pagar juros e saia
já do vermelho.
Quadro 4 – Como você está?
Fonte: Macedo (2010, p.37) adaptado pelos autores
Macedo (2010, p.38) ainda complementa “se você estiver no sinal vermelho ou
amarelo, precisará mexer nos gastos. Primeiro, converse com sua família e veja se há
desperdício em contas como luz, água ou telefone. Analise também se vocês gastam demais
em viagens, restaurantes, roupas e cinema. Elimine completamente tudo aquilo que não
contribui para sua qualidade de vida. Entre esses gastos está o pagamento de juros, que corrói
sua renda e seu patrimônio”.
Desta forma o próximo tópico irá abordar acerca do balanço patrimonial pessoal e o
orçamento pessoal com um novo layout, tratando as contas do balanço patrimonial pessoal de
forma mais simples e de fácil compreensão/assimilação e o orçamento pessoal com suas
contas que estarão focadas diretamente ao passivo, separadas por grupos, assim colaborando
com a proposta de facilitar o entendimento das duas ferramentas contábeis.
4.2 A Batalha Final
Neste tópico serão apresentadas as ferramentas que foram adaptadas para a
contabilização do patrimônio pessoal e como cada uma delas irá funcionar e auxiliar no
planejamento e controle financeiro.
No quadro abaixo segue o balanço patrimonial pessoal proposto pelos autores:
BALANÇO PATRIMONIAL PESSOAL
ATIVO (DIREITOS)
PASSIVO (OBRIGAÇÕES)
ATIVO CIRCULANTE
PASSIVO CIRCULANTE
Dinheiro vivo
R$ .......
Moradia
R$ .......
Conta-corrente
R$ .......
Alimentação
R$ .......
11
Caderneta de Poupança
R$ .......
Transporte
R$ .......
Fundos de Investimentos
R$ .......
Saúde
R$ .......
Educação
R$ .......
R$ .......
Lazer/informação/entretenimento
R$ .......
R$ .......
Outros gastos
R$ .......
Reservas para gastos futuros
Outros ativos financeiros
R$ .......
R$ .......
R$ .......
ATIVO NÃO CIRCULANTE
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
Veículos
R$ .......
Empréstimo Imobiliário
R$ .......
Motocicleta
R$ .......
Financiamento do carro
R$ .......
Casa Própria
R$ .......
Barco
R$ .......
Outros Imóveis
R$ .......
Patrimônio Líquido
R$ .......
Ativos – Passivos
R$ .......
TOTAL
R$ .......
R$ .......
TOTAL
R$ .......
Quadro 5 – Balanço Patrimonial Pessoal
Fonte: elaborados pelos autores
No que tange as informações contidas no quadro 5, segue suas características:
Primeiro as informações contidas no lado esquerdo do quadro, onde estão os ativos,
que totalizam todos os bens e direitos do individuo.
a) ATIVO CIRCULANTE – neste grupo ficaram registradas todas as rendas do
individuo ou da família, que ficará dividido em contas para que facilite a visualização de suas
rendas adquiridas através de seu trabalho, pró-labore, juros, atividades extras que gerem renda
e também as reservas como a poupança e os fundos de investimentos que terão fins
específicos de aposentadoria, compra de imóveis ou de viagens sob programação e uma conta
de reserva para gastos futuros.
De acordo com a pesquisa nacional da Federação do Comércio do Rio de Janeiro
(Fecomércio RJ/Ipsos, 2013), apenas 16% dos brasileiros tem algum dinheiro guardado,
dentre esses, 81% aplicam suas reservas na poupança, seguido da opção guardar o dinheiro
em casa com 14% e fundo de investimento com 6%. Esta informação merece destaque, pois,
serve como uma dica para os investidores que são muito conservadores e acreditam num
possível novo golpe do governo.
b) ATIVO NÃO CIRCULANTE – ficaram registrados os bens que não geram renda,
mas que compõem o patrimônio do individuo ou da família. Os valores registrados aqui não
podem ser “almejados”, eles devem estar o mais próximo possível da realidade do mercado,
evitando assim uma falsa sensação de valores para os bens que por algum motivo poderão ser
vendidos para a quitação de uma divida ou mesmo para aquisição de outro bem.
Busque sempre estar atualizando o ativo não circulante de seis em seis meses ou
anualmente, pois alguns bens imóveis perdem valor devido ao tempo de uso como carros,
motos e barcos e alguns imóveis ganham valor devido à bem feitorias e localização como a
casa própria ou outros imóveis para aluguel e até mesmo os terrenos.
Em seguida temos o lado direito do quadro, onde estão registrados o passivo e o
patrimônio líquido. No passivo estarão registrados as obrigações do individuo e no patrimônio
líquido estará a situação financeira pertencente ao utilizador da ferramenta.
12
a) PASSIVO CIRCULANTE – ficaram registradas a despesas, gastos, que compõem
as necessidades do individuo no período. As informações ocorrerão em subgrupos como
moradia, alimentação, transporte, saúde, educação, lazer/informação/entretenimento e outros
gastos. Cada subgrupo desses foi subdividido em varias outras obrigações, mas que serão
somadas e embutidas em seus respectivos subgrupos através do orçamento pessoal.
Lembrando sempre! Quanto menores forem os valores do passivo circulante, mais lhe
sobrará para cumprir com as metas do planejamento financeiro e quanto maiores forem às
obrigações, maiores também serão as dificuldades para se alcançar as metas do planejamento
financeiro.
b) PASSIVO NÃO CIRCULANTE – ficaram registradas as contas que sempre serão
lançadas diretamente no balanço, nelas constarão os valores devidos para o próximo
exercício, ou seja, para o próximo ano.
c) PATRIMONIO LIQUIDO – é com a informação gerada por esse grupo que o
individuo poderá verificar sua situação financeira, pois o mesmo irá calcular o valor total de
seus bens e direitos e irá subtrair pelo valor total de suas obrigações, caracterizando o seguinte
calculo: ATIVO – PASSIVO = PATRIMONIO LIQUIDO. Verificando sua situação, lembrese das dicas oferecidas pelo autor Macedo (2010, p.37) no quadro 4.
Feito o levantamento patrimonial, Macedo (2010, p.34) determina que “a próxima
etapa é descobrir para onde vai o seu dinheiro. Para isso, elabore um orçamento familiar, que
nada mais é do que um plano de gastos e poupança. Comece “tirando uma fotografia” de suas
receitas e despesas durante o mês”.
Segue abaixo no quadro a planilha de orçamento familiar:
Mês
Detalhamento
DINHEIRO VIVO
CONTA CORRENTE
CADERNETA DE POUPANÇA
FUNDOS DE INVESTIMENTO
OUTROS ATIVOS FINANCEIROS
DESPESAS
MORADIA
ALUGUEL
IMPOSTOS
CONDOMINIO/GAS
PRESTACAO DO IMOVEL
SEGURO DO IMOVEL
LUZ
AGUA
TELEFONE/INTERNET
ALIMENTAÇÃO
SUPERMERCADO
RESTAURANTE
PANIFICADORA/CAFÉ
TRANSPORTE
PRESTAÇÃO DO AUTOMOVEL
SEGURO DO AUTOMOVEL
IMPOSTOS
ONIBUS/METRO/TREM
M1
M2
...
M12
Total prox.
12 meses
13
SAÚDE
PLANO DE SAÚDE
MÉDICO/DENTISTA
TRATAMENTOS ESTÉTICOS
FARMÁCIA
EDUCAÇÃO
MENSALIDADES ESCOLARES
CURSO DE IDIOMAS/COMPUTAÇAÃO
LIVROS
LAZER/INORMAÇÃO/ENTRETENIMENTO
SHOW/CASAS NOTURNAS
ACADEMIA/CINEMA
JORNAIS/REVISTAS
TV POR ASSINATURA
OUTROS GASTOS
DIVIDAS COM PARTICULARES
DIVIDAS EM LOJAS
SALÃO DE BELEZA
RESERVAS PARA GASTOS FUTURO
IMPOSTOS
VIAGEM
Quadro 6 – Planilha de Orçamento Familiar
Fonte: elaborado pelos autores.
5 - Conclusão
Ao elaborar está planilha para o calculo do orçamento familiar, desafios foram
encontrados, devido aos vários modos de vida que possuímos em nosso cotidiano, mas,
mesmo assim a planilha foi elaborada, contento os principais meios de receitas e as despesas
mais comuns em todos os indivíduos, foram separadas por grupos que através da
nomenclatura imposta vão adequar suas respectivas despesas.
Os lançamentos realizados na planilha serão para acompanhar os próximos doze meses
do ano, surgindo à necessidade de eliminar ou acrescentar algumas contas a pessoa que se
utilizar da ferramenta poderá realizar essas alterações.
Para as contas de receitas não foram elaborados grupos devido à importância do
individuo visualizar no balanço patrimonial pessoal quais são suas receitais. Para as contas de
despesas foram elaborados grupos com uma linguagem mais universal das despesas inseridas
em cada grupo correspondente. Na planilha deverão ser lançados todos os gastos nas suas
respectivas contas e ao final do mês e o valor de cada conta irá totalizar o seu grupo
correspondente.
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14
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